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Convidando Cristo a navegar no barco da minha vida

Lucas 8:22-25
Rev. Alcenir Oliveira
23 de agosto de 2009

Vemos por todo o evangelho de Lucas que seu propósito era mostrar que Jesus
Cristo era o filho de Deus. Esse propósito é demonstrado aqui como também sendo do
próprio Jesus. Jesus não queria dizer ao povo e principalmente aos fariseus que ele era o
filho de Deus, mas demonstrar através de milagres e de perdão de pecados que ele tinha
poderes que só Deus ou seu Filho poderia ter.
O capítulo 7 termina com com Jesus Cristo fazendo uma visita aos fariseus. Uma
mulher pecadora vem ungir seus pés. Há um protesto contra o que ela está fazendo, pois o
produto que ela usava era caro e além do mais ela era pecadora, certamente prostituta,
que era considerado um dos maiores pecados da comunidade.
Jesus, porém, perdoa-lhe os pecados. Isto gera protesto dos Judeus. Surge então a
pergunta e o múrmurio entre os que estavam com ele: quem é ele para perdoar pecados?
Só Jeová (YAHWEH) pode perdoar e o perdão é feito através de sacrifíco.
O capítulo 8 começa com um relato de Lucas sobre as mulheres que haviam sido
libertas e convertido a seguidores e apoiadoras financeiras do ministério de Jesus Cristo:
Maria Madalena (de quem foram expulsos 7 demônios), Joana, mulher de um procurador
de Herodes chamado Cuza, Suzana e outras.
Depois Jesus conta as parábolas do semeador e da candeia. Um incentivo a
receber os ensinamentos da Palavra de Deus e frutificar, como a luz nas trevas.
Lucas continua dizendo Jesus afirma que sua família são aqueles que cuprem os
seus ensinamentos.
Agora então acontece um dos momentos de prova fé de seus discípulos. A
travessia do mar da Galiléia. Por enquanto eles tinham visto milagres na vida de outras
pessoas, mas não tinha vivido situações em que Jesus Cristo teve que interferir para
salvá-los de uma situação de angústia e sofrimento.
Passado esse episódio, chegam a Jeraseno onde os demônios de um possesso o
respeitam como o filho de Deus. Eles dizem nós sabemos quem você é, e você está vindo
nos tirar a paz, você está vindo nos punir antes do tempo?
Quem é este, perguntavam os discípulos. Minha pergunta hoje para você é a
mesma – quem é este que até o mar e a natureza obedece.
Nós vemos aqui uma interação entre Deus, Jesus Cristo, a humanidade e natureza.
Já ouvi muitas mensagens sobre esse texto e todas a apresentam como nós, os
discípulos, navegando pela vida.
A vida muitas vezes pode ser comparada com o mar e nossa vida com um barco
frágil diante a imensidão do mar.
Há momentos de beleza, de calmaria, de paz, de alegria – mas também ha
momentos de angústia, de surpresas, de situações dramáticas e difíceis, de situações de
desespero.
Há um escritor que diz que a nossa oração se torna oração de verdade quando
estamos desesperados.
No mar da Galiléia os discípulos se vêem em apuros, em grande desespero, pois
no mar da Galiléia situações assim não eram muito comuns.
Além do mais, nós estamos lidando aqui com especialistas de navegação, estamos
lidando com pescadores, pessoas que conhecem o mar. Entretanto, se vêem em desespero
real, pois sabiam o que estava se passando. Apesar de serem especialistas, esta era uma
daquelas situações em nossa vida em que nossos conhecimentos, nossa habilidades,
nossos muitos anos de faculdade, nossa experiência, não vão nos ajudar muito.
Sempre gostamos de estar no controle da situação. Às vezes achamos que somos
capazes, que podemos fazer tudo sozinho, enfrentamos tudo sozinhos, queremos ter o
orgulho de dizer que nós fizemos – a expressão “eu sou o bom” – he is the guy, disse o o
presidente Obama a respeito do Lula. Nós queremos ser o “the Guy”. Mas muitas vezes
Deus dá um basta no nosso orgulho e traz uma tempesde no nosso caminho, e fica de lá
olhando – quero ver agora que é o “the guy”.
É isso que se passou com os discípulos no mar da Galiléia. Deus estava
mostrando para eles que nós somos completamente dependentes da vontade do Pai. Há
momentos na vida em que as tempestades são tão grandes, tão pesadas, que quebram
nosso orgulho e temos que recorrer a Deus, porque ele tem o controle de tudo e pode
todas as coisas.
Onde está Jesus, o nosso mestre. Nós estamos aqui sofrendo, estamos quase
afundando, próximos da morte, e Jesus não vem nos ajudar. Socorro Jesus. Certamente,
Pedro estava gritando para o João desesperadamente: - Onde está Jesus, vai chamar Jesus,
cadê ele ... ele fez tantos milagres e agora vai morrer junto com a gente ...
Jesus estava dormindo ... isso me lembra das orações de desespero que não são
respondidas. Aquele momento dos discípulos pareciam um século. Às vezes oramos e
esperamso ansiosamente. E muitas vezes perdemos as esperanças e a fé. Mas Deus vem
no memento certo, com a resposta certa. Às vezes é aquilo que esperamos, mas muitas
vezes é aquilo que Ele queria para nós.
Acorda Jesus, acorda senhor, vamos pegar os coletes salva-vidas senão você vai
morrer também. Deus onde estás, porque não me ouves ...
Muitas vezes achamos que nossa fé não é suficiente ... mas nós estamos clamando
do fundo de nossa fraqueza, de nossa natureza humana, de nossa pequenez, confiados que
sabemos o que precisamos ...
No mar da Galiléia o discípulos achavam que precisavam de socorro, de salvação,
de serem livres da morte, de serem livres das tempestades da vida ...
Mas Jesus achava que eles precisavam de fé ... homens de pequena fé ...
Conheci um homem há muito tempo. Ele tinha 8 filhos e não tinha nada. Mas ele
sempre compartilhava o sonho de fé dele com Deus... Deus permita que os meus filhos
tenham oportunidade de estudar e levarem vida digna... Saiu da roça só com recursos
para fazer um barraco de favela de um quarto na capital ... Hoje, seus 8 filhos, sem
exceçam têm um diploma de curso superior. E Deus foi fiel, não nisso, mas deu a ele
longevidade, está com 85 anos.
Deus acha que nós precisamos de fé, que você precisa de fé enquanto rema seu
barco da vida em direção ao céu ...
A nossa resposta deve ser a mesma dos discípulos, resposta de fé ... quem é este
que até a natureza lhe obedece ... só pode ser o filho de Deus.

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