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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA


UNOESC CAMPUS DE XANXERÊ

MORGANA RODRIGUES

CONTRIBUIÇÕES DO DESIGN NO PROJETO DE EQUIPAMENTOS PARA A


HUMANIZAÇÃO DE INCUBADORA DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL

Xanxerê
2009
2

MORGANA RODRIGUES

CONTRIBUIÇÕES DO DESIGN NO PROJETO DE EQUIPAMENTOS PARA A


HUMANIZAÇÃO DE INCUBADORA DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL

Monografia de Conclusão de Curso, apresentado


ao Curso de Design Industrial, como requisito
parcial para a obtenção do título de Bacharel em
Design Industrial pela Universidade do Oeste de
Santa Catarina - Campus de Xanxerê.

Orientador: Prof. Luiz Cláudio Mazolla Vieira

Xanxerê
2009
3

MORGANA RODRIGUES

CONTRIBUIÇÕES DO DESIGN NO PROJETO DE EQUIPAMENTOS PARA A


HUMANIZAÇÃO DE INCUBADORA DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL

Monografia de Conclusão de Curso, apresentado


ao Curso de Design Industrial, como requisito
parcial para a obtenção do título de Bacharel em
Design Industrial pela Universidade do Oeste de
Santa Catarina - Campus de Xanxerê.

Aprovada em 16/12/2009.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________
Professor Orientador: Prof. Msc. Luiz Cláudio Mazolla Vieira
Unoesc – Campus de Xanxerê

___________________________________________
Professora: Profa. Msc. Luisa Rodrigues Felix
Unoesc – Campus de Xanxerê

___________________________________________
Professor: Prof. Esp. Walter Strobel Neto
Unoesc – Campus de Xanxerê
4

Dedico este projeto aos meus pais,


José e Rosa, que são meus
modelos de conduta, meus pilares
de apoio e pelos quais possuo amor
incondicional.
5

AGRADECIMENTOS

- Agradeço primeiramente a Deus, esta força superiora que nos alimenta de fé, para
acreditar na vida e no futuro, e que nos concede esperança para realizarmos
grandes feitos.

- Agradeço à minha amada família, que me transmitiram a humildade e a aceitação


das intempéries da vida, me dando força e coragem para vencer todos os
obstáculos.

- Ao meu namorado, que de forma muito carinhosa me apoiou e auxiliou em todos


os momentos de dificuldade.

- Ao meu orientador, professor Luiz Cláudio Mazolla Vieira, amigo e mestre, sempre
compreensivo das dificuldades da aprendiz.

- A todos os professores do curso de design pela dedicação e paciência que


exercem sua função.

- A todos os amigos e colegas com quem dividi dúvidas e anseios nesta jornada.

- A todos os profissionais entrevistados, por sua gentileza, boa vontade e


colaboração em compartilhar seus conhecimentos com a acadêmica, e assim
enriquecer este projeto.

- A todos que, de uma forma ou de outra, colaboraram para que este projeto se
concretizasse e realiza-se assim, um sonho da acadêmica.
6

A marca de sua ignorância é a profundidade da


sua crença na injustiça e na tragédia. O que a
lagarta chama de fim de mundo, o mestre
chama de borboleta.
(Richard Bach)
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RESUMO

A presente monografia versa sobre as contribuições do design no projeto de


equipamentos para a humanização de incubadora de unidade de terapia intensiva
neonatal. O tema proposto foi escolhido pela importância de se utilizar o design para
desenvolver produtos que melhorem a qualidade no atendimento de saúde a bebês
que nascem antes do tempo e/ou baixo peso, definidos como pré-termos, e seus
familiares, que estão envolvidos no processo de recuperação do mesmo. Os pré-
termos, em virtude de não terem completado seu período de gestação normal,
possuem órgãos e alguns sistemas perceptíveis imaturos. Devido a este fato, faz-se
necessário seu atendimento médico ser realizado em incubadora neonatal, que é um
equipamento eletro-médico, que fornece aos recém-nascidos pré-termo as funções
vitais que vão lhe garantir a recuperação e os cuidados intensivos que o mesmo
necessita. O estudo iniciou com pesquisas bibliográficas sobre os assuntos
relacionados a este público. Entrevistas foram realizadas com profissionais da área
médica e psicológica a fim de compreender o universo que envolve os pré-termos e
os serviços que os mesmos necessitam para se desenvolver. A metodologia
adotada para o projeto foi baseada no método aberto MD3E – método de
desdobramento em três etapas, de Santos (2005) - onde foram definidas as etapas
do desenvolvimento do projeto de design. Inicialmente a metodologia apresenta as
etapas pré-conceituais, onde são elaboradas as primeiras ideias para o
desenvolvimento do projeto. Após, são determinadas as etapas de concepção do
projeto, que apresenta o desenvolvimento dos caminhos criativos que vão definir as
características dos produtos e, por fim, é realizada a pós-concepção, onde são
apresentadas as etapas finalizadoras do projeto, completando o mesmo.
Palavras chave: Design. Humanização. Pré-termos. Incubadora.
8

ABSTRACT

This monograph deals with the contributions of design in designing equipment for the
humanization of incubator unit neonatal intensive care. The theme was chosen for
the importance of using design to develop products that improve quality in health
care to babies born prematurely and / or low birth weight, defined as preterm, and
their families who are involved in the recovery process. The pre-terms, because they
have not completed their period of normal pregnancy, have a few organs and
systems perceived immature. Because of this, it is necessary for their care be carried
out in neonatal incubator, which is an electro-medical equipment that provides
newborn preterm vital functions that you will ensure the recovery and intensive care
that same need. The study started with literature searches on subjects related to this
audience. Interviews were conducted with professionals and psychological care to
understand the universe that involves the pre-terms and the services they require to
develop. The methodology adopted for the project was based on the open MD3E -
method of division into three stages, Santos (2005) - which defined the steps in the
development of project design. Initially, the methodology shows the pre-conceptual
stage, where they are compiled the first ideas for the development of the project.
Following are some steps the project design, which presents the development of
creative ways that will define the characteristics of products and, finally, is held after
conception, which outlines the steps in post-production project, completing the same.
Keywords: Design. Humanization. Preterm. Incubator.
9

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Desenho 1: Incubadora francesa reproduzida em artigo do obstetra francês Alfred


Auvard, de 1883.........................................................................................................40
Desenho 2: Incubadoras da maternidade Port-Royal berço da neonatologia
moderna, de 1884......................................................................................................41
Fotografia 1: Incubadora da maternidade de Leeds (1939).......................................42
Fotografia 2: Bebê prematuro sendo alimentado (1951)............................................43
Fotografia 3: Componentes tecnológicos acoplados à incubadora neonatal.............44
Fluxograma 1: Metodologia MD3E.............................................................................47
Fluxograma 2: MD3E desdobramentos auxiliares......................................................47
Fluxograma 3: Metodologia MD3E desenvolvida para o projeto................................48
Fluxograma 4: Etapa central do projeto de design.....................................................49
Fluxograma 5: Pré-concepção...................................................................................50
Fotografia 4: Incubadora microprocessada................................................................54
Fotografia 5: Incubadora SCTI Line 3........................................................................55
Fotografia 6: Incubadora neonatal Natal Care ST-BX................................................56
Fotografia 7: Incubadora Fanem – Vision 2186.........................................................57
Fotografia 8: Colchão de espuma..............................................................................57
Painel 1: Similares......................................................................................................58
Fluxograma 6: Público-alvo........................................................................................61
Painel 2: Público-alvo.................................................................................................61
Fluxograma 7: Conceitos............................................................................................63
Painel 3: Conceitos.....................................................................................................64
Fluxograma 8: Tema..................................................................................................65
Painel 4: Tema...........................................................................................................66
Fluxograma 9: Concepção.........................................................................................71
Desenho 3: Sketch da cúpula.....................................................................................73
Desenho 4: Sketch do equipamento de som..............................................................74
Desenho 5: Sketch do colchão...................................................................................74
Desenho 6: Rendering da cúpula...............................................................................75
Desenho 7: Rendering do equipamento de som........................................................76
Desenho 8: Rendering colchão..................................................................................76
Desenho 9: Teste de cor para o colchão...................................................................77
Desenho 10: Teste de cor para equipamento de som...............................................78
Desenho 11: Adesivos de alerta para a incubadora..................................................80
Fluxograma 10: Pós-concepção.................................................................................83
Desenho 12: Detalhamento da cúpula.......................................................................84
Desenho 13: Detalhamento do equipamento de som............................................... 85
Desenho 14: Detalhamento do colchão.....................................................................86
Desenho 15: Rendering final da cúpula neonatal......................................................88
Desenho 16: Rendering final do equipamento de som..............................................89
Desenho 17: Rendering final do colchão para incubadora neonatal..........................90
Desenho 18: Rendering final de todos os equipamentos desenvolvidos no projeto..91
Fotografia 9: Estudo de abertura para a cúpula neonatal..........................................97
Fotografia 10: Molde em gesso..................................................................................97
Fotografia 11: Molde em gesso sendo resinado........................................................98
10

Fotografia 12: Construção do mockup.......................................................................99


Fotografia 13: Colocação de adesivos no mockup....................................................99
Fotografia 14: Mockup final da cúpula para incubadora neonatal.............................99
Fotografia 15: Estudo de pega ergonomica e disposição dos botões......................100
Fotografia 16: Moldes em MDF................................................................................101
Fotografia 17: Processo de transformação das peças.............................................101
Fotografia 18: Instalação dos alto falantes no mockup do equipamento de
som...........................................................................................................................102
Fotografia 19: Colocação de adesivos no mockup do equipamento de
som...........................................................................................................................103
Fotografia 20: Mockup final do equipamento de som..............................................103
Fotografia 21: Corte e derretimento da espuma.......................................................104
Fotografia 22: Filme de PVC e colocação de capa em tecido de seda....................104
Fotografia 23: Mockup finalizado do colchão para incubadora neonatal.................105
Fotografia 24: Mockup final dos equipamentos desenvolvidos para o projeto.........105
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABD Associação Brasileira dos Designers de Interiores;


ADAM Associação de Designers do Amazonas;
ADG Associação dos Designers Gráficos;
ADP Associação dos Designers de Produto;
AND Associação Nacional de Designers;
APDesign Associação dos Profissionais em Design do Rio Grande do Sul;
CRM Conselho Regional de Medicina;
CRO Conselho Regional de Odontologia;
EC Ergonomia Cognitiva;
Hz Hertz;
MD3E Método de Desdobramento em 3 Etapas;
MP3 MPEG Áudio;
OAB Ordem dos Advogados do Brasil;
OMS Organização Mundial de Saúde;
PBD Programa Brasileiro de Design;
PC Policarbonato;
PE Polietileno;
PET Politereftalato de etileno;
PHD Philosophy Doctor (corresponde à doutor no Brasil);
PMMA Poli Metil MetAcrilato;
PP Polipropileno;
PRORN Programa de Atualização em Neonatologia;
PS Poliestireno;
PVC Policloreto de vinila;
RN Recém-nascido;
SCDesign Associação Catarinense de Design;
UNOESC Universidade do Oeste de Santa Catarina;
USB Universal serial bus;
UTI Unidade de Terapia Intensiva;
UTIN Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................14
1.1 TEMA...............................................................................................................14
1.2 PROBLEMA .....................................................................................................15
1.3 OBJETIVOS.....................................................................................................15
1.3.1 Objetivo Geral..........................................................................................15
1.3.2 Objetivos específicos .............................................................................15
1.4 QUESTÕES DE PESQUISA............................................................................16
1.5 JUSTIFICATIVA...............................................................................................16
1.6 ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA .................................................17
2 BASES DO CONHECIMENTO ..............................................................................19
2.1 DESIGN ...........................................................................................................19
2.2 DESIGN INDUSTRIAL.....................................................................................21
2.3 ERGONOMIA COGNITIVA..............................................................................23
2.4 PERCEPÇÃO SENSORIAL .............................................................................24
2.4.1 Percepção visual .....................................................................................25
2.4.2 Percepção auditiva..................................................................................26
2.4.3 Percepção tátil.........................................................................................27
2.4.4 Percepção gustativa ...............................................................................27
2.4.5 Percepção olfativa...................................................................................28
2.4.6 Percepção extra-sensorial......................................................................28
2.5 ESTÍMULOS SONOROS E A MÚSICA ...........................................................29
2.6 NEONATOLOGIA ............................................................................................31
2.6.1 Conceito...................................................................................................31
2.7 NOMENCLATURA TÉCNICA DO PERÍODO PERINATAL .............................32
2.8 RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO ....................................................................34
2.9 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL ..........................................36
2.9.1 Humanização em UTI Neonatal ..............................................................37
2.9.2 Ambiente sensorial da unidade de terapia intensiva neonatal ...........38
2.10 INCUBADORA NEONATAL...........................................................................39
3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE DESIGN ..............................................46
3.1 METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN .................................................46
3.2 METODOLOGIA APLICADO AO PROJETO DE DESIGN ..............................48
3.2.1 Etapa central............................................................................................49
3.2.2 Pré-concepção.........................................................................................49
3.2.2.1 Pesquisa bibliográfica.........................................................................51
3.2.2.2 Métodos e procedimentos da pesquisa ..............................................51
3.2.2.3 Entrevistas com profissionais da área da pesquisa ............................52
3.2.2.4 Análise dos dados da pesquisa ..........................................................53
3.2.2.5 Análise de similares............................................................................53
3.2.2.6 Análise do público-alvo.......................................................................59
3.2.2.7 Conceitos............................................................................................62
3.2.2.8 Tema ..................................................................................................64
3.2.2.9 Atributos do produto ...........................................................................67
3.2.2.9.1 Funcionais....................................................................................67
3.2.2.9.2 Estético Formais ..........................................................................68
3.2.2.9.3 Simbólicos ....................................................................................70
13

3.2.3 Concepção...............................................................................................70
3.2.3.1 Caminhos criativos .............................................................................72
3.2.3.2 Geração de alternativas......................................................................72
3.2.3.2.1 Sketch ..........................................................................................73
3.2.3.2.2 Rendering.....................................................................................75
3.2.3.2.3 Teste com cores...........................................................................77
3.2.3.3 Seleção e adequação .........................................................................79
3.2.3.3.1 Ergonomia....................................................................................79
3.2.3.3.2 Estético Formal ............................................................................80
3.2.3.3.3 Tecnologia Funcional ...................................................................81
3.2.4 Pós-concepção........................................................................................82
3.2.4.1 Sub-sistemas e componentes.............................................................83
3.2.4.2 Processos produtivos .........................................................................86
4 RESULTADO DO PROJETO.................................................................................88
4.1 RENDERING FINAL ........................................................................................88
4.2 DESENHO TÉCNICO ......................................................................................92
4.3 MATERIAIS .....................................................................................................95
4.4 MOCKUPS.......................................................................................................96
4.5 MEMORIAL DESCRITIVO .............................................................................106
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................108
REFERÊNCIAS.......................................................................................................109
APENDICES ...........................................................................................................114
APENDICE A ..........................................................................................................115
APENDICE B ..........................................................................................................117
APENDICE C ..........................................................................................................120
APENDICE D ..........................................................................................................123
14

1 INTRODUÇÃO

O design é uma ferramenta que destaca e diferencia produtos, agrega valor,


gera necessidades e promove desejos; através de métodos e processos é possível
identificar e desenvolver produtos para um público em potencial, isso gera um
valioso diferencial competitivo e a descoberta de nichos de mercado.
A pesquisa abordará as contribuições do design no projeto de equipamentos
para humanização de incubadora de unidade de terapia intensiva neonatal.
Neste contexto serão abordados aspectos referentes ao pré-termo, à unidade
de terapia intensiva neonatal, ao atendimento humanizado, ao ambiente sensorial do
pré-termo e da unidade de terapia intensiva neonatal, à incubadora neonatal sua
história e aplicação, aos estímulos sonoros que tem despertado o interesse de
inúmeros pesquisadores devido à melhora significativa que sua utilização tem
gerado aos pré-termos.
Para que este projeto se desenvolva de maneira eficiente, a metodologia do
projeto de produto utilizada será o método MD3E – Método de desdobramento em 3
etapas - de Flávio Anthero Nunes Vianna dos Santos (2005), que se caracteriza pela
divisão do problema a ser resolvido em três etapas básicas: pré-concepção;
concepção e pós-concepção. Posteriormente a essa estruturação, os
desdobramentos são realizados de acordo com a necessidade do projeto.

1.1 TEMA

A pesquisa tem como tema as contribuições do design no desenvolvimento de


equipamentos para a humanização de incubadora de unidade de terapia intensiva
neonatal.
15

1.2 PROBLEMA

Diante do tema proposto, será possível o design contribuir no projeto de


equipamentos para a humanização de incubadora de unidade de terapia intensiva
neonatal?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

O principal objetivo da pesquisa proposta versa sobre a contribuição do


design no desenvolvimento de equipamentos para a humanização de incubadora de
unidade de terapia intensiva neonatal, para auxiliar no tratamento e desenvolvimento
do neonato pré-termo.

1.3.2 Objetivos específicos

Para atingir o objetivo geral do trabalho, há necessidade de serem


desenvolvidos alguns objetivos específicos, os quais citam-se:
a) Compreender a utilização de incubadoras no atendimento a prematuros;
b) Pesquisar incubadoras utilizadas em unidades de terapia intensiva
neonatal;
c) Compreender o universo sensorial do prematuro;
d) Avaliar as alternativas de produtos existentes no mercado;
e) Propor contribuições do design no projeto de equipamentos para
incubadora neonatal, a fim de humanizar o atendimento a prematuros em
unidade de terapia intensiva neonatal;
16

f) Identificar os produtos e suas funções;


g) Desenvolver equipamentos para a humanização de incubadora neonatal.

1.4 QUESTÕES DE PESQUISA

As questões de pesquisa utilizadas são as seguintes:


a) Qual a relação do design industrial e o desenvolvimento de equipamentos
para a humanização de incubadora neonatal?
b) Qual a importância da incubadora neonatal para os recém-nascidos pré-
termo?
c) Quais são os recursos tecnológicos e equipamentos que poderão ser
implantados ou aperfeiçoados na incubadora neonatal, visando à
humanização deste produto e do atendimento aos pré-termos?
d) Quanto aos aspectos estéticos do produto, como o design poderá auxiliar
neste processo?

1.5 JUSTIFICATIVA

O nascimento de um filho é um momento inesquecível e único para os pais,


momento este que foi planejado e esperado com muita expectativa em relação ao
bebê. Quando este vem ao mundo antes do tempo, o que caracteriza a
prematuridade e/ou o baixo peso, as idealizações e expectativas antes sonhadas se
transformam em angústias e incertezas em torno da vida do bebê.
Dados da Organização Mundial da Saúde (1999), afirmam que no mundo
nascem, anualmente, vinte milhões de bebês prematuros e/ou com baixo peso, dos
quais um terço morre antes de completar um ano de vida. A assistência
convencional nestes casos é colocá-los em incubadoras, onde permanecem
internados durante dias ou, dependendo do caso, até meses, enquanto a mãe
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retorna para casa, visitando-o nos horários de visita na unidade de terapia intensiva
neonatal. (MÉTODO ..., 1999).
A incubadora neonatal é um equipamento eletro-médico, que fornece aos
recém-nascidos pré-termo e/ou baixo peso, as funções vitais que vão lhe garantir a
recuperação e os cuidados intensivos que o mesmo necessita.
Sendo assim, este projeto justifica-se, pois visa o desenvolvimento de
equipamentos para humanização de incubadora de unidade de terapia intensiva
neonatal com diferencial estético e formal, e com recursos tecnológicos que
promovam o vinculo afetivo entre mãe-bebê, com o intento de facilitar a recuperação
deste neonato hospitalizado.

1.6 ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA

O presente estudo divide-se em quatro capítulos, o capítulo I refere-se a


introdução; tema; problema; objetivos que se divide em objetivo geral e específicos;
questões de pesquisa; justificativa e estrutura do projeto de pesquisa. No capítulo II
encontram-se a revisão teórica, que aborda os temas relevantes ao projeto, são
eles: design; design industrial; ergonomia cognitiva; percepção sensorial; percepção
visual; percepção auditiva; percepção tátil; percepção gustativa; percepção olfativa;
percepção extra-sensorial; estímulos sonoros e a música; neonatologia e seu
conceito; nomenclatura técnica do período neonatal; recém-nascido pré-termo;
unidade de terapia intensiva neonatal; humanização em UTI neonatal; ambiente
sensorial da UTI neonatal e incubadora neonatal. O capítulo III: apresenta a
metodologia utilizada para o desenvolvimento do presente projeto; o método e
procedimento da pesquisa; a pesquisa bibliográfica; as entrevistas realizadas com
os profissionais da área; projeto de design; análise dos dados da pesquisa; análise
de similares; análise do público-alvo; definição de conceitos e temas; os atributos do
problema que englobam aspectos funcionais, estéticos formais e simbólicos; os
caminhos criativos; a geração de alternativas que compreende a elaboração de
sketch; rendering e teste com cores; a seleção e adequação do produto selecionado;
onde encontram-se as questões ergonômicas; formais e tecnológicas. No capítulo IV
18

é apresentado o resultado do projeto: rendering final; desenhos técnicos e são


descritos os materiais a serem utilizados e no capítulo V encontram-se as
considerações finais da presente pesquisa e projeto, assim completando o mesmo.
19

2 BASES DO CONHECIMENTO

2.1 DESIGN

Denomina-se design o processo técnico e criativo de pesquisas, concepção,


elaboração e especificação de um produto ou serviço. Porém sua definição não é
simples de ser entendida, visto que o design está em tudo o que nos cerca.
Holger Van Den Boom (1994) citado por Bürdek (2006, p.13), fala sobre a
palavra “design” que se origina do latim, do verbo “designare” o qual é traduzido
como determinar, ou demonstrar de cima. O que se é determinado é fixo, o design
transforma o vago em determinado devido à diferenciação progressiva. A ciência do
design corresponde à ciência da determinação.
Para Heskett (1998, p. 21), design é uma ideia, projeto ou plano de soluções
de um problema, que poderão ser resolvidos com a utilização de croquis, projetos e
amostras para se tornar visualmente perceptível a esta solução, de tal forma que o
design pode ser a concretização de uma ideia, em forma de projeto.
Heskett (1988, p. 21) ainda afirma que o design pode ser a produção de
produtos ou sistemas que agradam as exigências do ambiente humano, um conceito
geral como um processo amplo, que começa com o desenvolvimento de uma ideia,
concretizada com um projeto que tem como finalidade a resolução de um problema
causado por uma necessidade humana.

Na antiga República Democrática Alemã debateu-se longa e intensamente


o significado do termo Design. Lá se compreendia o design como parte da
política social, econômica e cultural. Neste caso Horst Oelke (1978) chamou
atenção para que a configuração formal não se ativesse somente aos
aspectos sensoriais e perceptivos dos objetos. O designer deveria se voltar
também a meios de satisfazer as necessidades da vida social ou individual.
(BÜRDEK, 2006, p. 15).

Neste contexto, foi elaborado pelo Internacional Design Center de Berlim, em


1979, alguns aspectos que caracterizam o bom design. os quais descrevem que um
20

bom design deve expressar as particularidades de cada produto por meio de uma
configuração própria; o produto deve conter informações claras e ser funcional; deve
conter questões ligadas ao meio ambiente, economia, energia, reutilização,
durabilidade e ergonomia; deve tornar a relação do homem e do objeto o ponto de
partida da configuração, especialmente nos aspectos da medicina do trabalho e da
percepção. (BÜRDEK, 2006, p. 15).
Neste mesmo sentido, porém mais sintéticamente, foi formulada por Michael
Erlhoff, por ocasião da Documenta 8 em Kassel, clara e atual definição do design:
“Design que – diferentemente da arte – precisa de fundamentação pratica, acha-se
principalmente em quatro afirmações: como ser social, funcional, significativo e
objetivo”. (BÜRDEK, 2006, p. 16).
É o que afirma Fernanda Messias – coordenadora do Programa Brasileiro de
Design (PBD) – a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico são os únicos
caminhos seguros para a inovação, abrindo portas para a identidade e o diferencial
real do produto. (GUIMARÃES; NEVES, 2003).
O papel do design vai muito além de apenas materializar ideias, ele tem a
capacidade e a obrigação de mudar a vida das pessoas, para Dijon de Moraes –
PhD em Design:

[...]o design pode e deve mudar o mundo. Os artefatos industriais podem


ser concebidos para nos auxiliar nas tarefas diárias, mas também nos
transmitir mensagens, alegria, satisfazer nossos desejos, comunicar e
serem amigáveis. A concepção inteligente de cada produto em nível micro
(como um simples frasco de xampu, por exemplo) pode, em nível macro,
considerando uma constelação de produtos, melhorar a qualidade de vida
das pessoas ao induzir novos comportamentos e induzir novos ideais. Na
verdade, o design se posiciona como um poderoso elemento político e
estratégico de transformação social. (MORAES, 2009).

Conforme Claudia Berkhout (2009), o design está diretamente ligado à


emoção, ao inusitado e a uma incrível agilidade mental, ele mexe diretamente com a
alma, a memória e o comportamento das pessoas, mesmo que muitas vezes
inconscientemente. O design mexe, definitivamente, com todas as camadas da
população, independente da classe social.
21

Muitos são os autores que discorrem sobre design, levando inúmeras


considerações e significados para esta palavra que possui um função muito
importante,e nisto todos os autores concordam que o design possui entre tantos
objetivos um em especial que é o de desenvolver produtos inovadores e funcionais
que minimizem as necessidades de seu público.

2.2 DESIGN INDUSTRIAL

Para Maldonado (1991) design industrial é o que se refere à concepção de


objetos para fabricação em escala industrial, ou seja, é uma atividade criativa cujo
objetivo é determinar as propriedades formais e que não se deve entender apenas
as características exteriores mas, sobretudo, as relações estruturais e funcionais
que fazem de um objeto (ou sistema de objeto), uma unidade coerente, tanto do
ponto de vista do produtor como do consumidor. O Design Industrial abrange todos
os aspectos do ambiente humano, condicionado pela produção industrial.
Hirdina (1988 apud BÜRDEK, 2006, p. 15) considera que o termo Design
Industrial é atribuido a Mart Stam que o utilizou pela primeira vez em 1948. Stam
entendia por projetista industrial aquele que se dedicasse, em qualquer campo, na
industrial especialmente, à configuração de novos materiais.
Para Löbach (2000, p. 21) o termo mais adequado para o design industrial,
seria definido por “um processo de adaptação dos produtos de uso, fabricados
industrialmente, às necessidades físicas e psíquicas dos usuários ou grupos de
usuários”.
O desenho industrial é a atividade que promove mudanças no produto, um
poderoso meio de aumentar a qualidade dos mesmos e se diferenciar dos seus
concorrentes. (BAXTER, 2000. p.02).
A importância do design industrial dá-se na cultura de produtos que criam
ambientes melhores e adequados às pessoas, sem discriminação de classe social,
levando em conta sempre o diferencial competitivo ao mercado. (HESKETT, 1998, p.
20).
22

O profissional responsável pelo trabalho de design, é chamado designer, este


termo em inglês, refere-se a qualquer profissional que esteja ligado a alguma
atividade criativa ou de projeto.
A profissão de designer não é regulamentada em um conselho de classe,
como é o caso de alguns profissionais, como: médicos (CRM); advogados (OAB);
dentistas (CRO), entre outros. Embora ela conste no Catálogo Geral de Profissões
do Ministério do Trabalho. O que existe neste contexto são associações de
profissionais de caráter cultural e representativo, sem fiscalizar o que diz respeito a
profissão.
Dentre essas associações destacam-se:
• AND – Associação Nacional de Designers (Portugal);
• ADG – Associação dos Designers Graficos (Brasil);
• ADP – Associação dos Designers de Produto (Brasil);
• ABD – Associação Brasileira dos Designers de Interiores;
• SCDesign – Associação Catarinense de Design (Brasil);
• APDesign – Associação dos Profissionais em Design do Rio Grande do
Sul;
• ADAM – Associação de Designers do Amazonas (Brasil).

Apesar da legislação não prever quaisquer restrições sobre a profissão e


sobre o profissional, fator este que deva ao fato de que qualquer indivíduo pode
exercer a profissão de designer, mercado de trabalho opta por profissionais
formados em instituições que possuam cursos técnicos e superiores de design.
O profissional de design deve ter uma visão global sobre o processo de
desenvolvimento de novos produtos. Para isto, os designers do futuro deverão ser
profissionais multifuncionais, que poderão desenvolver com tranquilidade pesquisas
de mercado, rendering colorido, escolha de material a ser utilizado, terão
conhecimentos básicos, metodológicos e específicos sobre diversas áreas, mas
principalmente do marketing, engenharia e desenho industrial. (BAXTER, 2000, p.
3).
“O designer deve servir ao povo, satisfazer suas necessidades elementares
no âmbito da habitação com produtos adequados”. (BÜRDEK, 2006, p. 33).
23

Segundo Juan Queirós (2003 apud GUIMARÃES; NEVES) o design agrega


valor ao produto, coloca os diversos setores da economia brasileira à frente da
conquista do exigente mercado internacional, é o diferencial para exportar mais, e os
talentosos designers brasileiros são peças fundamentais na geração de informações
para o fabricante agregar valor ao produto, vender mais, com lucro maior.
Para que este processo funcione, cabe aos designers realizarem pesquisas
voltadas ao interesse do público-alvo, buscando, a partir disso, desenvolver produtos
inovadores, que facilitem a vida das pessoas, e assim, podemos dizer que o design
é o principal diferencial que um produto ou empresa pode ter, pois, gera vantagens
competitivas no mercado, que a cada dia se torna mais exigente.

2.3 ERGONOMIA COGNITIVA

Especialistas em projeto de produtos afirmam que a concepção de um


produto está intimamente ligada ao nível de adaptação aos usuários. Nesta visão, os
projetistas são cada vez mais orientados na pesquisa das necessidades e das
características dos usuários. Assim, em função dos objetivos do produto, estes
especialistas privilegiam os conhecimentos que lhes permitem dar respostas práticas
às suas necessidades. Neste sentido, a ergonomia constitui uma base de
informação privilegiada por seus métodos de análise. (VERGARA, 1995).
Para descrever o que é Ergonomia Cognitiva (EC), Green e Hoc (1991) e
Hollnagel (1997) citados por Abrahão, Silvino e Sarmet (2005), compreendem que é
um campo de aplicação da ergonomia que tem como objetivo explicitar como se
articulam os processos cognitivos face às situações de resolução de problemas nos
seus diferentes níveis de complexidade. É importante salientar que a EC não tem
como meta elaborar teorias gerais sobre a cognição humana.

“A ergonomia cognitiva [...] pode ser definida como o ramo da ergonomia


que se preocupa com os aspectos mentais do trabalho, visando adequar as
exigências cognitivas da atividade ao trabalhador, facilitando a
compreensão e desenvolvimento dessa atividade”. (BENITO, 1994).
24

A Ergonomia Cognitiva aborda os processos mentais de memória, raciocínio,


resposta para a ação, considerando carga mental do trabalho, tomada de decisão,
desempenho especializado, estresse e treinamento.
O principal papel da ergonomia cognitiva é adaptar as soluções tecnológicas
com as caracteristicas e necessidades dos usuários. Seu objetivo não é entender a
natureza da cognição humana, mas como ela afeta o processo de aprendizagem.
(INSTRUCTIONAL DESIGN, 2005).
Ergonomia Cognitiva enfoca a adequação entre as capacidades cognitivas
humanas e as limitações e as máquinas, tarefa, ambiente, etc. (RACHEL, 2001).
A ergonomia cognitiva avalia fatores como: detecção de sinais,
processamento/armazenamento de informações, tomada de decisões e resposta. A
detecção de sinais apresenta diversos canais de receptores, que são os órgãos
sensoriais, que são chamados de cinco sentidos, são eles: visão, audição, tato,
olfato e paladar. (PERRY, 2004).
Assim sendo, o ergonomista busca as informações emitidas pelas pessoas
sejam elas sob forma de comportamento ou de verbalizações, na tentativa de formar
um “quadro cognitivo” que propiciará ajustes da interface à pessoa.

2.4 PERCEPÇÃO SENSORIAL

Percepção é o ato ou efeito de perceber. Sensorial é relativo ao sensório, à


sensação. Portanto, percepção sensorial é o ato de perceber sensações.
(DICIONÁRIO AURÉLIO, 1993, p.416).
Silva (2009), apresenta uma definição sobre percepção sensorial segundo a
psicologia, neurociência e ciências cognitivas:

Em psicologia, neurociência e ciências cognitivas, percepção é a função


cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico
de vivências passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e
interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu
meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das
informações obtidas pelos sentidos. A percepção pode ser estudada do
ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos
25

elétricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos. Do ponto de


vista psicológico ou cognitivo, a percepção envolve também os processos
mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na
interpretação dos dados percebidos. (SILVA, 2009).

O processo de percepção sensorial é utilizado por pessoas para perceber


coisas através dos cinco sentidos: visão, toque, cheiro, gosto e audição. O sexto
sentido é o processo intuitivo, que caracteriza-se pela percepção de coisas abstratas
como: significados, relacionamentos e possibilidades através de insights. Este
processo de percepção é indireto, ligado ao inconsciente. (VIANA, 2001).
A percepção humana é a função cerebral que atribui significado aos estímulos
sensoriais que, por sua vez, são interpretados por mecanismos de associação, os
quais variam de acordo com a vivencia e padrões internos de cada indivíduo.
(SALERNO, 2009).
Para falar da importância dos órgãos sensoriais nas experiências perceptivas:

Todo conhecimento chegaria ao individuo por meio dos órgãos sensoriais.


Em virtude dessa concepção, intensificaram-se o interesse pela estrutura e
funcionamento dos órgãos sensoriais e a preocupação com a contribuição
tanto das experiências passadas como dos processos inatos para a
experiência perceptiva. (SALERNO 2009, p.3 apud DAY 1979, p.5).

2.4.1 Percepção visual

Antes do seu nascimento, o bebê estava na penumbra dentro do ventre


materno. Ao nascer ele tem contato com a luz, esta por sua vez é muito forte ao
seus sensíveis olhos, e este é sensível a luz, por isso é normal ele fazer caretas,
franzir a testa e virar a cabeça tentando se afastar do brilho da luz. (KENNER, 2001,
p. 23).
O olhar do bebê só está totalmente desenvolvido após o 6º mês de idade,
antes disso, enxerga com nitidez apenas o que está a 30 centímetros de seus olhos.
A parir do sexto mês percebe sua própria imagem corporal de forma unificada.
(CAVALCANTI, 2008, p.7).
26

Nesta fase o neonato pré-termo possui preferência por formas geométricas,


com cerca de 7,5 cm de diâmetro. Imagens em preto e branco prendem a visão do
neonato por mais tempo do que imagens coloridas. A face humana também lhe
chama atenção, pode-se notar tal fato no momento da amamentação e
acariciamento, tal comportamento reforça intensamente a ligação entre pais e filhos.
(KENNER, 2001, p. 23).
Kenner (2001, p. 23) afirma que a acuidade visual exposta a vários objetos
agradáveis em uma gama de cores, formas e contrastes, melhora significativamente
com maior agilidade. A colocação de brinquedos, móbiles e figuras no berço, dentro
do seu campo de visão, ajuda a melhorar e a estimular o desenvolvimento visual do
bebê. Neste contexto objeto com mais cor, maior contraste e padrões mais
interessantes do que as cores pastel dos quartos infantis tradicionais, auxiliariam no
desenvolvimento da acuidade visual do bebê.

2.4.2 Percepção auditiva

A partir do terceiro mês de gestação inicia o desenvolvimento da audição, o


que proporciona ao feto escutar, ainda no útero materno, todos os sons dentro e fora
do corpo da mãe. (KENNER, 2001, p. 24).
O recém nascido tem capacidade de distinguir sons com base na frequencia,
intensidade e no padrão, por isso responde com mais facilidade a sons abaixo de
4.000 Hz1 (a fala humana em geral está entre 500 e 900 Hz). O neonato também
responde de maneira diferente a vários tons de vozes. Como a maioria das mulheres
possuí maior frequência no tom de voz em relação aos homens, e ao falarem com
os bebês instintivamente elevam a frequência de sua voz, esse tom de voz chama a
atenção da criança. Em contraste, a voz masculina de baixa frequência possui efeito
calmante para os bebês. As mães sem saber, usam esse efeito falando em tom mais
grave na tentativa de consolar o bebê. (KENNER, 2001, p. 24).

1
Hz é a abreviatura padrão de hertz. A Hertz é a unidade padrão de freqüência. Um hertz é definido
como um ciclo por segundo, um objeto de forma rotativa em sessenta rotações por minuto (RPM) tem
uma frequência de um hertz.
27

Burgierman (1998) em entrevista com a psicóloga Iaconeli, afirma que a voz


da mãe chega com relativa clareza até os ouvidos do filho. Ele se habitua a ela, por
isso, mesmo um recém-nascido reconhece a fala materna e se acalma com ela, o
que prova que a relação foi construída durante a gestação.

2.4.3 Percepção tátil

Desde seu nascimento, o recém-nascido tem uma percepção tátil bem


desenvolvida, que serve como um estímulo para a primeira respiração. As áreas
corporais mais sensíveis incluem a face (especialmente em torno da boca), as mãos
e as pontas dos pés. (KENNER, 2001, p. 24).
O toque agradável ao recém-nascido induz ao relaxamento muscular, fator
importante na ligação entre pais e filhos. À medida que os pais se familiarizam com
o neonato tocando-lhe levemente a face, as extremidades e o tronco, o tônus
muscular e os movimentos do mesmo diminuem e o choro pára, ou reduz de
intensidade, reforçando o elo familiar. (KENNER, 2001, p. 25).
Kenner (2201, p. 25) afima que o manuseio do recém-nascido proporciona
estimulação sensorial. A partir de movimentos e do toque, tal estímulo produz
vigilância e respostas de atenção e orientação. Essas respostas influenciam no
desenvolvimento neonatal e na interação entre pais e o recém-nascido. Porém, tais
estímulos podem deixar o recém-nascido cansado.
Com o pré-termo, o contato pele-à-pele proporciona uma oportunidade para o
toque. As pesquisas revelam que o uso do toque resulta em estabilidade dos sinais
vitais, padrões de crescimento positivo e termorregulação. (KENNER, 2001, p. 25).

2.4.4 Percepção gustativa

A partir do primeiro ou segundo dia após o nascimento, o neonato distingue


os sabores. Em resposta a uma solução insalubre (como água esterilizada), a
28

expressão facial do recém-nascido permanece inalterada. Já em contato com uma


solução doce, o neonato produz uma sucção satisfeita; uma solução azeda induz
uma careta e a cessação da sucção; uma solução amarga provoca uma expressão
facial zangada, cessação da sucção e, em muitos casos o distanciamento da
cabeça. (KENNER, 2001, p. 25).

2.4.5 Percepção olfativa

Embora tenham sido feitas poucas pesquisas a respeito da olfação neonatal,


sabe-se que o neonato reage a odores fortes ou nocivos, afastando a cabeça do
odor. A sensibilidade aos estímulos olfatórios aumenta nos primeiros quatro dias
após o nascimento. (KENNER, 2001, p. 25).

2.4.6 Percepção extra-sensorial

A percepção extra-sensorial é a percepção que envolve uma atividade


mental, que também já foi chamado de sexto sentido, antes do advento da
parapsicologia. Os fenômenos de percepção extra-sensorial são divididos em
precognição, simulcognição e retrocognição. (OLIVEIRA, 2009, p. 10).
A precognição significa: conhecimento antecipado de algo futuro, que ainda
não se realizou. A informação do futuro nos é fornecida pelo subconsciente, que
desenvolve-se em alta velocidade, ultrapassando os limites de tempo atual e
projetando-se para o futuro, podendo assim prever acontecimentos em tempo
superior a trezentos anos. (OLIVEIRA, 2009, p. 10-11).
A simulcognição é o conhecimento paranormal simultâneo, ou seja, o
conhecimento de um fato, mesmo à longa distancia, no momento em que ele está
acontecendo. Essas capacidades manifestam-se através de telepatia que é o
sentimento ou sofrimento à distancia. A pessoa sente e transmite sentimentos;
clarividência que significa ver claramente, porém sem a participação da visão. A
29

pessoa visualiza o que sente; clariaudiência que á a capacidade mental de ouvir


claramente, sem a participação da audição. Pode-se ouvir sons, ruídos e vozes a
pequenas e a longas distancias; e a xenoglossia que refere-se a fala de línguas
estrangeiras sem o conhecimento teórico e prático das mesmas, porém esse dom só
é reproduzido por pessoas que já tiveram contato com a língua falada. Geralmente é
a língua dos antepassados, o conhecimento é transmitido pela memória genética, ou
o conhecimento é captado telepaticamente de outras pessoas. A explicação para tal
fato, dá-se através da memória do subconsciente e através da pantomnésia, que
significa “conhecimento de tudo”, afloram com suas lembranças. (OLIVEIRA, 2009,
p. 13-15).
Retrocognição quer dizer conhecimento do passado. Esse fenômeno
acontece quando a pessoa antes de fazer uso da razão, teve contato com o local,
acontecimento ou pessoa, e lhe foi transmitidas informações pelos seus
antepassados, através da memória genética e psicogenética; ou por captação
telepática. Portanto, a lembrança de fatos que não condizem com a memória
consciente, são fatos armazenados e recordados pela pantomnésia do
subconciente. (OLIVEIRA, 2009, p. 16).

2.5 ESTíMULOS SONOROS E A MÚSICA

Muitas mudanças estão sendo realizadas nas unidades de terapia intensiva


neonatal visando a humanização do atendimento, e um estudo realizado pela
Universidade de Alberta no Canadá, relata que a música pode ajudar a acalmar os
bebês prematuros, além de contribuir para o aumento de peso e diminuir o tempo de
internação. O estudo sugere ainda que a música possa ser benéfica para regular os
batimentos cardíacos, e também para reduzir a dor durante alguns procedimentos
médicos e estimular a alimentação via oral. Os cientistas lembram, porém, que ainda
são necessários mais testes para que se comprove o efeito benéfico da música para
recém-nascidos. (GALILEA, 2009).
Zevallos (2009) apresenta uma pesquisa liderada por Manoj Kumar, a qual
analisa o efeito da música nos bebês, e o qual tem sido positivo:
30

Liderados por Manoj Kumar, investigadores analisaram o efeito da música


nos bebês que eram submetidos a procedimentos dolorosos, como a
circuncisão e o teste do pezinho para obter amostras de sangue. Para
avaliar o benefício da música, foram medidos o ritmo cardíaco, a frequencia
respiratória, a saturação de oxigênio e a dor. Nos ensaios que envolveram a
circuncisão, a música teve efeitos benéficos no ritmo cardíaco, na saturação
de oxigênio e na dor. Os ensaios que envolveram o teste do pezinho
também mostraram que a música conduzia à diminuição da dor. Foi ainda
observado que a música melhorava a taxa de alimentação dos bebês.
(ZEVALLOS, 2009).

Segundo estudo realizado pelo Instituto de Lógica, Linguagem e Computação


da Universidade de Amsterdã, na Holanda, ao nascer os bebês conseguem
reconhecer o ritmo musical. Os pesquisadores afirmam que esta descoberta tem um
papel fundamental no conhecimento da origem da música, e relatam ainda que os
recém-nascidos desenvolvem uma atitude de expectativa perante o inicio de ciclos
rítmicos. (MÚSICA..., 2009).
No site Tua Saúde (2008), encontram-se aspectos importantes, retratando a
relevância de estimular os bebês, e a sua resposta aos estímulos. (TUA SAÚDE,
2008).

As atividades e brincadeiras com bebês servem não apenas para distraí-los,


mas principalmente para desenvolver suas capacidades cerebrais e
competências cognitivas. Estimular o bebê corretamente logo no primeiro
ano de vida, aumenta suas capacidades linguisticas, motoras, sensitivas e
intelectuais. Os estudos de investigação cientifica sobre o cérebro dos
bebês descobriram que os recém nascidos possuem uma resposta natural à
música, devido ao seu contato permanente com o ritmo, som e movimento
dentro do ventre materno. (TUA SAÚDE, 2008).

Outro estudo publicado nesta área, pela March of Dimes uma organização
não-governamental dedicada a promover a saúde na gravidez e nos bebês, realizou
a pesquisa com 500 mil bebês prematuros:

“[...] se utilizou os efeitos e benefícios da música como alternativa


terapêutica para sua saúde. Observou-se neste estudo, que com os
cuidados necessários e alternativas como a musicoterapia, a saúde dos
bebês prematuros havia melhorado notavelmente”. (ZEVALLOS, 2009).
31

Devido aos estudos citados anteriormente, alguns hospitais estão utilizando a


música clássica ou instrumental como parte da terapia. Alguns, porém, ultrapassam
a barreira musical, e utilizam as canções de ninar e outros sons como a batida do
coração ou o som do útero. Esses efeitos resultam em melhoras significativas de
saúde dos bebês. (ZEVALLOS, 2009).

A música ajuda a reduzir alguma dor, a estabilizar o sono e a frequencia


cardíaca dos bebês, para que ganhem peso e se sintam mais seguros no
ambiente do hospital. Além disso, a música ajuda a diminuir o estresse dos
pais e do pessoal médico. É importante que quando o bebê vá para sua
casa, os pais continuem estimulando-o com uma música tranquila e
relaxada. Com a música, os bebês comerão e dormirão melhor, estarão
mais relaxados e livres de estresse. A música acelera ou retarda o ritmo
cerebral, a circulação, respiração, digestão e o metabolismo; aumenta ou
diminui o tônus e a energia muscular; altera o sistema imunológico; e
aumenta a atividade neuronal nas zonas do cérebro relacionadas à
emoção. A música também pode despertar, estimular e desenvolver
diversas emoções e sentimentos. Incita e favorece a expressão, estimula a
concentração e a memória, e favorece o aprendizado, assim como o
desenvolvimento e o crescimento dos bebês. (ZEVALLOS, 2009).

A música tranquiliza a mente e cada um dos órgãos do bebê prematuro,


fazendo com que a probabilidade de que ele sobreviva (hoje em torno de 70%),
aumente. (ZEVALLOS, 2009).

2.6 NEONATOLOGIA

2.6.1 Conceito

A neonatologia (do latim: ne(o) - novo; nat(o) – nascimento; logia – estudo) é


o ramo da pediatria que cuida a saúde do recém-nascido, do nascimento até os 28
dias de idade. Após essa idade a criança é denominada lactente; o inicio da
32

neonatologia não teve uma data precisa. Pediatras gerais com interesse no estudo e
tratamento de recém-nascidos, a partir da década de 1950, passaram a se agrupar,
e a partir de então, o progresso foi muito rápido. (RODRIGUES; MAGALHÃES,
2008, p.01)
Os marcos da neonatologia ocorreu com a presença do pediatra na sala de
parto, o atendimento neonatal tornou-se obrigatório em 1993, pelo Ministério da
Saúde. A utilização de incubadoras no tratamento de prematuros remonta ao inicio
do Século XX, e que determinaram a sobrevida de muitos recém-nascidos, nestes
termos. A utilização de respiradores neonatais, utilizados em crianças com síndrome
de desconforto respiratório, e a utilização de medicamentos que revolucionaram a
terapêutica desta doença, entre eles pode-se citar a utilização de surfactante e da
vitamina K1; os avanços nesta área tem possibilitado menores índices de
mortalidade e morbidade, haja vista, sua preocupação em compreender as
peculiaridades dos recém-nascidos, bem como a inovação em equipamentos e
medicamentos utilizados nestes casos. (RODRIGUES; MAGALHÃES, 2008, p.01)

2.7 NOMENCLATURA TÉCNICA DO PERÍODO PERINATAL

Nesta etapa de nomenclatura técnica do período perinatal, são definidos os


conjuntos de normas técnicas que são relativas aos períodos gestacional e neonatal.
Esta etapa faz-se necessária, para a devida utilização dos referidos termos serem
empregados corretamente.
Utiliza-se a expressão peso de nascimento para se determinar o peso do
neonato após o seu nascimento, esse valor deve ser expresso em gramas. Baixo
peso se caracteriza pelo peso do neonato independente da idade gestacional,
inferior a 2.500 gramas. Idade Gestacional é o número de semanas transcorridas
entre o primeiro dia do último período menstrual normal - não se caracteriza pelo
tempo presumido de concepção – e a data do parto, independente da gestação
resultar em nascido vivo ou morte fetal. (RODRIGUES; MAGALHÃES, 2008, p.1)
Os produtos da concepção compreendem o ovo, o blastocisto, o embrião, o
feto, a mola hidatiforme e o coriocarcinoma. Nesta concepção, o ovo fertilizado
33

transforma-se em blastocisto, que depois se transforma em embrião, sendo assim


denominado até a 8ª semana de gestação. A partir desta etapa, o embrião passa a
ser denominado feto até o seu nascimento. O nascimento se caracteriza pela
completa expulsão ou extração de um feto do organismo materno, independente do
fato do cordão umbilical ter sido cortado ou da placenta estar inserida. Fetos que
nascem pesando menos de 500 gramas, não são considerados como nascimentos
para fins de estatísticas perinatais. (RODRIGUES; MAGALHÃES, 2008, p.2)
Segundo Rodrigues e Magalhães (2008, p. 2) o aborto é a expulsão ou a
extração de um feto do organismo materno, independente da evidencia ou não de
vida e de sua expulsão ou extração ter sido espontânea ou provocada. O
nascimento vivo caracteriza-se pela expulsão ou extração completa do feto do
ventre materno, independente do tempo de gestação. Neste contexto o recém-
nascido, deve respirar ou apresentar outros sinais de vida, como batimentos
cardíacos, pulsação do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de
contração voluntária, estando ou não cortado o cordão umbilical ou desprendida a
placenta, nestes termos o recém-nascido é considerado uma criança viva.
Óbito fetal é a morte do produto de concepção antes de sua expulsão
completa do ventre materno. Independente do tempo de gestação, se caracteriza
óbito quando após a expulsão ou extração, o feto não apresentar nenhum sinal de
vida. Desta forma o óbito ocorrido antes de 20-22 semanas de gestação é
denominado óbito fetal, e a extração ou expulsão desse concepto é denominado
aborto. Após esse período este fato é denominado nascimento de feto morto ou
natimorto. (RODRIGUES; MAGALHÃES, 2008, p. 3)
Período neonatal I compreende o momento do nascimento até 23 horas e 59
minutos de vida. Período neonatal II é o final da 24ª hora até seis dias, 23 horas e 59
minutos. Período neonatal III é o final do sétimo dia de vida até 27 dias, 23 horas e
59 minutos. Óbito neonatal é a morte de um neonato nascido vivo antes dele
completar 28 dias, a partir do momento do nascimento. O óbito neonatal ocorrido na
primeira semana de vida, o que corresponde 168 horas, é denominado óbito
precoce, e o que ocorre após de sete a 28 dias, é denominado óbito tardio.
(RODRIGUES; MAGALHÃES, 2008, p. 3)
Segundo Rodrigues e Magalhães (2008, p. 4) período perinatal I é o período
que se estende de 28 semanas de gestação até o 7º dia de vida do recém-nascido,
34

não incluindo o mesmo. Período perinatal II é o período que se estende da 20ª


semana de gestação até o 28º dia de vida, não incluindo o mesmo. Período perinatal
III, compreende o período que se estende da 20º semana de gestação até o 7º dia
de vida, não incluindo esse.
Morte infantil, é qualquer morte do momento do nascimento até 1 ano de vida.
A morte materna, é a morte da mulher durante a gestação ou dentro de um período
de 42 dia após o término da gestação, independente da duração da gestação,
devidas as causas relacionadas à gravidez ou por medidas tomadas em relação a
elas, não inclui causas acidentais ou incidentais. (RODRIGUES; MAGALHÃES,
2008, p. 3-4)

2.8 RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO

Considerando que o período gestacional normal é de 37 a 42 semanas o que


caracteriza o nascimento de um bebê a termo, a Organização Mundial da Saúde –
OMS – define como Recém-nascido (RN) de baixo peso aquele que apresenta peso,
ao nascer, igual ou inferior a 2.500g e como prematuro ou pré-termo, todo bebê cujo
nascimento ocorreu antes das 37 semanas gestacionais.
O pré-termo é uma criança que nasceu antes dos nove meses de gestação,
ou seja, antes de completar a trigésima sétima semana de gestação, por isso, é um
bebê que possui biologicamente vulnerabilidade ou em alguns casos debilidade em
seu sistema e funções.
Devido à imaturidade de seus órgãos, o pré-termo apresenta inúmeros
problemas de saúde, Reibnitz e Prado (1997, p. 100) falam sobre este assunto:

O pré-termo apresenta imaturidade de seus vários aparelhos e quanto mais


pré-termo o recém-nascido, mais deficientes serão as suas funções. Faz
com frequência problemas respiratórios, tem tendência a hemorragias
cutâneas e mucosas, os reflexos de sucção e deglutição são débeis ou
estão ausentes, assim como a maioria dos outros reflexos. Há tendência a
vômitos e diarréias frequentes. A icterícia fisiológica é mais demorada e
intensa, e apresenta grande habilidade térmica, aquecendo e esfriando
rapidamente. (REIBNITZ; PRADO, 1997, p. 100).
35

Segundo Reibnitz e Prado (1997, p. 101) um parto prematuro afeta não


apenas o bebê, mas toda a família que fica apreensiva em relação às condições de
vida e saúde do recém-nascido. As causas da prematuridade podem ser inúmeras,
entre elas, destacam-se:
• Idade extrema da mãe (abaixo de 18 e acima de 34 anos);
• Antecedentes de partos prematuros ou abortos;
• Gravidez múltipla;
• Estado nutricional precário;
• Doenças crônicas (como: doença cardiovascular, doença renal ou
diabetes mellito, hipertensão);
• Insuficiência cervical (fraqueza do colo do útero);
• Má formação do feto;
• Eclampsias ou pré-eclampsia;
• Descolamento prematuro da placenta;
• Infecções;
• Hábitos pouco saudáveis: drogas, álcool, cigarro, substâncias químicas
perigosas, etc;
• Esforço físico;
• Situação de estresse ou traumas físicos e psíquicos pré-parto;
• Acidente por impacto;
• Causas emocionais.

Bloomberg (2003 apud RIOS, 2003, p. 83) no Manual de fonoaudiologia


afirma que a imaturidade neurológica, a diferença no tônus muscular, reflexos orais
deprimidos e o estado de irritabilidade, causado também pelo próprio ambiente
invasivo da unidade de terapia intensiva, podem diminuir qualitativamente as
habilidades motoras orais deste recém-nascido.
O nascimento prematuro significa que a mãe e o bebê vão ficar separados
durante certo período de tempo. Em alguns casos, esse período pode levar meses.
(FITZGERALD; STROMMEN; MCKINNEY, 1983, p. 49).
36

Quando ele é afastado do convívio materno para ser atendido, é interrompido


o início da afetiva relação familiar pelas necessidades do momento. (REIBNITZ;
PRADO, 1997, p. 101).
O pré-termo pode sofrer comprometimento de seu desenvolvimento pelos
efeitos do tratamento médico intensivo, esses efeitos são: sobrecarga sensorial e
estresse ambiental. Um sistema nervoso central imaturo aumenta o risco. Do mesmo
modo, a ligação entre mãe e filho pode ficar comprometida. (KENNER, 2001, p. 163).
Pensando neste afastamento momentâneo entre mãe e bebê, é que as
unidades de terapia intensiva neonatal requerem que a mãe realize visitas diárias à
maternidade, a fim de participar ativamente na assistência ao bebê prematuro
hospitalizado. Porém, estas visitas são realizadas apenas nos horários
estabelecidos, nos demais horários o pré-termo recebe auxílio apenas dos
funcionários da unidade. Vale salientar que, em alguns casos, esse afastamento
deve-se também ao fato da debilitação da mãe, em aspectos físicos e psíquicos, ou
até mesmo a falta da figura materna se dá ao fato da mesma desprezar a
maternidade, e entregar este bebê à adoção. ( KENNER, 2001, p.182).
Mathelin (apud SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2003, p. 13, grifo
do autor) nos lembra que “[...] todo ser humano tem necessidade de comunicação, e
que, a extrema imaturidade não impede que o bebê pré-termo deseje ser
‘compreendido’ pelo outro”.

2.9 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

Segundo Piva, Carvalho e Garcia (1989, p. 471) a Unidade de Terapia


Intensiva Neonatal (UTIN), é o local destinado ao atendimento da criança em estado
grave e que, com possibilidade de recuperação, exige a assistência integral,
especializada e ininterrupta. Para o desenvolvimento dessa assistência, é
necessário equipamento adequado e pessoal especializado e treinado.
Neste contexto, a UTIN atende bebês de risco (prematuros ou de baixo peso
e/ou que possuam outras enfermidades), e que necessitam de cuidados especiais.
37

Nela, eles recebem atendimento médico especializado e contarão com máquinas e


equipamentos que lhes auxiliarão nas funções vitais, bem como com uma equipe
especializada de profissionais na área da saúde.

2.9.1 Humanização em UTI Neonatal

O Ministério da Saúde (2000) através do seu Programa Nacional de


Humanização da Assistência Hospitalar comenta que o desenvolvimento científico e
tecnológico tem trazido uma série de benefícios, mas tem como efeito adverso o
incremento à desumanização. Conceitua que “Humanizar em Saúde é resgatar o
respeito à vida humana, levando-se em conta as circunstâncias sociais, éticas,
educacionais e psíquicas, presentes em todo o relacionamento humano”.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (2003, p. 07) afirma que diante do novo
paradigma da Humanização, o hospital tenta modificar sua estrutura física,
organizacional e assistencial, para atender seus pacientes visando não apenas a
reabilitação física do ser, mas também seu equilíbrio emocional, social e espiritual.
Neste contexto, o paciente, a família e a equipe de profissionais integram um circulo
de trabalho, de solidariedade e de ajuda mútua.
A implantação de um novo conceito apresenta hoje na UTIN, ter o emprego
de música ambiente, cores repousantes, luz natural, mais privacidade e a sensação
de um local familiar, contribuindo significativamente para uma melhora no
tratamento. (TÚLIO, 2002, p.15).
Orlando (2002) e Silva (2004) concordam que durante esta última década,
tem-se falado sobre a humanização das Unidades de Terapia Intensiva,
principalmente por esta ser considerada ambiente de elevada tensão, com
incertezas no tocante à sobrevivência, o que produz ansiedade, facilmente traduzida
em estresse para o paciente e seus familiares.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (2003, p. 13), ressalta que, o trabalho de
humanizar consiste no cuidado individualizado, abordando aspectos da importância
deste trabalho ao neonato pré-termo:
38

O cuidado individualizado leva em conta que o aspecto psicoafetivo


respaldado no trabalho em unidade neonatal não deve ser pautado apenas
no aprimoramento da tecnologia, mas também, na aplicação de uma
tecnologia que valorize a integridade do ser o respeito à individualidade e os
laços afetivos. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2003, p. 13).

O processo de humanização da unidade de terapia intensiva neonatal


demanda de todo empenho e dedicação da equipe profissional para com o paciente
e sua família. A sociedade brasileira de pediatria (2003, p. 24) ressalta que
“humanização implica em cuidar não da doença, mas do paciente como um todo,
considerando-o no contexto familiar e comunitário. Deve incorporar aspectos sociais,
religiosos, morais, emocionais e orgânicos”.

2.9.2 Ambiente sensorial da unidade de terapia intensiva neonatal

O ambiente sensorial da unidade de terapia intensiva neonatal abrange


aspectos como tato, luz, som e movimento. A preocupação com estes aspectos faz
parte da humanização da UTIN, e a relação dos pais e profissionais em relação ao
pré-termo. (KLAUS; FARANOFF 1995, p. 95).
Por outro lado, a falta de vínculos afetivos, acarretam no desenvolvimento
tardio do pré-termo. Pensando nisso, Klaus e Faranoff (1995, p. 95), afirmam que
“[...] o estimulo deve ser adequado à sua condição evolutiva e às suas necessidades
individuais”.
Klaus e Faranoff (1995, p. 95), falam sobre a importância dos pais auxiliarem
na estimulação dos neonatos pré-termos, haja vista que a equipe técnica em uma
UTIN é escassa e nem sempre dispõem de tempo para este ato:

Com a escassez de pessoal para propiciar a estimulação, parece lógico


permitir que os pais auxiliem nesta tarefa. Entretanto, os pais também
devem ser estimulados, porque muitas vezes não compreendem que o
pequeno prematuro pode ver e ouvir.
39

Siqueland (1971, p.52 apud KLAUS; FANAROFF, 1995, p. 94-95), observam


ainda que “o fato de ninar um dos gêmeos idênticos demonstrou aumentar sua
velocidade de crescimento em comparação com a do gêmeo não-acariciado”. Este
fato abordou ainda a relevância que, quando se propiciava a um grupo de pré-
termos um aumento de estímulos sensoriais característicos de mães, como cuidados
durante as primeiras semanas de vida, esses pré-termos, 4 meses mais tarde,
revelavam-se diferentes dos controles em relação à aprendizagem. Aos 4 meses de
idade, esses bebês já controlavam seus próprios estímulos visuais no ambiente.
Com o decorrer dos anos vem surgindo estudos sugestivos quanto aos
aspectos sensoriais que exercem influencia na maturação neurológica e fisica do
prematuro. Esses estudos revelaram que, ao ser tocado, acalentado, acariciado,
aconchegado, ou quando se fala para o pré-termo diariamente durante sua
hospitalização, ele poderá ter menos episódios apnéicos e um maior aumento de
peso, bem como progredir rapidamente em algumas áreas do funcionamento do seu
organismo. (KLAUS; FANAROFF, 1995, p. 95).

2.10 INCUBADORA NEONATAL

A incubadora neonatal é um equipamento eletromédico, que fornece um


ambiente termicamente neutro ao recém-nascido pré-termo e/ou baixo peso, pela
circulação de ar quente em alta velocidade. Zona de termoneutralidade ou
termoneutra corresponde à faixa de temperatura ambiental em que a taxa
metabólica mínima e a regulação da temperatura do recém-nascido é obtida sem
alteração na produção de calor ou na perda evaporativa. (PRORN, 2006, p. 48)
Em 1835, Johann Georg Von Ruehl, na Rússia, construiu um berço aberto
com paredes duplas de ferro, que se mantinha aquecido preenchendo o espaço
vazio entre as duplas paredes com água quente. (SILVA, 2008).
O desenho 1, apresenta a imagem de uma incubadora francesa reproduzida
no artigo do obstetra francês Alfred Auvard, em 1883.
40

Desenho 1: Incubadora francesa reproduzida em artigo do obstetra francês Alfred Auvard,


de 1883.
Fonte: Ventura (2008)

Em 1890, Alexander Lion patenteou, em Marselha, uma incubadora a gás


com capacidade para 5 mil ovos, que poderia ser utilizada para manter o recém-
nascido aquecido e incluía múltiplos termômetros para assegurar a temperatura
homogênea. Quando a temperatura era atingida, soava uma campainha para o
ajuste a admissão de gás. Uma esponja suspensa supria a umidade. Poderia
funcionar com álcool ou derivados do petróleo. (SILVA, 2008).
O desenho 2 apresenta a representação de incubadoras da maternidade de
Port-royal que foi considerada berço da neonatologia moderna de 1884.
41

Desenho 2: Incubadoras da maternidade Port-Royal berço da neonatologia moderna, de


1884.
Fonte: Ventura (2008).

A partir de 1902, muitos prematuros foram salvos com condutas simples


seguidas até hoje, como a higiene das mãos e a manutenção do aquecimento
corporal dos recém-nascidos por meio de incubadoras ou pelo calor do corpo
humano.
A fotografia 1 apresenta imagem de voluntários cuidando de bebê em
incubadora da maternidade de Leeds, Inglaterra, durante a segunda Guerra Mundial
em 1939. A incubadora consistia em uma caixa de madeira aquecida.
42

Fotografia 1: Incubadora da maternidade de Leeds (1939).


Fonte: Ventura (2008).

Nas incubadoras antigas, o controle de temperatura era manual e pouco


preciso. Atualmente, a temperatura das incubadoras é autocontrolada
(servocontrole) de duas formas: pela temperatura do ar, mantendo o ambiente
térmico estável, ou preferencialmente, por meio de sensor de temperatura cutânea
abdominal, que permite o ajuste automático do calor gerado pela incubadora para
manter constante a temperatura do recém-nascido. (PRORN, 2006, p. 48).
A fotografia 2, apresenta imagem de bebê prematuro de duas semanas,
sendo amamentado com seringa nos Estados Unidos, em 1951. O bebê está em
uma “mãe-mecanica”, onde recebe oxigênio.
43

Fotografia 2: Bebê prematuro sendo alimentado (1951).


Fonte: Ventura (2008).

Desde as primeiras incubadoras aquecidas a gás, muita coisa mudou. Os


estudos realizados, buscando compreender as reações dos recém-nascidos aos
estímulos externos e o crescente processo de humanização hospitalar, aliados aos
avanços tecnológicos, possibilitando a criação de aparelhos que atendem neonatos
adaptados às necessidades neurofisiológicas e afetivas dos bebês pré-termo.
Atualmente, as incubadoras possuem calibração de temperatura, de peso, de
umidade e medição do nível de ruído, para simular o ambiente intra-uterino. Dentro
delas são colocados ninhos de pano que possibilitam aos bebês permanecer na
posição em que se encontravam no útero materno. (VENTURA, 2008, p. 88).
As inovações tecnológicas foram fundamentais para permitir a sobrevivência
dos pré-termos. A fotografia 3 apresenta os componentes que são acoplados à
incubadora.
44

Fotografia 3: Componentes tecnológicos acoplados à incubadora neonatal.


Fonte: Mansur (2008).

Componentes tecnológicos acoplados à incubadora neonatal:


1) Bomba de infusão: controla eletronicamente, e sem erro doses de
medicação de até 0,1 milímetro no decorrer de uma hora;
2) Monitor cardiorrespiratório: ligado ao bebê por fios fixados com gel no
peito, abdômen ou nas pernas. Apresenta os batimentos cardíacos e o ritmo
da respiração.
3) Ventilador: Fornece uma mistura de oxigênio com ar umidificada e
aquecida. A pressão é monitorada na inspiração e expiração. Uma pressão
um pouco maior pode lesar o pulmão do bebê.
4) Cúpula da incubadora: filtra o ar captado de fora, conservando o calor e a
umidade. O bebê é deixado com a cabeça mais elevada do que os pés para
evitar o refluxo de leite ou suco gástrico. Neste equipamento possuem
aberturas chamadas portinholas por onde o bebê é manipulado e manuseado
pela equipe médica e pelos pais.
5) Oxímetro de pulso: conectado ao pé ou a um dedo da mão, indica a
concentração de oxigênio no sangue. Se ela estiver baixa, os pulmões podem
45

não estar absorvendo oxigênio suficiente. Sensor de pele: mede a


temperatura no corpo do bebê, quando ela altera ele se ajusta sozinho o
aquecimento da incubadora, haja vista que o prematuro não gera calor
suficiente e a sua pele é muito fina para manter a temperatura. Monitor de
pressão sanguínea: um sensor mede a pressão sanguínea, se estiver baixa
pode indicar má circulação e resultar no comprometimento de órgãos vitais,
como o cérebro.
Dentre esses equipamentos a incubadora também possui: balança; colchão;
raio x, entre outros.
46

3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE DESIGN

3.1 METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN

Para que o desenvolvimento de um produto de design seja realizado com


sucesso, é necessário seguir uma metodologia estruturada, que identifique as
etapas que devem ser seguidas no decorrer do projeto.
Para Santos (2005, p. 9) método aberto é aquele cuja estrutura estimula as
interferências no decorrer do projeto, fazendo com que etapas sejam acrescentadas,
retiradas e/ou desdobradas de acordo com objetivos específicos.
Segundo Santos (2005, p. 86-87) para a melhor compreensão do método, as
etapas serão apresentadas a seguir:
• Definição do problema do projeto e da necessidade humana.
• Desdobramentos básicos, que consistem em:
• Pré-concepção: Planejamento do projeto; análise do problema; atributos
do problema.
• Concepção: Caminhos criativos; geração de alternativas; seleção e
adequação.
• Pós-concepção: Sub-sistemas/componentes; processos produtivos e
mercado.
A partir dos desdobramentos mínimos e obrigatórios, são desenvolvidos os
desdobramentos auxiliares, que podem ser divididos em vários níveis, onde
descreverão as atividades a serem desenvolvidas.
Santos (2005, p. 8) afirma que o método é planejado para sofrer interferências
em sua estrutura e apenas funcionará a contento se isso acontecer.
O fluxograma 1 apresenta o fluxograma da metodologia MD3E de Santos
(2005, p. 80) e os níveis de desdobramentos mínimos obrigatórios.
47

Fluxograma 1: Metodologia MD3E.


Fonte: Santos (2005, p. 80).

Após serem desenvolvidos os desdobramentos mínimos, as próximas etapas


são os desdobramentos auxiliares que são desenvolvidos conforme a necessidade
do projeto de design. O fluxograma 2 apresenta a representação dos
desdobramentos auxiliares.

Fluxograma 2: MD3E desdobramentos auxiliares.


Fonte: Santos (2005, p. 83).
48

Após a compreensão do método a próxima etapa do projeto de design é a


sua aplicação de acordo com a necessidade do projeto.

3.2 METODOLOGIA APLICADO AO PROJETO DE DESIGN

Neste projeto a metodologia utilizada é baseada na metodologia MD3E –


Método de desdobramento em três etapas – de Flávio Anthero Nunes Vianna dos
Santos (2005), caracteriza-se pela divisão do problema a ser resolvido em três
etapas básicas: pré-concepção, concepção e pós-concepção. Após essa
estruturação, os desdobramentos são realizados de acordo com a necessidade do
projeto.
Baseado no método MD3E de Santos (2005), foi criado o modelo de método
para o presente projeto, o fluxograma 3 apresenta as etapas da metodologia que
será desenvolvida para a realização do projeto.

Fluxograma 3: Metodologia MD3E desenvolvida para o projeto.


Fonte: A autora.
49

3.2.1 Etapa central

A etapa central do projeto de design é a definição do problema a ser resolvido


que está relacionado a uma necessidade humana. Assim, de acordo com o que foi
exposto anteriormente o problema se caracteriza pela prematuridade em recém-
nascidos, este problema tornou-se latente pela necessidade de desenvolver-se
nestes prematuros a saúde e o desenvolvimento de seus órgãos, isso é possível
com um equipamento médico chamado incubadora neonatal que garante ao recém
nascido prematuro, as condições vitais para sua recuperação e desenvolvimento. O
fluxograma 4 apresenta a etapa central do projeto de design.

Fluxograma 4: Etapa central do projeto de design.


Fonte: A autora.

3.2.2 Pré-concepção

Na pré-concepção serão definidas todas as atividades que precisam ser


desenvolvidas antes da geração de alternativas. Esta etapa é dividida em 3
subdivisões para melhor definição dos assuntos a serem abordados. O fluxograma 5
apresenta as etapas da pré-concepção.
50

Fluxograma 5: Pré-concepção.
Fonte: A autora.

A primeira divisão apresenta o planejamento do projeto, onde foram definidos


o cronograma, que está detalhado no fluxograma 5, o investimento necessário para
a realização do projeto, seu detalhamento também encontra-se no fluxograma 5, e a
tecnologia utilizada no projeto, que dividiu-se em software e hardware. Em software
utilizou-se: photoshop; coreldraw; maya; solidworks e photoview, e em hardware,
utilizou-se: computador; impressora; câmara digital e scanner.
Na segunda divisão encontra-se a análise do problema, que foi dividida em
três subdivisões: pesquisas; conceito e temática. Em pesquisas foram definidas as
pesquisas bibliográficas, os métodos e procedimentos da pesquisa, as entrevistas
com os profissionais da área da pesquisa, as análises dos dados da pesquisa, a
análise de similares e a análise do público-alvo. Em conceitos foi elaborado painel
semântico abordando o seguinte assunto: conforto; humanização; saúde e
tecnologia. Na temática foi elaborado painel semântico buscando referencia na
biônica, dentro desta temática buscou-se abordar: o casulo, o ovo, o ventre materno,
o marsúpio e o ninho. Estas etapas são apresentadas no decorrer do projeto.
51

Na terceira divisão encontram-se os atributos do produto que foi dividido em


três subdivisões: funcionais que remete as características técnicas, tecnológicas e
de uso; estético formais que se refere as representações mentais da estética do
produto e os simbólicos que representa a simbologia que o produto deve ter. Estas
etapas são apresentadas no decorrer do projeto.

3.2.2.1 Pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica apresenta estudos que abordam temas de


fundamental importância para a realização e compreensão do presente projeto.
Sendo assim, foram pesquisados assuntos que abordam: Design e conceito; Design
Industrial; Ergonomia Cognitiva; Percepção Sensorial e suas ramificações:
Percepção Visual; Percepção Auditiva; Percepção Tátil; Percepção Gustativa;
Percepção Olfativa; Percepção Extra-sensorial; Estímulos Sonoros e a Música;
Neonatologia e seu conceito; Nomenclatura Técnica do período Perinatal; Recém-
nascido Pré-termo; Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal; Humanização em
UTI Neonatal; Ambiente Sensorial da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal e
Incubadora Neonatal.

3.2.2.2 Métodos e procedimentos da pesquisa

O método e procedimentos da pesquisa são instrumentos de conhecimento


que proporcionam ao seu pesquisador, independente da sua área de atuação, uma
orientação geral que facilitará a realização da pesquisa, podendo assim, formular
hipóteses, coordenar investigações, realizar experiências e interpretar os resultados.
Em sentido genérico, método em pesquisas, independente do tipo, é a escolha de
procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação do estudo. Com o
andamento da pesquisa poderão surgir vários tipos de métodos. (FACHIN, 2003, p.
28).
52

Para a realização do projeto, é de fundamental importância a classificação da


pesquisa quanto a seus aspectos metodológicos. Sendo assim, para a realização
deste projeto, foi utilizado o método de pesquisa qualitativa, que caracteriza-se por:
considerar o ambiente natural como fonte de dados; permitir trabalhar com amostras
pequenas; utilizar como recurso a subjetividade; possuir caráter exploratório e
estima descobrir e compreender; considerar o todo mais relevante que a soma das
partes; o relatório é gerado com base na narração e descrição; os instrumentos de
coleta de dados não são estruturados, por isso faz-se uso a observação da
entrevista, do estudo de caso e das histórias da vida dos pesquisados; é vantajosa
por possibilitar uma interação entre pesquisa e realidade. (STRIEDER, 2009, p. 45-
46).
A coleta de dados da pesquisa foi realizada através de entrevistas com
profissionais da área, onde foram elaborados dois questionários, o primeiro e o
segundo de forma semi-estruturada.
Os questionários foram desenvolvidos para os profissionais da área da
pesquisa, onde consta como relevância o conhecimento dos mesmos com as
questões de projeto. As áreas escolhidas para o emprego do questionário foram:
Fonoaudiologia; Parapsicologia; Pediatria e Psicologia.

3.2.2.3 Entrevistas com profissionais da área da pesquisa

Para a realização deste projeto é de fundamental importância a opinião e


conhecimento dos profissionais que atuam no atendimento ao público-alvo desta
pesquisa, desta forma, foram entrevistados profissionais da área de: Fonoaudiologia;
Parapsicologia; Pediatria e Psicologia.
O questionário de entrevista foi elaborado semi-estruturado, contendo
questões pertinentes ao projeto. As questões variam de acordo com a área de
atuação de cada profissional; os modelos dos questionários que foram aplicados na
pesquisa estão disponibilizados no apêndice A: questionário com fonoaudiologista;
apêndice B: questionário com parapsicólogo; apêndice C: questionário com pediatra
e apêndice D: questionário com a psicóloga.
53

3.2.2.4 Análise dos dados da pesquisa

Posteriormente a aplicação do instrumento de pesquisa, os dados foram


examinados e organizados para o melhor entendimento do mesmo. A análise deste
questionário será realizada de forma qualitativa, onde os dados serão interpretados
em forma de textos, contendo o conhecimento dos profissionais entrevistados sob a
visão e aspectos pertinentes ao projeto.
Com a tabulação dos dados, constatou-se que todos os profissionais
entrevistados concordam que existem muitas melhorias serem feitas para tornar o
atendimento de bebês prematuros em incubadora neonatal mais humanizado. Os
mesmos compreendem que a incubadora neonatal é em seu aspecto estético formal
um caixa de manutenção e não um ambiente de desenvolvimento. Por isso,
compreendem ser importante o desenvolvimento de equipamentos que humanizem
o atendimento aos bebês prematuros, buscando através do design trabalhar com
conceitos, formas e cores que priorizem o desenvolvimento do ser, tornando a
incubadora neonatal além de um equipamento eletromédico, um equipamento que
desenvolve a saúde física e mental do bebê pré-termo.
Os demais dados da tabulação desta pesquisa encontram-se descritas na
análise do público-alvo.

3.2.2.5 Análise de similares

Atualmente as incubadoras neonatais, são produzidas com cúpula de


acrílico, este material diminui a velocidade do ar, aumentando sua espessura e,
assim, minimizam a perda de calor. As incubadoras modernas possuem sofisticados
sistemas de vaporização, que possibilitam temperatura e umidificação elevadas,
sem condensação de água, que aumenta o risco infeccioso. Seu uso é a melhor
opção para prematuros extremos, que necessitam de temperatura ambiental elevada
(> 36°C). A seguir são descritos os tipos de incubadoras neonatais que se dividem
em incubadora de parede simples e incubadora de parede dupla.
54

A incubadora de parede simples possui apenas uma camada de parede de


acrílico. Nela a temperatura da parede da incubadora é de 2 a 4°C, menor do que a
temperatura do ar em seu interior, o que favorece a perda de calor por radiação.
A fotografia 4 apresenta uma incubadora neonatal com suporte para
localização fabricado em tubo de aço, anti-corrosivo e pintura eletrostática a pó
curada a 180°C. Cúpula em acrílico transparente 6,35 mm de espessura com
portinholas laterais para a entrada de tubo, de soro, balança, acoplador para
nebulização, 06 portinholas para manuseio do RN, com botão “toque de cotovelo”,
que possibilita a abertura da mesma sem o toque manual. Abertura frontal para o
tratamento intensivo e travamento da cúpula no curso final para evitar quedas
acidentais; bandeja do RN; suporte de soro; caixa de gelo; fluxômetro; umidificador
de O2; colchão; filtro de espuma e painel de comando.

Fotografia 4: Incubadora microprocessada.


Fonte: Central de fábricas (2009).

A fotografia 5, apresenta uma incubadora neonatal com cúpula de parede


simples em acrílico transparente de ótima qualidade; possui em seu sistema controle
microprocessado de fácil operação; porta frontal rebatível; portinholas ovais com
vedação em silicone autoclavável; compartimento do recém-nascido totalmente
construído em material não ferroso; sistema de retirada do painel de controle
facilitando a limpeza de todas as partes da incubadora; controle de temperatura do
55

ar e do recém-nascido; indicação digital e simultânea para temperatura do ar, do


recém-nascido e desejada; baixo nível de ruído interno e ampla linha de opcionais.

Fotografia 5: Incubadora SCTI Line 3


Fonte: ADIVE (2009)

A incubadora de parede dupla possui duas camadas de parede de acrílico, a


parede interna rodeada por ar quente diminui a perda de calor por radiação, elas
minimizam a perda de temperatura, é muito útil no transporte e nos cuidados aos
prematuros de muito baixo peso.

Metanálise de três estudos comparando os efeitos da incubadora de parede


dupla em relação à incubadora de parede simples em perda insensível de
água, consumo de oxigênio, episódios de hipotermia, tempo de recuperação
do peso de nascimento, tempo de hospitalização e mortalidade de
prematuros de muito baixo peso mostrou que a incubadora de parede dupla
diminui a perda e a produção de calor e reduz o consumo de oxigênio,
porém não foi possível determinar o efeito na mortalidade e no tempo de
internação. (PRORN, 2006, p. 49).
56

A fotografia 6 apresenta uma incubadora neonatal com painel de controle


direcionável com display digital; sistema de controle em cascata que garante
estabilidade térmica em qualquer condição de uso; indicadores de alarme de forma
áudio-visual; alarme geral independente na parte superior do painel de controle;
cúpula em acrílico transparente com parede dupla; baixo nível de ruído sonoro;
múltiplos e variados acessos: 4 portas rebatíveis a 180°, 2 de terapia intensiva com
2 aberturas ovais cada uma e 2 portas auxiliares laterais. Amplo colchão que permite
o uso com gêmeos; movimento contínuo de trendelemburg e anti trendelemburg de
acionamento externo, que possibilita a inclinação do RN na posição desejada;
higienização facilitada, devido a suas partes arredondadas de fácil acesso e a
elementos desmontáveis robustos; estrutura móvel com 4 rodas, sendo 2 com freios.

Fotografia 6: Incubadora neonatal Natal Care ST-BX.


Fonte: GADE (2009).

A fotografia 7 apresenta incubadora com sistema integrado de umidade


servo-ativa programável até 95% U.R.; controle de temperatura de ar e pele; balança
integrada ao leito; suporte de altura fixa ou variável; gaveta para inserção de chassi
radiográfico; saída RS 232 para impressão de dados; display trend com gráfico das
ultimas 24h para temperaturas, umidade e concentração de oxigênio, além do
desenvolvimento do peso do R.N.
57

Fotografia 7: Incubadora Fanem – Vision 2186.


Fonte: Fanem (2009).

O colchão da incubadora neonatal é apenas uma espuma retangular e fina,


para o bebê se sentir mais aconchegado. São feitos ninhos com fraldas ao redor do
corpo do bebê, para que este sinta como se estivesse no ventre materno, protegido
pela forma que o cerca. A fotografia 8 apresenta um colchão que é utilizado na
incubadora neonatal.

Fotografia 8: Colchão de espuma.


Fonte: Imagens Google.

Nas pesquisas realizadas não foi encontrado nenhum similar do equipamento


de som para uso excluso de bebês prematuros em incubadora neonatal.
58

O painel 1 apresenta o painel de similares dos produtos existentes atualmente


no mercado.

Painel 1: Similares.
Fonte: A autora.
59

3.2.2.6 Análise do público-alvo

Em entrevista com os profissionais da área da pesquisa, buscou-se


caracterizar o público-alvo. A análise deste público será descrita nesta fase.
O que caracteriza um bebê prematuro é o nascimento antes de ser
completado 38 semanas de gestação. Como seus órgãos nesta faixa etária ainda
estão se desenvolvendo, o bebê pode apresentar alguns problemas de saúde,
como: insuficiência respiratória, má formação congênita, entre outras patologias que
exigem o uso de atendimento em incubadora neonatal. Este atendimento pode
perdurar até o bebê completar de 1.800g a 2.000g.
Nesta etapa, a mente do bebê prematuro hospitalizado ainda está em
desenvolvimento, e funciona da mesma maneira de quando ele estava no ventre
materno. Ele ainda não possui consciência de si, ele funciona como extensão do
corpo que dele cuida.
Nesta fase a sua percepção sensorial ainda é limitada. Ele tem a audição
desenvolvida desde o 3° mês de gestação e a voz feminina exerce efeito calmante
sobre ele e o nível mais apropriado para sua audição é em torno de 40 a 45
decibéis, que é o nível do tom de voz humano. Ele também possui o tato
desenvolvido. Ao se tocar o RN, deve-se cuidar para não acariciar o bebê, pois isso
consome muita energia dele. Deve-se apenas tocar e apertar com pouca força a
sola dos pés, as mãos e a testa. Ele possui o olfato desenvolvido e tem preferência
pelo cheiro materno. O paladar e a visão ainda estão em desenvolvimento, mas o
principal dele é um sexto sentido muito desenvolvido e, através disso, ele percebe
tudo o que ocorre a sua volta, se as pessoas o estão tratando bem, se o fazem com
dedicação, se ele está sendo aceito dentro deste ambiente ou se elas estão fazendo
isso por obrigação, se ele está sendo um empecilho para elas, etc. Então, qualquer
coisa que se proceda com relação à criança, ela grava no inconsciente, e isso marca
para a vida dela no futuro.
O excesso e a falta de estímulos são fatores que influenciam e afetam a
mente do bebê prematuro hospitalizado. Outro fator que influencia muito neste
aspecto é o isolamento do bebê com seus familiares, principalmente com a mãe.
Este fator pode gerar a sensação de abandono no bebê e, por consequencia, o bebê
60

pode se tornar inseguro em relação a ele, a sua saúde e às outras pessoas. Neste
sentido, a prematuridade interrompe a relação que ele teria com a mãe ainda no
ventre materno, e se seu nascimento ocorresse em período normal esse
afastamento não aconteceria.
Um atendimento humanizado reforçaria o laço entre mãe-bebê, pois a criança
está habituada com a voz da mãe e dos familiares. O isolamento dessas pessoas
poderia trazer um trauma, o trauma do abandono, que é muito marcante na vida
dela. Outro fator que reforça a importância do atendimento humanizado ao bebê
prematuro, é que o contato com os familiares, principalmente com a mãe, auxilia no
desenvolvimento e a alta com maior rapidez do RN hospitalizado.
Os estímulos sonoros são de suma importância para o desenvolvimento
físico, emocional, cognitivo e social do bebê, haja vista que o sentido mais
desenvolvido do bebê nesta faixa etária é a audição. O contato com os estímulos
sonoros proporciona à criança a relação com algo concreto, auxiliando também no
seu desenvolvimento e, dependendo do tipo de som, pode acalmar ou agitar a
criança. Este é um fator cerebral. Então, para o bebê prematuro hospitalizado, uma
musicalidade tranquila, serena, atua nas ondas cerebrais, harmonizando este
processo e, com isso, auxilia os demais órgãos como o coração: a frequencia
cardíaca se tranquiliza e este processo ajuda o bebê a superar esses momentos
difíceis e a se desenvolver com maior rapidez.
Para melhor compreender o universo do público-alvo, elaborou-se um
fluxograma contendo imagens e características dos mesmos. O fluxograma 6
apresenta as características do público-alvo que se divide em pré-termo, onde são
apresentadas as principais características do bebê, os familiares mais próximos, que
são a mãe, o pai e os irmãos se houver, e a equipe médica que está em contato
direto com o bebê o cuidando e o manipulando sempre que necessário.
61

Fluxograma 6: Público-alvo.
Fonte: A Autora.

O painel 2 apresenta o público-alvo, onde percebe-se o atendimento realizado


ao bebê prematuro hospitalizado em incubadora neonatal, o contato ainda limitado
com seus familiares neste período devida a sua condição de saúde, e o cuidado que
a equipe médica tem com o bebê prematuro hospitalizado.

Painel 2: Público-alvo.
Fonte: A autora.
62

3.2.2.7 Conceitos

Os conceitos de um produto têm como objetivo reproduzir os principais


aspectos que o produto deve ter. Para este projeto foram utilizados os seguintes
conceitos:
• Segurança: proteção, e formas que se fecham;
• Humanização: Dar condição humana a; Tornar-se humano. (FERREIRA,
1993, p. 290);
• Saúde: estado daquele cujas funções orgânicas, físicas e mentais se
acham em situação normal. (FERREIRA, 1993, p. 495);
• Tecnologia: conjunto de conhecimentos, especialmente princípios
científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade. (FERREIRA,
1993, p. 528);
Para apresentar e melhor esclarecer os conceitos, foi utilizado a ferramenta
para obtenção das metas referentes ao objetivo que se pretende alcançar com o
projeto. O Fluxograma 7 apresenta a estrutura conceitual do projeto, onde lista o
conceito de humanização que está diretamente relacionado com conforto, bem-
estar, carinho e sensibilidade; o conceito de saúde está relacionado com o
desenvolvimento do pré-termo. O conceito de segurança buscou referenciar a
proteção, por isso utilizou-se de formas fechadas que se unem e formam um
ambiente seguro e acolhedor para o bebê, para isso serão utilizadas formas com
referencia na biônica que serão apresentadas na temática do projeto. Em tecnologia
foram estudados os materiais e os estímulos; em materiais dividiu-se o estudo em
materiais rígidos onde ressaltou-se materiais com transparência, onde optou-se por
utilizar o acrílico, e materiais maleáveis onde foram abordados o silicone, o tecido de
seda e a espuma viscoelástica. Em estímulos foram adotados para o projeto os
estímulos sonoros que estarão presentes através da música e os estímulos visuais
que representados através das cores.
63

Fluxograma 7: Conceitos.
Fonte: A autora.

O painel 3 apresenta imagens que representam os conceitos adotados para o


projeto, as imagens escolhidas referenciam todos os aspectos que foram abordados
no fluxograma 7.
64

Painel 3: Conceitos.
Fonte: A autora.

3.2.2.8 Tema

Nesta etapa determina-se a temática do projeto, que após a explanação do


assunto abordado foi definida a seguinte temática: biônica buscando inspirações em
formas que geram o desenvolvimento por isso buscou-se apresentar a biônica do
65

casulo, do ovo, do ventre materno, do ninho e do marsúpio que é a bolsa externa


dos animais marsupiais, por onde eles completam seu desenvolvimento agarrados a
um mamilo para a sucção do leite materno. A ilustração desta temática está
apresentada no fluxograma 8:

Fluxograma 8: Tema.
Fonte: A autora.

O painel 4 apresenta a temática adotada para o projeto com as repectivas


imagens.
66

Painel 4: Tema.
Fontes: A autora.
67

3.2.2.9 Atributos do produto

Nesta etapa serão descritas as características que o produto deverá


apresentar ao final do projeto, os desdobramentos dessa etapa estão descritos
abaixo.

3.2.2.9.1 Funcionais

Em relação aos atributos funcionais, que remetem às características


técnicas, tecnológicas e de uso que os equipamentos para incubadora neonatal
deverão conter.
A cúpula deverá ser de parede dupla, em material acrílico , transparente e de
fácil esterilização, possuir aberturas que facilitem o manuseio, possuir portinhola
com abertura maior para facilitar o manuseio de procedimentos no bebê pela equipe
médica, possuir abertura maior em sua lateral para procedimentos como trocas de
fraldas.
O equipamento de som deverá tocar em nível de decibéis confortável à
audição do bebê; conter em sua programação músicas que sejam agradáveis e que
acalmem o bebê; deve ser recarregado com bateria que não prejudique o meio
ambiente; não possuir fios ou cabos que dificultem a locomoção do produto e a sua
utilização dentro da incubadora; possuir comandos e botões de fácil utilização e
manuseio e ser de fácil esterilização.
O colchão deverá ser fabricado com materiais que sejam maleáveis a posição
do corpo do bebê, proporcionando o máximo de conforto possível.
68

3.2.2.9.2 Estético Formais

Nesta etapa serão desenvolvidas as representações mentais sobre a estética


formal que os produtos deverão apresentar.
Assim sendo, os produtos desenvolvidos possuirão em sua estética os
conceitos e a temática adotada no projeto, com formas orgânicas e clean, Para isso,
buscou-se compreender através da gestalt o significado das formas para assim
utiliza-las adequadamente nos produtos que serão desenvolvidos. Segundo Gomes
(2004), a gestalt procura apresentar elementos que são perceptíveis à mente
humana e transformá-las em um todo; neste processo de percepção das quais a lei
de estruturação, proximidade, fechamento e pregnancia da forma, etc, contribuem
para o processo organizativo da imagem. A forma é percebida pelos contrastes
exigentes entre os elementos que compõem o objeto no campo visual. Estes
contrastes ocorrem por meio de: linha; peso; tamanho; textura e cor.
Tanto as linhas quanto as formas apresentam um significado psicológico e
comunicam-se simbolicamente com o consumidor. Gomes (2004) apresenta técnicas
e características visuais aplicadas e o seu significado conceitual:
• Forma triangular arredondada: o arredondamento possui como
característica marcante a suavidade e maciez que as formas orgânicas
geralmente transmitem. A leitura visual é facilitada, devido às formas
orgânicas associadas também à continuidade. A forma triangular significa
permanência, segurança, estabilidade e altitude. As pirâmides egípcias
expressam esta permanência, ascensão e estabilidade;
• Forma simplificada: a simplicidade está constantemente em ação na nossa
mente. A criação é mais harmoniosa e unificada. Caracteriza-se por
organizações formais fáceis de serem assimiladas, lidas e compreendidas
rapidamente. Essas formas representam altitude, força, dignidade,
solenidade, segurança, repouso, tranqüilidade, comodidade e paz.
Geralmente, estas linhas e formas transmitem a sensação de ausência de
movimento, estabilidade e solidez;
• Forma minimidade: a forma de minimidade é uma técnica econômica de
organização visual frugal na utilização de elementos numa composição ou
69

num objeto, a clareza e a simplicidade, estão implícitas nesta técnica. A


minimidade realça visualmente clareza e simplicidade em função de um
mínimo de unidades ou elementos informacionais, que quase sempre apenas
o essencial.
• Forma clareza: Manifestações que representam a forma clareza são
técnicas visuais bem organizadas, unificadas, harmoniosas e equilibradas se
apresentam com clareza.
• Forma em curvas: representam graça, movimento e direção. As curvas, se
compostas harmonicamente expressam ritmo.
• Forma em espirais: simbolizam ação, excitação, força, poder e rotação. As
espirais têm sempre um sentido de ação rotatória concêntrica.
• Forma em círculos: simboliza movimento, igualdade, eternidade, centro,
imensidão, as sensações que o círculo e a esfera despertam são agradáveis.
• Formas ovais: simbolizam direção, ação e choque. As formas ovais sempre
serão um círculo deformado. Os elementos curvos têm sempre a sensação de
movimento.
Segundo Elias (2009) a escolha das cores é de fundamental importancia para
a boa harmonia dos componentes de um produto. A cor provoca sensações em
quem a vê, essas sensações serão descritas abaixo:
• Branco: causa sensação de paz, calma, harmonia, limpeza, bem pureza,
divindade, etc;
• Preto: sujeira, miséria, pessimismo, melancolia, expressivo e angustia ao
mesmo tempo;
• Cinza: tédio, tristeza e seriedade;
• Vermelho: atenção, ira, paixão, emoção, ação, agressividade, perigo,
dinamismo, energia, calor, etc;
• Laranja: prazer, êxtase, euforia, festa, tentação, senso de humor, etc;
• Amarelo: prazer, egoísmo, alerta, iluminação, conforto, etc;
• Verde: frescor, bem-estar, paz, saúde, esperança, liberdade, paz
repousante;
• Azul: frio, paz, serenidade, fidelidade, confiança, harmonia, afeto, amizade,
amor;
70

• Roxo: fantasia, mistério, espiritualidade, misticismo, calma, etc;


• Marrom: cordialidade, comportamento, melancolia, doença, desconforto,
vigor, etc.

3.2.2.9.3 Simbólicos

A simbologia do produto deve remeter ao contexto familiar, tendo como


referencia a relação mãe-bebê, haja vista, que essa relação foi interrompida pela
prematuridade e pela necessidade do tratamento médico.
Esta simbologia deve reforçar o vínculo da relação, fazendo assim com que
mãe e bebê não se sintam distantes um do outro e com que o bebê não se sinta
abandonado e inseguro neste momento. Esse processo pode auxiliar na
recuperação do bebê e auxiliar a mãe a compreender o universo desde bebê que
necessita muito da sua presença e estímulo para se recuperar.

3.2.3 Concepção

Na concepção serão definidas as atividades de solução para o problema.


Dentro deste processo encontram-se: caminhos criativos, a geração de alternativas
que apresenta os sketchs, os renderings e o teste com cores; a seleção e
adequação da melhor alternativa apresenta os aspectos ergonômicos, estético
formais e de tecnologia funcional. Estas etapas encontram-se dispostas no decorrer
do projeto. O Fluxograma 9 apresenta a representação gráfica destas etapas.
71

Fluxograma 9: Concepção.
Fonte: A autora.
72

3.2.3.1 Caminhos criativos

Nesta etapa é definida a solução que o problema de projeto deve


apresentar. Para auxiliar na resolução desta tarefa foi escolhida como ferramenta de
criatividade o brainstorming, que é uma ferramenta desenvolvida para explorar o
potencial criativo, como uma tempestade de ideias sobre o projeto. Neste projeto
foram elaboradas as seguintes ideias:
• Desenvolvimento de cúpula para incubadora neonatal
• Desenvolvimento de sistema de som embutido à cúpula da incubadora;
• Desenvolvimento de colchão para incubadora neonatal;
• Desenvolvimento de cúpula buscando referencia na temática do projeto;
• Desenvolvimento de cúpula com entrada USB para som;
• Desenvolvimento de cúpula e de sistema de som;
• Desenvolvimento de cúpula e de aparelho com estímulos sonoros;
• Desenvolvimento de cúpula e de aparelho de som com entrada USB para
estímulos sonoros.
• Desenvolvimento de equipamento de som com volume apropriado aos
recém-nascidos;
• Desenvolvimento de colchão para incubadora, buscando referencia na
temática, fabricado com materiais maleáveis que se adaptam ao corpo do
bebê.

3.2.3.2 Geração de alternativas

Nesta etapa, após a definição de possíveis caminhos criativos, são geradas


as primeiras alternativas para os seguintes produtos:
• Cúpula para incubadora;
• Equipamento de som;
• Colchão para incubadora.
73

3.2.3.2.1 Sketch

Nesta etapa, registram-se as primeiras ideias quanto à estética dos


produtos, em todos os sketchs desenvolvidos no projeto percebe-se a preocupação
em adequar os produtos com os conceitos e temáticas adotados no projeto, estas
composições serão apresentadas a seguir.
O desenho 3 apresenta os sketchs da cúpula da incubadora neonatal com
os primeiros estudos de abertura e do formato da portinhola. Na cúpula percebe-se
a temática do casulo, do ovo e do ventre materno, a presente temática está disposta
em seu formato.

Desenho 3: Sketch da cúpula.


Fonte: A autora.
74

O desenho 4 apresenta os sketchs do equipamento de som, com estudo de


formatos, botões e as suas disposições no equipemento e display. No equipamento
de som já se percebe o uso da temática do ovo em sua estética formal.

Desenho 4: Sketch do equipamento de som.


Fonte: A autora.

O desenho 5 apresenta os sketchs do colchão para incubadora neonatal,


nestes primeiros esboços já se percebe a temática do ninho em sua composição
formal.

Desenho 5: Sketch do colchão.


Fonte: A autora.
75

3.2.3.2.2 Rendering

O rendering serve para se ter uma melhor compreensão dos produtos em


relação a sua estrutura, formato, materiais e cores. Nesta etapa são apresentadas
as primeiras imagens renderizadas dos produtos que poderão ser desenvolvidos.
O desenho 6 refere-se ao render da cúpula onde já se percebe o formato
seguindo a ideia da biônica e do conceito dos materiais com a transparência
utilizado em sua estrutura.

Desenho 6: Rendering da cúpula.


Fonte: A autora.

O desenho 7 refere-se ao equipamento de som, onde já possui uma estrutura


adequada com a temática do projeto, ainda apresenta estudo em relação a
disposição dos botões e do display.
76

Desenho 7: Rendering do equipamento de som.


Fonte: A autora.

O desenho 8 refere-se ao colchão da incubadora, onde se percebe seu


formato côncavo no centro seguindo a temática do projeto.

Desenho 8: Rendering colchão.


Fonte: A autora.
77

3.2.3.2.3 Teste com cores

O teste com cores tem como objetivo estudar quais serão as melhores cores
empregadas para a realização do produto, para este estudo os produtos escolhidos
foram: o colchão e o equipamento para som, haja vista que não há necessidade de
fazer estudo com cores na cúpula pois, a mesma precisa ser transparente.
O desenho 9 apresenta o teste com cores realizados com o colchão, as cores
utilizadas foram: a branca por causar a sensação de paz, é calmante e harmoniza o
ambiente; a cor azul por passar a sensação de serenidade, afeto, amor, porém o
azul também causa algumas sensações desagradáveis ao bebê. O vermelho por
transmitir a sensação de paixão, emoção, calor, mas também transmite outras
sensações como a íra, a agressividade que não são adequados a bebê e a cor
verde por transmitir a sensação de bem-estar, paz, saúde, esperança, entre outras
sensações benéficas ao bebê, por isso a cor verde foi escolhida para ser utilizada na
capa de seda que revestirá a espuma viscoelástica do colchão para a incubadora
neonatal.

Desenho 9: Teste de cor para o colchão.


Fonte: A autora.
78

O desenho 10 apresenta o teste com cores realizado com o equipamento de


som. Foram realizados estudo com cores que possuam um significado adequado ao
ambiente em que este equipamento será utilizado, no caso, na incubadora neontal.
As cores estudadas foram o amarelo na estrutura e branco no painel; branco na
estrutura e verde no painel; branco na estrutura e cinza no painel; azul na estrutura e
branco no painel; vermelho na estrutura e branco no painel e verde na estrutura e
branco no painel. Segundo o significado das cores optou-se pelo equipamento que é
branco em sua estrutura e verde no painel, por se adequar com os conceitos e com
o ambiente em que o mesmo será empregado.

Desenho 10: Teste de cor para equipamento de som.


Fonte: A autora.
79

3.2.3.3 Seleção e adequação

3.2.3.3.1 Ergonomia

Quanto às questões ergonômicas dos produtos, serão descritos os aspectos


de cada produto separadamente. Em relação à cúpula da incubadora buscou-se
apresentar uma solução que gere maior conforto em relação à manipulação do
bebê, assim a cúpula apresenta duas portinholas (uma em cada lateral) com
dimensões maiores, afim de facilitar o processo de manipulação do bebê dentro da
incubadora, seu formato é oval, possibilitando com que os dois braços possam ser
usados para a manipulação do bebê, essa necessidade foi descrita em entrevista
realizada com técnicas em enfermagem que atuam na UTIN e necessitam aplicar
vacinas no bebê, esse processo é dificultado pelo pouco espaço existente nas
portinholas, que com dimensões maiores facilitaria o processo e a agilidade de sua
realização. A abertura das portinholas são através de botão toque de cotovelo que
possibilita a abertura da mesma sem o toque manual a 180° para baixo. A cúpula
também possui duas portas com abertura a 180° para baixo, para manipulações
maiores como troca de fralda, sem que haja necessidade de abertura total da
incubadora, impedindo assim, que o ar quente saia da cúpula com maior rapidez.
O equipamento de som, terá dimensões que cabem na palma da mão, seus
botões estão dispostos de maneira fácil e clara para seu manuseio, sua disposição
dentro da incubadora será na lateral interna da cúpula, pelo fato da acústica, onde o
som se propagará dentro da cúpula adequadamente.
O colchão será produzido com espuma viscoelástica, em formato de ninho,
côncavo do lado de dentro, que representará como se o bebê estivesse dentro do
ventre materno, possuirá proteção plástica que facilita sua esterilização e uma capa
feita de tecido seda devido suas propriedades térmicas, antibactericida e
antialérgica.
80

3.2.3.3.2 Estético Formal

A estética formal do produto refere-se às cores e formas que os produtos


deverão ter, pensando nisso buscou-se referencia na biônica. A cúpula da
incubadora possui formato que lembra o ventre materno, o casulo e o ovo sua
superfície possui transparência, as paredes internas da portinhola são de silicone na
cor branco, sua forma arredondada facilita sua higienização. Serão confeccionados
adesivos com frases que alertam a equipe médica e os pais em relação às
necessidades do bebê, esses adesivos são em formato de balão de pensamento,
para representar um desejo do bebê, as frases utilizadas são:
• Lave as mãos antes de tocar em mim!
• Abra com carinho;
• Psssiu! Não faça barulho;
• Eu gosto de ouvir música!
O desenho 11 apresenta os adesivos que serão colados na parede externa
da cúpula da incubadora neonatal para alertar a equipe médica e pais, sobre as
necessidades do bebê, sendo um diferencial estético e com fins informativos para a
equipe médica e para os pais e não para o bebê.

Desenho 11: Adesivos de alerta para a incubadora.


Fonte: A autora.
81

O equipamento de som em seu aspecto formal também possui referencia na


biônica do ovo presente em sua estrutura, no casulo presente o botão e na borboleta
presente no painel. É desenvolvido nas cores branco e verde, ele fica acoplado na
parte lateral interna da incubadora, ficando desta maneira suspenso por um encaixe
que tem como referencia a biônica do marsúpio.
O colchão possui formato de ninho, com lençol de seda na cor verde. O tecido
de seda foi escolhido devido suas propriedades já descritas anteriormente, o que é
fundamental para o recém-nascido, já que deve-se mantê-lo aquecido e o mesmo
fica despido dentro da incubadora.

3.2.3.3.3 Tecnologia Funcional

A cúpula da incubadora neonatal possuirá em seu total duas portas, uma em


cada lateral, com abertura manual, através de botão giratório, duas portinholas, uma
em cada lateral, com abertura através de botão toque de cotovelo, que funciona
através do toque empurrando-o para baixo, que destrava a peça para sua abertura.
A vedação entre as portas, portinholas e cúpula é através de silicone autoclavável.
O equipamento de som possuirá o volume máximo de 40 decibéis, este nível
é confortável à audição do bebê, seu sistema consiste em um botão liga/desliga; um
botão de programação do tempo em que o aparelho tocará música, volume mais (+)
e menos (-), Rew – para voltar a faixa da música e FF – para passar para frente a
faixa da música. As músicas que são tocadas pelo aparelho estão inseridas em um
chip cartão, que poderá ser modificado de acordo com a necessidade verificada pelo
terapeuta para cada paciente. Esses chips, poderão ser vendidos separadamente,
contendo em cada um, melodias diferentes umas das outras, mas de acordo com a
musicoterapia, haja vista que esse equipamento destina-se a fins curativos através
da música. Seu funcionamento dá-se por bateria recarregável através de um plugue
que será bivolt. o fio contém um sistema retrátil para armazenamento do mesmo. A
bateria escolhida foi a de níquel hidreto metálico, considerada ecologicamente
correta, pois não possui elementos altamente tóxicos, são duráveis o que garante a
preservação do planeta e melhor desempenho por muito mais tempo.
82

O colchão é produzido com espuma viscoelástica que proporciona maior


conforto ao recém-nascido, com capa de plástico para facilitar a higienização e capa
tecido de seda devido suas propriedades já citadas anteriormente.

3.2.4 Pós-concepção

Na pós concepção são definidas todas as atividades a serem desenvolvidas


após a definição da melhor solução para o projeto. Nesta etapa são apresentados:
sub-sistemas e componentes do produto; a definição dos processos produtivos e o
resultado final que apresenta os mockups, o rendering final, o desenho técnico, os
materiais a serem utilizados nos produtos, o memorial descritivo e as considerações
finais. O fluxograma 10 apresenta a representação gráfica desta etapa.
83

Fluxograma 10: Pós-concepção.


Fonte: A autora.

3.2.4.1 Sub-sistemas e componentes

Nos sub-sistemas e componentes são detalhados todas as partes que


compõem o produtos.
O desenho 12 apresenta os detalhamentos da cúpula neonatal.
84

Desenho 12: Detalhamento da cúpula.


Fonte: A autora.

No detalhamento da cúpula o produto apresenta as seguintes


representações:
a) Cúpula em acrílico;
b) Porta;
c) Botão giratório;
d) Portinhola;
e) Botão toque de cotovelo;
f) Vedação em silicone;
g) Encaixe para o equipamento de som;
h) Entrada para fios e cabos.
85

O desenho 13 apresenta os detalhamentos no equipamento de som.

Desenho 13: Detalhamento do equipamento de som.


Fonte: A autora.

No detalhamento do equipamento de som o produto apresenta as seguintes


representações:
a) Equipamento de som;
b) Painel eletrônico;
c) Botão liga/desliga;
d) Botão rew;
e) Botão FF;
f) Botão de programação;
g) Botão play/pause
h) Botão (+);
i) Botão (-);
j) Chip de músicas;
k) Entrada para plug de bateria;
l) Plug de bateria.
86

O desenho 14 apresenta os detalhamentos no colchão.

Desenho 14: Detalhamento do colchão.


Fonte: A autora.

No detalhamento do colchão o produto apresenta as seguintes


representações:
a) Colchão;
b) Parte côncava;
c) Lençol de seda;
d) Capa de plástico;
e) Espuma viscoelástica.

3.2.4.2 Processos produtivos

O processo de fabricação consiste em descrever as diversas maneiras de


transformação da matéria prima em produto, abaixo são descritos alguns processos
que poderão ser utilizados para a fabricação dos produtos:
• Modelagem por injeção: o processo de injeção é muito utilizado pela
industria para a confecção de diversos produtos como: conexões, peças
87

tecnicas para industria automobilística, manoplas, rodas para rodízios,


produtos para industria de calçados (solas), peças tecnicas para industria
eletro eletrônica e de informatica (carcaças para vídeos, teclados de
computador, etc). Uma máquina injetora é composta basicamente por um funil
de alimentação, cilindro de plastificação, rosca (que é alojada dentro do
cilindro) e molde. O composto de PVC, geralmente em forma de grãos, é
alimentado através do funil e forçado a entrar no cilindro de plastificação. O
cilindro é equipado com resistências elétricas e, com o auxílio da rosca,
plastifica o composto de PVC, permitindo que ele seja injetado na cavidade
do molde, conferindo forma final à peça. (DACARTO BENVIC, 2009). Na
modelagem por injeção será fabricado o encaixe do equipamento para som,
que será colocado dentro da incubadora neonatal.
• Modelagem por termoformagem: É o processo de produção de artigos
conformados a partir de uma chapa termoplástica plana. Neste processo
utiliza-se pressão e temperatura para a conformação da peça. O processo
consiste no aquecimento de uma chapa termoplástica plana, e sua
conformação utilizando-se de um molde e uma pressão negativa (vacuum
forming), essa pressão é aplicada entre a superfície interna do molde e a
chapa amolecida pelo calor. O laminado é conformado adquirindo a geografia
da superfície interna do molde formando-se portanto a peça. Posteriormente é
resfriada. As principais peças fabricadas pelo processo de termoformagem
são: fabricação de blister; descartáveis de parede fina; embalagem skin;
embalagens em geral, entre outros produtos. (DACARTO BENVIC, 2009). Na
modelagem por termoformagem será produzida a cúpula para a incubadora
neontal e o equipamento de som.
88

4 RESULTADO DO PROJETO

4.1 RENDERING FINAL

O desenho 15 apresenta o rendering final da cúpula neonatal, com os


adesivos colocados em sua estrutura.

Desenho 15: Rendering final da cúpula neonatal.


Fonte: A autora.
89

O desenho 16 apresenta o equipamento de som e o plug que carrega a


bateria do equipamento, com fio retrátil.

Desenho 16: Rendering final do equipamento de som.


Fonte: A autora.
90

O desenho 17 apresenta o rendering final do colchão.

Desenho 17: Rendering final do colchão para incubadora neonatal.


Fonte: A autora.
91

O desenho 18 apresenta o rendering com a montagem de todos os


equipamentos desenvolvidos no presente projeto.

Desenho 18: Rendering final de todos os equipamentos desenvolvidos no projeto.


Fonte: A autora.
92

4.2 DESENHO TÉCNICO


93
94
95

4.3 MATERIAIS

Nesta etapa são definidos os matérias que os equipamentos para a


incubadora neonatal serão fabricados. Abaixo segue lista de matérias usados no
processo de produção dos equipamentos:
• Acrílico: o PMMA – Poli Metil MetAcrilato, conhecido como acrílico, é um
plástico de engenharia, cuja características são descritas: propriedades
ópticas, transmite até 93% da luz visível, maior que o vidro e muito superior
em comparação à outros plásticos; alta resistência às intempéries, resiste a
radiação solar ultra-violeta sem amarelar ou causar fissuras superficiais; boa
resistência à abrasão;estabilidade dimensional; baixa contração; alto brilho;
boas propriedades térmicas; facilidade de pigmentação; facilidade de
gravação; boa moldabilidade; resistente à ácidos minerais e orgânicos,
soluções alcalinas diluídas ou concentradas, soluções de sais orgânicos,
hidrocarbonetos alifáticos, gorduras, óleos e a maioria dos gases comuns;
boa resistência dielétrica e baixa condutibilidade e excelente dureza
superficial e rigidez. (DSE BRASIL, 2009).
• Espuma viscoelástica: a espuma viscoelástica possui uma propriedade
física de baixa resiliência, entre 1 a 5%, ou seja, ela absorve a pressão
exercida pelo corpo e responde de forma mais uniforme, diminuindo a
pressão de resposta. A espuma viscoelástica não oferece apenas conforto,
mas saúde, no inicio de sua comercialização ela passou a ser produzida para
o segmento de saúde indicados para reumatismo e dores lombares,
atualmente está em diversos segmentos, dentre eles segue três destinados a
saúde que abrange: hospitais, homecare (produtos para quem volta do
hospital) e espumas de alto conforto para públicos exigentes transformada em
travesseiro, mantas, colchões, sofás, etc. (SOGNATORE, 2009).
• Tecido de seda: é conhecido pela sua maciez, brilho, beleza e luxuosa
aparência, a seda é um tecido muito confortável e mantém a temperatura do
corpo ela mantém o corpo fresco no verão e quente no inverno. As suas
principais características são: confortável e boa qualidade de absorção; tecido
natural; pouca resistência à abrasão; bom condutor de eletricidade; pouco
96

resistente à rugas; antibacteriano; antialérgico e termodinâmico. (PORTAIS


DA MODA, 2009).
• Termoplástico: são polímeros sintéticos que quando aquecidos amolecem
e podem ser moldados de inúmeras maneiras, voltando a enrijecer-se com a
diminuição da temperatura. Suas propriedades físicas são: leveza; alta
flexibilidade; alta resistencia ao impacto; resistencia à abrasão e a solventes;
baixa condutibilidade elétrica; baixa condutibilidade térmica; maior resistencia
à corrosão; reciclabilidade, entre outros. Os principais termoplásticos são:
polietileno (PE); polipropileno (PP); politereftalato de etileno (PET);
policarbonato (PC); poliestireno (PS); policloreto de vinila (PVC);
polimetilmetacrilato (PMMA); etc. (GORNI, 2003).
• Silicone: as propriedades do silicone são as causas que o tornam um
importante material utilizado em diversos setores das industrias, entre elas
podemos citar: excelente estabilidade térmica; boas propriedades
umectantes; boa resistência à radiação ultravioleta; anti-fricção e lubricidade;
estabilidade ao cisalhamento; excelentes propriedades dieléticas; baixa
volatibilidade em altos pesos moleculares e alta volatibilidade em baixos
pesos moleculares. (GARCIA; FARIAS; FERREIRA, 2004).

4.4 MOCKUPS

O modelo final dos equipamentos para incubadora neonatal, foram


confeccionados em escala 1:2, com a utilização de materiais de fácil manuseio e
acessíveis para aquisição, que proporcionem uma imagem semelhante ao produto
final.
Para a cúpula foi realizado primeiramente um estudo para identificar qual
posição seria a melhor para a abertura das portas e das portinholas, para isso,
utilizou-se forminhas de blister de ovo de páscoa, os cortes foram de acordo com a
posição que se pretenderia fazer o estudo. A fotografia 9 apresenta os estudos de
abertura para a cúpula neonatal.
97

Fotografia 9: Estudo de abertura para a cúpula neonatal.


Fonte: A autora.

Para a confecção do mockup da cúpula foi utilizado molde em gesso e resina.


A fotografia 10 apresenta o molde em gesso.

Fotografia 10: Molde em gesso.


Fonte: A autora.
98

A fotografia 11 apresenta o molde em gesso sendo resinado.

Fotografia 11: Molde em gesso sendo resinado.


Fonte: A autora.

A fotografia 12 apresenta a construção do mockup.

Fotografia 12: Construção do mockup.


Fonte: A autora.
99

A fotografia 13 apresenta a colocação de adesivos no mockup.

Fotografia 13: Colocação de adesivos no mockup.


Fonte: A autora.

A fotografia 14 apresenta o mockup finalizado da cúpula para incubadora


neonatal.

Fotografia 14: Mockup final da cúpula para incubadora neonatal.


Fonte: A autora.
100

No equipamento de som realizou-se um estudo de pega ergonômica, e da


disposição dos botões, para isso o molde foi confeccionado em espuma, em sua
escala real. A fotografia 15 apresenta este estudo.

Fotografia 15: Estudo de pega ergonomica e disposição dos botões.


Fonte: A autora.

Para a confecção do mockup do equipamento para som foi utilizado como


materiais o MDF (médium-density fiberboard) que foi empregado para fazer o molde
da peça, a chapa de PS (poliestireno) foi empregada para a fabricação da peça final,
o processo de transformação utilizado foi a termoformagem realizado através da
vacuum forming, além das peças feitas para o equipamento para som foi feito
também o berço para colocar o equipamento dentro da incubadora. A fotografia 16
apresenta imagens dos moldes em MDF, e a fotografia 17 apresenta o processo de
transformação das peças.
101

Fotografia 16: Moldes em MDF.


Fonte: A autora.

Fotografia 17: Processo de transformação das peças.


Fonte: A autora.
102

Na parte interna da peça em escala real, foi instalado os alto falantes,


juntamente com o cabo USB, que servirá como plug para um MP3 que terá as
músicas inseridas e tocará os sons desejados. O equipamento para som foi
desenvolvido dois mochups, um em escala 1:2 para compreensão formal e de sua
disposição dentro da cúpula, e o outro em escala real para poder ser instalado os
alto falantes e assim se compreender o seu funcionamento, ergonomia e as músicas
que tocam no equipamento. A fotografia 18 apresenta a imagem da etapa de
instalação do som no mockup do equipamento para som.

Fotografia 18: Instalação dos alto falantes no mockup do equipamento para som.
Fonte: A autora.

Após essa etapa foram desenvolvidos alguns adesivos, para colocar no


mockup para representar o painel eletrônico e os botões. A fotografia 19 apresenta a
colocação de adesivos no mockup.
103

Fotografia 19: Colocação de adesivos no mockup do equipamento para som.


Fonte: A autora.

A fotografia 20 apresenta os mockups finalizados do equipamento para som,


um em escala 1:2 e um em escala real.

Fotografia 20: Mockup final do equipamento para som.


Fonte: A autora.
104

O colchão foi desenvolvido em espuma, revestido com filme de PVC


(policloreto de vinila) transparente, e foi feito uma capa com tecido de seda. O corte
da espuma foi realizado com máquina de cortar isopor, após esse processo a parte
côncava do colchão foi feito com uma colher esquentada em fogo para derreter a
espuma e fazer a forma desejada. A fotografia 21 apresenta a imagem do processo
de corte da espuma e do derretimento da espuma.

Fotografia 21: Corte e derretimento da espuma.


Fonte: A autora.

Após essa etapa a espuma foi envolvida em filme de PVC, e foi colocada na
capa feita de tecido de seda. A fotografia 22 apresenta essa etapa.

Fotografia 22: Filme de PVC e colocação de capa em tecido de seda.


Fonte: A autora.
105

A fotografia 23 apresenta a imagem do mockup do colchão finalizado.

Fotografia 23: Mockup finalizado do colchão para incubadora neonatal.


Fonte: A autora.

A fotografia 24 apresenta o mockup finalizado com todos os equipamentos


desenvolvidos no presente projeto.

Fotografia 24: Mockup dos equipamentos desenvolvidos para o projeto.


Fonte: A autora.
106

4.5 MEMORIAL DESCRITIVO

Este projeto está diretamente ligado às contribuições do design no projeto de


humanização de equipamentos para incubadora neonatal, visando o
desenvolvimento da saúde em recém-nascidos pré-termo.
Os equipamentos projetados para a incubadora foram: cúpula, colchão e
equipamento de som que toca música para bebês, haja vista que foram realizadas
inúmeras pesquisas nesta área e foi constatado que a música auxilia no
desenvolvimento desses bebês.
Com base na temática do projeto buscou-se referência na biônica onde foram
utilizadas formas que geram desenvolvimento, as formas utilizadas foram as formas
do casulo, do ovo, do ventre materno, do ninho e do marsúpio. As cores utilizadas
foram o verde e o branco por significarem: saúde, bem-estar, conforto, paz, entre
outros.
Para a produção da cúpula os materiais escolhidos foram: o acrílico e o
silicone, a estética da cúpula é em formato de casulo, de ventre materno e de ovo, a
mesma possui duas aberturas uma em cada lateral para manipular o bebê, sem que
seja necessário a abertura total da cúpula, na porta existe um botão giratório para
sua abertura. A cúpula possui duas portinholas com dimensões maiores que as
similares, onde sua abertura é realizada através do botão toque de cotovelo.
Para a produção do equipamento de som os materiais escolhidos foram o PS
e o acrílico no painel. O equipamento de som possuirá o volume máximo de 40
decibéis, este nível é confortável à audição do bebê, seu sistema consiste em um
botão liga/desliga; um botão de programação do tempo em que o aparelho tocará
música, volume mais (+) e menos (-), Rew – para voltar a faixa da música e FF –
para passar para frente a faixa da música. As músicas que são tocadas pelo
aparelho estão inseridas em um chip cartão, que poderá ser modificado de acordo
com a necessidade verificada pelo terapeuta para cada paciente. Esses chips
poderão ser vendidos separadamente, contendo em cada um, melodias diferentes
umas das outras, mas de acordo com a musicoterapia, haja vista que esse
equipamento destina-se a fins curativos através da música. Seu funcionamento dá-
se por bateria recarregável através de um plug que será bivolt, o fio contém um
107

sistema retrátil para armazenamento do mesmo. A bateria escolhida foi a de níquel


hidreto metálico, considerada ecologicamente correta, pois não possui elementos
altamente tóxicos, são duráveis o que garante a preservação do planeta e melhor
desempenho por muito mais tempo. A estética do produto segue a temática do
projeto, por isso, o equipamento é feito em forma de ovo, seu painel é em forma de
asa de borboleta e os botões são em formato de casulo. As cores utilização são
verde e o branco.
O colchão é produzido com espuma viscoelástica que proporciona maior
conforto ao recém-nascido, com capa de plástico para facilitar a higienização e capa
de tecido de seda devido suas propriedades antialérgicas, térmicas e antibactericida.
A estética do colchão segue a temática do produto seu formato é de ninho. A cor
utilizada é a verde.
O processo de produção tanto da cúpula quanto do equipamento para som é
o de termoformagem, o equipamento para som ficará suspenso na lateral interna da
cúpula afim de promover uma acústica perfeita para a circulação do som. O
equipamento que suspenderá o equipamento para som é um berço acoplado à
incubadora, o material para a produção deste berço é o acrílico e o processo de
produção é o de injeção.
Esses equipamentos foram desenvolvidos levando em consideração a
temática do projeto, com formas simples e arredondadas, aparência clean e leveza
na cor. Essas formas contribuem tanto para a estética dos equipamentos como
também para a higienização, a acústica, o conforto e a ergonomia apropriadas ao
bebê e das pessoas que o manipulam.
108

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O design é um dos principais diferenciais competitivos que um produto ou


empresa pode ter. Este fator gera vantagens não somente ao mercado, mas
também ao público que é o principal alvo de estudos para desenvolver-se um
produto inovador.
O papel do design é desenvolver produtos que satisfaçam as necessidades
do seu público-alvo. Deste modo, na saúde o design tem um papel fundamental, que
é o de desenvolver produtos que salvem vidas e que gerem melhores condições na
recuperação da saúde dos pacientes.
Para este projeto buscou-se realizar melhoramentos na incubadora neonatal,
que é um equipamento eletro-médico e proporciona ao recém-nascido pré-termo as
principais funções vitais que lhe garantirão, nesse período, o desenvolvimento de
seus órgãos e sistemas perceptíveis.
Os recursos tecnológicos que foram implantados na incubadora neonatal
partem basicamente do principio de proporcionar um atendimento humanizado ao
público. Tais recursos foram aplicados em três equipamentos: cúpula, colchão e
equipamento de som. Para projetar estes equipamentos, fez-se necessário buscar
novos conceitos e temáticas que auxiliassem no processo de construção dos novos
produtos. Esse processo envolveu o uso de formas, cores e materiais até então
pouco abordados neste seguimento.
Com a contribuição do design neste projeto, pode-se aumentar a eficiência
dos equipamentos e buscar novos recursos, que proporcionam um atendimento
humanizado aos pequenos pacientes, os quais carecem de conforto, atenção e
carinho.
As possibilidades do uso do design em produtos na área médica não foram
esgotadas neste projeto, haja vista a carência de melhoramentos visando a
humanização destes equipamentos, afim de tornar o processo de atendimento
médico menos hostil e mais eficiente aos seus usuários.
109

REFERÊNCIAS

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114

APENDICES
115

APENDICE A

Questionário - avaliação de incubadora neonatal


Entrevistada: Fonoaudióloga Raquel Neres

1- O que é o teste da orelhinha e o que ele detecta?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

2- Como é a audição do recém-nascido prematuro?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

3- O que pode afetar a audição do RN prematuro que está sendo atendido em


incubadora neonatal?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

4- Qual seria o nível de decibéis confortável à audição do prematuro dentro da


incubadora neonatal?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

5- Qual é a importância dos sons para o desenvolvimento físico, emocional,


cognitivo e social do bebê?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

6- Acredita ser importante a utilização de recursos de som ambiente inserido em


incubadoras neonatal para complementação do tratamento em conjunto com
as já atribuições técnicas do equipamento?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
116

7- Por mais que não seja detectado a audição no pré-termo que possui peso
inferior à 2.000g, acredita ser importante a utilização de estímulos sonoros na
incubadora neonatal?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

8- Quais as suas sugestões de aprimoramento necessário nestes equipamentos


(incubadoras neonatal), para o devido tratamento e recuperação do RN
prematuro?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

9- Qual o seu nível de experiência com incubadora neonatal?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

Questionário : da avaliação no uso do equipamento incubadora neonatal


(caso exista a utilização por parte da entrevistada)

Resposta
QUESTÕES sim neutro não
1 – Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal) estão
adequados em seus projetos e recursos tecnológicos
para atender às necessidades do recém-nascido
prematuro?
2 – Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal) estão
adequados quanto aos aspectos ergonômicos?
3 – Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal) estão
adequados quanto aos aspectos estéticos?
4 - Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal)
possuem todos os recursos técnicos necessários para o
bom desempenho?
Observações:
117

APENDICE B

Questionário - avaliação de incubadora neonatal


Entrevistado: Professor Tarsizo de Oliveira

Dados sobre o entrevistado:

Tarsizo de Oliveira é professor, filósofo, parapsicólogo, terapeuta, consultor,


escritor, membro da Associação Internacional de Parapsicologia, do Instituto
Brasileiro de Parapsicologia, do Instituto Argentino de Parapsicologia, da Sociedade
Argentina de Parapsicologia.
Ex-professor de Parapsicologia e Ciências Religiosas do ITESC – Instituto
Teológico de Santa Catarina – Florianópolis – SC, ex-professor de Psicologia
Aplicada do Centro de Educação Permanente da UNISUL – Universidade do Vale do
Rio dos Sinos – São Leopoldo – RS, na Universidade Rio Branco – Rio Branco –
AC.
Trabalhou em cursos de extensão Universitária na UNISINUS – Universidade
do Vale do Rio dos Sinos – São Leopoldo – RS, na Universidade Rio Branco – Rio
Branco – AC. Realizou treinamentos para o Corpo Docente da Universidade do Vale
do Itajaí – Itajaí – SC, sobre “A formação da personalidade”. Ministrou cursos sobre
o Pensamento Positivo, Inteligência Emocional, Persuasão, Oratória, Erros e Acertos
na Educação, Formação de Líderes Empresariais, Processo Especial de Terapia,
em todo o Brasil e em vários Países. Prestou assessoria a várias empresas,
prefeituras e estabelecimentos de ensino.
Atualmente é diretor do Instituto Holístico Internacional do Brasil, sendo
orientador do Curso de Formação de Parapsicólogos e Terapeutas.

1- Como funciona a mente do bebê prematuro hospitalizado?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

2- O que afeta a mente do bebê prematuro hospitalizado?


118

_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

3- Qual a importância de se realizar o atendimento humanizado a pacientes


atendidos em UTI Neonatal?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

4- Qual a importância da presença de familiares na UTI Neonatal para o bebê


prematuro hospitalizado?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

5- Qual a importância de estímulos sensoriais sonoros para o desenvolvimento


físico, emocional, cognitivo e social do bebê?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

6- Acredita ser importante a utilização de recursos de som ambiente inserido em


incubadoras neonatal para complementação do tratamento em conjunto com
as já atribuições técnicas do equipamento?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

7- Quais as suas sugestões de aprimoramento necessário nestes equipamentos


(incubadoras neonatal), para o devido tratamento e recuperação do RN
prematuro?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

8- Qual o seu nível de experiência com incubadora neonatal, ou atendimento a


prematuros?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

Questionário : da avaliação no uso do equipamento incubadora neonatal


119

(caso exista a utilização por parte da entrevistada)

Resposta
QUESTÕES sim neutro não
1 – Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal) estão
adequados em seus projetos e recursos tecnológicos
para atender às necessidades do recém-nascido
prematuro?
2 – Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal) estão
adequados quanto aos aspectos ergonômicos?
3 – Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal) estão
adequados quanto aos aspectos estéticos?
4 - Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal)
possuem todos os recursos técnicos necessários para o
bom desempenho?

Observações:
120

APENDICE C

Questionário - avaliação de incubadora neonatal


Entrevistada: Pediatra Paulo Sergio de Almeida Peres

1- o que caracteriza um bebê prematuro?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

2- Quais são os fatores que obrigam o atendimento do bebê em incubadora


neonatal?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

3- Por quanto tempo o bebê prematuro deve ficar hospitalizado em incubadora?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

4- O que afeta a mente do bebê prematuro hospitalizado?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

5- Qual a importância de se realizar o atendimento humanizado a pacientes


atendidos em UTI Neonatal?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

6- Qual a importância da presença de familiares na UTI Neonatal para o bebê


prematuro hospitalizado?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
121

7- Qual é a importância de estímulos sensoriais sonoros para o desenvolvimento


físico, emocional, cognitivo e social do bebê?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

8- Acredita ser importante a utilização de recursos de som ambiente inserido em


incubadoras neonatal para complementação do tratamento em conjunto com
as já atribuições técnicas do equipamento?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

9- Quais as suas sugestões de aprimoramento necessário nestes equipamentos


(incubadoras neonatal), para o devido tratamento e recuperação do RN
prematuro?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

10- Qual o seu nível de experiência com incubadora neonatal?


_________________________________________________________________________________
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Questionário : da avaliação no uso do equipamento incubadora neonatal


(caso exista a utilização por parte da entrevistada)

Resposta
QUESTÕES sim neutro não
1 – Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal) estão
adequados em seus projetos e recursos tecnológicos
para atender às necessidades do recém-nascido
prematuro?
2 – Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal) estão
adequados quanto aos aspectos ergonômicos?
3 – Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal) estão
122

adequados quanto aos aspectos estéticos?


4 - Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal)
possuem todos os recursos técnicos necessários para o
bom desempenho?

Observações:
123

APENDICE D

Questionário - avaliação de incubadora neonatal


Entrevistada: Psicóloga Marlize Zuze

1- Como funciona a mente do bebê prematuro hospitalizado?


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2- O que afeta a mente do bebê prematuro hospitalizado?


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3- Qual a importância de se realizar o atendimento humanizado a pacientes


atendidos em UTI Neonatal?
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4- Qual a importância da presença de familiares na UTI Neonatal para o bebê


prematuro hospitalizado?
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5- Qual é a importância de estímulos sensoriais sonoros para o desenvolvimento


físico, emocional, cognitivo e social do bebê?
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6- Acredita ser importante a utilização de recursos de som ambiente inserido em


incubadoras neonatal para complementação do tratamento em conjunto com
as já atribuições técnicas do equipamento?
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124

7- Quais as suas sugestões de aprimoramento necessário nestes equipamentos


(incubadoras neonatal), para o devido tratamento e recuperação do RN
prematuro?
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8- Qual o seu nível de experiência com incubadora neonatal?


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Questionário : da avaliação no uso do equipamento incubadora neonatal


(caso exista a utilização por parte da entrevistada)

Resposta
QUESTÕES sim neutro não
1 – Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal) estão
adequados em seus projetos e recursos tecnológicos
para atender às necessidades do recém-nascido
prematuro?
2 – Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal) estão
adequados quanto aos aspectos ergonômicos?
3 – Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal) estão
adequados quanto aos aspectos estéticos?
4 - Os atuais equipamentos (incubadoras neonatal)
possuem todos os recursos técnicos necessários para o
bom desempenho?

Observações:

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