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Eve Langlais - Mated To The Devil PDF
Eve Langlais - Mated To The Devil PDF
dourados para trás, mas o nascimento de seu filho, Jacques, torna isso
impossível. Ela tenta esquecer o único homem que despertou sua
paixão, mas quando percebe que seu filho exibe um comportamento
estranho e características menos do que humanas, ela deve enfrentar
seu passado e aprender a confiar e amar novamente.
A essência, mesmo diluída pela miríade de aromas dos humanos, álcool, Mary
Jane1 e tabaco, chamou-o, girando ao redor dele em uma mistura vertiginosa
que o deixou desnorteado e despertou seu lobo. O puro ato de lutar para manter
o controle sobre si mesmo e a sua besta, já desgastada pelas copiosas
quantidades de cerveja que ele bebera com seus amigos, tornou quase
impossível conter seus impulsos mais primitivos. Ele queria cheirar mais de
perto a fêmea que o intrigava. Mais do que cheirar, queria persegui-la e colocar
o nariz em lugares que os humanos não deveriam. Deliciar-se com um profundo
conhecimento de seu perfume fresco e sedutor. Sua boca salivava e seus dentes
alongaram em sua boca enquanto ele desejava dar uma mordida nela, sentir seu
gosto, uma foda longa e dura com a mulher que o destino havia decretado ser
dele.
Minha. O sentimento possessivo, tão diferente dele, tão novo, era uma força
na qual ele não havia contado. Esqueça as histórias que seu pai e outros machos
contavam mais como histórias contadas aos filhotes jovens barulhentos. Remy
não percebeu até aquele momento o quão fortemente o impulso de
acasalamento o agarraria. Quão completamente isso o atormentaria. E tudo isso
por uma mulher que ele ainda nem tinha visto.
Mas ele queria vê-la, caramba. Encontrar a mulher que cortejaria, e quando
ela o aceitasse por quem ele era, seu Companheiro. Claro que primeiro teria que
conseguir a confiança dela para que aceitasse o fato que ele podia trocar sua pele
por pelos. Um pequeno detalhe, ele tinha esperança.
Mesmo bêbado, Remy poderia controlar sua forma, mas ele nunca lutou
tanto para manter seu lobo acorrentado.
Alguns metros o separavam dela quando ele tropeçou ao se dar conta de que
estava prestes a encontrar a mulher com quem passaria o resto da sua vida. A
mulher que ele namoraria, mas infelizmente, não teria o prazer de foder, até que
soubesse que ela tinha caído irrevogavelmente de amores por ele. O único
humano ao qual finalmente contaria seu segredo.
Porra, eu gostaria de estar usando algo legal. Ou pelo menos mais limpo, ele
pensou tristemente olhando para baixo para a sua camiseta manchada de tinta
da banda Mötley Crüe, uma relíquia dos anos oitenta que pertencera a seu pai e
que já havia tido dias melhores.
Aparência não deveria importar. Como o pai dele havia explicado, uma vez
que ele conhecesse a pessoa certa, eles se achariam inegavelmente atraídos um
para o outro. O desejo de tocar e foder seriam muito
difíceis de aguentar, mas séculos de história e
tradição demonstraram que a reivindicação era
muito mais suave se o ser humano tivesse carinho
por seu companheiro antes do acasalamento, daí o período de namoro, para se
conhecerem e criar um relacionamento, para que quando o segredo fosse
revelado a moça não corresse para longe gritando. Para não mencionar, que um
macho era menos propenso a acordar com o focinho na ponta de uma
espingarda se a fêmea escolhida compreendesse o que se juntar a um Lycan
significava. Além disso, de acordo com seu pai, aquelas poucas semanas de
espera tortuosa enquanto eles giravam em uma teia de sedução em torno de sua
mulher, atuavam como as preliminares mais intensas de todos os tempos,
tornando o evento principal uma explosão de proporções épicas.
Olhos fixos nela, ele poderia permanecer lá para sempre, congelado de medo
e antecipação. Quase suspirou em alívio quando seus irmãos da fraternidade
frustraram seu encontro planejado quando eles vieram correndo e quebraram o
transe. Eles o afastaram da fêmea encantadora, que o assustara, para a próxima
sala tendo um concurso de beber.
Como campeão defendendo o título, ele não podia dizer não facilmente.
Nem se quisesse. Além do fato de que ele precisava encontrar a sua coragem,
no fundo de uma garrafa marrom, os anos de faculdade eram para ter diversão
e jogos. E bebidas. Muita e muita bebida. Sua mulher deliciosa, cujo nome ele
logo descobriria, teria que aguardar um pouco mais para que o namoro
começasse. Como sua companheira, se ela aceitasse, passaria a vida inteira com
ele, tranquilizou-se, ignorando a voz sarcástica em sua mente que cacarejou. —
Covarde.
Vou colocar o filhote humano em seu lugar. Remy bebeu mais rápido.
Reconhecimento caiu sobre ele quando Remy respirou pelo nariz, o que disse
que a mulher misteriosa estava por perto. Seu olhar vagou enquanto ele não
conseguia identificar sua localização. Será que ela sentia a mesma ligação com
ele?
Uma rápida varredura da sala mostrou que ela havia desaparecido na multidão
observadora, não um impedimento para um como
ele. Vou seguir meu nariz. Isso sempre funciona.
Soltou um riso quando a canção comercial para
aquelas palavras dançava através da cabeça junto
com o pássaro dos desenhos animados que os cantava. Os nervos e seu estado
bêbado levaram a culpa por seu rumo de pensamento.
— Remy, cara, talvez você devesse deitar um pouco. Você não parece muito
bem. — disse seu melhor amigo, Dean. Ou era seu gêmeo cintilante?
— Estou bem. — Ele quase disse isso sem mexer. O álcool enchendo seu
estômago fez com que tudo parecesse mais alto, mais vívido, incluindo sua
pulsante necessidade de encontrar a pequena humana. Como um Lycan, ele
processava o álcool mais rapidamente do que os humanos, mas, dada à
quantidade que ingeriu, demoraria mais do que algumas horas para sair de seu
sistema. Enquanto isso sentia os efeitos e podia vê-los em seus passos instáveis
e visão turva. Ele não deixou que o impedisse de perseguir seu objetivo. Ele
afastou as mãos de Dean.
A caçada à mulher o excitava. Quanto mais ela dificultava a captura, mais seu
coração acelerou e seu pênis se endureceu.
Apareça, apareça, onde quer que esteja. Este lobo grande e mal quer dizer olá.
Forçando o olhar para longe de sua linda bunda, ele verificou o resto dela.
De perto, seus cabelos pareciam ainda mais sedosos, suas profundidades
marrons com uma pitada de castanho-avermelhado. Ela não poderia ter mais
de 1,60 de altura e ele calculou que não passaria do queixo dele. Ela é apenas o
tamanho perfeito para girar no meu pênis.
Ao contrário de algumas das outras garotas da festa, vestia-se com uma blusa
modelada em um jeans. Não eram apertados, como era a moda hoje em dia,
mas suas calças de cintura alta ainda eram confortáveis o suficiente para acariciar
a curva de seu corpo cheio e dar uma sugestão de suas coxas arredondadas.
Minha, somente minha. Oh, querida, mal posso esperar para ver seu doce
corpo nu. Paciência, no entanto. A primeira coisa que ele tinha que fazer era
descobrir o nome dela.
Olhos azuis assustados olharam para ele quando sua mulher virou dentro do
círculo de seus braços para encará-lo. Ele deu um sorriso torto para ela. Um
suspiro escapou de seus lustrosos lábios, a trepidação
cruzou seu rosto, e um leve tremor sacudiu seu
corpo.
Apenas centímetros os separavam, e ele podia se ver refletido em suas esferas
azuis claras. Merda. Remy interiormente amaldiçoou quando se viu em seu
olhar, viu o reflexo dos olhos brilhantes do predador. Seus olhos devem ter
mudado parcialmente com sua excitação. Malditos olhos de Lycan. Eles tendiam
a mudar de cor e brilhar quando seu lado bestial estava muito perto da
superfície. Essa característica externa mais comum de sua mudança era a razão
de por que os jovens não eram autorizados a sair de sua comunidade fechada
até que conseguissem o controle de seu animal. Aparentemente, Remy não
estava tão no comando quanto queria pensar. É bom que seu pai não estivesse
por perto. Ele teria sérios problemas com as ações de Remy.
— O que você está fazendo? — Ela perguntou, medo, deixando seus olhos
arregalados.
— Não tenha medo. — Ele sussurrou, fascinado por sua pele branca
cremosa, já imaginando o contraste que isso faria contra seu próprio tom mais
escuro.
Ele não precisava sentir o cheiro da mentira para detectá-la. O tom da voz
dela gritava medo. Ele tentou uma conversa mais calma.
— Obrigada.
— Eu não acho que isso seja possível. Só estou na cidade por mais um dia,
depois volto para casa com meus pais. — Embora? Ela não podia ir embora.
Não quando ele a encontrou. Seu lobo resmungou, e uma parte de sua agitação
mostrou porque o medo voltou ao seu olhar.
— Eu não acho que seja uma boa ideia. — Esta conversa realmente não
estava indo como ele planejou.
— Desculpe, mas conheço meu pai. Ele nunca me permitiria sair com você.
Seus olhos caíram até um ponto abaixo do queixo, e ele podia sentir seu
constrangimento enquanto murmurava uma resposta.
— Porque sim. Ele simplesmente não vai deixar. Ele é bem rígido com suas
ideias.
Remy não se importava, como o pai dela, ele também tinha ideias bem
definidas. Esta mulher era sua companheira. Seu futuro. Minha. Ele segurou suas
bochechas e levantou o queixo, forçando-a a encontrar seu olhar.
— Eu não aceito não como resposta. — Ele baixou a cabeça para selar sua
promessa com um beijo. Ela virou a cabeça e ele pegou sua bochecha.
Chocado com sua reação em pânico, ele não tentou detê-la quando ela
empurrou seu braço. Ele deixou cair ao seu lado e observou enquanto ela saiu,
desaparecendo na multidão sem um olhar para trás.
Ele se virou para a cerveja, mas o fluido dourado não o ajudou. Nem ele
encontrou consolo ou um revestimento de prata no fundo da garrafa. Mas ele
achou que lembrou as letras de — Lobisomens de Londres, — que criou com
uivos e gemidos misturados com gargalhadas.
No entanto, seu encontro foi adiado quando seus amigos o levaram para
longe. Ela não podia deixar de seguir os pés possuídos de sua própria mente
quando ele foi arrastado para outra sala. Hipnotizada, o observou participar de
um jogo de bebida que a repeliu, e, apesar de sua repugnância, ficou congelada
no lugar, olhando para ele.
Eu sabia que era uma má ideia vir com Sheila e Barb a esta festa. Ela poderia
imaginar a reação de seus pais se eles soubessem. As boas garotas não iam a
festas selvagens, onde a principal fonte de diversão era ficar tão bêbada quanto
possível, ou a alternativa mais pecaminosa que se fazia. Suas primas, porém,
deixaram de falar sobre essa parte quando a convenceram a se juntar a elas em
uma reunião no campus. Visitando a tia com a família dela, como Mina poderia
dizer, educadamente, que não? Assim, ela se encontrou empurrada no carro de
sua prima, corando ao ouvir o grito de sua mãe.
— Seja uma boa garota. — O que fez com que suas primas morressem de
tanto rir.
Uma vez que chegaram ao seu destino, suas primas a abandonaram, e sem
dinheiro ou meio de chegar em casa, Mina vagou, meio perdida e sem rumo, a
música alta e o comportamento idiota de muitos. Procurando um lugar calmo,
ela encontrou seu caminho para uma cozinha, que na parte de trás da casa
pareceu menos ocupada, provavelmente porque as três geladeiras aonde as
pessoas pegavam suas bebidas estavam em outro cômodo da casa.
Era o cara de antes, aquele com a pele lisa de cacau que a encarava. De perto,
ele era de tirar o fôlego, e ela só podia olhar para ele de forma idêntica. Ele se
debruçou sobre ela até estar muito próximo, o que não a assustou tanto, quanto
o fato de que quanto mais ele a encarava, mais seus olhos brilhavam. E não com
emoção, mas uma luz real que os fez parecer dourado e animal. Em outras
palavras, não muito humano.
O diabo. Ela quase podia ouvir sua mãe dizendo isso, e pior, Mina se
perguntou se seria verdade. Ela reprimiu o desejo de fazer o sinal da cruz.
— O que você está fazendo? — Sua voz saiu suave e fraca. Com a música
alta no fundo, ela não tinha certeza de que a tivesse ouvido.
— Não tenha medo. — Ele respondeu, sua voz era suave como uma carícia.
Uma estranha sensação fez com que sua barriga parecesse cheia de borboletas,
e um calor invadiu seus membros.
O que está acontecendo comigo? Ele lançou um feitiço sobre ela para fazer
seu corpo se sentir tão estranho?
— Não vai embora ainda, baby. Acabamos de nos conhecer. — Seus olhos
brilharam, e seu corpo reagiu, seus mamilos se apertando como se estivessem
expostos ao frio, e ainda assim ela se sentia quente por dentro.
Ele se moveu para mais perto até que seus corpos se encostassem. A pélvis
dele pressionou contra seu ventre, uma
protuberância grande que mesmo ela na sua
inocência não podia confundir. Ele esta atraído por
mim. Seus lábios cheios se aproximaram e sua intenção de roubar um beijo
evidente. Uma parte dela esperou por isso, mas anos de educação rigorosa
gritavam em sua cabeça. Oh, isso é errado. Tão errado.
Afastando-se, tentou não parecer aterrorizada, mas seu corpo ainda tremia.
Terror ou alguma outra coisa?
Foi a tentação de dar-lhe o beijo que ele exigiu que a levou à ação. Bonito ou
não, a ameaça de seu pai a impediu de ceder ao pedido de Remy. Para sua
surpresa, quando ela empurrou seu braço, ele a deixou ir. Ela fugiu dele e o
distúrbio que sua presença causou, repreendendo-se como uma tola quando
uma certa quantidade de decepção a imbuía de sua falta de perseguição.
Ele provavelmente passou para pastagens mais fáceis. A ideia não a agradou.
Certamente, ela não queria que isso gerasse... O que exatamente ele era? Ele não
pareceu malvado, e ainda assim, bons meninos não tinham olhos que brilhavam,
nem a faziam sentir como se ela tivesse pulado em um vulcão.
— Por favor. Não posso ficar aqui. É-é demais para mim. — O lábio inferior
de Mina tremia enquanto implorava.
— Pequena princesa Mina. Eu disse para mamãe que você arruinaria nossa
diversão. Mas, oh, não. Você tem que levar a sua prima. Não seria certo caso
contrário. — Sheila imitou sua tia com perfeição, e as lágrimas queimavam os
olhos de Mina quando de repente percebeu que a imagem agradável que sua
prima geralmente apresentava a ela era uma farsa.
— Mas...
— Oh, pelo amor de Deus. Bobby, ela pode se esconder no seu quarto até
acabarmos?
Bobby era o menino loiro com rosto bonito usando calças Cáqui que estava
sentado à esquerda de sua prima. Ele olhou Mina de
cima a baixo.
— Claro. Siga-me.
Quando Mina mordeu o lábio, uma sensação de inquietação fez com que ela
quisesse pedir a Sheila novamente para ir embora. Mas sua prima se voltou para
o namorado, beijando-o com um fervor que Mina achou perturbador,
especialmente porque isso fez com que ela se perguntasse se teria gostado de
beijar Remy assim.
Ela correu atrás de Bobby, suas bochechas quentes por causa do seu próprio
pensamento, um pensamento pecaminoso que ela tentou esquecer. Não haverá
beijo. Não com um estranho. Não com ninguém. Não que ela se importasse,
mas com a pessoa certa e depois de um período de namoro respeitável que
levaria ao casamento. Sua mãe não a criou para ser fácil, nem como suas primas.
Além disso, ela tinha decidido há muito tempo guardar-se para o casamento e
o homem que ela um dia encontraria e se apaixonaria. Só então ela permitiria a
paixão que os outros se dedicavam de forma descuidada.
Subindo as escadas seguindo Bobby, que não disse uma palavra ao seguir o
caminho. Ele abriu uma porta no segundo andar sem bater e Mina entrou depois
dele.
— Não tão rápido. — Ele olhou para trás. — Ainda não chegamos à parte
divertida.
Ela não conseguiu impedi-lo de colocar um beijo molhado sobre ela, mas
conseguiu evitar sua boca, então pousou em sua bochecha. Em pânico, ela bateu
o pé, pegando o peito do pé dele.
Quando Bobby, com uma risada desagradável, pulou na direção dela, ela
gritou e atacou. Duvidava que fizesse algum mal, mas ele tomou uma retaliação
de qualquer jeito, dando uma bofetada de mão aberta fazendo sua cabeça
encolher de lado. Sentiu gosto de sangue na língua quando seus dentes cortaram
sua bochecha, e o zumbido na cabeça a fez agir lentamente, mas ainda podia
ouvir suas risadas impenitentes.
O som alto do tecido de seu decote rasgando. O ar mais frio da sala tocou a
parte superior do seu corpo desnudo. Ela lutou quando Jimmy agarrou seus
braços e Bobby lhe arrancou o sutiã, o elástico esticado arranhou a pele antes
de estourar. Eles a soltaram de repente e ela
tropeçou, mas não antes de Bobby beliscar seu
mamilo descoberto.
Ela não conseguiu evitar o suspiro de dor com seu tratamento bruto, e
quando as mãos de Jimmy desabotoaram sua calça, ela desmoronou e chorou.
Como se eles ouvissem. Eles ficaram surdos com sua súplica, então Mina
rezou para o Senhor por um milagre. Oh, Deus, por favor me ajude. Onde
estava o anjo da guarda quando precisava de um? Dada a promessa violenta dos
olhos de Bobby e Jimmy, mesmo um diabo de olhos dourados teria sido bem-
vindo.
Remy estava bêbado. Mais tonto que um gamba e mais embriagado do que
um marinheiro. E sentindo-se triste sobre a rejeição de sua companheira,
principalmente porque ele nem conseguiu encontrá-la na multidão. Ela havia
desaparecido sem deixar uma pista sobre quem ela era.
Balançando a cabeça algumas vezes, isso apenas aumentou sua confusão. Ele
jogou as mãos e se preparou antes de pousar de rosto no chão. Respirações
profundas. Ele era um Lycan. Se ele acalmou e
esperou um segundo, seu sistema começaria a
trabalhar em seu problema. Vomitar também
aceleraria o processo. Mas deixaria um mau gosto em sua boca. Ele preferiria
esperar as rotações pararem. Enquanto respirava, o gira-gira conhecido como o
corredor se estabilizou e ele se concentrou em sua porta. Seu perfume o
assombrou enquanto ele tomava alguns passos deslizantes em direção a porta
esperançosamente correta, quase como se tivesse passado recentemente. Mas
para onde e com quem?
Minha. Seu lobo resmungou, era possessivo e não gostou nem um pouco.
Acalme-se. Ela pode ter vindo até aqui para escapar da multidão. Ela não parecia estar
à vontade. Fora do seu elemento. Talvez ela precisasse de um lugar mais
silencioso.
Remy não conseguiu evitar o grunhido que retumbou. Seu lobo passou pelos
confins de sua mente, tenso, irritado, pronto para saltar. Lutar pelo que ele sabia
ser deles.
Isso não é nada bom. Não com ele ainda tão bêbado. Em seu estado de
espírito, se ele encontrasse sua mulher na presença de outro cara, seu controle
poderia escapar. O ciúme, a mais poderosa das emoções ao lado da raiva e do
amor, poderia ser o empurrão final necessário para que seu lobo ultrapassasse
o homem. O melhor era ele descansar alguns minutos antes de investigar.
Deixar os efeitos do álcool em seu sistema diminuir.
Um plano sábio. Um bom plano, até que ouviu ao longo do corredor, quase
no final do corredor. Um gemido de dor e um grito.
— Não, por favor, não. — Um apelo assustado quase encoberto pelo som
de risadas bêbadas e altas. Um humano nunca teria ouvido pelo volume da
música. Mas Remy não era inteiramente humano. E quando seu animal ouviu
sua mulher, porque ele sabia com cada fibra do seu ser que era sua mulher, ele
não poderia ser impedido de ir atrás dela nem com correntes.
A raiva varreu seu corpo quando o lobo ergueu sua cabeça. Sem saber de
onde ele estava e quem o veria, correu pelo corredor
e pela porta onde o medo irradiava. Esqueça o
bloqueio frágil impedindo sua entrada. Ele o
quebrou com um forte empurrão de seu ombro contra a porta que o separava
de sua companheira. Ele atingiu a parede com um estrondo, surpreendendo os
ocupantes. Suas narinas se encheram com o cheiro dela e seu lábio superior se
curvou para trás.
Ele encontrou sua mulher misteriosa, seus olhos cheios de lágrimas e uma
bochecha vermelha brilhante. Em seu breve olhar, ele também notou sua camisa
rasgada, que exibia seus seios cheios, um marca com um hematoma já
avermelhado. Ela ergueu as mãos em um gesto defensivo, seu terror evidente e
inaceitável.
A raiva de Remy ficou quente e ele concentrou sua fúria sobre os dois
humanos, os quais tinham expressões arrogantes. Adversários indignos, o
inimigo, meros seres humanos lamentáveis, quem eles pensavam que eram para
ferir sua companheira.
Com um rosnado, ele pulou e cuidou do primeiro que estava com a calça
desabotoada. Levando-o para baixo no chão, os punhos dele eram um borrão
de movimento enquanto apagava o sorriso do rosto do bastardo. Ele teve
satisfação no sangue que escorria, mas isso não fez nada para apaziguar sua
besta.
O movimento na sua visão periférica o fez parar seu ataque e girar para se
agachar em suas pernas de trás. Um grunhido escapou seus lábios. O outro
idiota pensou em escapar. Mas que inferno. Remy, mais rápido do que um
humano saltou para ele, bateu-o na porta, que se fechou.
Minha. Ela se encolheu diante dele enquanto ele se aproximava. Por que ela
tem medo de mim? Ou ela ainda tremia por causa do ataque? Ele mostrava que
estava segura. Ele não a deixaria ser prejudicada. Ele a protegeria com a vida
dele.
A fêmea fez sons melódicos, parece que ele deveria entender. Ele se inclinou,
cheirando sua pele. Ela choramingou. Ele enrugou o nariz quando pegou o
cheiro dos machos nela. Mas enquanto eles tentavam tocar, ele os parou antes
que reivindicassem o que era dele. Ainda assim, ele não gostou do aroma de
outro em sua fêmea.
Uma vez que fechou a porta do seu território, ele deixou sua companheira
descer, satisfeito que seu odor já cobria o dos outros. Ela recuou, mas bateu na
parede e não podia ir mais longe. Lágrimas
molhavam suas bochechas, um sinal de fraqueza
que o fez vacilar. Algo sobre isso parecia errado. Ele
balançou a cabeça, lutando para limpar a neblina em
sua mente, mas o nevoeiro se agarrava tenazmente. Ele ouviu sua companheira
resmungar, o tom e a cadência que ele quase entendeu. Apesar de não entender
sua intenção, uma parte de sua agressão eriçada recuou, mas só porque a luxúria
tomou seu lugar.
Estar tão perto dela, ele podia ver seus seios através do tecido rasgado de sua
camisa, um pano que ela apertava, mas não fez nada para ocultar seus mamilos.
Eles endureceram sobre seu olhar fixo. Um baixo grunhido de desejo rolou dele.
Ele precisava dessa mulher. Ela pertencia a ele. Ou logo seria. Aqueles outros
machos tentaram montá-la, provavelmente porque ela não tinha sua marca.
Minha.
Hipnotizado por seu aroma de sol, flores, e superado por sua crescente
excitação, ele mergulhou a cabeça e reclamou seus lábios. Eles estavam
firmemente apertados, mas isso não o impediu que deslizasse os dele através
dos dela. Dando um puxão em seu lábio inferior, ele sugou entre os dele
enquanto empurrava sua pelve contra ela. Mas sua barriga suave não era o que
ele queria sentir. E a julgar pelo odor tentador que fez cócegas no seu nariz, ela
também queria mais.
Suas mãos rasgaram suas roupas enquanto seus lábios forjavam um caminho
pelo pescoço dela.
— Por favor pare. Isso está errado. Não devemos fazer isso. — Ela ofegou
as palavras; meio medo, parte excitada. Uma mistura confusa. Ele entendeu o
que ela disse em algum nível. Sabia que deveriam parar, mas não conseguia
lembrar o porquê. Não podia pensar além do fato de precisar dela agora. E que
a queria.
Ele beijou seus fracos protestos, mesmo que uma vaga sensação de erro
lutasse para se levantar. Excitação socando junto
com um lembrete simples, ela é minha. Se eu a
reivindicar, outros não se atreverão a tocá-la. E ela
não lutou contra ele. Pelo contrário, seus lábios se
abriram diante da insistência, da surpresa e do desejo de sua língua, afastando o
último medo.
Oh, quão doce era o gosto dela. Mas a sensação do corpo dela era ainda
melhor. Suas mãos percorreram suas costas nuas, sua camisa esfarrapada
desapareceu, deixando a pele aberta para sua exploração. E ele a explorou, do
ligeiro recuo da espinha até a covinha acima de suas nádegas. Ela estremeceu
com suas carícias, o perfume crescente de seu desejo estimulando-o. Ele deixou
o paraíso divino de sua boca dar beijos macios ao longo de sua bochecha, até o
pescoço dela. Sob seus lábios, seu pulso vibrou, uma batida rápida para
combinar com seu coração acelerado. Ele beliscou sua pele, um prelúdio
provocante para a marca que concederia uma vez que enterrasse seu pênis
dentro dela, reivindicando-a como sua companheira. Sua mulher para toda a
vida. Minha para a eternidade.
Doendo por ela, suas mãos deixaram a pele suave de suas costas e se
moveram para a cintura, dedos procurando o fecho que segurava suas calças
juntas. Um protesto simbólico deixou-a, e suas mãos puxaram a dele. Ele os
ignorou. Podia sentir o que ela queria, e pretendia dar a ela. Continuou a tirar
sua roupa. Ela apressou-se quando ele tentou abriu sua calça, frustrada quando
não conseguiu encontrar o ziper. A sua derrota o excitou. Talvez ela não fosse
tão mansa quanto aparecia. Uma boa companheira.
Juntando as mãos dela nas dele, ele usou seu braço livre para cercar sua
cintura e levantá-la o suficiente para que pudesse acariciar seu rosto contra seus
seios. Cheio e sedoso, ele resmungou suavemente enquanto puxava um de seus
mamilos para dentro de sua boca. Ela gritou, e ele sugou com mais força,
sentindo-os endurecerem. Seu corpo suavizou quando perdeu um pouco de
tensão e se arqueou em seu abraço. Um grunhido de satisfação escapou dele, e
ele tocou os seios, sugando a ponta do mamilo e mordendo com força suficiente
para fazê-la gemer.
Mas o desejo o cavalgava muito duro para brincar o tempo que desejava com
seus seios perfeitos. Ele a abaixou, mas ainda
manteve as mãos apertadas sobre a cabeça, embora
ela não mais lutasse. Balançou de volta e olhou para
ela, seu olhar começando em seus lábios inchados e
movendo-se sobre seu peito, a sua cintura fina, a barriga arredondada e. . . Ele
franziu a testa quando a viu tentar frustrar sua visão e provocá-lo apertando
suas pernas. Uma perna era tudo o que precisava para espalhá-las. Ele empurrou
uma mão entre suas pernas, agarrando sua parte feminina. O calor dela quase o
chamuscou, e a umidade infiltrada o fez salivar.
— O que você está fazendo? — Suas mãos livres agarraram seu cabelo,
tentando afastá-lo, sem sucesso. Ele empurrou o rosto entre suas pernas e
passou a língua em sua fenda. Todo o seu corpo ficou imóvel, e ele a lambeu de
novo. Os dedos agarraram seus cabelos mais forte, mas em vez de empurrá-lo
para longe, ela o atraiu mais perto enquanto ele a deitava com prazer decadente.
O gosto dela na boca dele fez seu corpo queimar. Ele queria se afundar em
seu doce sexo e fodê-la enquanto suas unhas se abaixavam pelas costas.
Primeiro, porém, queria sentir seu prazer em sua língua. Sentir seu canal
tremendo quando gozar.
Ansioso, tão ansioso para sentir aquela umidade em torno de seu pênis, ele
ficou parado e desabotoou as calças quando se levantou. Ele teve um momento
para notar seus olhos pesados antes que reclamasse seus lábios. Ela os abriu
largamente para sua língua empolgada, seu abraço
recíproco desajeitado, mas fervoroso.
Ele queria mais do que um beijo. Seu pau duro cutucou a barriga dela, ansioso
por sua vez. Com as mãos cruzadas em sua cintura, ele a içou, levando-a para a
altura certa e nivelar seu pau na fenda dela.
Seu corpo flexível ficou rígido. Pequenas mãos empurraram seus ombros.
Ele engoliu sua queixa, não mais estúpido com sede de sangue, mas muito
longe com excitação para ouvir.
— Oh, Deus me ajude. Por que isso tem que ser tão bom? — Ela inclinou a
testa contra a dele, a respiração pesada. Suas pernas enrolaram em seus quadris
enquanto ele pressionava seu pênis contra sua fenda molhada, empurrando para
dentro dela, o calor úmido de seu canal fazendo suas bolas apertarem.
Ela gemeu enquanto cravava os dedos nos ombros, a picada dolorosa de suas
unhas aumentava seu ardor. Ele abriu caminho através dela, seu apertado sexo
quase doloroso. Seus lábios se encontraram novamente em um beijo faminto, e
ele não pôde mais se conter. Ele empurrou forte nela, e seu grito vibrou contra
sua boca quando ele rasgou uma barreira, uma inesperada surpresa.
Uma virgem? A exultação o encheu com a evidência de que sua mulher nunca
esteve com um homem. Um grunhido possessivo e alegre escapou dele. Ela
pertencia a ele apenas.
Seu orgasmo estava pendurado muito perto, mas ele segurou. Queria que ela
gozasse também, queria ouvi-la gritar seu prazer em
voz alta, enquanto sua boceta sugava seu pênis. Ele
ajustou seu aperto em suas bochechas e afastou-se
da parede. Debruçando-se um pouco, usou sua força para movê-la de um lado
para o outro com seu pau enquanto enterrava o rosto no pescoço e sugava sua
carne macia. Levaram vários golpes antes de ouvir sua respiração acelerar, e um
tremor invadiu seus membros. Seus dedos caíram em seus ombros e suas pernas
apertaram sua cintura. Seu prazer aumentou quando Remy começou a penetrar
ainda mais rápido, seu próprio clímax na borda. Com um grito alto, ela veio
primeiro, seus músculos pélvicos espasmando em torno de seu pau, apertando
firmemente. Remy grunhiu quando seu clímax o atingiu e ele empurrou, com
uma estocada profunda, enquanto derramava sua semente.
E então ele a mordeu, embora uma voz fraca em sua cabeça gritasse, Não!
Ele afundou os dentes na pele macia de seu pescoço, onde se encontrava com
o ombro e provou o sabor do sangue dela. Ela gritou uma vez, então uma
segunda vez quando suas enzimas entraram em sua corrente sanguínea e foram
trabalhando, mudando-a. Marcando. Fazendo-a dele.
Ela não se tornaria uma Lycan como Remy. Nenhuma mulher poderia e os
homens Lycan nasciam, não eram criados. No entanto, depois desta noite, ela
seria mais do que humana, estaria mudada. Ainda melhor, ela seria toda sua.
Minha mulher. Minha companheira.
Uma flacidez invadiu seu corpo enquanto ela perdia a consciência, era o
modo de o seu corpo lidar com a rápida reconstrução de suas células. Foi bom
porque o esgotamento de repente o atingiu. Ele manteve apenas lucidez
suficiente para entrar em colapso em sua cama, com o cuidado de colocá-la na
cama para que não a esmagasse. Agarrou um cobertor e puxou-o sobre eles.
Então deixou o sono levá-lo enquanto estava encolhido ao redor dela.
Minha.
A desorientação fez com que Mina piscasse forte quando acordou. Levou um
momento para perceber o calor que pertencia a outro corpo. Um corpo quase
nu. Um gemido escapou dela enquanto lembranças da tentativa de estupro
seguido pela sedução de Remy lavaram-na a cometer um grande erro. A
vergonha por suas ações, e pior, sua diversão, fez com que as lágrimas
enchessem seus olhos.
Apesar do quanto ela gostaria de afirmar, mesmo que apenas em sua mente,
que Remy a tinha forçado a fazer sexo, ela sabia que poderia ter lutado mais
forte contra seu toque sedutor e não sucumbido ao prazer aquecido. Sim, ele
havia ignorado seus argumentos para parar, mas, na verdade, esperava que ele
gostasse muito das sensações evocadas.
Em uma noite, ela havia esquecido uma vida de ensinamentos, uma promessa
feita a si mesma e a Deus para manter-se pura para o homem que um dia se
tornaria seu marido. Tudo perdido em um momento apaixonado.
Ela queria chorar, não por causa da sua inocência perdida, mas porque até
agora, seu corpo pulsava em lugares que era melhor nem mencionar, e ansiava
em sentir aquele êxtase novamente. Mas ela já tinha pecado o suficiente por uma
noite.
Ela se contorceu para tentar se libertar de seu braço pesado, mas ele rosnou
suavemente e apertou o abraço.
Ela congelou. Ele parou de se mover, mesmo sua respiração. Ele ainda
dormia. Mexendo-se com cuidado, respirou fundo e saiu de seu abraço, ela
bateu no chão com um golpe, e imediatamente se
virou para olhar para Remy. Ele franziu o cenho
enquanto dormia, sua mão procurando cegamente
por ela. Lançando um olhar ao redor viu um
travesseiro caído e o empurrou para ele. Ele o abraçou no peito e parou de se
mover de novo.
Ela deixou a respiração presa sair em silêncio. Por algum motivo, não queria
que ele acordasse, embora não pudesse explicar o porquê claramente. Ela só
sabia que precisava fugir antes dele abrir novamente os olhos do diabo e fazê-
la esquecer de quem era. Precisava escapar antes que seu corpo, que latejava
com mais estranheza, sucumbisse à loucura prazerosa de antes.
Vestida, ela se moveu para a porta, mas depois parou, hesitando. Ela virou
para a cama e seu ocupante adormecido. Ela não podia deixar de olhar para
Remy, memorizando os detalhes do homem que parecia um anjo caído ou o
diabo encarnado.
Ao vê-lo parecer tão pacífico, tão doce, quase podia esquecer como ele
parecia mais bicho do que homem quando entrou no quarto, salvando-a de um
ataque certo e violento. Observando os longos cílios que roçavam suas
bochechas em repouso, quase podia esquecer como seus olhos brilhavam com
estranheza e sua voz retumbava com grunhidos animais.
Quando ela se despediu, seu rosto para sempre gravado em sua mente, o
homem que tinha tomado sua virgindade com uma onda de prazer que nunca
tinha imaginado possível, se perguntou se ele tiraria algum tempo para pensar
na noite que a seduziu. Provavelmente não. Ela não tinha nenhuma ilusão de
que foi provavelmente apenas uma conquista, uma mais do que provável já
esquecida.
— Você está aí. — Exclamou Sheila. — Para uma menina que queria sair tão
desesperadamente, você certamente se escondeu bem.
Elas poderiam saber o que ela havia feito? Ver o pecado marcando sua pele
e sua alma?
Elas esperavam que ela dormisse com aqueles bastardos? A Mina, geralmente
passiva, sentiu uma rápida onda de raiva. Como as odiava naquele momento,
mas ainda precisava delas para chegar em casa.
— Eu não quero falar sobre isso. — Barb e Sheila fizeram mais algumas
tentativas para incomodá-la, mas Mina as ignorou e fingiu dormir no banco de
trás enquanto voltavam para a casa da tia. Ela não tinha nada para dizer às
garotas. Por causa delas e suas maquinações, perdeu sua inocência naquela noite
mais do que uma vez. Medo, paixão e inúmeros sentimentos entre eles. Parecia
que tinha vivido uma vida inteira em algumas horas. Levaria um tempo para
resolver tudo.
— Ei, papai. — Ele disse lutando para levantar e sentar-se na cama. Ele
perdeu e atingiu o chão. Quão bêbado ele tinha estado na noite anterior? Ou,
de acordo com os números vermelhos de seu relógio, que gritava em néon
vermelho brilhante seis horas, poucas horas atrás. As lembranças nebulosas
começaram a atravessar sua mente, mas o mais importante entre elas, um
conjunto de olhos azuis cheios de lágrimas, olhos que mostravam paixão. Sua
mente acordou totalmente. O que eu fiz?
— Não agora, pai. — Remy gemeu. Ele virou sua cabeça girando para
examinar a cama atrás dele. Estava vazia. Uh-oh. Ele tinha sonhado? Ele
cheirou, o cheiro persistente de sexo e sangue - seu sangue de virgem - o fez
fechar os olhos e deixar cair a cabeça com horror. Oh, foda-me. Diga-me que
não fiz isso. Diga-me que eu não ferrei tudo.
— Ferrei com tudo realmente. — Remy não era de se esconder atrás de seus
erros. Mesmo astronômicos. Ah, merda, como eu pude perder o controle assim?
— Vou dizer o que você fez. Aqueles dois meninos com os quais brigou, são
o que você chama de merda importante por aqui. E porque você não conseguiu
lidar com seu álcool ou seu lobo, você os surrou até uma fração de tirar suas
vidas. Eles estão no hospital.
Seus lábios curvaram-se com desgosto, Remy levantou a cabeça para encarar
seu pai.
Um suspiro alto foi a resposta de seu pai, e Remy olhou para vê-lo esfregar
uma mão sobre o rosto.
— Porra! Eu deveria ter sabido que você teria um motivo para bater neles.
Acho que não posso culpá-lo completamente. Mas isso vai causar alguns
problemas. Grandes problemas. Essa garota que você salvou, ela estaria
disposta a dar uma declaração? Algo para, pelo menos, corroborar para que
possamos, pelo menos, mostrar justa causa?
— Quem é a menina?
Quem? Remy vasculhou suas memórias. Sondou a breve conversa da qual ele
se lembrava. Deslizou todos os momentos, a maioria deles gemeu à luz do dia.
O cheiro dela permanecia impresso em seu cérebro, a sensação de sua pele
tatuada em seus dedos, mas a única coisa que ele não tinha era o nome dela.
Alguém atira em mim agora porque esta conversa está prestes a ficar feia. Contorcendo-se
como se o momento em que sua verdadeira vergonha se aproximaria, Remy
aclarou sua garganta.
— Minha companheira.
— Eu vejo. — Mas Remy poderia dizer que o pai não o fez. — Você está
tentando me dizer que salvou a menina de um estupro, e pulou o namoro para
fodê-la, e de alguma forma nunca se incomodou em perguntar seu nome?
Ele tinha que fazer parecer tão baixo? Nada como a verdade para trazer um
homem para baixo. Remy estremeceu.
— Como pode ser pior do que isso? — Ele respirou fundo antes de poder
forçar as palavras a saírem.
— Eu, hmm, tipo que não lhe dei uma escolha no assunto.
— Seu burro bastardo. Como você pode fazer isso? Que diabos está errado
com você? Criei você para ser melhor do que isso. Sua mãe provavelmente está
revirando em seu túmulo.
— Eu sei. — Sussurrou Remy, sua garganta apertada. Nada que seu pai disse
poderia ser pior do que o que o próprio Remy já pensava de si mesmo. Ele havia
perdido o controle. Claro e simples. Forçou uma menina a fazer sexo com ele e
o fato de ela ter gostado no final não justificava suas ações. Pior, ele a reclamou.
Mordida e marcada sem explicação, e agora ela estava em algum lugar passando
pela mudança sozinha.
Um gesto cansado foi tudo que Remy conseguiu. Ao perder sua companheira,
uma mulher que estava se tornando algo mais, ele ia colocar todos de sua espécie
em risco de serem descobertos.
— Nós temos que encontrar a garota. — Disse seu pai, andando de um lado
para o outro. — Talvez tenhamos sorte e um de seus colegas saberá onde
encontrá-la. Enquanto eles procuram, você precisa sair daqui. — Sair?
Ela disse não. E ele a ignorou. Ela tentou me afastar. E ele usou sua força
superior. Ela era virgem. E ele a levou contra a parede sem pensar em nada além
de sua própria necessidade. Pelo menos eu a fiz gozar. Provavelmente um
pequeno consolo para ela, dado o que ele tinha feito.
Existe alguma maneira de dizer, me desculpe, por algo assim? Ele não sabia,
e duvidava que no Hallmark2 vendesse um cartão para algo assim, mas quando
ele a visse novamente, tentaria o seu melhor.
No entanto, não importa o quanto seu pai procurou, não importa para quem
os seus colegas de fraternidade perguntaram, não importa onde eles se viraram,
nenhum vestígio de sua misteriosa mulher pode ser encontrado. Ela
desapareceu. Completamente. Tudo o que ela tinha deixado eram suas
memórias falhas e seu perfume persistente na sucata de material que ele guardou
antes de deixar seu dormitório.
Foi seu melhor amigo, Dean, que pensou em questionar Bobby, um dos
estupradores. Com a mandíbula quebrada, isso resultou em uma conversa difícil,
mas Dean encontrou as primas das quais a companheira de Remy havia falado.
2 A HALLMARK sempre foi mais reconhecida pela enorme e criativa linha de cartões festivos. Dificilmente quem
já mandou um cartão comemorativo, de agradecimento ou de boas-vindas para alguém em qualquer parte do
mundo, não teve em mãos a marca da Coroa, como a HALLMARK é reconhecida. Os produtos HALLMARK atendem
às pessoas que gostam de presentear, de expressar suas emoções, de relembrarem épocas e sentimentos através de
flores, enfeites, pacotes de presente e cartões comemorativos. A marca torna o mundo um lugar mais solidário,
ajudando as pessoas a rir, amar, curar, dizer obrigado e fazer conexões significativas e emocionais.
Remy queria acompanhar Dean quando foi questioná-los, mas seu pai o proibiu.
Dean foi sozinho e voltou com más notícias.
Eles tiveram que passar vários rebocos nas paredes depois de sua confusão,
e isso foi quando seu pai lhe disse para que fosse solto. Disse-lhe para se
esquecer de sua companheira de olhos azuis que ele havia ofendido e continuar
com sua vida.
Ele sonhava com ela todas as noites, a censura nos olhos dela, seus suaves
suspiros de prazer, a batida de seu coração, o aperto de seu sexo. Ele vivia em
tortura, sozinho, sem sua companheira, e não tinha ideia de como encontrá-la.
Apenas uma coisa positiva veio dessa provação. Ele nunca mais tocou em
uma gota de álcool novamente. Ou outra mulher.
Quase cinco anos depois...
— O que eles poderiam dizer que foi tão ruim que você precisou responder
com seus punhos? — Suas sobrancelhas de quatro anos se juntaram em uma
expressão mais adequada a um homem.
Não restou muita imaginação para adivinhar a palavra. Ela tinha ouvido
muitas nos últimos anos, sobretudo desde o nascimento de Jacques.
Aparentemente, mesmo nos dias de hoje, algumas pessoas ainda falavam mal
de crianças de raça mista, e eles não tinham medo de ter uma voz sobre isso.
Mas o que mais a preocupava com esse incidente, não era tanto a defesa de
Jacques quanto a si mesmo, um menino tinha o direito de enfrentar agressores,
especialmente ignorantes. O que realmente a assustou foi que antes que ele
tivesse atacado, seus olhos brilharam de um azul estranho. Adicione isso ao
corpo eriçado, os grunhidos que ele não parecia notar
que emitia, as unhas, que quase dobravam de
tamanho quando estava emocionalmente abalado e
seus caninos alongados... Juntando tudo isso
resultou em uma mãe bem preocupada. Deus nos ajude. Ele é como seu pai. O
diabo com os olhos dourados e o toque pecaminoso.
Observando-o rir, parecendo mais uma vez tão normal, quase podia fingir
que imaginava suas explosões surpreendentes. Sua mudança. Então, um
grunhido sacudiu seu corpo quando ele ficou excitado e Mina afundou em uma
cadeira da cozinha quando a realidade bateu nela. Ela não podia ignorar mais, e
sabia disso desde no momento do nascimento dele. Jacques era diferente.
Inferno, ela era diferente. Tudo isso mudou durante essa festa anos atrás.
Perdeu sua virgindade, parte de sua mente, sua casa, sua família e qualquer
chance de uma vida normal. E acho que um pedaço do meu coração, porque
nunca encontrei mais ninguém que me fez sentir do mesmo jeito.
De alguma forma, ela duvidava que Remy acordasse no meio da noite suando
e doendo por ela, mas quando a solidão se tornou demais, às vezes fingia que
talvez, apenas talvez, ele fazia. Muitos destrutivos pensamentos, desejando o
diabo. Seu sedutor. Sua fantasia...
Apesar de seu próprio coração e desejo, havia momentos em que ela olhava
para o filho e imaginava se deveria ter tentado encontrar seu pai. Dando ao seu
menino, uma figura masculina para se espelhar. Alguém com quem compartilhar
o ônus e as alegrias da maternidade. Alguém para segurá-la quando tudo parecia
demais.
Ela ainda se lembrava do dia fatídico em que todo o seu mundo mudou. O
médico examinou os resultados de seu exame de sangue, sua mãe a tinha levado
praticamente arrastada para fazer um exame, dada a extrema fadiga e a sensação
geral de mal-estar que a perseguia cada momento do dia. Quando o médico
anunciou.
Foi só uma vez... Eu não queria. Talvez o médico esteja errado. As palavras
nunca deixaram seus lábios. Ela sabia que algo estava acontecendo com seu
corpo, sabia quando perdeu seu primeiro período. Temeu quando sentiu o
nódulo duro em seu abdômen e a sensibilidade em seus seios. Ela rezou com
todas as suas forças que iria sumir. Que de alguma forma as coisas voltariam
para o modo como eram, que ninguém jamais descobriria o que tinha feito.
Mas Deus não ouviu sua súplica, e seu pecado voltou para assombrá-la. E
seu pai a puniu.
Ele ergueu a mão apenas uma vez, uma forte bofetada na bochecha que a
deixou tonta, a picada não tão dolorosa quanto a dor que suas palavras
trouxeram. Ela tinha escutado sem falar uma palavra.
— Não posso acreditar que criei uma prostituta na minha casa. Como você
pode me envergonhar dessa maneira? Envergonhar a nossa família? Você não
é mais bem-vinda aqui, nem você nem o bastardo em sua barriga. — Apesar de
sua tenra idade e do fato de que ela não tinha para onde ir, ele a colocou para
fora de sua casa de infância, enquanto a mãe dela ficava parada e observava em
silenciosa condenação.
Mina poderia ter vagado pelas ruas para sempre se algum estranho não a
tivesse guiado para um abrigo para sem-teto. Com apenas as roupas do corpo,
ela passou a primeira noite solitária se abraçando enquanto chorava lágrimas
silenciosas. Mas ela não lamentou por muito tempo.
Uma vida crescia dentro dela. E daí se a criança foi criada no pecado? O
aborto estava fora de questão, e não apenas porque
sua religião proibia. Mina não faria isso. Além disso,
as mulheres carregavam bebês todos os dias, com
algumas mães mais novas do que ela. Se podiam fazê-lo, ela também poderia. E
então lutou para ter uma nova vida. Usando os programas e serviços disponíveis
para os sem-teto e jovens mães solteiras, ela começou. Uma assistente social a
colocou no abrigo de uma mulher, onde morava em um minúsculo cubículo de
uma sala e compartilhava um banheiro. Ela conseguiu um emprego que não
durou muito, porque ninguém queria ter uma jovem garota grávida na equipe,
especialmente tão propensa a vomitar, às vezes até nos clientes.
Mesmo com medo de sua reação, ela tentou por um tempo localizar Remy
nos estágios iniciais de sua gravidez. Ela falhou, mas o Senhor sabia que ela
tentou mais duro ainda quando aos oito meses ninguém a contratava, ela atingiu
um ponto baixo, onde soluçava dia após dia, imaginando como sobreviveria e
como conseguiria cuidar de um bebê sozinha.
Inocentemente, ela esperava que sua busca fosse fácil, dado o jeito que a
internet era como Big Brother para os atos da sociedade. No entanto, a
faculdade que ele frequentou não tinha uma lista pública de seu corpo estudantil,
e os telefonemas para o escritório de admissão não deram em nada quando os
secretários citavam as leis de privacidade quando pedia para contatá-lo. Entrar
em contato com suas primas não levou a lugar algum também, porque sua tia
desligava o telefone assim que descobria quem ligava. Quanto a um telefonema
para o dormitório atual, onde a festa foi realizada? O jovem que respondeu
negou saber de quem ela procurava, embora oferecesse satisfazer sua
sexualidade desde que ela fosse boa. Ela desligou rapidamente, sua brincadeira
um doloroso lembrete do estupro que quase sofreu. Por isso que ela também
não se atreveu a tentar visitar a faculdade em pessoa, com medo que ela desse
de cara com seus supostos estupradores. Salva uma vez por seu diabo com os
olhos dourados, duvidava que tivesse a mesma sorte pela segunda vez.
Ela deveria ter esquecido Remy então e ali, afinal de contas, o que o jovem
caro da faculdade iria querer com uma garota que ficou uma noite e aparece
com um bebê na barriga? Mas ela não conseguiu apagá-lo de sua mente. Podia
ter sido apenas uma noite, mas a imagem de Remy ficou gravada em seu cérebro.
Inferno, ela quase apostaria, que se estivesse em um
quarto escuro com ele e uma dúzia de estranhos, ela
o encontraria porque nunca experimentara a
respiração acelerada, a energia elétrica ou a consciência de seu corpo como teve
com ele.
A busca parou quando Jacques nasceu. Apesar de ainda ser pobre e ter medo
do futuro, ela sabia quando olhou para o rosto dele que conseguiria. Ela tinha
que conseguir, porque seu bebê dependia dela. E eu nunca vou decepcioná-lo.
Uma parte de cuidar dele agora, porém, significava descobrir o que afligia o
filho dela. Ou, mais assustador, que demônio ele abrigava, um presente de seu
pai. Remy com os olhos brilhantes era um demônio? O próprio diabo? Isso
explicaria como ela sucumbiu ao pecado com tanta facilidade. No entanto,
também tornou a vida do filho uma coisa terrível, porque ela havia lido livros
suficientes para saber o que aconteceu com o filho do diabo. Se alguém
descobrisse quem era o pai de Jacques, eles viriam por ele? Iriam tirá-lo dela?
Durante anos, ela viveu com terror que alguns médicos, ou agentes do
governo, alguém sem rosto, mas que ela sabia que existia, apareceriam na sua
porta e iria levá-los, tirariam Jacques e os trataria um pouco melhor do que ratos
de laboratório. Era o que eles faziam com os loucos depois de tudo, e ela não
podia negar isso, não mais. Mina e Jacques já não eram cem por cento humanos.
Culpar ele não impedia o fato de que ela precisava de ajuda. Mais
precisamente, Jacques precisava de ajuda. Seja o que fosse Remy, ele deixou
raízes em Jacques e Mina não sabia como pará-las. O comportamento agressivo
de seu filho aumentava diariamente, assim como as estranhas falhas que
mostravam que era mais do que humano. Se ela deixasse as coisas irem longe
demais, corria o risco de alguém perceber e denunciá-los. Ela perderia seu filho.
Ela já havia perdido sua família, que, com vergonha de sua filha grávida,
atirou-a para fora, para nunca mais falar com ela.
Bem, exceto para chamar de nomes ainda piores
quando ela ousou aparecer em sua porta com o
bebê, esperando que a visão de Jacques de alguma forma superasse suas crenças.
Péssima ideia. Ela nunca mais voltou depois disso.
Ela perdeu tudo o que tinha para manter seu filho nascido do prazer proibido,
um prazer glorioso e revelador. E agora para mantê-lo, teria que arriscar tudo e
contar a alguém sobre sua criança especial. Então ore, ore ao Deus que a
abandonou, para que ela faça a escolha certa.
Antes que ela pudesse mudar de ideia, levou seu pequeno para ver um
médico. Ela não entrou em detalhes extremos, apenas o suficiente para que a
clínica a encaminhasse para um pediatra, que, com algum milagre, a atendeu
dentro de duas semanas após a decisão de pedir ajuda.
Sabia o quão louca sua história deve parecer e quão louca ela soou. Ela se
preparou para fugir quando o Dr. Moireau finalmente falou.
— Estou feliz que você veio até mim, Mina. Embora seja raro, encontrei essa
condição uma vez antes. — As palavras a sacudiram.
— Olá, Jacques. Eu sou o Dr. Moireau. Sua mãe me disse que você é um
garoto muito especial.
No final, Mina segurou seu filho gritando, lágrimas escorrendo por suas
bochechas, enquanto o médico tirava sangue e fazia o melhor para realizar um
exame médico básico em seu filho. De alguma forma, sua decisão de descobrir
o que o afligia e curá-lo não parecia ser uma boa ideia agora, quando
confrontada com a realidade de sua reação.
De joelhos naquela mesma noite, orou para que Deus a ajudasse enquanto
seu filho dormia em sua cama.
Por favor, Senhor, se você ainda tem um pingo de amor por mim depois me
desviar do caminho, sei que falhei com a minha fraqueza e meu pecado
imperdoável, mas ajude meu filho.
Um toque alto soou em seu telefone celular no bolso traseiro quando Pierre
saiu do escritório do xerife. Pegando, olhou para a tela e, reconhecendo quem
chamava, ele respondeu de forma brusca.
— O que é?
— Você tem certeza? — Ele quase podia ver os olhos de seu irmão rolando
na outra extremidade da linha.
— Não, eu liguei para você porque é uma alegria conversar contigo. Claro
que tenho certeza. Você acha que estaria arriscando meu trabalho para lhe
enviar essa informação se eu não tivesse? Nós tivemos sorte que eu peguei isso,
desde que eu deveria estar fora hoje. Estou enviando um e-mail para você no
momento.
— Eu tenho certeza que ela irá aparecer eventualmente. Merda, meu chefe
está chegando. Eu tenho que ir.
Ainda não tinha acontecido. Em vez disso, seu filho definhou por sua
companheira perdida e se culpou por seus erros, enquanto Pierre continuava a
procurar por ela. Ele descobriu o nome da menina, Mina Leblanc, não que isso
o tivesse ajudado. As tentativas de falar com a família sobre Mina não foram a
lugar nenhum. Além de um comentário do pai sobre a prostituta que já não
estava por perto para envergonhá-los, eles agiram como se ela nunca tivesse
existido. Eram loucos religiosos, e Pierre poderia facilmente adivinhar que a
perda da virgindade de Mina foi imperdoável para eles. Para não mencionar que
o pai não fez nada para esconder o fato sobre de ser racista e bem, praticamente
cuspindo em Pierre com desgosto quando ele ousou confrontá-lo na sua porta,
desesperado por qualquer detalhe sobre o paradeiro de Mina. Suas palavras
odiosas ainda ressoavam nos ouvidos de Pierre.
— Não é ruim o suficiente que ela seja uma vadia. E eu ainda descubro que
ela dormiu com um de vocês! — Pierre mal se conteve de bater com o punho
no nariz vermelho do pai de Mina. A violência não conserta coisas nem o
ajudaria em sua busca para localizá-la.
A pobre menina. Em vez de ser recebida em nossa família como uma adição
acalentada, ela está lá fora no mundo, lutando sozinha. Pior ainda, o vínculo de
acasalamento não permitirá que ela consiga conforto nos braços de outro
homem. Uma vez que Lycans se acasalavam, era para a vida toda.
Seja quem fosse esse macho, precisava ser trazido. Lycans não deveriam
existir fora de um bando. Os perigos para o seu tipo não permitiam isso, e dada
à decisão precipitada desse desconhecido para permitir que os humanos
tomassem seu sangue, precisava de algum ensinamento ou lembrança de seu
status especial.
Pierre deu a Remy um aviso antes de sair, apenas para que ele soubesse que
estaria fora pelo resto do dia, talvez mais de um se estivesse lidando com um
Lycan. Não que Remy mostrasse muito interesse. Comia, dormia e trabalhava.
Isso foi tudo que ele fez desde que havia sido expulso da faculdade.
Um rosto oval pálido olhava para ele, os olhos azuis brilhantes o encarando
com suspeita.
— Você é Mina?
— O que quer que você esteja vendendo, não estou interessada. Tenha um
bom dia. — Quando ela ia fechar a porta, Pierre falou.
— Mas eu estava procurando por você. — Ela fez uma pausa, erguendo uma
sobrancelha.
— Desculpe. Eu não sei quem é. — Ela se moveu para fechar a porta, mas
Pierre passou a mão pela fenda e a deteve. — O que você está fazendo? Retire
a mão daqui. Eu não quero te machucar. — Pânico em suas palavras.
Seu coração acelerou, sua cabeça girava, Pierre fechou suavemente a porta
antes de engolir e falar.
— Não é da sua conta. — Ela afirmou bravamente, mesmo que ele pudesse
ver cada centímetro dela tremendo de medo.
— Eu diria que ele é meu neto, o que é muito da minha conta. — Pelo menos,
ela não negou mais nada. Lágrimas escorrendo por suas bochechas.
— Por favor, você não pode tirá-lo de mim. Ele é tudo o que eu tenho.
— Então, por que você está aqui? O que você quer comigo? Com meu filho?
Ele puxou sua mão rapidamente quando Jacques bateu com os dentes, seu
corpo pequeno de repente rígido com a tensão.
— Não foi você que foi consultar o médico, não é? Você estava fazendo
testes em Jacques. — Uma névoa caiu sobre seu rosto, apagando sua expressão,
e seus olhos ficaram cautelosos.
— O que é um Lycan?
Ela o observou por um momento antes que explodisse rindo alto suavizando
a tensão em seu rosto, mesmo que fosse à sua custa.
— Isso é insano.
— Remy é um lobisomem?
Ela acenou com a cabeça e olhou para o filho, que se arrastou do colo e
perseguia uma bola.
— E Jacques?
— Eu acho que isso explica certas coisas, mas não o que você está fazendo
aqui. Você veio procurar por Jacques ou alguém que carregasse este gene Lycan
especial. Por quê?
— Porque nós precisávamos ver o porquê e quem vive fora do nosso bando.
Há regras a seguir. Coisas que você precisa fazer para manter nosso segredo
seguro. A primeira é nada de médico humano.
— E não há cura?
— Não.
Pierre começou a rir e viu a seriedade com que esperava uma resposta.
— Uh, não. Bem, eu pessoalmente não sou, mas estou certo de que há alguns
que podem ser, assim como há humanos que são. Ser
um lobisomem é uma coisa biológica. Não
podemos mudar isso mais do que você pode mudar
ao nascer com olhos azuis.
— Exceto que desde que Jacques nasceu desse jeito, Remy de alguma forma
me mudou quando me mordeu. Obrigada por esclarecer isso. Eu acho que ser
parte lobo é melhor do que um demônio. — Ela se levantou e gesticulou até a
porta. — É tudo o que preciso saber? Manter o segredo. Não sair às luas cheias.
Levar meu filho para passeios regulares. Suponho que não há um panfleto que
você possa me enviar por correio ou um livro que eu consiga saber como criar
o filho de um lobisomem?
— Não era para acontecer dessa maneira. — Pierre tentou explicar. — Remy
não deveria ter reivindicado você como fez.
— Eu não chamaria de tolo. Ele escolheu ficar bêbado. Mas eu não escolhi
me acasalar com o diabo, desculpe, com um Lycan e ter seu filho.
— Bom para ele. Por que eu deveria me importar? Ele está em algum lugar
procurando a absolvição? Encontrando as pessoas que ele ofendeu e pedindo
desculpas por suas ações? Bem, diga-lhe que ele pode me tirar da lista. — Mina
se irritou, seu comportamento manso anterior se dissipando para mostrar o
forte espírito que escondia dentro dela, um espírito
corajoso que Pierre aprovou, mesmo se limitasse
em teimosia. Divertidos tempos esperam seu filho.
— Não estou aqui por causa de Remy.
— Então, por que você está aqui? Você diz que não sabia sobre Jacques.
Você obviamente não estava esperando me encontrar. Mas você estava
esperando encontrar um Lycan. Bem. Você conseguiu um. E agora? Você vai
nos registrar em algum diário de bordo? Talvez nos envie uma cesta de boas
vindas?
— Agora que te encontrei, encontrei vocês dois, você terá que voltar comigo.
— Engraçado.
— Você está fora de sua mente? — Ela olhou para ele, e ele viu a percepção
em seu rosto quando ela percebeu que ele estava falando sério. — Você
realmente quer dizer isso. Na verdade você está esperando que eu pegue meu
filho e as nossas coisas e vá com você apenas porque diz isso.
— Não. Espero que você faça isso para que seu filho cresça sendo capaz de
entender e controlar sua herança. Eu também acho que Jacques precisa
conhecer seu pai e outros de sua espécie.
— E tenho certeza que ele vai querer se souber sobre ele. — A tensão a fez
se abraçar, e sua cabeça inclinou-se para baixo.
— Você sabe disso. Confie em mim quando digo que sua condição vai piorar.
Se você não confia em mim, venha comigo e deixe-o aprender sobre sua
herança.
— E você não acha que deixar sua casa irá afetá-lo? Ele não lida bem com
mudança, e não o vejo chateado nem ferido.
Para a mente de Pierre, não havia nada melhor do que uma mãe protegendo
seu filhote, mas de qualquer forma, seu instinto protetor o fez querer sorrir.
Remy terá um inferno de tempo. Definitivamente, ela não era tão mansa como
ele pensou antes.
— Ele é jovem. Vai se recuperar. Ele estará muito ocupado para notar que
se mudou. E, além disso, vai me dizer que você vai sentir falta disso? — Pierre
levantou a mão e apontou seu lugar limpo, mas pobre.
Com raiva cerrou seus olhos quando o orgulho mostrou em suas feições.
— Eu trabalhei muito duro para nos dar isso, então não se atreva a pensar
que você pode simplesmente entrar aqui e agir como se fosse sujeira. Estive
sozinha há quase cinco anos. Você sabe o quanto é difícil ficar sozinha e na rua,
durante a gravidez, e depois com uma criança pequena?
— Exatamente meu ponto. Venha comigo, e você terá a vida que teria se
Remy não tivesse fodido tudo.
— Não foi culpa dele. Ele não sabia que eu estava grávida.
— Mas ele sabia que não deveria forçá-la a fazer sexo e reivindicá-la.
— Bem. Mas se você acha que estou deixando meu neto aqui para viver
abaixo de sua posição, você está enganada.
— Saia da minha casa! Como você ousa me insultar e ameaçar levar meu
filho? Jacques está feliz. Nós não precisamos de você ou Remy. Estamos muito
bem por conta própria.
— Remy merece uma chance com a paternidade. Você deve a ele essa chance.
— Eu não devo a Remy uma única maldita coisa. Agora saia. — Pierre teria
discutido mais, mas sua discussão verbal com a mãe de Jacques colocou o
menino em alerta. Seu neto começou a uivar, seus olhos azuis brilhavam. Como
alfa do bando, Pierre poderia detê-lo, mas, vendo o rosto aflito de Mina, ele
decidiu não o fazer. Talvez lidar com uma criança cujo lado selvagem lutasse
pela supremacia levaria ela a repensar suas palavras.
— Se você mudar de ideia, estarei no hotel por mais três dias. O número do
meu celular está no cartão. Não precisa ser assim. Podemos oferecer-lhe ajuda
e uma vida melhor.
Ela não respondeu, mas ele ouviu o som das fechaduras se encaixando
quando saiu, os gritos excitados de Jacques sobre seus suaves sussurros para se
acalmar.
Pobre garota. Piedade e raiva por sua situação fez com que ele quisesse se
virar e exigir que ela o deixasse voltar. Mas ele
também entendia seu orgulho.
Pierre tirou o celular e hesitou antes de discar enquanto ele descia as escadas.
Dean respondeu.
— Eu estarei aí em algumas horas. Imagino que você não quer que eu fale
nada a ninguém.
Durante anos, lutou para sobreviver e criar seu filho. Durante anos, ela vivia
praticamente sozinha e sem amigos com apenas Jacques para conversar.
Nenhum namorado, ou parceiro especial, qualquer um, para falar sobre o que a
atormentava. Ninguém com quem pudesse contar ou ligar quando as coisas
ficavam muito difíceis.
Agora, do nada, vem uma versão mais antiga de Remy, o carisma e a energia
brotando do corpo da cor de cacau, a confiança brilhando no rosto envelhecido
e dos intensos olhos escuros. Ele confirmou suas suspeitas. Ela estava certa,
havia algo diferente sobre ela e Jacques. Claro que não esperava ser mordida por
um lobisomem, mas ela encontrou uma medida de alívio ao saber o que tinha o
filho dela. Pelo menos, o filho de um homem lobo parecia um pouco melhor
que a prole do diabo.
Apesar de dizer a si mesma isso, ela não podia negar o desejo de ver mais
uma vez o homem que a manteve prisioneira com sua força, enquanto fazia seu
corpo sentir coisas perversas. Encontrar o homem com quem ainda sonhava, a
quem comparava todos os outros homens e sempre faltava algo neles. O único
homem que já teve e fazia há muito tempo querer algo mais. Algo quente. Algo
carnal, nu e... pecaminoso.
Durante anos, ela lutou contra a atração para encontrá-lo. Pelo que sentiu
como uma vida, havia se escondido de sua família e do mundo, imaginando se
Remy alguma vez a procuraria. E agora ela tinha a chance de descobrir se tivesse
coragem.
Um peso em seu colo tirou-a de seus pensamentos, e ela olhou para baixo
para ver Jacques pronto para um abraço, finalmente, calmo. O bebê dela. Ela
envolveu seus braços ao redor dele e se balançou, segurando seu corpo tenso
contra o dela, desejando que ela soubesse a resposta
certa. O que é melhor para ele? Como eu sei?
Deveria virar nosso mundo de cabeça para baixo?
Como não poderia, no entanto? Este era o pai dele.
Jacques merece a oportunidade de conhecê-lo, não importa seus sentimentos
sobre o homem. Se ao menos pudesse ver o futuro e saber como tudo acabaria.
Apesar de suas orações fervorosas, ela foi para a cama sem uma resposta
clara.
Seu espírito de luta crescendo apenas por ter dúvidas tentando derrubá-la. E
se eu aparecer lá com Jacques e Remy nos rejeitar?
Uma parte dela já sabia que teria que chamar Pierre e conversar com ele ainda
mais, o que eventualmente decidiu fazer independente do fator Remy. Se a linha
familiar de Pierre tivesse alguma anomalia genética, então, como mãe de
Jacques, ela precisava acompanhá-lo e obter toda a informação possível para
que pudesse decidir sobre um curso de tratamento.
Mais perguntas do que respostas preencheram seu cérebro, portanto, ela não
estava muito atenta quando pegou Jacques da vizinha na rua que era sua babá.
Segurando a mão enquanto eles fizeram a curta caminhada de volta para o
apartamento, foi seu grunhido que a trouxe de volta à consciência, assim que
um furgão de vidros escuros parou ao lado deles. A porta do passageiro se abriu
e um par de homens pulou, as mãos agarrando-a e a Jacques.
— Deixe-o ir! — Ela gritou. O homem xingou um palavrão não apto para
ouvidos, mas não por causa de suas palavras. Jacques o mordeu com força
suficiente para tirar sangue. Distraída pela reação violenta de seu filho, não
percebeu o segundo homem vindo por trás e nem conseguiu evitar o aperto de
ferro. Ele agarrou seu braço e a arrastou para a porta aberta da van. Ela lutou e
chutou, gritando, esperando por ajuda, mas neste bairro, as pessoas tendiam a
surdez e cegueira. Nem uma única janela de madeira
abriu. Nem uma única porta se abriu. Ninguém
queria se envolver.
O som de Jacques grunhindo tranquilizou-a, porque significava que eles ainda
não conseguiram levá-lo, mas foi o seu choro de dor que a desesperou. Meu
bebê.
Jacques saiu do interior da van, onde o jogaram e lançou seu pequeno corpo
para ela. Ela pegou seu filho, tropeçando com a força de seu salto, mas
recusando-se a soltá-lo. Abraçando-o, deixou as lágrimas rolarem por suas
bochechas enquanto seu misterioso salvador terminava de ensinar aos bandidos
uma lição violenta, assim ela protegia os olhos de seu filho. Tão rápido quanto
a luta começou, terminou com três corpos gemendo
no chão, feridos e sangrando. Bom. Eles mereceram
pelo que tentaram fazer.
Abrindo a boca, suas palavras de agradecimento ficaram presas na garganta
quando o estranho ergueu a cabeça, olhos reveladores que brilhavam. Quanto
ao seu sorriso reconfortante? Ela engoliu em seco com a visão de seus caninos
alongados descobertos.
Oh, meu Deus, o que ele é? Um lobisomem? Quase com certeza. A realidade
sendo demais.
— O que você quer dizer com eles foram atacados? Por quem? Bandidos da
vizinhança? — Dean bufou.
— Pensei que fosse melhor levar sua nora e seu filho até o apartamento dela.
A mãe desmaiou e o menino perdeu a cabeça. Eu precisava de algum lugar sem
olhos.
Em outras palavras, o lobo de Jacques tentou surgir. Dean fez a coisa certa
ao escondê-los. O mundo ainda não estava preparado para se encontrar ou
coexistir com Lycans. Pierre duvidava que os humanos algum dia estivessem
prontos para isso.
— Alguma outra má notícia? — Pierre tinha uma suspeita fodida de que havia
mais.
— O que agora?
Pierre desligou. Graças ao inferno que ele chamou Dean para dar uma
segurança extra para Mina e seu filho. Não gostando do bairro, Pierre tinha
agido por instinto e valeu a pena. Mas nunca teria acontecido se ela estivesse
conosco, onde pertence. Apesar de seus protestos, este incidente apenas
reforçou sua determinação para convencê-la a ir embora com ele, mesmo se eu
tiver que levá-la chutando e gritando.
Quando Pierre entrou em seu apartamento, seu cheiro deixando Dean saber
que era ele, parou completamente com a aparência de medo no rosto de Mina.
Parecia que ela acordara e desejava que não tivesse feito. Ela sentou-se
amontoada no canto do seu sofá, Jacques apertou-se firmemente com ela. Os
olhos arregalados davam-lhe um olhar selvagem, o de um animal preso. O tipo
mais perigoso. Adicione o instinto de mãe, e Pierre precisava ter cuidado.
Um tremor a atravessou.
— Você sabe quem eles são? — Uma sacudida de sua cabeça fez com que
seus fios emaranhados voassem.
— Não. Mas eu ouvi um deles dizer que não deveriam nos machucar. Ordens
do chefe. Ele queria que Jacques e eu não tivéssemos danos.
Raiva encheu Pierre. Como alguém pensa em tocar sua família? Porque,
apesar da descoberta recente, era o que ele considerava. Sua família, e ninguém
mexe com a minha família.
— Apenas confie em mim quando eu digo que ele está bem. Um pouco
assustado, como é normal, mas ele não está ferido fisicamente.
— Como você acha que estou? Alguém tentou sequestrar eu e meu filho.
Destruiu meu apartamento. E ontem descobri que meu filho pode ser um
lobisomem. Como esta semana pode piorar?
Mina recuou, apertando Jacques. O menino não falou uma palavra, mas
Pierre não conseguiu perder a tensão eriçada de seu corpo. Ele esperava uma
onda de lágrimas, talvez raiva da situação. Em vez disso, ela sofreu com a
resignação.
A tontura de seus olhos e o tom fizeram com que algo se estalar dentro dele.
Segurar sua ira tomou toda sua força de vontade, porque uma parte dele queria
caçar os bastardos que finalmente quebraram essa mulher corajosa, caçá-los e
matá-los. Mas, apesar de seu instinto e seu lobo rosnando, ele controlou seu
lado mais selvagem mesmo quando o matava ver como esse plano acabara um
pouco com seu espírito de luta. Como alguém ousou machucá-la assim? Seu
animal queria devolver a esperança quebrada de Mina e colocar o resplendor
teimoso em seus olhos, mas de alguma forma ele não pensava que a solução
violenta que sua besta propôs ajudaria muito, além de apaziguar sua raiva
fervente. Ele ficou preso em responder a sua pergunta em vez de se vingar.
— Para quê?
— Não. Estava muito assustada que algo assim acontecesse. Achei que estava
sendo paranoica. Eu deveria ter ouvido meu instinto. Preciso me mudar, não?
Esconder, então eles não podem nos encontrar novamente.
Pierre queria torcer para que ela chegasse à conclusão por conta própria. Ele
realmente odiava discutir com mulheres. Mas agora deveria seguir o próximo
passo em seu plano. Convencê-la a voltar com ele para o bando.
— Mas o que faremos para conseguir um lugar para viver? Não consigo pagar
muito, como você notou.
— Você não precisaria. Você já tem uma casa esperando por você. — Uma
linha apareceu em sua sobrancelha.
— Minha casa tem alguns quartos não usados que você e Jacques podem
usar. Para não mencionar muito espaço ao ar livre, incluindo uma casa de árvore
antiga que com um pouco de reparo seria perfeita para um menino em
crescimento que gosta de escalar.
— E quanto ao Remy?
— Garota, você é mais teimosa do que uma mula. Você pode apenas dizer
sim e dar uma chance? Eu prometo que isso é o melhor para você e para o
menino.
— E se não for?
— Dê um mês. Se depois de trinta dias ainda quiser sair, vou encontrar para
você algum lugar seguro e eu vou levá-la até lá. — Ele sentou-se e observou
como as rodas de sua mente giravam, seu rosto expressivo mostrando o curso
de seus pensamentos.
— Como sei que posso confiar em você? — Como de fato? Depois do que
ele descobriu de sua família e como a tratavam, não o surpreendeu que ela
questionasse sua honra e motivos.
— Sei que você não me conhece, mas tem que acreditar em mim quando
digo que, a partir desse momento, eu morreria antes de deixar qualquer mal
chegar até você e ao menino. Se você se recusar a sair, então acho que vou ficar,
porque eles estarão de volta. Eu só espero que possa
segurá-los sozinho. Eu sou um homem velho, você
sabe. — Ele agarrou suas costas, e Dean riu de onde ele estava olhando, o
primeiro som que ele fez desde a chegada de Pierre.
Remy vai ficar louco quando ver Mina e sua surpresa. Um pai mais legal teria
dado um aviso a seu filho, mas dado o estado zumbi de Remy nos últimos anos,
Pierre achou que um choque como este era exatamente o que seu filho precisava
para voltar. Quando ele tirar o seu traseiro da terra
do remorso e voltar para o mundo real. Já é hora
dele se tornar o líder que deveria ser.
A paisagem passava rapidamente, assim como perguntas, junto com o tremor
dentro de Mina. Estou fazendo o certo? O que diabos eu estava pensando?
Como posso enfrentar Remy? Enfrentá-lo e descobrir de uma vez por todas, se
o seu pedestal construído do homem diabo sobreviveria ou cairia. Ele a odiaria
por ter seu filho sem o seu conhecimento? Ele ficaria ferido? Depois, havia as
reflexões mais superficiais, como; se ele ainda a consideraria bonita? Ele tinha
uma namorada?
— Mais como preocupada. Por que você não fala sobre algumas dessas
ansiedades para mim e vamos ver se eu posso aliviá-las.
— Todos nesta cidade onde você está me levando são lobisomens? — Uma
risada fez todo o seu corpo tremer.
— Não, nem todos são Lycan. Na verdade, nenhuma das fêmeas carrega o
gene. A licantropia é uma característica dominada pelos homens.
Casados? Mina quase riu. Seu pai muito religioso morreria de apoplexia com
o pensamento? Ela sabia bem suas opiniões sobre o que ele considerava rituais
pagãos. De alguma forma, duvidava que a versão Lycan do casamento o
influenciasse da crença de que sua filha era uma prostituta e seu filho bastardo
a progênie do demônio.
— Uma mordida e alguém está casado? Eu acho que Remy estragou tudo
enquanto ele estava bêbado então. — Ela respondeu com uma risadinha que
surgiu agitada.
— Mesmo que Remy possa ter deixado o álcool influenciar seu melhor
julgamento e marcá-la sem seguir nossos rituais ou pedir sua permissão, ele não
estava enganado. Você é sua companheira.
Um tremor a atravessou.
— O que isso significa, no entanto? Você diz que somos casados, embora eu
nunca tenha concordado e não o conheça. Espero que você não espere que eu
caia de repente em sua cama e... uh... — Ela parou, o calor subindo em suas
bochechas enquanto lutava para colocar em palavras o fato de ela não dormir
com Remy. Que conversa constrangedora estava tendo com o pai dele.
— Aos olhos do bando, você é casada, mas dito isso, duvido que ele espere
que você apenas salte no seu quarto. Como eu disse, em circunstâncias normais,
meu filho teria te cortejado até você se apaixonar,
então ele teria lhe contado seu segredo antes de te
marcar. É assim que fazemos isso há centenas de
anos.
Séculos que existe uma espécie inteira sem o mundo saber? Bem,
tecnicamente, o mundo sabia de lobisomens, eles simplesmente não
acreditavam neles. Parecia confuso. E o quanto ela tinha lido e visto na mídia
era real e o que não era? Tantas perguntas que precisava fazer, mas, por
enquanto, tinha uma preocupação mais urgente. Seu suposto casamento com
um estranho. Seu demônio marido com os olhos brilhantes.
— Você faz parecer que é sempre uma coisa certa. O que acontece se uma
garota disser não? Quero dizer, com certeza, nem todas as mulheres dizem sim,
depois de ouvir que seu namorado é um lobisomem. — O que aconteceria se
um cara estivesse bêbado e mordesse a garota errada? Porque não importa o
que Pierre possa querer que ela pense, o amor teve muito pouco a ver com a
noite em que Mina e Remy se uniram.
— Entendo. Bem, só para ficar claro, mordida ou não, não tenho a intenção
de pular na cama com seu filho e agir como se estivéssemos casados e viver
felizes para sempre. — Agora, só de apenas dizer isso já trouxe imagens à mente,
imagens impertinentes de uma noite que ela não podia esquecer. Ela agarrou a
cruz em torno de seu pescoço em um punho branco apertado enquanto tentava
encontrar as palavras para uma oração, qualquer oração, para fazer o oh, doce,
calor pecaminoso perverso em sua cabeça ir embora.
— Nada vai acontecer que você não queira. Acasalado ou não, se Remy
quiser você ao seu lado, então ele terá que voltar o relógio e fazer-lhe a corte
apropriada que você merece.
Como de costume, quando olhava para o filho, seu coração se suavizava, seu
amor por ele era feroz e inabalável.
— Não. Não disse uma palavra para ele. Nem sobre você ou seu filho. Eu
diria que a explicação cuidará de si mesma uma vez que se encontrem.
— Ele não ficará com raiva? — Pierre nunca pareceu adoçar a verdade. Ainda
não teria decidido se gostava disso ou não.
— Ele não ficará bravo com você, mas principalmente com si mesmo por ter
ferrado tudo realmente. Remy passou todos os anos desde aquela noite
lamentando suas ações.
— Se ele tem tantos arrependimentos, então, por que ele não me encontrou?
— Certamente, essa inquietação patética suave não veio de seus lábios?
— Por acidente. Continuei a procurar por meu filho, tendo recursos mais
vastos na mão, mas você se escondeu bem.
— Eu não me escondi.
— Não intencionalmente, talvez, mas é difícil traçar alguém quando eles não
deixam uma trilha e sua família não estava exatamente contribuindo sobre seu
paradeiro.
— Eu sinto muito.
— Por quê? Eu sabia que eles reagiriam dessa maneira. É por isso que nunca
disse o que aconteceu, mas quando o médico anunciou que eu estava grávida,
era meio difícil esconder.
Enquanto sua conversa com Pierre aliviou alguns dos seus medos, ela não
conseguia evitar a vibração em sua barriga quanto mais se aproximava para ela
ficar cara a cara com Remy. Ela esperava que não fizesse algo estúpido como
fraquejar ou vomitar em seus pés. Ela tinha feito isso uma vez quando estava
grávida em um estranho no metrô. Algumas vergonhas nunca poderiam ser
recordadas.
Remy não recebeu nenhum aviso. Ele entrou na casa de seu pai, e o cheiro
instantaneamente o atingiu. Isso levantou todos os cabelos em seu corpo e fez
brotar alguns novos. A descrença o fez parar.
Isso não pode ser quem eu acho que é. Ele inalou profundamente e queria
gritar de alegria porque de alguma forma, de alguma forma, sua companheira o
havia encontrado. É um maldito milagre. Um segundo aroma mudou seu
instinto inicial ao entrar na sala, no entanto. Ele fazia cócegas no nariz com
familiaridade e, no entanto, ele não podia identificá-lo, além do fato de ser
Lycan. Outro lobo encontrou sua mulher e a devolveu? Pior ainda, o lobo agora
tentava reivindicar sua mulher?
Sou pai.
O mundo girou. Sua mente ficou em branco. Ele poderia ter ficado em
silêncio atordoado para sempre se a criança não tivesse falado.
Todo o corpo tremendo, Mina abriu a boca como se quisesse falar, mas nada
surgiu. Em vez disso, seus olhos se enrolaram na cabeça e ela caiu.
Remy foi para ela, mesmo que seu pai tenha chegado antes e não a deixou
bater no chão. Ele a arrancou de seu pai, e segurou sua companheira firmemente
junto dele. Santa merda. Ela está de volta. Ele quase uivou como um filhote
com alegria e alívio. O coração batendo loucamente, ele olhou para ela,
memorizou seus traços e os encontrou exatamente como lembrava. Parecia tão
perfeita quanto se lembrava, se mais finos.
A pequena voz, cheia de suspeita, o fez olhar para baixo, e suas pernas de
repente tremiam como gelatina. Remy afundou no sofá com Mina embalada no
seu colo. De jeito nenhum ele a deixaria ir ainda.
— Mama não tem amigos. — O forte anúncio fez a garganta de Remy apertar
por algum motivo. Ele se perguntou o quanto de sua solidão tinha a ver com
ele, por causa do que tinha feito com ela.
— Eu sou seu amigo. E seu também, se você me deixar. — Quão bobo para
um homem adulto prender a respiração enquanto esperava a resposta de alguém
que mal alcançava seus joelhos. Mas asseguro que ele fez.
— Você vai encontrar muitas pessoas aqui que cheiram parecido com você.
É porque somos especiais.
— Eu sei. Mamãe sempre está certa. É porque ela é uma pessoa adulta. Mas
como você cheira como eu? — Fora a questão de falar sobre os bebês, como
responder sem mentir? Seu pai resolveu seu dilema.
Sozinho com Mina, minha companheira perdida, ele cedeu à tentação e lhe
acariciou o cabelo de volta em sua têmpora. Ela mudou e ainda assim parecia
que não nos anos desde que a tinha visto. Embora bêbado no momento, ele se
lembrava de cada característica, sua imagem impressa em sua mente. Enquanto
ela tinha perdido suas bochechas fofas, sua pele ainda parecia cremosa e livre
de manchas. Seu cabelo pendia em cachos ao redor de seu rosto em um estilo
mais curto e fluía através de seus dedos como seda. Ele não conseguia parar de
encará-la, atordoado de que ela voltou para ele.
Mesmo sabendo o que ele fazia agora, e estando completamente sóbrio, seu
pau se agitou e o coração acelerou. Não ajudou que sua consciência pareça
contagiosa. Seus lábios cheios se separaram, suas bochechas coraram em um
rosa claro, e um suave suspiro escapou dela.
— Remy. — Ela respirou seu nome, sussurrando-o para que ele o golpeasse
suave como uma carícia. Ele quase se abaixou para tomar seus lábios antes que
a sanidade o golpeasse.
A falta de controle era por que ele a havia perdido em primeiro lugar. Ele não
cometeria o mesmo erro novamente. Então senta e pare de rosnar, ele advertiu seu
lobo. Irritado, seu lado furioso recuou, mas não foi dormir. Ele também queria
saber o que aconteceria depois.
Ele tentou deixar que nada mostrasse da turbulência que estava sentindo no
momento.
— Olá baby. Como está se sentindo? — Sua testa franziu, e ela lutou para
sentar-se, então se afastou dele.
— Oh, querido céu. Não estou sonhando desta vez, estou? — Quando as
admissões inadvertidas saíram, o pegaram de surpresa.
— Sim, certo.
— Você não quer gritar comigo? Dizer que sou um idiota? Bater-me um
pouco?
— Não, você não está. Você deve estar profundamente chateada. Eu sei que
deveria.
— Nosso filho está na cozinha com seu avô comendo cookie. Ele é um cara
precioso. — Acrescentou com um sorriso irônico.
— Você não disse a ele que é seu pai, não é? — Sua frenética preocupação
fez seu sorriso desaparecer.
— Não.
— Bom. Quero dizer, não é que você ser seu pai é seja ruim. Não é. É só que
não contei a ele ainda. E ele não sabe. Na verdade, não tem ideia.
— Então, o que você disse a ele? — Com os olhos baixos, ele não conseguiu
ler sua expressão.
— Quando? Eu sei que isso é repentino, mas eu não quero manter isso em
segredo por muito tempo. Eu gostaria de ser um pai para meu filho. Eu também
quero ter uma chance de conhecê-lo. — Remy falou a verdade. Não há
nenhuma maneira de começar tudo com qualquer
mentira, não quando ele já tinha tanto para pedir
perdão.
Ela acenou pedindo ele que parasse suas palavras, não conseguiu entender.
— Você não precisa fingir interesse em mim. Eu-eu já decidi deixar Jacques
passar algum tempo com você. Você é seu pai. — Ela fez uma careta. — Mas
isso é tão longe quanto vamos.
— O que você quer dizer? — Ele perguntou, sem saber o quanto de sua
cultura o pai dele havia transmitido.
— Eu sei.
— Sabe o que?
— Entendo. Meu pai não explicou que Lycans se casam para a vida toda?
— Sim. Mas você estava bêbado quando me mordeu. Você cometeu um erro.
Obviamente, não pode esperar ter que viver com isso para o resto de sua vida.
— N-ninguém.
— Bem, porque... Quero dizer, olhe para nós. — Ela não o olhou nos olhos
enquanto gesticulava primeiro para ele, então, ela mesma. — Você não pode
me dizer que eu sou quem você escolheria se estivesse sóbrio. Somos tão
diferentes.
— Diferentes? Por quê? É por causa da cor da minha pele? — Mina não
parecia racista, mas tudo era possível.
— E?
— Eu acho que suas razões são uma besteira. — Ela recuou, e ele queria
morder a língua pelo seu jeito grosseiro. — Desculpe. O que eu deveria ter dito
foi, apesar do que pensa, você estava destinada a ser minha. Bêbado ou não,
desde o momento em que te conheci, não pude parar de pensar em você.
— Eu estou falando sério. Foi atração instantânea e conexão que senti por
você e é por isso que perdi minha mente quando vi aqueles caras tocando em
você. — Seus lábios se curvaram com a memória. Apesar de ter sido expulso da
faculdade, ele nunca se arrependeu da surra que deu aos dois bastardos.
— Quase.
— Eu acho que nós poderíamos jogar o jogo da culpa um pouco mais, mas
já passaram anos suficientes. Está acabado agora.
— E o pai dele? Você trocaria seu pai por algum outro se tivesse chance?
Hmm, o fato de que ela duvidava de seu vínculo não era exatamente
lisonjeiro, especialmente desde que ele não nutria nenhuma dúvida sobre ela.
— Ninguém disse que você precisa. — Mesmo que ele quisesse. Estar tão
próximos, fazia estragos com seu corpo, mais especificamente uma certa parte
que se recusava a voltar a dormir.
Tão suspeita. O que aconteceu com ela para ter tais paredes em torno das
pessoas?
— Quero muitas coisas de você, mas podemos começar com uma chance
para eu começar. A chance de conhecer verdadeiramente você e meu filho. A
chance de dar-lhe as coisas que você merece como minha companheira e mãe
do meu... — ele quase disse filhote, mas se conteve — filho.
— Não. Mas isso não significa que não esteja procurando. — Um suave
rosnado saiu de seus lábios, e o lobo se eriçou dentro dele.
— Não haverá outros homens. — Algo de seu animal deve ter se mostrado.
De olhos arregalados, ela se afastou dele, o aroma de seu medo aumentando no
ar.
— Pare! — Ela ergueu a mão, e ele parou seu corpo. Ergueu os ombros, e
seus lábios se apertaram em uma linha fina. — Eu não sou mais uma estudante
estúpida. Você não pode apenas esperar continuar de onde nós paramos.
Tivemos um momento de loucura. Não vai acontecer de novo.
Não namora, como não poderia, será que apesar de seus protestos, o vínculo
entre eles a afetou? Excelente. Isso acalmou sua besta irritada um pouco por
saber que sua fêmea permaneceu intocada. Um sorriso inclinou seus lábios. Ela
podia não saber disso, ou aceitá-lo ainda, mas pertencia a ele.
— Não.
— Assim como, baby? Falar como um homem que admira o que vê? Um
homem que se lembra de como foi beijar seus lábios cheios? Tocar seu corpo?
Talvez estivesse bêbado naquela noite, mas eu tive anos para me lembrar disso.
Anos de noites solitárias sonhando com sua pele de marfim contra a minha. O
seu cheiro. O gosto...
Suas pupilas dilataram, sua respiração acelerou, ela não conseguia esconder
os sinais de sua excitação.
— Eu não estou jogando seu jogo. Sei que você está tentando me seduzir
usando seu poder do demônio novamente. — Ele arqueou uma sobrancelha.
— Eu sei. Já sinto seu desejo. O calor do seu corpo está chamando o meu.
Diga-me que você não sofre pelo meu toque?
— Você está fazendo isso de novo. — Ela agarrou a cruz ao redor de seu
pescoço e recuou.
— Fazendo o que?
— Usando seus poderes do diabo para me fazer sucumbir. Eu não vou deixar
você fazer isso. Eu sei o que você é. — Antes que Remy pudesse responder ou,
ainda melhor, beijar os lábios que o provocavam, Jacques entrou na sala, um
biscoito em cada mão. Ele acenou, excitação iluminando seu rosto.
— Mama, ele tem um com cores, como Smarties3. — Um sorriso cruzou o
rosto de Remy ao ver o menino.
— Vejo que você encontrou meu esconderijo. Esses são meus cookies
favoritos. — Ele exclamou, caindo de joelhos para se colocar no nível de seu
filho.
— Mmm, ela está certa, sabe. O que você me diz de dividirmos um pouco
de leite com chocolate e estes cookies?
dentro de tubinhos de papelão foram presença constante na infância de muitas gerações de crianças, especialmente
no continente europeu.
Mina observou com muito interesse o movimento do traseiro de Remy
enquanto ele caminhava atrás do filho deles. Ela pensou que se preparara no
caminho para o encontro. Pensou que poderia comportar-se de uma maneira
boa e civilizada. Errado! Um olhar para Remy, e ela desmaiou como uma
donzela medieval.
Escapar de seu corpo quente não facilitou o calor que tocava o dela. Na
verdade, quanto mais ela olhava para ele e ouvia o rumor de sua voz, enquanto
ele discutia e a tentava, mais seu corpo queimou. O desejo pecaminoso a tinha
novamente apertado e, honestamente, apesar de saber o quão errado era sentir
esse jeito, ela ansiava mais.
Desejava Remy.
Ele tem tão boa aparência como se lembrava, talvez mais ainda... Mina não
conseguiu descobrir por que ele a queria. Além de Jacques, é claro. Ela não era
uma mulher linda com estilo. Droga, ela nem sequer usava maquiagem ou tinha
o corte de cabelo da última moda. Não era que se achasse atraente, ela talvez
fosse tão longe para dizer fofinha mesmo, mas para
alguém tão bonito como Remy, era definitivamente
é um pouco simples demais.
Não que sua aparência importasse. Ela não pretendia se envolver com Remy,
suposto companheiro ou não. Ela veio aqui para o bem de Jacques. Se ela
pudesse ficar focada nisso, então talvez pudesse lutar contra o fascínio de Remy.
Ou então ela rezava para isso.
Decidindo juntar-se ao filho e ao pai dele, ela seguiu o riso para uma cozinha
grande e brilhante. Jacques sentou-se empoleirado em um banquinho alto, mas
antes que ela pudesse entrar em pânico, pois ele poderia cair dado o quanto se
contorcia, ela percebeu que Remy mantinha uma mão nas costas dele, não
tocando demais, mas o suficiente para estabilizar, se necessário.
Mordendo o lábio, ela tentou não rir quando notou três gerações de machos,
a parte superior de seus lábios brilhando com umidade, usando bigodes
combinados com leite com chocolate. Lágrimas queimaram em seus olhos.
— Tem outro copo? — Ela perguntou com uma voz que tremia ligeiramente.
Imediatamente, eles abriram espaço para ela, atraindo-a para o círculo deles,
fazendo-a rir e sorrir e, o mais importante, sentindo como se ela voltasse para
casa.
— Quem é meu pai? — Ele deixou escapar sua pergunta, e Mina congelou.
Ela sempre soube que um dia ela teria que responder a essa pergunta específica,
só não pensou que seria tão cedo. Não hoje, não com tudo o que aconteceu nas
últimas horas, e não, enquanto a mente e o coração ainda giravam em
turbulência. Apesar de esperar a eventual consulta, a culpa a inundou, a culpa
porque ela havia procriado fora do casamento. Culpa porque ela deveria ter
tentado mais encontrar Remy. Culpa por ela ter se acovardado nesses últimos
anos em vez de dizer a ele a verdade antes.
— Por que você pergunta? — Ela foi pelo caminho covarde por mais um
momento.
— Jean tem um pai e Marie. Antoine, no entanto, só tem uma mãe como eu,
porque seu pai morreu. Eu tenho um pai?
Ele pulou na cama e sentou-se de frente para ela, seus olhos azuis brilhavam.
— Eu gosto dele. Ele e Pierre, mas Remy não é tão velho. E ele cheira como
eu, mamãe. Cheira a mim e gosta de cookies de chocolate. Você sabia que ele
tem um caminhão, assim como o pai de Jimmy, exceto que ele é preto? E ele
também é marrom, assim como eu. — Jacques levantou o braço. — Nós
combinamos.
Sem palavras. Hora de dizer ou morrer. O que ela deveria dizer a ele? Ela
respirou fundo e tomou coragem.
— Claro, bolinho4. Mamãe não vai a lugar algum sem você. Mas não
precisamos ficar se você não quiser. Também podemos encontrar o nosso
próprio lugar para viver, e você pode visita-los sempre que quiser.
— Eu quero viver com meu pai. Ele tem dos bons cookies, e ele disse que
vai me ensinar beisebol. E hóquei. Ele até disse que vai me comprar um bastão
de hóquei.
— Uma garota que ainda pode te fazer cócegas! — Advertiu Mina antes de
mergulhar nele com os dedos.
4 Aqui ela chama ele de Muffin, que é basicamente um bolinho, é como um cupcake sem o glacê de cima.
— Fique. — Ela disse suavemente. — Eu preciso de ajuda para segurar esse
pequeno monstrinho para que eu possa fazer cócegas. — A alegria acendeu
instantaneamente as feições de Remy.
A imagem familiar que apresentou apertou sua garganta, tornando sua voz
rouca, quando virou a cabeça para beijar seu filho e sussurrar a boa noite.
5 Nota
da tradutora: Deixei assim por que ficou tão fofinho, deve ser uma forma abreviada ou infantil de dizer Dad
ou Daddy = pai, papai.
— Eu... — Ele engoliu em seco. — Eu também te amo. Boa noite, meu filho.
Eu vou te ver pela manhã. Podemos tomar café da manhã juntos.
Se ao menos pudesse olhar para o futuro e ver o que ele tinha. Todas as noites
se tornariam uma repetição desta com eles compartilhando risos como uma
família? Já podia ver que Jacques desejava a aprovação e o vínculo masculino
que apenas Remy poderia lhe dar. Isso a deixou feliz e triste.
Por causa de Jacques e suas necessidades, ela concordou em ficar com Remy
e seu pai, mesmo que ela planejasse integralmente ir a um motel apesar da oferta
de Pierre de um quarto. Tentou recusar as acomodações oferecidas depois do
jantar, mas Jacques e seu rosto abatido a fez mudar de ideia. Além disso, ela se
consolou, um motel teria custado mais do que poderia pagar. Ela ignorou sua
voz interior, que riu, mentirosa, você só quer uma chance de ficar perto de Remy
também.
Ela pensou em se esconder no quarto que lhe foi atribuído até a manhã ou
até se arrastar de volta para a cama com Jacques, usando-o como um escudo,
mas seria um ato de covardia. Ela se prometeu enfrentar seus medos, e isso
envolvia confrontar o homem que a trouxe até este ponto. Apesar das palavras
que eles trocaram anteriormente, ficou muito a se dizer. Decidir. Descobrir.
6 São rosquinhas de cereal à base de milho, aveia e trigo, com sabor de frutas e fonte de vitaminas e minerais. As
crianças adoram a brincadeira de cores e sabores de Froot Loops®
— Estou bem. Apenas cansada, acho.
— Você não quer conversar mais? Eu meio que te atrapalhei antes, mas acho
que não podemos evitá-lo para sempre.
Ele sorriu para ela, um sorriso tênue que derreteu seu interior.
— Podemos falar sobre o futuro quando estiver pronta, o que sinto que você
ainda não está. E, como você disse, precisamos de tempo para nos conhecer.
Por enquanto, é suficiente que você esteja aqui comigo. Que vocês dois estejam
protegidos.
Um tremor a atravessou.
— Pierre contou sobre esses bandidos? — Ele assentiu com a cabeça, seu
semblante escurecendo.
— Ele fez. Você não precisa se preocupar mais. Você e Jacques estão a salvos.
— Lobo? Sim, mas não é espontâneo, se é isso que você está preocupada. Eu
tendo deixar o meu lado peludo sair na lua cheia quando ele é mais forte e,
ocasionalmente, quando preciso correr e trabalhar com alguma camuflagem.
Você. A palavra quase escorregou dos seus lábios, e com medo de que ainda
pudesse sair, ela girou em seus calcanhares e correu para descer as escadas,
esperando uma chance de recuperar a compostura. Remy a seguiu.
— Ah. Merda. Não, por favor, não chore. Porra. Eu sou um idiota.
Ela balançou a cabeça, mas não conseguiu falar. A vergonha de sua fraqueza
fez com que ela quisesse fugir. Mas ela não tinha força de vontade para deixá-
lo.
— Pelo quê? Você levou uma vida difícil nos últimos anos, e é normal ter
que deixar escapar um pouco disso. E não estou ajudando as coisas sendo
insistente.
— Sim, eu sou, e é por isso que vou me afastar de você antes de te beijar até
ficarmos sem sentido. — Seus lábios se separaram de surpresa com suas
palavras. Por que diabos ele gostaria de beijá-la? Nariz cheio, os olhos
vermelhos e seu rosto inchado, ela tinha visto seu reflexo depois de uma festa
de piedade o suficiente para reconhecer que qualquer atração que poderia ter
possuído, desapareceu. Ela olhou para ele, seu peito ainda respirando forte.
Ele olhou para ela com olhos brilhantes e, pela primeira vez, percebeu o quão
bonito eles eram. As luzes douradas manchavam o escuro e adornavam-se com
cílios grossos pecaminosos. Como eu poderia compará-lo com um demônio?
Mais como um anjo tentador.
— Vamos.
— Meu pai está aqui. Ele vai manter um ouvido atento para ele, e confie em
mim, ele tem bons ouvidos. Eu nunca consegui escorregar furtivamente quando
era jovem, não importa o quão quieto eu fosse.
— Podem ir. Seu filho ficará bem. Eu tenho o número de celular de Remy se
precisar de você.
— Obrigada. — Ela seguiu Remy quando ele se virou para sair da casa,
parando apenas na porta por um momento para colocar os sapatos.
Fazer nada. Eles não eram um casal, nem um dia aqui e já não podia segurar
os pensamentos pecaminosos. Embora o meu caminho para a tentação me deu
o meu maior presente.
Mais uma vez, ela ouviu seu grunhido suave e levantou um olhar assustado
para encontrar o dele. — Você sabe o que faz comigo quando me olha assim?
— Ela balançou a cabeça.
Ele suspirou.
— E eu aposto que você nunca esteve com outro homem desde então.
Uma parte dela queria dizer, Sim, eu estive com dezenas, só para provar que
ele estava errado, mas a sanidade a fez dizer a verdade.
— Não. Você foi o único. Não é que eu não pudesse ter procurado. — Ela
apressou-se a dizer. — É só que eu tinha Jacques para pensar, então eu não
queria apenas pular em um relacionamento.
— Você é uma mulher sexy, Mina Leblanc. — Eu? Sexy? Ela não conseguiu
evitar que seus lábios se curvassem para um sorriso satisfeito.
— Obrigada. Você não é muito ruim. — Seu sorriso se alargou com seu
desgosto fingido.
— Eu duvido. Acho que você tem mais ego do que suficiente para se
recuperar.
Ele gemeu.
— Porra, isso vai ser mais difícil do que eu pensava. Pare de parecer tão
malditamente deliciosa.
Mina não falou uma palavra, mas não conseguiu evitar o prazer de aquecê-la
com seus olhares e palavras.
— Obrigada.
— Eu acho que vou ficar com as carnes mais básicas. — Ela jogou um pacote
de costeleta de porco no carrinho, juntamente com a carne moída que estava na
promoção. Ela poderia fazer várias refeições para todos com isso, se ela fosse
cuidadosa.
Ela foi se afastar, mas notou que Remy não seguiu. Ele balançou a cabeça e
começou a jogar mais carne: um assado grande, um presunto ainda maior, bifes
e não o tipo barato e magro. Seus olhos se arregalaram.
7
8Os biscoitos honeycomb são docinhos deliciosos feitos com água, mel, xarope de milho, bicarbonato de sódio e
açúcar.
pressão do açúcar que seu filho sofreria se tentasse provar um de cada caixa que
Remy insistiu que pegassem.
A comida não foi a única coisa que Remy comprou. Ele pegou um vidro de
espuma de banho caro e explicou ao ver seu olhar questionador.
Ele não questionou seu silêncio pensativo no caminho de volta, mas pegou a
mão dela e colocou-a debaixo da dele no câmbio. Atire nela por ser a idiota mais
lamentável do mundo, mas ela gostou.
Uma vez de volta para a casa, ele a enxotou para dentro da casa e disse-lhe
para começar a desembalar as sacolas enquanto ele as trazia do carro. Perplexa,
principalmente porque ela não tinha a menor ideia de onde tudo ficava, ela fez
o possível, abrindo armários para explorar. Pierre entrou enquanto ela olhava
para a despensa procurando um lugar para guardar as muitas caixas de cereais
que Remy comprou.
— Mas as pessoas não acharão estranho que de repente você apareça com
ele?
— Sério? E você dirige um carro com luzes brilhantes e sirenes? — Isso fez
Pierre parecer assustador.
— Porque seu neto ficará muito impressionado se o seu avô os ligar e dirigir
um pouco rápido demais, como se estivesse perseguindo bandidos malvados.
— Mas só depois de tomar café da manhã com meu filho e levá-lo para
comprar o bastão de hóquei que prometi. Vou te ligar quando ele estiver pronto
para que você o pegue no cruzador.
— Bem, por um lado, ele não chamou Jacques de filho do diabo enquanto
exige que eu o exorcize. — Remy tossiu, um som que se transformou em um
estrangulamento.
— Meus pais são muito religiosos. Na verdade, isso faz com que eles pareçam
normais quando na verdade são fanáticos.
— Você mencionou que eles não lidaram bem com a notícia de sua gravidez.
— Embora não fosse um dos meus momentos brilhantes, não havia nada de
errado com o que fizemos. — Disse ele calmamente.
Ele apareceu atrás dela enquanto ela meditava e
colocou as mãos nos seus ombros.
— Uma parte de mim sabe disso, mas vinte anos de doutrinação religiosa
torna difícil aceitar.
Remy virou-a para que ela o encarasse. Um fulgor de ouro em seus olhos a
cativou.
— Sim, e eu sei que ele nos ama, não importa como nascemos. — Ele se
inclinou e passou os lábios sobre os dela, uma carícia fugaz que roubou sua
respiração. Novamente, ele a provocou com um leve toque de sua boca, e ela
tremia, desejando mais, mas ao mesmo tempo temendo isso.
Ele se afastou dela, o fogo queimando nos olhos agora, um fulgor cheio de
calor.
— Boa noite, Mina. — Tocando os dedos nos lábios formigando, ela fugiu
antes que implorasse para que ele terminasse o que começou. Pedir-lhe que a
conduzisse pelo caminho da tentação e do prazer, novamente.
Depois de deixar Mina, uma tarefa mais difícil do que o esperado, quando
tudo nele o incitava a segui-la, ele decidiu ligar para Dean. Ele tinha ficado para
trás para ver se o problema voltaria, Dean atualmente estava de olho no
apartamento onde Mina havia morado.
— Como um cachorro sente falta de sua calda. Como está indo na cidade
grande?
— Está muito quieto. Tudo que as pessoas fazem por aqui é ir ao trabalho e
voltar para casa. O lugar é deprimente.
— Pobre cara. Eu quase sinto muito por você. E quanto ao bando da área?
Eles foram capazes de lançar alguma luz sobre os sequestradores? Identificar se
eles eram locais ou externos?
— Com ninguém deixado para questionar e nem uma única testemunha que
admita algo, eles não têm nada para continuar. Dei-lhes uma descrição da van e
dos idiotas, mas o veículo apareceu abandonado, foi roubado apenas algumas
horas antes do ataque de acordo com relatórios da polícia. Quanto aos homens,
ninguém reconhece a descrição. Uma coisa é certa, apesar de eles não serem
militares, eles pareciam bem treinados.
Até que ele soubesse a resposta a essa pergunta, um olhar bem próximo em
sua nova família não faria mal.
— Então, quanto tempo você quer que eu fique aqui? — Perguntou Dean.
— Pelo menos alguns dias. Precisamos ter certeza de que você não será
seguido quando o retirarmos.
— Ela não vai voltar, vai? Quero dizer, não porque não haja nada de errado
com este lugar que uma reforma não consertaria. Mas o lugar é um maldito
buraco.
Ótimo. Apenas o que Remy precisava ouvir, mais evidências de como ele
havia falhado com sua mulher.
— Ela não vai voltar. — Mesmo que ela ainda não soubesse.
— Você quer que eu embale algumas de suas coisas? Você sabe, fotos e livros
e toda essa merda.
— Duh. Então, como foi? Seu garoto parece ser bastante animado. Ele será
um perturbador quando crescer, assim como seu velho. — Um sorriso se
formou em seus lábios.
— Haha. Eu vejo que você ainda está tão quente por ela agora quanto esteve
alguns anos atrás. Ela sente o mesmo?
— Bem, o que você esperava? — Que ela se atirasse nele sem hesitação e
aceitá-lo como seu companheiro. Tão irreal, é claro, especialmente devido a sua
entrada intensa no mundo Lycan. Ainda assim, apesar de terem passado poucas
horas juntos, os anos que ele passou sonhando com ela fizeram com que ele
sentisse que a conhecia desde sempre.
Ele e Dean falaram um pouco mais antes de desligar. Com a hora já avançada,
ele se dirigiu para a cama, mas não conseguiu escapar das perguntas e emoções
que o atormentavam. Sono evitou Remy. Como ele podia dormir quando tudo
o que podia pensar era em Mina? Fechar seus olhos apenas fez sua imagem
parecer mais acentuada em sua mente e lembrou o quanto ele havia perdido nos
últimos anos. Quando ele acordou naquela manhã, vivendo a vida no piloto
automático, ele nunca esperou encontrar sua companheira novamente e
certamente nunca teria imaginado seu filho. Agora que ambos estavam aqui,
prontos para dar-lhe uma chance, ele não queria foder nada. Não como ele tinha
feito no passado.
E isso foi triplicado para seu filho, razão número dois para seu estado de
insônia. Ele não podia esperar para passar o tempo com o menino e ensinar-lhe
as coisas que seu pai lhe ensinou: hóquei, pescaria, escalar árvores, atravessar a
floresta sob uma lua cheia. Mijar seu nome na neve. Cuspir sem sujar a si
mesmo. Ele queria compartilhar mais cookies com seu filho e ver aquele sorriso
brilhante e ouvir suas perguntas. Ele queria mostrá-lo para toda a cidade, o
inferno, o mundo inteiro, e gritar: — Este é meu filho! Meu filho. Que
maravilhoso sentimento de orgulho era.
Alguns dias atrás, ele nunca teria imaginado a profundidade da emoção que
um filho criaria. Uma pequena pessoa carregando alguns de seus genes. Um
filhote para continuar a tradição do bando. Sua responsabilidade.
Lembrar-se do ataque, um ataque que ele deveria ter evitado, fez sua besta
resmungar com descontentamento. Deixe-os tentar prejudicar sua família
novamente. Deixe-os entrar em seu mundo e tentar. Ele rasgaria membro por
membro deles, os perseguiria e iria fazê-los chorar por suas mães. Ele os
ensinaria a não olhar para seu filho e para sua companheira novamente. Ele
estimularia sua versão de proteção e justiça. E ele gostou disso.
Com dois motivos para viver de novo, não permitiria nada tirá-los dele.
Nunca.
No início da manhã seguinte, a porta de seu quarto abriu-se e Remy acordou
instantaneamente. Ele não moveu um músculo, porém, uma inalação foi tudo
o que precisou para saber quem se deslizava em pés silenciosos em seu espaço.
Ele não conseguiu evitar um grunhido, no entanto, quando cerca de dezoito
quilos de excitação pularam no seu peito, por pouco não acertando as joias da
família9. Merda, foi perto. Os joelhos pontiagudos cavaram em seu estômago.
Fingiu roncar e ganhou outro riso alto, o som mais doce do mundo. Com
uma tempestade de membros que não eram exatamente cuidadosos com os
equipamentos frágeis de um pai, reforçando ainda mais sua crença de que talvez
ele devesse usar uma proteção de agora em diante, um corpo quente rastejou
sob os lençóis e se aconchegou perto.
9 Pelo que entendi como ‘joias da família’ foram suas preciosas bolas... kkk
— O que você está fazendo? — Além de dar a ele a melhor surpresa matinal
de todos os tempos.
O momento da paz não durou por muito tempo. Sua porta abriu o resto do
caminho. Tropeçando, uma Mina desgrenhada, os olhos arregalados de pânico
e os cabelos selvagens.
— Remy! Venha rápido. Jacques não está em sua cama. Nós temos que
encontrá-lo!
— Aqui estou, mãe. — Ela apertou uma mão em seu peito, mas Remy notou
o alívio em seus olhos.
— Não. — Jacques disse isso com a expressão inocente de um anjo que não
era bom. Remy murmurou um sorriso.
— Eu vou me juntar a você. — Ele rolou da cama, seu peito nu, enquanto
sua metade inferior pulava na calça solta. Ele a colocou em deferência a Mina,
no caso, dela vir buscá-lo. Por fim, ele ficou feliz que a colocou, dado o visitante
da manhã.
Mina girou em suas palavras, mas ele não pegou sua expressão até que se
virou, Jacques balançando no ombro dele rindo. Remy estufou seu peito para
fora mais do que um pavão quando pegou seus olhos vidrados olhando com
atenção em sua pele nua. Pelo menos ele sabia que ela ainda o achava atraente.
— Devemos comer? — Ele disse, contente pelo fato de seu filho estar
pendurado em suas costas agora, onde ele não conseguiria ver a tenda que ele
tinha para uma Mina agora sem fala. Ela engoliu em seco, respirou fundo e se
moveu, quase correndo à frente deles descendo as escadas. Remy tomou o seu
tempo, saltando o filho em seu ombro, deixando sua presença inocente resfriar
seu ardor, como um banho frio.
Tornar-se um pai durante a noite poderia ter sido uma surpresa, mas olhando
para o semblante sorridente de seu filho, Remy poderia dizer honestamente que
nunca receberia um presente melhor. E dane-se tudo, se ele não queria mostrar
seu filho para todos.
Então ele fez. Esquecendo que deixou seu pai levá-lo para trabalhar. Remy
queria o filho dele sozinho. Seu pai poderia mostrar-lhe outro dia. Estou
passando o dia com meu filho e companheira.
— Eu não posso deixar você fazer isso. — Seus lábios puxaram em uma linha
teimosa e seus braços cruzaram sobre os seios, ela balançou a cabeça quando
ele parou pela primeira vez na seção da mulher e disse-lhe para pegar qualquer
coisa que tivesse vontade.
— Por que não? É a loja? Nós podemos ir para algum lugar mais agradável.
Há algumas boutiques no centro da cidade com algumas coisas boas para
senhoras.
— Então vou voltar para o meu apartamento e pegar algumas. Eu não estou
deixando você comprar coisas para mim. Não quero sua caridade.
— Não é caridade.
— Não.
Grrr. Ele queria grunhir com sua teimosia. Se ela se recusasse a comprar algo
agora, então, tudo bem. Ele acabaria levando algumas coisas mais tarde e
entregaria em casa. O pensamento de comprar sua lingerie sexy mais do que o
agradou.
— Você não quer nada, então essa é a sua escolha, mas eu, pelo menos, posso
comprar algumas coisas para o nosso filho? Tenho quatro anos de pensão para
compensar. — Aha, deixe-a argumentar sobre isso. A dor e o desgosto
imediatamente sombrearam sua expressão, e ele se sentiu como o coração mais
tolo do mundo.
— Ah, merda, baby. Não era para sair do jeito que isso pareceu.
— Nada disso. Eu sou o único que falhou com minhas ações e embriaguez.
Eu sou o único que deveria pedir desculpas. Deixe-me começar pela única
maneira que sei como. Gastando um pouco do meu dinheiro. Estive guardando
isso por um tempo agora.
— Ele não precisa... — Ele não a deixou terminar. Mostrando seu orgulho.
Remy também tinha direitos.
— Oh, por favor. Superman totalmente chuta sua bunda. — Jacques riu e,
com a seriedade que uma criança consegue, afirmou.
— Hulk é o melhor.
Eles haviam resistido a sua primeira escaramuça, e enquanto Remy não podia
reivindicar uma vitória total, ele sentiu que tinha pelo menos ganhado algum
terreno. Depois disso, levou um pouco de busca, mas no final, encontrou
camisas correspondentes para ele e seu garoto, bem como algumas outras coisas
que o pequeno precisava. Embora Mina
estremecesse com o total final dos itens que ele
insistiu para comprarem para o filho deles, ela
deixou que ele pagasse por isso. Em sua opinião, foi
uma pequena briga ganha e valeu a pena e ela riu quando Jacques e Remy saíram
do vestiário do Wal-Mart usando camisas do Star Wars ™.
— Desista do pensamento. — Ela enrugou o nariz, mas ele podia dizer que
a ideia deles se vestirem como uma família não a repeliu. Ele gostava ainda mais
do fato dela não se afastar quando enfiou os dedos nos dela. De fato, ela segurou
sua mão quando eles saíram da loja para a caminhonete enquanto Jacques
apertava a outra mão de Remy, tagarelando uma milha por minuto.
— Não. — Sua resposta curta não o agradou, mas antes que ele pudesse
questioná-la ainda mais, Patrícia chegou para tomar seu pedido.
— Oh, nada de ruim. — Ela piscou e fez uma bola com seu chiclete. Patrícia
deu um sorriso brilhante ao menino e à Mina. —
Este deve ser o neto que Pierre tem se vangloriado.
Sob o escrutínio curioso da garçonete, Mina encolheu ainda mais.
— Patrícia, eu gostaria que você conhecesse meu filho, Jacques e sua linda
mãe, Mina. — Incerto de como ela reagiria se ele a anunciasse como sua
companheira, Remy optou por algo um pouco menos possessivo e esperava que
ele não tivesse fodido tudo.
Mina murmurou.
— Oi. Este é o meu Dada. Ele me comprou uma camisa do Star Wars ™,
veja? — Desabotoando o casaco, seu filho empurrou o pescoço fino e mostrou
com orgulho seu desenho. Remy se juntou a ele, e Patrícia riu.
— Por enquanto.
— Quero dizer, toda a tentativa de fingir que você não existia e não falar uma
palavra o tempo todo que estivemos lá.
— O quê? Não. Claro que não. — Seu olhar assustado encontrou o seu sério.
— Então o que aconteceu? Por que você ficou de repente muda e parecia
que alguém roubou seu último cookie?
— Eu-uh. — Como explicar que ela não queria constrangê-lo. Que ela temia
as reações das pessoas quando viram que ele tinha gerado uma criança com uma
garota branca. E por causa de uma relação sexual de uma noite para começar.
Ela passou quatro anos ouvindo a crueldade dos outros, então ela tinha prática.
Remy, por outro lado, não.
— Mina... — Ele rosnou em um tom baixo. Ela não podia deixar de tremer.
Mais uma vez ela estremeceu com o tom, o que implicava claramente que
levaria alguém que a insultasse em algum lugar privado e ensinaria alguns bons
modos.
— Baby, você vai explicar isso para mim, porque ainda não estou
conseguindo entender.
— Não tenho certeza se é diferente aqui, mas na cidade, a cor da pele ainda
é importante, especialmente se você é mãe solteira. As mulheres brancas com
filhos de etnia mista tendem a ser tratadas de certa maneira. Como se tivéssemos
feito algo errado ou sujo. — Oh, as coisas desagradáveis que ela tinha ouvido
ao longo dos anos, tão vil até para ela mesma pensar. — Estou acostumada com
os insultos. Jacques, porém, ele ainda tem dificuldade.
— Shhh, baby. Isso está tudo no passado agora. Eu sei que não posso apagar
o que esses idiotas disseram, mas posso prometer que as coisas serão diferentes.
As pessoas nesta cidade, as pessoas com quem cresci, não vão tratar você ou
nosso filho como cidadãos de segunda classe. Você não terá que aguentar mais
essas coisas.
— Claro que posso. Lycans já tem que aguentar muita merda em nossas vidas.
Não precisamos de racismo para acrescentar mais coisas.
Mina fungou.
— O que você fez com a minha mama? — Uh-oh. Mina ergueu um rosto
úmido com lágrimas para ver Jacques eriçado diante deles, os punhos apertados
e os olhos brilhantes.
— Sua mãe estava apenas me contando uma história triste, grande cara. Não
se preocupe. Mas bom você é muito bom por notar. Você é um bom protetor.
— Não, eu não sou. Não pude salvá-la dos homens maus. — Jacques disse
tenso ao se referir sobre o incidente que os trouxe para Remy.
— Você não está mais sozinho, grande cara. Dada vai estar por perto para
manter você e sua mãe a salvo, assim como seu avô e muitos amigos e familiares
novos. Vamos chutar a b... — Ele parou antes de terminar a palavra. —
Qualquer um que tente ferir você ou sua mãe. Eu prometo.
— Prometer o quê?
— Usar o que eu mostrar apenas para o bem e não o mal. Esse é o caminho
para ser um Jedi.
Talvez ela pudesse viver uma vida onde a cor não importava e onde seu filho
não tinha que temer se podia sair em público, com a cabeça erguida. E se as
pessoas não gostassem, ela usaria o exemplo de Remy sobre força e confiança.
Ignore-os se eles não gostarem disso. Eu amo meu filho, não importa a cor dele.
Quanto ao seu pai? Se ela não fosse cuidadosa, também se apaixonaria por ele.
— Aah. Nós temos que ir? — Jacques fez uma careta. — Eu não gosto da
escola.
— Você não gosta? — Remy agarrou seu peito e ficou horrorizado. — Por
que não?
— Eu vejo. — Respondeu Remy com uma voz forte e irritada. Mina olhou
para ele, mas Remy não olhou para ela. Em vez disso, se agachou na frente do
filho. — Sua mãe e eu estávamos falando sobre isso na verdade. E eu vou te
dizer o mesmo que disse a ela. Você não precisa se preocupar com quem já te
chamou de nomes feios. A escola que estou levando tem muitas pessoas
diferentes, algumas com pele marrom como você e eu, algumas brancas. Mas
há uma coisa que eu garanto que você não irá encontrar, e isso é racismo. Você
sabe o que significa essa palavra?
10 Stormtroopers foram tropas de assalto do Império Galáctico. Cidadãos contrários ao regime os chamavam de
— A violência não é a resposta. — Mina interveio quando seu filho e seu pai
trocaram olhares sombrios que prometeram uma vingança violenta.
— Sim. — Jacques falou. — Hmm, ela não contava com isso acontecendo
tão cedo.
— Nem nós, mas em alguns casos, falar não funciona. É quando um bom
golpe é útil, desde que tal seja garantido e não vá longe demais. Isso significa
não usar nosso lobo contra aqueles que não têm um.
— Lobo? Você sabe sobre o da minha cabeça? Aquele que quer sair?
A respiração de Mina parou com as palavras de seu filho. Por que ele nunca
mencionou essa presença canina antes?
Remy assentiu.
— Sim. Eu vou lhe mostrar, mas não hoje. Neste momento, precisamos levá-
lo para fazer a matrícula no jardim de infância.
— Você acha que quem veio atrás de nós ainda podem voltar?
— Eu não sei, mas sei que não vou dar-lhes uma chance. Quanto menos
trilha deixarmos, melhor.
Mina não pensou que a escola concordaria. Eles geralmente queriam todos
os tipos de documentos para se inscreverem, mas para sua surpresa, a
recepcionista, depois de se encantar com Remy de uma forma que Mina odiou
totalmente, fez-lhes uma série de perguntas. Nome da mãe. Do pai. Endereço.
Mina apenas corou um pouco quando Remy afirmou que todos moravam na
casa de seu pai.
Não é pecado. Não é pecado. Não estamos vivendo em pecado. Ela lembrou
isso repetidamente. E então, ela quase morreu de vergonha quando a secretária
pediu o nome completo de seu filho.
— Jacques.
— Último nome?
— Desculpe. Nunca lhe dei seu sobrenome. Quando ele nasceu, eu não sabia
se o veria de novo e não sabia o seu sobrenome e...
Mina assentiu.
— Se você está preocupado em não deixar uma trilha, então pode querer
pensar em dar-lhe o sobrenome de Remy, ou pelo menos dividir com o seu.
Dessa forma, qualquer pessoa que esteja procurando por você não pode indagar
se pesquisar registros escolares.
— Eu não tinha pensado nisso. — Seu rosto deve ter escurecido porque os
olhos da loira se arregalaram e ela ficou horrorizada.
— Conexão?
— Você sabe?
Isso a fez girar a cabeça. Cansada, Mina sentou-se enquanto Remy cuidava
do resto, incluindo a apresentação de Jacques para sua nova professora, que
depois o levou a uma turnê pela escola. Quando Mina fez menção de seguir, ela
acenou de volta para a cadeira.
Sozinha na área da recepção com Remy, ela expressou isso em voz alta.
— Como pode existir toda uma cidade de lobisomens sem que as pessoas
saibam?
Como simples ele soava quando falava disso. Dezenas de lobisomens em vez
de centenas. O número a chocou, especialmente desde que ela ainda não tinha
chegado ao fato de que eles sequer existiam.
Ela teve pouco tempo para pensar sobre isso, porque Jacques voltou saltando
e conversando animadamente sobre a sala de aula e o trepa-trepa lá fora que ele
queria brincar no recreio.
Mas ela não podia deixar de remoer a situação Lycan uma vez que Jacques
foi para a cama e ela se viu sozinha com Remy no sofá. Pierre tinha saído para
seu encontro semanal de pôquer com os meninos, o que significava que mais
ou menos tinham o lugar para si. Por alguma razão, isso a deixava nervosa.
— Sim.
— Você diz que Jacques é um Lycan, que ele recebeu isso de você. Presumo
que Pierre é um também?
— Papai não é apenas um lobo, ele é realmente o lobo alfa do nosso bando.
Todos os grupos Lycan tem um. Ele é o único que mantém a lei e a ordem entre
nós. Quem garante que obedeceremos às leis não escritas que regem a nossa
espécie e que faz com que o nosso segredo permaneça seguro.
— É tipo isso. Elas mais ou menos se resumem a uma coisa, que é não deixar
que os seres humanos saibam que nós existimos.
— Mas eles sabem. Mais ou menos. Quero dizer, olhe todos os filmes e livros
sobre lobisomens. Falando nisso, quais partes são verdadeiras? Você é alérgico
a balas de prata?
— Como você pode ser tão casual sobre isso? — Perguntou ela quando
parou o seu riso.
— Porque esta é a minha vida. Você verá. Nós somos o mesmo que qualquer
outra pessoa, bem, não exatamente. Somos, obviamente, melhores. — Gabou-
se. — Mas de uma forma boa.
— Você sabe que eu pensei que era louca por um tempo. Que tinha
imaginado seus olhos brilhando naquela noite. Então Jacques nasceu, e eu ainda
me lembro da primeira vez que seus olhos mudaram. Ele tinha apenas cerca de
seis meses de idade, e tinha acabado de aprender a engatinhar. Ele queria alguma
coisa, acho que foi o controle remoto da televisão, e eu tomei dele. Oh, ele teve
um acesso de raiva.
— Deve ter sido um show de luzes, não é? Eu acho que isso deixaria qualquer
um de fora louco.
Ela assentiu.
— Não apenas isso, mas ele rosnou para mim, e não em sua voz habitual. Eu
sabia então que havia algo diferente nele. Só não imaginava o quão diferente.
— Será que isso mudou a forma como você se sente sobre ele?
— Diabo, hein?
— Falando em frente, eu queria sua permissão para deixar o meu amigo Dean
providenciar para que suas coisas no apartamento sejam arrumadas e
encaminhadas para cá.
— Tirar de lá? Mas trazer para onde? Eu não tenho um trabalho ainda, ou
um lugar para ficar. Ou... — Ela parou quando Remy começou a sacudir a
cabeça.
— Eu te disse, você pode ficar aqui o tempo que quiser. Ou, se você quiser,
podemos procurar por um lugar só nosso. Quanto a trabalhar, faça uma
pequena pausa. Você trabalhou duro o suficiente nos últimos anos. Deixe-se
relaxar. Dê-me uma chance para mimá-la.
Antes que ela pudesse perguntar o começo do que, ele fechou a distância
restante entre eles e sua mão segurou a parte de trás de sua cabeça.
— Qual é?
— De beijar você.
— Oh. — Oh, certamente. Ele não lhe deu a chance de pensar sobre suas
palavras, ao invés disso agiu sobre eles, sua boca inclinando sobre a dela em um
abraço carinhoso. Suave, sensual, e ainda, ao mesmo tempo elétrico e ardente,
o simples toque da boca dele contra a dela despertou todos os seus sentidos.
Para frente e para trás, ele deslizou seus lábios enquanto ela estremeceu de
desejo, querendo mais, mas temendo por isso. Ele não empurrou. Não levou
mais longe do que um simples beijo.
Quando ele se afastou, sua respiração dura, ela gemeu, seus lábios doloridos
com a perda. Seu corpo ansiando por mais.
Mas ela tinha se entregado ao prazer antes. Deixou o pecado ditar suas ações.
Ela poderia se dar ao luxo de ser tão imprudente de novo?
Ela saiu da sala, mas não podia escapar do calor percorrendo seu corpo ou o
arrependimento. De joelhos ao lado de sua cama, rezou para ter força.
Segurando a cruz com força, pediu orientação, mas Deus não respondeu.
O que devo fazer? Ceder ao pecado ou... O quê? Punir ambos? Ela sabia a
resposta do que seu corpo queria. A parte engraçada foi que isso combinava
com seu coração.
No dia seguinte, ela acordou cedo e foi até a cozinha para fazer café da
manhã. Passou a noite revirando, tentando decidir o que fazer a seguir. Até
inventou listas em sua cabeça. Engraçado, como a lista de prós ao se deixar levar
pesava fortemente a seu favor. Não ajudou quando ele entrou na cozinha, sem
camisa, e imediatamente lhe lançou um sorriso de um milhão de watts.
As boas garotas não desejavam homens meio vestidos. Mesmo sexys. Claro,
ela perdeu seu status de boa garota anos atrás, então por que exatamente ela
estava tão empenhada em combater o fascínio sobre Remy? Ele já havia
declarado que a queria na vida dele e na cama. Então, o que a impedia?
Mas quanto tempo mais posso viver uma vida com medo? Estou cansada de
ficar sozinha. A solidão era ruim. Certamente, ela devia felicitar-se em um
ponto. Sim, dar a Remy uma chance a fazia correr um risco, mas todos tinham
de mergulhar eventualmente. Com amor e felicidade, nunca havia garantias. A
verdadeira pergunta era, ela ousaria?
Que diferença de como ela cresceu, onde a hora das refeições geralmente
acabava com um caso silencioso enquanto seu pai abordava as injustiças e os
pecados do mundo. Não é assim, aqui. Remy mostrou-se divertido, mostrando
a Jacques onde as coisas estavam na cozinha, erguendo-o e balançando-o para
buscar todas as tigelas, suas mãos guiando as miniaturas enquanto derramavam
cereais e leite. Rindo da bagunça em vez de gritar. Dizendo piadas enquanto eles
comiam, cada uma mais tola que a anterior. Mina riu tanto quanto Jacques, com
tanta força que as bochechas doíam.
Esse poderia ser o resto de sua vida? Parecia bom demais para ser verdade.
E muito tentador.
Depois que os pratos foram lavados e a mesa desfeita, enviou um sorriso para
Jacques antes de ele ir se vestir. Quando ela os seguiu para a caminhonete, Remy
agarrou seu braço.
Seu filho já desenhou as linhas entre os deveres da mãe e seu novo pai, tanto
lhe agradou quanto a entristeceu. — Entendo. Acho que estou ficando para
atrás. O que posso fazer para ajudar? Aspirar o pó talvez ou lavar alguma roupa?
— Você pode relaxar o seu corpo delicioso, encher a banheira com água
quente e bolhas, depois mergulhar. Eu não quero que você saia até ser uma
ameixa enrugada.
— Mas é de manhã.
— E?
— Eu consigo. — Remy piscou e ela deixou cair os olhos, não era uma boa
ideia, pensava enquanto olhava para suas mãos. O calor correu para suas
bochechas, e Remy riu.
A visão dele e seu estado relaxado se mostrou difícil pensar, mas manteve o
suficiente de sua inteligência para perguntar.
Ela hesitou.
É muito cedo.
Já demorou muito.
Mina argumentou consigo mesma, sabendo que se ela tomasse sua mão,
estaria dizendo sim para o que brilhava em seus olhos. Se ela se levantasse da
água, uma Vênus nua e úmida, ela o convidaria a fazer o que sonhara. Remy
faria seu corpo cantar, e não haveria volta. Sem mais fingimentos. Sem nada
mais a esconder.
Ela ficou de pé, a água caindo pelo corpo, autoconsciente e suas bochechas
rosa, mas e se mantinha firme. Deixe-o ver o que ele estava recebendo, estrias
de sua gravidez, barriga arredondada e peitos não tão firmes. Deixe-o rejeitá-la
agora se ele não a querer. Sentia-se como a mais descarada das putas.
Ele esfregou a ponta do maxilar sobre seus cabelos. Lábios macios beijaram
sua têmpora, e uma mão subiu para inclinar o queixo antes de tocar sua
bochecha. Ela encontrou seu olhar suavemente brilhante. — Eu sinto muito,
querida. Sei que prometi que iria devagar e te cortejaria como você merece, mas
não consigo pensar quando você está por perto.
— Eu conheço o sentimento.
— Eu vou fazer isso com você. — Ele prometeu. Antes que ela pudesse
dizer-lhe que ele já tinha feito, ele esmagou sua boca
contra a dela.
Oh, doce pecado. Um fogo a atravessou. Ou era uma onda da praia,
embriagando seus sentidos, esmagando-a com a necessidade. E fome. Ela tinha
fome de mais de seu toque. Queria aproveitar o prazer pecaminoso que tentou
negar por tanto tempo.
Ele rosnou.
— Eu não quero que você pare. — Ela também não queria que ele a deixasse
ir. Apesar de quase não se conhecerem, havia um vínculo entre eles, uma
conexão que não podia negar, uma conexão que ela queria explorar. Queria que
ele cuidasse dela, cuidasse de seu filho, amá-la, mesmo que lhe faltasse à
coragem de olhar para ele nos olhos para dizer as palavras.
Ele a beijou de novo, um abraço mais gentil, mas ainda agitou as chamas de
sua excitação. Ela abriu a boca no mesmo instante, tentativamente tocando sua
língua na dele. Com seu gemido, ficou mais ousada e fechou os dentes
suavemente na língua dele. Oh, meu, como ele a beijou então. Mina perdeu todo
o senso de tudo envolta, seu mundo se estreitando para apenas Remy. Doce
Remy.
Tecido tocou suas costas quando ele a abaixou para um colchão. Dele? Dela?
Não importava. Nada importava no momento, mas o prazer invadindo todos
os seus sentidos. Ele quebrou o beijo, deixando os lábios inchados e perdidos.
Mas quando ela abriu os olhos para ver o porquê, o viu tirando a camisa do seu
tronco.
Que obra de arte. Grandes ombros, músculos magros que levavam a uma
cintura estreita, sua carne de cor de cacau a tentava.
Ela levantou as mãos e apenas hesitou um
momento antes de colocar as palmas das mãos na
sua pele. Suave ao toque, mas ela podia sentir a
dureza embaixo, os músculos tonificados pelo trabalho. Deslizou as mãos
enquanto ele se curvava para baixo até que as pontas de seus mamilos tocassem
seu peito. Ele abaixou a cabeça para retomar seu beijo, e ela envolveu seus
braços ao redor de seus ombros para que seus dedos pudessem atravessar seus
cabelos grossos. Crespos e muito mais curtos do que quando se conheceram, a
textura dele a fascinou.
A dor exigia satisfação, mas Mina não sabia como pedir. O que pedir. Ela
gemeu. Engasgou. Girou os quadris, procurando alívio, mas em vez de cobrir
seu corpo com o dele, Remy desceu cada vez mais.
— O que você está fazendo? — Ela conseguiu explodir, suas últimas palavras
coerentes antes de sua língua circular seu clitóris e enviar-lhe em uma espiral
através de um túnel de felicidade tão pura, ela via o céu.
Oh, como ela superou todas as suas fantasias mais loucas. Doçura, inocência
e perfeição em uma mulher. Festejar-se na boca o deixou selvagem. Acariciar
seus seios perfeitos se provou uma tortura dolorosa. Mas sentir que ela gozou
em sua língua quando ele colocou a boca em seu sexo, seu grito de bem-
aventurança, um som tão puro que quase o fez gozar. Ele precisava fazer parte
disso. Precisava se fundir com ela.
À medida que seu prazer a tomava, ele se colocou sobre seu corpo entre suas
pernas e empurrou seu pênis no canal apertado, as paredes aveludadas de seu
sexo espasmódico agarrando-se firmemente. Querido Deus. Tão acolhedor.
Tão quente. Tão incrível. Com um grito que continha muitos uivos, ele
empurrou, marcando um ritmo que ela logo se juntou. Suas respirações curtas
e ofegantes, seus dedos agarrando seus ombros e seus quadris balançando
deixaram que ele soubesse que, apesar de seu primeiro orgasmo, ela se preparava
para um segundo clímax.
— Goze para mim, querida. Vamos. Mostre-me como você gosta. Grite para
mim novamente.
— Eu-eu-
— Eu conheço o suficiente.
— Você conhece? — Ela olhou para ele nos olhos quando perguntou.
— Sim. Não leva tempo nem precisa ser um gênio para reconhecer o prêmio
que você é, baby.
— Perdedor? — Ele sorriu para ela, e seus olhos enrugaram com malícia. —
Eu diria que você marcou. Duas vezes.
— Eu não estou indo a lugar nenhum. Nunca. Estou no jogo, baby. Você diz
que não te conheço, e eu digo que é besteira. Já
conheço muito sobre você.
— Qualquer um que possa lidar com um lobo ativo como Jacques por conta
própria... Droga, querida, esse menino é como um redemoinho. E as perguntas.
Nunca soube que alguém poderia ter tantas.
Ela sorriu.
— Fofa.
— Oh, sim, minha. Minha, oh minha, oh minha. Baby, não posso imaginar
viver mais um minuto sem você.
— Mesmo?
Pouco tempo depois, ela gritou seu nome, inundando-o com uma satisfação
possessiva. Ele tinha resistido a primeira grande tempestade. Desta vez, ficou
solta e sorrindo em seus braços, até adormecendo por um curto instante
enroscada contra ele. Ela está começando a confiar
em mim. A realização o surpreendeu quando a
maldita poeira no quarto fez cócegas na sua
garganta.
Traçando seus traços finos de marfim, ele a observou enquanto dormia,
eventualmente acordando com carícias macias que culminaram em outro clímax
no chuveiro enquanto ele enxaguava os traços de seu amor de sua pele.
Mas ele não podia fazer nada sobre o sorriso suave que pairava em seus lábios
ou o brilho de seus olhos. Era um olhar que ficava bem nela. E quando seu filho
chegou a casa procurando por eles? Um fim perfeito para uma tarde perfeita.
Remy e Mina estavam na cozinha quando seu pai voltou para casa com
Jacques. O menino entrou com um sorriso enorme e começou a falar sobre o
dia dele. A emoção de sua aventura era contagiosa, e Remy se juntou a Mina
para escutar sobre sua felicidade contagiante. Quando Mina preparou um
lanche, Pierre agarrou Remy pelo braço e puxou-o arrastando-o para a sala de
estar.
— Você perdeu o controle novamente? — Seu pai lhe deu um leve soco no
braço. — Seu idiota! Você está tentando assustá-la?
— Não. E você pode parar de enlouquecer. Olhe para ela. — Ele forçou seu
pai a espreitar a entrada da cozinha. Como se estivesse sentindo seu olhar, Mina
olhou para cima e sorriu, uma coisa radiante de beleza que inchou seu coração.
Remy devolveu o sorriso feliz e depois se virou, obrigando o pai a seguir o
exemplo. — Por mais estranho que pareça, acho que
ela poderia ter precisado da conexão mais do que
eu. Mina tem alguns sérios problemas de abandono.
Tudo o que ela quer é sentir-se perto de alguém, que alguém se importe e esteja
cuidando dela. Eu dei-lhe isso. — E mais...
— Eu vou concordar que ela parece estar bem, por enquanto. Mas você foi
contra minhas ordens. Tudo poderia ter ido por água abaixo muito rapidamente
e você sabe disso. Ela é como um animal machucado, filho. Nervosa, com medo
de confiar. Um passo errado e você a terá fugindo.
— Você acha que eu não sei disso? Que não me assusta que posso fazer algo
errado? — Remy esfregou uma mão pelo cabelo dele. — Apesar disso, acho
que foi a coisa certa a fazer. Meus instintos dizem que ela precisa se sentir
conectada, que precisa sentir que eu a quero. Eu acho que você só precisa
confiar em mim nisso. Com o que já aconteceu com ela em sua vida, meu
intestino diz que um namoro lento não é o que ela precisa. Ela quer ser varrida
de seus pés.
— Não diga isso. Se isso faz você se sentir melhor, eu trouxe flores e doces
para casa, também, ela acabou de receber isso depois. — Um sorriso tímido em
seus lábios fez seu pai balançar a cabeça. — Ei, eu até ofereci levá-la ao cinema,
mas ela disse que preferiria uma noite tranquila em casa.
— Ah, ser jovem de novo. Bom para você, ainda me lembro de como o
vínculo de acasalamento funciona. Apenas prometa ter cuidado.
— Eu vou.
Ok, então ele mentiu. Onde o assunto era Mina, Remy não estava no banco
do motorista. Sua companheira pode possuir uma pequena voz que gritava
pecador, mas Remy tinha um grande animal peludo que se manteve rosnando,
Minha, minha, minha.
Não importava o que acontecesse, Remy não estava prestes a perder a chance
de ser feliz novamente. Mina e Jacques eram suas novas razões para existir.
Então, apesar do que seu pai pensava, Remy não estava prestes a recuar. Seu
instinto disse que precisava dele. E por tudo o que ele era, ela o teria. Ele
esperava que fosse tão frequente e tão nu quanto possível.
A noite agora tinha uma rotina estabelecida, com Mina e Remy juntos na
cama de Jacques para ler uma história. Aninhado entre eles, seu filho
praticamente explodia de felicidade. Na verdade, Mina entendeu como ele se
sentia. Tudo ao redor de Remy parecia mais vivo, sobretudo ela mesma.
Em sua presença, ela sorria mais, ria, e o peso do mundo parou de pressionar
seus ombros cansados. Quanto a Jacques, oh, como ele floresceu com um
homem, não qualquer homem, mas seu Dada, para admirar e encorajá-lo. Para
um menino que cresceu em um prédio de apartamentos com uma mãe
trabalhadora, isso era paraíso. Olhe hoje, por exemplo. Remy jogou um pouco
de hóquei com Jacques lá fora na entrada, assistiu desenhos animados com ele
e emprestou-lhe a colônia depois de banhar-se e leu uma história. O melhor de
tudo, ele ouviu e estava lá. Ali estava o pai que sempre quis para o seu filho.
E se ela pudesse acreditar nele, ele era seu homem perfeito. Meu. Tinha um
bom anel para isso.
Na cama de quem, pensaram? Eles fizeram amor a maior parte da tarde, mas
não falaram sobre o que aconteceria a seguir. Claro, eles passaram algum tempo
juntos aprendendo um sobre o outro, gostos e desgostos, alimentos favoritos,
cores. As coisas que um casal costumava conhecer antes de terem sexo e uma
criança. Mas uma vez que Jacques e Pierre voltaram, eles tiveram que conter seu
flerte e uma conversa íntima para o tempo em família, onde ela aprendeu ainda
mais sobre o homem, como ele odiava ervilhas e derramava pimenta em tudo.
No entanto, esse tipo de conhecimento não a ajudou quando chegou a hora de
dizer boa noite.
— Como o quê?
— Eu ouço um, mas aí. — Seu coração se afundou. Esquecendo que ela se
perguntou se eles fizeram o certo, ele obviamente se arrependeu.
— Isso não saiu bem. O que quis dizer é, quero que sejamos uma família.
Você, eu e Jacques. Meu pai, também, obviamente, embora eu não me
importasse, de talvez conseguirmos nosso próprio lugar, eventualmente. Quero
que nos sentemos com o nosso filho e nos certificamos de que ele está bem
com todas as mudanças. Que ele está bem com nós dois como um casal.
— Eu sei que você não é. Merda, não quis dizer isso. Não esqueça que eu
sinto a mesma conexão forte que você. Nós fomos feitos um para o outro.
— O quê?
— Bem, é por isso que você está preocupado, certo? Por que você quer ir
devagar? Por que eu deveria saber? Sou uma idiota tão desesperada. — De
repente envergonhada de suas ações, Mina passou por ele na escuridão do
quarto. Ela entendeu agora o que Remy fez. Ele estava deixando-a cair
facilmente na ilusão. Apesar do grande sexo e do fato de eles terem
compartilhado uma criança, ele realmente não queria
uma família ou...
— Pare apenas um segundo, baby. — Ele a seguiu, fechando a porta
firmemente atrás dele. — Eu sei o que você está pensando, e você precisa parar.
— Ele fez? Oh Deus. Ele sabe. — Mina poderia ter morrido no local quando
a implicação a pegou. O que Pierre pensaria? Ela sabia o que seu pai faria. A
prostituta nem conseguiu passar uma semana antes de se deitar com um homem
que mal conhecia.
Um que ela mal conhecia e ainda se sentia mais perto do que qualquer outra
pessoa em sua vida, mesmo Jacques.
— Quem se importa com o que ele pensa? Quem se importa com o que
alguém pensa? Estamos casados, querida. Casado aos olhos do bando. Nós
também podemos nos casar aos olhos da igreja dentro de uma semana, se quiser.
— Eu nunca seria tão cruel com você para cantar. — Ele sorriu e ela riu.
— Assim como Barney e Betty foram perfeitos um para o outro, com Jacques
como nosso pequeno Bamm-Bamm.
— Eu acho que você está louco. — Ela descansou sua bochecha em seu
peito.
— Louco de amor. Mas eu não o trocaria por nada. — Ele havia dito isso. A
palavra com A. Ela quase se esqueceu de respirar.
— Eu disse que te amo. Acostume-se. Agora, o que você diz, vamos para a
cama? — Ele a puxou pela mão para longe de sua porta.
— Mas Jacques...
Ele não esperou para ver se ela obedecia, pegando-a em seus braços e
caminhando pelo corredor até seu quarto. Ela se agarrou a ele, refletindo sobre
sua declaração. Ele a amava? Ele havia dito isso. Primeiro.
Ele me ama! Eu! Ela riu em voz alta, mas em vez de questionar sua erupção
de alegria, Remy sorriu.
— O que?
— Rir.
— Por quê?
— A única coisa que poderia me fazer mais feliz é se nós fizermos amor
novamente. Só que dessa vez... — Ela parou, quase perdendo a coragem, mas
o fogo que dançava em suas veias reforçava sua coragem. — Desta vez, deixe-
me tocar em você.
Chocado, Remy tropeçou. Suas palavras ousadas, o aroma de seu desejo, e
seu súbito fogo o deixou fraco e desajeitado. Bom, eles chegaram à sua cabeceira
ela saltou sobre o colchão quando ele a deixou cair. Segundos depois, se deitou
sobre ela, seus lábios devorando sua boca com fúria, as mãos empurrando as
roupas em seu caminho. Rasgou os artigos ofensivos em seu caminho, o som
de rasgado penetrando em sua loucura ardente. Ele parou, horrorizado por sua
perda de controle apenas para perceber que ela riu.
— Eu apenas estou sendo sincera. Ou isso é errado? Eu não sei muito sobre
ter um amante. — Dúvida a levou a fazer uma careta e ele queria se dar um tapa.
— Não, você é perfeita. Muito perfeita e sexy. O problema é que tudo sobre
você me excita demais. Tenho medo de assustar você.
— Sabe o que, se as coisas ficarem muito intensas, que tal eu dizer algo
completamente fútil. Como uma palavra-chave de segurança.
— Baby, você fica cada vez mais fascinante a cada minuto. Tudo bem, se as
coisas ficarem muito intensas, você diz ‘Chapeuzinho Vermelho’. — Ela riu.
— Sim. Mas não tão ruim quanto às coisas que quero fazer com você. Meu
pau tem sofrido para afundar dentro de sua doce buceta a noite toda. — Sua
respiração pegou.
— Ah, mas você me fez uma promessa. É a minha vez. — Ela o lembrou
com as mãos na bainha de sua camiseta, deu um puxão para cima, tudo o que
ela precisava fazer para tirá-lo de seu corpo. Foda-se, como ele adorava a forma
como o encarava. Ele inchou sob o olhar dela, sua pele picava com a consciência
quando ela colocou suas mãos finas contra os músculos esticados de seu
abdômen.
— Deite-se para mim. — Ela pediu, ele obedeceu, seu escravo disposto.
Inclinou-se sobre a cintura dele, as calças finas de moletom e as calças jeans
mantendo-os separadas. No entanto, ela não podia fazer nada para esconder seu
calor, como se ele não pudesse esconder como já latejava por ela. Agarrando as
bordas de sua própria camisa, ela mal hesitou antes de removê-la, deixando
somente seu sutiã, os seios brancos cheios saindo pelo topo das taças.
Que imagem maravilhosa e sensual. Ele a puxou para baixo para que pudesse
saborear seus bicos, mas suas mãos se colocaram contra ele e ela se endireitou.
— Oh, não, você não pode. — Ela repreendeu com um sorriso perverso. —
Deite a cabeça, senhor. Tenho planos.
Planos que envolvem seus lábios escovando a pele do peito. Sim! Dentes
beliscando seus mamilos. Melhor ainda. Lentamente, ela abriu caminho até o
estômago tenso e chegou à cintura de sua calça. Hesitou, e ele não se atreveu a
respirar. Desabotoou o primeiro botão. O segundo... No quarto, ele ofegou e,
quando seu pênis pulou livremente de seu aperto, gemeu alto e longo.
Cometendo o erro de olhar para baixo.
Ah Merda.
Sentada em suas coxas, Mina olhou para o pau com olhos grandes e
arregalados. Ele não podia deixar de olhar, também, a sua mão branca e fina,
enrolada em torno de seu eixo escuro. Quando ela deslizou a mão para a cabeça
de cogumelo e limpou seu pré-sémen seus quadris levantaram do colchão.
— Mas...
Ela aproveitou seu tempo dando bombadas com a mão antes de perguntar.
Com um grito, ele soltou de sua boca deliciosa, rolou até ela se deitar debaixo
dele e se encaixou entre suas coxas, suas calças caíram debaixo de suas mãos
frenéticas, sua boca em seu sexo. Ele gemeu de alívio quando seu sabor bateu
em sua língua, e gemeu novamente quando ela rapidamente se separou em seus
lábios, seu primeiro orgasmo tremendo através dela. Enquanto ainda tremia, ele
os revirou de novo, deitando de costas e colocando-a acima dele. Ele não perdeu
tempo empalando-a em seu comprimento, a escavação afiada de suas unhas em
seu peito era uma dor necessária para contrariar o prazer perfeito de seu canal
úmido e tremendo envolvendo seu pau palpitante.
Sim! Ele levantou, seus dedos agarraram seus cabelos para puxá-la para um
beijo profundo, enquanto seu pênis pulsava dentro de seu canal tremendo. Isto
era a perfeição. Era tudo o que ele esperava.
É assim que será todas as noites pelo resto de nossas vidas. Ou então ele
esperava.
Na manhã seguinte, Mina ficou um pouco embaraçada quando Jacques veio
saltando para o quarto de Remy perguntando o que tinha para o café da manhã.
Jacques deu uma olhada em que seus pais compartilhando uma cama, as roupas
que eles colocaram sonolentos no meio da noite, uma previsão da parte de Remy
que lhe valeu um beliscão rápido quando Jacques desceu as escadas com a
promessa de panquecas em breve. Remy rolou em cima dela, com intenção de
um beijo mais profundo, mas ela tapou a boca com a mão.
— Não. Preciso de uma escova de dentes. — Ele riu e caiu sobre suas costas.
— Estúpido, eu sei, mas não posso ajudar. Não quero ser grossa com você.
— Você nunca poderia fazer isso, mesmo que você peidasse na cama.
— Remy!
— Tudo bem, isso pode afetar um pouco o clima se você fizesse enquanto
eu estiver entre suas coxas, mas...
Pouco tempo depois, ela entrou na cozinha, limpa e composta, ou estava até
que Remy olhou para ela e lhe deu uma piscadela.
Levando a colher de cereal a boca, Jacques fez uma pausa e enrugou o nariz.
— Obrigada. — Parecia pouco dizer isso, mas suas palavras simples pareciam
agradá-lo a julgar pelo grande sorriso que ele lançou. Enquanto Remy e Jacques
discutiam os méritos dos personagens de super-heróis durante o café da manhã,
ela comeu devagar, um dedo acariciando as delicadas pétalas da flor.
Tudo o que fez para que ambos fossem felizes foi fazer a escolha certa.
Mesmo que a escolha certa significasse se amarrar a um lobisomem.
— Não vejo por que não. Termine o seu café da manhã e iremos ao bosque
e vou lhe mostrar sua herança.
Remy riu.
— Você não precisa temer o meu lobo comendo você. Embora eu planeje
fazer isso mais tarde. — Ele piscou. — Relaxe. Você verá que não é grande
coisa.
Não é grande coisa? Então, por que ela tinha borboletas em seu estômago
enquanto Remy os levava a um monte de árvores nas proximidades? Por que
ela torcia as mãos e sentia vontade de correr quando o amante dela desceu seus
boxers?
Uma parte dela realmente não pensou que ele poderia fazer isso. Outra parte
gritava... Corra do diabo! – Não teve esse problema. Ela ignorou essa voz e
ficou. Tentou se concentrar nas palavras de Remy em vez de seu corpo, na
maior parte nua, e um plano louco para se mudar para um lobo. Remy falou em
termos simples para seu filho, que observava com avidez e por uma vez,
silenciosamente.
— Sim. E caçar. Mas você precisa fazer isso de forma responsável. Você sabe
o que isso significa?
— Está certo. Está certo querer correr e caçar, coisas como coelhos e
esquilos. Mas quando se trata de seres humanos ou caçar apenas para machucá-
los, precisamos controlar o lobo como se você tivesse outro animal de
estimação.
Ele riu.
Boa coisa que Mina comeu um café da manhã leve, porque o primeiro
vislumbre da mudança deixou seu estomago meio enjoado. Esticando,
moldando e brotando peles, Remy mostrou-lhe que todo o processo aconteceu
em apenas alguns batimentos cardíacos, mas foi o suficiente para fazê-la piscar
e questionar o que viu. Claro, nenhuma quantidade de piscar de olhos mudou o
fato de que um grande lobo preto estava diante deles. Um lobo com grandes
dentes.
— Oh, meu Deus. — Sim, Remy falou sobre isso. Sim, ela mais ou menos
acreditou em Remy e Pierre quando falavam com indiferença de seu lado Lycan.
Ver isso, no entanto? Ver um homem se transformar em um lobo? Um homem
cuja pele tocou, lábios que ela beijou? Isso teria assustado alguém, exceto o filho
dela.
Embora nenhuma palavra fosse dita, Remy caiu no chão em sua barriga e
Jacques subiu em suas costas largas. Dedos
segurando na pele na nuca de seu pai, Jacques
equilibrou sobre o lobo gigante quando ele se
levantou e trotou em quatro patas para a floresta. Os gritos do filho de Mina
desapareceram mais longe.
Com Remy, sentia-se segura. Grande lobo mau ou não, confiava nele para
não a machucar ou a Jacques. Confiava nele para protegê-los e amá-los. Que
maravilhoso sentimento.
Sussurrando, ela fez algumas tarefas enquanto seu filho e seu pai se
vinculavam. Ela tinha acabado de fazer sanduíches de queijo grelhado quando
eles voltaram, cheirando o ar. Jacques devorou sua comida, tagarelando uma
milha por minuto.
— Nós vimos todos os tipos de animais, mama. Até mesmo um urso gigante.
— Eu tentei fazer o meu lobo sair também, mas não consegui. — Jacques
soou triste.
— Eu lhe disse, filho. Leva tempo. Alguns meninos podem fazê-lo jovem,
outros não conseguem até a adolescência. Quando você estiver pronto, isso
acontecerá.
— Por quê?
Mina quase deixou cair o prato de sanduíches de queijo grelhado que ela
levava à mesa. Remy agarrou o prato e deslizou-o sobre a superfície lisa antes
de arrastá-la para o colo. Um braço se aproximou de sua cintura, inclinou-se
para frente para colocar-se olho no olho com
Jacques.
— Eu mais que prometo. Juro para você, enquanto tiver uma respiração no
meu corpo, não permitirei que nenhum de vocês se machuque.
Mina sabia que Remy queria dizer o que disse, então, por que as palavras dele
enviaram um arrepio por sua espinha? Por que ela sentiu como se algo tivesse
escutado seu desafio e estivesse determinado a responder?
O fim de semana passou em um borrão, um agradável tempo passado com a
família em caminhadas, assistindo um filme, jogando no parque. Eles também
fizeram coisas como um casal de mãos dadas, cozinhando o jantar, fazendo
amor. A feiura do seu passado desapareceu. Esta era a sua nova realidade. Sua
nova vida. E, oh, como ela adorava.
Voltando para uma casa vazia porque Pierre já havia ido para o escritório do
xerife, ela curtiu um longo beijo antes de Remy partir para trabalhar. Bem-vinda
ao seu primeiro dia como mãe ficando em casa. Sozinha, mas se recusando a
sentar-se ociosa, Mina começou a trabalhar. Apesar das admoestações de Remy
para relaxar, ela não era preguiçosa. Primeiro, pegou as caixas que Dean trouxe
de seu apartamento. Quando o melhor amigo de Remy tinha aparecido com elas
no sábado, seu primeiro impulso foi castigar Remy por ter suas coisas embaladas
e trazidas para sua casa. Então, isso a atingiu. Ele realmente quis dizer isso
quando disse que os queria em sua vida. Ao trazer-lhe os poucos itens que
acumulou ao longo dos anos, deixou claro que ela e Jacques pertenciam, ali com
ele. Como poderia ficar brava com ele por isso?
A maioria das coisas ela deixou nas caixas, com a intenção de dar a caridade
como seus pratos desiguais e livros de bolso esfarrapados. Outros itens como
roupas foram guardados enquanto os álbuns de fotos ficavam na mesa de café.
Ela sabia que Remy gostaria de ver o crescimento de Jacques desde bebê para
menino, mesmo que ela esperasse que ambos
sentissem a tristeza e a culpa por terem perdido
aqueles anos juntos.
No entanto, ambos prometeram deixar de viver no passado. O que importava
agora era o hoje. Após o almoço e um telefonema de Remy que a fez sorrir,
encarou o trabalho doméstico com propósito. Lavanderia, pratos. Ela também
juntou os ingredientes em uma panela grande para um ensopado. Até encontrar
um emprego, o mínimo que podia fazer era tornar-se útil.
— O que você quer dizer que ele desapareceu? Ele foi para a escola esta
manhã. Como poderia ter sumido assim? — Ela gritou a última palavra
enquanto o medo a atravessava com força.
— A escola não tem muita certeza. Um minuto ele estava no campo de jogos
com as outras crianças. E no outro, ele se foi.
— Ele fugiu? — Não. Não o bebê dela. Ele não faria isso.
— Você prometeu que estávamos a salvo. Você disse que você nos
protegeria. — As acusações injustas, dado que eles não sabiam o que aconteceu
ainda, mas não podia se segurar, não com seu filho desaparecido.
— Não apenas penso. Eu sei. Rastreei seu cheiro. Ele deixou a propriedade
da escola para conversar com alguém e entrou em seu carro.
— Não há sinal de luta. Mas o cheiro também não era um que reconheci.
Você tem certeza de que não ligou nem contou a alguém onde estávamos
vivendo?
— Claro que não. Além disso, para quem eu diria? Não falei com ninguém
desde que nos mudamos para cá.
— Parece com o Dr. Moireau, mas isso é impossível. Nunca falei com ele
depois de fazer os testes em Jacques.
— Vá embora.
Não era, e as lições de sua Mama quase o fizeram esfregar o pé na terra, mas
Jacques recusou-se a deixar as palavras do homem engana-lo. Este homem
velho chegou mais perto, o cheiro de algo errado verdadeiramente o dominou.
Quase desagradável, o odor que o médico emanava só disfarçado por uma
colônia nojenta. Ele quase deu um passo para trás,
mas os gritos atrás dele o fizeram se segurar no
chão. Estamos em um lugar aberto. Estou seguro.
Ele insinuou seu peito, seu lobo interior dando-lhe coragem adicional.
— Você não quer fazer isso, Jacques. Não gosto de dedo-duro. Eu odiaria
ter que punir sua mãe por algo que você fez.
Palavras de sua mãe cimentaram seus pés, nunca, nunca entre em um carro
com um estranho ou alguém que eu não teria aprovado. Soou como um
excelente conselho agora.
— Não.
— Entre no carro agora ou vou sumir com sua mãe e você nunca mais a verá.
— Oh, sim eu estou. Ela está na parte de trás. E se você não vier comigo,
nunca mais a verá.
O médico voltou e abriu uma porta traseira. Sem sequer pensar, o medo de
nunca mais ver sua mãe fez Jacques mergulhar na van, procurando por sua mãe.
Só que ela não estava lá. Nem um perfume ou traço.
Enganado!
A porta se fechou e clicou antes que ele pudesse se virar e correr de volta.
Contra a janela, ele bateu, seus pequenos punhos inúteis contra o vidro. Virando
a maçaneta não fez nada. Não se moveu, não importa como ele se esticasse.
— Não!
Medo. Raiva. Medo. As emoções guerreavam dentro dele, mas o mais forte
de tudo era sua vontade de sobreviver. E mesmo que um garotinho não fosse
páreo para um homem adulto com intenção de machucá-lo, Jacques era mais
do que um pequeno menino. Ajude-me, pediu para a presença em sua mente. Nos salve.
Dentes murmuraram na mão azulada que buscava pegar sua nuca. Meus
dentes! Mais uma vez ele/seu lobo pulou, e mordeu ao longo de um antebraço,
mesmo quando uma picada entrou em seu lado. Ouch! Ele odiava agulhas.
Rosnando, ele mordeu de novo, mas desta vez ele não perdeu o alvo e a mão
segurando o pescoço afrouxou o suficiente, ele escorregou. Agora à luz do dia,
ele conseguiu ver, saiu da van e atingiu o cascalho na estrada a quatro patas.
O instinto o fez escapar quando uma mão passou por ele e o perdeu por
pouco. Depois ele voou, quatro pernas pulando no umbroso refúgio da floresta.
Ele precisava encontrar um lugar para se esconder. Algum lugar seguro até que
sua mãe ou pai o encontrasse.
Então, antes que a escuridão o tomasse, ele rezou. Me ajude, Mama. Me ajude,
Dada.
Remy e seu lobo lutaram pela supremacia. Uma parte dele, a parte selvagem,
queria caçar seu lobinho, rastrear aquele que o pegou e os separou. Ouvia-o
gritar. Isso o aborreceu pelo que ele fez com sua companheira e filho.
Mas o homem, que segurava os fios mais finos, sabia que sua mulher
precisava dele. Uma bagunça de soluços, ela estremeceu na mesa da cozinha,
com o rosto vermelho e manchado. Como ele poderia deixá-la assim? Mesmo
com as mulheres que tinham chegado para ficar com ela, parecia além de cruel
deixá-la sentar e esperar sozinha. Ele sabia que não podia fazê-lo. Por que ele
deveria esperar? As chances de Jacques fugir por conta própria eram escassas.
— Vamos.
— Foda-se isso. Eu não posso sentar aqui e esperar, e você também não
pode. Precisamos estar fazendo algo. Se ele aparecer, então isso significa que ele
estará seguro e eles nos chamarão. Enquanto isso, poderíamos nos juntar ao
grupo de busca. Eles não podem ter ido longe demais.
— Nós o encontraremos, baby. — Eles tinham que fazer. Ele não suportava
qualquer outro pensamento.
Adicionando a bagunça, de quinze minutos atrás, caiu uma leve chuva. Não
um dilúvio, mas denso e úmido o suficiente para limpar quaisquer trilhas
perfumadas, mesmo que tenham localizado uma possível. Remy queria balançar
o punho para céu e amaldiçoar. Tendo Mina tremendo miseravelmente ao seu
lado, se segurou. Não faria nada para deixá-la saber quão desesperada a situação
parecia. Sem uma pausa, Remy temia que não encontrassem seu filho.
Onde de fato? Seu GPS montou uma rota, mostrou um mapa das estradas,
estradas que ele conhecia como a palma de sua mão. Pense. Onde o
sequestrador iria? Ele obviamente tinha algum tipo de motivo oculto. Um
homem que tinha enfrentado as terras do bando, obviamente, tinha um plano
de fuga. Seus olhos examinaram as rotas. — Existem muitas maneiras de sair
da cidade. — Ele pensou em voz alta.
— Como isso nos ajuda? Estamos quase uma meia hora atrás dele.
Preciosos minutos que Remy perdeu quando foi pela primeira vez à cena do
crime, procurando por uma pista e depois em casa para que sua companheira
ouvisse as notícias dele, mas ele poderia ganhar esses minutos.
— Não esqueça, eu conheço essa área. Ele não. Posso diminuir a lacuna.
Puxando a cabeça para fora, ele rosnou quando percebeu que o cheiro se
desfazia um pouco com a chuva. A umidade frustrou seu nariz. A frustração fez
com que ele gritasse para o céu.
— Maldito inferno! — Seu filho precisava dele, e ele não tinha como
encontrá-lo. Nenhuma maneira de rastreá-lo. Ou ele podia? Rasgando sua
camisa, ignorando o suspiro de Mina, ele deixou sua besta sair.
Caçar, ele ordenou ao seu lobo. Encontre nosso filhote. Traga-o de volta para Mina,
seguro e bem. Então mate. Mate aquele que se atreveu a tocar no que é nosso.
Meu Deus. Que pesadelo. E ela não quis dizer da maneira selvagem, Remy
tirou suas roupas enquanto se transformava em um lobo maciço com olhos
diabolicamente amarelados, uma bagunça peluda e rosada que soltou um uivo
selvagem. Remy correu dela até as sombras do bosque, mas Mina não o temia.
Não, ela realmente se animou silenciosamente com o fato dele se virar para o
lobo porque se alguém pudesse encontrar seu filho nesta bagunça, era Remy.
No entanto, a confiança nele não significava que ela ficaria quieta. Seu garotinho
estava lá fora naqueles bosques perseguidos por um louco, um louco que
conhecia seu segredo. Um doente que ela trouxe para suas vidas. Uma ameaça
que precisava ser eliminada se Deus aprovasse ou não.
Seu bebê estava lá. Sozinho. Assustado. E tudo por causa de um homem cujo
propósito ela ainda não tinha entendido. Por que o médico passou por tantos
problemas para persegui-los? Ele trabalhava para o governo? Ou ele era apenas
um doente que viu a oportunidade no lado especial do seu filho?
Será que ela se importava? O Dr. Moireau ameaçou seu filho. Ele feriu meu
bebê. Você poderia fazer muitas coisas para Mina, chamar de nomes feios,
rebaixá-la, ignorá-la, rejeitá-la, e ela ficaria calada. Inferno, ela usou todo esse
abuso para se fortalecer. Mas machucar seu filho? Ninguém faz isso. Eu não vou
permitir isso!
Com os pés plantados, um humano mais velho apontou a arma. Seu cabelo
estava bagunçado em seu crânio, e um brilho selvagem brilhava em seus olhos
reumáticos.
Rosnando, Remy puxou o lábio para trás mostrando seus longos caninos e
se inclinou para frente. O humano se segurou no chão, mas a arma girou para a
esquerda.
— Quem sabem?
— Você não gostaria de saber? Que vergonha que você nunca vai descobrir.
Já tenho um espécime vivo. Não preciso de dois. A arma voltou a apontar para
o seu coração.
— Como você nos encontrou? Eu sei que meu pai não deixou nenhuma
trilha.
— Ele não fez. Pensei ter perdido você, e depois de chegar tão perto de pegar
o pirralho e a mãe dele.
Maldita tecnologia.
Novamente com essas alusões ficou claro que ele não trabalhava sozinho.
— Minha filha também era inocente. Minha linda Caroline. Doce e pura, até
que ele veio e a contaminou. — O rosto do médico escureceu. — Ela me deixou
por aquele bastardo sem dizer uma palavra, e pensei que ela tinha ido embora
até que voltou para casa, balbuciando sobre lobos e sociedades secretas. Eu
pensei que ela estava louca, que se juntou a algum culto. Até o bebê nascer.
— Filhote? Você faz parecer tão normal. Não era. Ela criou um monstro.
Mas, de qualquer forma, ela também não era humana. Ou então eu fiquei
sabendo mais tarde. No entanto, já era tarde demais.
Remy manteve o médico falando, esperando que não percebesse como ele
avançava, medindo quando ele conseguiria fazer um movimento.
— Ela se foi. Ela e seu bebê. Deixou-me uma nota dizendo que era apenas
um mal-entendido e para esquecer que ela havia dito
qualquer coisa.
— Eu imagino que você não fez. — Olhos ardentes cheios de fúria indicaram
que o médico não tinha esquecido.
— Como se eu fosse perdoar e esquecer o que eles fizeram com ela. Você
sabe que quando eu a encontrei, ela estava usando meus contatos para realmente
tentar defender o bastardo? Ele e o monstro que eles criaram?
— O que você fez? — O que esse humano doente fez para sua própria filha
e seu neto?
— Eu apenas fiz o que tinha que fazer, claro. Cumpri meu dever com a raça
humana. Mas isso não funcionou como esperado, e por isso, desta vez, vou
fazer as coisas de forma diferente com essa anormalidade. — Quando os olhos
do médico se dirigiram para Jacques, para melhor apontar seu chute, Remy
pulou. Mas Mina estava lá primeiro e gritando.
— Mama. — Fez com que ela o abraçasse tão forte que ele protestou. Ela
podia compreender, considerando com quanta veemência Remy abraçava ela e
seu filho.
Todos sofreram um enorme susto. Mas eles sobreviveram. Por sorte, Jacques
só sofreu algumas contusões e arranhões. Mas sua mente se recuperaria do
trauma? Só o tempo diria.
Ela beijou Remy de volta tão rudemente, seus dentes se chocando quando
suas mãos lutaram contra o tecido mantendo-os separados.
Ele pousou sua testa contra a dela com suas palavras. Seus olhos fechados e
sua respiração engatada.
— Mas e se eu não tivesse? Eu prometi que ele estava seguro. Prometi aos
dois, e mais uma vez falhei com vocês dois. Talvez você esteja melhor sem mim.
— Engraçado, como ele expressou as mesmas coisas que ela pensou mais de
uma vez.
— Não. Nós temos Deus para agradecer por isso. Ou a sorte. Ou o destino.
Qualquer que seja a força que está nos guiando, obviamente significa que
estamos juntos.
Desta vez, seu abraço se moveu com uma suave sensualidade. Bocas
deslizando entre si, eles se exploraram com uma doce ternura que continuou
enquanto ele a colocava sobre a cama. Com uma reverência doce, suas mãos a
acariciaram, acendendo as terminações nervosas em sua pele. O corpo dele
aninhava-se entre suas pernas espalhadas, a cabeça dele sondando a entrada
úmida de seu sexo, cutucando e penetrando enquanto ela silenciosamente o
encorajava, suas línguas estavam muito ocupadas lambendo para falar.
Oh, como ela amava a sensação dele dentro dela. A conexão de seus corpos.
A intimidade. Mais rápido ele empurrava, enquanto suas unhas cavavam em
seus ombros. Ele estremeceu enquanto seus dedos
roçaram sua ferida.
Ela não entendeu suas instruções até ele se retirar e a virar com o estômago
para baixo. Rosto enterrado no travesseiro, ela agarrou-o quando ele entrou por
trás, a posição de alguma forma mais carnal e excitante. Em cima, ele puxou os
quadris, espalhando as coxas, expondo-a.
A velha Mina se ruborizava com suas palavras, mas estava muito ocupada
curtindo para sentir algum embaraço, especialmente quando ele estava
profundamente enterrado nela. Juntos se mexeram, um ritmo sexual que
aumentou com o tempo, até que com um grito abafado por seu travesseiro, ela
gozou, sua buceta o ordenhando com força. Remy grunhiu e mergulhou mais e
mais fundo, chegando ao clímax. Derramando seu próprio orgasmo quente,
banhando seu canal por um momento antes de envolver seu corpo sobre o dela.
Juntos, eles ofegaram, descendo de seu pico feliz.
— Bem, eu tenho certeza de que em uma dúzia de anos, o sexo vai dominar
um pouco menos, tipo, digamos, talvez apenas uma ou duas vezes por dia.
— Remy!
— Seja sério.
— Você sabe que não é o que eu quis dizer. Quis dizer que sempre vamos
ter que nos cuidar? O Dr. Moireau deixou
transparecer que outros sabem. E se este é apenas o
início das tentativas de sequestrar Jacques? E se...
— Shhh, baby. — Ele a calou com um dedo em seus lábios. — É minha vez
de dizer que tudo ficará bem.
— Não. Ninguém pode garantir isso. O perigo pode espreitar e atacar nos
próximos cinco minutos. Ou uma semana. Ou um ano. Ou vinte. O bando está
sempre em perigo de ser descoberto. Nosso segredo sempre nos colocará em
perigo. Nós sempre teremos que permanecer vigilantes.
Verdade. Não tinha enfrentado tudo o que o mundo atirou nela? E ganhou.
Quando a vida finalmente ficaria mais fácil? Algo de seu abatimento deve ter
mostrado, porque Remy a abraçou por um longo e silencioso momento antes
de inclinar o queixo para olhá-la atentamente nos olhos.
— Um grande.
— Não há uma resposta para isso, mas começa a não brincar com todas as
sombras, mas permanecer vigilantes. Ao ensinar nosso filho a ficar seguro.
Evitando coisas que possam nos expor.
— Nem todos. Você pode confiar em mim. Estarei com você a cada passo,
se você me quiser.
— Mas eu nunca a obrigaria a ficar. Quero você, Mina. Quero você e Jacques.
Quero amar você e apreciá-la pelo resto de nossas vidas. Só posso esperar que
você também queira.
— Para sempre.
O nascimento de sua filha fez Mina chorar. Não por causa da dor, a peridural
cuidou disso, mas, ao contrário da sua primeira gravidez, ela não passou por
isso sozinha. Remy segurou sua mão o tempo todo e quando ela empurrou
Annette para o mundo, ele estava lá para pegá-la, o rosto dobrado em um sorriso
tão grande que Mina explodiu em lágrimas.
Remy não pediu que ela parasse as lágrimas, ele apenas esfregava
pacientemente suas bochechas, assim como tinha cuidado durante toda a
gravidez. Somente os homens mais maravilhosos buscariam Dunkin 'Donuts
um deleite cheio de caramelo. Somente os mais dedicados companheiros
resolveriam esfregar seus pés todas as noites quando ficassem inchados demais
para os sapatos. Somente um homem que a amava teria aguentado durante nove
meses de balanço emocional, pois lidava com todas as mudanças que a vida
jogava, e aprendeu a aproveitar os pesadelos do sequestro até que eles
finalmente pararam de assustá-la.
Mina sorri e rolou em suas costas enquanto Remy se dirigia para ela com o
bebê embalado em suas grandes mãos. Ela estendeu as mãos e agarrou sua filha,
guiando os lábios franzidos em seu peito, deixando sua filha saciar a fome.
Remy se sentou do lado dela, observando com uma ternura que crescia. Ah,
como ele a amava mesmo que seu reaparecimento em sua vida deixasse seu
mundo inteiro de cabeça para baixo.
A culpa que sentiu quando toda a cidade teve que se preparar e se mudar
tinham ido embora principalmente. Deus, ela ficou tão horrorizada quando
descobriu que as ações do médico significavam que a maioria da comunidade
Lycan precisava ir embora.
Por muito tempo, porém, ela temia que não ficassem. A mudança foi bem o
suficiente, o caminhão chegando e partindo no meio da noite, suas coisas
enviadas para lá, para nunca mais serem vistas novamente. Era mais seguro
dessa maneira. Os únicos itens que eles mantiveram foram o que eles poderiam
embalar em sua primeira minivan suavemente usada.
Oh, o rosto que o pobre Remy tinha, meio doente, meio contente, quando
ele subiu no banco do motorista pela primeira vez.
— Eu sinto muito?
— Não, você não sente. — Mas ele não disse isso com raiva. Remy prosperou
em ser um homem de família. E era maravilhoso nisso. Com Pierre a reboque,
eles foram na direção oposta do caminhão com todos os seus pertences,
trocando placas ao longo do caminho, junto com minivans, para evitar serem
seguidos através do GPS. Quando terminaram em seu destino final, uma
pequena cidade aninhada em uma floresta de Nova Brunswick com um pequeno
bando que precisava de um alfa, Mina suspirou aliviada.
Estamos em casa. Agora eles realmente começariam de novo. Mas desta vez
eu estou fazendo isso com a cabeça erguida. Já não me escondendo quando as
pessoas deram a ela e à sua família um segundo olhar. Ela encontrava seus
olhares de frente e ouvia dizer algo. Esperando os insultos. Curiosamente,
diante de seu desafio, ninguém o fez.
Quanto a sua crença equivocada, há tantos anos atrás, ela se acostumou com
o diabo? Sim, sim, ela tinha, um diabo com senso de humor, uma língua perversa
e um corpo ainda mais decadente. Se acordar sorrindo com o homem que amava
fosse um pecado, então que seja assim. Passaria uma eternidade nos fogos do
amor de Remy sobre qualquer outra coisa. Porque
eu me recuso a viver nas sombras e medo para
sempre. Tomaria cada momento de felicidade que
Deus concedesse e apreciaria porque não conseguia prever o que o futuro traria,
mas poderia planejar o hoje. E hoje ela planejou sorrir e amar.
Olá e obrigada por ter tido tempo para ler algo que escrevi. Espero ter
conseguido entretê-lo e fazer você rir uma ou duas vezes. Como você realmente
leu esta nota, acho que isso significa que você é curioso sobre mim, então aqui
está a colher.
Eu sou uma mãe de três filhos, que é apenas tímida de quarenta anos. Eu sou
casada (mais de treze anos agora) com um homem que eu adoro - quando ele
não está me deixando louca. Uma verdadeira romântica, acredito totalmente no
amor à primeira vista. Mas, novamente, eu também acho que há vida “lá,”
espero que seja tão sexy quanto os alienígenas que criei na minha mente. Ri
muito.
Eu sou canadense, mas sendo uma pirralha militar, eu fui de costa a costa.
Agora, estou morando na área de Ottawa, hóquei, poutine e beavertails, yay, e
curtindo o caos da vida familiar.