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PEC – Estruturas Metálicas: Prof. Dr.

Francisco Adriano de Araújo


A01-01

PLANO DE CURSO
Disciplina: PEC1301-Tópicos
PEC1301 Tópicos Especiais em Estruturas
Estruturas-
ESTRUTURAS METÁLICAS
Número de Créditos: 3 créditos - 45 horas aula
P f
Professor: D F
Dr. Francisco
i Ad
Adriano
i dde A
Araújo
új
Turma 01 – Sala de Aula do Laboratório de Solos:
horário 6M234 – 07:50hs às 10:35hs
Objetivo: Revisar e ampliar os conhecimentos
adquiridos na graduação sobre o cálculo de estruturas
metálicas em aço.
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A01-02

Ementa:
- Materiais utilizados nas estruturas metálicas e suas
propriedades;
- Método dos estados limites pela NBR 8800-2008;
- Combinações de ações nos estados limites últimos e
de serviços;
- Limites de deslocamentos;
- Classificação das estruturas q
quanto a deslocabilidade;
- Análise estrutural de primeira ordem;
- Cálculo das cargas nas estruturas metálicas;
- Forças do vento em galpões;
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Ementa (continuação):
-Verificação
Verificação de esforços resistentes em perfis
laminados, soldados e dobrados;
Verificação à tração;
Verificação à compressão;
Verificação à flexão simples;
ç à flexão composta;
Verificação p
- Sistemas de contraventamentos;
- Placa de base e chumbador;
- Ligações com parafusos;
- Ligações com soldas;
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Metodologia de Ensino:
As aulas serão teóricas expositivas-dialogadas
expositivas dialogadas com
apresentação em data show, aplicando as teorias
estudadas
d d ao cálculo
ál l estruturall de
d um galpão
l ã totalmente
l
metálico e sem ponte rolante, a título de exemplos.
Cada aula terá no máximo 88 slides sendo recomen-
pós-graduandos
dado aos pós graduandos imprimir e trazê
trazê-los
los para o
acompanhamento das aulas.
Recomenda se imprimir 4 slides por página,
Recomenda-se página frente
e verso.
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Procedimentos de Avaliação da Aprendizagem:


¾ Serão
S ã aplicados
li d três
t ê Trabalhos
T b lh individuais
i di id i e uma
Prova individual com consulta as normas e catálogos.
OBS.1: Não serão aceitos trabalhos incompletos.
OBS.2: O material de consulta não p ç ;
pode ter anotações;
¾ Sendo aplicada a seguinte pontuação final:
A – Excelente;
B – Bom;
C – Suficiente;
S fi i t
D – Fraco;
E – Insuficiente ou reprovado por faltas.
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Datas das entregas dos trabalhos:


Os mestrandos deverão entregar seus trabalhos no
g
horário de aula nas seguintes datas:
¾Trabalho 01: 18 / setembro / 2015;
¾Trabalho 02: 23 / outubro / 2015;
¾Trabalho 03: 05 / dezembro / 2015 (sábado).

Data da aplicação da prova:


¾ Prova : 05 / dezembro / 2015 (sábado);
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
1. NBR 8800-2008: Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto;
concreto;*
2. NBR 6123-1988: Forças devidas ao vento em
edificações;*
3. NBR 6120-1980: Cargas para o cálculo de estruturas
de edificações;
4. NBR 14762-2010: Dimensionamento de estruturas
de aço constituídas por perfis formados a frio;*
5 NBR 6355
5. 6355-2003:
2003: Perfis estruturais de aço formados
a frio - Padronização;*
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Capítulo 01 - Introdução
1 1 – Definição
1.1
O aço é uma liga de ferro (aproximadamente 98%)
e carbono
b (d 0,008%
(de 0 008% atéé 22,11%)
11%) com elementos
l
residuais do processo de fabricação (silício, manganês,
fósforo e enxofre) e elementos adicionados com o
intuito de melhorar as características físicas e
mecânicas do material, os quais são denominados
elementos de liga (alumínio,
(alumínio cobre,
cobre cromo,
cromo
molibidênio, níquel, vanádio, e etc) sendo que a adição
ou não
ã de
d um ou mais i destes
d t elementos
l t varia i de
d
acordo com a finalidade de utilização deste aço.
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1.2 – Vantagens da Utilização das Estruturas


M táli
Metálicas
• Alívio das fundações;
• Aumento da área útil;
• Redução
R d ã do d tempo ded obra;
b
• Antecipação dos rendimentos;
• Reciclagem;
• Precisão
ec são construtiva;
co st ut va;
• Compatibilidade com o concreto armado.
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1.3 – Desvantagens da Utilização das Estr. Metálicas


• A obra pode custar mais cara do que uma similar em
concreto armado;
• A mão-de-obra necessária é mais especializada;
• Necessidade de proteção contra incêndio;
• Falta de tradição na utilização do aço em muitas
iõ do
regiões d Brasil;
B il
• Em algumas regiões pode ser difícil conseguir
determinados tipos de aços e perfis metálicos;
• Viabilidade somente em elementos lineares;;
• Pouco enfoque nos cursos de graduação no Brasil.
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1.4 – Histórico
O primeiro
i i material
t i l siderúrgico
id ú i empregado d na
construção foi o ferro fundido. A primeira grande obra
em ferro fundido foi a ponte de Coalbrookdale sobre o
g
rio Severn na Inglaterra construída em 1779 com vão
em arco de 30metros. Existe até hoje.
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Como obras de destaque em aço pode-se citar,


entre
t outras:
t
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Obras de destaque em aço


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Obras de destaque em aço

N. World Trade Center


g
Inaugurado 03/11/2014
104 andares e
541m de altura
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Ob dde ddestaque aço
Obras
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Primeiras obras em aço no Brasil


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Primeiras obras em aço no Brasil


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Primeiro
i i edifício
difí i em estruturas mistas
i de
d
aço e concreto de Natal-RN (janeiro 2013).
Ampliação do Natal Shopping
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Ampliação do Natal Shopping


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Segundo edifício metálico de Natal-RN (fev. 2013)


P édi da
Prédio d Hyundai
H d i em Neópolis
N ó li
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Prédio da Hyundai em Neópolis (maio 2013)


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1.5 – Projeto Estrutural


Obj ti
Objetivos dde um projeto
j t estrutural,
t t l PFEIL (2009):
(2009)

• Garantir a segurança estrutural evitando-se


evitando se o
colapso da estrutura;
• Garantir o bom desempenho da estrutura evitando-se
a ocorrência de g
grandes deslocamentos, vibrações
ç
excessivas e danos locais (amassamento e fissuração)
As etapas
A t de
d um projeto
j t estrutural
t t l podem
d ser reunidas
id
em três fases:
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a) Anteprojeto, ou projeto básico, fase na qual são


d fi id o sistema
definidos it estrutural,
t t l os materiais
t i i eo
sistema construtivo. Ex.: estruturas aporticadas ou
contraventadas, aços de alta ou baixa resistência,
ç contínuas ou bi-apoiadas
terças p e etc.;;
b) Dimensionamento, ou cálculo estrutural, fase na
qual são determinadas as dimensões das seções dos
g
elementos da estrutura e suas ligações. Ex.:
dimensionamento das terças, tesouras, vigas, pilares,
contraventos, placas de base, chumbadores,
conexões parafusadas, conexões soldadas e etc.;
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c) Detalhamento, fase na qual são elaborados os


d
desenhos
h executivos
ti da
d estrutura
t t contendo
t d as
especificações de todos os seus componentes. Ex.:
Desenhos para a fabricação, desenhos para a
g , croquis
montagem, q e etc. São usados softwares como
o AutoCAD, SDS, Tecnometal, Tekla e etc.
1.6 – Materiais
De acordo com o processo de fabricação existem
três grandes grupos de perfis metálicos:
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a) Perfis laminados, obtidos pela operação de


laminação a quente em indústrias siderúrgicas.
siderúrgicas Ex.:
Ex :
cantoneiras, perfil I, perfil H, ferro redondo, barra
chata
h t e etc.
t DDois
i grandesd ffabricantes
b i t nacionais
i i ded
perfis laminados são a Gerdau Açominas e a
ArcelorMittal (Antiga Belgo Mineira).
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b) Perfis soldados, obtidos pela soldagem de tiras de


chapas.
h E
Ex.: perfis
fi VS,
VS CS,
CS CVS,
CVS PS e etc.t A norma
brasileira NBR 5884-1980 padronizou três séries de
perfis soldados: perfil VS, perfil CS e perfil CVS .
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c) Perfis dobrados, obtidos pela dobragem de chapas


finas em máquinas dobradeiras ou perfiladeiras: Ex Ex.::
cantoneiras, perfil cartola, perfil U, perfil Z, perfil U
enrijecido
ij id e etc.
t A norma brasileira
b il i NBR 6355-2012
6355 2012
padronizou as seções de alguns perfis dobrados tais
como os mostrados na figura abaixo.
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A Norma brasileira NBR 8800-2008 trata do


dimensionamento de estruturas metálicas constituídas
por perfis laminados e soldados, e em seu anexo A
constam os principais aços estruturais para estes tipos
de perfis e suas propriedades de resistência.
Os aços considerados para a aplicação desta norma
devem p possuir como resistência máxima ao escoamento
e relação entre resistência à ruptura e a
resistência ao escoamento .
A norma brasileira que trata do dimensionamento
de perfis formados a frio (perfis de chapa dobrada) é
a NBR 14762-2010.
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Na tabela abaixo têm-se alguns dos principais aços


utilizados em chapas,
chapas perfis laminados,
laminados perfis soldados
e perfis dobrados.

OBS.:: Na notação americana o grau do aço é a sua


OBS
tensão de escoamento em 1KSI = 1000 lbf/in2.
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Para efeito de cálculo devem ser adotados os


seguintes valores de constantes físicas para os aços
estruturais, NBR 8800-2008, item 4.5.2.9 pág.13:
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1.7 – Estrutura Metálica Foco deste Curso


No mercado brasileiro da construção em aço, há
uuma predominância
p edo c de estruturas
es u u s de um
u único
ú co
pavimento, destinadas ao uso comercial e industrial.
Dentro desse importante segmento os galpões
lideram as construções com soluções econômicas e
versáteis
át i para uma larga
l faixa
f i ded vãos
ã e uma infinidade
i fi id d
de aplicações na construção e na indústria, tais como:
pequenas fábricas, depósitos, lojas, academias,
ginásios cobertos,, ggaragens,
g g , supermercados
p e etc.
Portanto, os galpões serão o foco deste curso.
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Exemplos de galpões metálicos:


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Exemplos de galpões metálicos:

As pontes rolantes são equipamentos usados para


içar cargas, elas se deslocam ao longo do galpão através
de vigas metálicas chamadas vigas de rolamento.
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Estrutura a ser calculada neste curso


Depósito - modulação de 8m x 24m
Local: Natal-RN
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Esqueleto metálico do galpão deste curso.


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Nomenclatura e exemplos de perfis e chapas
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Nomenclatura e exemplos de perfis e chapas


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Nomenclatura e exemplos de perfis e chapas


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1.8 – Estados Limites: NBR 8800-2008,


it
item 4.6.2
4 6 2 pág.14
á 14
Estados limites são situações em que a estrutura
deixa de atender as finalidades para a qual ela foi
projetada seja no aspecto estrutural e/ou no aspecto
projetada,
funcional.
Para a utilização da NBR 8800-2008 devem ser
considerados os estados-limites últimos ((ELU)) e os
estados-limites de serviço (ELS).
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Os ELU estão relacionados com a segurança das
estruturas em relação à ruína (colapso) quando sujeita
às combinações mais desfavoráveis de ações previstas
em toda sua vida útil,
útil durante a construção ou quando
atuar uma ação excepcional.
Para as verificações dos ELU são utilizados
j
coeficientes de majoração das ações e de minoração da
resistência dos materiais, estes coeficientes refletem a
variabilidade dos valores dos carregamentos e das
propriedades mecânicas dos materiais, alem de outros
fatores como as discrepâncias entre o modelo estrutural
e a estrutura real.
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A ruína da estrutura metálica pode ocorrer devido a:
a)) Perda de equilíbrio
q como corpo
p rígido;
g ;
b) Plastificação total de um elemento ou de uma seção;
c) Ruptura de uma ligação ou seção;
d) Flambagem;
e) Ruptura
R t por fadiga.
f di
p
Os ELS estão relacionados com o desempenho
funcional da estrutura quando submetida a condições
normais de carregamento,
carregamento ou seja,
seja sem majoração
(cargas de serviços) e incluem:
a) Deformações excessivas;
b) Vibrações excessivas.
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1.9 – Ações ou Carregamentos:


NBR 8800-2008,
8800 2008 item 4.74 7 pág.15
pág 15
1.9.1 – Introdução e classificação:
As ações são as causas que provocam esforços
internos e deformações numa estrutura
estrutura, tais como
forças e deformações impostas.
No meio técnico é bastante comum se referir as
ações simplesmente como carregamentos.
As ações a serem consideradas em um projeto
estrutural são classificadas p
pela NBR 8681-2004
quanto a sua variação no tempo em:
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Classificação das ações quanto a variação no tempo


a) Ações Permanentes: são ações que ocorrem com
valores praticamente constantes durante toda a vida
útil da construção. Ex.: peso próprio da estrutura
metálica peso das telhas de cobertura e fechamento,
metálica, fechamento
forro, isolamento térmico, peso de alvenarias e
revestimentos, e etc.
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Classificação das ações quanto a variação no tempo


b) Ações Variáveis: são ações que podem ocorrer com
valores que apresentam variações significativas
d rante a vida
durante ida útil da construção,
constr ção entretanto as
normas fixam valores a serem considerados para
estas ações para se simular o carregamento das
estruturas. São causadas p principalmente
p pelo
p uso e
ocupação da edificação. Ex.: sobrecargas de pisos e
coberturas (sobrecarga acidental),
acidental) cargas de
equipamentos e instalações (sobrecarga de
utilidades) vento,
utilidades), vento abalos sísmicos,
sísmicos variações de
temperatura e etc.
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Classificação das ações quanto a variação no tempo


c) Ações Excepcionais: são ações que em geral têm
duração extremamente curta e probabilidade muito
bai a de ocorrência durante
baixa d rante a vida
ida útil da construção,
constr ção
mas que devem ser consideradas no projeto de
determinadas estruturas. Ex.: explosões, choques de
p
veículos, incêndios, sismos excepcionais e etc.

1.9.2 – Valores das Ações


ç
As ações atuantes nas estruturas são quantificadas
por seus valores representativos que podem ser:
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a) Valores característicos : são valores adotados


por normas e que têm
tê uma determinada
d t i d
probabilidade, geralmente 5%, de serem
ultrapassados ao longo da vida útil da estrutura.

b) Valores convencionais excepcionais: são valores


aarbitrados
b t ados para
pa a as ações excepcionais;
e cepc o a s;

c) Valores reduzidos : são


reduções dos valores característicos das ações variá-
veis quando estas são consideradas agindo simulta-
simulta
neamente com outras cargas da estrutura;
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Para a realização
li do
d cálculo
ál l estruturall se trabalha
b lh
com valores de cálculo das ações combinadas:
sendo:
- é a parcela de , que considera a variabilidade
das ações;
- é a parcela de , que considera a simultaneidade
ç das ações;
de atuação ç
- é a parcela de , que considera os possíveis
erros de avaliação dos efeitos das ações,
ações seja por
problemas construtivos (tolerâncias de execução),
seja
j por deficiência
d fi iê i do d método
ét d de
d cálculo
ál l
(modelos aproximados e estimativas conservadoras).
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1.9.3 - Coeficientes de ponderação das ações:


pág.18
á 18
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pág.19
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A01-51

1.9.4 – Combinações de Ações ou Carregamento


Para o cálculo das solicitações de projeto as ações
qque podem
p atuar numa estrutura são consideradas
agindo simultaneamente de forma a produzirem os
efeitos mais desfavoráveis à segurança desta estrutura
estrutura.
Desde que estas solicitações tenham probabilidade não
d í l de
desprezível d atuarem
t i lt
simultaneamente t durante
d t o
período de vida útil da estrutura que para efeito de
cálculo é de 50 anos.
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A01-52
Dá-se o nome de
Dá d combinações
bi õ de d carregamento
t a
forma como as ações (carregamentos) são consideradas
agindo simultaneamente na estrutura.
Para o cálculo
P ál l estrutural
t t l ded um galpão
l ã metálico
táli
simples, sem ponte rolante, são considerados apenas
quatro tipos de carregamentos básicos:
- é o peso próprio da estrutura metálica no instante
em q que esta estrutura está sendo calculada, ex.
terças, correntes, contraventos, tesouras, pilares e
etc estimados no pré
etc, pré-dimensionamento
dimensionamento e
confirmados no dimensionamento;
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A01-53

- é a carga permanente, ex: peso de telhas,


isolamento térmico
térmico, forros e etc (obtidos em
catálogos), estrutura secundária e contraventos
descarregando em outras estruturas;
g acidental mínima de
- é a sobrecarga
0,25kN/m2 na cobertura somada com a sobrecarga
das utilidades elétrico
utilidades, tais como bandejamento elétrico,
esprinkler, ventiladores e etc, caso estas sejam
superiores
i 0 05kN/ 2, NBR 8800-2008
a 0,05kN/m 8800 2008 item
it B.5.1
B51
pág.112;

- é a força do vento, calculada c/ a NBR 6123-1988;


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De acordo com a NBR 8800-2008 item B.3 pág.111


a sobrecarga deve ser considerada aplicada a apenas
uma parte da estrutura se o efeito produzido for mais
desfavorável que aquele resultante da aplicação da
ação sobre toda a estrutura.
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De acordo com o item 2.2.1.4 da NBR 6120-1980


as terças devem ser projetadas para suportar na posição
mais desfavorável uma sobrecarga concentrada de
1 0kN alem
1,0kN l da d carga permanente.
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De acordo com a NBR 8800-2008, item 4.7.7


pág 19 as combinações ultimas de carregamento
pág.19,
podem ser classificadas em:
a)) Combinações
C bi õ últi
últimas normaisi - decorrem
d ddo uso
previsto para a edificação;
b) Combinações últimas especiais - consideram a
ç de ações
atuação ç variáveis de natureza ou
intensidade especial;
c) Combinações últimas de construção - consideram
a possibilidade de ocorrência de ELU na fase de
construção
t ã (comum
( em estruturas
t t mistas
i t de
d aço e
concreto antes do concreto endurecer);
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d) Combinações últimas excepcionais – consideram


a atuação
t ã de d ações
õ excepcionais
i i que podem
d
provocar efeitos catastróficos;

Neste curso serão consideradas apenas as


combinações últimas normais, pois para o cálculo de
ggalpões
p metálicos raramente são necessários os outros
tipos de combinações últimas.
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A01- 58

Em cada combinação devem estar incluídas as


ações permanentes e a ação variável principal,
principal com
seus valores característicos ponderados e as demais
ações variáveis
variáveis, consideradas secundárias,
secundárias com seus
valores reduzidos de combinação devidamente
ponderados.
Para cada combinação última normal aplica
aplica-se
se a
expressão geral:
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A01- 59

onde:
- é a ação total combinada para o dimensionamento
da estrutura;
- é o número total de ações permanentes;
- é o coeficiente de ponderação da i-ésima ação
permanente obtido da tabela 1 da NBR8800-2008;
permanente, NBR8800 2008;
- é o valor característico da i-ésima ação
ç
permanente;
- é o coeficiente
fi i de
d ponderação
d ã da
d ação
ã variável
iá l
principal, obtido da tabela 1 da NBR8800-2008;
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onde:
- é o valor característico da ação variável
principal;
p p ;
- é o número total de ações variáveis;
- é o coeficiente de ponderação da j-ésima ação
secundária obtido da tabela 1;
variável secundária,
- é o fator de combinação
ç da jj-ésima ação
ç variável
secundária, obtido da tabela 2;
- é o valor
l característico
í i da d j-ésima
j é i ação
ã variável
iá l
secundária;
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No caso de
d galpões
l metálicos
áli sem ponte rolante
l se
consideram as seguintes combinações últimas normais:
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Combinações para os ELS: NBR 8800-2008
item 4.7.7.3 pág.21
p g
As combinações de serviço são classificadas de
acordo
d com sua ffrequência
ê i ded atuação
t ã na estrutura
t t em:
¾ Quase permanentes – avaliam as deformações para
efeitos de longa duração;
¾ Frequentes
q – avaliam as deformações
ç reversíveis na
estrutura;
¾ Raras – avaliam as deformações irreversíveis na
estrutura;
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Expressão geral das combinações quase permanentes

- é o fator de redução que estima os valores quase


permanentes das ações variáveis;
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No caso de galpões metálicos a combinação quase


permanente t é utilizada
tili d para a verificação
ifi ã do d
deslocamento resultante máximo em vigas e tesouras
de coberturas em geral, exceto para o caso de
ç inferior a 5% e no caso da
cobertura com inclinação
existência de forros frágeis:
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Expressão geral das combinações freqüentes de serv.

- é o fator
f t ded redução
d ã que estimati o valor
l freqüente
f ü t
da ação variável principal;
- é o fator de redução que estima os valores quase
permanentes das ações variáveis secundárias;
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A01- 66
No caso de galpões metálicos a combinação
q
frequente é utilizada p ç do
para a verificação
deslocamento resultante em vigas e em tesouras de
cobertura para telhados com inclinação inferior a 5%.
5%
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A01- 67

Expressão geral das combinações raras de serviço

- é o fator de redução que estima o valor frequente


j ésima ação variável secundária;
da j-ésima
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A01- 68

Para galpões metálicos a combinação rara de


serviço é utilizada para a verificação do
deslocamento resultante máximo tanto em terças de
cobertura q
quanto em vigas
g ou tesouras de cobertura
com forros frágeis:

A combinaçãoç rara de serviço


ç é utilizada
para a verificação do deslocamento resultante máximo
em vigas ou tesouras de cobertura com forros frágeis:
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A01- 69

A combinação
bi ã rara de d serviço
i é utilizada
tili d para
a verificação do deslocamento vertical máximo entre
os tirantes da travessa de fechamento:

A combinação rara de serviço é utilizada para


a verificação do deslocamento horizontal máximo das
travessas de fechamento, das colunas de vento e pilares
do galpão, assim como o deslocamento máximo das
terças na direção perpendicular a cobertura:
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A01- 70
1.10 - Limites de Deslocamento: NBR 8800-2008,
anexo C pag.117
p g

Para vigas bi-apoiadas L é o vão teórico entre apoios e


para vigas em balanço L é o dobro do vão teórico.
S d H a altura
Sendo lt ttotal
t l do
d pilar
il ou da
d coluna
l de
d vento.t
OBS.: A norma permite contraflecha .
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A01- 71

1.11 – Resistências: NBR 8800-2008, item 4.8 pág.22


A resistências
As i tê i dosd materiais
t i i são
ã representadas
t d
pelos valores característicos, , definidos como
aqueles que, em um lote de material, têm apenas 5%
de pprobabilidade de não serem atingidos.
g
Para as estruturas metálicas , a depender do
estado limite último em análise,
análise ou será a tensão limite
de escoamento, , ou a tensão de ruptura do aço, .
-ELU de escoamento ou instabilidade ou flambagem;
-ELU de ruptura;
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A01- 72
A resistência
i ê i de d cálculo
ál l dad estrutura é definida
d fi id
como: onde:
- é o coef. de ponderação da resist.;
- é a parcela de que considera a variabilidade
da resistência dos materiais envolvidos ;
- é a parcela de que considera a diferença
entre a resistência do material no corpo-de-prova
e na estrutura;
- é a parcela de que considera os desvios
gerados
d na construção
t ã e as aproximações
i õ feitas
f it
em projeto para as resistências;
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A01- 73
Os valores dos do aço estrutural, , do concreto
, e do aço
ç das armaduras,, , são apresentados
p na
tabela 3 pág.23 da NBR 8800-2008 para o ELU.
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A01- 74

1.12 – ANÁLISE ESTRUTURAL


NBR 8800-2008
8800 2008 It
Item 44.9
9 pág.24
á 24
11.12.1
12 1 - Generalidades
O objetivo da análise estrutural é determinar os
efeitos das ações na estrutura, visando efetuar
verificações
ç de estados-limites últimos e de serviço
ç e
assim comprovar a segurança da estrutura e seu
funcionamento adequado.
adequado
Antigamente – cálculos manuais;
H j – cálculos
Hoje ál l automatizados:
t ti d STRAP,
STRAP SAP,SAP
Metálica 3D e etc;
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A01- 75

1.12.2 – Tipos de Análise Estrutural


Tipos de análise estrutural quanto ao
p
comportamento mecânico do material:
a) Análise estrutural elástica - diagrama tensão-
deformação
d f linear. É sempre permitida!
li i id !

X
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A01- 76

b) Análise estrutural plástica - o diagrama tensão-


deformação pode ser rígido-plástico,
rígido plástico ou
elastoplástico perfeito, ou elastoplástico não-linear.

Quando o material de um determinado elemento


estrutural entra em regime plástico passa a ocorrer a
re-distribuição
di t ib i ã de
d esforços
f para os ddemais
i elementos
l t
estruturais da vizinhança ainda não plastificados.
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A01- 77

Tipos de análise estrutural quanto aos efeitos dos


deslocamentos sobre os esforços internos:
a) Análise estrutural linear geométrica, ou análise
de primeira
i i ordem - é quando d os esforços
f iinternos
são obtidos com base na geometria indeformada
da estrutura;
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b) Análise estrutural não-linear geométrica, ou


análise de segunda ordem - é quando os esforços
internos são obtidos com base na geometria
d f
deformada
d da
d estrutura.
t t
Considerando-se os efeitos
e
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A01- 79

Na prática, o efeito global de segunda ordem


é responsável pela amplificação dos esforços que
ocorre devido à consideração do equilíbrio da estrutura
em sua configuração
fi ã deslocada.
d l d
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A01- 80

Enquanto o efeito local é responsável pela amplifi-


cação dos esforços que ocorre devido às imperfeições
geométricas iniciais, que são resultado das tolerâncias
d ddesalinhamento
de li h t das
d estruturas
t t na fabricação
f b i ã e na
montagem.
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A01- 81

A análise de segunda ordem deve ser usada sempre


que os deslocamentos afetarem de forma significativa
os esforços internos.

A NBR 8800-2008 estabelece os critérios que


tornam obrigatória ou facultativa a realização da
análise de segunda
g ordem tomando ppor base o grau
g de
deslocabilidade da estrutura (assunto da próxima aula).
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1.12.3 - Classificação das Estruturas Quanto ao


Sistema de Contraventamento
Quanto ao sistema de contraventamento as
estruturas
t t podem
d ser classificadas
l ifi d em subestruturas
b t t
de contraventamento e elementos contraventados.
As subestruturas de contraventamento são
estruturas
es u u as que possue
possuem grande
g a de rigidez
g de para
pa a resistir
es s a
ações horizontais e são responsáveis pela estabilidade
lateral da edificação.
edificação
Sendo os elementos contraventados aqueles que
não
ã participam
ti i dos
d sistemas
it resistentes
i t t as açõesõ
horizontais.
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Exemplos de subestruturas de contraventamento:


a) pórticos rígidos em forma de treliças em edifícios de
p andares em aço.
múltiplos
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subestruturas de contraventamento
b) as paredes de cisalhamento dos núcleos rígidos em
concreto das caixas de escada e elevadores em
p andares em aço.
edifícios de múltiplos ç
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subestruturas
b t t d
de contraventamento
t t t
c) pórticos nos quais a estabilidade é assegurada pela
rigidez à flexão
das barras e pela
p
capacidade de
transmissão de
momentos nas
li õ
ligações.
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No caso de um galpão metálico simples pode-se ter:

Na direção transversal - pilares engastados na


fundação e aporticados com a tesoura;
Na direção longitudinal - pilares rotulados na
f d ã e contraventos
fundação t t verticais
ti i em forma
f de
d
pórticos rígidos treliçados.
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¾ Trabalho 01:
Aula 01: questão 01

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