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Infra-estruturas
Relatório da Situação do
Desenvolvimento Regional das Infra-
estruturas na SADC para o Conselho e
Cimeira. Setembro 2009
Angola
Botswana
RDC
Lesoto
Madagascar
Malawi
Maurícias
Moçambique
Namibia
Seychelles
África do Sul
Suazilândia
Tânzania
Zâmbia
Zimbabwe
Índice
Visão da SADC 2
Missão da SADC 2
Direcção de Infra-Estruturas e Serviços 2
Prefácio do Presidente 3
Mensagem do Secretário Executivo 5
Nota da Direcção de Infra-Estruturas e Serviços 7
Síntese 8
Introdução 11
1. Historial 12
2. Mecanismos de Implementação 14
3. Revisão do Programa Sectorial 20
4. A situação da integração das Infra-estruturas na SADC 65
5. Assuntos Tranversais 68
6. Caminho Futuro 74
Anexo 75
Acrónimos e Abreviaturas 83
1
Visão da SADC
Esta visão partilhada baseia-se nos valores e princípios partilhados assim como nas
afinidades históricas e culturais existentes entre os povos da África Austral.
Missão da SADC
Visão
Missão
2
Prefácio Do Presidente
Prefácio do Presidente
Estimados Colegas,
Aproveito esta oportunidade para reconhecer o papel valioso e louvável desempenhado pelo meu
antecessor em manter a advocacia sobre as infra-estruturas na região da SADC, que sem dúvida, não
só inspirou muitos, mas serviu igualmente de lição para a África do Sul em defender os projectos no
domínio do desenvolvimento das infra-estruturas. O ano em que a África do Sul ocupou o cargo de
Presidente da SADC foi repleto de muitas experiências maravilhosas e desafios. O desenvolvimento
das infra-estruturas ocupou um lugar preponderante. As nossas decisões e acções transmitem a
mensagem que nós consideramos este assunto seriamente a nível regional. A África do Sul, através
dos seus esforços em defender a aceleração do desenvolvimento das infra-estruturas na região da
SADC, estabeleceu um Grupo de Acção e comités temáticos para trabalhar estreitamente com o
Secretariado e os Estados-membros participantes no âmbito dos seguintes projectos:
•• O Projecto Westcor;
Recordar-se-ão igualmente que a Conferência da União Africana realizou uma Sessão Extraordinária
sobre as Infra-estruturas em Fevereiro de 2009, em Adis Abeba, Etiópia, onde se sublinhou a importância
de acelerar a execução do desenvolvimento das infra-estruturas. Vários Chefes de Estado aqui presentes
contribuíram à Sessão da UA, e nós devemos aproveitar este ímpeto estabelecido a nível continental.
A África já reconheceu que é necessário superar o desafio relativo à falta de infra-estruturas, e assim será
possível ter trocas comerciais eficazes e o desenvolvimento na nossa região. Nós estamos entusiasmados
com o lançamento histórico da Área de Comércio Livre da SADC no ano passado, enquanto primeiro
passo em alcançarmos a muita antecipada União Aduaneira e o Mercado Comum, sugerindo claramente
que o nosso processo de integração do mercado já começou a sério. Todavia, a operacionalização dos
regimes comerciais não pode ser realizada sem a disponibilidade de infra-estruturas. Eu prezo a vossa
sabedoria colectiva, Vossas Excelências, em considerar de novo o roteiro para a implementação da nossa
infra-estrutura transfronteiriça. Esta será a forma mais segura para a nossa região desvendar oportunidades
de comércio, desenvolvimento e competitividade global.
3
Prefácio Do Presidente
A condição precária dos nossos Estados-membros que têm trabalhado arduamente no sentido de
restaurar a paz nos seus países deve ser reconhecida, e é neste sentido que a região preparou um
programa de construção de infra-estruturas para Angola, a RDC e de certo modo, Moçambique.
Não duvido que através de tal iniciativa, a conectividade mínima dos nossos Estados no âmbito dos
transportes, comunicações, energia, infra-estrutura de águas fronteiriças, e a infra-estrutura de turismo
pode ser alcançada com o intuito de impulsionar a nossa região para alturas sem precedentes. Orgulho-
me em fazer parte deste espírito de consenso que tem caracterizado os nossos pactos regionais e espero
que isto continue durante as nossas deliberações.
Eu espero participar nos debates relativos ao Programa da SADC sobre o Desenvolvimento das Infra-
estruturas e não tenham dúvida, que ao fim do nosso diálogo, possamos orientar os nossos Ministros das
Infra-estruturas e dos Serviços, os nossos parceiros, os nossos altos funcionários e o Secretariado - todos
aqueles que reconheço em vosso nome pelos esforços que continuam a envidar em prol desta nobre
causa.
4
Mensagem Do Secretário Executivo
Os Chefes de Estado e de Governo da SADC decidiram, na sua sabedoria, reunir-se de novo para
ponderar sobre o processo de implementação das Infra-estruturas Regionais Prioritárias na SADC
durante a sua 29 Cimeira Ordinária.
Este desenvolvimento não podia ter chegado numa altura mais oportuna. Esta sessão da nossa Cimeira
de Chefes de Estado e de Governo é significativa.
Primeiro, quando a SADC lançou uma Área de Comércio Livre em 2008, com boas perspectivas
para uma União Aduaneira e um Mercado Comum no futuro previsível, o desenvolvimento das
infra-estruturas era fundamental para a promoção do comércio livre e o realce da nossa capacidade
produtiva e da eficiência enquanto região.
A implementação de dois protocolos chave tem sido fundamental para a Agenda da SADC sobre
a Integração Económica Regional na nossa região. Estes são o Protocolo sobre as Trocas Comerciais
e o Protocolo sobre a Facilitação da Circulação de Pessoas. A livre circulação de pessoas constitui o
pilar principal das trocas comercias e a disponibilidade das infra-estruturas de transportes constitui um
elemento essencial para esta realização.
Uma resposta estratégica à crise financeira internacional actual e a recessão não pode ser completamente
compreensiva sem o investimento nas infra-estruturas. Tal resposta deve ser fundamentada nas
melhores práticas internacionais e experiência que demonstram que o investimento nos projectos
de infra-estrutura durante uma recessão protege postos de trabalho, reduz os choques financeiros e
prepara a região para a recuperação. Existem efeitos de transferência positiva e multiplicadores através
das nossas economias se implementarmos juntamente esta estratégia.
É contra este pano fundo que a Cimeira toma a liberdade de rever os sucessos e os desafios relativos
à implementação do desenvolvimento das infra-estruturas regionais, que servirá de base para Vossas
Excelências orientarem os nossos Ministros, os Altos Funcionários, o Secretariado e todas as partes
interessadas pertinentes, devido à sua relevância para a nossa visão de desenvolvimento.
Embora se tenha registado certos êxitos em diversos sectores, (conforme documentado no relatório)
a reestruturação das instituições da SADC em 2003 resultou numa queda da massa crítica necessária
para implementar a infra-estrutura, e os esforços actuais procuram recuperar o ímpeto perdido.
Desejo aproveitar esta oportunidade para agradecer os esforços do Director da Direcção de Infra-
estruturas e Serviços, e da Unidade de Coordenação do Projecto (PCU) junto da Direcção em elaborar
este relatório. Permitam-me ainda reconhecer o apoio prestado pelo Regional Trade Facilitation Project
financiado pela DFID, no sentido de financiar a publicação e edição deste relatório.
Quero tomar a liberdade em felicitar Vossas Excelências sobre este compromisso animador e espero
com antecipado prazer o diálogo político que informará os programas nesta área nuclear dos nossos
programas socioeconómicos e políticos regionais
6
Nota Da Direcção De Infra-Estruturas E Serviços
A implementação das infra-estruturas regionais da SADC tem sido fundamental para a agenda dos
Ministros de Infra-estruturas e Serviços. A entrega das infra-estruturas constitui uma prioridade aos mais
altos níveis em todos os nossos Estados-membros da região. Os Ministros da SADC responsáveis pelas
Infra-estruturas aproveitaram a oportunidade para rever, durante os últimos meses, os sucessos e os
desafios relativos à entrega das infra-estruturas, e este relatório de síntese regional visa apresentar os
êxitos registados nos diversos sectores.
Ficamos gratos pelo apoio que os Estados-membros continuam a prestar a fim de garantir a
implementação efectiva das infra-estruturas, e pela orientação fundamental que continuamos a receber
para promover o acesso universal às infra-estruturas. O processo é lento e frustrante mas certamente
que não é insuperável.
Uma equipa interdisciplinar de peritos regionais junto da Direcção é responsável pela coordenação
da implementação dos projectos das infra-estruturas juntamente com os Estados-membros. A região
orgulha-se do facto desta equipa incluir três peritas em infra-estruturas, que se distinguiram neste
domínio e têm contribuído para destruir o mito que o desenvolvimento das infra-estruturas é um
domínio masculino. A Equipa das Infra-estruturas junto do Secretariado presta homenagem à Sra.
Cecilia Mamelodi-Onyadile, Sra. Judith Nwako e Sra. Mapolao Mokoena.
Remigious Makumbe,
7
Nota Da Direcção De Infra-Estruturas E Serviços
Síntese
Este relatório resume os desafios e os sucessos dos projectos das infra-estruturas regionais na SADC, e
apresenta propostas para o alcance do objectivo da SADC no cluster das infra-estruturas. O objectivo
primário é de informar o Conselho de Ministros e os Chefes de Estado e de Governo sobre o âmbito
e a situação da implementação dos projectos das infra-estruturas regionais, desde o lançamento da
implementação do RISDP em Abril de 2005.
Esta iniciativa serve igualmente de estratégia de resposta à decisão dos Chefes de Estado e de
Governo da SADC em reafirmar os marcos relativos ao alcance da Área de Comércio Livre, a União
Aduaneira e o Mercado Comum, no âmbito dos marcos estabelecidos no RISDP. Prevê-se que através
destas intervenções, alguns dos objectivos principais do RISDP, nomeadamente, reduzir os custos das
trocas comerciais na SADC, criar a competitividade produtiva e resolver os constrangimentos do lado
da oferta.
Redução da Pobreza
A região convocou a Conferência Internacional da SADC sobre a Pobreza nas Maurícias em Abril de
2008. Durante este foro os Chefes de Estado e de Governo da SADC identificaram os elos entre o
acesso à infra-estrutura e a redução da pobreza, orientado pelo princípio de acesso universal. Ao
estabelecer os próximos passos para a redução da pobreza, o desenvolvimento da infra-estrutura
estava no epicentro do Quadro Regional da Redução da Pobreza na SADC que deverá orientar a
região para garantir a implementação sistemática dos programas que contribuem significativamente à
redução da pobreza.
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Nota Da Direcção De Infra-Estruturas E Serviços
Este relatório revê o Programa da SADC sobre o Desenvolvimento das Infra-estruturas, concentrando-
se principalmente sobre os três “I” – Instrumentos, Instituições e Infra-estruturas. Estas três áreas
de intervenção estão interligadas e são os maiores contribuintes à implementação dos programas.
Sucessos
Embora tenha demorado algum tempo para recuperar o ímpeto perdido em relação à entrega dos
projectos de infra-estrutura, existem alguns êxitos notáveis que merecem ser celebrados.
No sector do turismo, os esforços sobre o marketing conjunto da SADC enquanto um destino único
já começa a dar frutos, e a finalização da Estratégia de Turismo sobre o Mundial de 2010 da FIFA foi
outro marco. No domínio da energia, a região operacionalizou centrais eléctricas que já contribuíram
3 140 megawatts para a Associação de Energia da África Austral, que tem aliviado as faltas energéticas
contínuas na região. Prevê-se que as faltas de energia na SADC fiquem resolvidas até 2013 a um custo
total de USD 17.4 mil milhões, que contribuirá 8 800 MW à Associação Energética. Vários projectos
estão em vias de implementação baseado no Plano da Associação de Energia da África Austral
concluído recentemente. É gratificante notar que os membros da Associação Energética assinaram
uma Garantia SAPP com a Eskom, garantindo que as empresas de energia fora da África do Sul se
comprometem a fornecer qualquer défice energético necessário para a electrificação adequada dos
jogos do Mundial de 2010 e todas as actividades associadas.
9
Nota Da Direcção De Infra-Estruturas E Serviços
A rede de conectividade inter-estado mínima da SADC está 80% completa, colmatando os desafios da
comunicação entre os outros Estados-membros. Diversos cabos submarinos já foram operacionalizados
com êxito ligando assim os países da SADC com o resto do mundo a custos consideravelmente
reduzidos.
No sector das águas, o acesso à água tem constituído uma prioridade, e no âmbito deste quadro,
vários projectos foram identificados sobre o abastecimento de água e saneamento. Logo que ficarem
concluídos, estes projectos devem promover o acesso à água assim como realçar o alcance das metas
dos ODM.
10
Introdução
Introdução
Este relatório estabelecer a base para os futuros relatórios periódicos sobre o desenvolvimento
das infra-estruturas a serem submetidos ao Conselho, à Cimeira e às outras partes interessadas
pertinentes.
11
1. Historial
1. Historial
que a região acelere o ritmo de implementação dos projectos das infra-estruturas. Os objectivos
destes regimes comerciais não podem ser realizados sem o fornecimento de infra-estruturas eficientes,
económicas e fiáveis. A implementação de dois protocolos chave é essencial para o Programa de
Acção da SADC na nossa região. Estes protocolos são o Protocolo sobre as Trocas Comerciais e o
Protocolo sobre a Facilitação da Livre Circulação de Pessoas. A circulação de pessoas constitui o
pilar principal das trocas comercias e a disponibilidade das infra-estruturas de transporte constitui um
elemento essencial para esta realização.
O acesso às infra-estruturas desempenha um papel crucial permitindo a região a alcançar pelo menos
uma taxa de crescimento económico de 7%, que é um pré-requisito para a região atingir as metas dos
ODM consagrados na Declaração do Milénio das Nações Unidas de 2005. Foi contra este pano fundo
que a Conferência Internacional sobre a Pobreza dos Chefes de Estado e de Governo da SADC foi
realizado nas Maurícias em Abril de 2008. A Conferência identificou a área chave do desenvolvimento
das infra-estruturas como uma parte integral do Quadro Regional da SADC sobre a Redução da
Pobreza, que confirma a importância deste sector em transformar a qualidade das vidas dos seus
povos.
Uma abordagem colectiva à implementação dos projectos das infra-estruturas regionais é a forma mais
segura de acelerar a integração regional. Os Estados-membros devem redobrar os seus esforços e
comprometerem-se de novo a trabalhar juntamente para entregar as infra-estruturas, de acordo com
o roteiro da região para a agenda de integração económica regional.
Deve haver uma mudança de paradigma em relação à forma em como a região da SADC procede. Os
actores chave no terreno são os Estados-membros, o Secretariado, ou Órgãos Regionais, as Agências
de Implementação e o sector privado.
Para a região superar os desafios do desenvolvimento das infra-estruturas, a SADC deve elaborar os
quadros legais e políticos através da formulação e adopção de instrumentos apropriados, tal como
protocolos, directrizes políticas e estratégicas, quadros regulamentares, e normas técnicas. Embora a
região reconheça a necessidade de um programa de intervenção de apoio à infra-estrutura acelerado
para resolver os assuntos da infra-estrutura “dura”, também se sabe que há necessidade em intensificar a
implementação de infra-estrutura “ligeira” para apoiar o desenvolvimento da infra-estrutura “dura”.
Embora se tenha verificado algum progresso em desenvolver a infra-estrutura “dura” e “ligeira”, incluindo 13
os quadros regulamentares, a região ainda não superou o desafio de executar os seus compromissos.
2. Mecanismos De Implementação
2. Mecanismos de Implementação
Durante a Cimeira de 2007, os Chefes de Estado e de Governo da SADC deliberaram sobre o estado
da infra-estrutura na região e reviram os requisitos financeiros para aumentar a implementação da infra-
estrutura regional ou transfronteiriça. A sessão frisou a necessidade de reforçar o Secretariado para
permiti-lo a implementar os projectos de infra-estrutura rapidamente a fim de apoiar o processo de
integração regional.
A Cimeira, por conseguinte, sublinhou a necessidade de elaborar o Plano Mestre Regional da SADC
sobre o Desenvolvimento das Infra-estruturas (RIDMP) até Agosto de 2008, para adopção na sua
XXVIII Sessão Ordinária. Para este fim, a região estabeleceu um programa para realizar um estudo
visando a elaboração do Plano Mestre Regional sobre as Infra-estruturas, que deverá orientar a região
em relação à implementação das infra-estruturas transfronteiriças.
Neste sentido, cinco peritos foram destacados para a PCU. Estes incluem um Director do Projecto
da PCU, Perito de Transporte, Perito de Energia, Perito de Infra-estrutura de Água, e Perito de
TIC e Comunicações. A PCU enquanto unidade está delimitada junto da Direcção das Infra-estruturas
14 e Serviços e é responsável perante o Director (I&S). A PCU executa as suas funções durante o ciclo
2. Mecanismos De Implementação
Ao apresentar este relatório, faz-se referência ao ponto da situação destes três imperativos, como
forma de esclarecer os resultados relativos à implementação do projecto.
O CNS inclui:
•• O CNS está interligado aos Corredores de Lobito, Trans Caprivi, Nacala, Beira,
Maputo e Trans Kalahari
15
2. Mecanismos De Implementação
O Corredor apresentado na Figura 1 serve de espinha dorsal do transporte e logística regional com
esporas laterais, servindo nove países – Angola, Tanzânia, RD do Congo, Zâmbia, Malawi, Botswana,
Zimbabwe, Moçambique, e a África do Sul.
•• Prestar apoio de alto nível para a implementação da decisão do Comunicado tomada na reunião
dos Chefes de Estado Tripartido da COMESA-EAC-SADC no dia 22 de Outubro de 2008 em
criar uma Área de Comércio Livre COMESA-EAC-SADC e harmonizar os planos de infra-estrutura
nestas três regiões;
•• Garantir os compromissos de ajuda ao comércio dos presidentes das três organizações regionais
para resolver os constrangimentos regulamentares e administrativos impedindo a expansão do
comércio regional e o crescimento económico.
•• O foro acordou sobre a importância crítica do compromisso político de alto nível a nível nacional
a fim de impulsionar e monitorar a implementação de reformas de política acordadas em prol
do aprofundamento da integração regional e da continuação deste debate durante a próxima
reunião do Conselho Tripartido;
•• O foro gerou apoio financeiro e técnico firme para o Corredor Norte-Sul. Os parceiros de
desenvolvimento comprometeram cerca de US$1.2 mil milhões para a modernização da infra-
estrutura rodoviária, ferroviária, portuária e energética, assim como apoiar a implementação dos
instrumentos de facilitação comercial.
O Secretariado da SADC tem trabalhado com os parceiros tripartido para estabelecer mecanismos
no sentido de alcançar os objectivos identificados. Estes incluem o estabelecimento de um quadro
institucional, um Fundo Fiduciário Tripartido a ser sediado e gerido pelo DBSA, as instituições de
gestão do projecto, desenvolver directrizes e procedimentos de desenvolvimento de projectos,
estabelecer critérios e procedimentos em relação à gestão financeira e à monitorização e avaliação
de projectos.
•• A Rede Ferroviária Inter-regional da SADC (IRRN) com um total actual de 22 500 km, a Rede
Regional de Estradas Principais, com um total actual de 62,000 km. O Programa de Reabilitação,
Modernização e Expansão dos Portos e dos Cursos de Água Marinhos e Interiores está em curso.
Estes três programas têm um impacto directo sobre o Programa da SADC sobre o Desenvolvimento
das Infra-estruturas dos Corredores assim como o Programa da SADC sobre a Facilitação das
Trocas Comerciais e Transporte nos Corredores;
O processo do desenvolvimento das infra-estruturas é orientado por várias iniciativas, tal como o
quadro do NEPAD; a Cimeira Extraordinária da UA e a Cimeira da SADC sobre a Agricultura e a
Água; assim como a Cimeira Extraordinária da SADC sobre a Agricultura e a Segurança Alimentar; a
Declaração da SADC sobre as TIC; e as diversas Conferências da SADC sobre o Investimento; assim
como a necessidade de resolver as Iniciativas de Reconstrução de Pós Conflito em prol de Angola e da
RDC; e o proposto Plano Mestre Regional da SADC sobre o Desenvolvimento das Infra-estruturas.
Sector de Energia
•• Associação Regional de Reguladores de Electricidade (RERA)
Sector de Turismo
•• Organização Regional de Turismo da África Austral (RETOSA)
Transporte
•• Associação das Linhas Aéreas da África Austral (AASA)
Comunicações e Meteorologia
•• Associação dos Reguladores de Comunicações da África Austral (CRASA)
Água
•• Organizações de Bacias Hidrográficas (RBO)
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3. Análise Dos Programas Sectoriais
Energia
Âmbito do Programa
O Sector da Energia tem por objectivo assegurar a disponibilidade de serviços de energia em
quantidades suficientes e ao mais baixo custo, assim contribuindo para a eficiência económica e a
erradicação da pobreza, ao assegurar o aproveitamento dos recursos energéticos de modo sustentável
para o ambiente.
O continente africano, com uns 13% da população do mundo, consome 6% da energia mundial e 3%
da electricidade produzida. O consumo de energia por capita ronda apenas os 0.6 MWh, em relação
à média global de 2.6 MWh. A região da SADC espelha esta situação, não obstante a abundância de
recursos energéticos como hidráulicos, biomassa de carvão e solar que, se bem aproveitados, podem
responder às necessidades projectadas da região em matéria da energia e até serem exportados. O
acesso à electricidade na Região é muito baixo, rondando uma média de 30%, desde 7% (RDC e
Malawi) e acima de 70% (África do Sul e Maurícias), face à média global de 75%.
Embora estejam a ser envidados esforços no sentido de aumentar o acesso a energia moderna, a
Região vive uma escassez energética que tem vindo a afectar negativamente o comércio, a indústria,
a prestação de serviços sociais e, em geral, o desenvolvimento económico na Região. A Região
confronta-se com um défice energético pelas seguintes razões, entre outras:
•• Crescimento económico superior a 5% na maioria dos países membros da SADC, resultando num
crescimento sem precedentes no consumo e procura de energia.
20 •• Aumento da procura de metais de base, resultando no aumento dos preços dos metais no
mercado global e a criação de novas sociedades de exploração mineira na região da SADC nos
últimos anos.
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Em 1999, a Associação de Energia da África Austral (Southern African Power Pool - SAPP) previu que,
até 2007, a região iria confrontar-se com uma redução da capacidade excedentária. Em sequência das
projecções efectuadas pela SAPP, foi criado um Grupo de Trabalho composto de Ministros da Energia
em 2004 para formular um programa visando responder à redução da capacidade excedentária na
região que, pouco a pouco, se tornara uma realidade. Efectivamente, em 2007, antes de poderem ser
implementadas quaisquer medidas, a situação de oferta-procura de electricidade na região da SADC
alcançou o ponto de instabilidade, conforme evidenciado pelas ocorrências frequentes de cortes de
energia e deslastros de cargas em praticamente todos os países da zona continental da SADC, assim
como em Madagáscar. Está previsto que esta situação se mantenha até 2012/13, data em que a oferta
de energia excederá a procura, se todos os projectos e demais medidas planeados para ultrapassar a
insuficiência forem implementadas [ver o Gráfico 1]..
80000
70000
60000
50000
40000
30000
20000
10000
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Procura de Capacidade, MW Capacidade Prevista, MW
21
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Instrumentos
O Protocolo da SADC sobre a Energia, a Política e Estratégia de Cooperação da SADC no âmbito
da Energia e o Plano de Acção da SADC para o Sector da Energia fornecem o quadro geral para o
desenvolvimento do Plano de Actividades da SADC para o Sector da Energia, indicando as políticas e
as estratégias a serem perseguidas e transformadas em actividades. Devido a vários factores, entre eles
o profundo processo de reforma no sector da energia na região da SADC e o processo de transição
no próprio Sector da Energia da SADC, a maioria das iniciativas constantes do Plano de Acção ainda
não foram implementadas. Por conseguinte, afigurou-se necessário rever o Plano de Acção.
De acordo com a visão que orienta o Tratado da SADC, os princípios do Protocolo da SADC
sobre a Energia de 1996 e o Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional (RISDP), os
Estados-membros comprometeram-se a desenvolver e aproveitar os recursos energéticos em apoio
do crescimento e do desenvolvimento económicos, alívio da pobreza e melhoramento dos níveis
e da qualidade de vida em toda a Região. Em consecução destes objectivos, os Estados-membros
promovem e encorajam a participação directa dos cidadãos e das comunidades no desenvolvimento
da energia, bem como na criação de um ambiente que permita a plena participação do sector privado
no desenvolvimento da Região.
O Protocolo da SADC sobre a Energia também prevê a celebração de acordos entre 2 ou mais
Estados-membros e Estados não membros e entre empresas de electricidade com o intuito de
desenvolver projectos e planos comerciais em matéria da electricidade.
Mecanismos Institucionais
O Comité dos Ministros da Energia da SADC é o órgão de cúpula do sector regional da Energia.
Os Ministros, que respondem ao Conselho, reúnem-se anualmente para apreciar a situação relativa à
energia e dar orientações visando concretizar os objectivos do sector da energia da SADC.
As seguintes estruturas foram adoptadas para impulsionar o roteiro para o desenvolvimento do sector
energético e acelerar a implementação de projectos.
A estrutura institucional para gerir o roteiro do sector energético regional e os projectos está
apresentada abaixo.
Conselho de Ministros
Ministros da SADC
Responsáveis pela Energia
Secretariado
da SADC
RERA SAPP
A SAPP e a RERA continuarão a ser reforçadas para assegurar que existe a capacidade adequada para
implementar o Roteiro. Às duas entidades serão também concedidas as competências para poderem
liderar projectos no sector da energia.
O Grupo Temático da Energia (ETG) trata-se de uma estrutura auxiliar criada em 2007 para angariar
a ajuda financeira e o apoio técnico dos Parceiros Internacionais de Cooperação (PICs) com vista a
implementar os programas energéticos da SADC. O grupo congrega a Unidade de Energia da SADC,
os PICs no sector da energia, a SAPP e a RERA, e reúne-se bianualmente para apreciar o programa
energético e identificar as áreas de apoio. O PIC principal é a Noruega, através da Embaixada da
Noruega em Maputo.
Conectividade
Regional de
Energia
Interconectores
Propostos
(linhas ponteadas)
Em geral, a Região da SADC possui uma potência instalada de 55,927 MW, embora apenas uns 48,649
MW estivessem disponíveis em Abril de 2009. No que respeita à rede interligada da SAPP, a potência
instalada ascendia aos 53,445 MW e a potência disponível era de 46,772 MW em Abril de 2009,
face a uma potência de ponta de 43,267 MW em 2008 [Tabela x]. A fim de manter a margem de
reserva de 10.2%, a Região necessita apenas de 47,680 MW, resultando num aparente excedente de
968 MW. A potência excedentária resulta predominantemente da supressão da procura provocada
pela crise económica global, que obrigou várias indústrias a reduzir a procura. Esta não passa de uma
situação temporária e não deve ser motivo de complacência.
24
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Potência
Potência Potência Instalada
Instalada Disponível menos
[MW] em [MW] em Potência Potência de
Empresa de Abril de Abril de Disponível Ponta em
País Electricidade 2009 2009 [MW] 2008 [MW]
Angola ENE 1,187 930 257 668
Botswana BPC 132 90 42 503
RDC SNEL 2,442 1,170 1,272 1,028
Lesoto LEC 72 70 2 108
Malawi ESCOM 287 267 20 260
Moçambique EDM 233 174 59 416
HCB 2,075 2,075 -
Namíbia NamPower 393 360 33 430
África do Sul Eskom 44,170 40,483 3,687 35,959
Swazilândia SEC 70.6 70 1 200
Tanzânia TANESCO 1008 680 328 694
Zâmbia ZESCO 1,812 1,200 612 1,604
Zimbabwe ZESA 2,045 1,080 965 1,397
Total SAPP 55,927 48,649 7,278 43,267
Total interconectividade SAPP 53,445 46,772 6,673 41,645
A Região não tem conseguido concretizar os seus planos anuais de aumento de potência
principalmente devido aos atrasos de entrada em funcionamento em consequência directa da lentidão
na implementação dos projectos [ver a Tabela x em baixo]. A fim de ultrapassar a actual escassez de
energia, há que acelerar a implantação de infra-estruturas energéticas adicionais.
25
3. Análise Dos Programas Sectoriais
O progresso em relação a este projecto é fraco. O projecto confronta-se com desafios a nível da
coordenação. Ademais, há que identificar PPAs à altura de impulsionar o projecto. Porém, a SAPP
classifica este projecto como estratégico, uma vez que permitirá ligar a Tanzânia à rede da SAPP e
poderá ser utilizado para promover a partilha de energia com a África Oriental.
O Banco Mundial está a considerar financiar ambos os lados do projecto (Malawi e Moçambique).
O começo das obras em Moçambique está previsto para Julho de 2009, aguardando-se a
aprovação do parlamento do Malawi para iniciar as obras neste país.
O projecto está a progredir bem. As respectivas empresas de energia nomearam a empresa SAPP
CC como Coordenadora do Projecto. Um Memorando de Entendimento Intergovernamental
(MEI) foi elaborado e está em vias de ser finalizado. Este abrirá o caminho para a celebração de
um Acordo de Desenvolvimento em Comum relativo ao projecto, a ser assinado pelas respectivas
empresas de electricidade com vista à implementação do projecto.
Foram preparados os Termos de Referência para o Estudo de Impacto Ambiental, que aguardam a
decisão “sem objecções” do Banco Mundial. Ainda está por ser finalizada a selecção dos Consultores
responsáveis pelos estudos de viabilidade (técnica, económica e financeira) do projecto.
•• Projecto WESTCOR
Num esforço para acelerar a sua implementação, a RDC comprometeu-se a apresentar uma
proposta para fortalecer a liderança do projecto e acelerar a sua implementação.
Um total de US$5.6 mil milhões é necessário para implementar todos os Projectos cruciais de transporte
de energia abaixo indicados.
26
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Resultados Alcançados
27
3. Análise Dos Programas Sectoriais
A nível regional, a RERA promove a harmonização dos quadros regulamentares e trabalha no sentido
de: harmonizar os quadros nacionais das políticas de electricidade; acelerar o ritmo das reformas
na IEE e melhorar o controlo e o desempenho; desenvolver e implementar as políticas nacionais
necessárias; promulgar legislação que assegure a promoção de práticas de conservação de energia;
implementação de normas relativas ao aproveitamento eficiente da energia, possivelmente ao ponto
de abandonar o uso de iluminação incandescente; e incentivos para a gestão da procura.
Regra geral, as tarifas na região têm permanecido a níveis sub-económicos, não promovendo o
melhor aproveitamento da electricidade nem atraindo novos investimentos. Igualmente, as tarifas sub-
económicas têm promovido um comportamento prejudicial por parte dos consumidores no que
respeita à utilização ineficiente da energia eléctrica.
A SAPP, coadjuvada pelo DBSA, efectuou um Estudo de Tarifas, concebido como uma avaliação rápida
de âmbito restrito dos princípios e das metodologias de fixação de tarifas numa amostra de Estados-
membros da SADC, por forma a avaliar até que medida as grandes variações nas metodologias de
fixação de tarifas entre os Estados-membros constituem um entrave para o comércio regional de
electricidade e para o investimento em geral no sector da energia na Região. A fim de suplementar o
estudo, a RERA analisou os princípios que orientam a fixação de tarifas na região e propôs a adopção
de tarifas reflectivas dos custos. O estudo visa justificar a aplicação de tarifas reflectivas dos custos para
a implementação oportuna de novos projectos na área da energia na região. Em função dos factores
económicos, as tarifas médias no mercado de retalho são de 2.5 – 11.0 USc/kWh, enquanto que os
custos de produção variam entre 6 - 8 USc/kWh para a energia hidráulica até 22 USc/kWh para gás.
Três países, designadamente Namíbia, Zâmbia e África do Sul têm desenvolvido vias de migração no
sentido de aplicar tarifas sustentáveis.
Apresentação de Projectos
A SADC tem vindo a trabalhar em estreita ligação com o DBSA no sentido de preparar projectos até
a um nível bancável. Na última década, a SADC realizou duas conferências visando atrair investimentos
no sector da energia. A primeira conferência decorreu em Setembro de 2001 em Victoria Falls
(Zimbabwe), e foi seguida por uma segunda Conferência Regional de Investimento em Electricidade
(REIC), que decorreu em Windhoek (Namíbia) em Setembro de 2005.
Após a REIC, o DBSA acolheu a primeira Mesa Redonda de Investidores da SAPP e da RERA a 21
de Novembro de 2005 na África do Sul, em sequência ao pedido da SADC para que o DBSA
coordenasse os financiadores e investidores no âmbito dos ‘Projectos Prioritários de Energia’ na região
da SADC.
SADC, em que quase todas as empresas de energia sofrem cortes de energia, tornou-se premente
acelerar a implementação de projectos. Isto exige a obtenção de financiamento para os projectos. Em
2007, os Ministros da Energia solicitaram à SAPP e à RERA que convocasse uma nova conferência de
investidores com o intuito de obter o compromisso dos investidores no que respeita aos projectos
de carácter crítico, que estão a 2 anos de encerramento financeiro. O DBSA ofereceu-se para
apoiar o processo ao contratar um consultor para compilar Relatórios de Informação de Projecto
(PIRs), que foram apresentados à Conferência de Mesa Redonda de Investimento da SAPP realizada
em Livingstone em Julho de 2009. A região já definiu um quadro para a classificação dos projectos
prioritários no sector da energia, conforme abaixo indicado.
29
3. Análise Dos Programas Sectoriais
A Mesa Redonda da SADC sobre os Investidores foi realizada em Livingstone, na Zâmbia entre 15
e 17 de Julho de 2009. A Mesa Redonda. Os investidores expressaram interesse e compromisso
sobre os dez projectos que estão a dois anos de serem concluídos em termos financeiros. Outros
projectos da carteira da SAPP foram deliberados. A conferência criou igualmente um foro para as
partes interessadas identificarem formas em como eliminar os obstáculos relativos à implementação de
projectos. Os dez projectos são:
8) Interconector Zâmbia-Tanzânia-Quénia
O plano desenvolvido pela SAPP confirma as vantagens da coordenação dos investimentos no sector
da energia na Região, realizando assim uma poupança de custos no valor de US$48 mil milhões. A
um custo médio de US$1,700/kW, 33,000 MW foram comprometidos e foram obtidos a um custo de
cerca de USD 36,000 mil milhões.
•• Foi identificado um défice de financiamento de US$ 13.5 mil milhões para 8,800 MW
entre 2011-2013.
•• Estima-se que o défice de energia a nível regional será ultrapassado em 2012/13, com
uma margem de reserva 10%, na condição de os projectos de energia entrarem em
funcionamento nas datas previstas.
30
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Desafios e constrangimentos
Grande parte dos equipamentos de produção e transporte de energia têm 20 anos ou mais e
apresentam uma necessidade premente de reabilitação e/ou substituição. Não se tem registado um
investimento significativo no âmbito da IEE nas últimas duas (2) décadas, o que tem vindo a contribuir
sobremaneira para a fraca prestação de algumas empresas de electricidade.
Entre os constrangimentos que mais têm contribuído para a lentidão de implementação de projectos
de energia, figura a fraca capacidade de apresentação de projectos dos Estados-membros e das
respectivas instituições, levando à impossibilidade de angariar o financiamento apropriado para
executar os projectos bancáveis.
Os projectos nacionais têm primazia sobre os projectos regionais, destacando o conflito entre as
políticas de auto-suficiência dos Estados-membros e as medidas de cooperação a nível regional.
Existe uma falta de coordenação dos projectos regionais transfronteiriços. Este desafio está associado
ao mecanismo de financiamento, assente em acordos bilaterais com os países anfitriões. Há que criar e
fortalecer as estruturas apropriadas para impulsionar a implementação dos projectos regionais.
Desafios Oportunidades
1. Tarifas de electricidade baixas e 1. Enormes recursos – carvão e
insustentáveis hidráulicos
2. Falta de capacidade para 2. Apoio dos parceiros de
preparação e apresentação de cooperação
projectos
3. Economias de escala para
3. Demasiada dependência na projectos regionais / de
ESKOM da África do Sul para exploração comum
assinar os Acordos de Aquisição
de Energia (AAE) para garantir o 4. Serviços de desenvolvimento de
financiamento de projectos projectos de energia
Energia
Ameaças Realizações
1. Aumento na procura de energia 1. Plano de exploração comum
2. Estados-membros dão primazia desenvolvido
aos projectos nacionais, face aos 2. Estudo das tarifas completado
projectos regionais
3. Quadro legal e regulador existente
3. Crise financeira global – redução
de investimento estrangeiro 4. Medidas de DSM em curso
32
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Turismo
Antecedentes
A indústria do turismo tem registado um forte crescimento à escala global. É importante que a região
da SADC não seja excluída deste mercado de nicho, uma força motriz importante para o crescimento
económico. As receitas do turismo na região da SADC e, por conseguinte, a contribuição deste sector
para o PIB é de 55% do resto do mundo. Afigura-se fundamental que continuemos a explorar formas
inovadoras de expandir a despesa por parte do nosso sector de turismo.
A indústria do turismo na região está a apostar em atrair 3 por cento da quota do mercado global
de turistas até 2015. Esta meta, quando concretizada, criará 4 milhões de empregos na SADC, assim
promovendo o objectivo de erradicar a pobreza e alcançar os ODMs, sobretudo no seio das mulheres,
jovens e portadores de deficiências. Nessa data, está previsto que o sector venha a contribuir 3.5 por
cento para o Produto Interno Bruto (PIB) da região.
Uma infra-estrutura de turismo robusta e uma estratégia comum regional de marketing são elementos
fundamentais para aprofundar a integração e o desenvolvimento neste sector.
Animados pelo Protocolo sobre a Facilitação da Circulação de Pessoas na SADC, assinado em Agosto
de 2005, pelo menos sete países na região assinaram acordos bilaterais renunciando à necessidade de
visto para os seus respectivos cidadãos.
A harmonização de políticas, legislação e normas no sector do turismo está em curso, cuja finalização
está prevista para finais de 2009.
O Protocolo define uma TFCA como “ a área ou componente de uma grande região ecológica e
atravessa as fronteiras de dois ou mais países e abrange uma ou mais zonas protegidas, bem como
áreas de utilização múltipla.”
A SADC também lançou uma Estratégia de Turismo 2010, que prevê o acolhimento e a promoção
conjuntos do turismo durante o mundial de 2010 que será disputado na África do Sul. Sob a tutela da
Organização Regional do Turismo da África Austral (RETOSA), as TFCAs foram seleccionadas como
projectos ancora para o Projecto de 2010. Estão em curso esforços para desenvolver as infra-estruturas
nas TFCAs que integram o Programa de 2010. Um programa exaustivo de desenvolvimento de infra-
estruturas (alojamentos e acessos) está em curso nas TFCAs que integram o Projecto Âncora de 2010,
liderado pela África do Sul..
Transportes
Âmbito do programa
O programa da SADC relativo ao sector dos transportes abarca o transporte rodoviário, o transporte
ferroviário, os portos, as vias navegáveis marítimas e fluviais, e os transportes aéreos. As principais
áreas de intervenção neste sector incluem o desenvolvimento de infra-estruturas de transporte, a
harmonização de políticas, o reforço das capacidades, e a facilitação dos transportes e do comércio.
O desenvolvimento de infra-estruturas de transporte visa apoiar o estabelecimento da Zona de
Comércio Livre (2008), seguida da União Aduaneira (2010) e, por fim, do Mercado Comum (2015)
na SADC.
Nos dias que correm, a indústria internacional dos transportes marítimos está concentrada nos aspectos
relacionados com a segurança dos navios e dos portos. Alguns portos da SADC já realizaram auditorias
de segurança ou prevêem realizá-las em breve. O Secretariado está em vias de desenvolver um plano
regional exaustivo visando melhorar a segurança nos portos da Região. Este processo será executado
em estreita colaboração com os Escritórios da OMI em Nairobi e com a Associação de Gestão dos
Portos da África Oriental e Austral (PMAESA) em Mombaça, no âmbito da Convenção Internacional
para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS).
Com esta finalidade, o Secretariado, em colaboração com a OMI e a PMAESA pretende convocar um
Workshop Regional sobre a Segurança Marítima em Mombaça, no Quénia, em Setembro de 2009,
com o intuito de formular uma estratégia e um roteiro para o melhoramento da segurança nos portos.
A estratégia incluirá também um programa para mobilizar a acção colectiva internacional no sentido
de combater e eliminar a pirataria, que não só constitui uma ameaça à indústria e uma violação das
disposições da OMI, como coloca o risco de se alastrar para outras partes do mundo.
35
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Caminhos-de-ferro
O Manual da SADC para o Transporte de Mercadorias Perigosas está a ser revisto, tomando em linha
de conta o disposto na Convenção sobre a responsabilidade civil pelos danos causados durante o
transporte de mercadorias perigosas por via rodoviária, ferroviária e por vias navegáveis interiores e
alterações da Convenção, embora a Convenção não tenha ainda entrado em vigor.
Infra-estruturas
O Lesoto e a África do Sul continuam a investigar a viabilidade de construir uma linha-férrea ligando a
parte oriental e a parte ocidental do Lesoto ao sistema da linha-férrea de mercadorias da Transnet.
Transporte Aéreo
O Secretariado também está a envidar esforços no sentido de identificar e obter fontes alternativas
de financiamento, com o objectivo primordial de dar continuação à implementação da Fase II do
COSCAP-SADC e sustentar as operações da SASO (quando essa for estabelecida).
36
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Segurança da Aviação
Resultados Alcançados.
O Secretariado criou instituições para coordenar a implementação das medidas necessárias para a
liberalização dos mercados dos transportes aéreos no seio da COMESA, da EAC e da SADC, no
âmbito da Decisão de Yamossoukro da UA sobre os “Céus Abertos”. A Autoridade de Concorrência
Conjunta da SADC foi criada para coordenar a implementação até Janeiro de 2010.
A SADC desenvolveu um projecto, o UACC, destinado a criar um centro de controlo consolidado via
satélite, custo-eficaz e eficiente.
Resultados Alcançados
A SADC realizou um estudo de viabilidade relativo ao Projecto UACC, finalizado em Julho. O estudo
concluiu que o UACC era viável e produziu um Anexo ao Protocolo da SADC dos Transportes,
Telecomunicações e Meteorologia (PTCM), que deverá ser assinado pelos Estados-membros que
pretendem participar no UACC.
Uma vez assinado o Anexo ao Protocolo e identificados os Estados participantes do Projecto UACC,
alguns dos aspectos principais a serem abordados incluem: identificação do local mais indicado para
a Sede do UACC, definição do conjunto de mecanismos necessários para o bom desenvolvimento,
implementação e funcionamento do UACC, e desenvolvimento de um plano eficaz e prático para
assegurar a transição das operações relativas ao espaço aéreo inferior e superior (conforme apropriado)
dos actuais prestadores de serviços para o UACC.
Em conformidade com uma decisão dos Ministros da SADC responsáveis pelos Transportes, o
Secretariado está em vias de coordenar um estudo das receitas e dos custos do UACC, com um
parecer jurídico do Projecto do Anexo ao Protocolo e do quadro para a implementação conjunta do
projecto no âmbito do quadro Tripartido COMESA-EAC e SADC.
37
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Transporte Rodoviário
Resultados Alcançados
Taxas Rodoviárias
A fim de reforçar a iniciativa dos corredores de transporte da SADC, a região encontra-se em vias de
desenvolver e implementar um novo regime harmonizado de taxas rodoviárias na SADC até 2010.
Foi alcançado o consenso em relação à consolidação das taxas a serem cobradas aos utilizadores das
estradas, incluindo a introdução da legislação necessária para agilizar a consolidação, definição das
taxas a serem cobradas dos utilizadores das estradas a serem calculadas com base numa fórmula e
modalidades convencionadas para a cobrança das taxas rodoviárias – o sistema de senha foi aceite
como a modalidade preferencial.
Controlo de Sobrecargas
O Secretariado da SADC tem vindo a colaborar com o Mercado Comum da África Oriental e Austral
(COMESA) e os escritórios na África Austral da Comissão Económica das Nações Unidas para a África
(UNECA) no Comité de Coordenação dos Transportes nas Comunidades Económicas Regionais,
estabelecido ao abrigo do Programa de Políticas dos Transportes para a África Subsaariana (SSATP) no
sentido de harmonizar as políticas, as normas e os procedimentos de controlo de sobrecargas.
Em conformidade com a decisão dos Ministros, o Secretariado está em vias de desenvolver um Plano
de Acção para implementação.
Entre outros aspectos, o Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional da SADC visa
liberalizar os mercados regionais dos transportes e harmonizar os regulamentos, as normas e as políticas
em matéria dos transportes. O Secretariado está em vias de elaborar um MRTA, um instrumento que
irá substituir a multiplicidade dos acordos bilaterais celebrados entre os Estados-membros e agilizar a
liberalização do mercado regional dos transportes.
A região criou uma Rede Regional das Estradas Principais, objecto de revisão anual. O RTRN norteia o
desenvolvimento das redes rodoviárias nos corredores aprovados da SADC.
O Posto Fronteiriço de Kazungula está localizado entre o Botswana e a Zâmbia através do rio Zambeze.
A travessia do rio Zambeze é realizada presentemente pelo ferry que transporta cerca de 30 camiões
por dia, sendo este processo moroso e propenso a acidentes, contribuindo às demoras e aos elevados
custos de transporte. Neste sentido, a travessia do rio constitui uma barreira significativa ao movimento
de bens na África Austral. Praticamente todo o tráfego entre a África do Sul, Botswana, Moçambique,
Zimbabwe, Zâmbia, Congo, Tanzânia, e Malawi depende deste corredor de transporte específico.
38
A construção da Ponte de Kazungula realçará as operações de transporte ao longo do corredor
regional norte-sul, que liga as regiões ricas em minerais da Zâmbia e da República Democrática do
Congo ao Botswana e ao porto de Durban na África do Sul. Além disso, a construção da Ponte
3. Análise Dos Programas Sectoriais
de Kazungula promoverá a indústria local na Zâmbia, Zimbabwe e Botswana. A redução dos custos
de transporte resultará na descida dos preços ao consumidor dos produtos agrícolas, assim como
o desenvolvimento das actividades socioeconómicas ao nível da comunidade. Este aumento na
actividade económica local pode resultar numa subida das receitas tributárias para o governo local.
Devido à sua importância, a SADC designou o Projecto da Ponte de Kazungula um projecto principal
para a região.
A Agência de Cooperação Internacional do Japão ( JICA) encomendou um estudo por Nippon Koei
e Oriental Consultant. O estudo, publicado em Março de 2001, confirmou a viabilidade técnica e
económica do projecto. O Banco Africano de Desenvolvimento está presentemente a patrocinar o
estudo em relação à viabilidade económica e à concepção detalhada da Ponte de Kazungula, das
Instalações de Controlo Fronteiriço, e das Instalações das Portagens, a ser realizado por Consultant
EgisBceom International. O estudo deverá ficar concluído no final de 2009. Prevê-se que a construção
própria deverá começar em 2010 a um custo total de cerca de USD 82 milhões, e mais US$ 30
milhões necessários para as instalações de controlo fronteiriço.
39
O programa visa harmonizar as três principais modalidades de seguro contra terceiros aplicadas no
transporte transfronteiriço na região da SADC (Cartão Amarelo na COMESA, Imposto de Combustível,
e pagamento nos postos fronteiriços). A maioria do trabalho foi concluída em 1999, data em que
esforços foram envidados para aplicar a modalidade do Cartão Amarelo da COMESA em todos os
países da África Austral e Oriental. Foi proposto um estudo que visa beneficiar a região da SADC
em geral, mas especificamente os seguintes Estados-membros: Angola, Botswana, RD Congo, Lesoto,
Moçambique, Namíbia, África do Sul, e Swazilândia. Está previsto que o estudo venha a beneficiar as
entidades de tutela dos transportes rodoviários, como também os próprios operadores, a indústria
seguradora regional, e os exportadores. Em consequência dos constrangimentos de financiamento, o
estudo será realizado pela própria SADC através de um Grupo de Trabalho.
Em 2008, a SADC adoptou uma Estratégia e Directrizes para os Corredores, assim adoptando
uma abordagem coordenada relativa à implementação dos Corredores da SADC. Os
objectivos estratégicos do programa são:
•• Aumentar as taxas de crescimento e desenvolvimento regional e nacionais
•• Aprofundar a integração económica das economias da SADC
•• Promover a complementaridade das estratégicas económicas entre os estados da SADC
de modo a criar estruturas de produção competitivas na região.
•• Melhorar a competitividade internacional das mercadorias de exportação da SADC,
sobretudo para os países em zonas sem litoral.
•• Aumentar o comércio intra-regional para superar os desequilíbrios históricos
•• Mobilizar fluxos de investimento directo estrangeiro
•• Promover uma distribuição espacial mais equitativa das indústrias e agro-indústrias
Âmbito do programa
O desenvolvimento de uma rede rodoviária regional está consagrado no Protocolo da SADC dos
Transportes, Telecomunicações e Meteorologia que encoraja os Estados-membros a desenvolverem
corredores integrados de comércio e promover assim as trocas comerciais e a integração económica
regional. No contexto do transporte de superfície, está prevista ligação dos portos principais da
SADC por redes rodoviárias e ferroviárias ao interior e aos países sem litoral. O Secretariado está
a recuperar o tempo perdido durante a transição da SATCC para um Secretariado centralizado da
SADC. O programa dos corredores tem sido progressivamente revisto e adaptado às novas realidades
da integração regional dos mercados, à medida que a SADC evolui de uma Zona de Comércio
Livre para uma União Aduaneira e, eventualmente para um Mercado Comum. Neste processo, os
corredores de transporte continuam a constituir os quadros principais para a implementação, sendo
os elementos capacitadores do comércio regional e a livre circulação de bens e pessoas.
O mecanismo institucional para a gestão das operações dos corredores e implementação de projectos
encontra-se ilustrada de seguida:
41
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Estratégico Indicativo de
Desenvolvimento Regional
SDI da SADC
Estratégia relativa a Corredores
Norte-Sul
Drift-Kazungula-
Ocidental
Oriental
Bas Congo Bas Congo
Corredores
Lusaka-Lubumbashi
Namib Namib
Trans-Kalahari Durban-Beit Bridge- Trans-Kalahari
Harare-Chirundu-
Trans-Cunene Lusaka-Lumbashi Trans-Cunene
Trans-Caprivi Trans-Caprivi
Durban-Beit Bridge-
Harare-Lilongwe
CMCs e associações
Implementação por
Partilha de Informação e
Investigação/Diálogo
relativo a Políticas
lições e modelos)
industriais
Conhecimentos
Operacional
Institucional
Regulamentar
Processual
Política
Legal
Mobilização de Recursos
(Coordenação com Parceiros de Cooperação e Investidores, etc.)
Resultados Alcançados
Instrumentos
Instituições
Infra-estruturas
•• Actualização do RTRN e chegar a um acordo sobre a sua adopção por todos os Estados-
membros.
•• Finalização de Chirundu como Posto Fronteiriço de Paragem Única entre Zimbabwe e Zâmbia no
CNS. Chirundu será oficialmente aberto como o primeiro PFPU na SADC em Setembro de 2009
•• Estudos de viabilidade para estabelecer Postos Fronteiriços de Paragem Única nas seguintes
fronteiras foram finalizados ou estão em curso: Mamuno/Transkalahari (Botswana/Namíbia), Katima
Mlilo/Wenela (Zâmbia/Namíbia), Kazungula (Botswana/Zâmbia), Oshikango/Santa Clara (Namíbia/
Angola), Corredor de Nacala (Moçambique, Malawi, Zâmbia).
43
3. Análise Dos Programas Sectoriais
•• A estratégia regional relativa aos corredores está a ser implementada no âmbito dos 3”I”s, ou
seja, Instrumentos (assinatura de Memorandos de Entendimento até ao nível de Chefes
de Estado), Instituições (estabelecimento de estruturas transfronteiriças nos Estados-
membros para implementar os Corredores) e Infra-estruturas (com enfoque para o
desenvolvimento de infra-estruturas nos corredores).
3.4 Cluster dos Corredores Ocidentais (Trans Kalahari, Trans Cunene, Trans Caprivi,
Namibe, Lobito (Benguela), Malanje)
Cluster dos Corredores Orientais (Corredores Central, Dar es Salaam, Mtwara, Nacala,
Shire-Zambezi, Beira e Maputo)
44
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Transporte Aéreo
•• Completado o projecto conceitual do Upper Air Space Control Center (UACC) da SADC
45
e estrutura financiada.
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Desafios Oportunidades
1. Atrasos na oferta e manutenção e 1. Apoio pelos investimentos em infra-
infra-estruturas estruturas para 2010
2. Cooperação entre as CERs 2. Redes relativamente bem integradas
3. Integração dos planos nacionais e 3. Legado de cooperação da SATCC
regionais
4. Investimentos pelos parceiros de
4. Harmonização de leis, cooperação e sector privado
regulamentos e políticas
5. Países na retaguarda podem
5. Reconstrução e reintegração dos beneficiar das evoluções
estados saídos de conflitos – tecnológicas
Angola, RDC
Transportes
Ameaças Realizações
1. Recessão global e queda no 1. Criação de instituições dos
financiamento de infra-estruturas corredores
46
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Isto está em linha com o objectivo do sector que é aproveitar as vantagens dos desenvolvimentos
tecnológicos internacionais e desenvolver redes de telecomunicações nacionais para a provisão
de serviços de telecomunicações que sejam eficazes, fiáveis e preços de acesso aceitáveis a fim de
garantir serviços adequados de alta qualidade e eficazes, para se alcançar serviços de acesso universal
e reforçar a interconectividade na Região e a nível mundial.
Por outro lado, foram providenciadas várias ferramentas e plataformas para que os reguladores das TIC
da SADC incrementem a sua capacidade de passarem com sucesso, nos seus respectivos mercados
internos, dos “monopólios naturais” para os mercados liberalizados.
Resultados alcançados.
48
3. Análise Dos Programas Sectoriais
O mapa abaixo reflecte o mapa esquemático do SRII e a sua conectividade com o Projecto EASSy
submarino.
Legenda:
Conexão operacional
como necessário
Configuração mínima
existente – necessita de
melhoria com OFC
Conexão ainda não
disponível
49
3. Análise Dos Programas Sectoriais
A 13 de Maio de 2009 teve início um estudo de viabilidade actualizado, para facilitar a implementação
das conexões que faltam na Transmissão Backhaul, que foi financiado pelo Banco Africano para o
Desenvolvimento (BAD) e espera-se que o relatório final esteja pronto até ao fim de Agosto de 2009.
A firma Pricewaterhouse Coopers LLP, contratada pela SATA está a realizar o estudo de viabilidade
actualizado.
A União Internacional de Telecomunicações está a financiar a segunda Fase do Projecto SRII que inclui
o Projecto de Pontos de Intercâmbio de Tráfego da Internet (IXP). As componentes dos projectos
incluem comutação, facturação, gestão de rede e sistemas IP. A parte do desenho do projecto foi
finalizada em 2006 e está a ser utilizada como uma directriz pela SATA na implementação e na
migração para as Redes de Próxima Geração (GNG) para todas as plataformas IP. Os detalhes são
providenciados na Figura 10 abaixo.
RDC
TÂNZANIA
ZÂMBIA
MAURÍCIAS
MOÇAMBIQUE
SUAZILÂNDIA
Generalidades
EASSy é um sistema de duas fibras e tem como base a arquitectura de “collapsed ring”, que providencia
um elevado grau de solidez, elevada confiança e baixa perda de comunicação. Segue-se abaixo uma
imagem que mostra o sistema de cabo e de pontos de ligação.
50
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Instituições de
Financiamento ao Empréstimo (longo prazo)
Desenvolvimento (DFIs)
Aquisição de
Capacidade Equidade EASSy
Operadores
das Partes
do EASSy
Operadores
das Partes Aquisição de Capacidade
do EASSy (Directo)
Esta conectividade submarina é suplementada pelas redes backhaul de fibras ópticas terrestres que
atingem o interior do continente Africano para interconectar 10 países do interior sem litoral e
providenciar encaminhamento entre os pontos de ligação – assegurando que o tráfego dos clientes
ainda atinge o seu destino, mesmo no caso de uma interrupção catastrófico.
51
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Informação Técnica
A solução submarina tem como base a plataforma submarina do sistema DWDM de nova geração da
Alcatel-Lucent 1620 Light Manager (LM) e inclui também os cabos e os repetidores submarinos. As
unidades de ramificação garantirão a conectividade directa aos pontos de ligação (landing stations),
onde Alcatel-Lucent colocará o seu Metro Core Connect (MCC) 1678 para interligação terrestre. O
sistema de gestão Alcatel-Lucent 1350 supervisionará todo o equipamento fornecido.
Registaram-se progressos consideráveis em relação ao projecto e o cabo submarino deve estar pronto
para dar início aos serviços em Junho de 2010. As Redes de serviços terrestres Backhaul de Fibra
Óptica (Sistema Backhaul da África Austral - SABs) e o Sistema Backhaul do Norte de África (NABs)
devem estar prontos seis (6) meses antes do EASSy estar pronto para iniciar os seus serviços.
Realizou-se, em 2008, uma reunião de Ministros dos países signatários do Protocolo de Kigali e que
acordaram em dar o novo nome UHURUNET ao segmento submarino e UMOJANET à porção
terrestre. A Baharicom Development Company (BDC), a empresa responsável pelo desenvolvimento
do cabo submarino Uhurunet, foi registada nas Maurícias em 2008. BDC tem tido consultas com
várias firmas que desenvolvem cabos submarinos a fim de colaborar com elas no desenvolvimento
da UHURUNET. Estas incluem: Seacom, e TEAMS na Costa Oriental e, Main One e ACE na Costa
Ocidental.
Foi realizado e finalizado, em Abril de 2009, um Estudo de Viabilidade detalhado (DFS) para a secção
da UMOJANET da África Oriental e Austral. O Estudo cobriu os países seguintes: Angola, Botswana,
Burundi, República Democrática do Congo, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quénia, Lesoto, Madagáscar,
Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Ruanda, República (…), África do Sul, Sudão, Swazilândia,
Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe. O Estudo de Viabilidade detalhado constituirá a base de um
Memorando de Informação do Projecto que será usado para solicitar investimentos no Umojanet.
52
3. Análise Dos Programas Sectoriais
•• Outros cabos submarinos completos são WACS, GL 01, ACE e Main One (Costa Ocidental),
bem como Seacom, Teams, Sat-3-Safe (Costa Oriental).
•• Rede de banda larga do NEPAD alcançou a fase final de desenho conceitual e do roteiro.
Desafios Oportunidades
1. Passo muito rápido das mudanças 1. Crescimento em comunicação
tecnológicas móvel e tecnologias sem fios
2. Convergência de TIC 2. Participação activa pelas agências
3. Entrega de infra-estruturas de executoras dos Estados-membros
acordo com o quadro regulador 3. Reconhecimento do papel crítico
em mudança das TIC como promotora do
4. Custos elevados da provisão de desenvolvimento socioeconómico
serviços de comunicação 4. Participação do sector privado
5. Apoio dos parceiros de
cooperação internacionais.
TIC
Ameaças Resultados alcançados
1. Mudanças tecnológicas rápidas e 1. Quadro legislativo e regulador
obsolescência técnica; harmonizado
2. Lançamento da Iniciativa e-SADC
2. Emergência de Operadores de que procura utilizar as TIC para o
baixo custo que ultrapassam desenvolvimento socioeconómico
a rede nacional e o regime de
3. Aumento da participação do
licenciamento
sector privado no mercado
3. Segurança de dados e 4. Plano da SADC para migração de
cibersegurança sinal analógico para digital
4. Governação da Internet – gestão de 5. Aumento da participação do
comuns sector privado como resultado do
mercado totalmente liberalizado
53
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Sector da Água
Âmbito do Programa de Infra-estruturas hidráulicas da SADC
O sector da água desempenha um papel importante na concretização da meta da SADC de
integração económica regional que visa o alívio da pobreza. A gestão integrada dos recursos hídricos
e o desenvolvimento das infra-estruturas conexas é uma das áreas de intervenção prioritárias no âmbito
do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional (RISDP) que contribui para a meta da
SADC. A necessidade de desenvolvimento das infra-estruturas hidráulicas regionais foi reafirmada no
RISDP, em 2003, através das suas duas metas específicas principais:
•• Desenvolver, até 2015, as infra-estruturas hidráulicas necessárias para duplicar a superfície de terra
sob irrigação; e
•• Reduzir para metade a proporção da população sem acesso a água potável e a saneamento. Os
Estados-membros da SADC sentiram que o desenvolvimento de infra-estruturas hidráulicas físicas
traz consigo uma mudança positiva na vida das pessoas.
54
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Tratado da SADC
RISDP da SADC
Protocolo Outras Políticas
Revisto sobre Política
Regional da e Estratégias
Cursos de Água Sectoriais da
Compartilhados Água Visão da SADC SADC
para Água, Vida e
Directrizes para Meio-ambiente
a formulação Quadro Regional
de Políticas e Estratégia Regional para Acção
Estratégias para para Água
Água
RSAP1 RSAP2 RSAP3
Regional
Planos de Bacia
National Hidrográfica
Estratégia
Nacional da
Legislação Política Água Planos de IWRM Políticas
Nacional da Nacional da (Gestão Integrada de
Nacionais
Água Água Recursos Hídricos)
Sectoriais
Quadro Institucional
A região da SADC desenvolveu e formulou uma estrutura institucional para apoiar a implementação
dos programas da SADC, incluindo o sector da água. A Figura 14 oferece-nos o diagrama das
instituições do sector da água da SADC. O quadro institucional reúne os Estados-membros da SADC
e os Parceiros de Cooperação Internacionais (ICP) sob a coordenação do Secretariado da SADC. Os
ICPs coordenam os seus contributos para o programa da água através do Grupo de Referência da
Estratégia da Água (WRSG, sigla em Inglês). O Comité Técnico dos Recursos Hídricos (WRTC, sigla
em Inglês) integra os Directores Técnicos dos Departamentos da Água dos Estados-membros para
guiar a Secção da Água do Secretariado da SADC. Os Comités Directivos são estabelecidos sob a
supervisão do WRTC para projectos e programas específicos. As instituições dos Estados-membros
são, em grande parte, responsáveis pela implementação dos projectos e programas coordenadas
pelo Secretariado da SADC, sob a orientação dos Comités Directivos dos Projectos.
Como parte do quadro institucional, o sector da água trabalha conjuntamente com as Organizações
das Bacias Hidrográficas.
55
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Ministros da Legenda
Água Prestação de Contas/Relatórios
Comunicação Organizacional
Comissões Representação
Nacionais da Nacional
RSAP
SADC Prestação de
Comité Governos da Instituições dos Contas/Relatório Grupo de Referência da
Nacional de SADC Cursos de Água do Programa Estratégia da Água
Recursos Compartilhados Aconselhamento
Hídricos Estratégico
Parceiros de
Apoio em Cooperação
Pontos Secretariado
Focais da SADC Cooperação GTZ
Nacionais
?
Prestação de
Comités contas/Relatórios Cooperação
Directivos do do RSAP
Projecto
Intervenientes não-
governamentais
Agentes de Coordenação Comités de
Implementação de Intervenientes/
do Projecto Intervenientes Coordenação
•• oferecer uma plataforma para debates, partilha de informações e prevenção de conflitos ao nível
das bacias hidrográficas.
56
3. Análise Dos Programas Sectoriais
57
3. Análise Dos Programas Sectoriais
58
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Resultados alcançados
As reformas institucionais das RBOs que estão a ocorrer têm facilitado a provisão de estruturas para
a gestão das bacias hidrográficas, incluindo a implementação de projectos de valor económico.
Enfrentam-se ainda problemas relativamente à assinatura, ratificação e adesão aos instrumentos jurídicos
o que causa atrasos nosprocessos de reforma.
•• Segurança energética;
•• capacitação;
•• elaboração de projectos; e
•• componentes de implementação.
A vertente de capacitação tem como base as Resoluções e o Plano de Acção da Conferência Ministerial
Africana sobre Energia Hidroeléctrica e Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo, em
2007. Envolve a criação de sensibilização ao nível político, para o desenvolvimento de importantes infra- 59
estruturas hidráulicas estratégicas. Envolve, ainda, o desenvolvimento de manuais de formação sobre
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Resultados
Em 2005, foram submetidos aos Estados-membros, para apreciação, cerca de 134 projectos de infra-
estruturas hidráulicas, no âmbito do programa regional de infra-estruturas hidráulicas. Os projectos
foram analisados e categorizados nos grupos principais seguintes: (i) Projectos Prioritários de Infra-
estruturas Estratégicas; (ii) Projectos de Desenvolvimento de Grandes Infra-Estruturas Hidráulicas; e (iii)
Projectos de Demonstração de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos (IWRM). Os projectos são
classificados por prioridade em cada uma das categorias do programa regional de infra-estruturas
hidráulicas através de critérios aprovados que tomam em conta a contribuição do projecto para
os objectivos regionais da SADC (redução da pobreza), os impulsionadores do desenvolvimento
(género, impactos ambientais, etc., e critérios específicos do projecto (viabilidade do projecto).
60
3. Análise Dos Programas Sectoriais
61
3. Análise Dos Programas Sectoriais
País Projecto
Zâmbia IWRM e Segurança Alimentar para a Bacia Hidrográfica do Kafue
Swazilândia Projectos de Desenvolvimento de Irrigação de Lavumisa
Malawi Projecto de IWRM e Melhoria da Subsistência Rural na zona de Dzimphutsi
Moçambique Melhoria da Subsistência da população da Bacia do Baixo Limpopo
Situação da implementação e resultados
Namíbia IWRM sustentável na Bacia do Omaruru-Baixo Swakop
Capacitação
O programa de capacitação para as infra-estruturas hidráulicas regionais é implementado pela
SADC e a EAC com o apoio do Governo Alemão (InWEnt), em associação com o PNUMA e o
GWP-SA. O primeiro manual de formação sobre os Planos de Gestão Ambiental está concluído e
será implementado em regime piloto em Julho de 2009. Outros manuais de formação que estão
presentemente a ser desenvolvidos incluem o manual de formação sobre Aspectos Socioeconómicos
e de Partilha de Benefícios e um manual de formação sobre Avaliação de Opções.
62
3. Análise Dos Programas Sectoriais
Actividades futuras
A SADC continuará com o lançamento do Quadro de Implementação do RSWIDP concentrando-se
nas componentes de capacitação e de preparação de projectos. O lançamento do manual de formação
sobre os Planos de Gestão Ambiental terá início com uma sessão piloto de formação em Julho de 2009.
Uma vez finalizados, os manuais de formação sobre os Aspectos Socioeconómicos e Partilha de Benefícios
e o manual de formação sobre Avaliação de Opções, serão também implementados em regime piloto
e lançados durante o segundo semestre de 2009. Entretanto a sensibilização de personalidades políticas
nos vários fóruns, tais como o Fórum Parlamentar da SADC, terá lugar em 2009.
A SADC continuará a procurar o apoio financeiro para a preparação de projectos. Será também
desenvolvido o material de apoio ao desenvolvimento de projectos, na forma de um guião de
preparação e financiamento de projectos. Será incrementado o financiamento para o desenvolvimento
de um manual de implementação direccionado ao programa de infra-estruturas hidráulicas regionais,
que inclui o desenvolvimento de um programa de marketing, monitorização e avaliação. A SADC
continuará a apoiar os Estados-membros a fazerem com que os projectos se tornem projectos
bancáveis. O financiamento de projectos-piloto será procurado activamente pela SADC, assim como
a garantia da implementação de projectos-piloto em curso, tais como, o Projecto Transfronteiriço
de Abastecimento de Água e Saneamento do Cunene, entre a Namíbia e Angola. Uma vez que
esteja disponível uma carteira razoável de projectos de infra-estruturas hidráulicas, com informação
adequada, a SADC projecta promover os projectos numa conferência de doadores/financiadores. A
SADC continuará a procurar o apoio financeiro para o estabelecimento de um fundo para pequenos
projectos de abastecimento de água e saneamento na Região.
Desafios Oportunidades
1. Disparidade entre as infra- 1. Sólidas políticas-quadro
estruturas hidráulicas existentes e o e ambiente favorável ao
potencial para desenvolvimento. desenvolvimento de infra-
estruturas;
2. Capacidade para desenvolver,
implementar, operar e manter os 2. Aceitação por parte de potenciais
sistemas de infra-estruturas. investidores importantes de que é
necessária uma infra-estrutura em
3. Projectos preparados África (Banco Mundial, BAD, etc.)
inadequadamente para serem
bancáveis e em termos dos 3. Quadro Jurídico (Protocolo),
detalhes dos projectos; políticas e estratégias para a
gestão de recursos hídricos
4. Financiamento para o transfronteiriços.
desenvolvimento e implementação
de projectos; 4. Potencial não explorado para
o desenvolvimento de infra-
5. Necessidade de equilibrar a estruturas hidráulicas na SADC.
orientação para o desenvolvimento
com os benefícios adequados
para o ambiente, sociais e
económicos.
Água
Ameaças Resultados alcançados
1. Atrasos na conclusão de 1. Criado o ambiente favorável a
alguns dos acordos que regem os projectos transfronteiriços.
cursos de água compartilhados;
2. Iniciado o Projecto-piloto
2. Falta de vontade, por parte dos transfronteiriço de Abastecimento
países, para colaborarem em de Água e Saneamento do Cunene
projectos Conjuntos de Infra-
estruturas; 3. Concluído o projecto comunitário
de pequenas infra-estruturas de
3. Redução da vontade e apoio elevado impacto no alívio da
políticos; pobreza e lições documentadas;
4. Alterações climáticas; 4. Os macro-projectos avançaram para
desenho e construção;
5. Crise financeira global.
5. Reforçada a capacidade
institucional das Instituições de
Gestão dos Recursos Hídricos
Transfronteiriços.
64
4. Situação Da Integração De Infra-Estruturas Da SADC
O estado actual de conectividade física inter-estatal e a gestão integrada de infra-estruturas pode ser
resumido com base nas vertentes seguintes:
•• Nível de conectividade da rede de serviços públicos de energia eléctrica numa base regional e
grau da integração do mercado e comércio de energia;
Embora a rede rodoviária esteja a um nível razoável de integração, a facilitação dos serviços
transfronteiriços no contexto de paragem única está ainda no início. A Rede de Estradas Nacionais
Regionais identificou os troços inexistentes que o programa de Corredores está a abordar, como
indicado nos relatórios precedentes dos sectores. Embora os serviços ferroviários sejam razoavelmente
integrados, a manutenção protelada e os serviços ineficientes constituem um desafio importante.
As vias de acesso que faltam na RDC e em Angola estão a receber a atenção devida, enquanto a
Namíbia concluiu a sua via de acesso a Ondangwa como uma conectividade potencial através de
Oshikango/Ondjiva até à linha de Namibe. Várias outras propostas para as ligações ferroviárias estão
em preparação ligando o Botswana (com a Zâmbia), Zimbabwe (com a Zâmbia) Malawi (com a Zâmbia),
Zâmbia (com Angola). Há necessidade de apoio às iniciativas actuais para as vias navegáveis do interior
(por exemplo, a via navegável Shire Zambezi) e a modernização das vias navegáveis existentes que
também ligam as vias rodoviárias e ferroviárias que ainda faltam.
Até à data, nove empresas de energia da África Austral, no continente, estão interligadas, com
excepção de Angola e Tanzânia. Foi alcançado um certo grau de integração das redes energéticas
envolvendo o Botswana, RDC, Lesoto, Malawi, Moçambique, África do Sul, Swazilândia, Zimbabwe
e Zâmbia. Esta interconectividade tem facilitado o estabelecimento do Mercado de Energia a curto
prazo do SAPP, que em breve passará a ser uma Rede de vantagem competitiva. A implementação
iminente dos interconectores Zimbabwe-Zâmbia-Botswana-Namíbia (ZIZABONA), Tanzânia-Zâmbia-
Quénia, Malawi-Moçambique, Tanzânia - Moçambique e o reforço de alguns dos já existentes,
completará a integração desejada e, facilitará, depois, a comercialização de energia através de
Acordos de Transmissão (Wheeling Agreements) entre os Estados envolvidos. Estes Acordos estão
a ser desenvolvidos através de Memorandos de Entendimento Intergovernamentais (IGMOU) que
envolvem os Estados-membros participantes e Memorandos de Entendimento entre os Produtores
de Electricidade (IUMOU). As reformas reguladoras estão ainda a ser introduzidas, enquanto o reforço
da RERA, que lidera estas reformas, permanece uma prioridade.
Lacunas em Investimento
As necessidades em termos financeiros, na área de desenvolvimento de infra-estruturas, são enormes e
sempre crescentes. Há necessidade de preservar e manter as infra-estruturas visto que a procura actual
excede a oferta e o acesso é seriamente baixo. Muitas vezes os custos de reabilitação e de expansão
66 de infra-estruturas excedem a capacidade dos Estados-membros da SADC para tal, obrigando-os a
4. Situação Da Integração De Infra-Estruturas Da SADC
67
5. Questões Transversais
5. Questões Transversais
Financiamento do Projecto
Existe uma variedade de fontes de financiamento para o desenvolvimento dos projectos infra-
estruturais. Estas dependem, em elevado grau, da natureza, âmbito e escala do projecto específico.
No passado, os grandes projectos foram executados pelo sector público, embora o sector privado
esteja, agora, cada vez mais envolvido. As fontes de financiamento incluem, agora, as seguintes:
•• Governos nacionais
•• Instituições financeiras
•• Bancos internacionais
68 68
5. Questões Transversais
A fim de melhorar a comunicação e a coordenação com os ICPs, a SADC estabeleceu com os seus
ICP, os grupos infra-estruturais temáticos dos ICPs da SADC, para encabeçarem e coordenarem o
desenvolvimento sectorial, em particular, nos sectores de infra-estruturas. Os grupos temáticos dos
sectores da Água, Transportes e Energia foram estabelecidos e facilitaram as complementaridades, a
concertação e o financiamento com os ICPs e o financiamento conjunto do desenvolvimento infra-
estrutural.
A fim de atrair a participação do sector privado nas infra-estruturas, a região reconheceu a necessidade
urgente da criação de um ambiente jurídico, de políticas e regulador conducente e apropriado que
facilite as referidas parcerias. Neste contexto, a Região estabeleceu um programa que visa abordar a
provisão de um quadro institucional, regulador e de políticas abrangentes, aos níveis sectorial, nacional
e regional, que sirva como um sinal, para todos os intervenientes e para o sector privado, de que a
Região está empenhada e pronta a integrar o sector privado no domínio do desenvolvimento infra-
estrutural transfronteiriço.
Género
O Secretariado da SADC assumiu seriamente o objectivo regional de promover a igualdade de
género em todas as esferas da vida, incluindo a provisão de infra-estruturas. Foi alcançado progresso
digno de nota na inclusão da perspectiva de género nos programas e projectos infra-estruturais na
medida em que se relacionam, entre outros, com os seguintes:
•• Garantir que a provisão de infra-estruturas toma em conta as necessidades das mulheres que
suportam a maior parte do fardo pesado que aparece devido à escassez de infra-estruturas,
especialmente nas zonas rurais;
•• Formação das mulheres em carreiras que envolvem as infra-estruturas, para poderem ascender
a cargos decisórios no sector, cargos que, até agora, têm sido do domínio dos homens, com o
registo de sucessos em aviação e comunicações; e
para superar o desafio imposto pelo VIH e SIDA no desenho, implementação e monitorização dos
projectos de infra-estruturas do modo seguinte:
•• Clínicas para tratar de doenças associadas a VIH e SIDA ao longo dos corredores piloto;
•• Provisão de instalações para testagem e aconselhamento nos principais centros, onde os projectos
de desenvolvimento de infra-estruturas estão a ser executados, e nos centros comunitários ao
longo dos corredores que incluem cidades e cidades fronteiriças; e
Meio-ambiente
O desenvolvimento de infra-estruturas, tais como, aeroportos, barragens e pontes, traz consigo,
inevitavelmente, um impacto no ambiente. Assim, na prática, devemos aceitar que as alterações
no ambiente natural são um resultado inevitável da tentativa para se alcançar o progresso social e
económico, aliviar a pobreza e melhorar o bem-estar humano. As infra-estruturas na Região são, em
geral, construídas para melhorar o bem-estar daqueles que as utilizam. Pela sua natureza própria, as
infra-estruturas são agentes de mudança que podem trazer consigo benefícios mas também resultados
negativos ao equilíbrio existente entre a população e o meio-ambiente.
No passado, a atenção de muitos países da SADC foi dirigida, quase exclusivamente, para os
benefícios potenciais das instalações, quer estas fossem novas ou melhoradas. Por contraste, os
problemas ambientais resultantes receberam muito pouca atenção, em grande parte porque eram
considerados sem importância, ou muito dispendiosos em comparação com o preço a ser pago
pelo desenvolvimento. Mais recentemente, todos os governos da SADC têm ficado cada vez mais
conscientes do impacto que o desenvolvimento descontrolado tem no ambiente e reconhecem que,
a longo prazo, a conservação ambiental e o desenvolvimento económico não só são compatíveis como
interdependentes e que se podem reforçar mutuamente. Isto tem feito surgir várias questões que agora
devem ser enfrentadas num tentativa para se criar um equilíbrio simbiótico entre o desenvolvimento
muito necessário, por um lado, e os cuidados ao ambiente, por outro. Assim, a SADC está a promover
o estabelecimento de directrizes políticas apropriadas e o papel de avaliações do impacto ambiental
na provisão de infra-estruturas como sendo de máxima importância, particularmente, relativamente a
infra-estruturas…
Alterações climáticas
As alterações e a variabilidade climáticas colocam um risco significativo às infra-estruturas e aos
seus donos, gestores e operadores, a longo prazo, particularmente nos sectores chave de energia,
transportes e telecomunicações. Os riscos principais associados às alterações climáticas são o potencial
para o aumento da frequência de precipitação diária extrema assim como de temperaturas que
afectam a capacidade, as operações e manutenção das infra-estruturas energéticas, de transporte,
telecomunicações e hidráulicas. A aceleração da degradação dos materiais e da integridade estrutural
das infra-estruturas principais podem ocorrer através de movimentos do solo e mudanças no nível
do lençol freático. O aumento das temperaturas pode resultar no aumento da procura de água e no
aumento da frequência, o que aumenta a ponta de carga em termos da electricidade para sistemas
de ar condicionado reduzindo, ao mesmo tempo, a eficiência da transmissão, devido ao impacto na
condutividade dos cabos de transmissão. O aumento da temperatura, a radiação solar podiam reduzir
a vida do asfalto nas superfícies rodoviárias e nas pistas aéreas. O aumento da temperatura aumenta
a tensão no aço das pontes e das linhas ferroviárias, devido a expansão e ao aumento de movimento
das mesmas. O aumento da temperatura causa a expansão das junções do betão, dos revestimentos
70 de protecção, das camadas protectoras e dos materiais para vedação nas pontes e nas infra-estruturas
5. Questões Transversais
A maioria das infra-estruturas é desenhada, construída e mantida, tipicamente, tendo como suposição
que o clima no futuro será semelhante ao clima tido no passado. Contudo, os sinais actuais mostram
que o aumento das concentrações dos gases com efeitos de estufa estão já a influenciar as alterações
nas condições climáticas e continuarão a fazê-lo no futuro. Na SADC, a planificação, geralmente, é
baseada no cenário imperfeito de que o clima é estático, quando existe muito pouca informação
sobre os impactos prováveis das alterações climáticas nas infra-estruturas. Embora esta lacuna de
informação permaneça, é provável que as decisões chave continuem a ser tomadas com base na
suposição que os padrões climáticos históricos continuam sendo os mesmos. Infelizmente, cada vez
que isto não ocorre, o perfil do risco climático das infra-estruturas na região aumenta. Existe um
benefício considerável se a Região avaliar os impactos prováveis das mudanças climáticas nas suas
infra-estruturas. A fim de se orientar as actividades será necessário divulgar eficazmente as constatações
de uma tal avaliação, e convertê-las num conjunto de acções de engenharia, jurídicas e financeiras.
Isto ajudará a assegurar que os donos e os gestores das infra-estruturas planifiquem, tendo em conta
os efeitos das alterações climáticas, através do ciclo de vida útil da infra-estrutura, e do desenho, da
manutenção e da renovação da infra-estrutura.
O reconhecimento dos riscos associados às alterações climáticas é um primeiro passo valioso para
que haja melhor planificação dos futuros investimentos em infra-estruturas e para mitigar o dano
potencial que pode ser causado às infra-estruturas existentes. À luz deste facto, o Secretariado da
SADC está, presentemente, a preparar uma estratégia multissectorial de adaptação ao clima regional
que orientará e constituirá a base para o desenvolvimento de estratégias sectoriais de adaptação às
alterações climáticas.
Recuperação de custos
O consenso geral na SADC é que há necessidade de se pôr de lado as abordagens dominadas pela
oferta para se passar a abordagens mais orientadas pela procura, em que os utilizadores escolhem um
certo nível de serviços, com base na sua vontade de pagar por esse serviço. Essa vontade de pagar é
manifestada através de contribuições iniciais para os custos de investimento e através do pagamento
de taxas do consumidor para recuperar os custos de funcionamento e de manutenção. Assim, a SADC
continuará a promover programas inovativos de recuperação de custos no sector de infra-estruturas
de modo a equilibrar o desejo de fornecer os serviços infra-estruturais através de mecanismos do
mercado, com o objectivo de assegurar o acesso a infra-estruturas na Região e a melhor utilização das
infra-estruturas e instalações existentes.
71
5. Questões Transversais
Apropriação institucional
A fim de acelerar o desenvolvimento de infra-estruturas, é necessário um programa extensivo de
desenvolvimento e capacitação institucional ao nível dos Estados-membros e das agências executoras,
tendo em vista melhorar o ambiente conducente ao investimento. Uma vez desenvolvido, o Plano
Director Regional de Desenvolvimento Infra-estrutural da SADC pode providenciar um roteiro e
um plano com base nas prioridades regionais para o desenvolvimento de infra-estruturas, com base
no modelo da Iniciativa de Desenvolvimento Espacial, e uma abordagem com base em corredores,
concentrando-se nos planos projectados para as carteiras de desenvolvimento de infra-estruturas de
transporte, energia, TIC e hidráulicas.
Monitorização e Meio-ambiente
A SADC tem envidado esforços para incrementar a eficácia na implementação dos programas e
projectos infra-estruturais. Contudo, os sistemas de monitorização e avaliação são ainda inadequados
para providenciar a informação relevante e detalhada que possa ser usada como base para melhorar
as estratégias, os programas e os projectos e, de modo semelhante, para medirem e avaliarem o
desempenho, a fim de se conseguir uma melhor gestão dos resultados de desenvolvimento. Neste
contexto, a SADC intensificará a sua atenção direccionada aos resultados, virando-se para uma melhor
medição do desempenho e uma monitorização e avaliação mais sistemáticas e para um sistema de
relatórios mais eficaz, e, ainda mais importante, tais actividades gerarão uma cultura organizacional de
aprendizagem, de transparência e de prestação de contas.
•• Taxa aceitável de rendimentos, reforçado por um regime de recuperação de custos como uma
empresa.
•• Diálogo eficaz entre o Sector Público/Privado para a concretização de uma visão comum.
Parcerias Público-Privadas
Os governos da SADC compreenderam que, por si sós, não possuem o financiamento, as competências
e a tecnologia necessários para transformar o sector de infra-estruturas, para que seja modernizado e
funcione eficientemente. Portanto, têm convidado o sector privado para que seja parceiro na provisão,
manutenção, operação, gestão e apropriação de infra-estruturas, sistemas, serviços e instalações. Os
Protocolos e outros instrumentos jurídicos definem o enquadramento das parcerias e da participação
do sector privado nas infra-estruturas da Região. Estes protocolos regionais são reforçados pelas
legislações, políticas e regulamentos nacionais que são favoráveis ao sector privado.
Existem várias opções de PPP que podem ser adoptadas pelos Estados-membros. Em vários casos,
quando o governo sente que a infra-estrutura é estratégica, promove a equidade directa ou
indirectamente no seio do projecto e providencia garantias para reduzir riscos e formar uma equipa
com o sector privado no âmbito do quadro de Construir-Operar-Transferir (BOT), segundo o qual,
depois de muitos anos (na maioria das vezes 30 anos), o sector privado transfere completamente os
activos e a gestão para o Estado, assumindo que todas as despesas e os rendimentos razoáveis foram
recuperados. Há também casos de Construir-Possuir-Operar-Transferir (BOOT), Arrendar-Reabilitar-
Operar-Transferir (LROT), Construir-Transferir-Arrendar (BTL) e Empresas Conjuntas ( Joint Ventures
( JVs). A Linha de Caminho de Ferro Bulawayo Beitbridge (BBR), Gautrain (RAS), Linha Ferroviária do
Sena (Moçambique) são exemplos típicos.
73
6. Actividades Futuras para a Aceleração da Implemen tação do Desenvolvimento de Infra-estruturas Regionais
Estes projectos já foram aprovados pelos Estados-membros através das estruturas institucionais
apropriadas para os Sectores de Energia, Transporte, Comunicações e TIC, e subsequentemente
apoiadas publicamente pelo Conselho. Os Ministros Sectoriais nas áreas de Turismo, Energia,
Transporte, Comunicações, TIC, e Água, continuam a fiscalizar a implementação de todos os projectos,
mediante as estruturas existentes.
Os perfis dos projectos serão actualizados periodicamente para demonstrar as mudanças e o ponto
da situação da implementação. Prevê-se a criação de uma base de dados baseada na internet que os
Estados-membros poderão aceder enquanto forma de disseminar e partilhar informação.
Uma análise estatística foi efectuada relativamente aos perfis dos projectos, concentrando-se sobre a 75
participação dos Estados-membros, para demonstrar a distribuição dos projectos entre os Estados-
membros, em relação aos projectos que já foram registados até à data. A análise apresentada abaixo
visa demonstrar o seguinte:
Anexo
40
35
30
No. de Projectos
25
20
15
10
5
0
Energia Transporte /Corredores Comunicação e Met Água
Sectores
Projectos de Energia
Projectos Regionais de Energia
10
7
No. de Projectos por EM
0
Bo la
ad to
wi
am s
ia
ia
ia
e
Su
lle
ca
iu
bi
an
qu
bw
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Le
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Zâ
M
Na
yc
Tâ
az
m
M
Se
ric
Su
Zi
oç
76
M
Áf
M
Estados-membros da SADC
Anexo
Projectos de Energia
No. Denominação do Projecto Países Atravessados
1. Projecto do Interconector de Energia do Corredor Angola, Botswana, RDC,
Ocidental Namíbia, África do Sul
2. Interconector de 220 Kv entre Moçambique-Malawi Moçambique-Malawi
3. Interconector de Energia entre Zâmbia-Tânzania-Quénia Zâmbia- Tanzânia - Quénia
4. Interconector entre Zimbabwe–Zâmbia-Botswana- Zimbabwe -Zâmbia -
Namibia (ZIZABONA) Botswana - Namíbia
5. Central Eléctrica de Morupule B Botswana
6. Projecto de Energia Mmamabula Botswana
7. 1ª fase da Central Hidroeléctrica de Mpanda Nkuwa Moçambique
8. Projecto de Moatize Moçambique
9. Projecto da Barragem de Kafue Gorge Lower Zâmbia
10. Projecto Hidroeléctrico de Itezhi-Tezhi Zâmbia
11. Projecto Hidroeléctrico de Kalungwishi Zâmbia
12. Ampliação da Central Eléctrica de Kariba North Bank Zâmbia
13. 1ª fase da Reabilitação da Central Eléctrica de Hwange Zimbabwe
14. Projecto de Expansão 7 & 8 da Central Eléctrica de Zimbabwe
Hwange
15. Ampliação da HCB North Bank Moçambique
16. Central Eléctrica de Metano proveniente de Jazigo de Zimbabwe
Carvão
17. Projecto de Expansão 7 & 8 da Central Eléctrica de Kariba Zimbabwe
South
18. Linha de Transmissão de Backbone de Moçambique Moçambique, África do Sul
19. Ampliação de Margem Norte da HCB Moçambique
20. 1ª Fase da Central Eléctrica de Benga Moçambique
21. Central Eléctrica de Moamba Moçambique
22. Central Eléctrica de Lurio Moçambique
23. Central Eléctrica de Lower Orange River Namíbia
24. Central Eléctrica de Walvis Bay Namíbia
25. Central Eléctrica de Lubombo Suazilândia
26. Linha de Transmissão de Itezhi-Tezhi Zâmbia
27. Linha de Transmissão da Margem Norte de Kariba Zâmbia
28. Central Eléctrica de Gokwe North Zimbabwe
29. Bakota Gorge Zimbabwe
30. Linhas de Transmissão de Backbone de Moçambique I e Moçambique
II Fases
31. Rede do Corredor de Transmissão Central (CTC) Zimbabwe
32. Rio Shongwe Malawi
33. Central Eléctrica de Ruhuji Tanzânia
34. Tancoal Tanzânia
77
Anexo
Corredores da SADC
Corredores da SADC
7
6
No. de Corredores
5
4
Série 1
3
2
1
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Áf
Estados-membros (EM)
78
Anexo
Projectos de Transporte
Projectos Regionais de Transporte
4.5
4
3.5
No. de Projectos por EM
3
2.5
2
1.5
1
0.5
0
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Estados-membros da SADC
79
Anexo
Série 1
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Estados-membros (EM)
80
Anexo
Projectos de Água
Projectos Regionais de Água
5
No. de Projectos por EM
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M
Estados-membros da SADC
81
82
Anexo
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15
20
25
30
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Total dos Perfis dos Projectos
Projectos Regionais de Infra-Estrutura
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Acrónimos e Abreviaturas
Acrónimos e Abreviaturas
AU African Union
YD Yamossoukro Decision
ZIZABONA Zimbabwe-Zâmbia-Botswana-Namibia
84
Tânzania
RDC Malawi
Zâmbia Moçambique
Angola Seychelles
Namibia Madagascar
Botswana Maurícias
Lesoto Suazilândia
Relatório da Situação do Desenvolvimento Regional das Infra-estruturas na SADC
para o Conselho e Cimeira. Setembro 2009