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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 8674
Segunda edição
29.07.2005

Válida a partir de
29.08.2005

Execução de sistemas fixos automáticos de


proteção contra incêndio, com água
nebulizada para transformadores e reatores
de potência
Fire protection of transformers and reactors with automatic water
spray fixed systems

Palavras-chave: Incêndio. Transformador. Reator. Proteção contra incêndio.


Água nebulizada.
Descriptors: Fire. Substation. Water spray. Safety. Fire protection.

ICS 13.220.20; 29.100

Número de referência
ABNT NBR 8674:2005
6 páginas

©ABNT 2005
ABNT NBR 8674:2005

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ABNT NBR 8674:2005

Sumário Página

Prefácio ................................................................................................................................................................iv
Introdução............................................................................................................................................................iv
1 Objetivo ....................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ...........................................................................................................................1
3 Definições, símbolos e abreviaturas .......................................................................................................1
4 Requisitos gerais .....................................................................................................................................1
5 Requisitos específicos.............................................................................................................................2
5.1 Suprimento de água.................................................................................................................................2
5.1.1 Geral .........................................................................................................................................................2
5.1.2 Reservatório de água...............................................................................................................................2
5.1.3 Suprimento de água.................................................................................................................................2
5.2 Componentes, projeto e instalação dos sistemas..................................................................................2
5.2.1 Normas .....................................................................................................................................................2
5.2.2 Taxa de descarga .....................................................................................................................................2
5.2.3 Tubulação e suportes ..............................................................................................................................3
5.2.4 Bicos de nebulização ...............................................................................................................................3
5.2.5 Válvulas ....................................................................................................................................................3
5.2.6 Filtros........................................................................................................................................................4
5.2.7 Estação de bombeamento .......................................................................................................................4
5.2.8 Sistema automático de detecção, sinalização e alarme .........................................................................4
5.2.9 Drenagem .................................................................................................................................................5
5.2.10 Tempo de atuação do sistema.................................................................................................................5
5.2.11 Pintura ......................................................................................................................................................5
6 Ensaios.....................................................................................................................................................5
6.1 Lavagem da tubulação para ensaios.......................................................................................................5
6.2 Ensaios hidrostáticos ..............................................................................................................................6
6.3 Ensaios de escoamento...........................................................................................................................6
6.4 Ensaios de operação................................................................................................................................6

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ABNT NBR 8674:2005

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

A ABNT NBR 8674 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB-24), pela
Comissão de Estudo de Proteção contra Incêndio em Instalações de Geração e Transmissão de Energia Elétrica
(CE-24.301.04). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 30.11.2004, com o número de
Projeto NBR 8674.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 8674:1984), a qual foi tecnicamente
revisada.

Introdução
Nos últimos anos, o ABNT/CB-24 recebeu sugestões no sentido de atualizar o conjunto das
ABNT NBR 13231:1994, ABNT NBR 8222:1983, ABNT NBR 12232:1992 e ABNT NBR 8674:1984, em particular
no que diz respeito aos seguintes aspectos:

a) adequar a formatação das normas para que possam ser melhor percebidas como fazendo parte de um
conjunto e não como documentos isolados;

b) atualizar as informações sobre todas as tecnologias disponíveis;

c) colaborar para a consolidação de normas de âmbito internacional (IEC ou ISO) específica sobre o assunto.

Na leitura do conjunto, a ABNT NBR 13231 é considerada a Norma principal, onde estão contemplados:

a) os aspectos gerais e específicos da elaboração de projetos de implantação de instalações;

b) os aspectos gerais do projeto, instalação, manutenção e ensaios dos sistemas.

Nas ABNT NBR 8222, ABNT NBR 12232 e ABNT NBR 8674 estão contemplados os aspectos específicos de cada
tipo de sistema.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 8674:2005

Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio, com


água nebulizada para transformadores e reatores de potência

1 Objetivo
Esta Norma fixa os requisitos específicos mínimos exigíveis para o projeto, instalação, manutenção e ensaios de
sistemas fixos automáticos de água nebulizada para proteção contra incêndio de transformadores e reatores de
potência.

Os requisitos gerais para a elaboração de projetos de implantação de instalações estão descritos na


ABNT NBR 13231.

2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está
sujeita à revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de
se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em
vigor em um dado momento.

ABNT NBR 7195:1995 – Cores para segurança – Procedimento

ABNT NBR 13231:2005 – Proteção contra incêndio em subestações elétricas de geração, transmissão e
distribuição

NFPA 15:2001 – Standard for water spray fixed systems for fire protection

3 Definições, símbolos e abreviaturas

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições, símbolos e abreviaturas da seção 3 da


ABNT NBR 13231:2005.

4 Requisitos gerais
4.1 O sistema de água nebulizada pode ser utilizado com os seguintes propósitos:

a) prevenção de incêndio;

b) extinção de incêndio;

c) proteção contra exposição;

d) controle de combustão.

4.2 O sistema deve ser operável automaticamente e provido de meios para operação manual.

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4.3 As distâncias elétricas entre as partes do sistema e as partes energizadas não devem ser menores que as
especificadas na ABNT NBR 13231.

5 Requisitos específicos

5.1 Suprimento de água

5.1.1 Geral

A água para alimentação do sistema deve ser livre de corpos estranhos e não deve apresentar características
agressivas.

5.1.2 Reservatório de água

A capacidade do reservatório de suprimento de água deve permitir manter uma descarga de água para o maior
risco isolado nos valores de projeto de vazão e pressão, por um tempo mínimo de 30 min.

5.1.3 Suprimento de água

5.1.3.1 O suprimento de água para os sistemas de água nebulizada deve ser feito por uma fonte confiável, tal
como:

a) reservatório de alimentação por gravidade;

b) reservatório provido de estação de bombeamento, associado ou não a um tanque hidropneumático;

c) dois ou mais tanques hidropneumáticos interligados, com capacidade, neste caso excepcionalmente, para
atender ao sistema por no mínimo 10 min.

5.1.3.2 Devem ser previstos meios para isolar qualquer dos sistemas para que, em caso de manutenção de
um deles, o abastecimento dos demais não fique prejudicado.

5.2 Componentes, projeto e instalação dos sistemas

5.2.1 Normas

Os casos não especificamente cobertos por esta Norma devem obedecer à NFPA 15 até que se publiquem
Normas Brasileiras específicas sobre o assunto.

5.2.2 Taxa de descarga

5.2.2.1 A taxa de descarga média a ser utilizada na proteção de transformadores e reatores de potência deve
estar situada na faixa de 0,6 m3/h/m2 a 1,1 m3/h/m 2 (10,0 3 L/min/m2 a 18,3 L/min/m2) de área efetivamente
protegida, considerando-se esta como a área do prisma envolvente.

5.2.2.2 Nos casos de equipamentos com formatos não convencionais (por exemplo: transformadores ou
reatores de potência com radiadores horizontais), pode-se considerar como área efetivamente protegida a soma
das áreas dos prismas envolventes do corpo desse equipamento, de seus componentes e acessórios.

5.2.2.3 Em qualquer dos casos acima a distribuição de descarga deve ser a mais uniforme possível.

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5.2.3 Tubulação e suportes

5.2.3.1 A tubulação dos anéis de distribuição não deve ter seu caminhamento por cima do equipamento
protegido, devendo ser observadas as distâncias elétricas exigidas.

5.2.3.2 Sempre que possível, os suportes da tubulação do sistema automático de detecção devem ser
aparafusados e/ou simplesmente apoiados à carcaça do equipamento protegido. Os parafusos da tampa do
tanque do equipamento podem ser usados para fazer a fixação. Admite-se a fixação por soldagem, que deve ser
evitada, sempre que possível.

5.2.3.3 O diâmetro da tubulação deve ser tal que:

a) a perda de carga máxima no sistema permita uma pressão residual, no bico de nebulização mais
desfavorável, que atenda à taxa de descarga prevista;

b) permita uma correta distribuição dos esforços dinâmicos nos anéis de distribuição, devido à velocidade de
escoamento da água.

5.2.3.4 A tubulação dos anéis de distribuição deve ser zincada ou galvanizada. Não devem ser utilizadas
conexões com guarnições feitas de material deteriorável pelo calor.

5.2.3.5 A tubulação deve ser dimensionada para suportar a pressão de operação do sistema e para resistir:

a) vazia, à exposição ao fogo por, no mínimo 2 min;

b) a bruscas variações de temperatura;

c) à pressão do vapor gerado após a admissão de água no seu interior.

5.2.3.6 Toda a tubulação deve ser diretamente aterrada na malha de terra.

5.2.3.7 Os suportes devem ser dimensionados e localizados, considerando-se também os esforços


mecânicos devidos às ondas de choque e vibração nos anéis de distribuição.

5.2.4 Bicos de nebulização

5.2.4.1 Para evitar danos às buchas energizadas, a água nebulizada não deve atingir estes equipamentos
com impingimento direto, salvo quando autorizado pelo fabricante ou pelo proprietário do equipamento protegido.

5.2.4.2 Cada bico de nebulização deve ser dotado de filtro individual que retenha partículas que possam
provocar seu entupimento, quando o diâmetro do orifício do bico for inferior a 3,2 mm.

5.2.5 Válvulas

5.2.5.1 Todas as válvulas devem ser localizadas de modo a serem facilmente acessíveis para operação e
manutenção.

5.2.5.2 A válvula de dilúvio deve estar tão perto quanto possível do equipamento protegido, de modo que um
mínimo de tubulação seja necessário entre essa válvula e os anéis de distribuição.

5.2.5.3 Essa localização deve permitir sua operação rápida e segura, mesmo em caso de incêndio.

5.2.5.4 A válvula de dilúvio deve ser isolada por válvulas-gaveta, de haste ascendente.

5.2.5.5 As válvulas de dilúvio devem ser de abertura total e devem permanecer abertas enquanto durar o
fluxo de água. O tempo de abertura deve ser compatível com o tempo de atuação do sistema (ver 5.2.10).

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5.2.6 Filtros

Toda a tubulação principal de sistema de água nebulizada deve ser provida de filtros que permitam sua limpeza
sem prejudicar o funcionamento do sistema.

5.2.7 Estação de bombeamento

5.2.7.1 Quando for necessário bombear a água, o sistema deve ser constituído segundo uma das seguintes
opções:

a) uma ou mais bombas acionadas por motores Diesel, com capacidade total igual a 100% da capacidade de
projeto e um tanque hidropneumático completo, com sistema próprio de pressurização, com capacidade para
no mínimo 3 min de descarga nas condições de projeto;

b) uma ou mais bombas principais acionadas por motores elétricos, com capacidade total igual a 100% da
capacidade de projeto, uma ou mais bombas-reserva acionadas por motores Diesel, com capacidade total
igual a 100% da capacidade de projeto, e uma bomba pressurizadora acionada por motor elétrico. Nesse caso
o tanque hidropneumático é opcional.

NOTA No caso de disponibilidade de fonte confiável de energia elétrica, os motores Diesel podem ser substituídos por
motores elétricos.

5.2.7.2 Os manômetros devem ter limite máximo de operação não inferior a duas vezes a pressão de
operação do sistema.

5.2.8 Sistema automático de detecção, sinalização e alarme

5.2.8.1 Os equipamentos de detecção automática, para sistemas fixos automáticos de água nebulizada
devem identificar qualquer princípio de fogo, a fim de permitir o combate automático e imediato de incêndio no
equipamento protegido.

5.2.8.2 Podem ser utilizados os seguintes tipos de detectores:

a) de calor;

b) de fumaça (somente em locais abrigados e fechados);

c) de chama.

5.2.8.3 Os detectores devem ser selecionados para suportar as flutuações normais de temperatura sem
causar operações intempestivas do sistema.

5.2.8.4 Os equipamentos de detecção devem circundar os equipamentos a serem protegidos, de modo a


identificar imediatamente qualquer princípio de incêndio.

5.2.8.5 Os sistemas automáticos de detecção devem ser supervisionados. Os sistemas que dependem de
circuitos e componentes elétricos devem ser projetados de modo a estarem sempre energizados. Devem ser
sinalizadas falhas como detector defeituoso, circuito interrompido, falta de energia, baixa pressão de ar ou água.

5.2.8.6 Quando um sistema de detecção atende a mais de um equipamento (por exemplo, um banco de
transformadores), devem ser previstos meios para isolar o circuito de cada um desses equipamentos, de modo
que, se um deles for desativado, os demais permaneçam em operação.

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5.2.8.7 Deve ser previsto um painel central de sinalização, instalado em local assistido ou de ocupação
permanente, como a casa ou sala de controles, para indicar no mínimo os seguintes eventos:

a) atuação do sistema de detecção por equipamento protegido;

b) supervisão do sistema;

c) acionamento das bombas de incêndio (manual ou automático);

d) defeito e/ou falta de energia no sistema de atuação das bombas;

e) posição da válvula de dilúvio (armada ou desarmada);

f) posição da válvula de bloqueio fora da posição totalmente aberta.

A sinalização deve ser por meio de um alarme sonoro comum e um alarme visual (luz indicativa) para cada
evento.

5.2.8.8 A alimentação elétrica do painel de sinalização deve ser de forma que ele esteja sempre energizado.

5.2.8.9 Deve ser previsto também um alarme sonoro local do tipo sirene ou gongo hidráulico, comandado
pela válvula de dilúvio e/ou pelo sistema de detecção.

5.2.9 Drenagem

Devem ser previstas bacias de contenção, canaletas e drenos subterrâneos ou de superfície, para a drenagem da
água e do óleo isolante na área do fogo. O dimensionamento do sistema de drenagem deve levar em conta a
operação de todos os sistemas projetados para operar simultaneamente, bem como a água de superfície.

5.2.10 Tempo de atuação do sistema

O tempo máximo de atuação do sistema até o início do fluxo de água nos bicos de nebulização deve ser de 40 s,
sendo que:

a) o tempo máximo de atuação do sistema de detecção deve ser de 20 s;

b) o tempo máximo de atuação da válvula de dilúvio deve ser de 10 s.

5.2.11 Pintura

A pintura de acabamento dos componentes do sistema fixo de água nebulizada deve ser na cor vermelha,
conforme a ABNT NBR 7195.

6 Ensaios

6.1 Lavagem da tubulação para ensaios

6.1.1 Toda a tubulação deve ser lavada com água antes de ser ensaiada, a fim de remover materiais estranhos
e resíduos que possam interferir no fluxo de água. Os bicos de nebulização devem ser removidos antes de ser
feita a limpeza.

6.1.2 Os trechos subterrâneos, antes de serem enterrados, e os trechos aéreos da tubulação devem ser
lavados separadamente antes de serem interligados.

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6.1.3 Antes de serem efetuados os ensaios de escoamento e serem recolocados os bicos de nebulização, e
após terem sido feitas as interligações, toda a tubulação deve ser lavada com água à vazão de projeto do sistema.

6.2 Ensaios hidrostáticos

Toda a tubulação, inclusive os anéis de distribuição, deve ser ensaiada hidrostaticamente com água a uma
pressão mínima igual a 1,5 vez a pressão de projeto do sistema. Os trechos subterrâneos devem ser ensaiados
separadamente antes de serem interligados ao restante da tubulação e antes do reaterro das valas.

6.3 Ensaios de escoamento

6.3.1 O sistema, após ensaiado hidrostaticamente, deve ser submetido a ensaios de escoamento com o objetivo
de se verificar:

a) o correto posicionamento dos bicos de nebulização, a geometria da descarga e a eventual existência de


obstáculos que interfiram com a descarga;

b) a relação entre a vazão real e vazão de projeto.

6.3.2 Todos os sistemas projetados para operar simultaneamente devem ser ensaiados ao mesmo tempo, a fim
de verificar a adequação do suprimento de água em termos de vazão e pressão.

6.4 Ensaios de operação

6.4.1 Todos os componentes do sistema devem ser rigorosamente ensaiados operacionalmente, para garantir a
confiabilidade de operação.

6.4.2 Os ensaios de operação devem incluir o sistema de detecção de incêndio, alarme e sinalização.

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