ESZS 025 – Máquinas de Fluxo

Aula 19 – Compressores centrífugos

Prof. Dr. Marcelo Tanaka Hayashi

Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas
Universidade Federal do ABC
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Introdução
‚ A figura abaixo mostra o esquema de um compressor centrífugo:

r3
r2 ω
r1p r1m r1c

(a) Plano meridional (b) Plano transversal

‚ O trabalho realizado pelo compressor pode ser determinado pela eq. (17) da
aula 14, repetida abaixo por conveniência:
1` 2 ˘ 1` 2 ˘ 1` 2 ˘
w“ C ´ C12 ` U ´ U12 ` W1 ´ W22 (1)
2 2 2 2 2
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Análise de um compressor centrífugo
‚ Entretanto, o trabalho também pode ser escrito na forma:
1` 2 ˘
w “ h02 ´ h01 “ h2 ´ h1 ` C ´ C12 (2)
2 2
‚ Igualando o lado direito das eqs. (1) e (2), tem–se:
1` 2 ˘ 1` 2 ˘
h1 ` W1 ´ U12 “ h2 ` W2 ´ U22 (3)
2 2
‚ A eq. (3) é uma confirmação de que a rotalpia permanece constante
através do rotor. Note que ela também pode ser escrita na forma:
1` 2 ˘
h2 ´ h1 “ u2 ´ u1 ` p2 v2 ´ p1 v1 “ U ´ U12 ` W12 ´ W22 (4)
2 2
‚ Observando a eq. (4), verifica–se que o aumento da entalpia estática
através do rotor de um compressor centrífugo tem como uma das causas, o
efeito centrífugo de uma saída a um raio maior.
‚ Além disso, como a velocidade de rotação é elevada, tem influência significa-
tivamente maior do que o efeito difusivo da velocidade relativa.
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Análise de um compressor centrífugo
‚ A expressão para o trabalho:

w “ U2 Cu2 ´ U1 Cu1 (5)

mostra que é possível realizar uma grande quantidade de trabalho no ar se U2

e Cu2 forem elevados.
‚ A figura abaixo ilustra os triângulos de velocidade de um caso geral:

C1
C2
α1
β1 Cm1 U2
U1
α2 Cm2
W1
β2
W2

(a) Entrada do rotor (b) Saída do rotor

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Fator de deslizamento
1
Cu2 Wu2
1
Wu2
Cus Cu2

U2
C2 Cm2 W21

C21 β21
W2
β2

Γp

` ` ` ` `
´ ´ ´ ´ ´ ` `
#„
ω ´
´
`
´ `
´

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Fator de deslizamento
‚ O fator de deslizamento é definido como:
Cu2
σ“ 1 (6)
Cu2
‚ Mas, a velocidade de deslizamento é tal que:
1 1
Cus “ Cu2 ´ Cu2 ñ Cu2 “ Cu2 ´ Cus (7)
‚ Substituindo (7) em (6), tem–se:
1
Cu2 ´ Cus Cus
σ“ 1 “1´ 1 (8)
Cu2 Cu2
‚ Observe, ainda, que:
Cu2 “ U2 ` Cm2 tg β2 (9)
1
Cu2 “ U2 ` Cm2 tg β21 (10)
‚ Substituindo (10) em (8), tem–se:
Cus
σ “1´ (11)
U2 ` Cm2 tg β21
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Modelo de Stodola
d 1
β21 W21
sβ2
co
2π r
2 {Z

β21

´ω

ω
Γp
r1
r2

‚ Note que:
d 2πr2 2πr2
« ñd« cos β21 (12)
cos β21 Z Z
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Modelo de Stodola
‚ A velocidade de deslizamento deve estar associada ao vórtice secundário com
velocidade de rotação ω. Assim:
d
Cus “ ω (13)
2
‚ Mas, a velocidade tangencial de rotação das pás é tal que:
U2
U2 “ ωr2 ñ ω “ (14)
r2
‚ Substituindo (14) em (13), tem–se:
U2 d
Cus “ (15)
r2 2
‚ Substituindo (12) em (15), obtém–se:
U2 2πr2 cos β21 πU2 cos β21
Cus “ ñ Cus “ (16)
2r2 Z Z
‚ Substituindo (16) em (11), tem–se:
ˆ ˙
pπ{Zq U2 cos β21 U2 pπ{Z cos β21 q
σ “1´ ˜ “ 1 ´ (17)
U2 ` Cm2 tg β21 U2 1 ` pCm2 {U2 q tg β21
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Fator de deslizamento
‚ Utilizando a definição do coeficiente de vazão, φ “ Cm {U , obtém–se o modelo
de Stodola para o fator de deslizamento:
pπ{Zq cos β21
σ “1´ (18)
1 ` φ2 tg β21
que fornece bons resultados quando aplicado na faixa ´70˝ ă β21 ă ´50˝ .
‚ Dentre outros modelos desenvolvidos, destacam–se o de Busemann, que foi
desenvolvido para pás logarítmicas com formato espiral (matematicamente
exato):
A ` Bφ2 tg β21
σ“ (19)
1 ` φ2 tg β21
onde A e B são funções de β2 , Z e r2 {r1 .
‚ E o modelo de Stanitz, baseado em escoamento potencial:
0.63π{Z
σ “1´ (20)
1 ` φ2 tg β21
mais apropriado para a faixa ´45˝ ă β21 ă 45˝ .
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