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AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL.

UM ESTUDO DE CASO COM


TRABALHADORES AVULSOS DO PORTO DO RIO GRANDE (RS).

Dione Kitzmann1 & Milton L. Asmus1,2


(1Programa Train-Sea-Coast Brasil/FURG; 2Depto de Oceanografia/FURG).

RESUMO
Este trabalho tem por objetivo principal discutir a avaliação da percepção
ambiental, considerada não somente como um processo de receber/extrair informações
acerca do ambiente, mas parte importante da cognição e aquisição do conhecimento,
relacionada assim, com a aprendizagem e o pensamento. Sua avaliação, para a qual é
recomendada uma abordagem que englobe tanto questões quantitativas como
qualitativas, é uma importante ferramenta para ações educativas posteriores. A análise
estatística de um formulário de entrevistas, por exemplo, deve considerar também as
observações espontâneas feitas pelos entrevistados. A avaliação desenvolvida junto aos
Trabalhadores Portuários Avulsos – TPA's, do Porto do Rio Grande, efetuou uma
análise estatística das respostas a um formulário de entrevistas composto de questões
sobre as dimensões Pensamento Sistêmico, Cidadania, Operação e Segurança e Saúde,
aplicado a 179 TPA's das atividades de Capatazia, Conserto, Conferência e Estiva
(13,5% da população). Foi determinada a influência das variáveis atividade, escolaridade,
idade, tempo de serviço, sobre a percepção ambiental destes trabalhadores. De acordo
com a pontuação obtida no formulário, a percepção ambiental foi classificada em
diferentes níveis de percepção (baixa, média baixa, média, média alta e alta). A análise
qualitativa da percepção foi realizada através das respostas espontâneas dadas pelos
entrevistados em cada questão formulada. Este procedimento mostrou-se muito

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importante tanto no teste do instrumento de pesquisa, quanto na avaliação e discussão
dos resultados quantitativos. Análises de percepção ambiental de populações adultas
devem procurar abordar aspectos que envolvam tanto as suas atividades laborais quanto
sua vida privada. A partir disto, poderão ser detectadas lacunas que possam existir em
suas concepções em termos de, por exemplo, dificuldades em entender inter-relações,
separação entre questões ambientais e operacionais e entre o meio ambiente de trabalho
e o da vida privada. É importante distinguir quais as variáveis que condicionam as
concepções de ambiente no mundo do trabalho, a fim de subsidiar futuras ações
educativas. Isto ficou evidenciado para os TPA's de Rio Grande, ao verificar-se que
temas mais complexos e abstratos (relacionados às dimensões Pensamento Sistêmico e
Cidadania), estão condicionados pela escolaridade e relacionados com o modo de
pensamento categorial. Os temas diretamente relacionados com a rotina operacional (nas
dimensões Segurança e Saúde e Operação), são condicionados pela experiência em
situações reais de trabalho e estão relacionados com o modo de pensamento gráfico
funcional. A avaliação quali-quantitativa da percepção ambiental é uma importante
ferramenta preparatória para atividades educativas, especialmente quando não existem
informações sobre o público-alvo.

Palavras chaves: Percepção ambiental; Avaliação quali-quantitativa; Trabalhadores Portuários


Avulsos; Porto do Rio Grande - Eixo Temático: Educação Ambiental Não Formal/Informal.

1. Introdução
No ambiente de trabalho portuário, os Trabalhadores Portuários Avulsos –
TPA's convivem com muitos riscos físicos, químicos, de acidentes e ergonômicos. O
descaso com o trabalhador portuário tem se refletido no meio ambiente e vice-versa,
determinando que ambos sofram as conseqüências da má gestão ambiental. Imersos nesta
realidade, os TPA's, desconhecem assuntos relacionados à Segurança e Saúde do
trabalhador e dois terços da população portuária avulsa é carente de informações, apesar
de conscientes das agressões da poluição do ar, ruído e exposição a produtos tóxicos
(MUCCILLO, 1998). Além disto, em uma instituição portuária um determinado impacto
ambiental poderá ter diversas causas, dentre as quais, as deficiências de capacitação de
recursos humanos e a ausência de consciência ambiental (STRINGUINI, 1996), nunca
abordadas de forma ideal no Porto de Rio Grande e nos portos em geral. Assim, é

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importante que em atividades de capacitação em áreas portuárias seja incorporada uma
dimensão ambiental, com a finalidade de diminuir o potencial de risco que atinge homem
e ambiente. Para isto, é preciso definir qual a concepção e as conseqüentes ações destes
trabalhadores sobre o meio ambiente, determinando, assim, quais as necessidades de
capacitação. Somente a partir disto é que deverão ser definidas as formas ideais de
atuação educativa junto aos mesmos.

2. Percepção Ambiental: Conceituação


Os impactos ambientais são causados por uma gama de fatores, que podem tanto
ser de ordem econômica como estrutural, política, histórica, social, cultural ou pessoal.
Ao agirem em conjunto, estes fatores provocam uma infinidade de complexas interações,
dificultando a identificação das causas e dos responsáveis diretos e indiretos pelos
impactos ambientais. As pessoas, por sua vez, também são complexas, e, segundo
CHIAVENATTO (1994), são sistemas abertos sendo que "cada pessoa é um fenômeno
multidimensional, sujeito às influências de uma enormidade de variáveis". Para entender
este homem complexo é importante levar em consideração os diferentes padrões de
percepções, onde estas "referem-se à informação que o sistema individual recolhe sobre
o seu ambiente". FORGUS (1981) conceitua a percepção como o processo de
receber/extrair informações acerca do ambiente1. Considera que, nos animais inferiores,
os mecanismos perceptivos não são modificáveis pela experiência, pois são herdados
geneticamente. À medida que ascendemos na escala filogenética, a percepção se torna
cada vez mais influenciada pela aprendizagem, sendo modificada pelo crescimento, o
desenvolvimento e a experiência. Assim, a percepção, âmago da cognição ou aquisição
do conhecimento, está profundamente relacionada com a aprendizagem e o
pensamento. No esquema abaixo, modificado de FORGUS (1981), pela introdução do
conceito de ação de FREIRE (1994), observa-se o inter-relacionamento (representado
por mecanismos de retroalimentação), entre estes processos cognitivos.

Estímulo Indivíduo Aprendizagem Pensamento AÇÃO


1
Segundo consta no Dicionário Aurélio, percepção é "adquirir conhecimento de, por meio dos sentidos.
Formar idéia de, abranger com a inteligência; entender; compreender". Concepção é "Noção, idéia,
conceito, compreensão. Modo de ver, ponto de vista.".

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Percepção Experiência Concepção

Os estímulos (ambientais) possuem informações que são extraídas pelo indivíduo,


constituindo o processo de percepção. A aprendizagem ocorre através das múltiplas
experiências do indivíduo, modificando-o, de modo que a percepção posterior dos
mesmos estímulos será diferente. O processo do pensamento (resultante de
aprendizagem prévia e que pode ser chamado de concepção), também modifica o
indivíduo, ocorrendo nova aprendizagem. De acordo com FREIRE (1994), existem
vários níveis de percepção, determinados pela realidade objetiva, a qual condiciona a
percepção que dela têm os indivíduos. Estes diferentes níveis explicam as diferentes
formas de ação dos indivíduos.
A percepção ambiental é o processo cognitivo que levará à formação de
conceitos e idéias sobre o meio ambiente (concepção de meio ambiente). VIANNA
(1998) define que concepção é o "conhecimento espontâneo (senso comum) ou o
adquirido através do ensino formal na escola". ARANHA (1996), baseada num conceito
gramsciano, define senso comum como o estádio do saber (dos trabalhadores e pessoas
ocupadas com atividades do cotidiano), caracterizado por formas de pensar e agir que se
manifestam de maneira fragmentada, confusa e, às vezes, até contraditória. A concepção
ambiental de um indivíduo é, portanto, resultado dos conhecimentos repassados pelo
ensino formal e aqueles oriundos de sua experiência de vida, a qual depende de inúmeras
variáveis (situação econômica, tipo de atividade, trabalho, relações sociais, afetivas,
entre outras) que a condicionam.
O significado do termo percepção varia de acordo com a área de estudo que o
enfoca. A sua abordagem pode estar limitada às questões perceptuais relacionadas
diretamente com os cinco sentidos sensoriais, como na Psicologia e Medicina, sendo
importante, por exemplo, na avaliação de causas de acidentes de trabalho, como em
DELA COLETA (1991) e SCHIVITZ (1977). A influência dos mecanismos perceptivos
no processo cognitivo é considerada importante na Educação, como em MINGUET
(1998) e FERREYRA (1998) e nas Ciências Sociais, como em VIEIRA (1995) e
STERN et all (1993). Neste contexto, o termo percepção é utilizado de uma forma
ampla, perdendo o sentido estreito de simples aquisição de informação e conhecimento

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por meio dos sentidos, para significar a forma como o sujeito concebe determinada coisa,
tornando-se, assim, sinônimo de concepção, pensamento ou ponto de vista.
Quando CAPRA (1996), diz que estamos vivendo uma "crise de percepção" e
clama por uma "mudança radical em nossas percepções", está se referindo a uma crise
originada por uma visão que concebe o mundo como uma coleção de partes dissociadas
(e não a uma suposta crise sensorial) e pretende uma mudança para uma visão de mundo
holística, integrada. Da mesma forma, FREIRE (1994), ao considerar que a percepção
ingênua da realidade, uma falsa percepção, gera uma ação que é inoperante, não
transformadora, também pretende uma mudança de percepção, que é a substituição
desta percepção distorcida da realidade por uma percepção crítica, a conscientização.

3. Percepção Ambiental: Avaliação

Podemos entender a importância de avaliar a percepção ambiental através da


perspectiva da educação construtivista de MINGUET (1998), a qual considera que o
conhecimento do meio (realidade, mundo) não depende tanto das suas características
objetivas, mas da percepção que o sujeito tem delas e do "sentido" que lhes confere. "É
em função destas percepções e significações que se vai construindo um conhecimento a
respeito do mundo; é através do sentido que confere a suas percepções que o sujeito vai
construindo 'sua' realidade pessoal" (MINGUET, 1998). Por outro lado,
CHIAVENATO (1994), através da sua perspectiva de treinamento empresarial, também
reconhece ser importante "conhecer o conteúdo mental do homem e a forma como este
conteúdo é adquirido, isto é, suas percepções e como elas agem como um sistema de
filtros por intermédio dos quais concebe a realidade ambiental que o envolve". Assim, a
percepção dos problemas ambientais e a concepção de ambiente oriunda desta
percepção, dependerá destes filtros, que são resultado da experiência acumulada pelo
indivíduo ao longo de sua vida ou, em outras palavras, da aprendizagem formal, informal
e não formal. Neste contexto, toma importância a delimitação dos conhecimentos
prévios, ou construções pessoais, como base para a aquisição de novos conhecimentos.
Em termos de capacitação ou treinamento empresarial/industrial, esta delimitação
do que os indivíduos já sabem denomina-se análise das necessidades de treinamento,
que, segundo CHIAVENATO (1994), corresponde ao diagnóstico preliminar do que

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deve ser feito para a elaboração de atividades de treinamento2. Segundo MINGUET
(1998), para haver aprendizagem significativa é preciso relacionar os novos
conhecimentos com as estruturas cognitivas previamente existentes, modificando-as,
caso incorretas, e aperfeiçoando-as. Sendo assim, somente a partir da avaliação de como
o público-alvo percebe os problemas ambientais, é que poderão ser definidos o conteúdo
e as técnicas de educação e instrução ideais para de um programa de capacitação ou
treinamento.
A percepção ambiental é um processo cognitivo de formação de conceitos e
idéias, relacionada, portanto, com questões subjetivas. Assim, uma pesquisa de avaliação
quantitativa da percepção ambiental deverá transformar fatos qualitativos em fatos
quantitativos ou variáveis, sobre os quais poderão ser aplicados processos de
mensuração e de análise estatística. Isto é possível através da utilização de escalas, que,
de acordo com ANDER-EGG (1978, apud MARCONI & LAKATOS, 1990), são
instrumentos de mensuração e observação dos fenômenos sociais, idealizadas para medir
a intensidade das opiniões e atitudes da forma mais objetiva possível
A partir da pontuação obtida em um formulário de entrevistas, elaborado a partir
de uma escala, pode-se definir em que medida a percepção ambiental avaliada concorda
com os referenciais da pesquisa, enquadrando-os em diferentes níveis perceptivos
(percepção baixa, média baixa, média, média alta, alta).
A quantificação da percepção ambiental em diferentes níveis deve ser
complementada com uma avaliação qualitativa. As observações espontâneas dos
entrevistados, por exemplo, é uma importante fonte de informações, tanto na fase inicial
do trabalho, quanto na avaliação dos resultados da análise quantitativa. Durante o teste
do instrumento de pesquisa, especialmente quando se está trabalhando com um público-
alvo sobre o qual não existem informações suficientes, as observações dos entrevistados
poderão sugerir novas abordagens e enfoques ainda não pensados, já que são estes que
conhecem melhor o seu meio ambiente de trabalho. Além disto, caso o entrevistado
responda de uma forma e faça observações que indiquem uma resposta contrária, o que
pode ser resultado de um não entendimento da questão, é neste momento que o
entrevistador deve intervir, questionando-o, a fim de ajustar o instrumento de pesquisa.

2
A metodologia TRAIN-X, utilizada pelas Nações Unidas em seus programas de capacitação, entre eles
o Programa Train-Sea-Coast, segue a mesma conceituação. Para maiores detalhes sobre esta
metodologia e a unidade brasileira deste Programa, ver REIS et al (1999).

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A partir da análise quali-quantitativa, pode-se definir qual é o perfil ambiental da
população a qual pertencem os entrevistados. Como subsídio, pode ser utilizada a
pesquisa "A Relação dos Gaúchos com o Meio Ambiente" (realizada em 1998 e
coordenada pela Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul3), que, de acordo com a
forma como as pessoas percebem a sua relação com o meio ambiente, definiu os
seguintes modelos perceptivos:
− Emocional: Há um vínculo afetivo de respeito e amor em relação à natureza,
associado a um certo idealismo que busca uma relação equilibrada e
harmoniosa com o meio ambiente. A solução para os problemas ambientais é
a mudança pessoal e profunda;
− Racional: A questão ambiental é um problema de gestão dos recursos
naturais, propondo soluções viáveis e eficazes que buscam a eliminação de
desperdícios e o aumento de produtividade para minimizar o efeito destrutivo
do ser humano sobre o ambiente;
− Participativo: A mobilização e a organização coletiva seria um complemento
à mudança de atitude pessoal. Os de maior nível de instrução têm a percepção
de que não apenas as pessoas devem ser modificadas, mas as estruturas
socais.
− Individualista: sabem da importância dos problemas ambientais, mas se
desinteressam por uma reflexão mais profunda sobre a questão. Têm a
percepção de que "cada um faz a sua parte", não no sentido de somar
esforços, mas num sentido individualista e superficial.
Cabe ressaltar que estas características não estão relacionadas a grupos
específicos, mas podem estar presentes, ao mesmo tempo, num indivíduo, confirmando
as várias dimensões dos seres humanos.

3.1. Um estudo de caso: Avaliação da percepção ambiental de Trabalhadores


Portuários Avulsos – TPA's.

3
Estas informações constam em um folheto da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Projeto Pró-
Guaíba e Secretaria da Agricultura e Abastecimento (1998) e no Jornal Zero Hora de 05/06/98.

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A pesquisa realizada por KITZMANN (2000), foi do tipo correlacional
(MARCONI & LAKATOS, 1990), pois estabelecia, a partir de dados obtidos por um
formulário de entrevistas aplicado aos Trabalhadores Portuários Avulsos – TPA's, as
relações entre as diversas variáveis que estão interagindo no sistema portuário.

Instrumento de Pesquisa - Formulário


O formulário4 elaborado para avaliar a percepção de ambiente dos TPA's de Rio
Grande, destinou-se a medir suas opiniões e atitudes em relação a questões operacionais
e ambientais. A opção pelo uso de formulário e não de um questionário, ocorreu em
função das características da população a ser estudada. Segundo MARCONI &
LAKATOS (1990), o formulário apresenta a vantagem de poder ser utilizado em quase
todos os segmentos de uma população heterogênea (alfabetizados/analfabetos,
jovens/velhos), pois o seu preenchimento é feito pelo entrevistador, que pode explicar os
objetivos da pesquisa e elucidar o significado das questões. Entre as desvantagens do uso
de formulários, há o risco de distorções e menor liberdade nas respostas, em razão da
presença do entrevistador. Para diminuir este risco, recomenda-se a não identificação
nominal dos entrevistados, o que garantirá maior liberdade de resposta aos mesmos. Isto
torna-se importante no meio laboral, onde, devido às questões da organização do
trabalho5, sempre existem conflitos, latentes ou claramente expressos.
O formulário foi utilizado nas atividades de campo em entrevista padronizada
estruturada, com questões predeterminadas (fechadas), dividido em duas partes. A
primeira parte foi constituída por quatro questões relacionadas a dados pessoais (idade,
escolaridade, tempo de serviço na área portuária e cursos profissionalizantes). A segunda
parte estava composta por trinta e duas questões fechadas, diretamente relacionadas com
aspectos operacionais, de saúde e segurança, de pensamento sistêmico e de cidadania.
A Escala de Lickert, construída para estruturar o formulário, foi elaborada
conforme os passos descritos abaixo (modificado de MARCONI & LAKATOS, 1990):
1. Elaboração de um grande número de questões relacionadas a atitudes e opiniões,
direta ou indiretamente ligadas ao que seria medido (neste caso, impacto ambiental
das atividades portuárias e as suas causas pessoais).

4
Um formulário é preenchido pelo entrevistador, enquanto que um questionário é respondido
diretamente pelo entrevistado (MARCONI & LAKATOS, 1990).
5
Segundo BOURGUIGNON et all (2000), a organização do trabalho se expressa pelo ritmo de trabalho,
hierarquia, produtividade, horas extras, jornada diária e pausas.

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2. Apresentação das questões aos entrevistados, que responderam, individualmente, de
acordo com um dos códigos da escala, a saber: Concordo Fortemente (CF),
Concordo Parcialmente (CP), Não Sei (NS), Discordo Parcialmente (DP) e Discordo
Fortemente (DF). Estes códigos foram utilizados para facilitar o preenchimento do
formulário no momento da entrevista e correspondem, respectivamente, aos números
5, 4, 3, 2, 1, no caso da resposta estar correta e na ordem inversa se estiver incorreta.
3. Para cada entrevistado foi calculada a pontuação total e a pontuação média obtidas
nas questões do formulário. Na análise da percepção dos Trabalhadores Portuários
Avulsos – TPA's, tanto ambiental como relacionada com os demais temas abordados
no formulário, tomou-se em conta a escala de classificação que consta na Tabela 1.
O teste do instrumento de pesquisa foi realizado com dez indivíduos, o que levou
a pequenos ajustes no formulário original. Nesta fase, segundo MARCONI &
LAKATOS (1990), deve ser observado se o conjunto de questões apresentam os
seguintes elementos: fidedignidade (qualquer pessoa que o aplique deverá obter os
mesmos resultados); validade (os dados recolhidos são necessários à pesquisa); e
operatividade (vocabulário acessível e significado claro).
As trinta e duas questões do formulário foram elaboradas com base em uma
Matriz Analítica estruturada conforme XAVIER (1995). A partir de entrevistas e do
material obtido junto aos principais atores do sistema estudado (Órgão Gestor de Mão-
de-Obra – OGMO, Superintendência do Porto do Rio Grande – SUPRG, e o Ensino
Profissional Marítimo – EPM), e da bibliografia (DOMINGUES, 1995; DUARTE, 1997;
TAGLIANI & ASMUS, 1997), foram definidas as grandes dimensões a serem abordadas
no estudo (Pensamento Sistêmico, Cidadania, Operação, Segurança e Saúde), as suas
variáveis (os diferentes aspectos das dimensões estudadas) e os seus indicadores
(formas de reconhecer/avaliar as variáveis e dimensões).

Coleta de Dados
O universo deste estudo abrangeu os Trabalhadores Portuários Avulsos – TPA's
do Porto do Rio Grande – RS, que totalizavam 1.330 homens, conforme o
recadastramento (censo populacional) realizado pelo OGMO entre janeiro e abril de
1998. Os TPA's estão distribuídos em seis atividades/categorias, a saber (destacado no
parênteses o número de trabalhadores por atividade/categoria naquela ocasião):
Capatazia, que em Rio Grande abrange Arrumadores, Portuários e Guindasteiros (731);

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Estiva (426); Conferência de carga (104); Conserto de carga (20); Vigilância de
embarcações (28); e Bloco (21).
A coleta de dados foi efetuada a partir da aplicação do formulário de entrevistas,
o que ocorreu paralelamente ao recadastramento citado acima. A cada dia compareciam
à sede do OGMO cerca de vinte e cinco (25) trabalhadores, enviados por seus
respectivos sindicatos. Tal procedimento facilitou a coleta de dados, já que, de outra
forma, os trabalhadores teriam que ser localizados nos sindicatos ou em seus locais de
trabalho. A amostra foi constituída por trabalhadores escolhidos aleatoriamente entre
aqueles que se dispuseram a responder ao instrumento de pesquisa (houve somente dois
casos de recusa para responder o formulário). Assim, foram amostrados 91 integrantes
da Capatazia, 60 da Estiva, 17 da Conferência de carga e 11 do Conserto de carga,
totalizando 179 entrevistados. A quantidade amostrada variou de 12,45% a 55,00% do
total de integrantes de cada categoria.
O mesmo instrumento (formulário) foi aplicado a todas as categorias
entrevistadas. As questões foram lidas individualmente para cada entrevistado, anotando-
se as opções por ele escolhidas. Este procedimento foi adotado a partir da informação
fornecida pelo OGMO, que dava conta do baixo grau de escolaridade entre os
Arrumadores, exatamente a categoria mais numerosa. Assim, poderiam ocorrer
dificuldades de entendimento das questões, acarretando erros e demora na aplicação do
instrumento de pesquisa. O procedimento foi mantido com todas as categorias, mesmo
as de maior escolaridade, como os Conferentes, com predomínio do nível superior,
evitando-se, assim, um tratamento diverso na coleta de dados. A entrevistadora tomou
os cuidados necessários para manter-se isenta, apenas assegurando ao entrevistado o
entendimento das questões, caso solicitado pelo mesmo. As observações espontâneas
feitas pelos trabalhadores foram anotadas, visto que estas poderiam servir como fonte
adicional de informação, quando da análise dos resultados. Apesar de não terem sido
apresentadas no corpo do trabalho, devido à dificuldade de compilação das mesmas, as
observações foram consideradas na análise e discussão dos resultados.

Análise das Respostas às Questões do Formulário


Os dados foram tabulados com o auxílio de uma planilha EXCEL, a partir das
quais foram confeccionados gráficos de distribuições de freqüências relativas das

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variáveis (atividade, escolaridade, idade e tempo de serviço) e dimensões (Pensamento
Sistêmico, Cidadania, Segurança e Saúde e Operação) analisadas. Foram realizados
testes estatísticos de análise de variância – ANOVA (através do Programa
STATISTICA), a fim de verificar a influência das variáveis e dimensões na percepção
dos TPA's.

Resultados
Os resultados, descritos em KITZMANN (2000), foram organizados em termos
de 1) Caracterização da população amostrada: traçou o perfil dos TPA's quanto à
escolaridade, idade e tempo de serviço. Estas variáveis foram divididas em classes,
definidas de acordo com as classificações utilizadas pelo OGMO local, o que
possibilitaria comparações posteriores; e, 2) Análise das pontuações: foram apresentadas
as médias e os desvios padrões dos pontos obtidos pelos TPA's entrevistados e o
tratamento estatístico das pontuações, efetuado em função da atividade, escolaridade,
idade, tempo de serviço e dimensões consideradas.
O perfil destes trabalhadores indica que estes têm, em média, 44 anos de idade,
19 anos de tempo de serviço e o 1º grau completo. A partir da classificação para
adotada, a percepção ambiental dos TPA’s das atividades de Capatazia, Conserto de
Carga e Estiva foi considerada média alta. Para os da Conferência de Carga a percepção
foi alta, sendo que estes tiveram as maiores médias de escolaridade, idade, tempo de
serviço e pontuações. Apesar destes altos índices, foi constatado que há lacunas nas
concepções, indicadas pela dificuldade de entender inter-relações e pela separação entre
questões ambientais e operacionais e entre o meio ambiente de trabalho e o da vida
privada. Os resultados indicam que as dimensões Pensamento Sistêmico e Cidadania,
referentes a temas mais complexos e abstratos, estão condicionadas pela escolaridade,
estando relacionadas com o modo de pensamento categorial. Nestas dimensões, a
Conferência de Carga se destaca das demais atividades. As dimensões Segurança e
Saúde e Operação, com temas diretamente relacionados com a rotina operacional, são
condicionadas pela experiência em situações reais de trabalho e estão relacionadas com
o modo de pensamento gráfico funcional. Nestas dimensões, não houve diferenças
significativas entre as atividades analisadas.

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A discussão dos resultados oriundos das diferentes abordagens metodológicas
adotadas (análise estatística e conceitual), foi realizada de forma integrada, com o intuito
de fundamentar as conclusões e recomendações finais do trabalho.

4. Considerações Finais

Com base no Estudo de Caso acima relatado, podemos considerar que as


percepções de ambiente são condicionadas pelo tipo de atividade desenvolvida. Devido à
proximidade física que experimentam com os ambientes estuarinos e costeiros, há uma
estreita relação entre o meio ambiente e a atuação profissional dos Trabalhadores
Portuários Avulsos – TPA's. Este podem apreciar as belezas destes ambientes (efeito
positivo na percepção), mas também estão à mercê das condições climáticas, que podem
ser penosas, especialmente em regiões frias como no sul, ou muito quentes, como no
norte/nordeste (efeito negativo na percepção). De um ponto de vista reducionista, para a
realização das atividades dos TPA's, ao contrário dos pescadores, não interessaria o
estado do ecossistema no qual estão inseridos, não fazendo diferença se este está poluído
ou se a instalação de um novo terminal destruiu habitats produtivos. No entanto,
observações espontâneas6 como "o mar é muito lindo" "o mar não é uma lixeira", "na
água tudo é perigoso", "afeta outro adiante", efetuadas durante as entrevistas, indicam
que os TPA's têm consciência destas questões. De acordo com os modelos perceptivos
definidos em FZB (1998), estas observações indicam um perfil emotivo e não
individualista. Isto não quer dizer que sejam menos impactantes nas suas atividades
cotidianas, tendo em vista que a maior parte não admitiu os impactos e as interações das
atividades portuárias com o sistema ambiental adjacente.
A avaliação da percepção ambiental dos trabalhadores portuários, realizada em
função das variáveis escolaridade, idade, tempo de serviço e atividade e das dimensões
Pensamento Sistêmico, Cidadania, Segurança e Saúde e Operação, demonstrou que os
TPA's do Porto do Rio Grande têm uma percepção média alta, de acordo com os níveis
de classificação adotados. A Conferência tem uma percepção alta, significativamente
diferente daquelas dos demais trabalhadores. Tomando em conta que a Conferência é a
atividade com maiores médias de escolaridade, idade e tempo de serviço entre todas as
atividades analisadas neste estudo, seria razoável supor que o conjunto de experiências

6
As expressões entre "aspas e em itálico" são as transcrições literais das observações dos TPA’s.

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formais e informais acumuladas a partir destas variáveis pudessem responder pela
diferença de percepção ambiental desses trabalhadores em relação aos demais.
Entretanto, os resultados do tratamento estatístico dado ao conjunto de dados
estratificados por classe de idade e tempo de serviço, sugerem que estas variáveis não
têm influência na percepção ambiental dos TPA's. O mesmo não se pode dizer da
escolaridade, significativamente diferente entre as várias classes de escolaridade
consideradas. Desta forma, é possível concluir que a diferença de percepção ambiental
entre a Conferência e as demais atividades consideradas se explica em função do nível de
escolaridade, e não da experiência acumulada com a idade e com o tempo de serviço.
Esta conclusão é corroborada pelos resultados da pesquisa "A relação dos gaúchos com
o meio ambiente", realizada em 1998 sob a coordenação da Fundação Zoobotânica do
Rio Grande do Sul (FZB, 1998). Tal pesquisa determinou que as características
sócioeconômicas mais relacionadas com as diferenças de opinião foram a escolaridade e
a renda familiar, enquanto que a idade e o sexo não interferiram significativamente nas
respostas.
Dois fatos comprovam a importância da análise qualitativa que deve acompanhar
análises estatísticas. Um destes está relacionado com a questão de como a escolaridade
determinou uma concepção mais apurada em termos ambientais (estatisticamente
significativa), já que só recentemente o ensino formal incorporou tal dimensão. A
explicação, pode estar, em parte, nos seus efeitos indiretos, particularmente na melhoria
das condições de vida que o aumento de escolaridade propicia. De acordo com MELO
(1996), os traços culturais influenciam de modo intenso a forma de ver, de ser e de agir
do indivíduo, o que vem a repercutir no espaço do trabalho. Da mesma maneira, o modo
de vida, as condições de moradia e o acesso à informação, todos reflexos da condição
econômica, irão repercutir nos temas analisados neste trabalho 7. Assim, tendo em vista
que o ser humano constitui um sistema aberto, sendo um fenômeno multidimensional
sujeito às influências de muitas variáveis (CHIAVENATO, 1994; LUIJPEN, 1973), a
escolaridade é somente uma parte que está ligada ao todo que é a vida de cada um destes
trabalhadores. Como o trabalho não traçou o perfil sócioeconômico dos TPA's, não há
como avaliar a importância destas variáveis. No entanto, fica a indicação de que a
escolaridade pode estar explicando a melhor percepção ambiental da Conferência de

7
De acordo com o Relatório Estatístico do OGMO/RG (Dezembro/98), a remuneração média de um
Conferente era, nesta época, dez vezes maior que a de um Arrumador (Capatazia).

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forma indireta, através do acesso a melhores condições de renda e qualidade de vida, que
são importantes para o desenvolvimento do senso crítico e da cidadania.
Uma segunda indicação de que os números e testes estatísticos não podem ser
vistos de forma isolada, é o fato que uma maior pontuação (no caso, da Conferência),
poderia não significar necessariamente uma percepção ambiental mais apurada que os
demais entrevistados. Isto porque, face a sua maior escolaridade, estes trabalhadores
poderiam entender de antemão onde a entrevistadora quer chegar com determinado
questionamento, acertando-o, não por convicção, mas por conveniência. Assim, a
resposta dada não refletiria o seu real grau de preocupação e consciência ambiental.
Entretanto, mesmo que isto tenha ocorrido, tal fato já seria um resultado importante,
uma vez que estaria indicando o estágio de competência e de consciência do indivíduo.
Segundo GILBERT (1995), há distintos estágios de competência e consciência.
Conforme o autor, quando da implementação de um Sistema de Gerenciamento
Ambiental (SGA), existem quatro estágios a serem atingidos em conjunto pela
organização e os seus funcionários: 1)Incompetência Inconsciente: onde os
funcionários não têm consciência dos problemas ambientais e das desvantagens do atual
sistema gerencial, devendo ser ministrados programas de conscientização;
2)Incompetência Consciente: os funcionários são conscientes dos problemas em nível
global e local e algumas mudanças imediatas podem ser propostas. Entendem qual a sua
função no todo, quais os efeitos ambientais da mesma e como gerenciá-los;
3)Competência Consciente: os funcionários compreendem a política e alvos ambientais
e qual a sua função e de seu setor para atingi-los. Sabem que já estão fazendo as coisas
de forma diferente, podendo mostrar o que e como; e, 4)Competência Inconsciente: os
funcionários não têm consciência dos processos existentes para estabelecer e manter os
altos padrões de desempenho ambiental. Isto significaria que os mesmos já foram
internalizados, fazendo parte da rotina de trabalho. Sendo assim, se o entrevistado
responde o que ele considera que o entrevistador quer ouvir, ele estaria no estágio de
incompetência consciente. Esta é consciente por "saber" a resposta certa, mas é
incompetência à medida em que isto não se reflete em suas ações.
Esta situação também está relacionada à teoria da dissonância cognitiva,
elaborada por Leon Festinger8, a qual considera que o indivíduo se esforça para

8
Leon Festinger desenvolveu a Teoria da Dissonância Cognitiva, a qual está explicitada no livro A
Theory of Cognitive Dissonance. Stanford: Stanford University Press, 1957 (CHIAVENATTO, 1994).

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estabelecer um estado de consonância (coerência) interna, estando, assim, motivado para
reduzir os conflitos. Caso este tenha cognições que sejam inconsistentes, ou dissonantes,
onde uma implica o oposto da outra, como quando o indivíduo acredita em algo, mas
age contrariamente a esta crença, ocorre um estado de dissonância cognitiva
(CHIAVENATO, 1994). Se o indivíduo sabe que algo está errado (por, exemplo, jogar
restos de carga e embalagens na água) e contribui (ativamente ou por omissão) para que
isto ocorra, com certeza está em dissonância e, portanto, motivado para reduzir estes
conflitos. Isto deve ser identificado e aproveitado pelo educador como motivador da
mudança de atitude, a qual é cara tanto às atividades de treinamento empresarial quanto
à educação ambiental.
A importância da análise quantitativa, que determina níveis de percepção, pode
ser constatada em certas questões, que demonstram posturas e atitudes diversas com
relação a determinados tópicos analisados. Por exemplo, questões relativas ao meio de
trabalho (portuário) e questões referentes a aspectos da vida privada (social/comunitária)
estiveram em níveis perceptivos diferentes, já que, nesta última, houve melhor percepção
para o assunto lixo. Esta diferenciação de espaços demonstra ser um indicativo
importante a orientar intervenções educativas posteriores.
A síntese dos resultados do trabalho desenvolvido com os TPA's de Rio Grande
pode ser realizada partir de uma análise dos trabalhos de LURIA (1988, apud
OLIVEIRA, 1993), que define dois modos básicos de pensamento, a saber: o modo
gráfico-funcional (pensamento baseado na experiência, em contextos concretos, a partir
de situações reais vivenciadas pelo indivíduo, típico dos que têm menor escolaridade e
trabalho tradicional) e o modo categorial. (baseado em categorias abstratas, capaz de
lidar com atributos genéricos, desvinculado-os do contexto prático, típico dos indivíduos
mais escolarizados e com trabalho mais modernizado). Com base em nossos resultados,
podemos considerar que as dimensões Segurança e Saúde e Operação estão
relacionadas com o modo de pensamento gráfico funcional, visto que estas estão pela
experiência adquirida em situações reais de trabalho. Já as dimensões Pensamento
Sistêmico e Cidadania estão relacionadas com o modo de pensamento categorial, por
estarem condicionadas pela escolaridade e tratarem de temas mais complexos (por
envolverem maiores interações) e/ou abstratos. Isto pode ser explicado em função de
que a capacidade de perceber inter-relações requer um certo grau de abstração e de

C-70
raciocínio lógico, e, segundo LURIA (1980, apud VELASCO, 2000), haveria uma
correlação entre raciocínio lógico e grau de instrução.
A avaliação quali-quantitativa da percepção ambiental, ao distinguir quais as
variáveis que condicionam as concepções de ambiente, é uma importante ferramenta para
atividades educativas posteriores, subsidiando-as com informações acerca do público a
ser atingido. Entretanto, para esta abordagem ser eficaz, deve ser levado em conta o
todo no qual o público está inserido, considerando as suas múltiplas dimensões (sociais,
econômicas, educativas, culturais e ambientais) e espaços de trabalho e de vida.

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