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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA – APOLITÉCNICA

Instituto Superior de Humanidades Ciências e Tecnologias

Engenharia Civil

Placas Tectónicas

Samir Ali de Jamal Mucubaquine

Quelimane

2020

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Samir Ali de Jamal Mucubaquine

Placas Tectónicas

Trabalho de Pesquisa a ser


avaliado na disciplina de:
Geologia

Docente: Lic. Huguito


Quelimane
Gabriel Mourão
2020

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Índice
1.Introdução................................................................................................................................5

2. Placas Tectónicas................................................................................................................6

2.1. Deriva dos Continentes................................................................................................7

2.2. As divisões das Placas Tectónicas...............................................................................7

3. Conclusão..........................................................................................................................12

4. Bibliografia.......................................................................................................................13

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1. Introdução
O presente trabalho de Geologia aborda sobre as Placas Tectónicas que de acordo com a
teoria das Placas Tectónicas refere-se a uma das maiores revoluções. A importância desta
discussão está directamente relacionada com as actividades desenvolvidas pela humanidade
junto ao ambiente, bem como o impacto oriundo dessas actividades para ela.

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2. Placas Tectónicas
A teoria das Placas Tectónicas foi estabelecida em 1968 e se define por ser uma explicação
unificada realizada durante décadas a respeito das principais hipóteses sobre os movimentos
continentais identificados na superfície terrestre [CITATION SOU13 \l 2070 ].

A Deriva dos Continentes e a Expansão do Assoalho Oceânico propuseram significativas


contribuições na elaboração da teoria das Placas Tectónicas. Segundo Cearei, Klepeis e Vine
(2014), em 1965 o geólogo canadense John Tuzo Wilson (1908-1993) propôs um novo tipo
de movimento realizado pelas placas, denominado de falhas. De acordo com o geólogo, além
dos blocos realizarem movimentos que se afastam e unem-se diante do globo, identificou a
partir de seus estudos que os blocos continentais também deslizavam um em relação ao outro[
CITATION KEA14 \l 2070 ].

A partir da década de 1960, três tipos básicos de limites interplacais foram definidos, entre
eles o limite convergente, o limite divergente e o limite transformante. Para facilitar a
exemplificação, o quadro a seguir (Quadro 1), aborda a característica de cada tipo de limite.
Importante ressaltar que, no quadro, os signos representados por setas, tem como objectivo
indicar sentidos de movimentos realizados pelas placas diante de uma escala temporal muito
grande.
Tabela 1: Tipos de limites
TIPO BÁSICO DE LIMITE DEFINIÇÃO SIGNO
Trata-se de movimentos realizados
Limite convergente pelas placas que se aproximam uma
em relação à outra

Trata-se de movimentos realizados


Limite convergente pelas placas que se afastam uma em
relação à outra
Trata-se de movimentos realizados
pelas placas que se deslocam
Limite de falhas horizontalmente, uma em relação à
outra. Nesse terceiro movimento, as
transformantes placas também podem se deslocar no
mesmo sentido e com velocidades
distintas
Fonte: Baseado em Press (2009)

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A importância desta discussão em entender a superfície terrestre a partir dos movimentos
realizados pelo interior da Terra – Placas Tectónicas, demonstra-se directamente relacionada
com a ciência geográfica porque a Geografia tem como objectivo entender as relações entre
os Homens e destes com o meio.

2.1.Deriva dos Continentes


A litosfera esta tomada por uma série de placas que compõem a supeficie terrestre, algumas
destas abrigando continentes, outras não. As placas deslocam-se sobre o manto terrestre,
muito lentamente (2 a 10cm/ano) sob trajectórias complexas. Segundo Taylor (1910), Alfred
Wegner (1912), T. Wilson (1963), J. Maxwell (1968) e outros, há uns 225 milhoes de anos
atrás existia um proto-continente chamado Pangea, rodeado por um oceano chamado
Pantalassa, apresentado na Figura 1(a).

Há 180 milhoes de anos, o norte e sul de Pangea, começaram a se separar, sendo o norte
conhecido como Laurasia e o sul por Gondwana. Os deslocamentos ocorridos incluíram
rotações horárias para a Laurasia e anti-horários para a parte sul da antiga Pangea, ordenando
os movimentos de rotação da Terra para algo mais próximo do equilíbrio – Figura 1(b).

Há 135 milhoes de anos os actuais continentes estavam mais bem delineados, com o inicio da
separação entre os atuais continentes da África e da América do Sul, e a Índia avançando para
a sua posição actual. A Austrália seguia seu lento deslocamento para o norte e a Eurásia e a
África haviam-se mantido na mesma posição relativa. A distribuição continental que existiaha
135 milhoes de anos é mostrada na Figura 1(c), na qual aparecem limites convergentes e
divergentes das massas continentais.

Há 65 milhoes de anos a situação dos continentes correspondia aproximadamente a ilustrada


na Figura 1(d). Eurasia e Africa se uniram, Africa e America do Sul estavam completamente
separadas e deslocavam-se em direcções opostas, enquanto que a India atingia a sua posição
actual e a Australia separava-se da Antartica. A Figura 1(e) apresenta a situação actual dos
continentes.

2.2.As divisões das Placas Tectónicas


A crosta da terra esta dividida em 16 placas tectonicas principais e varias secundarias. Dentre
as principais (Figura 2) citam-se as placas Africana, da Antartida, Arabica, Australiana, das
Caraibas, de Cocos, Euroasiana, das Filipinas, de Nazca, Norteamericana, do Pacifico,
Indiana, de Scotia, Juan de Fuca e a placa Sulamericana.

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Em consequência da interacao entre as placas tectonicas, a litosfera esta constantemente
submetida a forcas que a deformam gradualmente, armazenando energia da deformação que,
antigindo valor elevado, pode produzir uma fratura repentina do material no interior da crosta
e liberação sob forma de calor, principalmente, e ondas sísmicas que se propagam através dos
materiais geológicos sólidos (ondas de tensao). A zona onde ocorre a fratura é conhecida
como foco ou hipocentro e a projecção deste foco sobre a superfície é chamada de epifoco ou
epicentro. As distancias do foco ao ponto onde e registrado o movimento superficial do
terreno é chamada distancia focal (Rf). A definição de distancia epicentral (Re) é ilustrada na
Figura 3.

Figura 1: Teoria da derivada dos continentes segundo Taylor (1910), Wegener (1915)

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Figura 2: Placas Tectónicas[ CITATION KEA14 \l 2070 ]

Figura 3: Elementos característicos de um terramoto[ CITATION KEA14 \l 2070 ]

2.3.Aplicação da teoria da semiótica de Peirce


O objectivo principal da Semiótica se mantem consolidado em investigar o modo como se
concretiza essa percepção do signo na mente do leitor, bem como o modo como ocorre o
processo de significação do signo na linguagem[ CITATION SAN12 \l 2070 ].
Podemos compreender o signo como aquilo que, em certa medida, está no lugar de alguma
coisa para alguém e defini-lo a partir de suas particularidades que apresenta em representar
alguma coisa, sem privilegiar o seu material constituinte ou a coisa ao qual se refere
(PEIRCE,1984).
De acordo com Santaella (2013), dependendo dos fundamentos, isto é, da propriedade do
signo que está sendo considerada, será diferente a maneira como ele pode representar seu
objeto. O signo sempre será algo que tem existência na relação com uma mente receptora e
não um objeto qualquer exterior a essa mente e, desta forma, o signo participa de um processo
mental que tem como finalidade representar e estar no lugar de alguma coisa (seu objeto) para
uma mente qualquer, ainda que falsamente.
Segundo Peirce, o entendimento desse processo em relação ao signo denomina-se semiose,
isto é, a semiose refere-se no momento realizado ao entender alguma coisa, algum signo
(MOSTAFA, 2012). De acordo com Peirce, a semiose se insere no processo transformador

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dos fenômenos existentes no universo real da experiência que, por meio da relação dialética
entre mente interpretadora e signo, transforma o fenômeno-experiência (CORREIA, 2001).
Para tanto, Peirce (1984) estabeleceu uma relação triádica da qual explicaria esse processo
diante de três relações denominadas: representamem, objeto e interpretante, como se aponta
na Figura 4.
Figura 4:
Signo Peirceano

Fonte: Merrel (2012)

Para Peirce, o representamen tem por intuito representar algo e, sendo assim, significa a
maneira que “algo” está sendo representado, caracterizando-se por ser uma potencialidade
pura: a primeira. Consequentemente, o objeto define-se por algo do qual iremos analisar pelo
representamen e, por fim, o interpretante, uma terceira coisa que proporciona ao interprete, a
partir da primeira, conceder algo em sua mente (SANTAELLA, 2013).
Para tanto, o signo pode ser interpretado diante de categorias, segundo a autora Walther
(2010), as categorias desenvolvidas por Peirce expressam os modos de existência dos
fenômenos ao se revelarem a uma mente, devendo ser trabalhadas de forma integrada;
observando sempre qual a predominância que um fenômeno possui à luz das três categorias
fenomenológicas.
Para Peirce tais propriedades categóricas são comuns a todas as coisas, das quais sistematizam
primeiramente pela qualidade, onde tudo pode ser signo, pela existência, onde tudo é signo e,
por fim, pela lei, onde tudo deve ser signo, sem deixar de ter suas outras propriedades
(SANTAELLA, 2012).
As categorias fenomenológicas propostas por Peirce (1984) têm como pretensão estabelecer
possibilidades lógicas de relações entre os elementos existentes no signo. A categoria da
primeiridade remete a todos os fenômenos que expressam uma ideia de frescor, vida,
liberdade, sem uma relação com outra coisa que determina suas ações (CP 1.302
apudGARBIN, 2016). Segundo Santaella (2012, p. 30), “neste nível, portanto, o signo é
considerado como pura possibilidade qualitativa. Para isso, é preciso ter porosidade para suas
qualidadessem a pressa das interpretações já prontas”.

A categoria da secundidade é própria dos fenômenos de ação-reação, existência, resistência


(CP 1.322 apud GARBIN, 2016). Nesta categoria, devemos dirigir nosso olhar para os
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fenômenos de modo observacional, da qual se volta a partir de nossa capacidade perceptiva,
entrar em ação (SANTAELLA, 2012).

Já a categoria da terceiridade compreende os fenômenos em seu papel de representação, de


estar no lugar de alguma coisa (CP 1.338 apud GARBIN, 2016) ou nas ideias de generalidade,
continuidade, difusão, crescimento e inteligência (CP 1.340 apud GARBIN, 2016). De acordo
com Santaella (2012, p. 78), a terceiridade tem por objetivo aproximar o primeiro e o segundo
numa síntese intelectual, correspondendo à uma camada de inteligibilidade, ou “pensamento
de signos, por meio da qual representamos o mundo”.

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3. Conclusão
Concluo o presente trabalho de geologia percebendo que as placas tectónicas e se define por
ser uma explicação unificada realizada durante décadas a respeito das principais hipóteses
sobre os movimentos continentais identificados na superfície terrestre [CITATION SOU13 \l
2070 ].

É de agradecer ao docente pela oportunidade de aprendizado que nos tivera proporcionado.

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4. Bibliografia
KEAREY, P, K. A. KLEPEIS, e F. J. VINE. Tectônica Global. Bookman, 2014.

PRESS, F. et al. Para Entender a Terra a Terra. Porto Alegre: Bookman, 2009.

SANTAELLA, L. . Semiótica aplicada. São Paulo: . Censage, Learning, 2012.

SOUZA, W. de. O. Modelagem do movimento da placa tectônica sul-americana pormeio de


dados VLBI e GNSS. Dissertação, Recife: Autor, 2013.

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