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2° Atividade de Direito Empresarial II

Aluno: Carlos Daniel Barros de Araújo

1. A competência de homologação do plano de recuperação extrajudicial está descrita


no seguinte artigo da Lei 11.101 de 2005:

Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a


recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal
estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.

2. A recuperação extrajudicial é a possibilidade de o devedor renegociar suas dívidas


junto aos seus credores, sem que fique caracterizado ato de falência, que pode ou
não ser submetido à homologação judicial.

Fonte: Material de apoio disponibilizado no EAD.

3. Para simplesmente procurar seus credores (ou parte deles) e tentar encontrar, em
conjunto com eles, uma saída negociada para a crise, o empresário não precisa
atender a nenhum dos requisitos da lei para a recuperação extrajudicial. Estando
todos envolvidos de acordo, assinam os instrumentos de novação ou renegociação e
assumem, por livre manifestação da vontade, obrigações cujo cumprimento espera-
se proporcione o reerguimento do devedor.
Quando a lei estabelece requisitos para a recuperação extrajudicial, ela está se
referindo apenas ao devedor que pretende, oportunamente, levar o acordo à
homologação judicial. (COELHO, 2006, p.388- 389).
Esses requisitos apenas serão verificados se houver a homologação judicial da
proposta, do contrário não existe verificação desses requisitos.

4. Tem o papel de coadjuvante, assim, apenas homologa a decisão, não lhe


competindo discordar dela (decisão).

5. Sendo homologada a recuperação extrajudicial constituir-se-á em título executivo


judicial, nos termos do art. 584, III do caput do CPC (art. 161, § 6º).

6. Sim, a homologação é uma faculdade, não uma obrigação, o art. 161 informa que o
devedor poderá propor e negociar com os credores um plano de recuperação
extrajudicial. (com base também no artigo 48)

7. Não, os débitos de natureza tributária, trabalhistas (ou acidentes de trabalho), os


derivados de posição de proprietário fiduciário de bens moveis ou imóveis, de
arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos
respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade,
inclusive em incorporações imobiliárias, de proprietário em conta de venda com reserva
de domínio. Também não fará parte do quadro geral de credores a importância
entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a
contrato de câmbio para exportação, na forma do art. 75, §§ 3º, da Lei 4.278/65, desde
que o prazo total da operação, inclusive eventuais prorrogações, não exceda o previsto
nas normas específicas da autoridade competente. Pode também ser pedida a
restituição de quantias adiantadas por instituição financeira, por conta de contrato de
câmbio.

8. Sim, em defesa da paridade entre as partes, mas opinando contrário à recuperação


extrajudicial, esta (opinião) não surtirá efeito, visto ser um acordo entre particulares.
(art. 187 §1 e §2)

9. O plano de recuperação extrajudicial pode ser imposto aos credores minoritários


dissidente se firmado por credores que represente mais de 3/5 de todos os créditos
de cada espécie por ele abrangidos, hipótese em que o ajuste será imposto aos 2/5
restantes. Fonte: material de apoio do EAD.

10. Exposição da situação patrimonial, demonstrações contábeis do último exercício e a


especial, mandato com poderes de novar e transigir e a relação nominal e completa
dos credores. (Art. 162 §6 e art. 163)

11. Previstos nos artigos 162 e 163 §6:

I. exposição da situação patrimonial do devedor;

II. demonstrações contábeis do último exercício;

III. demonstrações contáveis especialmente levantadas para o pedido


acompanhadas do balanço patrimonial, da demonstração de resultados acumulados,
da demonstração do resultado do último exercício social e do relatório gerencial de
fluxo de caixa e sua projeção;

IV. relação nominal dos credores, com endereço, natureza e classificação do crédito,
assim como seu valor atualizado, origem, regime dos vencimentos e a indicação dos
registros contábeis;

V. documento que comprove os poderes de transigir outorgado aos subscritores do


plano.

12. Não, a lei não trata de suspensão da prescrição, pode ocorre que a dívida prescreva
antes da homologação do juiz, perdendo o credor o prazo para cobrança. (art. 164
caput).

13. Os credores terão prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do edital, para
impugnarem o plano, juntando a prova de seu crédito. (art. 164 §3).

14. Apelação sem efeito suspensivo (art. 165 §7).

15. Não chegando a um acordo a recuperação extrajudicial não surtirá efeito, mas
podem ser intentados tantos planos quantos forem necessários. (art. 167)
16. Art. 164, §5: “Decorrido o prazo do § 4º deste artigo, os autos serão conclusos
imediatamente ao juiz para apreciação de eventuais impugnações e decidirá, no
prazo de 5 (cinco) dias, acerca do plano de recuperação extrajudicial, homologando-
o por sentença se entender que não implica prática de atos previstos no art. 130
desta Lei e que não há outras irregularidades que recomendem sua rejeição”.

17. É o empresário individual ou sociedade empresária, comumente referidos como


devedor. Esse devedor deve ser possuidor dos mesmos requisitos subjetivos
exigíveis na recuperação judicial e que se configuram também como requisitos de
ordem subjetiva para a homologação do plano de recuperação extrajudicial referidos
nos incisos do art. 48 e no § 3º do art. 161.

18. Art. 71. O plano especial de recuperação será apresentado no prazo previsto no art.
53 desta Lei e limitar-se á às seguintes condições:

I - abrangerá todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos,
excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e os previstos nos §§ 3º e
4º do art. 49; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)

II - preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas,


acrescidas de juros equivalentes à taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC,
podendo conter ainda a proposta de abatimento do valor das dívidas; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)

III – preverá o pagamento da 1ª (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cento e


oitenta) dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial;

IV – estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador


judicial e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.

19. Caso o devedor de que trata o art. 70 desta Lei opte pelo pedido de recuperação
judicial com base no plano especial disciplinado nesta Seção, não será convocada
assembleia-geral de credores para deliberar sobre o plano, e o juiz concederá a
recuperação judicial se atendidas as demais exigências desta Lei. (art. 72).

20. O plano de recuperação judicial o devedor tem certa autonomia para propor as
condições de superação da crise e também é necessária uma assembleia de
credores para aprovar, enquanto que no plano recuperação especial a lei já
determina os meios e é o juiz que dá a anuência.

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