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Cosmologia Bíblica, Conforme o Senhor, em
Sua Misericórdia, nos Revelou
Autor: Jeremy James, 7/7/2016.
A Bíblia somente faz sentido se considerarmos que ela quer dizer exatamente o que diz.
Precisamos nos manter fiéis a esse princípio o tempo todo, sem tratar certas passagens
como alegóricas ou poéticas pelo simples fato de não se encaixarem confortavelmente com
nossa compreensão da ciência moderna. Antes de darmos ouvidos ao que o homem diz,
devemos primeiro prestar muita atenção àquilo que Deus já disse.
"Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão
em cântico diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas." [Isaías 55:12].
Algumas vezes, este verso é citado como uma evidência que nem todos os versos podem
ser interpretados ao pé da letra, mas existem pouquíssimos exemplos assim em toda a
Bíblia. Além disso, a objeção é muito fraca, pois ignora o contexto. Até uma criança poderia
ver que uma imagem poética está em uso aqui. A passagem se relaciona com o retorno de
Cristo e ao glorioso impacto que sua presença terá sobre todas as coisas, até mesmo sobre
as árvores no campo.
Devemos examinar aquilo que Deus diz sobre Sua criação usando a mesma hermenêutica,
ou método de interpretação, que usamos para estabelecer todos os outros aspectos da
doutrina e teologia. Os cristãos nascidos de novo sabem que Deus criou Adão como um
homem adulto do pó da terra — "E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e
soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente." [Gênesis 2:7].
Não recorremos à alegoria ou metáfora e tentamos reconciliar esse relato com o paradigma
da biologia moderna. Por exemplo, não imaginamos um cenário em que, de acordo com um
plano divino, um chimpanzé ou um primata mais desenvolvido cruzou um limiar
evolucionário crítico e se tornou um homem. Todavia, quando os eruditos bíblicos
interpretam passagens relacionadas com a cosmologia, eles quase que invariavelmente
abandonam a hermenêutica literalhistórica e dependem, em vez disso — talvez sem
perceber — do modelo proposto pela Física e Astronomia modernas.
A Cosmologia Bíblica
Convidamos os leitores a olharem novamente para a cosmologia da Bíblia, mas fazerem
isso com olhos renovados, colocarem de lado suas concepções prévias, se existentes, sobre
o "universo" e considerarem, em vez disso, aquilo que Deus realmente disse sobre Sua
maravilhosa obra de criação. Somente quando aplicamos ao mundo como um todo — a
Terra, o Sol, a Lua e as estrelas — a mesma hermenêutica literalhistórica que usamos
quando examinamos a criação de Adão, chegaremos a uma genuína cosmologia bíblica.
O problema hoje é que os eruditos bíblicos deixaram de compreender por muito tempo que
a teologia evangélica não possui uma clara cosmologia bíblica. A teologia evangélica
automaticamente tomou como verdadeiro o modelo proposto pela ciência moderna e depois
lutou para harmonizála com as passagens das Escrituras que tratam da Criação. Isto foi
feito de um modo muito arriscado, em claro contraste com a dolorosa abordagem que tem
sido normalmente seguida ao estabelecer a posição bíblica correta em outras questões
doutrinárias.
Onde estaria o Criacionismo se, nos anos 1950 e início dos 1960s, Henry Morris e John
Whitcomb não tivessem questionado as teorias científicas prevalecentes sobre o Dilúvio e a
idade da Terra? Desde então ficamos sabendo que a assim chamada ciência do
Evolucionismo é simplesmente charlatanismo, fantasia e pura fraude. Se considerarmos
aquilo que Deus diz em Sua Palavra, exatamente como Henry Morris e John Whitcomb
fizeram em seu estudo do Dilúvio, podemos descobrir que o mundo é muito diferente do
modelo retratado pela NASA.
Pretendemos aqui apresentar as passagens bíblicas relevantes em diversos títulos,
acrescentando observações orientadoras, quando apropriadas, e permitir que o leitor julgue
a matéria por si mesmo.
Os Fundamentos da Terra
Vamos iniciar com as fundações (ou fundamentos) da Terra. Este é provavelmente o melhor
lugar para iniciar nosso estudo, pois ele nos força a levar certos fatos em conta desde o
início que terá um impacto direto sobre como interpretamos outros versos importantes
sobre a Criação. Usaremos a palavra "Criação" em todo este ensaio para referir a tudo o
que o Senhor fez nos quatro primeiros dias da Criação (exceto a vegetação no Dia 3), isto
é, a Terra, as águas, o firmamento, os céus, o Sol, a Lua e as estrelas. Somente quando
compreendemos como esses vários elementos se encaixam juntos um com o outro — de
acordo com a Palavra de Deus, não a moderna Astronomia — podemos dizer que temos
uma cosmologia bíblica, ou um "modelo" da Criação.
Os anjos devem ter sido criados no Dia 1, embora isso não seja explicitamente declarado no
relato de Gênesis, pois eles testemunharam a cena em que o Senhor lançou as fundações
da Terra, o que também ocorreu no Dia 1:
"Depois disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo: Quem é
este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento? Agora cinge os
teus lombos, como homem; e perguntarteei, e tu me ensinarás. Onde estavas
tu, quando eu fundava a terra? Fazemo saber, se tens inteligência. Quem lhe
pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre
que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,
quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de
Deus jubilavam?" [Jó 38:17].
Esta é uma passagem muito importante relacionada com a cosmologia bíblica, pois o
Senhor a usa na abertura de Seu desafio ao homem orgulhoso e ignorante. Qual é a
primeira coisa à qual Ele se refere? — as fundações da Terra! O Senhor está dizendo aos
cinco homens reunidos que eles não sabem nada a respeito das fundações da Terra. Eles
não podem vêlas, não sabem à que elas estão amarradas, não conhecem suas medidas e
não sabem como elas foram lançadas.
A palavra hebraica para fundações é yacad (Strong, H3245), significando "fundar, fixar,
estabelecer, lançar o alicerce". O Senhor está a nos dizer que a Terra tem fundações e que
elas são reais, substanciais e extensas. Elas até têm uma "pedra de esquina". Sem essas
fundações, a Terra não teria suporte.
Ao falar de Jerusalém no Milênio, o Senhor usa novamente yacad para dizer fundações
reais:
"Tu, oprimida, arrojada com a tormenta e desconsolada, eis que eu assentarei
as tuas pedras com todo o ornamento, e te fundarei sobre as safiras." [Isaías
54:11].
Este evento profetizado é referenciado novamente no livro do Apocalipse:
"E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra
preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro,
calcedônia; o quarto, esmeralda." [Apocalipse 21:19].
Como a Terra tem fundações reais, ela ficaria exposta a um grande trauma se essas
fundações fossem abaladas:
"... porque as janelas do alto estão abertas, e os fundamentos da terra
tremem." [Isaías 24:18b].
Isaías está se referindo à Grande Tribulação, quando o Senhor trará grande e terrível
julgamento sobre a Terra. Na verdade, é somente em tempos de julgamento — pela
vontade expressa de Deus — que os fundamentos da Terra são abalados. Em todos os
outros tempos, os fundamentos da Terra são imóveis.
"Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em tempo algum." [Salmos
104:5].
"O SENHOR reina; está vestido de majestade. O SENHOR se revestiu e cingiu de
poder; o mundo também está firmado, e não poderá vacilar." [Salmos 93:1].
"Trema perante ele, trema toda a terra; pois o mundo se firmará, para que não
se abale." [1 Crônicas 16:30].
"Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a
terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse
habitada: Eu sou o SENHOR e não há outro." [Isaías 45:18].
Nem uma referência é feita em parte alguma da Palavra de Deus aos fundamentos do Sol,
da Lua ou das estrelas. Os únicos outros fundamentos entre as obras da Criação são os do
céu:
"Então se abalou e tremeu a terra, os fundamentos dos céus se moveram e
abalaram, porque ele se irou." [2 Samuel 22:8].
"As colunas do céu tremem, e se espantam da sua ameaça." [Jó 26:11].
A Palavra de Deus também fala dos alicerces da Terra:
"Levanta o pobre do pó, e desde o monturo exalta o necessitado, para o fazer
assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do
Senhor são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo." [1 Samuel
2:8].
As colunas da Terra parecem ser o mesmo que os fundamentos da Terra, ou estão
estabelecidas entre eles. Elas também estremecem em tempos de julgamento:
"O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem." [Jó 9:6].
Quem mantém as colunas da Terra? O Salmo 75 nos diz que é Cristo, pois Ele somente
"ocupará o lugar determinado" e "julgará retamente":
Estas passagens da Escritura estão a nos dizer que a Terra está posicionada sobre
fundamentos realmente maciços e imóveis. Isto significa que a Terra não é um planeta e
tampouco é uma esfera. Ela não se move pelo espaço, não orbita em torno do Sol e
também não gira em seu próprio eixo! Tudo o mais na Criação se move em torno da Terra,
ou em relação a ela, mas a própria Terra é totalmente estacionária.
A Terra foi criada no Dia 1, enquanto que o Sol foi criado no Dia 4. O primado cosmológico
da Terra foi definido desde o início. Todo o restante da Criação é descrito com referência à
vasta e imóvel Terra.
Estamos familiarizados com os críticos que fazem comentários depreciativos sobre uma
"Terra plana", mas talvez o aspecto mais óbvio e distintivo da Terra, a partir de uma
perspectiva bíblica, não é o fato de ser plana, mas sua total imobilidade. Depois que a
pessoa aceita esse fato simples (e bastante óbvio), a cosmologia apresentada na Bíblia é
fácil de compreender. A Terra simplesmente não pode estar em movimento, nem o mínimo
possível. Se estivesse, os níveis de estresse sísmico e atividade vulcânica que até mesmo
um movimento modesto provocariam seriam devastadores.
O modelo ensinado em nossas escolas é falso. Ele faz tanto sentido quanto a "ciência" da
Evolução e parece ter sido concebido e promovido pelas mesmas pessoas e para o mesmo
propósito, isto é, zombar e falsificar a Bíblia e convencer a humanidade que Deus não
existe. Os arquitetos desse ensino falso sabem que uma sociedade que não crê e não confia
em Deus é uma sociedade madura para a escravização.
Subindo e Descendo
Tudo na Bíblia aponta para uma cosmologia formada pelos céus acima, a Terra abaixo dos
céus, e fundamentos e pilares (colunas) abaixo da Terra, sobre os quais a Terra repousa.
A Palavra de Deus também tem muitos versos que incluem as palavras complementares
subir e descer. Como termos recíprocos, eles utilizam a mesma estrutura de referência e
devem ser compreendidos nesse sentido. Se este é o caso, então o céu e a Terra estão
fixos um em relação ao outro. Gênesis 28:12 apresenta isto de forma bem clara:
"E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis
que os anjos de Deus subiam e desciam por ela." [Gênesis 28:12].
O céu em questão nos versos seguintes é claramente o terceiro céu, não simplesmente o
céu atmosférico, ou a região do espaço por baixo do firmamento:
"Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos?
Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades
da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?"
[Provérbios 30:4].
"Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que
está no céu." [João 3:13].
Quando Cristo ascendeu fisicamente ao céu para assentarse à direita de Deus, Ele subiu
até o terceiro céu. Isto mostra que é possível falar da Terra e do terceiro céu usando uma
estrutura comum de referência. Cristo não precisou viajar bilhões de anosluz pelas
profundezas escuras do espaço para chegar até o céu.
Isto também é evidente em Atos 7, em que a Palavra de Deus descreve o martírio de
Estêvão:
"Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória
de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; e disse: Eis que vejo os céus
abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus." [Atos
7:5556].
Estes versos mostram que o céu, até mesmo o terceiro céu, está diretamente acima da
Terra. A passagem seguinte de Daniel confirma isto:
"E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão
dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e
todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão." [Daniel 7:27].
Na expressão "todo o céu" a palavra aramaica para "todo" é usada [Strong, H3606, kol].
Este verso está a nos dizer que a própria Terra, o reino sobre o qual Cristo reinará na
eternidade, estendese debaixo de "todo o céu". Portanto, a largura da Terra é tão extensa
quanto a largura do céu. Isto refuta completamente a noção na Astronomia moderna que a
Terra é apenas um grão de poeira na vastidão do "espaço sideral".
A passagem seguinte referese à ação que Deus tomou em resposta ao programa de
construção em Babel. Ela declara duas vezes que Ele "desceu". Dado que a Torre de Babel
foi projetada para "subir" em direção ao céu, a descida de Deus precisa ser compreendida
em um sentido correspondente.
"Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens
edificavam; e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma
língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo
o que eles intentarem fazer. Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua,
para que não entenda um a língua do outro. Assim o SENHOR os espalhou dali
sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade." [Gênesis 11:5
8].
Ninrode e seus seguidores construíram uma torre cujo cume tinha objetivo de alcançar o
céu, não porque acreditassem que sua torre pudesse alcançar essa altura, mas como um
símbolo visível de sua convicção que eles um dia conquistariam o céu. Como adoradores
dos anjos caídos, eles compartilhavam a ímpia ambição de Lúcifer:
"E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus
exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do
norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo."
[Isaías 14:13,14].
Satanás quer aquilo que pertence a Deus. O verso seguinte mostra que os céus foram
retidos por Deus, mas que a Terra foi dada aos filhos dos homens:
"Os céus são os céus do SENHOR; mas a terra a deu aos filhos dos homens."
[Salmos 115:16].
No tempo presente, a Terra inteira faz na iniquidade (1 João 5:19) por que Satanás
estabeleceu controle sobre o homem por meio de Adão e se tornou, por um tempo, "o
príncipe deste mundo". Ele quer aumentar seu domínio sobre a Terra, ao mesmo tempo que
expande seu domínio sobre as alturas das nuvens. A passagem de Isaías mostra que a
ambição de Satanás se estende por tudo, até o terceiro céu.
Existem três "céus" na Palavra de Deus: (1) a atmosfera imediatamente acima da Terra;
(2) o céu abaixo do firmamento, em que as estrelas estão fixadas e (3) o "terceiro céu",
onde a glória de Deus reside. (O apóstolo Paulo foi levado até o terceiro céu, mas não sabia
se foi levado no corpo físico, ou não). Em sua rejeição da ímpia ambição expressa pelos
cincos verbos no tempo futuro (subirei, exaltarei, me assentarei, subirei, serei) em Isaías
14, a Palavra de Deus implica que o homem, também, nunca será bemsucedido em subir
"acima das alturas das nuvens". (De acordo com os meteorologistas, as nuvens mais altas,
conhecidas como nuvens noctilucentes, estão a mais de 80 km acima da Terra. Isto é
evidência que a viagem espacial é impossível.).
Encontramos evidência adicional que a viagem espacial é impossível em Jeremias:
"Assim diz o SENHOR, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e
das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o
SENHOR dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas ordenanças de diante
de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma
nação diante de mim para sempre. Assim disse o SENHOR: Se puderem ser
medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo,
também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram,
diz o SENHOR." [Jeremias 31:3537].
Esta passagem da Escritura mostra que o Senhor nunca permitirá que Satanás (via
Anticristo) destrua a nação de Israel. Ele marca seu comprometimento com essa promessa
declarando que esse resultado somente seria possível se o homem conseguisse um dia
medir "os céus lá em cima" ou "sondar os fundamentos da Terra cá em embaixo". Portanto,
não somente a viagem espacial é impossível, — pois de que outra forma o homem poderia
medir as alturas do céu? — mas a Terra em que vivemos não pode ser uma esfera, pois se
fosse, suas dimensões seriam fáceis de determinar. (Medindose a circunferência da Terra,
o diâmetro e, assim, a extensão de seus fundamentos, poderiam ser calculados, ou
"sondados").
A Terra Plana
A Terra plana também é implicada pelos seguintes versos:
"Aquele que estendeu a terra sobre as águas; porque a sua benignidade dura
para sempre." [Salmos 136:6].
"Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou a
terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o
espírito aos que andam nela." [Isaías 42:5].
"O norte estende sobre o vazio; e suspende a terra sobre o nada." [Jó 26:7].
A palavra hebraica para o "estender" no Salmos 136:6 é raqa, que tem o significado de
"bater, carimbar, amassar, alargar, estender" [Strong, H7554]. As definições dadas por
Gesenius incluem "estender, batendo com pancadas, como em uma chapa fina". O Senhor
nos diz que estendeu a Terra, uma ação que é prontamente compreendida se a Terra for
plana e estendida, mas que é algo que causa perplexidade, para dizer o mínimo, se a Terra
for uma esfera.
A palavra hebraica para "estendeu" em Isaías 42:5 e Jó 26:7 é natah (Strong, H5186], com
o significado de estender, alargar, esticar. A definição dada por Gesenius inclui "estender,
espraiar e desdobrar". Novamente, somos apresentados com uma ação que não faz sentido
se a Terra for uma esfera.
O verso em Jó (26:7) também é mais fácil de interpretar se a Terra for um plano, com um
polo norte geográfico em seu centro.
O verso seguinte descreve uma cena que requer, ou no mínimo implica, uma superfície
plana estendida. Se fosse possível ver todos os reinos do mundo "em um momento de
tempo" ao subir em um monte alto, então por que a Palavra de Deus registra que isto
ocorreu em um "monte muito alto"?
"Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostroulhe todos
os reinos do mundo, e a glória deles." [Mateus 4:8].
"E o diabo, levandoo a um alto monte, mostroulhe num momento de tempo
todos os reinos do mundo." [Lucas 4:5].
Independente de quão alta era, a árvore descrita por Daniel no verso a seguir não seria
visível a ninguém que vivesse no outro lado de uma Terra no formato de um globo.
Entretanto, uma árvore que alcançasse o céu a partir de uma Terra plana seria visível por
qualquer um.
"Crescia esta árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até
ao céu; e era vista até aos confins da terra." [Daniel 4:11].
Podemos aplicar a mesma lógica, o mesmo raciocínio, à seguinte passagem de Salmos 103:
"Pois assim como o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua
misericórdia para com os que o temem. Assim como está longe o oriente do
ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões." [Salmos 103:1112].
Como observamos em um ensaio anterior, a remoção de nossas transgressões do oriente
para o ocidente não significaria coisa alguma se a Terra fosse uma esfera. Teríamos
eventualmente de confrontar nossos pecados e o Sacrifício Vicário não teria propósito.
Somente em uma Terra plana o oriente e o ocidente permanecem perpetuamente distantes.
Existem muitas expressões em toda a Palavra de Deus que sugerem fortemente que a Terra
é uma superfície plana e estendida. Essas expressões incluem "a face da Terra", os "confins
da Terra" e "os quatro cantos da Terra". A expressão "face da Terra" ocorre 29 vezes e os
"confins da Terra" 28 vezes. Poderíamos escrever um estudo detalhado sobre esses versos
somente!
No verso seguinte, a palavra hebraica para confins é kanaph, que significa "asa,
extremidade, borda... fronteira, confins" (Strong, H3671). Se a Terra possui quatro confins,
ou extremidades, ela precisa ser plana ou "estendida". Esse tipo de descrição faria pouco
sentido se aplicado a uma esfera:
"E levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de
Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra."
[Isaías 11:12].
As Águas Acima e Abaixo do Firmamento
Os eruditos bíblicos tradicionalmente sempre foram muito relutantes em explicar o que a
Palavra de Deus quer dizer quando menciona águas que estão por cima do firmamento:
"E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo
da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi." [Gênesis
1:7].
Este é um verso extremamente importante e, a não ser que o interpretemos literalmente,
não chegaremos a uma compreensão correta da cosmologia da Criação.
As águas acima do firmamento não são nuvens de chuva, como muitos supõem, nem a
umidade distribuída em quantidades minúsculas por toda a atmosfera. A Palavra de Deus as
chama de "águas", porque isto é exatamente o que elas são. Além disso, elas estão "acima
do firmamento". Todavia, se os eruditos bíblicos interpretarem o "firmamento" com o
significado de atmosfera somente, então passam a interpretar erroneamente o que a Bíblia
quer dizer com "águas acima do firmamento".
Águas acima
Vejamos alguns versoschave referentes às àguas existentes acima do firmamento:
"Louvaio, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus." [Salmos 148:4].
"Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das
águas e as nuvens dos céus." [Salmos 18:11].
"Fazendo ele ouvir a sua voz, grande estrondo de águas há nos céus, e faz subir
os vapores desde o fim da terra; faz os relâmpagos com a chuva, e tira o vento
dos seus tesouros." [Jeremias 51:16].
A partir destes versos, é claro que as "águas" acima do firmamento são substanciais e
comparáveis em volume às águas que estão abaixo do firmamento (algumas das quais
parecem residir em "depósitos" abaixo da superfície da Terra — veja o Salmos 33:7, citado
a seguir). Se houver uma grande quantidade de águas nos céus e elas constituem de algum
modo um "pavilhão" de "águas escuras" perto do "lugar secreto" onde Deus reside, então o
"firmamento" que separa as águas abaixo das águas acima precisa estar sobre a face da
Terra como uma grande abóbada.
O livro do Gênesis nos diz que Deus criou o céus e a Terra no Dia 1, mas Ele fez somente
uma parte da Criação no Dia 2, isto é, o firmamento. Isto parece indicar que o firmamento
é uma estrutura de tamanho e extensão enormes. O Gênesis situa o firmamento "no meio
das águas" (1:6), o que sugere que as águas acima e as águas abaixo do firmamento,
respectivamente, eram aproximadamente iguais em volume no tempo da Criação.
Águas abaixo
Nos versos seguintes, que se referem às "águas abaixo", encontramos várias referências às
"fontes" do abismo, possivelmente os conduítes por meio dos quais os "depósitos" de águas
abaixo da Terra são trazidos até a superfície:
"Marcou um limite sobre a superfície das águas em redor, até aos confins da luz
e das trevas." [Jó 26:10].
"Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do
abismo?" [Jó 38:16].
"Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe os abismos em depósitos."
[Salmos 33:7].
"Quando ainda não havia abismos, fui gerada, quando ainda não havia fontes
carregadas de águas." [Provérbios 8:24].
"Quando firmava as nuvens acima, quando fortificava as fontes do abismo."
[Provérbios 8:28].
No livro do Apocalipse, o anjo que passa pelo meio do céu para pregar "o evangelho eterno"
referese com grande solenidade às obras poderosas de Deus, ou seja, o céu, a Terra, o
mar e as fontes de águas. Se as fontes de águas podem ser comparadas deste modo com
os céus, a Terra e os mares, então elas precisam ser realmente muito substanciais:
"Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dailhe glória; porque é vinda a
hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes
das águas." [Apocalipse 14:7].
A seguinte passagem de Provérbios apresenta tanto um resumo maravilhoso da Criação
quanto um quadro glorioso do companherismo que existia entre o Pai e o Filho (na chamada
"Sabedoria") enquanto a grande obra da Criação estava sendo realizada.
"Quando ele preparava os céus, aí estava eu, quando traçava o horizonte sobre
a face do abismo; quando firmava as nuvens acima, quando fortificava as
fontes do abismo, quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não
traspassassem o seu mando, quando compunha os fundamentos da terra. Então
eu estava com ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delícias,
alegrandome perante ele em todo o tempo; regozijandome no seu mundo
habitável e enchendome de prazer com os filhos dos homens." [Provérbios
8:2731].
Que retrato maravilhoso de Cristo! A palavra hebraica para "abismo" nesta passagem é
tehowm, que significa "profundo, profundezas... mar... águas subterrâneas" (Strong) ou
"uma grande quantidade de águas" (Gesenius). Isto está claramente se referindo às "águas
abaixo" (os oceanos do mundo e os "depósitos") e não às "águas acima".
A palavra hebraica para "traçava o horizonte" é chuwg, que significa "círculo, circuito ou
perímetro". Após a terra ter emergido das profundezas no Dia 3, os oceanos continuaram a
ficar ao redor da terra — "... traçava o horizonte sobre a face do abismo". Essa delimitação
somente faz sentido em uma Terra plana.
O Firmamento
Vários versos falam sobre o firmamento (Strong 7549, raqiya) como uma grande abóbada
de suporte sobre a Terra. Esses versos incluem Gênesis 1:67 e 7:11, Jó 37:18, Isaías
40:22 e Amós 9:6. Examinaremos um de cada vez:
"E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre
águas e águas. E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que
estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e
assim foi." [Gênesis 1:67].
Como já observamos, os eruditos bíblicos têm sido relutantes em expor esses versos como
deveriam. Em sua indisposição de interpretar aquilo que Deus quis dizer com "as águas",
especialmente águas acima do firmamento, eles também evitaram qualquer exame claro e
explícito do "firmamento" e o que ele realmente é.
Já vimos que as águas acima do firmamento são águas reais e que o próprio firmamento é
uma estrutura física real. É extremamente difícil interpretar a Palavra de Deus usando uma
hermenêutica literalhistórica — a única que é sólida — e chegar a qualquer outra
conclusão.
Estes versos (Gênesis 1:67) mostram que o firmamento realiza uma função vital na
cosmologia de Deus, separando as águas em baixo das águas em cima. Se as "janelas do
céu" (Gênesis 7:11) fossem abertas, as águas que estão em cima passariam, seriam
derramadas e destruiriam toda a vida na Terra. Foi exatamente isto que aconteceu durante
o Dilúvio (veja Amós 9:6, citado a seguir).
As águas que caíram na forma de chuva durante quarenta dias tiveram de ser de volume
suficiente para cobrir as mais altas montanhas na Terra naquele tempo. Esse volume de
água somente poderia ter vindo de além do firmamento. Podemos inferir que Deus não
liberou todas as "águas acima", mas somente uma pequena porção, pois Ele prometeu à
humanidade (e ao reino animal) que nunca mais decretaria uma inundação similar sobre a
Terra, algo que somente faria sentido se uma quantidade suficiente das "águas acima"
ainda estivessem disponíveis para esse propósito.
O verso seguinte lança mais luz sobre a origem das águas que inundaram toda a Terra
durante o Dilúvio:
"No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do
mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as
janelas dos céus se abriram." [Gênesis 7:11].
As "fontes do grande abismo" podem ser os "depósitos" mencionados anteriormente,
enquanto que a abertura das "janelas dos céus" pode se referir à liberação de uma porção
das águas que estão acima do firmamento. Esses dois eventos — a abertura das janelas dos
céus acima e a ruptura das fontes do grande abismo, pela parte de baixo — explicariam o
grande aumento do volume de água sobre a Terra durante o Dilúvio. Observe também que
esses eventos foram simultâneos, ocorrendo no mesmo dia.
A integridade estrutural do firmamento, sua vasta extensão e seu caráter semitranslúcido
são evidentes a partir do seguinte verso:
"Ou estendeste com ele os céus, que estão firmes como espelho fundido?" [Jó
37:18].
No tempo de Jó, um espelho não era feito de vidro, mas de cobre altamente polido:
"Fez também a pia de cobre com a sua base de cobre, dos espelhos das
mulheres que se reuniam, para servir à porta da tenda da congregação." [Êxodo
38:8].
Alguns comentaristas citam Isaías 40:22 como evidência que a Bíblia ensina que a Terra é
uma esfera:
"Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para
ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola
como tenda, para neles habitar." [Isaías 40:22].
"Certamente com violência te fará rolar, como se faz rolar uma bola num país
espaçoso; ali morrerás, e ali acabarão os carros da tua glória, ó opróbrio da
casa do teu senhor." [Isaías 22:18].
O "círculo" sobre o qual o Senhor se assenta é o "firmamento", a abóbada em forma de
domo acima da Terra, não a própria Terra. Em outras palavras, o terceiro céu (onde a
glória de Deus reside) está localizada imediatamente acima do firmamento. É por isto que a
Nova Jerusalém, tendo a glória de Deus, pode descer até a Terra desde o terceiro céu, no
fim do Milênio:
"E levoume em espírito a um grande e alto monte, e mostroume a grande
cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus;
e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe,
como o cristal resplandecente." [Apocalipse 21:1011].
Também observaríamos que, se o domo é circular, ou no formato de um disco, então assim
também é a parte habitável da Terra que está debaixo dele:
"Regozijandome no seu mundo habitável e enchendome de prazer com os
filhos dos homens." [Provérbios 8:31].
A partir desses versos, e de outros antecedentes, podemos concluir que a parte habitável
da Terra é um círculo, mas que, em sua extensão total, a Terra tem quatro lados. Isto
parece indicar que as partes não habitáveis da Terra, que são implícitas por Provérbios
8:31, estão do lado de fora da abóbada do céu. Assim, se o Polo Norte está no centro do
círculo da terra habitável, então a abóbada precisa estar sobre, ou próxima, do perímetro
congelado da Antártida (que está ao redor da Terra habitável).
Amós 9:6 também apresenta um quadro claro do firmamento: "Ele é o que edifica as suas
câmaras superiores no céu, e fundou na terra a sua abóbada, e o que chama as águas do
mar, e as derrama sobre a terra; o SENHOR é o seu nome.". Na tradução da KJV, que diz:
"It is he that buildeth his stories in the heaven, and hath founded his troop in the earth; he
that calleth for the waters of the sea, and poureth them out upon the face of the earth: The
LORD is his name.", isto não é tão claro. A palavra hebraica aguddah (Strong, H92) deveria
adequadamente ser traduzida como arch (arco), ou vault (abóbada), em vez de como troop.
A palavra troop neste contexto não faz muito sentido, enquanto que "vaulted work" se
encaixa bem com o tema cosmológico do verso 9:6, bem como o paralelismo que é
comumente usado na Palavra de Deus.
"Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas
mãos." [Salmos 19:1].
"Louvai ao SENHOR. Louvai a Deus no seu santuário; louvaio no firmamento do
seu poder." [Salmos 150:1].
É impossível ler um desses versos como uma referência à massa de ar acima da Terra. Se
o firmamento mostra as obras das mãos de Deus, então ele precisa ser uma obra
estupenda da Criação, comparável em grandeza à espetacular quantidade de estrelas que
aparecem no céu noturno. A massa invisível de ar acima da Terra nem remotamente se
encaixa nessa descrição, mas o grande domo azul do firmamento certamente se encaixa.
O Sol, a Lua e as Estrelas
Uma vez que compreendamos o que a Bíblia quer dizer com os fundamentos da Terra, e
como eles suportam tanto a abóbada dos céus e as águas acima da abóbada, não é difícil
demais ver como os outros elementos da Criação se encaixam juntos. O fatorchave que
precisamos ter em menter é a estrutura observacional que o Senhor emprega em toda Sua
Palavra. Sempre que alguma coisa é profundamente desproporcional a alguma outra coisa,
o Senhor se refere ao fato. Caso contrário, devemos compreender que a vara de medição
pela qual uma coisa é medida é a mesma vara pela qual outra coisa relacionada é medida.
Isto é especialmente importante quando o Senhor fala sobre o céu e a Terra no mesmo
verso ou em algum verso próximo. Ele faz isso porque eles podem ser — e devem ser —
medidos pela mesma vara de medição. As dimensões deles são compatíveis. Exatamente
como o espaço e o tempo existem na Terra, eles também existem no céu — incluindo o
terceiro céu.
Para os propósitos de estabelecer a cosmologia do Senhor, consideraremos principalmente
o primeiro e o segundo céus, isto é, a atmosfera da Terra e o espaço em que o Sol, a Lua e
os planetas residem, respectivamente. O terceiro céu parece existir além do firmamento e,
assim, somente podemos saber sobre ele aquilo que Deus revelou em Sua Palavra.
Quando a Bíblia fala dos céus como distintos da Terra, ela está algumas vezes se referindo
a todos os três céus e, algumas vezes, somente ao primeiro e segundo céus. Precisamos
manter isto em mente ao examinarmos os seguintes versos:
"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em
cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra."
[Êxodo 20:4].
Aqui, o Senhor está dizendo ao homem para não criar ídolos. Os ídolos nos "céus em cima"
incluíriam imagens do sol, da lua, dos planetas ou estrelas no segundo céu, e imagens de
pássaros, insetos e do relâmpago no primeiro céu.
"Por isso hoje saberás, e refletirás no teu coração, que só o SENHOR é Deus,
em cima no céu e em baixo na terra; nenhum outro há." [Deuteronômio 4:39].
Observe que o Senhor é Deus sobre a Terra em baixo, exatamente como é Deus no céu em
cima. A simetria entre céu e Terra é enfatizada nesta e em muitas passagens similares. O
paralelismo é um motivo literário recorrente em toda a Bíblia e tem um impacto direto em
como devemos interpretar as passagens em que ele ocorre. Se a Bíblia se refere
repetidamente ao céu acima da Terra e à terra abaixo do céu, então precisamos assumir, a
não ser que a Palavra de Deus declare claramente de forma contrária, que os dois são de
mesma extensão. Isto se aplica também ao céu que inclui o Sol, a Lua e as estrelas.
Até 150 anos atrás este princípio da interpretação bíblica nunca foi colocado em questão. Os
problemas somente começaram quando a ciência começou a falar em termos de milhões de
anos e milhões de quilômetros (posteriormente transformados em bilhões). Por esta razão,
foi assumido que o princípio de proporcionalidade não mais se aplicava a qualquer
declaração na Palavra de Deus relacionada com a cosmologia. Mas, essa mudança foi
justificada somente com base em que ela acomodava o modelo científico moderno do
"universo", e não por que expunha mais efetivamente aquilo que Deus estava nos dizendo
em Sua Palavra. As implicações disto não foram adequadamente compreendidas pelos
eruditos bíblicos. Abandonando o princípio da proporcionalidade, a Terra poderia ser de
qualquer tamanho, o Sol poderia ser prodigiosamente grande, porém extremamente
distante, a Lua poderia girar em seu próprio eixo em perfeita sintonia com a rotação da
Terra, a Terra poderia ser uma bola mantida por uma força desconhecida chamada
gravidade, e as estrelas (chamadas de luzeiros na Bíblia) poderiam ser objetos de
magnitude inacreditável situados a milhões de anosluz da Terra.
Além disso, o próprio céu, o céu em que as estrelas residem, poderia ser tão vasto que
qualquer comparação entre a "extensão da Terra" (Jó 38:18) e as profundezas do "espaço
interestelar" seriam tão grandes quanto profundamente sem sentido.
Portanto, não somente os eruditos bíblicos ignoraram a maior parte daquilo que a Palavra
de Deus diz sobre o firmamento, as águas em cima e os fundamentos da Terra, mas eles
até negligenciaram preservar a simetria e proporcionalidade entre os vários elementos da
Criação que obtemos em toda a Escritura.
Vamos considerar apenas um exemplo, o livro de Eclesiastes e seu uso recorrente da frase
"debaixo do sol" (que é utilizada 30 vezes no livro). A frase é usada em tantos contextos
diferentes que seu significado precisa ser geográfico, literalmente "debaixo do sol". A Bíblia
nos diz que o Sol está nos céus e os céus estão acima da Terra, de modo que a Terra e
seus moradores estão "debaixo do sol".
"Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era
vaidade e aflição de espírito." [Eclesiastes 1:14].
"Por isso odiei esta vida, porque a obra que se faz debaixo do sol me era
penosa; sim, tudo é vaidade e aflição de espírito." [Eclesiastes 2:17].
"Outra vez me voltei, e vi vaidade debaixo do sol." [Eclesiastes 4:7].
"Vi a todos os viventes andarem debaixo do sol com a criança, a sucessora, que
ficará no seu lugar." [Eclesiastes 4:15].
"... Quem declarará ao homem o que será depois dele debaixo do sol?"
[Eclesiastes 6:12b].
"Tudo isto vi quando apliquei o meu coração a toda a obra que se faz debaixo
do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para
desgraça sua." [Eclesiastes 8:9].
Eclesiastes 8:17 (o verso abaixo) é especialmente interessante, pois o Pregador nos adverte
que, por mais que se esforce, o homem nunca descobrirá todas as obras que Deus está
fazendo "debaixo do sol". Ele pode ser muito inteligente e disposto a realizar todos os tipos
de experiências, mas nunca descobrirá. Nessas circunstâncias, o pregador adverte, o
homem até fingirá que sabe aquilo que não sabe. Com que perfeição isto se aplica à
Astronomia moderna!
"Então vi toda a obra de Deus, que o homem não pode perceber, a obra que se
faz debaixo do sol; por mais que trabalhe o homem para a descobrir, não a
achará; e, ainda que diga o sábio que a conhece, nem por isso a poderá
compreender." [Eclesiastes 8:17].
1. Tanto o Sol Quanto a Lua Percorrem um Circuito Acima da Terra
Usando a mesma hermenêutica, ou método de interpretação, que usamos para
compreender o restante da Bíblia, precisamos concluir que "debaixo do sol" significa
exatamente isto. Se a Terra está debaixo do Sol, então o Sol precisa viajar em um circuito
diário acima da Terra. Se isto é o que a Bíblia está implicando, então devemos esperar
encontrar outros versos que confirmam tanto a existência desse tipo de "circuito" e
evidência que o movimento em questão é real.
Vamos considerar o seguinte:
"Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas
mãos... A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim
do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, o qual é como um noivo que sai do
seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho. A sua saída é
desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e
nada se esconde ao seu calor." [Salmos 19:1,46].
"Nasce o sol, e o sol se põe, e apressase e volta ao seu lugar de onde nasceu."
[Eclesiastes 1:5].
"Assim, ó SENHOR, pereçam todos os teus inimigos! Porém os que te amam
sejam como o sol quando sai na sua força." [Juízes 5:31].
Quando Deus se refere às maravilhas da Criação, isto invariavelmente é para deixar o
homem impressionado com Seu incomparável poder e soberania. Estes versos fariam pouco
sentido se o Sol não estivesse em movimento real. Por exemplo, Salmos 19 fala do sol
como um homem forte que sai exultantemente para uma corrida. O mesmo pensamento é
repetido em Juízes 5:31. Essas palavras celebratórias seriam patentemente ocas, até
mesmo enganosas, caso se aplicassem a um corpo celestial que nunca na verdade se
movesse.
O livro de Josué contém uma das mais admiráveis passagens na Bíblia. Ele registra como o
grande general israelita ordenou que o Sol e a Lua parassem no céu. Essa passagem foi
durante séculos alvo de zombarias pelos detratores, principalmente por causa do modo
como contradiz o modelo heliocêntrico ensinado pela Astronomia moderna.
"Então Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR deu os amorreus nas
mãos dos filhos de Israel, e disse na presença dos israelitas: Sol, detémte em
Gibeom, e tu, lua, no vale de Ajalom. E o sol se deteve, e a lua parou, até que
o povo se vingou de seus inimigos. Isto não está escrito no livro de Jasher? O
sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôrse, quase um dia
inteiro." [Josué 10:1213].
Referindose ao mesmo evento, o profeta Habacuque confirmou que tanto o Sol quanto a
Lua ficaram parados. "em suas moradas":
"O sol e a lua pararam nas suas moradas; andaram à luz das tuas flechas, ao
resplendor do relâmpago da tua lança." [Habacuque 3:11].
O relato bíblico é inequívoco: o Sol e a Lua fizeram ambos a mesma coisa. Tivesse a Terra
parado de rotacionar, como os astrônomos modernos argumentariam, então Habacuque
teria dito: "A Terra e a lua pararam em suas moradas." Mas, ele não disse isto.
Podemos comparar este incidente com a ocasião quando o rei Ezequias buscou um sinal
para confirmar que realmente seria curado de sua doença fatal. Em resposta, o Senhor fez
o Sol voltar atrás em seu circuito diário em 10 graus (conforme medido no disco soltar na
corte imperial). Isto efetivamente retrocedeu o horário observado em toda a Terra em
cerca de 40 minutos:
"Eis que farei retroceder dez graus a sombra lançada pelo sol declinante no
relógio de Acaz. Assim retrocedeu o sol os dez graus que já tinha declinado."
[Isaías 38:8].
O profeta diz que "o sol retrocedeu dez graus". Se a Terra tivesse retornado dez graus,
como os astrônomos modernos alegam, então a Palavra de Deus teria dito: "A terra
retrocedeu dez graus.". Mas, ela também não disse isso.
A partir do relato feito por Josué, sabemos que o Sol ficou parado "sobre Gibeom" (cerca de
10 km ao norte de Jerusalém) e que a Lua ficou parada "no meio do vale do Ajalon" (cerca
de 22 km ao noroeste de Jerusalém). Estes são lugares específicos, não muito distantes um
do outro. Se a Palavra de Deus situa a Lua no céu diretamente acima do vale de Ajalom,
então ela estava ali, não em outro lugar. O mesmo pode ser dito a respeito do Sol, que
estava diretamente sobre a cidade de Gibeom e não em outro lugar. Isto indicaria que
esses dois corpos celestes estavam (e estão) se movendo em circuitos adjacentes não mais
do que alguns milhares de quilômetros acima da Terra. Dado o tamanho angular deles, isto
também indica que cada um deles tem aproximadamente 4864 km de diâmetro. (Veja
nosso ensaio anterior, intitulado "O Exército dos Céus e Nossa Terra Plana e Estacionária".)
O livro de Deuteronômio inclui um detalhe que devemos considerar cuidadosamente neste
contexto:
"E será que, quando o SENHOR teu Deus te introduzir na terra, a que vais para
possuíla, então pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim, e a maldição
sobre o monte Ebal. Porventura não estão eles além do Jordão, junto ao
caminho do pôr do sol, na terra dos cananeus, que habitam na campina defronte
de Gilgal, junto aos carvalhais de Moré?" [Deuteronômio 11:2930].
O último verso está dizendo que o Sol se põe perto da cidade de Gilgal. Isto mostra que por
volta de 1400 AC, em um certo período do ano (aparentemente em fins de junho), o circuito
do Sol passava diretamente sobre Israel, próximo da cidade de Gilgal. Isto é consistente
com o circuito do Sol sobre Gibeom, conforme registrado em Josué 10, pois as duas
localidades estão na mesma linha de latitude.
Hoje, o Trópico de Câncer marca o caminho mais setentrional do Sol. Como a cidade de
Gilgal está aproximadamente 960 km ao norte do Trópico de Câncer, podemos inferir que o
circuito do Sol se moveu mais para o sul desde o tempo de Josué. Não há nada incomum
nisto, pois o circuito do Sol se move do Trópico de Câncer até o Trópico de Capricórnio ao
longo da passagem de um único ano, uma distância de mais de 4.800 km. [No tempo em
que escrevo estas linhas, o Sol está quase diretamente acima da cidade de Cabo San Lucas,
horário local no México 13h23min, em 5 de julho de 2016.]
O modelo heliocêntrico que está sendo ensinado pela Astronomia moderna não pode estar
correto. Não somente é o "universo" geocêntrico, mas o próprio Sol é minúsculo em
comparação com a massa da Terra. Na verdade, de acordo com a cosmologia bíblica, a
Terra nem mesmo é um "planeta", mas uma estrutura verdadeiramente gigantesca,
estacionária, em torno da qual todos os outros corpos celestial seguem um percurso
prescrito.
2. As Estrelas Estão Inseridas em uma Superfície Comum
"E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação
entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e
para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar
a terra; e assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior
para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as
estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, e para
governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu
Deus que era bom." [Gênesis 1:1418].
Sabemos a partir da observação astronômica que as estrelas estão fixadas nos céus e que
suas posições relativas uma com a outra estão estabelecidas de forma permanente. Como
"as estrelas em seus cursos" (Juízes 5:20) viajam diariamente em torno da Terra em
formação fixa, elas parecem estar inseridas em uma superfície que está girando. Essa
superfície não pode ser a abóbada do firmamento, que está sobre a Terra e seus
fundamentos, mas pode se relacionar de algum modo com os "depósitos" e "câmaras
superiores" (ma'alah) mencionadas em Amós 9:6 — "Ele é o que edifica as suas câmaras
superiores no céu, e fundou na terra a sua abóbada, e o que chama as águas do mar, e as
derrama sobre a terra; o SENHOR é o seu nome." As câmaras superiores são um aspecto
do firmamento que ainda não compreendemos.
Os planetas, por outro lado, são "estrelas errantes" e não estrelas fixas (veja Judas 1:13 —
"Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes,
para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas." Os planetas são chamados
de "errantes" porque suas posições relativas entre si estão continuamente mudando. Outros
corpos celestes, como o Cometa de Halley, também podem ser qualificados como "estrelas
errantes".
Em seu excelente estudo da cosmologia geocêntrica da Bíblia, o pastor Jack Moorman diz:
"Há o fato surpreendente que seja a olho nu, ou com os mais poderosos telescópios, as
estrelas sempre aparecem como pontos de luz. Nem mesmo quando vistas por um
telescópio nós as vemos ampliadas, como acontece, por exemplo, com os planetas. Isto foi
uma surpresa para Galileo e a anomalia permanece. Existe algo maravilhosamente estranho
com relação às estrelas!" — The Biblical and Observational Case for Geocentricity, J. A.
Moorman, Londres, junho de 2013.
A Bíblia repetidamente identifica a habitação de Deus com o terceiro céu. Esse céu nunca é
descrito em tempo algum como uma localidade que subsiste por si mesmo em uma
dimensão separada. E como poderia ser? No princípio o Senhor criou os céus e a Terra. O
terceiro céu é parte da Criação, o lugar onde Deus manifestou Sua glória, mas não
"contém" Deus — "Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu
dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado." [1 Reis
8:27].
Essa proximidade implicada entre os céus pode ser vista no seguinte verso:
"Porventura Deus não está na altura dos céus? Olha para a altura das estrelas;
quão elevadas estão." [Jó 22:12].
O Senhor estendeu o segundo céu como um rolo, ou como uma folha de ouro
batido, e o adornou com as estrelas. ("Pelo seu Espírito ornou os céus; a sua
mão formou a serpente enroscadiça." [Jó 26:13]) Existe um claro paralelo no
verso seguinte entre a Terra, que foi criada para o homem, e os céus, que
podem ter sido criados originalmente para os anjos ("todos seus exércitos"):
"Eu fiz a terra, e criei nela o homem; eu o fiz; as minhas mãos estenderam os
céus, e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens." [Isaías 45:12].
O "rolo" ou superfície em que as estrelas estão inseridas será enrolado como um
pergaminho e as estrelas desaparecerão do céu no "grande e terrível dia do Senhor" (Joel):
"E todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um
livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e como cai o figo da
figueira." [Isaías 34:4].
"E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si
os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirouse como um
livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus
lugares." [Apocalipse 6:1314].
Estes versos também mostram que a cosmologia da Astronomia moderna, com seus
milhões de galáxias em um "universo" de bilhões de anosluz de uma extremidade até a
outra, existe somente nas mentes dos homens. Ele certamente não existe na mente de
Deus.
3. A Lua Produz Sua Própria Luz
Para a Lua ter a mesma "dignidade" que o Sol e as estrelas, como Gênesis sugere, então
ela deve ser a fonte de sua própria luz e não ser simplesmente um refletor celestial. Os
versos seguintes indicam que a luz da Lua é, tanto em natureza quanto em intensidade,
independente do Sol:
"E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e
o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas." [Gênesis 1:16].
"E com os mais excelentes frutos do sol, e com as mais excelentes produções
das luas." [Deuteronômio 33:14].
"Se olhei para o sol, quando resplandecia, ou para a lua, caminhando gloriosa."
[Jó 31:26].
"Designou a lua para as estações; o sol conhece o seu ocaso." [Salmos 104:19].
"A lua e as estrelas para presidirem à noite; porque a sua benignidade dura
para sempre." [Salmos 136:9].
"Assim diz o SENHOR, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e
das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o
SENHOR dos Exércitos é o seu nome." [Jeremias 31:35].
"Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas;
porque uma estrela difere em glória de outra estrela." [1 Coríntios 15:41].
A partir dos versos anteriores é difícil chegar à conclusão que o Sol e as estrelas são as
fontes originais de suas próprias luzes, mas que a Lua não.
A Luminosidade da Lua É Afetada Em Tempos de Julgamento
Cristo disse que, no tempo da Grande Tribulação, "haverá sinais no sol e na lua e nas
estrelas" (Lucas 21:25). Esses sinais celestiais serão um testemunho para todos os que
habitam na Terra. Alguns desses sinais incluirão uma mudança tanto no calor e intensidade
da luz que vem da Lua. Se a luz da Lua for meramente a luz refletida do Sol, então as
mudanças profetizadas na luz da Lua seriam incompatíveis com as mudanças que a Bíblia
diz que ocorrerão simultaneamente no Sol:
"Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol
se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz." [Isaías
13:10].
"E a luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol sete vezes maior, como a
luz de sete dias, no dia em que o Senhor ligar a quebradura do seu povo, e
curar a chaga da sua ferida." [Isaías 30:26].
"E, apagandote eu, cobrirei os céus, e enegrecerei as suas estrelas; ao sol
encobrirei com uma nuvem, e a lua não fará resplandecer a sua luz." [Ezequiel
32:7].
"E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de
terra; e o sol tornouse negro como saco de cilício, e a lua tornouse como
sangue." [Apocalipse 6:12].
"E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a
sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas."
[Mateus 24:29].
Se o Sol se tornar negro como um saco de cilício (Apocalipse 6:12), então a Lua deveria se
tornar completamente invisível, porém a Bíblia diz que ela emitirá visivelmente a cor
vermelha, como sangue.
Os cientistas afirmam que, para um observador na Terra, o Sol parece cerca de 400.000
vezes mais brilhante que uma Lua Nova (2,51214). Portanto, se a "luz da lua será como a
luz do sol" (Isaías 30:26), o Sol precisaria aumentar em intensidade em uma extensão
muito maior do que "sete vezes" declarado no mesmo verso.
Como essas mudanças profetizadas na luz da Lua são incompatíveis com as transformações
profetizadas na luz do Sol, a Lua precisa ser a fonte de sua própria luminosidade.
A Lua Será Substituída Pela Luz de Cristo
Quando Cristo reinar na Terra, os santos não necessitarão da luz do Sol nem da luz da Lua,
pois o Messias excederá em muito ambos em brilho. As comparações feitas nos versos
seguintes perderiam a maior parte de sua força se a Lua não tivesse luminosidade própria:
"E a lua se envergonhará, e o sol se confundirá quando o SENHOR dos Exércitos
reinar no monte Sião e em Jerusalém, e perante os seus anciãos
gloriosamente." [Isaías 24:23]
"Nunca mais te servirá o sol para luz do dia nem com o seu resplendor a lua te
iluminará; mas o SENHOR será a tua luz perpétua, e o teu Deus a tua glória."
[Isaías 60:19].
"E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam,
porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada."
[Apocalipse 21:23].
Não faz sentido comparar a luz de Cristo com a de um corpo celeste que não tem
luminosidade própria. Também não faz sentido comparála com a luz refletida de um corpo
(a Lua), cuja fonte original de luz (o Sol) não mais existia.
Conclusão
A partir de tudo o que foi mencionado acima, podemos ver que a cosmologia bíblica não se
coaduna com a cosmologia da Astronomia moderna. Na verdade, ambas estão em conflito
de uma forma bem drástica.
A partir dos versos citados (também listados no Apêndice A), podemos ver que a Bíblia
ensina o seguinte:
1. A Terra é plana e estacionária. Ela não é um planeta. Ela não gira em um eixo e
também não orbita em torno de outro corpo celeste.
3. A Terra (inclusive seus fundamentos) é, de longe, o maior objeto na Criação. Em
termos de volume material, somente a abóbada (veja abaixo) pode ser comparada
com ela.
4. As águas em cima e em baxio constituem uma proporção significativa do material
criado por Deus. Além dos oceanos, parece existir um substancial reservatório de
água abaixo da superfície terrestre. As "águas em cima" são suportadas por uma
grande abóbada.
5. A grande abóbada acima da Terra é chamada de "firmamento" (embora algumas
vezes a Bíblia se refira ao espaço entre a Terra e a abóbada como "o firmamento" ou
"céu"). Não há nada que indique que o firmamento não possa se deteriorar ou
envelhecer, da mesma forma que a Terra. Ao contrário, a Palavra de Deus diz:
"Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até
agora." [Romanos 8:22].
6. O Sol se move em um circuito diário regular entre a superfície da Terra e o
firmamento. Sua distância acima da Terra é proporcional à largura ou extensão da
Terra e é, portanto, medida em milhares, não milhões de quilômetros. O diâmetro do
Sol é muito consideravelmente menor do que a largura da Terra.
7. A Lua também percorre um circuito regular diário entre a superfície da Terra e o
firmamento. Tanto sua elevação quanto seu diâmetro são comparáveis com os do Sol.
8. A Lua é fonte de sua própria luminosidade. O modo como a Lua produz suas fases não
é claro. [Apesar das afirmações da Astronomia moderna, não sabemos como o Sol, a
Lua e as estrelas produzem suas luzes, ou como o Sol produz o calor.]
9. Os planetas seguem trajetos independentes abaixo da abóbada do firmamento, mas
as estrelas estão fixadas em uma superfície comum localizada ou suportada pela
abóbada.
10. Não é possível para o homem deixar a Terra e viajar pelo "espaço". O homem
também não pode medir os fundamentos abaixo da Terra. O vácuo conhecido como
"espaço sideral" ou "espaço interestelar" não existe.
11. A Terra habitável é tão extensa quanto a abóbada estacionária qu está acima dela. A
Terra e seus fundamentos suportam a abóbada. Isto parece sugerir que a abóbada
tem o formato de um domo.
12. A abóbada está tão elevada quanto as estrelas ("Porventura Deus não está na altura
dos céus? Olha para a altura das estrelas; quão elevadas estão." [Jó 22:12].) Como a
abóbada cobre toda a extensão da Terra habitável, ela pode estar de 24 a 32 mil
quilômetros de altura em seu ponto mais elevado, acima do Polo Norte.
Estes doze pontos são um resumo da cosmologia bíblica.
Como a ciência moderna errou tanto? A evidência aponta para o Pai da Mentira:
"Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele
foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há
verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é
mentiroso, e pai da mentira." [João 8:44].
Repetidamente o Senhor denota Sua soberania absoluta por referência ao Seu papel
inconteste como Criador. Satanás está fazendo tudo o que pode para estorvar o plano do
Senhor para a humanidade. De modo a fazer isso, ele precisa desviar a humanidade da
cosmovisão bíblica. A distorção e perversão do relato bíblico da Criação sob o disfarce de
"ciência" (assim chamada) parece ser uma grande parte de seu plano, exatamente como a
ridícula "ciência" da Evolução foi desenvolvida para ele por seus servos terreais para
depreciar e blasfemar o direito do Senhor de ser reconhecido como a fonte exclusiva —
tanto Criador e projetista — de toda a vida na Terra.
Satanás deve estar grandemente satisfeito com o fato de pastores que afirmam aderir
fielmente ao significado claro e literal da Palavra de Deus estejam, apesar disso, iludidos
por um relato do céu e da Terra que está em total conflito com aquilo que Deus nos
revelou. Eles passivamente aceitam qualquer coisa que os mestres da tecnologia lhes digam
e, apesar de muitas advertências na Palavra de Deus, não estão dispostos a considerar a
possibilidade que os mestres da tecnologia possam, na verdade, estar mentindo.
Para uma análise de como tudo isto veio a acontecer, veja meus ensaios anteriores sobre
cosmologia:
"Como o Maligno Criou a Falsa Realidade Alternativa"
"O Exército dos Céus e Nossa Terra Plana e Estacionária"
"A Tenda em Que Todos Nós Habitamos: A Razão Por Que o Céu é Azul"
"A Estação Espacial Internacional e a Distorção da Realidade"
Apêndice A
Passagens na Bíblia Relacionadas com a Cosmologia:
Categorias:
Os Fundamentos da Terra
As Águas em Cima
As Águas em Baixo
O Firmamento
A Ausência de Movimento da Terra
Os Céus Estendidos
A Terra Plana e Estendida
O Movimento do Sol
A Lua Possui Luminosidade Própria
As Estrelas Fixas e as "Errantes"
As Relações Espaciais Geocêntricas
Os Fundamentos da Terra
"... porque do SENHOR são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o
mundo." [1 Samuel 2:8b].
"O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem." [Jó 9:6].
"Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Fazemo saber, se tens
inteligência." [Jó 38:4].
"Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de
esquina." [Jó 38:6].
"A terra e todos os seus moradores estão dissolvidos, mas eu fortaleci as suas
colunas. (Selá.)" [Salmos 75:3].
"Desde a antiguidade fundaste a terra, e os céus são obra das tuas mãos."
[Salmos 102:25].
"Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em tempo algum." [Salmos
104:5].
"... porque as janelas do alto estão abertas, e os fundamentos da terra
tremem." [Isaías 24:18b].
"Porventura não sabeis? Porventura não ouvis, ou desde o princípio não se vos
notificou, ou não atentastes para os fundamentos da terra?" [Isaías 40:21].
"Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra mediu os céus a
palmos; eu os chamarei, e aparecerão juntos." [Isaías 48:13].
"E te esqueces do SENHOR que te criou, que estendeu os céus, e fundou a terra,
e temes continuamente todo o dia o furor do angustiador, quando se prepara
para destruir; pois onde está o furor do que te atribulava?" [Isaías 51:13].
"... Fala o SENHOR, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o
espírito do homem dentro dele." [Zacarias 12:1].
"E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos."
[Hebreus 1:10].
As Águas em Cima
"E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre
águas e águas." [Gênesis 1:6].
"E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo
da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi." [Gênesis
1:7].
"Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das
águas e as nuvens dos céus." [Salmos 18:11].
"Põe nas águas as vigas das suas câmaras; faz das nuvens o seu carro, anda
sobre as asas do vento." [Salmos 104:3].
"Louvaio, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus." [Salmos 148:4].
"Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos?
Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades
da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?"
[Provérbios 30:4].
[Esta é uma referência a Cristo no Velho Testamento e Sua participação na obra de Criação.
A "amarração das águas" parece se referir ao firmamento e seu papel em restringir as
águas em cima.]
"Fazendo ele ouvir a sua voz, grande estrondo de águas há nos céus, e faz subir
os vapores desde o fim da terra; faz os relâmpagos com a chuva, e tira o vento
dos seus tesouros." [Jeremias 51:16].
As Águas em Baixo
"Marcou um limite sobre a superfície das águas em redor, até aos confins da luz
e das trevas." [Jó 26:10].
"Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do
abismo?" [Jó 38:16].
"Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe os abismos em depósitos."
[Salmos 33:7].
"Quando ainda não havia abismos, fui gerada, quando ainda não havia fontes
carregadas de águas." [Provérbios 8:24].
"Quando ele preparava os céus, aí estava eu, quando traçava o horizonte sobre
a face do abismo; quando firmava as nuvens acima, quando fortificava as
fontes do abismo, quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não
traspassassem o seu mando, quando compunha os fundamentos da terra. Então
eu estava com ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delícias,
alegrandome perante ele em todo o tempo; regozijandome no seu mundo
habitável e enchendome de prazer com os filhos dos homens." [Provérbios
8:2731].
"Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dailhe glória; porque é vinda a
hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes
das águas." [Apocalipse 14:7].
O Firmamento
"E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre
águas e águas. E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que
estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e
assim foi. E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia
segundo." [Gênesis 1:68].
"Ou estendeste com ele os céus, que estão firmes como espelho fundido?" [Jó
37:18].
"Louvai ao SENHOR. Louvai a Deus no seu santuário; louvaio no firmamento do
seu poder." [Salmos 150:1].
"Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para
ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola
como tenda, para neles habitar." [Isaías 40:22].
[O círculo aqui é, provavelmente, uma referência à abóbada acima da Terra. Os moradores
da Terra habitam abaixo de uma grande abóbada que se estende sobre eles como uma
tenda.]
"No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do
mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as
janelas dos céus se abriram, e houve chuva sobre a terra quarenta dias e
quarenta noites." [Gênesis 7:1112].
"Ele é o que edifica as suas câmaras superiores no céu, e fundou na terra a sua
abóbada, e o que chama as águas do mar, e as derrama sobre a terra; o
SENHOR é o seu nome." [Amós 9:6].
"E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação
entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e
para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar
a terra; e assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior
para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as
estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra." [Gênesis
1:1417].
"Porventura Deus não está na altura dos céus? Olha para a altura das estrelas;
quão elevadas estão. E dizes: que sabe Deus? Porventura julgará ele através da
escuridão? As nuvens são esconderijo para ele, para que não veja; e passeia
pelo circuito dos céus." [Jó 22:1214].
[Se considerarmos que circuito (chuwg) significa um círculo, então esta passagem pode
estar se referindo à circularidade do firmamento.
"Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas
mãos." [Salmos 19:1].
"Põe nas águas as vigas das suas câmaras; faz das nuvens o seu carro, anda
sobre as asas do vento." [Salmos 104:3].
"E sobre as cabeças dos seres viventes havia uma semelhança de firmamento,
com a aparência de cristal terrível, estendido por cima, sobre as suas cabeças.
E debaixo do firmamento estavam as suas asas direitas uma em direção à
outra; cada um tinha duas, que lhe cobriam o corpo de um lado; e cada um
tinha outras duas asas, que os cobriam do outro lado. E, andando eles, ouvi o
ruído das suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente,
um tumulto como o estrépito de um exército; parando eles, abaixavam as suas
asas. E ouviuse uma voz vinda do firmamento, que estava por cima das suas
cabeças; parando eles, abaixavam as suas asas. E por cima do firmamento, que
estava por cima das suas cabeças, havia algo semelhante a um trono que
parecia de pedra de safira; e sobre esta espécie de trono havia uma figura
semelhante a de um homem, na parte de cima, sobre ele." [Ezequiel 1:2226].
"Depois olhei, e eis que no firmamento, que estava por cima da cabeça dos
querubins, apareceu sobre eles uma como pedra de safira, semelhante a forma
de um trono." [Ezequiel 10:1].
"Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os
que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente."
[Daniel 12:3].
A Ausência de Movimento da Terra (Exceto em Tempos de Julgamento)
"Trema perante ele, trema toda a terra; pois o mundo se firmará, para que não
se abale." [1 Crônicas 16:30].
"Tema toda a terra ao SENHOR; temamno todos os moradores do mundo.
Porque falou, e foi feito; mandou, e logo apareceu." [Salmos 33:8,9].
"E edificou o seu santuário como altos palácios, como a terra, que fundou para
sempre." [Salmos 78:69].
(A palavra palácios não aparece no texto hebraico. A primeira parte provavelmente deveria
ser assim: "E edificou seu santuário nas alturas..." Ele também a construiu como a Terra,
que estabeleceu para sempre. A palavra hebraica aqui para edificou é yacad, que significa
"lançar um fundamento".].
"O SENHOR reina; está vestido de majestade. O SENHOR se revestiu e cingiu de
poder; o mundo também está firmado, e não poderá vacilar." [Salmos 93:1].
"Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em tempo algum." [Salmos
104:5].
"A tua fidelidade dura de geração em geração; tu firmaste a terra, e ela
permanece firme." [Salmos 119:90].
"Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés;
que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso?" [Isaías
66:1].
"O céu é o meu trono,e a terra o estrado dos meus pés. Que casa me
edificareis? diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso?" [Atos 7:49].
(Como um trono permanece no mesmo local, estes dois últimos versos mostram que a
Terra não se move. Além disso, com relação ao tamanho comparativo, a Terra está abaixo
do terceiro céu como um escabelo fica abaixo de um trono. Portanto, ela não pode ser um
minúsculo grão de poeira na vasta imensidão do espaço, como a Astronomia moderna
alega.).
A Terra se Move Somente em Tempos de Julgamento
"O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem." [Jó 9:6].
"O SENHOR reina; tremam os povos. Ele está assentado entre os querubins;
comovase a terra." [Salmos 99:1].
"Por isso farei estremecer os céus; e a terra se moverá do seu lugar, por causa
do furor do SENHOR dos Exércitos, e por causa do dia da sua ardente ira."
[Isaías 13:13].
"De todo está quebrantada a terra, de todo está rompida a terra, e de todo é
movida a terra. De todo cambaleará a terra como o ébrio, e será movida e
removida como a choça de noite; e a sua transgressão se agravará sobre ela, e
cairá, e nunca mais se levantará." [Isaías 24:1920].
Os Céus Foram Estendidos
"O que sozinho estende os céus, e anda sobre os altos do mar." [Jó 9:8].
"O norte estende sobre o vazio; e suspende a terra sobre o nada." [Jó 26:7].
"Ou estendeste com ele os céus, que estão firmes como espelho fundido?" [Jó
37:18].
"E todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um
livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e como cai o figo da
figueira." [Isaías 34:4].
"Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para
ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola
como tenda, para neles habitar." [Isaías 40:22].
(A palavra hebraica no original para "círculo" neste verso é chuwg, que Strong (H2329]
define como um 'círculo, circuito, perímetro. Em outro verso (22:18) Isaías usou a palavra
hebraica duwr para significar "bola" (esfera), de modo que é improvável que esteja aqui se
referindo a uma bola, ou a uma esfera.)
"Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou a
terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o
espírito aos que andam nela." [Isaías 42:5].
(Tanto os céus quanto a Terra estão "estendidos". De acordo com Gesenius, a palavra
hebraica no original para "estender" neste verso — raqa — significa "estender por meio de
batidas". Em outro verso (34:4), os céus são referidos como um rolo. Em um caso, a ação é
similar ao desenrolar de um tecido (e seu subsequente enrolamento), enquanto que no
outro é similar ao achatamento de uma folha de metal por marteladas.)
"Assim diz o SENHOR, teu redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o
SENHOR que faço tudo, que sozinho estendo os céus, e espraio a terra por mim
mesmo." [Isaías 44:24].
"Eu fiz a terra, e criei nela o homem; eu o fiz; as minhas mãos estenderam os
céus, e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens." [Isaías 45:12].
"Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra mediu os céus a
palmos; eu os chamarei, e aparecerão juntos." [Isaías 48:13].
"E te esqueces do SENHOR que te criou, que estendeu os céus, e fundou a
terra..." [Isaías 51:13a].
"Ele fez a terra com o seu poder; ele estabeleceu o mundo com a sua
sabedoria, e com a sua inteligência estendeu os céus." [Jeremias 10:12].
"Ele fez a terra com o seu poder, e ordenou o mundo com a sua sabedoria, e
estendeu os céus com o seu entendimento." [Jeremias 51:15].
A Terra Plana e Estendida
"Pois assim como o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua
misericórdia para com os que o temem. Assim como está longe o oriente do
ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões." [Salmos 103:11,12].
(Isto precisa se referir a uma Terra plana, em que o oriente e o ocidente nunca se
encontram.)
"Aquele que estendeu a terra sobre as águas; porque a sua benignidade dura
para sempre." [Salmos 136:6].
"E levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de
Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra."
[Isaías 11:12].
"Assim diz o SENHOR, teu redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o
SENHOR que faço tudo, que sozinho estendo os céus, e espraio a terra por mim
mesmo." [Isaías 44:24].
"Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou a
terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o
espírito aos que andam nela." [Isaías 42:5].
"O norte estende sobre o vazio; e suspende a terra sobre o nada." [Jó 26:7].
"Crescia esta árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até
ao céu; e era vista até aos confins da terra." [Daniel 4:11].
"Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostroulhe todos
os reinos do mundo, e a glória deles." [Mateus 4:8].
"E o diabo, levandoo a um alto monte, mostroulhe num momento de tempo
todos os reinos do mundo." [Lucas 4:5].
O Movimento do Sol
"Então Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR deu os amorreus nas
mãos dos filhos de Israel, e disse na presença dos israelitas: Sol, detémte em
Gibeom, e tu, lua, no vale de Ajalom. E o sol se deteve, e a lua parou, até que
o povo se vingou de seus inimigos. Isto não está escrito no livro de Jasher? O
sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôrse, quase um dia
inteiro." [Josué 10:1213].
[Observe que Josué ordenou que o Sol e a Lua parassem, não a Terra e a Lua.]
"Assim, ó SENHOR, pereçam todos os teus inimigos! Porém os que te amam
sejam como o sol quando sai na sua força." [Juízes 5:31].
"O que fala ao sol, e ele não nasce, e sela as estrelas." [Jó 9:7].
(Neste verso Jó ilustra o tremendo poder de Deus, mostrando que Ele pode fazer o Sol
deixar de se mover e impedir as estrelas de darem sua luz.)
"Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas
mãos... A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim
do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, o qual é como um noivo que sai do
seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho. A sua saída é
desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e
nada se esconde ao seu calor." [Salmos 19:1,46].
"Designou a lua para as estações; o sol conhece o seu ocaso." [Salmos 104:19].
(Não se pode dizer que o sol conhece seu ocaso se ele não estiver em movimento real.).
"Nasce o sol, e o sol se põe, e apressase e volta ao seu lugar de onde nasceu."
[Eclesiastes 1:5].
"Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol
se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz." [Isaías
13:10].
"Eis que farei retroceder dez graus a sombra lançada pelo sol declinante no
relógio de Acaz. Assim retrocedeu o sol os dez graus que já tinha declinado."
[Isaías 38:8].
"E sucederá que, naquele dia, diz o SENHOR Deus, farei que o sol se ponha ao
meiodia, e a terra se entenebreça no dia claro." [Amós 8:9].
"O sol e a lua pararam nas suas moradas; andaram à luz das tuas flechas, ao
resplendor do relâmpago da tua lança." [Habacuque 3:11].
(O profeta registra que o Sol e a Lua pararam, não a Terra e a Lua.)
A Lua Possui Iluminação Própria
"E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e
o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas." [Gênesis 1:16].
"E com os mais excelentes frutos do sol, e com as mais excelentes produções
das luas." [Deuteronômio 33:14].
"Se olhei para o sol, quando resplandecia, ou para a lua, caminhando gloriosa."
[Jó 31:26].
"Designou a lua para as estações; o sol conhece o seu ocaso." [Salmos 104:19].
"A lua e as estrelas para presidirem à noite; porque a sua benignidade dura
para sempre." [Salmos 136:9].
"Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol
se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz." [Isaías
13:10].
"E a lua se envergonhará, e o sol se confundirá quando o SENHOR dos Exércitos
reinar no monte Sião e em Jerusalém, e perante os seus anciãos
gloriosamente." [Isaías 24:23].
"E a luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol sete vezes maior, como a
luz de sete dias, no dia em que o SENHOR ligar a quebradura do seu povo, e
curar a chaga da sua ferida." [Isaías 30:26].
"Nunca mais te servirá o sol para luz do dia nem com o seu resplendor a lua te
iluminará; mas o SENHOR será a tua luz perpétua, e o teu Deus a tua glória."
[Isaías 60:19].
"Assim diz o SENHOR, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e
das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o
SENHOR dos Exércitos é o seu nome." [Jeremias 31:35].
"E, apagandote eu, cobrirei os céus, e enegrecerei as suas estrelas; ao sol
encobrirei com uma nuvem, e a lua não fará resplandecer a sua luz." [Ezequiel
32:7].
"E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a
sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas."
[Mateus 24:29].
"Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas;
porque uma estrela difere em glória de outra estrela." [1 Coríntios 15:41].
"E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de
terra; e o sol tornouse negro como saco de cilício, e a lua tornouse como
sangue." [Apocalipse 6:12].
"E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam,
porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada."
[Apocalipse 21:23].
As Estrelas Fixas e as Estrelas "Errantes"
"E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação
entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e
para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar
a terra; e assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior
para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as
estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, e para
governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu
Deus que era bom." [Gênesis 1:1418].
"Desde os céus pelejaram; até as estrelas desde os lugares dos seus cursos
pelejaram contra Sísera." [Juízes 5:20].
"Porventura Deus não está na altura dos céus? Olha para a altura das estrelas;
quão elevadas estão. E dizes: que sabe Deus? Porventura julgará ele através da
escuridão? As nuvens são esconderijo para ele, para que não veja; e passeia
pelo circuito dos céus." [Jó 22:1214].
"A lua e as estrelas para presidirem à noite; porque a sua benignidade dura
para sempre." [Salmos 136:9].
"Conta o número das estrelas, chamaas a todas pelos seus nomes." [Salmos
147:4].
"Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol
se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz." [Isaías
13:10].
"E todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um
livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e como cai o figo da
figueira." [Isaías 34:4].
"Levantai ao alto os vossos olhos, e vede quem criou estas coisas; foi aquele
que faz sair o exército delas segundo o seu número; ele as chama a todas pelos
seus nomes; por causa da grandeza das suas forças, e porquanto é forte em
poder, nenhuma delas faltará." [Isaías 40:26].
"Eu fiz a terra, e criei nela o homem; eu o fiz; as minhas mãos estenderam os
céus, e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens." [Isaías 45:12].
"E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a
sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas."
[Mateus 24:29].
"E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações,
em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas." [Lucas 21:25].
"Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas;
porque uma estrela difere em glória de outra estrela." [1 Coríntios 15:41].
"Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações;
estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das
trevas." [Judas 1:13].
"E o céu retirouse como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas
foram removidos dos seus lugares." [Apocalipse 6:14].
"E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, e a
terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a terça parte deles se
escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e semelhantemente a noite."
[Apocalipse 8:12].
"E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançouas
sobre a terra..." [Apocalipse 12:4a].
(Estes dois versos se referem à terça parte das estrelas. No último verso, elas são
geralmente compreendidas como uma referência à companhia dos anjos que se rebelaram.
As estrelas e os anjos estão tão intimamente associados na Palavra de Deus que pode
existir alguma conexão não explicada entre eles.)
Relações Espaciais Geocêntricas
É impossível fazer justiça à cosmologia bíblica sem levar em conta as centenas de
passagens em toda a Bíblia que são claramente geocêntricas e cujos significados naturais
implicam uma estrutura de referência que abrange o céu e a Terra. Os bilhões de
quilômetros de espaço, que os astrônomos modernos propõem, estão em agudo conflito
com a estrutura espacial usada na Bíblia. A Terra da Bíblia é inconcebivelmente maior do
que o Sol em termos absolutos. É impossível reconciliar a cosmologia bíblica — como Deus
descreve Sua própria Criação — com o "cosmos" bizarro da Astronomia moderna, em que a
Terra não poderia ser mais patética ou insignificante. De fato, quantos mais
pronunciamentos a NASA e seus aliados fazem sobre o "cosmos", o mais estridentemente
eles contradizem o relato bíblico. Sempre é o mesmo grupo de "especialistas" auto
indicados que faz essas declarações bizarras, sem qualquer evidência concreta para
suportálas.
Os cristãos precisam perguntar a si mesmos por que acreditam no quadro do céu e da Terra
retratado pela NASA, não apenas por que ele confilta com a narrativa bíblica, mas por que
essa organização maçônica e sigilosa continua a proferir pronunciamentos que não fazem
sentido e que zombam da Palavra de Deus. Você acredita seriamente que a Terra está sob
risco de ser destruída por um asteróide gigantesco? Acredita seriamente que a Terra está
girando em seu próprio eixo a 1.600 km por hora? Acredita seriamente que existe "vida
inteligente" nas "profundezas" do espaço? Acredita seriamente que dois homens que
vestiam pijamas de náilon, pousaram na Lua, a bordo de uma cápsula de alumínio em
1969? A única evidência para isso tudo é a incansável propaganda produzida pela NASA,
Hollywood, as grandes emissoras de televisão e a mídia dominante. Por que os cristãos
estão dispostos a colocar de lado a Palavra de Deus e acreditar em um relato alternativo da
realidade para a qual eles não possuem a mínima evidência objetiva e verificável?
Subindo e Descendo
"Então desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens
edificavam; e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma
língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo
o que eles intentarem fazer. Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua,
para que não entenda um a língua do outro." [Gênesis 11:57].
"E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis
que os anjos de Deus subiam e desciam por ela." [Gênesis 28:12].
"Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos?
Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades
da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?"
[Provérbios 30:4].
"Pois olhou desde o alto do seu santuário, desde os céus o SENHOR contemplou
a terra." [Salmos 102:19].
"Abaixa, ó SENHOR, os teus céus, e desce; toca os montes, e fumegarão."
[Salmos 144:5].
"E abaixou os céus, e desceu; e uma escuridão havia debaixo de seus pés." [2
Samuel 22:10].
[O Senhor "abaixou" (estendeu ou encurvou (como um arco)) os céus e "desceu", uma ação
que teve início no terceiro céu e continuou, passando pelo firmamento, até as montanhas
abaixo.]
"Oh! se fendesses os céus, e descesses, e os montes se escoassem de diante da
tua face." [Isaías 64:1].
"E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão
dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e
todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão." [Daniel 7:27].
"Porque eis que o SENHOR está para sair do seu lugar, e descerá, e andará
sobre as alturas da terra." [Miquéias 1:3].
"Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que
está no céu." [João 3:13].
"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro
nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." [Atos 4:12].
Autor: Jeremy James, artigo em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 11/7/2016
Transferido para a área pública em 29/10/2017
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/cosmologia2.asp