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A rica composição da cerveja contribui para a saúde humana, em diversos aspectos, tais
como no fortalecimento dos ossos, devido a presença do silício na cerveja, mantém os
rins saudáveis, protege o cérebro, reduz os riscos de desenvolver câncer, reduz as
chances de ter diabetes, combate ao estresse, combate resfriados, aumenta a imunidade,
ajuda a combater a insónia e aumenta a fertilidade dos homens, quando consumida
moderadamente.
Porém antes que se possa desfrutar daquela cerveja gelada, a bebida passa por um
processo lento e de muito trabalho. Apesar das vantagens que ela contém, algumas
cervejas não têm apresentado a qualidade desejada.
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CAPÍTULO I
GENERALIDADES SOBRE A
CERVEJA
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1.1. História da cerveja
Na Idade Média, vários mosteiros fabricavam cerveja, empregando diversas ervas para
aromatizá-la, como mirica, rosmarinho, louro, sálvia, gengibre e o lúpulo, este utilizado
até hoje e introduzido no processo de fabricação da cerveja entre os anos 700 e 800. A
Lei da Pureza Alemã de cerveja de 1516 - a Reinheitsgebot - definia os únicos materiais
permitidos para fabricação de cerveja como sendo malte, lúpulo e água. Com a
descoberta do fermento e de sua função no final da década de 1860 por Louis Pasteur
que foi dos primeiros a estudar sistematicamente a fermentação alcoólica. Observou que
a glicose, quando guardada num recipiente esterilizado, não se alterava, mas quando se
lhe adicionava levedura ela fermentava, então Pasteur atribuiu a actividade catalisadora
da levedura incorrectamente a microrganismos intactos que designou por fermentos.
Com está descoberta a lei teve que ser alterada.
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I.2.Tipos de cervejas
Existem variados tipos de cerveja disponíveis no mercado, cada uma com seu
diferencial. A cerveja para consumo é composta por 2 a 6% de extracto residual, 2 a 6%
de etanol, 0,35 a 0,50% de dióxido de carbono e 90 a 95% de água. Esses valores
variam conforme o tipo de cerveja produzido. Numa visão geral, a cerveja pode ser
basicamente dividida em dois grandes grupos, as do tipo Ale (cervejas de alta
fermentação), e as do tipo Lager (cervejas de baixa fermentação), conforme mostrado na
tabela abaixo:
As opções passaram da monotonia total como cerveja clara ou escura, para uma
variedade de estilos e sabores quase tão grande quanto a do vinho, já existem marcas
adocicadas e aromáticas.
As cervejas podem ser categorizadas a partir de uma série de factores que influenciam
no sabor, aroma e aparência, visto que cada um dos ingredientes possui
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variedades e podem ser preparados e quantificados de maneiras diferentes, os factores
que comumente influenciam no resultado são o tempo e a maneira com que são
acrescentados e processados na mistura.Outros aspectos da cerveja que podem ser
afectados são a sensação na boca, a força e a densidade. Estão relacionados com
amargura e azedume da cerveja, a intensidade do sabor e textura do líquido, assim como
os outros, são directamente afectados pelos tipos de ingredientes e a metodologia de
processamento. É interessante ressaltar, também, que a qualidade dos produtos é um
diferencial. É sempre bom prezar por alimentos seleccionados e de alto padrão para
obter um resultado mais satisfatório.
Aroma
O aroma de uma cerveja pode ser formado a partir dos maltes fermentáveis, a
intensidade e o tipo de lúpulo, o álcool, os ésteres, e os vários componentes aromáticos
outros que podem ser proporcionadas pela levedura, e outros elementos que podem
derivar da água e ao processo de fabricação de cerveja.
Sabor
Sensação na boca
Força
A força da cerveja é um termo geral para a quantidade de álcool presente. Ela pode ser
quantificada quer indirectamente através da medição do peso específico, ou, mais
directamente através da determinação da percentagem global de álcool na cerveja ou
pelo método por diferença de densidade utilizando um densímetro.
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Densidade
A medição do peso específico da cerveja é utilizada para estimar a força de cerveja por
medição da sua densidade.
2-Quanto a cor:
a)Cerveja sem álcool, quando o seu conteúdo em álcool for menor que 0.5% em
volume, não sendo obrigatório a declaração no rótulo do conteúdo alcoólico;
b) Cerveja com álcool, quando o seu conteúdo em álcool igual ou superior a 0,5% em
volume, devendo obrigatoriamente constar no rótulo o percentual de álcool em volume,
sendo:
Cerveja de baixo teor alcoólico: a que tiver mais de 0.5 até 2.0% de álcool;
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Cerveja de médio teor alcoólico: a que tiver mais de 2 até 4.5% de álcool;
Cerveja de alto teor alcoólico: a que tiver mais de 4.5 até 9% de álcool;
a) Cerveja puro malte aquele que possuir 100% de malte de cevada, em peso, sobre o
extracto primitivo como fonte de açúcares;
b)Cerveja aquele que possuir proporção de malte de cevada maior ou igual a 50% em
peso, sobre extracto primitivo como fonte de açúcares;
c)Cerveja com o nome do vegetal predominante aquele que possuir proporção de malte
de cevada maior do que 20% e menor do que 50% em peso, sobre extracto primitivo
como fonte de açúcar;
5-Quanto a fermentação:
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I.3.1. Água
O parâmetro principal para a água utilizada na produção de cerveja é seu pH. O pH deve
estar entre 6,5 e 7,0 ou seja, levemente ácido. Isso porque um pH alcalino pode acarretar
na dissolução de algumas substâncias presentes no malte e nas cascas.
I.3.2. Malte
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com características únicas e possuem quase nenhum potencial enzimático, os principais
maltes desse grupo são os caramelos (que deixam a cerveja mais doce) e os torrados
Cereais não maltados são aqueles que não precisam passar pelo processo de maltação
para estarem aptos ao uso para a produção de cerveja, ou seja, eles são utilizados como
são encontrados. Hoje, especula-se que cerca de 70% das cervejas produzidas no mundo
levam cereais não maltados. Tendo como exemplos mais notáveis, estão o trigo, o
milho, o arroz, o centeio e a aveia.
Trigo
Um dos cereais mais famosos do mundo cervejeiro, pode ser utilizado maltado ou não,
sendo muito utilizado na Alemanha, sua presença na receita torna a bebida turva,
cremosa e refrescante.
Milho
Arroz
É um cereal muito utilizado no Japão, China e Estados Unidos, também confere leveza à
cerveja, além de uma coloração dourada e brilhante. Varias cervejarias também usam a
variedade vermelha do cereal para atingir diferentes colorações.
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Centeio
Aveia
Por ser um cereal rico em proteínas, óleos e gordura, geralmente não é muito utilizada
na produção de cerveja. Mesmo assim, existem exemplares muito premiados ao redor
do mundo, como as Oatmeal Stouts. Hoje a Inglaterra é o país que mais a utiliza.
I.3.3. Cevada
A cevadaé um cereal rico em amido, e o ingrediente mais utilizado como fonte de amido
na produção da cerveja devido ao seu alto conteúdo de enzimas. Para fabricar a cerveja,
o cervejeiro utiliza o malte derivado da cevada que sofreu um tratamento especial na
maltearia, depois de ter passado por um processo de limpeza pela operação de
calibragem, a fim de eliminar os grãos não conformes (quebrados), a cevada é maltada
por imersão em água para se efectuar a germinação dos grãos de cevada.
I.3.4. Lúpulo
O lúpulo contém uma substância crucial para a cerveja, chamada ácido alfa. Ele é o que
dá o amargor à cerveja, e portanto, o teor de amargura é definido a partir do teor desse
ácido na bebida. A maioria das formas comercializadas do lúpulo possuem um padrão
desse percentual, facilitando assim a escolha do tipo de lúpulo para a produção.
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As principais forma comercializáveis do
lúpulo é em flor, pellets T-90, pellets T-45, extracto e essências. Há também formas
mais actuais de comercialização, que são os extractos e essências. O extracto é uma
forma liquefeita de lúpulo, que não possui resinas. O lúpulo pode ser classificado de
acordo com o sabor que promovem na cerveja: amargor, aromático e dual.
O amargor possui teor bem elevado de ácido alfa; Já os aromáticos possuem teor baixo
desse ácido e promovem um aroma bem agradável à cerveja. O dual são lúpulos
versáteis, que representam uma mescla do amargor com o aromático. Por conta disso,
geralmente é indicado qual dessas duas características é a predominante.
I.3.5. Fermento
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A levedura de cerveja pode ser
dividida em 2 grupos principais: de baixa fermentação (lagers) e de alta fermentação
(ale). O fermento de baixa fermentação actua na parte inferior do fermentador e trabalha
na faixa de 9ºC a 13ºC. Já o de alta fermentação age na parte superior, trabalhando na
temperatura entre 18ºC e 24ºC.
I.3.6. Aditivos
Aditivos são substâncias que são adicionadas aos alimentos com o propósito de manter
ou modificar o seu sabor ou melhorar a sua aparência, aroma ou prolongar o seu tempo
de conservação. Produzir cerveja é um processo tradicional e bem natural que
geralmente não necessita do uso de aditivos encontrados em alimentos da actualidade. A
maioria das cervejas é essencialmente livre de aditivos. Os processos biológicos
envolvidos na fabricação de cerveja são perfeitamente capazes de produzir
excelente,saborosa,saudável e estável cerveja sem assistência alguma da indústria de
aditivos.
Mesmo assim por vezes os aditivos químicos encontram o seu espaço nas indústrias
cervejeiras, eles podem ser classificados em algumas categorias:
. São adicionados a cerveja já pronta, pouco antes do engarrafamento, servem para dar a
cerveja um amargor suave e controlado, alta solubilidade e ampliar a duração da
espuma.
Esse tipo de aditivo amplia estabilidade química da cerveja, ajudando o líquido a manter
sua clareza e translucidez durante grandes períodos de tempo e em temperaturas. Um
desses produtos é o PVP (polivinilpirrolidona). Quando adicionado a cerveja o PVP irá
imediatamente reagir com polifenóis na cerveja formando um composto sólido que pode
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ser mais tarde filtrado do líquido se não retirado com o passar do tempo pode conceder
certa turbidez a cerveja.
A cor pode ser regulada numa escala crescente (do mais claro ao mais escuro) através
do uso de alguns compostos, sendo o mais famoso o corante amarelo. O produtor de
recorrer a ele por duas razões: a primeira é como corretor de cor, usado em pequenas
doses para corrigir a cor final de muitos tipos de cerveja; Segundo como parte da
receita,pois se colocado em quantidade normal por não apresentar nenhum sabor ou
aroma pode ser usado na produção de cervejas escuras com menos sabor de aroma ou
torrefacção.
São usados quando não há formação e retenção de espuma, na maioria dos casos, essa
deficiência é causada tanto pelo uso em alta proporção de adjuntos, malte de qualidade
péssima ou algum problema durante o processo de fabricação. O único e mais famoso
estabilizador de espuma é o PGA (alginato de propileno de glicol).
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I.3.6.1. Agentes clarificantes
A maioria destes ácidos estão presentes em formas coligadas e só uma pequena parte
pode ser detectada como componentes livres. O lúpulo, e a cerveja feita com ele,
contem:
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Também encontramos na sua composição nutricional álcool, aminoácidos, anidrido
carbónico, carboidratos como a glucose, maltose e dextrinas, elementos minerais
diversos como cálcio, fósforo e enxofre, proteínas e vitaminas do complexo B.
Sensação de prazer;
Efeito energético;
Efeito tonicardíaco;
Digestivo;
Vasodilatador;
Fortalece dos ossos;
Mantém os rins saudáveis;
Protege o cérebro;
Reduz os riscos de desenvolver câncer;
Reduz as chances de ter diabetes;
Combate ao estresse;
Combate resfriados;
Aumenta a imunidade;
Ajuda a combater a insónia;
Aumenta a fertilidade dos homens devido a redução do estresse;
O benefício mais directo é a eliminação de sódio do organismo.
Ajuda a perder peso
Previne cataratas
Esses resultados também se aplicam à cerveja sem álcool, ou seja, são as características
benéficas dos ingredientes da cerveja que fazem a diferença e não necessariamente o
álcool.
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O consumo abusivo de álcool leva geralmente a:
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Capítulo II
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Processo de produção da cerveja
A produção de cerveja consiste em diversas partes que vão desde a preparação dos
ingredientes até a filtragem e embalagem. O conceito geral da fabricação de cerveja é a
conversão da fonte de amido em mosto, um líquido açucarado que será submetido à
fermentação para formar finalmente a bebida alcoólica, deste modo as etapas do
processo de produção de cerveja são as seguintes:
II.1. Maltagem
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Porque o açúcar dos cereais é muito diferente dos açúcares das frutas e da cana-de-
açúcar que a levedura transforma sem dificuldade. O açúcar dos cereais é constituído,
principalmente de açúcares complexos, conhecidos pelo termo amido, com uma
estrutura química constituída essencialmente de duas fracções de açúcares chamadas
amilo pectina e amilose. O amilo pectina apresenta uma aparência de uma árvore
ramificada, enquanto a amilose apresenta-se sob a forma de uma cadeia rectilínea
formada de uma série de elos, o conjunto aparece com aspecto de uma corrente
debicicleta sobre o qual cada elo corresponde a uma unidade de monossacarídeo
chamado glicose. As ramificações de ammilopectina são munidas, entre os carbonos nº
1 e 6, duma ligação chamada ligação alfa 1-6.
Na cadeia de amilose, duas moléculas de glicose são unidas por uma ligação chamada
ligação alfa 1-4. Os dois componentes do amido, a amilo pectina e a amilose, formam
um conjunto extremamente compacto e enrolado sobre si, este tipo de açúcares, a
levedura não consegue come-los, por estes ser muito duros. Para serem comestíveis pela
levedura, é necessário e importante transformá-los, em primeiro lugar, em açúcares mais
simples como o da cama-de açúcar (sacarose) ou das frutas (frutose-glicose), as únicas
formas que a levedura come com facilidade. A obtenção destes tipos de açúcares é o
trabalho que o cervejeiro realiza na sala de fabrico na fase de fabricação de mosto.O
amido é um componente de hidratos de carbono muito duro que a levedura não
consegue comer. Para a sua transformação em açúcares mais simples comestíveis pela
levedura, é preciso transformá-los sob as outras formas, amolecendo-os ou engomando-
os primeiro. Para engomar o amido, recorre-se á acção térmica de água quente,
efectivamente, a acção de água quente sobre o amido permite ao mesmo desenrolar-se,
no sentido mais tarde, de sofrer uma hidrólise que permite a aparição de duas fracções
de açúcares mais simples, de estrutura química ainda complexa e diferente uma e de
outra, com a forma de cadeias ramificadas para a primeira fracção chamada amilo
pectina e de forma de cadeias rectilíneas para a segunda fracção nomeada amilose. Esta
acção de hidrólise de amido é conhecida pelo termo de engomagem ou de gelificação de
amido. Depois da engomagem, para obter os açúcares ainda mais simples, basta nessa
altura proceder ao corte das cadeias dos açúcares assim formados, amilo pectinas e
amiloses. A simplificação das cadeias ramificadas e rectilíneas do amido em elementos
de açúcares mais simples constitui, mais tarde, o trabalho das enzimas amilo líticas, as
enzimas são substâncias especiais de natureza orgânica que tem por papel essencial
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catalisar algumas reacções químicas. A este propósito, no caso de amido existem dois
principais tipos de enzimas amilo líticas, uma que se encarrega de desdobrar as amilo-
pectinas, a amílase-alfa ou alfa-amílase e a outra que se responsabiliza pelo
desdobramento da facção de amilose, a enzima a enzima amílase-beta ou beta-amílase,
essas duas enzimas são fruto da acção da maltagem, na fase de germinação da cevada.
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A quantidade de espuma da cerveja é regulada durante a acção das enzimas proteolíticas
na fase de maltagem. É importante que isso seja minuciosamente controlado, pois a
actividade enzimática em excesso deixa a cerveja “choca” (com pouca espuma), e a
baixa actividade deixa-a turva quando gelada. Para isso, pode-se utilizar de enzimas
proteolíticas exógenas (isto é, obtidas de ingredientes não utilizados na produção de
cerveja).
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Estiverem boiando no líquido vão para o fundo. Se alguma parte sólida passar para as
outras etapas de elaboração da cerveja, a bebida pode adquirir sabores indesejados.
Antes da drenagem, a temperatura do mosto pode ser aumentada até cerca de 75 graus
Celsius (conhecido como um mashout) para desactivar as enzimas. Água adicional
pode ser liberada sobre os grãos para extrair os açúcares adicionais.
Lúpulos de aroma contêm geralmente menos, cerca de 5 por cento e produzem um sabor
e aroma mais desejável à cerveja. Muitas variedades estão no meio-termo e são
utilizadas para ambos os fins. Lúpulos de amargor são acrescentados no início da
ebulição e fervidos durante cerca de uma hora. Lúpulos de aroma são adicionados ao
final da fervura e normalmente fervidos por 15 minutos ou menos. Adicionando-se
diferentes variedades de lúpulo em diferentes momentos durante a fervura, um perfil
mais complexo pode ser alcançado, fazendo com que a cerveja apresente um equilíbrio
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entre amargor, sabor e aroma. Enquanto ferve, é importante se recuperar parte da
energia usada para ferver o mosto. Em seu caminho para fora da cervejaria, o vapor
criado durante a fervura é passa por uma serpentina pela qual flui água não aquecida.
Ao ajustar a velocidade de fluxo, a temperatura de saída da água pode ser controlada.
Isto também é muitas vezes feito utilizando um trocador de calor de placas. Essa água é
então armazenado para uso na próxima brassagem, na limpeza de equipamento, ou
sempre que necessário.Outro método comum de recuperação de energia ocorre durante
o arrefecimento do mosto. Quando a água fria é usada para arrefecer o mosto num
trocador de calor, a água é aquecida significativamente. Numa fábrica de cerveja
eficiente, a água passa através do trocador de calor a uma taxa definida para maximizar
a temperatura da água ao sair. Esta água quente é agora em seguida armazenada num
tanque de água quente para uso posterior.
O recipiente não deve ter protuberâncias internas que possa diminuir a rotação do
líquido. Cervejarias menores costumam usar o recipiente de fervura para fazer
o Whirlpool. Ou o hopback, que utiliza uma camada de flores de lúpulo frescas. É uma
câmara selada que é inserida entre o recipiente de fervura e do resfriador de contra fluxo
do mosto. Lúpulo em flor é adicionado à câmara, o mosto quente passa através dele, e
imediatamente depois arrefecido no resfriador de mosto antes de entrar na câmara de
fermentação. Esse processo facilita a retenção máxima de compostos voláteis de aroma
do lúpulo que normalmente seriam perdidos. No Reino Unido, é prática comum o uso
de hopback para clarificar o mosto. Este processo tem o mesmo efeito que o Whirlpool,
mas funciona de uma maneira completamente diferente. Os dois processos são muitas
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vezes confundidos, mas é funcionalmente, bem diferente. Enquanto o Whirlpool utiliza
força centrífuga, o hopback utiliza uma camada de flores de lúpulo fresco em um espaço
confinado para agir como um filtro para remover o trub.
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II.5. Fermentação e maturação
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C 6 H 12 O 6 enzimas 2C 2 H 5 OH +2 CO 2 (Eq-
⇒
2.1)
Fermentação secundária
Fermentação em garrafa
Algumas cervejas sofrem uma fermentação na garrafa, dando carbonatação natural. Esta
pode ser uma segunda ou terceira fermentação. Elas são engarrafadas com uma
população de levedura viável em suspensão. Se não houver açúcar residual fermentável,
açúcar pode ser adicionado, na proporção de 8 gramas por litro de bebida.A
fermentação resultante gera dióxido de carbono que fica preso dentro da garrafa,
permanecendo na solução e proporcionando carbonatação natural.
II.5.1.Maturação(Condicionamento)
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Lage ring
Kräusening
II.6. Filtração
A filtração é a limpeza da cerveja que visa essencialmente a eliminação das suas
impurezas a fim de estabilizar a sua composição após enchimento e satisfazer a
expectativa do consumidor quanto à qualidade organoléptica. Durante a filtração, para
clarificar a cerveja, procede-se à eliminação do resto da levedura e as finas partículas
em suspensão que a tornam turva, ela é feita através do filtro da cerveja com a ajuda
geralmente de um agente de filtração constituído por um mineral de diatomáceas em pó,
de granulometria fina, chamado Kieselguhr.
Como é considerada uma das etapas finais do processo produtivo, falhas de controle e
variações de temperatura impactam directamente no produto acabado.
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II.7. Envase e Pasteurização
A etapa de envase é considerada um momento crítico para o futuro da cerveja, pois ela
deixa o recipiente, do ambiente controlado em que foi processado, e é exposto ao
ambiente externo.É de fundamental importância a assepsia das instalações e das garrafas
para assegurar a qualidade e a estabilidade da cerveja. A cerveja é uma bebida muito
sensível, sujeita a deterioração rápida. Com o desenvolvimento dos sistemas avançados
de refrigeração e processo de pasteurização, a cerveja depois de envasada torna-se mais
estável, permitindo assim, sua distribuição para lugares distantes da indústria ou
cervejaria.
II.7.1.Pasteurização
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No aquecimento, um controlo rigoroso de tempo e de temperatura deve ser cuidadoso a
fim de assegurar uma pasteurização eficiente, a acção térmica da pasteurização é
expressa pelo termo de unidade de pasteurização, UP, definida como sendo o
aquecimento da cerveja durante 1 minuto a 60ºC, o que corresponde a uma unidade de
pasteurização (1 UP). Uma pasteurização é considerada suficiente e boa quando o
número de UP é situado entre 15 e 20, em baixo de 15 a pasteurização é insuficiente,
risco de presença de levedura residual, e acima de 20, a cerveja é sobre pasteurizada
com o risco de aparição de efeito calorífico na cerveja e a caramelização dos açúcares
da cerveja. Se a pasteurização é vista como um factor de estabilização biológica da
cerveja, pelo contrário, a sua acção térmica pode constituir um factor prejudicial para a
qualidade da cerveja, na medidaem que o aquecimento provoca uma dissociação de
compostos carbonilados dos antioxidantes presentes na cerveja de tal modo que o
aldeído nonenal, um dos componentes carbonilados dissociado do antioxidante, é
extremamente perigoso na estabilidade aromática da cerveja, os compostos carbonilados
são bem conhecidos pelos seus efeitos negativos sobre as características organolépticas
da cerveja, principalmente no processo de envelhecimento da cerveja, o nonenal é o
composto considerado como um dos maiores geradores do fenómeno de envelhecimento
da cerveja. Este fenómeno é caracterizado pela emissão de mau cheiro e mau sabor da
cerveja. A pasteurização pode ser, portanto considerada como um mal necessário pois,
possui no mesmo tempo os dois factores positivo e negativo para a estabilidade da
cerveja.
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Fluxograma do processo de produção da cerveja
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Capitulo III
Controlo de qualidade da cerveja
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Controlo de qualidade da cerveja
Físico-químicas,
Sensoriais e microbiológicas.
Todos os parâmetros de qualidade de uma cerveja podem ser avaliados num espaço
dentro da fábrica, que é o laboratório de microbiologia.
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de um controlo técnico regular e permanente do processo de fabricação e do produto
acabado.
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seja ácida, isso porque um pH ácido evita a degeneração do malte, contribui para maior
actividade enzimática na etapa de mostura, acarretando num rendimento maior de
maltose é importante lembrar que apesar dessas informações o tipo de cerveja desejada
irá ditar qual o pH de facto ideal para a produção. Para determinar o pH da água é fácil
pode ser utilizado um medidor de pH digital, kits de medidor de pH para piscinas ou
simplesmente checa o relatório de qualidade da água distribuída na cidade ou região. Se
a água estiver alcalina, isso pode ser corrigido utilizando malte acidificado na etapa de
mosturação, a água pode apresentar íons que afectam seu pH, tendo assim duas
classificações: água dura e água mole. A água dura é mais indicada para a produção de
cervejas escuras por conter pH mais alto e concentração de iões (cálcio, magnésio,
bicarbonato...) maior. Já a água mole é mais adequada para a produção de cervejas
pilsen, com pH mais baixo e menos íons dissolvidos. A quantidade de íons pode ser
analisada através de uma análise de dureza da água.
a acidez titulavél de uma cerveja (titulação de ácido fraco com solução de base forte
NaOH), resulta da qualidade de matérias-primas e da actividade biológica da levedura,
uma acidez elevada pode indicar contaminação bacteriana no mosto ou na cerveja e/ou
um fraco desempenho da levedura, normalmente pelo seu envelhecimento. A análise é
feita por meio de método potenciométrico com eléctrodo de vidro. E o teste de controlo
organolético da cerveja praticado pelo técnico e algumas pessoas treinadas para o efeito
chamada prova de cerveja. Essas são algumas das determinações correntes feitas no
processo da fabricação da cerveja.
II.8.1.Prova da cerveja
A prova da cerveja que outrora foi considerada como um simples exercício distracção
relativamente abstracto, tornou-se hoje uma ciência como qualquer outra ciência devido
à sua importância no controlo real, prático e simples de qualidade da cerveja e na
complexidade da teoria envolvida e implicada para explicar o mecanismo e fenómeno
sensoriais intervenientes na compreensão da técnica da prova.
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principalmente, a vista, o olfacto e o gosto. As principais sensações recebidas ou
percebidas durante a prova são o cheiro (odor), o aroma e o gosto ou paladar. O cheiro é
a sensação olfactiva percebida pela via nasal, o aroma é a sensação olfáctica percebida
pela via retro nasal, ao passo que o gosto é a sensação gustativa recebida pela boca e
que permite a percepção pela língua de sabores doce, amargo, ácido e salgado dos
alimentos dissolvidos na saliva. Existe portanto, uma relação entre o emissor (cerveja)
do estímulo e o receptor (órgãos) do estímulo. O estímulo é transmitido ao cérebro onde
é traduzido em seguida em resposta sensorial.
A prova analítica visual da cerveja consiste em fazer uma observação e dar depois, um
julgamento subjectivos sobre as características essenciais evidenciadas da cerveja: a
espuma, a coloração, o brilho, o grau de turvação e a saturação (crepitante). A
observação da cerveja a provar é feita num copo normal e este copo deve ser de boa
qualidade e bem servido para não influenciar o resultado da apreciação. Neste exercício,
a experiência mostrou que os copos de vidro de forma de balão e sobretudo, de túlipa,
são os melhores, seguidos pelo copo direito. O copo de vidro de forma de cálice e,
sobretudo, de plástico, são desfavoráveis à espuma. O copo para a prova deve responder
a certos critérios de presentação, deve ser bem limpo e sem traços de substâncias
gordas.
Espuma
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Coloração
Brilho (turvação)
Saturação ou crepitante
O grau de saturação crepitante caracteriza-se pelo escape de CO2 do copo, pelo escape
de um fino fio de bolas de CO2 do fundo do copo, pela aderência de pérolas de CO2 na
parede do copo, a cerveja então é dita crepitante.
- Pela via nasal, com o nariz: as substâncias odorantes contidas na fase gasosa da
cerveja, o CO2 e o não-CO2, excitam a membrana mucosa olfáctica do nariz e a
sensação percebida pela esta via e desta forma chama-se cheiro ou odor-
- Pela via bocal, com a boca: as substâncias voláteis contidas na cerveja posta na boca
são transportadas pelo CO2 até ao bolbo olfactivo passando pela garganta e pela via
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retro nasal e a sensação olfáctica percebida por estas vias de acesso e desta forma, é
chamada aroma.
o cheiro e o aroma têm o mesmo sítio receptor, a mucosa, mas as vias de acesso de
sensações percebidas a partir de gás emitidos são diferentes, a via nasal directa para o
cheiro e a via bucal retro nasal para o aroma.
A prova gustativa é feita ao nível da boca com a sua língua que é a sede dos receptores
gustativos. Na boca, sente-se geralmente 4 tipos de gostos primários: o gosto salgado, o
doce, amargo e o gosto ácido. Estes gostos todos são percebidos ao nível da língua que é
o seio de expresso das sensações gustativas repartidas nos diferentes sítios bem
determinados.
De acordo com o objectivo encarado, existem três tipos de prova: a prova descritiva, a
prova de correspondência ao tipo, e a prova comparativa.
Prova descritiva
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Prova de correspondência ao tipo
Excessivo,
Normal,
Insuficiente.
Prova comparativa
O cheiro (de manteiga rance, -autólise, -papel ou cartão, -odor de fruta, de flor,
-químico…,)
Aroma
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O paladar (amargo-doce-salgado-ácido-macia-papel ou cartão-fruta-oxidado-
autólise…)
Um copo escuro,
Uma cerveja sem espuma num ambiente adequado, isto é:
Sala de prova calma, ar condicionado à 21ºC, de qualidade organoléptica sã,
com humidade relativa do ar avaliada a cerca de 85% e com boa luz.
Geralmente neste aspecto pode se realizar dois tipos de testes de prova, nomeadamente:
O teste triangular: aqui, o provador recebe 3 copos cujo 2 deles com a mesma
cerveja. O teste é feito com três copos, daí a sua apelação de teste triangular.
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Conclusão
Contudo, concluímos que apesar de não haver uma data que marque o inicio da
fabricação da cerveja,podemos afirmar que desde seus primórdios sua receita foi
cuidadosamente desenvolvida dando origem a diversos tipos de cerveja. Porém o
processo de fabricação da cerveja continua sendo o mesmo, e seu consumo tem
aumentado largamente e proporcionando grandes receitas para o estado, e que apesar
das suas desvantagens quando consumido moderadamente torna-se benéfico para a
saúde.
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