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ESTUDOS

SOCIOANTROPOLÓGICOS
Profa. Dra. Gisele Silva Lira de Resende

ESTUDOS
SOCIOANTROPOLÓGICOS

Barra do Garças - MT
UniCathedral
2018
Autora
Profa. Dra. Gisele Silva Lira de Resende

Leitura Crítica e Sugestões


Michele Salete Reis

Revisão Gramatical do Texto


Roziner Aparecida Guimarães Gonçalves

Projeto Gráfico
Atila Cezar Rodrigues Lima e Coelho
Georgya Politowski Teixeira
Matheus Antônio dos Santos Abreu

BARRA DO GARÇAS - MT
JANEIRO 2018
Copyright © by Faculdade Cathedral, 2018
Nenhuma parte desta publicação pode ser gravada,
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sem autorização prévia do(s) autor(es).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) – Catalogação na Fonte


Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Roberta M. M. Caetano – CRB-1/2914

R433e Resende, Gisele Silva Lira de


Estudos socioantropológicos / Gisele Silva Lira de Resende.
Barra do Garças: Faculdade Cathedral, 2018.

140 p. ; il. ; color.


ISBN: 978-85-54298-04-3

Conteúdo de disciplina EaD do Núcleo de Ensino a Distância


(NEaD) da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicadas do
Araguaia – Faculdade Cathedral.

1. Sociologia. 2. Antropologia. 3. Indivíduo. 4. Sociedade. I. Título.


II. Faculdade Cathedral.

CDU 316:572.02

UniCathedral – Centro Universitário


Av. Antônio Francisco Cortes, 2501
Cidade Universitária - Barra do Garças / MT
www.unicathedral.edu.br
SUMÁRIO

UNIDADE IV..................................................................................................................................... 11
O Fenômeno da Globalização ................................................................................................................ 11
Globalização e tecnologia................................................................................................................... 13
Mídia e alienação ................................................................................................................................... 16
A Educação no contexto midiático ..................................................................................................... 19
Alguns pontos a serem discutidos .......................................................................................................... 22
Globalização e Neoliberalismo ........................................................................................................... 24

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Autor(a) da Unidade
Profa. Dra. Gisele Silva Lira de Resende

Ao final da unidade, esperamos que você seja capaz de:

 Caracterizar os elementos que envolvem a globalização;


 Conhecer a evolução tecnológica, que corroborou com todo esse processo da globalização;
 Relacionar o fenômeno da globalização, as mídias e as ideologias subjacentes que trazem em
seus conteúdos;
 Analisar as consequências da globalização para a sociedade, observando os aspectos sociais,
políticos e econômicos;
 Reconhecer a importância do papel da Educação para a emancipação social do homem.

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UNIDADEIV

O FENÔMENO DA
GLOBALIZAÇÃO
A palavra globalização já está
democratizada entre as pessoas,
tem estado presente nas discussões
de todos os segmentos sociais, pelo
seu aspecto positivo, ou pelo
aspecto negativo.
Nesse sentido, não se pode
desatrelar o processo de
globalização aos estudos
socioantropológicos, haja vista que,
a partir desse processo, vários
discursos teóricos vêm se
construindo, sob múltiplos olhares.
Em um exame mais detalhado,
faz-se necessário retomar o período
das grandes navegações que, com a expansão comercial, deu início ao processo de globalização.
Posteriormente, depois da metade do séc. XX, com os avanços tecnológicos, houve uma
“internacionalização”, sobretudo, do poder econômico e político no mundo.
Mas o que significa globalização? É uma construção abstrata do imaginário humano? Baumann
responde de modo aparentemente primário, mas que, em sua essência, traz uma crítica acerca do tema.
Indica que, para alguns, é fundamental para a felicidade do homem; para outros, ao contrário. Contudo, é o
“destino irremediável do mundo, um processo irreversível, que afeta a todos na mesma medida e da
mesma maneira” (BAUMANN, 2012).
Já Giddens (1991) esclarece, em termos mais objetivos, que a globalização é a “a intensificação das
relações sociais em escala mundial, que ligam localidades distantes de tal maneira que acontecimentos
locais são modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-versa” GIDDENS, 1991, 60).
Sob essa ótica, articulam-se todos os segmentos sociais: economia, política, religião, educação, ou seja, a
sociedade vive em uma teia de relações, que provoca uma interdependência e, consequentemente,
influencia o modo de vida. É a chamada aldeia global, que tem como elemento essencial um sofisticado
sistema de informação e comunicação, representado pela televisão, mídia impressa, telefonia, internet etc.
Você tem ideia de como as pessoas se comunicavam antes do advento da internet? Muitas vezes,
levavam-se dias e até meses para se obter uma informação.

Veja aqui como foi criada a internet


http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2013/04/internet-completa-44-anos-relembre-historia-da-web.html

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Essa comunidade global, que tanto é reproduzida nas mídias, promove a circulação de informações e de
produtos e serviço, tais como mercadorias, educação, lazer etc. Isso faz com que o capitalismo cada vez
mais avance e se cristalize, como já previa Karl Marx.
Ianni (2001) afirma que há uma mundialização tão extrema que a Terra já não está mais ligada à figura
astronômica, mas, sim, a um território no qual as relações de interdependência são tão fortes que, ao
mesmo tempo que encanta, também causa medo, pois há uma modificação no modo de agir e pensar, que
abala convicções e a própria visão de mundo.
Nesse sentido, é possível dizer que, a partir dessa dissolução das fronteiras geográficas, provocadas por
esse fenômeno, algumas particularidades tomaram maior dimensão e se acentuaram na sociedade pós-
moderna.
No aspecto econômico, segmento no qual está mais associada, a globalização, explicando de maneira
compreensível, viabilizou as exportações, acelerando o comercio internacional, inclusive com países,
anteriormente de pouca expressão, nesse quesito.

Etiquetas Internacionais

No Brasil, e em vários países do mundo, quase todas as mercadorias vendidas, possuem a etiqueta
made in china. Os artigos são vendidos a preços bem baixos, porque a mão de obra chinesa é muito
abaixo do mercado internacional e, quando exportam para cá (ou outros locais), possui isenção de
impostos, por algum tempo. Todos esses fatores e, ainda outros, diminuem o custo das
mercadorias.
Isso também ocorre com a indústria automobilística estrangeira, que abre suas empresas aqui,
mediante vantajoso incentivo fiscal, mão de obra e matéria prima mais barata. Um carro de marca
alemã pode ter em sua composição peças oriundas de diferentes países europeus e, ainda, ser
comercializado na Ásia. Tudo dependerá dos preços. Isso é o mundo globalizado.

No campo político, as transformações, também, foram perceptíveis, a exemplo da decadência do


comunismo, a partir do esfacelamento da União Soviética, da decadência do regime comunista, da
formação das Nações Unidades e da União Europeia, “que agregaram os estados-nação em fóruns políticos
comuns” (GIDDENS, 2012
p.55).
Em uma vertente cultural,
possibilitou que costumes,
crenças e hábitos fossem
postos em evidência, como é
o caso da cultura indiana,
japonesa, árabe etc. Destaca-
se aqui, a cultura americana
que passou a ser disseminada
por meio dos hábitos
alimentares (fast foods, coca-
cola), pelos filmes
hollywoodianos, pelas campanhas publicitárias, além da própria língua, já que hoje, considera-se o inglês
como idioma universal.

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A partir desse mundo sem fronteiras, surgiu uma explosão de consumo, na qual as pessoas, em um
ritmo frenético, passaram a agir por impulsividade, por necessidade constante de autoafirmação.
Transformou-se, então, o modo de viver e de se relacionar, e, o qual muitas vezes, provoca o
desencantamento pelo mundo, como indicou Weber em seus estudos. A rapidez é tamanha, que Baumann
teorizou essa sociedade como “líquida”, pela incapacidade de se solidificar, sob todas as perspectivas,
alterando assim, costumes e hábitos.
Alguns, ainda, colocam que há uma desordem global. “O significado mais profundo transmitido pela
ideia da globalização é o do caráter indeterminado [...] e de autopropulsão dos assuntos mundiais; a
ausência [...] de um gabinete administrativo. A globalização é a “nova desordem mundial” de Jowitt com
um outro nome” (BAUMAN, 2012, p. 66).

GLOBALIZAÇÃO E TECNOLOGIA
O que seria do mundo sem a rede mundial de computadores? Como seriam as relações comerciais,
políticas e econômicas no mundo?
Hoje, o mundo conta com a internet, que permite que informações cheguem às pessoas em tempo real.
Nesse aspecto, a revolução tecnológica foi um dos principais elementos para o avanço da globalização e,
portanto, merece um destaque especial.
O que se tem atualmente são meios de
comunicação que adentram a casa das pessoas
levando informações de diferentes tipos,
entretenimento e lazer, seja por meio da internet,
televisão seja pelo rádio. As mídias digitais ganham
notoriedade, uma vez que o grau de mobilidade
permite o acesso virtual em qualquer tempo e em
qualquer espaço, por meio dos multifuncionais
celulares. É o momento em que se vivencia a cultura
digital.
O mundo passou por inúmeras revoluções tecnológicas. A primeira delas, a máquina a vapor, no séc.
XVIII; posteriormente, no final do séc. XIX, a eletricidade e o motor de explosão, que viabilizou os meios de
transporte; e, por derradeiro, no séc. XX, a revolução digital que modificou o modo de se comunicar, que a
cada dia se mostra mais sofisticado e propiciou o desenvolvimento da globalização e tudo que vem nesse
contexto.
Castells aponta que “a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade foi na Era Industrial, em
nossa época a Internet poderia ser equiparada tanto a uma rede elétrica quanto ao motor elétrico, em
razão de sua capacidade de distribuir a força da informação por todo o domínio da atividade humana”
(CASTELLS, 2003, p. 7). Dizendo outras palavras, toda a força de comunicação existente na sociedade atual
é movida pela tecnologia de informação; toda a sociedade está em rede. Não se pode pensar nenhum
segmento, social, econômico, educacional, político e até religioso, sem a intervenção da tecnologia digital,
movida pela internet. Qualquer pessoa que não se aproprie dessas tecnologias, seguramente, será excluída
e será denominada de analfabeta digital, termo criado por Gilberto Dimenstein. Não se trata aqui somente
do acesso à máquina, mas também da apreensão da linguagem utilizada nesse meio, para, por exemplo,
utilizar serviços bancários, utilizar um e-mail, participar de processos eleitorais, dentre outros fatores que
merecem grande atenção.
Infelizmente, “cada novo sistema de comunicação fabrica seus excluídos. Não havia iletrados antes da
invenção da escrita. A impressão e a televisão introduziram a divisão entre aqueles que publicam ou estão
na mídia e os outros” (LÈVY.1999, p. 237).

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O Desafio da Inclusão Digital no Brasil
O País democratizou o uso de serviços financeiros em dispositivos móveis, mas isso não significa
que melhorou o desempenho em relação ao acesso a esses serviços, pois se constata que não
avançou em termos de comprometimento com a inclusão e ambiente regulatório.

Veja aqui o ranking


http://computerworld.com.br/brasil-fica-em-2o-em-ranking-de-inclusao-financeira-e-digital-
entre-paises-em-desenvolvimento

Você já observou que as pessoas se comunicam muito mais pela rede social do que fisicamente? Quais
as consequências da ausência de privacidade? Quantos serviços administrativos só são realizados pela
internet, no próprio site da instituição? Quais facilidades os bancos propiciaram ao permitirem as
transações on-line? O meio virtual também se constitui em um mecanismo de controle social? Quais as
motivações para que o indivíduo se deixe levar por essa onda de consumo?
Não se quer aqui “demonizar” os conteúdos produzidos na internet, até porque há muitas coisas boas:
acesso a bibliotecas virtuais, cursos a distância, encontro com amigos que há muito não se tinha contato,
acesso a outras culturas, desburocratização de serviços, possibilidade de publicações acadêmicas,
participação em eventos científicos, reuniões de trabalho por web conferência, manter-se atualizado,
engajar-se em projetos sociais, reivindicar direitos de modo massivo, ter diversidade de entretenimento,
realizar compras, aprender e ensinar algo a inúmeras pessoas, dentre outras vantagens.
Manuel Castells (1999) entende que

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Enfim, há uma infinidade de coisas que colocam o ser humano como cidadão do mundo,
permitindo-lhe visitar lugares inusitados como por exemplo, estando no Brasil, conhecer o
museu do Louvre, por exemplo:
Louvre Online Tours
https://www.louvre.fr/en/visites-en-ligne
Ou então, conhecer a Livraria que inspirou a Biblioteca da Escola de Bruxos, do filme Harry
Potter, a Livraria Lello:
Livraria Lello & Irmão
http://porto.360portugal.com/Concelho/Porto/LivrariaLello/index.php

Entretanto, em que se pesem todos os benefícios proporcionados, é de extrema importância analisar o


impacto da globalização, sob um aspecto multidimensional, pois essas inserções tecnológicas que
modificaram a vida das pessoas, seja em sua organização social, laboral seja cultural, em uma análise mais
profícua, indica que nem todos os aspectos são positivos, já que a exclusão digital contribui para colocar o
cidadão à margem social. Além disso, observa-se que a mídia, muitas vezes, aliena e condiciona o homem
não só em relação às questões políticas, mas também em relação ao consumo, sem se preocupar com o
impacto que pode causar ao meio ambiente. Prevalece a máxima, “o que é moderno hoje, já está superado
amanhã.

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MÍDIA E ALIENAÇÃO

O avanço tecnológico, como abordado no tópico acima, foi essencial para o desenvolvimento da
globalização. Nesse universo tão complexo da tecnologia, as mídias têm fator preponderante para a
disseminação da informação e para reafirmar ideologias, sejam elas quais forem.
Compreende-se como mídia o conjunto de veículos de comunicação cujo objetivo maior é o de propagar
mensagens de diferentes tipos: música, notícias, imagens etc.: rádio, televisão, telefone, carta, outdoor,
computadores, cinema, jornal, livros e revistas, dentre outros não menos importantes. Os meios de
comunicação de massa, como é o caso da televisão,
rádio etc., são os que possuem maior alcance da
população, E os meios de comunicação individual, que
como o próprio nome indica são pessoais, particulares.
Todavia, em ambos os casos, a informação é o foco
central.
Essas mídias de comunicação de massa compõem
uma indústria cultural e, para tanto, valem-se das mais
sofisticadas técnicas de marketing para envolver seu
consumidor, pois “envolve analisar as necessidades do
consumidor, garantir informações precisas para
desenhar ou produzir produtos ou serviços que estão
de acordo com as expectativas dos consumidores e
fornecedores” (BOONE, KURTZ, 2009 p.9). E, com

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certeza, a forma como o usuário é envolvido transforma suas concepções, seu modo de vida, sua educação
(em seu sentido mais amplo) e, inclusive, sua relação com o meio onde está inserido, haja vista que há uma
“[...] identificação e satisfação das necessidades humanas e sociais” (KOTLER, KELLER, 2006, p. 4).
Com o aprimoramento da tecnologia, alguns meios de comunicação de massa se sofisticaram de tal
forma, que o grau de interatividade permite o contato instantâneo, em tempo real, como é o caso das
mídias digitais. Ademais, a própria televisão expandiu o seu conteúdo não só com entretenimento, mas
também com programas de ação educativa. Porém, embora haja inúmeros benefícios com essa
democratização de informações, é preciso analisar com criticidade o teor envolvido nessas mensagens, as
ideologias subjacentes. É preciso aprender a ler nas entrelinhas dos discursos, pois “a cibercultura reúne de
forma caótica todas as heresias. Mistura os cidadãos com os bárbaros, os pretensos os ignorantes e os
sábios” (LÉVY, 1999, p. 238).

O termo [ciberespaço] especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas
também o universo oceânico de informação que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e
alimentam esse universo. Quanto ao neologismo ‘cibercultura’, especifica aqui o conjunto de técnicas
(materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se
desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço (LÉVY, 1999, p. 17).

Em assim sendo, é de suma importância que se tenha acesso à educação, para se aprender a ter uma
visão mais crítica, um pensamento mais autônomo.
Além da televisão, as redes sociais, atualmente, são um dos veículos de maior alcance da população. Se,
por um lado, isso se traduz em modernidade, em benefícios, no que se refere à propagação da informação,
pode, por outro lado, configurar-se pela rapidez que apresenta, uma competitividade intensa, um
consumismo exacerbado e ideologias que têm em vista atender àqueles que detém o capital, o poder, ou
seja, pode ser instrumento de alienação.
Mas como programas de entretenimento, novelas, realities Show, noticiários podem provocar essa
alienação? Tal fato pode ser explicado, porque tais programas possuem “uma larga influência nas nossas
experiências e na opinião pública, não apenas por
afetarem as nossas atitudes de várias formas, mas,
também, porque são meios de acesso aos
conhecimentos de que dependem muitas das nossas
atividades sociais” (GIDDENS, 2012 p. 456). E essas
ações sociais são orientadas por outros segmentos:
econômico, político, cultural e até religioso e, quando
se tenta persuadir a população acerca de alguma
situação que tende a um determinado
posicionamento, busca-se inculcar ideias que servem
aos interesses do status quo. De modo simples,
entende-se como status quo a condição de um estado
atual, de um cenário atual; por isso, é comum ouvir

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dizer que o governo, por exemplo, quer manter o status quo, ou seja, manter tudo como está, seja em uma
perspectiva econômica ou política.
Aqui, nessa acepção, compreende-se a mídia, como instrumento de manobra de massa, que dissemina
conteúdos para manter o status quo.
Bourdieu, um dos maiores críticos acerca dessa mídia, em seus estudos afirmou que

Essa ameaça à democracia se configura à medida em que as notícias, muitas vezes manipuladas, chegam
à população que, sem atenção mais crítica, deixa-se envolver, não observando o que pode haver, nas
entrelinhas dessa informação: a manipulação.
Além disso, outro ponto que merece ser sublinhado é que a mídia televisiva, principalmente a televisão
aberta, e as redes sociais, em grande parte de seus conteúdos, difundem uma cultura americanizada ou
europeia, sedimentam padrões de beleza, expõem de modo exacerbada a vida privada, ditam tendência de
moda, incitam o consumo, sensacionalizam notícias que envolvem tragédias, violência e criminalidade, e
ainda conduzem as pessoas a viverem uma vida que não são suas, como é o caso dos realities show. Esses
programas vendem uma vida ilusória que não se relaciona com a vida da grande maioria da população.
Associam marcas e produtos a artistas, para que se tenha a impressão de que o sucesso e a beleza daquele
personagem, sejam decorrentes de determinado produto. Nesse sentido, há, ainda, um agravante, porque
os conteúdos da indústria televisiva proliferam preconceitos.

As grandes marcas de roupas constantemente associam a beleza, elegância e, também, o sucesso, a


determinado estilo, veiculado na indústria da moda. Todavia, tem-se como modelo para essas marcas,
pessoas magras, como se não fosse esse o estereótipo da mulher brasileira, por exemplo. Logo, as pessoas
que estão acima do peso, de acordo com a concepção das grandes marcas, sentem-se excluídas. Com base
nesse processo de exclusão, foi criado o mercado plus size, mas que, ainda, apresenta-se de maneira tímida
no mercado brasileiro.

Assim como a televisão, a participação em redes sociais está solidificada na vida das pessoas e, se tem a
impressão de que, em alguns casos, foge-se, inclusive, ao bom senso, pois o nível de exposição da
intimidade, ultrapassou alguns limites.
Facebook, Instagran, you tube, twiter, tinder, whatsap; troca-se tudo por seguidores, likes, visualizações,
popularidade, fotos, vídeos, enquetes, comentários, eventos, selfie. Muitas opções que se traduzem,
muitas vezes, em redução de laços sociais; em aproximação virtual e distanciamento físico.

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Existe limite para o uso das redes sociais?
http://edicaodobrasil.com.br/2017/05/12/existe-limite-para-o-uso-das-redes-sociais/>

As contradições da sociedade real e da sociedade virtual


Seria a sociedade real um reflexo da sociedade virtual? Essa sociedade virtual está substituindo a
sociedade real? Ou elas são dependentes uma da outra?
Criou-se, a partir do ciberespaço, uma série de comunidades que, como já apontam psicólogos
comportamentais, afasta os indivíduos da realidade. São pessoas que estão perdendo a comunicabilidade
física, mesmo vivendo no mesmo ambiente com outras pessoas. Embora se esteja em rede, percebe-se um
isolamento da realidade. Todos são seres sociais e precisam do outro para se desenvolver social, e até
psicologicamente.
Mas será que não se mantém essa comunicação virtualmente?
Ora,

Então, a partir dessas inferências, é possível concluir que não há solidez nas relações, os laços não se
aprofundam, reforçando mais uma vez a superficialidade dos vínculos preconizados por vários sociólogos.
Os espaços públicos, como praças, antes repletos, hoje já não se encontram da mesma forma, a não ser
que possua Wi fi. Sim, as pessoas procuram lugares para se “divertirem”, desde que ofereçam esse plus. É
comum mesas repletas de amigos, todos de cabeça baixa olhando o seu celular, ou seja, algumas pessoas
estão confinadas no mundo virtual, e transparecem que suas relações virtuais são mais importantes do que
as reais (PRIMO, 1997).
Esse é um dos grandes males do século que precisam ser combatidos. A tecnologia deve estar a favor do
homem para agregá-los e não para os separar. Tem-se aqui um paradoxo: uma socialização que
individualiza. Em outras palavras, do mesmo modo que o ciberespaço aproxima o mundo, também
distancia pessoas que estão no mesmo espaço geográfico, no mesmo espaço em que vivem. Isso merece
atenção.

A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO MIDIÁTICO


A tecnologia, como foi visto ao longo desse estudo, modificou significativamente os segmentos, e a
educação não foge à regra. Mas quem busca a tecnologia para se qualificar?

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Você está convidado a conhecer esse novo cidadão da sociedade informacional.
"Muito prazer, eu sou o Rafinha."
https://www.youtube.com/watch?v=zfrOsh6Xp1Q

Bem, agora que você já encontrou várias afinidades entre você e Rafinha, é importante discutir um
pouco sobre a Educação a Distância.
A Educação a Distância se aprimora a cada dia, em virtude dos benefícios que são oferecidos,
principalmente a partir das mídias digitais, em que a internet é mola propulsora, pois possibilita ter
ferramentas síncronas e assíncronas. As ferramentas síncronas são aquelas em que a comunicação ocorre
em tempo real; já, nas assíncronas, a mensagem não ocorre de modo simultâneo.
No século passado, a Educação a Distância era promovida, por meio de correspondência, correio
eletrônico e vídeos etc., o que coibia, em grande parte, a interatividade nesse processo. Posteriormente,
com a evolução tecnológica, essa interatividade vem atingindo grau de importância singular, por meio das
ferramentas síncronas, representadas por chat, web conferência, dentre outros, o que permite maior
dinamicidade no ambiente virtual de aprendizagem, minimizando, dessa forma, a distância geográfica e
aproximando as relações.
Enfim, há a tão sonhada democratização da educação, dando oportunidade de estudar às pessoas que
não podem ir presencialmente a uma instituição. Além disso, existe grande diversidade de cursos,
(graduação, pós-graduação, formação continuada, formação profissional etc.) que atinge diferentes pontos
do mundo, com custos mais módicos, com flexibilização de tempo, fator preponderante na sociedade atual,
ambientes virtuais de fácil acesso, e alto grau de interatividade, conectividade e dinamicidade, em virtude
das multimídias.

Multimídia representa modos diversificados de veiculação de informação em mídias e outros


canais, com o uso de um computador, um tablet, um smartphone ou outro equipamento
tecnológico, utilizados para comunicação de sons, imagens estáticas ou em movimentos, textos e
vídeos de maneira individual ou integrada, a partir de uma combinação de formas de
comunicação (SOUZA, 2016, p.11).

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A Educação a Distância pode ocorrer de modo não presencial ou semipresencial; essa última se realiza,
por meio de algumas disciplinas presenciais, e outra a distância, geralmente, via on-line (conectado pela
internet). Essa metodologia híbrida é de grande importância para estimular a autoaprendizagem de
maneira mais proativa e personalizada. Por todas essas questões levantadas, é possível dizer que a
Educação a Distância, se tornou mais humana, pelo contato mais estreito, mesmo que virtual, entre as
pessoas envolvidas nesse processo.
Mas em que medida a educação pode romper o ciclo de alienação?
Independente se a Educação ocorre a distância, se presencial ou semipresencial, ela traz em sua
essência o objetivo de retirar o ser humano de um estado de ignorância, haja vista que, quando se conhece
sobre determinado assunto, quando se aprende a analisar os fenômenos, as situações cotidianas sob todas
as perspectivas; adquire-se a autonomia de pensamento e a criticidade, elemento fundamental para
descortinar ideologias.
Sob esse prisma, tem-se a educação como instrumento de emancipação social, que pode conduzir não
só à ascensão social, mas também a não se deixar manipular por meio de falsas aparências, muito
frequentemente propagadas pelos meios de comunicação de massa.
Adorno (1995) concebe educação, de modo muito especial. Para ele,

Nesse sentido, os veículos de comunicação passam a ser vistos como meios de comunicação de massas
e detém grande poder de persuasão e de redirecionamento das opiniões, muitas vezes, por meio de
sugestões bem sutis, praticamente invisíveis aos olhos daqueles que se deixam levar pelas aparências, pois
se constituem em instrumentos “de dominação e poder [...] O indivíduo deixa de ser sujeito e torna-se
objeto” (TEMER E NERY, 2009, p. 90 - 93). E, nessa acepção, não se pode deixar de sublinhar que o controle
dessas mídias, que condicionam o ser humano e está concentrado nas mãos de poucos, que têm como
objetivo maior defender seus interesses, a qualquer custo. É a partir desse cenário que a educação se torna
libertadora, pois imprime um papel preponderante para a formação da consciência crítica, elementar para
o exercício da cidadania.

21
ALGUNS PONTOS A SEREM DISCUTIDOS
Como foi discutido
anteriormente, ao se falar em
globalização, tem-se a ideia de
integração de diferentes
sociedades, de desenvolvimento
econômico, de democratização de
informação, de disseminação
cultural, de universalização, dentre
outras coisas. Contudo, estudiosos
da área afirmam que “atrás da
expressão neutra da
“mundialização da economia” e seu
corolário já mais explícito da
“vitória do mercado”, esconde-se
um modo específico de
funcionamento e de dominação
política e social do capitalismo” CHESNAIS, 2001. p.07). Se, por um lado, tem-se uma concepção de
modernização e desenvolvimento, por outro, esconde-se um sistema de exclusão que promove
desigualdade de grandes proporções.
Limoeiro Cardoso (1999) ilustra essa dualidade presente na globalização quando afirma que

As forças antagônicas são representadas, no


sistema capitalista, por uma minoria que detém o
poder, pelo acúmulo de riquezas. Na outra ponta,
estão os que estão subordinados pelo poder, que
tem sua condição de vida à margem desse processo,
refém de questões sociais tão acentuadas em
inúmeros países em desenvolvimento, inclusive no
Brasil. Vale dizer que essa polaridade, riqueza e
pobreza, só existe e se fortalece uma em função da
outra, como de uma forma ou de outra já previa
Marx.
Tais desigualdades existem há séculos e
posicionam as pessoas em estratos sociais, dentro

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de sua organização, principalmente, em decorrência de uma realidade socioeconômica. Dentre as
principais formas de estratificação, é possível citar os estamentos, o sistema de castas e as conhecidas
classes sociais.
Os estamentos, fundamentado no feudalismo, eram estruturados pelo clero, representado pelo alto
clero (arcebispos, bispo e papa) e baixo clero (monges e padres) e se colocavam como aqueles que tinham
contato com Deus e, portanto, faziam o elo entre o divino e os seres humanos. Já os senhores feudais
possuíam a terra, as riquezas, os meios de produção e, tinham sob sua dominação, os servos, classe
constituída por camponeses, que representavam a maioria da população. Essa posição, na estrutura social,
era determinada pelo nascimento e sem possibilidade de mobilidade social.
Já o sistema de castas, predominantemente na Índia, estratificava sua sociedade em uma classe
de sacerdotes, denominada brâmanes; os xátrias, que estruturam o governo e a administração pública; os
camponeses e comerciantes pertenciam à classe dos viaxás; e os sudras, que se dedicavam ao artesanato, e
também podiam ser escravizados, pertenciam à classe dos seres inferiores. Além disso, havia os párias, que
não entravam nesse sistema de castas, por serem considerados “os intocáveis, impuros”, portanto, não
poderiam estar no mesmo espaço dos demais, dentre outras coisas, a eles cabia o trabalho mais
degradante dentro da sociedade.
Essas posições eram determinadas por nascimento, definiam hábitos alimentares e formas de
relacionamento pessoal, sem possibilidade nenhuma de mobilidade social e a proibição de casamento
entre castas diferentes. Na década de 50, uma legislação aboliu tal estratificação. Todavia, a Índia, por ser
um País imbuído em tradições e costumes muito cristalizados, ainda mantém os resquícios desse sistema,
que convive lado a lado com as classes sociais. Esse País, embora tenha se desenvolvido economicamente
nos últimos anos, possui elevado nível de desigualdade social e uma população que vive em extrema
situação de pobreza.

É muito difícil imaginar uma divisão tão excludente como prevalece no sistema de castas,
principalmente, a quem, embora esteja sempre vivenciando a desigualdade, não consegue
nem imaginar a vida cotidiana de cada membro desse sistema.
Dê uma olhadinha aqui
https://misteriosdomundo.org/10-fotos-chocantes-do-sistema-de-castas-da-india

Por último, estão as classes sociais, característica da sociedade capitalista e já bastante discutida a partir
de teóricos, em unidade anterior. Atualmente, essas classes são estratificadas tendo como fatores o nível
socioeconômico e o grau de escolaridade. Essas classes, assim como as outras acima mencionadas, são
designadas no nascimento, mas há, aqui, igualdade em termos civis e legais e a possibilidade de mobilidade
social, por meio da educação e do trabalho.
No Brasil, as desigualdades são marcadas pela determinação dessas classes que, embora, em tese,
tenham direitos iguais, na prática, tais direitos são negados, muitas vezes, de modo muito velado. A
exemplo disso, é possível apontar o sucateamento (físico e humano) na educação pública, que, por si só,
transforma-se em mecanismo de exclusão social, uma vez que aqueles que não têm acesso a ela são
fadados ao trabalho com remuneração inferior e menor prestígio. Somado a isso vem a falta de
oportunidade de emprego, que pode gerar a falta de moradia, alimentação, dentre outras coisas.
Todas essas questões sociais corroboram para suprimir do indivíduo o direito do exercício de cidadania.

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[...] ser cidadão significa ter direitos e deveres, ser súdito e ser soberano. Tal situação está
descrita na Carta de Direitos da Organização das Nações Unidas (ONU), de 1948. [..] todos os
homens são iguais ainda que perante a lei, sem discriminação de raça, credo ou cor. E ainda: a
todos cabem o domínio sobre seu corpo e sua vida, o acesso a um salário condizente para
promover a própria vida, o direito à educação, à saúde, à habilitação, ao lazer. E mais: é direito
de todos poder expressar-se livremente, militar em partidos políticos e sindicatos, fomentar
movimentos sociais, lutar por seus valores. Enfim, o direito de ter uma vida digna de ser
homem (COVRE, 2010, p. 9).

A partir do que aponta Covre (2010), é importante destacar que o conceito de cidadania está em
constante processo evolutivo, é dinâmico e, portanto, deve ser analisado de maneira ampla, a fim de que
se conceba o ser cidadão, não só porque exerce seus direitos políticos, mas, sim, porque tem direitos, e
deveres, que pode assegurar uma vida digna.

GLOBALIZAÇÃO E NEOLIBERALISMO
Dentro do processo de globalização há a falsa aparência de democracia que, na verdade, traz um
discurso neoliberal, que, em virtude da ampliação do capital, afeta de diferentes formas a vida cotidiana do
ser humano.
O modelo neoliberal, em simples explicação, traz em sua essência a não participação do Estado na
economia. Num remonte histórico, relaciona-se ao liberalismo (séc. XVIII), que defendia o livre mercado, ou
seja, agir com liberdade no que se refere à economia, de modo amplo, preservando os direitos individuais.
O neoliberalismo traz uma ideologia no campo político e econômico mais específico do que o modelo
anterior, no qual há pouca intervenção do Estado nas questões econômicas, transferindo essa
responsabilidade para instituições financeiras, organizações multinacionais etc.

O neoliberalismo é a ideologia que prioriza o consumidor no lugar do cidadão. Prega a ideia de que o
Estado deve ter responsabilidades mínimas em relação aos direitos sociais, incluindo a educação. Os
Estados devem se desenvolver economicamente, alinhando-se as grandes potências mundiais. A educação

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deixa de participar dos campos social e político para ingressar no mercado e se desenvolver de acordo com
as regras propostas por ele (MARQUES, 2012, p.102).

Dentre os vários princípios adotados no modelo neoliberal, estão as privatizações de empresas


pertencentes ao Estado, a abertura econômica internacional, normas para impedir o protecionismo
econômico, regras econômicas mais simples, aumento da produção, dentre outras particularidades
inerentes à política econômica.
Para os adeptos dessa política, tais princípio promovem o desenvolvimento social e econômico do país.
Todavia, alguns estudiosos da área indicam que

A política neoliberal já é uma realidade no mundo, o que reforça a sensação de homogeneidade global,
mas, também, evidencia as contradições, principalmente nos países em desenvolvimento.
Se a globalização aproxima culturas e possibilita estreitamento de relações, permitindo, inclusive, que as
pessoas expressem sua solidariedade, em um paradoxo, intensifica, também, uma desigualdade social, que,
em muitos casos, beira a ausência de condições mínimas e dignas para a sobrevivência humana.

O mundo global visto do lado de cá


Documentário extraordinário realizado pelo cineasta brasileiro Sílvio Tendler que expõe o
mundo sob a perspectiva daqueles que estão nas periferias e à margem da sociedade, em
vários países, até chegar às comunidades de Brasília.
Dê uma olhadinha aqui
https://youtu.be/-UUB5DW_mnM

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O agravamento das questões sociais é uma realidade que a todo momento está sendo exposta na mídia
mundial. Este é um dos maiores desafios do séc. XXI: superar esse nível de desigualdade, que se traduz pela
fome, pelas condições de moradia (ou a falta dela), pelo trabalho análogo à escravidão, pela exploração
sexual, pela falta de acesso à educação e à saúde, falta de saneamento, dentre outros fatores que
conduzem, em grande parte, a uma submissão, muitas vezes desumana.
Nesse contexto, é preciso que o Estado crie mecanismos para coibir a exploração de mão de obra
barata, nos países em desenvolvimento ou que possuem governo autoritário, pois “a despeito das
desigualdades [...] e das contradições também múltiplas, desenvolve-se [...] alguma forma de acomodação,
associação, subordinação ou integração, nas quais os polos dominantes [...] subordinam, orientam ou
administram os “emergentes” (IANNI, 1998, p. 29).
Por todas as questões acima mencionadas, entende-se que é preciso que o tema seja discutido mais
amplamente, observando não só a questão pobreza, mas também a organização social na qual ela está
inserida. Isso poderá promover uma transformação e, por consequência, uma sociedade mais justa e
igualitária.

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Outubro-Edic%CC%A7a%CC%83o-5-Artigo-02.pdf>. Acesso em 25 abril de 2018.
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