Você está na página 1de 25

LÍNGUA PORTUGUESA

VOLUME 02
Vera Lúcia Macedo de Oliveira Teixeira

LÍNGUA PORTUGUESA
VOLUME 02

Barra do Garças - MT
Faculdade Cathedral
2020
Produzido por
Vera Lúcia Macedo de Oliveira Teixeira

Revisão Gramatical do Texto


Maria Auxiliadora da Silva Garção

Projeto Gráfico
Atila Cezar Rodrigues Lima e Coelho
Georgya Politowski Teixeira
Matheus Antônio dos Santos Abreu

BARRA DO GARÇAS - MT
JULHO 2020
Copyright © by UniCathedral, 2020
Nenhuma parte desta publicação pode ser gravada,
armazenada em sistemas eletrônicos, fotocopiada,
reproduzida por meios mecânicos ou outros quaisquer
sem autorização prévia do(s) autor(es).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) – Catalogação na Fonte


Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Roberta M. M. Caetano – CRB-1/2914

T266l Teixeira, Vera Lúcia Macedo de Oliveira


Língua portuguesa, volume 2 / Vera Lúcia Macedo de Oliveira
Teixeira. Barra do Garças: UniCathedral – Centro Universitário
(Educação a Distância), 2020.

71 p. ; il. color.
ISBN:

Conteúdo de disciplina EaD do Núcleo de Ensino a Distância


(NEaD) do UniCathedral – Centro Universitário.
.

1. Língua portuguesa - Ensino. 2. Linguística. 3. Produção textual.


4. Gramática. 5. Comunicação. I. Título. II. UniCathedral – Centro
Universitário.

CDU 81’36

UniCathedral – Centro Universitário


Av. Antônio Francisco Cortes, 2501
Cidade Universitária - Barra do Garças / MT
www.unicathedral.edu.br
SUMÁRIO
UNIDADE IV ........................................................................................................................................ 13
Noções básicas de ortografia e sintaxe .................................................................................................. 13
A gramática......................................................................................................................................... 13
Noções básicas de ortografia e sintaxe .............................................................................................. 13
Ortografia ........................................................................................................................................... 13
Palavras e expressões que podem oferecer dificuldades na grafia ................................................... 14
Sintaxe ................................................................................................................................................ 15
Concordância ...................................................................................................................................... 16
A importância da pontuação na construção de textos .......................................................................... 19
Os sinais de pontuação ....................................................................................................................... 20
Tipos textuais ......................................................................................................................................... 25
Referências bibliográficas....................................................................................................................... 30
UNIDADE V ......................................................................................................................................... 34
Coesão e coerência textuais – Parte I .................................................................................................... 34
Coesão ................................................................................................................................................ 35
Tipos de coesão textual ...................................................................................................................... 35
Coerência ............................................................................................................................................ 36
Tipos de coerência .............................................................................................................................. 36
Coesão e coerência textuais – Parte II ................................................................................................... 38
Mecanismos coesivos ......................................................................................................................... 38
Coesão ................................................................................................................................................ 39
Coesão referencial .............................................................................................................................. 39
Coesão sequencial .............................................................................................................................. 40
Coerência ............................................................................................................................................ 41
Texto: produção textual ......................................................................................................................... 44
Grau de compreensão dos textos ...................................................................................................... 45
Definição das propriedades de um texto ........................................................................................... 46
Referências bibliográficas....................................................................................................................... 47

7
UNIDADE VI ........................................................................................................................................ 51
Parágrafo: definição e estrutura ............................................................................................................ 51
Estrutura do parágrafo: tópico frasal, desenvolvimento e conclusão ............................................... 51
O que é o parágrafo............................................................................................................................ 51
Qualidades do parágrafo .................................................................................................................... 51
Parágrafo-padrão ............................................................................................................................... 52
Estrutura do parágrafo-padrão .......................................................................................................... 52
Tópico frasal ....................................................................................................................................... 52
Desenvolvimento................................................................................................................................ 55
Conclusão ........................................................................................................................................... 55
A paráfrase como estratégia comunicativa ............................................................................................ 57
A paráfrase como estratégia de comunicação ................................................................................... 57
Composição estrutural dos trabalhos acadêmicos ................................................................................ 61
Formatação......................................................................................................................................... 62
Citações .............................................................................................................................................. 62
Referências ......................................................................................................................................... 64
Referências bibliográficas....................................................................................................................... 66

8
INTRODUÇÃO
Bem-vindos ao Volume 02 da Disciplina Língua Portuguesa!
A capacidade do raciocínio, de observação, de interpretação, de análise de textos diversos são
conhecimentos essenciais para a identificação e resolução de problemas. Dessa forma, o desenvolvimento
de competências estará voltado à relação entre a teoria e a prática como elemento fundamental ao
enfrentamento de desafios de forma criativa, levando em conta as novas situações relacionadas às
transformações da sociedade e do mundo do trabalho.
Nas Unidades I, II e III vimos que o ato de se comunicar é inerente à sociedade moderna, principalmente,
em ambientes que dependem de uma boa comunicação para apresentar resultados positivos. Desse modo,
estimulado pelas inúmeras mudanças provocadas na sociedade, estudos sobre a Comunicação ganham cada
vez mais, relevância social. Comunicar-se bem devem ser uma preocupação de todas as pessoas,
indistintamente, em especial, com as informações que são transmitidas por elas mesmas.
Nessa perspectiva, as Unidades de Aprendizagem IV, V e VI, da Disciplina de Língua Portuguesa,
apresentam conteúdos pontuais que auxiliarão o acadêmico na compreensão da estrutura de um bom texto,
propiciando a aquisição de habilidades de produção de um texto coeso e coerente e, além disso,
apresentando maneiras de melhorar a linguagem oral, pela correção gramatical. Desse modo, as unidades
que seguem, propõem um desenvolvimento de competências nas quais o acadêmico será capaz de aprimorar
sua comunicação, tanto oral quanto escrita.
As Unidades de Aprendizagem IV, V e VI propõem os seguintes objetivos:
Unidade IV: Explicar sobre os tipos textuais, a importância da pontuação na construção de textos, sem
perder de vista as noções básicas de ortografia e sintaxe;
Unidade V: Propor o estudo sobre a coesão e coerência textuais, os tipos de gêneros textuais e a produção
textual;
Unidade VI: Orientar sobre parágrafo, paráfrase e composição estrutural de trabalhos acadêmicos.

9
32
UNIDADE V
Autor(a) da Unidade
Luiz Felipe Petusk Corona

Ao final da unidade, esperamos que você seja capaz de:

• Estruturar um texto de forma que ele seja adequado, sem erros na linguagem;
• Compreender o quanto a coesão e a coerência interferem no entendimento da mensagem do
texto;
• Escrever um texto coerente e coeso, observando o uso adequado da linguagem;
• Utilizar adequadamente elementos anafóricos, articuladores e conectivos para promover a
coesão e a coerência em seus textos.

33
UNIDADEV

COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS – PARTE I

Conforme Brasil (2006, p. 27), “o estudo da língua


que se ancora no discurso, ou texto, extrapola o
tradicional horizonte da palavra e da frase.” O texto,
como uma totalidade revestida de significados, acaba
sendo um jogo entre sujeito e interlocutor, além disso,
é um pronunciamento sobre uma dada realidade.
As gerações contemporâneas convivem com uma
cultura baseada em diferentes discursos, também no
modo de conceber e de interagir com o mundo que vai
além da leitura do livro, como é o caso das mídias. Com
isso, o produtor do texto trabalha com as ideias de seu
tempo e da sociedade em que vive. O texto contém
mais do que o sentido das expressões da superfície textual, pois incorporam conhecimentos e experiência
cotidiana, atitudes e intenções.

Coesão e coerência são coisas diferentes, de modo que um texto


coeso pode ser incoerente. A coesão textual tem como foco a
articulação interna, ou seja, as questões gramaticais. Já a coerência
textual trata da articulação externa e mais profunda da mensagem.
Ambas têm em comum o fato de estarem relacionadas às regras
essenciais para uma boa produção textual.

34
COESÃO
Segundo Koch (1999), a coesão constitui uma conexão que se estabelece entre os elementos textuais. Ela
é importante, porque favorece o entrelaçamento das ideias, evitando a ocorrência de frases soltas, sem
ligação entre si. O uso de elementos coesivos dá ao texto legibilidade, explicitando os tipos de relações
estabelecidas entre os elementos linguísticos – artigos, preposições, conjunções, entre outros – que o
compõem. Coesão é a ligação harmônica entre duas partes, utilizada na gramática como forma de obter um
texto claro e compreensível.
Também como parte desses componentes de conexão, temos a pontuação. Se uma redação não recebeu
uma boa pontuação, perde-se inteligibilidade, o texto passa a apresentar irregularidades, ou seja, problemas
relacionados à coesão. Por exemplo, uma construção de e-mail em que exige uma resposta bem pontual e
contextualizada.

TIPOS DE COESÃO TEXTUAL


Cinco tipos de coesão. Vejamos:

1 - Coesão por referência: quando se faz referência a um termo dito anteriormente, evitando sua
repetição excessiva ou desnecessária.
Por exemplo: Os estudos na área médica passaram por grandes transformações com o avanço da tecnologia.
Eles foram contemplados com maior precisão técnica no diagnóstico de procedimentos extremamente
delicados. — “Eles” refere-se à “Os estudos na área médica”.

2 - Coesão por substituição: ocorre pela colocação de um item no lugar de outro.


Por exemplo: As proteínas são fundamentais para o desenvolvimento adequado do organismo humano. Os
minerais também. — A palavra “também” substitui a expressão “ser fundamental para o desenvolvimento...”

3 - Coesão por elipse: quando se omite um termo, sem comprometer a clareza da ideia.
Por exemplo: O legado de Brown é relevante para a área de aquisição de uma segunda língua. Ao mesmo
tempo, também contribui para estudos em educação. — O sujeito “O legado de Brown” foi omitido, mas é
evidentemente o mesmo sujeito que “contribui para estudos em educação”.

4 - Coesão lexical: ocorre por meio da repetição ou da substituição de dada expressão por outra de igual
sentido (sinônimo, pronome, hipônimo ou heterônimo).
Por exemplo: A pesquisa foi feita observando-se o comportamento de 400 gatos, os quais foram divididos
em dois grupos. O primeiro grupo de felinos recebeu o medicamento padrão, enquanto o segundo grupo de
animais recebeu o medicamento novo. — As expressões “felinos” e “animais” significam, nesse caso, gatos.

5- Coesão por conjunção: Esse tipo de coesão possibilita relações entre os termos do texto por meio do
emprego adequado de conjunções.
Por exemplo: Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela televisão.

Também, como parte dos componentes de conexão, tem-se a pontuação. Se uma redação não recebeu
uma boa pontuação, perde-se inteligibilidade, o texto passa a apresentar irregularidades, ou seja, problemas
relacionados à coesão. Por exemplo, uma construção de e-mail em que exige uma resposta bem pontual e
contextualizada. Como numa situação em que um gerente de uma empresa está em reunião com um cliente
para se fechar um negócio. Simultaneamente, o gerente está conectado com um diretor, que, por e-mail,

35
está tomando a decisão do acordo. Conectado, o gerente cumpre as ordens delegadas a ele. Então, o gerente
escreve ao Diretor a seguinte pergunta:
“Assino o contrato ou espero a próxima reunião?”
E o Diretor lhe dá a seguinte resposta esperada:
“Não assina o contrato.”
Diante dessa resposta, o gerente combina com o cliente um próximo encontro.
Chegando à empresa, o Diretor lhe pergunta como foi a assinatura do contrato. O gerente não entende a
indagação do Diretor, já que o e-mail dizia justamente o contrário, que não era para assinar o contrato. Por
falta de uma vírgula, muitas empresas perdem contratos e muito dinheiro. Nesse sentido, o Diretor deveria
ter colocado a vírgula assim: “Não, assina o contrato”, para que o negócio fosse concretizado.

COERÊNCIA
A coerência diz respeito à conexão entre as ideias sem perder a lógica. Essa característica não é apenas
do texto moderno, mas de toda e qualquer comunicação escrita ao longo dos tempos. A língua escrita exige
um rigor e uma disciplina de expressão maior do que a língua falada, obrigando o emissor a se expressar com
harmonia tanto na relação de sentido entre as palavras quanto no encadeamento de ideias dentro do texto.
Para se obter a adequada conexão de sentido na relação entre as palavras, é necessário nos atermos à
significação de cada uma delas. O uso da linguagem adequada serve para todos os textos, direcionando o
texto ao seu público alvo, evitando gírias, usando palavras mais comuns e tomando cuidado com a correção
gramatical.
Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus três princípios básicos:
1 - Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se contradizem
entre si, ou seja, que quebram a lógica.
2 - Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste na repetição de alguma
ideia, utilizando palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma informação, mas quando
há repetição excessiva de palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir a informação.
3 - Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se
relacionam entre si, acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa
coerência individual. Sendo assim, a representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o
princípio da relevância e trazem incoerência ao texto.

TIPOS DE COERÊNCIA
A coerência textual é um elemento imprescindível para um bom texto. Ela está relacionada aos sentidos
da redação, ou seja, aos recursos que garantem à escrita maior inteligibilidade e organização argumentativa.
Assim, como existem os tipos de coesão, existem também os tipos de coerência, que garantirão a
inteligibilidade, a organização e a não contradição das ideias e argumentos apresentados. Compreender os
seis tipos de coerência textual é fundamental para quem quer, por meio da escrita, estabelecer uma
interessante relação dialógica com o leitor.

1 - Coerência sintática: Oração assim escreve uma coerência sintática, a ninguém ainda que conheça não.
Não entendeu nada? Pois é, ainda que não conheça a coerência sintática, ninguém escreve uma oração
assim. Esse é o princípio básico da sintaxe: construir frases nas quais os elementos da oração estejam
dispostos na ordem correta. Além disso, a coerência sintática evita a ambiguidade e garante o uso adequado
dos conectivos.

2 - Coerência semântica: Quando falamos em semântica, estamos nos referindo ao desenvolvimento


lógico das ideias, ou seja, à construção de argumentos harmônicos e livres de contradições. A Semântica é a

36
área da Linguística que estuda o significado das palavras, isto é, as relações entre os signos e os seus
referentes.

3 - Coerência temática: Quando recebemos um determinado tema para discorrer sobre ele, escolhemos
enunciados que estejam de acordo com a proposta. Esse é o princípio da coerência temática, que privilegia
apenas ideias que sejam relevantes para o bom desenvolvimento do tema.

4 - Coerência pragmática: Você sabe o que é pragmática? Trata-se da parte da Linguística que estuda o
uso da linguagem tendo em vista a relação entre os interlocutores e a influência do contexto comunicacional.
Todos os textos, sejam eles orais ou escritos, devem obedecer à coerência pragmática. Quando fazemos uma
pergunta, por exemplo, a sequência de fala esperada é uma resposta. Quando fazemos um pedido, é,
pragmaticamente, impossível que, de forma simultânea, damos uma ordem. Quando essas expectativas são
quebradas, temos um claro exemplo de incoerência pragmática.

5 - Coerência estilística: O estilo diz respeito à variedade linguística adotada em um texto. Se optamos
pelo uso da variedade padrão, é coerente que a preservemos em todo o texto. Não faz o menor sentido
começar uma redação utilizando uma linguagem culta e de repente alterar o estilo e empregar a linguagem
coloquial, não é mesmo?

6 - Coerência genérica: está relacionada à escolha adequada do gênero textual. Existe um gênero
disponível para cada ato de fala e escrita: por exemplo, se a intenção de quem escreve é anunciar algum
produto para a venda, provavelmente ele optará pela linguagem utilizada nos classificados de um jornal. Se
a intenção é contar uma história, o conto ou a crônica são opções possíveis.

É importante ressaltar que coerência e coesão são dois


elementos que devem caminhar lado a lado em um texto,
pois, enquanto um deles se ocupa com o plano da significação
(coerência), o outro trabalha auxiliando a estruturação das
ideias (coesão).

37
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS – PARTE II

De acordo com Abaurre e Abaurre (2007), a relação textual se define em dois níveis diferentes: o primeiro
deles é a coesão textual – o aspecto formal, linguístico, obtido por meio da escolha de palavras (elementos
de coesão) com o objetivo de estabelecer referências e relações, articulando entre si as várias partes do
texto.
O segundo nível textual é o da significação, da construção do sentido, chamado de coerência textual. Para
produzir um texto claro, o autor deverá selecionar e articular ideias, informações, argumentos e conceitos
compatíveis entre si.
A coerência de um texto é avaliada de acordo com os nexos de sentido que são constituídos entre as
informações, dados, argumentos, os quais devem corresponder, de fato, às relações de sentido possíveis
entre as ideias apresentadas. Para a construção de um texto coerente, é necessário que a articulação entre
as ideias seja estabelecida de modo apropriado.
A seguir, veremos como diferentes mecanismos coesivos contribuem para garantir a articulação das ideias
e, portanto, a construção do sentido de um texto.

MECANISMOS COESIVOS
A língua dispõe de vários mecanismos para criar conexões entre palavras, orações e diferentes partes de
um mesmo texto. Esses mecanismos estabelecem dois tipos de coesão textual: a referencial e a sequencial.
Coesão referencial é aquela que produz na parte interior do texto, um sistema de relação entre palavras
e expressões, propiciando ao leitor a identificação dos referentes sobre os quais se fala no texto. Já a Coesão
sequencial é aquela que produz na parte interior do texto, condições para que o discurso avance. As
diferentes flexões verbais de tempo e modo e as conjunções são os principais elementos linguísticos
responsáveis pelo estabelecimento e manutenção da coesão sequencial no interior do texto. (ABAURRE;
ABAURRE, 2007).
A coesão e a coerência têm uma relação muito forte. Na verdade, os mecanismos de coesão sequenciais
das partes do texto são essenciais para estabelecer a relação entre as ideias, que está na base da coerência

38
textual. Dessa forma, o controle maior dos mecanismos coesivos ajuda a garantir a progressão temática e a
promover uma articulação de boa qualidade das ideias, argumentos e informações, no interior do texto.

COESÃO
A coesão textual é assegurada por vários recursos. Nesse sentido, existem mecanismos que estabelecem
relações entre palavras, relações entre períodos e, ainda, os que estabelecem relações entre orações dentro
de um mesmo período (MOYSÉS, 2016).

Observe estes exemplos:

1. Perto de casa, havia uma faculdade. Costumávamos ir lá observar os alunos.


Observe que o advérbio lá retoma uma informação que está contida na primeira oração.

2. Jorge diz que está contente com o curso de Farmácia. A mãe dele não acredita que isso seja verdade.
Já nesse exemplo, o pronome isso substitui todo o segmento em destaque no primeiro enunciado e o
pronome dele se refere a Jorge. (MOYSÉS, 2016)

Os elementos utilizados para substituir e/ou retomar uma informação, são chamados de mecanismos de
coesão. Vamos estudar um pouco mais sobre o assunto?

COESÃO REFERENCIAL
A coesão referencial é apresentada a partir de uma palavra que retoma outro elemento do texto. Esses
elementos podem aparecer antes (anáfora) ou depois (catáfora) do elemento remissivo. Observe alguns
exemplos.

Anáfora
Anáfora é quando os elementos coesivos retomam elementos escritos, anteriormente, no texto, ou seja,
a referência se faz para trás.
Ex.: O governador está de férias. Ele retornará na próxima semana.
A água é um dos bens mais preciosos que a humanidade possui. Essa, que há anos parecia ser infinita, está
escassa.

Catáfora
Ao contrário da anáfora, o referente aparece depois do elemento de coesão, ou seja, a referência se faz
para frente.
Ex.: Só desejamos isto: férias!
Este mal que aterroriza muitas crianças, a Pedofilia, é objeto cada vez mais frequente de estudos da
Psiquiatria e da Psicanálise.

A coesão referencial é classificada em: coesão por referenciação, por substituição, lexical, por elipse e por
conjunção.

a) Coesão por referenciação: Apresenta-se pela referência a elementos do próprio texto por meio dos
elementos coesivos: pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos ou advérbios e expressões adverbiais.
Ex.: Carla foi ao supermercado.
Ela comprou apenas frutas e verduras.

39
b) Coesão por substituição: é a utilização de conectivos para resumir e retomar substantivos, verbos,
expressões e partes de textos já mencionados.
Ex.: Maria comprou dois celulares ontem.
Perguntou-me se eu queria comprar um.

c) Coesão lexical: ocorre quando há retomada de ideias ou parte delas utilizando-se de sinônimos de
palavras já expressas.
Ex.: O governador de Mato Grosso esteve, ontem, no Rio.
Na Cidade Maravilhosa, visitou lideranças políticas.

d) Coesão por elipse: é realizada a omissão de um termo para que não haja repetição.
Ex.: O governador de Mato Grosso esteve, ontem, no Rio. Lá, (?) visitou lideranças políticas.

e) Coesão por conjunção: quando se utiliza conjunções para realizar a relação de sentido entre os termos
e/ou orações.
Ex.: Carlos não finalizou o ensino médio, mas conseguiu um bom emprego.

COESÃO SEQUENCIAL
É o entrelaçamento das partes do texto por meio de elementos coesivos. Eles, além de contribuir na
progressão das ideias, estabelecem, também, vários tipos de relações entre as partes do texto.
Ex.: Se a política é a ciência relacionada com o Estado, quando um repórter escreve sobre um assassinato
ocorrido no país, está fazendo jornalismo político.

a) Operadores Lógico-Semântico-Argumentativos
São elementos linguísticos (lógicos), que estabelecem relações semânticas (de sentido) dentro de um
contexto, servindo-lhe de posicionamento argumentativo.
Ex.: O contador agiu conforme lhe solicitaram.

Na construção de um texto, existem diversas formas de construção de uma relação ló gica:

b) Por meio da utilização de conjunções


Exemplos:
O consumo de remédio sem prescrição médica é perigoso, porque pode causar dependência.
A globalização comporta efeitos negativos, pois provoca o aumento do desemprego.

c) Por meio das palavras lexicais que denotam uma relação lógica implícita
Exemplos:
O consumo excessivo do álcool torna o homem deficiente (causal).
A globalização provoca o desemprego (causal).
A globalização faz juros caírem (causal).

d) Com certas construções que estabelecem uma relação hierárquica entre os enunci ados que
compõem o texto.
Exemplos:
Com Maná adubando dá. (Causa-consequência)
É dando que se recebe. (Condição: Se algo for dado, algo será concedido)
Buscando soluções para o problema, Richard descobriu um vírus no computador. (Consequê ncia)

e) Com uma simples pontuação.


Exemplos:

40
Trabalhe! Você chegará lá. (Causa-consequência)
Varig: o jeito certo de voar. (Condição: Se você voar com a Varig, você estará voando corretamente).

Para a correta utilização dos elementos de coesão, faz-se necessário conhecer os articuladores e seus
sentidos, que são as palavras que estabelecem relações entre as partes do texto. Na Língua Portuguesa esse
papel é desempenhado pelas conjunções coordenativas e subordinativas.

Quadro de elementos coesivos sequenciais:

COERÊNCIA
A coerência faz com que um texto faça sentido para o leitor. Ela se estabelece na interlocução
comunicativa entre dois sujeitos. Diz respeito à estruturação lógica das ideias, para que haja
continuidade entre as sequências ou frases a fim de se obter um sentido único para o todo. De acordo
com Martino (2017), os principais tipos de coerência são: semântica, sintática, estilística e pragmática.
Coerência semântica: estabelece uma relação entre significados dos elementos das frases em
sequência num texto (local), ou entre os elementos do texto como um todo (global).
Coerência sintática: é a utilização de conectivos, pronomes, artigos, etc. que possam expressar a
coerência semântica.
Coerência estilística: refere-se à utilização adequada de uma variedade linguística de acordo com
a situação. Nesse sentido, na realização de trabalhos acadêmicos deve-se utilizar a linguagem culta
padrão, uma vez que a utilização de gírias seria inapropriada.
Coerência pragmática: está relacionada com os conhecimentos prévios do falante, tanto
relacionados ao uso da língua, como do conhecimento de mundo. A construção da coerência
pragmática depende de como os falantes entendem a situação comunicativa, do que sabem,
previamente, a respeito de seus interlocutores e do assunto exposto.

41
Um texto não tem sentido em si mesmo, mas faz sentido pela
interação entre os conhecimentos que apresenta e o conhecimento
de mundo de seus usuários. (BRASILEIRO, 2013, p. 100)

Além dos tipos de coerência estudados, é importante ressaltar que a coerência pode ser obtida por meio
da: continuidade, progressão, não-contradição e articulação.

Continuidade: retoma-se os conceitos e as ideias, de forma a se perceber a unidade do texto.


Observe o exemplo, com problema de continuidade:
“João vai à padaria. A padaria é feita de tijolos. Os tijolos são caríssimos. Também os mísseis são
caríssimos. Os mísseis são lançados no espaço. Segundo a teoria da Relatividade, o espaço é curvo. A
geometria Rimaniana dá conta desse fenômeno”. (MARCUSCHI, 1983, p. 31).

Progressão: é a utilização, no texto, de novas informações a propósito dos elementos retomados.


Observe o exemplo abaixo com problema de progressão:
Essa criança não come nada. Fica apenas brincando com os talheres, ou seja: pega a colher, o garfo e não
olha para o prato de comida. Ela não se alimenta. Brinca apenas. Diverte-se com uma colher e o prato fica na
mesa. O ato de brincar substitui o ato de alimentar-se.

Não-Contradição: deve-se observar a construção do texto para que não sejam utilizados elementos
contraditórios, que estejam em conflito referente às informações já apresentadas. Existem dois tipos de não
contradição:
a) coerência interna: respeito aos princípios lógicos já apresentados;
b) coerência externa: o texto não pode contradizer com informações relacionadas ao mundo a que se
refere, ou seja, o mundo textual tem que ser compatível com o mundo em que o texto apresenta.

Observe os exemplos:
a)

Para as tropas aliadas, o dia 4 de junho foi um dia terrível. Os homens da 4ª Divisão
de Infantaria ficaram o dia inteiro no mar. Os navios-transporte e as embarcações
de desembarque faziam círculos ao largo da ilha de Wight. As ondas arrebentavam
sobre os lados, caía uma chuva forte. Os homens estavam prontos para o combate,
mas sem destino nenhum. Depois dessa exaustiva caminhada, todos estavam
cansados. Nesse dia 3 de junho, ninguém queria jogar dados ou pôquer, ou ler um
livro ou ouvir outra instrução. O desânimo tomava conta de todos. (AMBROSE,
2002, p. 221).

b) Encontrando um milhão de dólares na rua, eu procuraria o cara que o perdeu e, se ele fosse pobre,
devolveria. (Yogi Berra, jogador norte-americano de beisebol)

E, por último temos a articulação: as ideias e os conceitos de um texto devem estar relacionados entre si.
Observe o exemplo com problema de articulação:

42
O jornal é necessário para que todos leiam porque existem reportagens sérias e outras não. (redação de aluno).

Um texto torna-se bem construído e coeso quando usamos os elementos gramaticais ou coesivos
(conjunções, pronomes, preposições e advérbios), no interior das frases, de forma adequada. Se esses
elementos de ligação forem mal empregados, o texto não apresentará noção de conjunto, ou ainda, sua
linguagem se tornará ambígua e incoerente. Portanto, a coesão, normalmente, refere -se à forma ou à
superfície de um texto e, muitas vezes, é mantida por meio de procedimentos gramaticais, isto é, pela
escolha do conectivo adequado na conexão dos diversos enunciados que compõem um texto.
(BRASILEIRO, 2013, p. 106).

43
TEXTO: PRODUÇÃO TEXTUAL

No mundo em que vivemos, o texto perpassa cada uma de nossas atividades, sejam elas individuais e
coletivas. Verbais, não verbais ou mistos, os textos se cruzam, se completam e se modificam, acompanhando
o movimento de transformação do ser humano e suas formas de organização social.
É por meio de textos, que convivemos com outras
pessoas, próximas ou distantes, informando,
esclarecendo ou defendendo pontos de vista, alterando
a opinião dos interlocutores ou sendo modificados pela
opinião deles. Por intermédio deles, inventam-se
histórias, relatos do cotidiano, transmissão de
informações. É pelos textos que expressamos toda
forma de opinião, conhecimento, ideologia.
Não basta produzirmos textos ou recebê-los. A
compreensão deles se torna essencial para nos
transformamos em leitores competentes e nos
inserirmos nas inúmeras práticas sociais de linguagem,
seja navegando na Internet, lendo um artigo científico, uma história em quadrinhos, seja lendo gráficos e
tabelas de economia.
Enfim, percebemos o quanto a leitura é importante para que haja a construção de textos. Ler bem, ou ser
um leitor competente, não é apenas compreender o que está escrito, mas compreender também o não dito,
as entrelinhas, o implícito do texto.
Quando alguém produz um texto, tem uma intenção e supõe ou tem um interlocutor real. Nenhum texto
é neutro, ao contrário, todo texto é carregado de intenções, significados explícitos, implícitos e ideologia. Um
mesmo texto pode ter para um e outro contexto, sentidos diferentes.

44
Se pesquisarmos a etimologia da palavra “texto”, veremos que ela está relacionada ao ato de tecer,
entrelaçar, construir sobrepondo ideias. O produto final de toda enunciação, em qualquer que seja a
linguagem, é chamado de texto. Assim, são textos: um gráfico, um cartum, uma pintura, uma melodia, um
poema, um filme, uma escultura etc.

Texto não é um aglomerado desorganizado de palavras. O fato de se escreverem palavras existentes na


língua, em uma sequência, não significa que se construiu um texto.
Para ser um texto, ele deve ter coerência de sentido é, por isso, que, nele, o sentido de uma frase depende do
sentido das demais com que se relaciona. Se não levarmos em conta as relações de uma frase com as outras que
compõem o texto, corremos o risco de atribuir a ele um sentido oposto aquele que efetivamente tem.
Uma mesma frase pode ter sentidos distintos dependendo do contexto dentro do qual está inserida. O
contexto pode ser explícito, quando está introduzido na situação em que é produzido.
Um texto é, assim, um todo organizado de sentido, ou seja, o sentido de uma frase depende das outas.
Para fazer um conjunto de frases e formar um texto, o fator principal é a coerência, harmonia de sentido de
modo que não haja nada sem lógica, contraditório ou desconexo.
Para ser considerado um bom leitor, é necessário perceber e compreender a intenção textual; o escritor
sempre escreve com uma intenção, seja para informar, convencer, emocionar, esclarecer o seu próprio texto.
Há alguns elementos que nos dão indícios sobre a intenção textual, podendo criar expectativas e formular
hipóteses, antes mesmo de iniciar a leitura, e essas hipóteses serão confirmadas ou não no decorrer.
Em assim sendo, é importante o contato preliminar com um texto seja ele um livro de muitas páginas,
seja um pequeno texto. Procure conhecer o livro, o autor, a editora, folheie-o, veja o número de páginas, o
tipo de papel, analise o título geral e os títulos dos capítulos no índice. O contato material inicial prepara
como deverá ser a leitura, gerando expectativas em relação ao conteúdo, ao vocabulário, à forma de
construção do texto, conduzindo-o para uma boa leitura.

Segundo o teórico russo Mikail Bakhtin, nenhum


discurso é original. Toda palavra é uma resposta à
palavra do outro, todo discurso reflete e retrata outros
discursos. É nesse terreno que se situa o caráter
dialógico da linguagem e suas múltiplas possibilidades
de criação e recriação.

GRAU DE COMPREENSÃO DOS TEXTOS


Os textos nascem do mundo de acordo com o contexto sociocultural. O grau de compreensão dos textos
varia com a faixa etária, não se espera de uma criança a mesma compreensão de um adulto, pois ele tem
uma bagagem superior à da criança.
Todos nós devemos passar por um processo de amadurecimento físico, intelectual e linguístico natural
pelo qual uma criança deve passar. Ninguém poderá ou mesmo deverá vivenciar todas as experiências do
mundo, entretanto, por meio da leitura, será possível preencher algumas dessas experiências, sentindo parte
dela na leitura.

45
A escola é o lugar onde os alunos podem adquirir diversas experiências, pois os conhecimentos são
orientados e organizados de acordo com os livros e a série que ele está cursando. O hábito da leitura é
bastante incentivado, uma vez que, quanto mais o aluno lê, mais adquiri experiências, desenvolvemos o seu
potencial e melhorando o desempenho como leitor. E é ali também que ele adquire vocabulário.
Nem sempre, o vocabulário adquirido nos livros é utilizado em seu cotidiano, mas, quando ele lê, pode
saber o significado das palavras, desenvolvendo outros domínios linguísticos como diferentes formas de
construção sintática.
Assim, é adequado ressaltar que não há textos isolados, existe a intertextualidade: um texto determinado
dialoga com outros textos que já foram escritos sobre o mesmo tema. Dificilmente, há um texto inteiramente
original sobre um assunto que ninguém ainda tenha escrito; o que diferencia é o enfoque, o ponto de vista,
então um texto é o acúmulo de outros textos. É nesse sentido que se dá a importância da leitura para que,
gradualmente, o aluno adquira um bom nível intelectual.

DEFINIÇÃO DAS PROPRIEDADES DE UM TEXTO


São duas as principais e fundamentais propriedades de um texto: a coerência textual e a coesão textual.
Coerência de sentido: O texto não é um aglomerado de frases, ou seja, nele, as frases não estão puras e,
simplesmente, dispostas uma após as outras, mas estão relacionadas entre si. É, por isso, que, nele, o sentido
de uma frase depende do sentido das demais com as quais se relaciona. Se não levarmos em conta as relações
de uma frase com as outras que compõem o texto, corremos o risco de atribuir a ela um sentido oposto.
Uma mesma frase pode ter sentidos distintos dependendo do contexto dentro do qual está inserida.
Então, o conceito de texto será a unidade maior em que uma unidade menor está inserida. Dessa forma, a
unidade maior será o contexto, as frases ganham sentido, porque estão correlacionadas umas às outras. Um
texto é um todo organizado de sentido. É o mesmo que dizer um conjunto formado de partes solidárias, ou
seja, que o sentido de uma depende das outras.
O sentido, em primeiro lugar, é a coerência, isto é, a harmonia de sentido de modo que não haja nada
ilógico, nada contraditório, que nenhuma parte não se solidarize com as demais. Em princípio, seria
incoerente um texto assim: “Paulo está muito triste. O quadrado da hipotenusa é a soma dos catetos”. Essa
incoerência seria dada pelo fato de que não se percebe a relação de sentido entre as duas frases que
compõem o texto.
A organização desse material linguístico constitui o que se denomina Textualidade.
Textualidade contém as propriedades da coerência e da coesão.
Geralmente, atribui-se à COERÊNCIA a parte relacionada às IDEIAS de um texto, abrangendo, por isso, a
parte lógico-semântica do pensamento e das palavras. Já à COESÃO é atribuída a parte da
organização/distribuição dessas ideias no texto. Normalmente, um texto COERENTE, é também um texto
COESO. Mas, às vezes, COERÊNCIA e COESÃO podem estar em campos separados.

Devemos entender as concepções existentes na época e na


sociedade em que o texto foi produzido para não correr o risco de
compreendê-lo de forma equivocada. Podemos tirar as seguintes
conclusões; uma leitura não pode se basear em fragmentos isolados
do texto, não pode levar em conta o que não está no seu interior e,
de outro, deve levar em consideração a relação, assinalada, de uma
forma ou de outra, por marcas textuais, que um texto estabelece
com outros.

46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M. Produção de texto: interlocução e gêneros. São
Paulo: Moderna, 2007.

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Diretrizes Curriculares de
Língua Portuguesa. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.

BRASILEIRO, Ada Magaly Matias. Manual de produção de textos acadêmicos e científicos. São Paulo: Atlas,
2013.

KOCH, Ingedore. A coesão textual. São Paulo: Contexto,1999.

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, A. P.; MACHADO, A. R.;
BEZERRA, M. A. (Org.). Gêneros textuais & ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001.

MARTINO, Agnaldo. Português Esquematizado: gramática, interpretação de texto, redação oficial, redação
discursiva. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

47

Você também pode gostar