Você está na página 1de 14

93

AS NOVAS PERSPECTIVAS DOS ADICIONAIS


DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 1

Elizângela Gomes Quintana2


Leonardo Navarro Aquilino3

RESUMO e 16 instituídas pelo Ministério do Trabalho


e Emprego. Em oposição a estas considera-
O art. 93 § 2º do Decreto-lei nº 5.452 de ções a Constituição da República Federativa
1º de maio de 1943 determina a vedação do do Brasil de 1988, no artigo 7º, XXIII, “garante
percebimento cumulativo dos adicionais de ao trabalhador o percebimento dos adicio-
insalubridade e periculosidade e concede ao nais de remuneração para as atividades pe-
empregado a escolha do mais favorável. Ain- nosas, insalubres ou perigosas, na forma da
da em consonância com esse posicionamen- lei”. E em conformidade com a constituição
to têm-se as normas regulamentadoras NR15 há duas convenções criadas pela Organiza-

1. Artigo classificado na segunda colocação do concurso de artigos científicos vinculado à realização do II Seminário Tocantinense de Direito
e Processo do Trabalho na categoria estudante.
2. Licenciada em Letras – Português/Inglês pela Universidade Federal do Tocantins. Graduanda em Direito pela Faculdade Católica do Tocan-
tins. Aluna do Curso de Especialização em Direito do Trabalho e Previdenciário pela Universidade Estácio de Sá. Aluna bolsista do Programa de
Iniciação Científica da Faculdade Católica do Tocantins.
3. Mestre em Direito pela Universidade Católica de Brasília. Especialista em Direito das Obrigações pela Universidade Estadual Paulista – UNESP.
Professor de Direito do Trabalho dos cursos de Direito da Faculdade Católica do Tocantins e Faculdade Serra do Carmo.

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


94

ção Internacional do Trabalho nº 148 e 155 Com fundamentos na Constituição da Re-


que apontam para a cumulação dos adicionais pública Federativa do Brasil de 1988 que tam-
de insalubridade e periculosidade. A proble- bém trata dos direitos sociais do trabalhador.
mática motriz da pesquisa consiste em verificar Tanto a CLT como a Constituição é imbuída
as divergências doutrinárias e legais existentes de princípios, valores, proteções, direitos,
no ordenamento jurídico e sua repercussão e vedações que se direcionam ao interesse
dicotômica na jurisprudência. O objetivo geral mor de assegurar ao trabalhador seus direi-
perscrutou as fundamentações das novas deci- tos, bem como deveres.
sões jurisprudências quanto à cumulação dos
adicionais de insalubridade e periculosidade. Contudo, para que tais fundamentos se
A pesquisa aplicou o método dedutivo e evi- concretizem, a CLT deve estar em confor-
dencia-se como qualitativa e exploratória, pois midade com a Constituição e em nenhum
partiu da investigação e reflexão de dados lo- momento divergirem a ponto de que tragam
grados em doutrinas, artigos regulamentados interpretações distintas que prejudiquem ou
e decisões jurisprudenciais. Constatou-se que a abdiquem o trabalhador de seus direitos.
Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988 em seu art. 7º, XXIII não recepcionou Como o art. 93 §2º do Decreto-lei 5.452 de
o art. 93 §2º da CLT e que com a ratificação das 1943, juntamente com as Normas regulamen-
convenções nº 148 e 155 da Organização Inter- tadoras NR 15 e 16 instituídas pelo Ministério
nacional do Trabalho – OIT, as decisões judiciais do Trabalho e Emprego estão de encontro
tendem a apresentar novas fundamentações com as premissas do Art. 7º, XXIII da Cons-
e conclusões com a admissão do pagamento tituição da República Federativa do Brasil de
dos adicionais de insalubridade e periculosida- 1988 e as Convenções nº 148 e 155 da Or-
de em situações específicas. ganização Internacional do Trabalho quanto
a poder ou não conceder ao trabalhador o
PALAVRAS-CHAVE: Adicionais de Insalubri- recebimento cumulativo dos adicionais de
dade e Periculosidade. Art. 93§2º do Decreto insalubridade e periculosidade.
-lei nº 5. 452 de 1943. Convenções nº 148 e 155
da Organização Internacional do Trabalho. Ju- Tais divergências deverão ser conhecidas,
risprudência e deferimento da cumulação dos esclarecidas, apontadas em seus argumentos
adicionais. e fundamentos jurídicos e as interpretações
que lhes tem sido aplicadas para que só as-
INTRODUÇÃO sim sejam realizadas considerações racionais
e imparciais.
A Consolidação das Leis do Trabalho regu-
lamentada pelo Decreto-Lei Nº 5.452, de 1º de De nenhum modo a presente pesquisa pre-
maio de 1943 representa a normatização das tende ser desenvolvida para servir de mero
relações de trabalho entre empregado e em- apoio a quaisquer lados sem que haja con-
pregador, entendida esta Lei como a maior cordância racional ou defesa imparcial, pois
proteção sobre os direitos que o trabalhador a ânsia de desenvolver tal tema está ligada a
possui para se defender diante de prováveis contribuir de modo acadêmico e científico a
abusos ou restrições. fim de que o Direito do Trabalho alcance seu

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


95

objetivo de proteger e resguardar a saúde e tados como forma de construir um entendi-


vida do trabalhador e, por conseguinte que mento racional e imparcial.
os interpretadores de tais legislações façam a
execução da lei entendendo o seu espírito de Passamos a discorrer e compreender o
modo consciente e não como mero aplica- pensamento da doutrinadora Alice Montei-
dor da legislação. ro de Barros que inicia sua abordagem com
menção ao art. 7º, XXXIV da CRFB/88 com a
A relevância da pesquisa consiste justa- determinação dos empregados urbanos, ru-
mente em buscar a compreensão das diver- rais e avulsos como legitimados a perceber o
gências existentes e as possibilidades de se adicional de insalubridade.
aplicar ou não a cumulação dos adicionais de
insalubridade e pericu- Entende-se por insalu-
losidade como elemen- bridade as atividades ou
to balizador na cons- “ ...as atividades insalubres operações descritas no
trução e interpretação são descritas como aquelas quadro aprovado pelo Mi-
dos institutos dentro do que de acordo com sua nistério do Trabalho e Em-
Direito do Trabalho. natureza, condições ou prego de acordo com art.
métodos consequentemente 190 da CLT.
Nesse sentido, pes-
acabam por expor o trabalhador
quisar e proporcionar Especificamente as
a agentes químicos, físicos ou
familiaridade do referi- atividades insalubres são
do tema, das divergên- biológicos que causam prejuízos à descritas como aquelas
cias sobre a cumulativi- saúde, quando tais agentes estão que de acordo com sua
dade dos adicionais de acima do limite de tolerância natureza, condições ou
insalubridade e pericu- conforme art. 189 da CLT” métodos consequente-
losidade evidenciam e mente acabam por expor
intensificam a vontade o trabalhador a agentes
de contribuição para que o legislador bem químicos, físicos ou biológicos que causam
como os que fazem uso desses institutos pos- prejuízos à saúde, quando tais agentes estão
sa oferecer um efetivo acesso à ordem jurídi- acima do limite de tolerância conforme art.
ca equitativa. 189 da CLT.

OS POSICIONAMENTOS DOUTRINÁRIOS A Súmula nº 47 do TST sobre INSALUBRI-


E LEGAIS QUANTO A CUMULAÇÃO DOS DADE (mantida) -  Res. 121/2003, DJ 19, 20
ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICU- e 21.11.2003 determina que: O trabalho exe-
LOSIDADE. cutado em condições insalubres, em caráter
intermitente, não afasta, só por essa circuns-
Os doutrinadores (BARROS, 2011; MAR- tância, o direito à percepção do respectivo
TINS, 2015 E MELLO, 2010) terão suas concei- adicional.
tuações e posicionamentos das divergências
quanto à cumulação ou não dos adicionais Para BARROS, (2011, p. 621) ainda que o
de insalubridade e periculosidade apresen- trabalhador seja exposto a condições deter-

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


96

minadas como insalubres e de forma intermi- prejudicam a sua saúde e ocasionam danos a
tente, entende-se que o empregado vivencia diversos órgãos distintos deveria ser admitido
uma situação de perigo e que, por conseguinte o pagamento cumulativo dos adicionais de in-
deve ser remunerado. salubridade.

Com base na tabela do Ministério do Traba- No entendimento da autora, a determina-


lho e constatado que os limites de tolerância ção da NR – 15 que veda a cumulação dos
foram desobedecidos e que consequentemen- adicionais e permite o recebimento apenas do
te o trabalhador está exposto aos agentes quí- agente de maior grau, ultrapassa os limites da
micos, é devido a este o adicional dentro dos própria legislação que não proíbe a cumulação
respectivos percentuais de 10%, 20% ou 40% dos adicionais.
conforme seja o grau mínimo, médio e grau
máximo de exposição. Além de advertir que em caso da permissão
do pagamento de apenas um dos adicionais o
E somente a determinação pericial como empregador poderia perder o interesse em eli-
atividade insalubre sem estar classificada na minar outros agentes que acarretariam o dano
tabela mencionada não resulta no direito de a saúde do empregado.
perceber o adicional. A Orientação Jurispru-
dencial n. 4, incisos I e II da SDI-1 do TST conso- A Súmula nº 80 do TST determina que po-
lida tais afirmações e vão de encontro com a derá haver a eliminação da insalubridade por
Súmula 460 do STF. meio do fornecimento dos aparelhos de pro-
teção EPIs. A eliminação das circunstâncias de
De acordo com BARROS, (2011, p. 622) a insalubridade retira o percebimento deste adi-
reclassificação ou descaracterização da insa- cional.  
lubridade pelo Ministério do Trabalho como
autoridade competente influencia no percebi- Contudo, somente o fornecimento de EPIs
mento deste adicional, sem quaisquer ofensas não retira o direito de receber o adicional de
ao instituto do direito adquirido ou no princípio insalubridade, pois, necessária é a constatação
da irredutibilidade salarial. da diminuição ou eliminação das circunstân-
cias insalubres, conforme a súmula 289 do TST.
É discutido ainda sobre o adicional de insalu-
bridade se em caso do trabalhador ser exposto Ainda de acordo com a súmula 293 do TST
a mais de um agente de insalubridade se deve- o pedido do adicional de insalubridade com
ria este receber cumulação dos adicionais, mas base em determinado agente nocivo que seja
há vedação expressa na norma regulamenta- distinto do agente identificado pela perícia e
dora NR – 15 da portaria n. 3214, de 1978 no que prejudica a saúde do trabalhador não im-
item 15.3. pede o percebimento do mesmo.

Apesar de essa orientação ser majoritária, Terminada a abordagem do adicional de in-


a autora BARROS, (2011, p. 623) não concor- salubridade, partimos para explanação da dou-
da com a mesma, pois expõe que se o em- trinadora BARROS, (2011, p. 625) do adicional
pregado possui incidência de dois agentes que de periculosidade.

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


97

Assim, como no adicional de insalubrida- O art. 193, § 2º da CLT, prevê que caso o
de, possui legitimidade para percebimento empregado seja exposto a situações insalu-
do adicional de periculosidade os emprega- bres e perigosas de modo simultâneo, terá
dos urbanos, rurais e avulsos. que decidir pelo mais favorável, vedando a
cumulatividade entre os mesmos.
Com base no art. 193 c/c a súmula 364,
inciso I do TST conceituam o adicional de Contudo, com base na exposição da auto-
periculosidade como circunstâncias em que ra sobre os adicionais pode-se entender que
o empregado é exposto em contato perma- seu posicionamento defende a cumulativida-
nente ou intermitente com explosivos ou in- de dos adicionais de insalubridade e pericu-
flamáveis, e que sejam verificadas condições losidade, pois acredita que se o empregado
de risco iminente, assim comprovada por pe- tem a saúde agredida por diversos agentes,
rícia. esses danos devem ser reparados e não des-
considerados com pagamento de apenas um
Ainda na Lei n. 7.369, de 20 de setembro dos adicionais, ainda que seja o mais benéfi-
de 1985, os empregados que exercem ativi- co.
dades no setor de energia elétrica, e sejam
constatadas as condições de risco ou quais- Ao analisar também, o posicionamento
quer situações em meio à energia elétrica de Sérgio Pinto Martins (2015) perceberemos
nas quais sejam verificados riscos, possuem o posicionamento diverso do apresentado. Ex-
direito de receberem o adicional. poremos não mais as conceituações vigentes

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


98

na legislação que já foram apresentadas por A periculosidade a que se refere o art. 193
BARROS, (2011), pois nos deteremos no po- dá-se de forma permanente. Depreende-se
sicionamento divergente quanto à temática. que se o trabalhador ficar exposto cotidia-
namente às condições perigosas, ainda que
No pensamento de MARTINS (2015) o em- por pouco tempo, mas de forma habitual,
pregado se submete a exercer atividades in- o empregado terá direito ao adicional, pois
salubres para receber salário maior. Pois, em é compreensível que o risco, perigo poderá
alguns casos por mais que se faça uso dos acontecer a qualquer momento. Contudo,
EPIs, não se consegue retirar a insalubrida- o fato do empregado ou quaisquer pessoas
de que é inerente a determinadas atividades serem expostas à área perigosa, de modo
profissionais. eventual, não lhes concedem o direito de
perceber o adicional de
O doutrinador consi- periculosidade, confor-
“Constata-se que,
dera (2015, p. 278) que me preceitua a Súmula
“O certo, porém, seria mesmo nos casos em que 364 do TST.
o empregador eliminar o funcionário está em
a insalubridade no local Constata-se que, mes-
condições de risco de
de trabalho ou o empre- mo nos casos em que
gado não estar sujeito a modo intermitente, o funcionário está em
trabalhar em locais insa- ele terá direito ao adicional condições de risco de
lubres. O pagamento do modo intermitente, ele
de periculosidade, pois a
adicional não resolve o terá direito ao adicional
problema relativo à saú- qualquer momento poderá de periculosidade, pois
de do trabalhador”. sofrer um dano irreparável ” a qualquer momento
poderá sofrer um dano
MARTINS (2015, p. irreparável.
279) esclarece uma diferenciação básica
entre os adicionais de insalubridade e peri- Ao comparar estes adicionais, periculosi-
culosidade, pois o primeiro está ligado à hi- dade e insalubridade, verifica-se que nesta
giene e medicina, corresponde a Medicina última as consequências acontecem aos pou-
do Trabalho. Enquanto a periculosidade está cos no organismo humano, deteriorando a
relacionada a riscos ligada a Engenharia do saúde do indivíduo que varia de acordo com
Trabalho. perfil biológico de cada um. E a periculosida-
de não tem como se prever quando poderá
Nessa sistemática o ambiente sadio é o ocorrer, podendo assim, ser a qualquer ins-
mesmo que salubre destituído de quaisquer tante.
doenças e o ambiente seguro é aquele em
que não há perigo. Dessa forma, entende-se Ao referenciar o § 2º do art. 193 da CLT o
que a insalubridade pode ser eliminada ou autor deixa claro a impossibilidade de cumu-
neutralizada pelo uso de EPI e outras medi- lação dos adicionais de insalubridade e peri-
das. Já a periculosidade não tem como re- culosidade e o dever do empregado escolher
mover o risco totalmente. o mais favorável.

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


99

Ratifica que o parágrafo mencionado não siciona contra o pagamento cumulativo dos
foi revogado pelos incisos XXII e XXIII do art. adicionais de insalubridade e periculosidade.
7º da CRFB/88 que explicitam sobre a redu- Com base no rigor e literalidade da lei enten-
ção dos riscos inerentes ao trabalho e ao pa- de que em nenhum momento há desobe-
gamento dos adicionais para atividades pe- diência legal e que o legislador deixou bem
nosas, insalubres ou perigosas. claro que o empregado deveria escolher o
adicional que melhor lhes beneficiar.
No entendimento de MARTINS (2015, p.
283) a Constituição não assegura no art. 7º, O autor Raimundo Simão de Melo (2010)
norma mais favorável que o § 2º do art. 193 tem uma visão antagônica de MARTINS (2015)
da CLT, pois conforme o último instituto, não e em conformidade com BARROS (2011). Ex-
se impede o trabalhador de receber o adi- por-se-á os seus fundamentos sobre os adi-
cional, porque lhes faculta a escolher o mais cionais de insalubridade e periculosidade,
favorável. pois ele considera que deve haver a aplica-
ção cumulativa dos adicionais.
E ainda conforme a interpretação do autor
as Convenções da OIT nº 148 e 161 explicam O autor considera a insalubridade como
sobre serviços de saúde do trabalho, mas não questão de ordem pública, devido aos male-
explicam como deve ser pago os adicionais e fícios que atingem ao empregado, e comina-
nem se serão cumulados. das a consequências econômicas, sociais e
humanas, que incidem na própria sociedade.
Além destes, a Convenção nº 155 da OIT
também trata das questões relacionadas à
segurança e saúde dos trabalhadores e, na
visão do autor, não explicita no art. 11, b, a
cumulação dos adicionais de insalubridade e
periculosidade.

MARTINS (2015, p. 284) considera que o


artigo citado trata sobre riscos à saúde origi-
nados da exposição simultânea dos agentes
que prejudicam a saúde e não do dever de
pagamento cumulativo dos adicionais de in-
salubridade e periculosidade.

Ressalta-se que caso haja a necessidade


de obrigação de pagar os adicionais mencio-
nados anteriormente deve ser feita alteração
na redação da CLT.

A análise do doutrinador até os pontos ex-


plicitados possibilita afirmar que este se po-

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


100

São apresentadas três formas de combate que deveria ser remunerada as atividades
à insalubridade, e a primeira é a compensa- determinadas como insalubres, perigosas e
ção remuneratória concedida ao empregado penosas, na verdade deveria ter proibido tais
com argumentos de que tal aumento salarial atividades e determinado à erradicação ou
seria destinada a melhor alimentação para amenização dos riscos à saúde e integridade
que assim refletisse melhor condição ao exer- física e psíquica do empregado.
cício das atividades, além desse mesmo au-
mento intimidar o empregador a tomar me-
didas preventivas.

Contudo, essa primeira estratégia de com-


bate a insalubridade frustrou-se, pois para os
empregadores restou comprovado que fica
mais barato pagar os adicionais do que as-
sumir medidas preventivas. De início, repre-
sentaria grande custo, mas que na realidade
seria um relevante investimento em termos
de diminuição de custo com responsabilida-
des advindas de danos causados a diversos
empregados.

Dessa forma os empregadores, na maior


parte dos casos, dão preferência a pagar o
adicional do que tomar medidas que melho-
rem as condições de trabalho do empregado.
E este na sua ignorância quanto aos danos
causados a sua saúde e falta de consciência
perante a gravidade da situação, muitas ve-
zes se sujeita a receber o adicional, vender a
sua saúde do que se negar a trabalhar nessas
condições.

O Brasil é um dos países que adota a estra- A segunda forma de combate a atividades
tégia mencionada para combater a insalubri- insalubres seria haver total proibição. Mas, ve-
dade, e que na visão do autor o resultado é rificou-se que essa medida é incabível, pois a
o fato dos empregadores pagarem o adicio- insalubridade em alguns casos é inerente a
nal e não adotarem medidas que previnam e certas atividades que são necessárias à ma-
melhorem as condições de trabalho do em- nutenção da vida, exemplo são as atividades
pregado. hospitalares.

De acordo com MELO (2010) a Constitui- Assim, só é possível nessas situações to-
ção Federal de 1988, quando determinou mar todas as medidas tanto coletivas como

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


101

individuais cabíveis com intuito de proteger ca e da livre iniciativa que é fundamentada


os trabalhadores e diminuir e amenizar os ris- na valorização do trabalho humano.
cos.
O objetivo é de resguardar a todos a exis-
A terceira estratégia de enfrentar o traba- tência digna de acordo com a ordem da jus-
lho em condições insalubres seria a redução tiça social, em conformidade com os princí-
da jornada de trabalho e a concessão de in- pios da defesa do meio ambiente e da busca
tervalos no meio da jornada. do pleno emprego.

Executada em alguns países e com eficá- As Convenções nº 148 e nº 155 da Organi-


cia, tem sido apresentada como uma tendên- zação Internacional do Trabalho- OIT que res-
cia moderna a ser adotada nos países desen- pectivamente tratam da contaminação do ar,
volvidos. ruído, e vibrações e Segurança e Saúde dos
Trabalhadores, ambas foram ratificadas pelo
Os pontos positivos são: o empregador ordenamento jurídico brasileiro por meio
não paga adicional e é obrigado a cumprir do Decreto nº 1.254, de 29 de setembro de
com as responsabilidades de oferecer quali- 1994. E ainda, que não citem explicitamente
dade e melhoria contínua nas condições do a expressão “cumulação”, pode-se depreen-
trabalhador, com objetivo mor de eliminar der que também não há vedação.
ou reduzir de forma significativa os riscos à
saúde do mesmo. MELO (2010, p. 194) entende que quan-
do a Constituição trata da dignidade huma-
MELO (2010, p. 193) critica o fato de que na, valor social do trabalho, pleno emprego
para atividade ser considerada insalubre ne- e defesa do meio ambiente, determina que
cessita que esteja enquadrada no quadro é preciso que o trabalhador tenha direito a
determinado do MTE, pois apenas a consta- uma atividade decente, adequada segura,
tação da perícia já deveria conceder ao tra- obedecendo as condições de se resguardar
balhador o direito ao adicional de insalubri- a saúde como bem maior do trabalhador e
dade. Pois de acordo com art. 5º, inciso V da não simplesmente ter acesso a quaisquer ti-
CRFB/88 quaisquer danos ou agravos devem pos de trabalho de modo que prejudiquem a
ser reparados por meio de indenização, seja sua qualidade de vida.
dano material, moral ou à imagem, direito
fundamental e que deve ser de imediato con- Para MELO (2010) a não observância do
cedido, além das cláusulas gerais de respon- princípio da dignidade humana, bem como
sabilidade determinadas pelo Código Civil dos valores sociais do empregado tornaram-
em seus artigos 186 e 927, que deixa claro se um motivador para que os empregadores
que nenhum dano deve ficar sem reparação. deixem de tomar medidas preventivas a pon-
to de terem como objetivo mor erradicar a
A Constituição da República Federativa do insalubridade e adotar medidas salubres, pois
Brasil estabeleceu como fundamento a digni- os valores são considerados irrisórios e não
dade humana e os valores sociais do traba- levam a mudança de comportamento dos
lho, pois no art. 170 trata da ordem econômi- empregadores.

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


102

MELO (2010) traz reflexões científicas e ju- MELLO (2010, p. 200) argumenta no senti-
rídicas mais detalhadas sobre a cumulação do da não obediência a Convenção n. 155 e
dos adicionais, pois de acordo com autor, é considera a não cumulatividade dos adicio-
indubitável que cada agente nocivo causa nais de insalubridade como ilógica, injusta e
dano distinto, e prejudica a saúde do traba- ilegal, além de levar ao enriquecimento ilícito
lhador ao longo do tempo, ao atingir diver- do empregador perante o prejuízo do traba-
sos órgãos. lhador.

É apontada a incongruência entre a Nor- Ainda considera tal prática um incentivo


ma Regulamentadora NR – 15 com a Con- a perpetuar a prática da venda da saúde do
venção considerada Lei Ordinária n. 155. empregado por um valor irrisório e a não
adoção de medidas que
A NR – 15, em seu “A NR – 15, em seu erradiquem as condi-
dispositivo 15.3 deter- ções insalubres no am-
mina que em caso de dispositivo 15.3 determina biente de trabalho.
haver mais de um fator que em caso de
de insalubridade, será haver mais de um fator Em consonância com
considerado apenas o o pensamento de MELO
de maior grau, sendo de insalubridade, será (2010) posicionam-se
proibido o pagamento considerado apenas o os autores Regina Célia
cumulativo de maior grau, sendo Buck e Sebastião Ge-
raldo de Oliveira. Argu-
A corrente majoritá- proibido o pagamento mentam que o objetivo
ria aponta ser aplicada cumulativo. ” mor do adicional não
a NR 15 em detrimento é simplesmente pagar
da Convenção. pelas condições insa-
lubres nas quais labora o empregado, mas
Tais incongruências ocorrem de acordo fazer com que o empregador adote de fato
com o doutrinador pela ausência cultural medidas que suprimam, reduzam ou neu-
de se seguir os instrumentos internacionais, tralizem os agentes que prejudicam a saúde
mesmo que tenha sido incorporado ao direi- do obreiro.
to interno e com força de Lei Ordinária.
Na visão de MELO (2010, p. 206) no Direito,
Dois critérios fazem-se básicos e atendido só não é possível cumulação de verbas quan-
pela Convenção para a aplicação desta no do a natureza jurídica for idêntica. No caso
direito brasileiro, como o fator cronológico dos adicionais de insalubridade e periculosi-
ou o da especialidade. Além de se conside- dade o autor entende serem de natureza dis-
rar a harmonia existente entre a Convenção tintas, pois, o adicional de insalubridade tem
n. 155 com o inciso XXII e XXIII do art. 7º da como fato gerador a exposição do obreiro a
CRFB/88 que trata da “redução dos riscos agentes que prejudicam a sua saúde de for-
inerentes ao trabalho, por meio de normas ma contínua e provocam doenças com me-
de saúde, higiene e segurança”. nor ou maior gravidade, conforme o tempo

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


103

de exposição, tipo de agente e resistência do art. 193, § 2º, da CLT não foi recepciona-
organismo humano. da pela Constituição Federal, que, em seu
art. 7º, XXIII, garantiu o direito dos traba-
Já o adicional de periculosidade, tem lhadores ao percebimento dos adicionais
como fato gerador o perigo iminente à vida de insalubridade e de periculosidade, sem
do trabalhador que pode se esvair a quais- ressalva acerca da cumulação. A possibili-
quer momentos. dade de recebimento cumulado dos men-
cionados adicionais se justifica em face
As diferenças dos adicionais mencionados de os fatos geradores dos direitos serem
nos direciona para o entendimento do juiz diversos. No caso, a Corte a quo manteve
Fernando Formolo no artigo de sua autoria a sentença que deferira o pedido de pa-
sobre “A cumulatividade dos adicionais de in- gamento do adicional de insalubridade em
salubridade e periculosidade”, de que devem grau máximo decorrente do contato com
ser pagos cumulativamente sempre que o álcalis cáusticos e hidrocarbonetos e de
trabalhador estiver simultaneamente exposto pagamento do adicional de periculosidade
a agentes nocivos e condições perigosas. em face da exposição do obreiro à fonte
radioativa. A inclusão no sistema jurídico
JURISPRUDÊNCIAS QUE APLICARAM A interno das Convenções Internacionais nº
CUMULAÇÃO DOS ADICIONAIS DE INSALU- 148 e 155, com a qualidade de normas ma-
BRIDADE E PERICULOSIDADE terialmente constitucionais ou supralegais,
como decidido pelo STF, determina a atu-
O processo RR 7761220115040411 que alização contínua da legislação acerca das
teve como relator Luiz Philippe Vieira de Melo condições nocivas de labor e a considera-
Filho da 7ª Turma do TST na data de 20 de ju- ção dos riscos para a saúde do trabalhador
nho de 2015 determinou o não conhecimen- oriundos da exposição simultânea a várias
to do pedido de revisão quanto à decisão substâncias insalubres e agentes perigosos.
que deferiu a cumulação dos adicionais de Assim, não se aplica mais a mencionada
insalubridade e periculosidade, como pode norma da CLT, afigurando-se acertado o
se verificar por meio do trecho a seguir: entendimento adotado pela Corte a quo
que manteve a condenação ao pagamen-
RECURSO DE REVISTA DA RECLAMA- to cumulado dos adicionais de insalubrida-
DA - CUMULAÇÃO DO ADICIONAL DE de e de periculosidade. Recurso de revista
INSALUBRIDADE E DO ADICIONAL DE PE- não conhecido.
RICULOSIDADE - POSSIBILIDADE - PREVA-
Na decisão citada estabelece o novo en-
LÊNCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
tendimento do STF quanto a permissão dada
E SUPRALEGAIS SOBRE A CLT - JURIS-
à cumulação dos adicionais de insalubrida-
PRUDÊNCIA DO STF - OBSERVÂNCIA DAS
de e periculosidade por serem originários de
CONVENÇÕES Nº 148 E 155 DA OIT. No jul-
fatores diversos e assim serem de direito do
gamento do RR - 1072-72.2011.5.02.0384,
empregado receber os dois.
de relatoria do Min. Cláudio Mascarenhas
Brandão, esta Turma julgadora firmou en-
Ainda o relator argumenta em sua decisão
tendimento de que a norma contida no
que o artigo 193§2º da CLT que determina a

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


104

opção do trabalhador escolher o adicional de 155 da OIT que reconhece a possibilidade do


melhor proveito não foi recepcionado pela percebimentos dos adicionais de insalubrida-
Constituição Federal de 1988 em seu art. 7º, de e periculosidade quando o trabalhador é
XXIII, além das convenções nº 148 e 155 en- exposto a situações diversas.
tenderem que a CLT deve ser atualizada, pois No ementário de jurisprudência do TRT da
suas novas determinações orientam a melho- 3ª região expressa o entendimento que ratifi-
rar a qualidade de vida do trabalhador. ca as citações anteriores:
Com base no argumentos dos adicionais
serem originados de fatores diversos, tam-
bém o RO 06117-2009-028-12-00-3 -2 da 3ª ACUMULAÇÃO ADICIO-
Vara do Trabalho de Joinville – SC decide NAIS DE PERICULOSIDADE E
pela cumulação dos adicionais como pode DE INSALUBRIDADE. CUMU-
ser observado no trecho abaixo: LAÇÃO. POSSIBILIDADE. A
vedação contida no art. 193
O adicional de insalubridade visa indenizar da CLT encontra-se suplanta-
danos causados ao trabalhador pelo contato da pelos princípios constitu-
diuturno com agentes agressivos a sua saúde. cionais, especialmente o da
O adicional de periculosidade tem por fim dignidade da pessoa humana.
compensar o risco à vida a que o trabalhador Se o empregado, submetido a
está exposto em decorrência do contato com condições insalubres no am-
agentes perigosos. Dessa forma, infere-se que biente de trabalho, tem agra-
os dois adicionais possuem fatos geradores vada essa situação pela expo-
diversos, diante do que devem ser pagos sição à condição de risco, de
cumulativamente, sempre que o trabalhador forma habitual e decorrente
exercer atividade que, por sua natureza, con- da atividade exercida, não é
dições ou método de trabalho, exponha-o de aceitável (ou justo) que tenha
forma concomitante a agentes insalubres e de optar o trabalhador por re-
situações de perigo. O direito à cumulação ceber apenas um dos adicio-
dos adicionais está alicerçado no princípio nais. Ou seja, se na execução
da proteção da dignidade da pessoa humana das atividades laborativas o
(art. 1º, CRFB/88), no inciso XXII do art. 7º da empregado se submete, con-
CRFB/88, que impõe a adoção de medidas comitantemente, a duas con-
tendentes a propiciar a diminuição dos riscos dições gravosas à sua saúde,
inerentes ao trabalho, por meio de normas deve receber remuneração
de saúde, higiene e segurança, e também condizente com essa situa-
na Convenção nº 155 da OIT, que determi- ção, que, a toda evidência,
na que sejam considerados os riscos para a não configura bis in idem, haja
saúde decorrentes da exposição simultânea vista a existência de fatos geradores distin-
a diversas substâncias ou agentes (art. 11, b). tos: exposição a agente insalubre (agentes
agressivos à saúde) e exposição à condi-
Novamente a decisão tem como base o ção de risco de vida. (TRT 3ª Região. Pri-
texto constitucional e as convenções nº 148 e meira Turma. 0000927- 35.2013.5.03.0152

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


105

RO. Recurso Ordinário. Rel. Desembar- CONCLUSÃO


gador Emerson José Alves Lage. DEJT/
TRT3/Cad.Jud 17/07/2015 P.103). Por muitos anos o art. 193 §2º da CLT c/c
as Normas Regulamentadoras NR15 e 16 ser-
Todas as jurisprudências expressas consoli- viram e ainda servem como argumentação
dam o novo entendimento dos referidos tribu- jurídica para indeferir o pedido de pagamen-
nais no sentido de admissão do reconhecimento to cumulativo dos adicionais de insalubrida-
de e periculosidade.
E com o novo fundamento jurídico no
art. 7º, XXIII da Constituição de 1988 c/c as
Convenções nº 148 e 155 que trazem em seu
bojo o objetivo de assegurar ao trabalhador
melhoria em sua qualidade de vida faz com
que os julgadores reflitam sobre as novas nor-
mativas e apliquem as mesmas em suas de-
cisões atendo-se ao objetivo e resguarda os
diversos princípios e valores constitucionais
que também seguem a CLT no sentido de
proteger aos trabalhadores.

Tais discussões e posicionamentos nos


apresenta que há uma maior força no reco-
nhecimento da cumulação dos adicionais de
insalubridade e periculosidade e que essa
nova corrente se consolida na medida em
que o Brasil executa a observância dos tra-
tados internacionais no sentido de tutelar os
direitos que por anos foram suprimidos e ga-
rantir a conformidade entre as legislações na
direção de melhorar a qualidade de vida da
massa que sustenta a nossa nação que é a
classe trabalhadora.

REFERÊNCIAS:

BARROS, Alice Monteiro de. Curso de


de percebimento dos adicionais de insalubrida- direito do trabalho.7. ed. São Paulo: LTr,
de e periculosidade. Tais decisões apresentam 2011.
como base jurídica o art. 7º, XXIII da CRFB/88 e
as convenções nº 148 e 155 OIT, ratificadas pelo BRASIL. Lei n° 13.105, de 16 de março
Brasil, assim devendo ser observadas. de 2015. Código de Processo Civil. Diá-

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016


106

rio Oficial da União. Brasília, DF, 17 mar. TST: RECURSO DE REVISTA: RR


2015. Disponível em: <www.planalto.gov. 7761220115040411. Disponível em:
br.>. Acesso em: 24 de abr. 2016. < h t t p : / / t s t . j u s b ra s i l . c o m . b r / j u ri s p ru -
dencia/190543608/recurso-de-revista
BRASIL. Constituição (1988). Consti- -rr-7761220115040411>. Acesso em: 17 de
tuição da República Federativa do Bra- setembro de 2016.
sil.  Brasília, DF: Senado Federal: Centro
Gráfico, 1988, 292 p. TRT-15 : RECURSO ORDINA-
RIO TRABALHISTA: Reenec/RO
BUCK, Regina Célia. Cumulatividade 00103710720155150082 0010371-
dos adicionais de insalubridade e peri- 07.2015.5.15.0082. Disponível em:<
culosidade. 2.ed. São Paulo: LTr, 2015. http://trt-15.jusbrasil.com.br/jurispruden-
cia/353816500/recurso-ordinario-trabalhis-
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Tra- ta-reenec-ro-103710720155150082-0010371-
balho 31. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 0720155150082/inteiro-teor-353816507>.
Acesso em 17 set. 2016.
MELO, Raimundo Simão de. Direito Am-
biental e saúde do trabalhador: respon- EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA (PJe/
sabilidades legais, dano material, dano Físico) TRT DA 3ª REGIÃO. Disponível em:<ht-
moral, dano estético, indenização pela tp://www.trt3.jus.br/download/dsdlj/
perda de uma chance, prescrição 4. ed. ementarios_pje/ementario_pje_07_jul_15.
São Paulo: LTr, 2010. pdf>. Acesso em 17 set. 2016.

NORMA REGULAMENTADORA 15, Ati-


vidades e Operações Insalubres. Disponível
em: < http://www.guiatrabalhista.com.br/le-
gislacao/nr/nr15_anexoXIII_A.htm>. Acesso
em: 24 de abr. 2016.

NORMA REGULAMENTADORA 16: Ativi-


dades e Operações Perigosas. Disponível em:
<http://www.guiatrabalhista.com.br/legisla-
cao/nr/nr16.htm>. Acesso em 15 de set. de
2016.

OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Prote-


ção Jurídica à Saúde do Trabalhador. 25
ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

Rev. do Trib. Reg. Trab. 10ª Região, Brasília, v. 20, n. 2, 2016

Você também pode gostar