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Resultados Preliminares

Resultados referentes a expedição, a zona de Xilaulene, na área da Restauracao do


Mangal ao longo da foz do Rio Limpopo

Breve historial

A área de mangal da região da foz do Rio Limpopo, sofreu uma grande redução devido
ao impacto provocado pelas cheias do ano 2000.

Visto que esta comunidade eh maioritariamente dependente da pesca a pressão exercida


pelas cheias de 2000 nesta região incidiu directamente sobre o pescado, sendo que o
desaparecimento da garoupa gigante (que pesava até 200Kg) foi o impacto que mais afectou a
população, dentre os seguintes:

 Grande redução da captura e dos tamanhos dos peixes, nomeadamente corvinas,


peixe pedra, pequenos Xaréus;
 Redução da pesca do camarão;
 Desaparecimento do caranguejo do mangal (Scylla serrata) e redução do
caranguejo azul Porttunus sanguinolentus;
 Redução da protecção contra os ventos e erosão na região;

A Estratégia do Centro de Desenvolvimento Sustentável para a Restauração do Mangal

No ano de 2010 o Centro de Desenvolvimento sustentável (CDS) fez a primeira pesquisa


para a restauração da área de mangal na região da foz do Rio Limpopo. O primeiro passo foi a
consciencialização da população, de forma a envolver esta mesma população na tentativa de
restauração, a fim de alcançar sucesso.

De princípio foram compradas mudas na província de Maputo, e replantadas em uma área


experimental pequena, e em seguida foi instalada uma estufa para a produção local das mudas
ainda no ano de 2010. As espécies de mangal seleccionadas para o desenvolvimento foram a
Avicennia marina, Rhizophora mucronata e as espécies associadas foram ACUTILOBA e
Parquinsonia aculiata. Um outro projecto tentou efectuar o desenvolvimento de ceriops tagal
mas foi mal sucedido….
O CDS como mentor??? do projecto de restauração do mangal do Limpopo

Etapas na Preparação das mudas

1. Preparação do solo e Repicagem

O primeiro passo para o replantio usado na região é a preparação do solo, nas proporções
de 3Kg de Argila para 1Kg de estrume de gado, com o qual faz-se o enchimento dos vasos ate
menos de 2cm do topo. Os vasos possuem um diâmetro de 18cm de 26cm de altura, e pequenas
aberturas laterias para entrada de água.

De seguida recolhe-se os propágulos das plantas, e faz-se a repicagem no vaso plástico. A


repicagem é um passo importante, pois o nível de profundidade ao qual são inseridos os
propágulos influencia directamente no desenvolvimento das raízes e pneumatorforos, no caso
presente a Avicennia marina é repicada a uma profundidade do tamanho de um dedo indicador
(5cm), e a Rhizophora mucronata a uma profundidade de aproximadamente 3cm.

2. Rega periódica e insolação

Para o regadio das mudas foi aberto um poço pelas pessoas da comunidade próximo a
estufa, que contem água salobra com a qual são irrigados os vasos duas vezes ao dia todos os
dias, pela manha antes das 09h, e a tarde depois das 15h, porque são horários onde a insolação eh
menor fazendo com que o solo demore a secar.

A elevada insolação é um factor que contribui para a redução do sucesso de


estabelecimento das mudas, de forma a contornar esta variável as estufas são totalmente cobertas
com uma rede escura que reduz a insolação ate 30% (vide figura TAL). Nos meses de Outubro e
Novembro (inicio do verão) regista-se menor taxa de sucesso das mudas por causa da forte
insolação.

3. Controle de pragas

A praga que ataca as mudas nesta região é localmente conhecida de xifutsunwane, que
causa borbulhas nas folhas das plantas. O combate das pragas é feito com o bombeamento com
insecticida.
O Replantio na área definitiva

O replantio definitivo das mudas eh outra etapa delicada do processo de restauração de


mangais. Este processo segue-se depois que as mudas de Avicennia marina e Rhizophora
mucronata atigem estão entre o 5º e 6º mês de vida.

Depois deste tempo estas mudas encontram-se prontas para resistir ao ataque por
caranguejos, porque estes animais alimentam-se das partes das plantas podendo matar a plantas
quando replantadas antes dos cinco meses de vida.

Envolvimento comunitário

Para o replantio faz-se necessário a ajuda de muitas pessoas, e por causa disso o CDS
organiza jornadas duas ou três vezes por ano (dependendo da disponibilidade de fundos) onde
todas as faixas etárias se fazem presentes.

O Envolvimento comuntario foi aumento desde 2010 ate o corrente ano, tendo se
verificado maior envolvimento em jornadas no ano de 2015, onde a área de replantio atingiu
15ha. Este facto foi devido ao investimento feito pelo CDS na conscencializacao e capacitação
da comunidade, levando que os líderes das estruturas locais (chefe do posto de LOCALIDADE E
MAIS UM SR AI) abraçassem esta iniciativa.

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