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América Latina
Profa. Leia de Andrade
Profa. Rosani Lidia Dahmer
2015
Copyright © UNIASSELVI 2015
Elaboração:
Profa. Leia de Andrade
Profa. Rosani Lidia Dahmer
918.1
A553g Andrade, Leia de
Geografia da América Latina/ Leia de Andrade; Rosani
Lidia Dahmer. Indaial : UNIASSELVI, 2015.
259 p. : il.
ISBN 978-85-7830-935-0
III
Neste caderno, cada unidade está estruturada a partir de conceitos-
chaves, problematizações, reflexões e análises. Em cada unidade você
vai encontrar fragmentos literários, fatos atuais, sugestões de leituras
complementares, filmes, para promover uma aprendizagem significativa.
Cada tópico apresenta resumo e sugestões de autoatividades para pensar,
analisar e refletir sobre a geografia da América Latina a partir da observação
da realidade geográfica local e conteúdos e informações do Caderno de
Estudos. Durante o estudo deste caderno, sugerimos que você consulte os
cadernos que já utilizou nas outras disciplinas, para facilitar seu aprendizado.
Saudações!
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO,
REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL.........................1
VII
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................59
RESUMO DO TÓPICO 3.....................................................................................................................61
AUTOATIVIDADE...............................................................................................................................63
TÓPICO 1 - MÉXICO............................................................................................................................83
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................83
2 TERRITÓRIO E POPULAÇÃO........................................................................................................85
3 ENTRE PAÍSES RICOS E ENTRE PAÍSES POBRES...................................................................92
4 A MIGRAÇÃO DOS MEXICANOS PARA OS ESTADOS UNIDOS......................................94
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................100
RESUMO DO TÓPICO 1.....................................................................................................................103
AUTOATIVIDADE...............................................................................................................................104
VIII
5 A ARGENTINA...................................................................................................................................143
RESUMO DO TÓPICO 3.....................................................................................................................147
AUTOATIVIDADE...............................................................................................................................149
IX
TÓPICO 3 - DOS ESPAÇOS GEOGRÁFICOS REGIONAIS DE
ENTORNO PARA O ESPAÇO REGIONAL MAIS
AMPLO DA AMÉRICA DO SUL E DA AMÉRICA LATINA................................213
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................213
2 COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA – CEPAL.......................................213
3 DA ALALC À ALADI.........................................................................................................................214
4 DO PACTO ANDINO À COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES – CAN...........................215
5 INICIATIVA PARA A INTEGRAÇÃO DA INFRAESTRUTURA
REGIONAL SUL-AMERICANA – IIRSA......................................................................................216
6 UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS – UNASUL.........................................................217
7 A COMUNIDADE DE ESTADOS LATINO-AMERICANOS
E DO CARIBE – CELAC....................................................................................................................221
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................224
RESUMO DO TÓPICO 3.....................................................................................................................226
AUTOATIVIDADE...............................................................................................................................228
X
UNIDADE 1
AMÉRICA LATINA:
CONTEXTUALIZAÇÃO,
REGIONALIZAÇÕES E
VULNERABILIDADE AMBIENTAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
1
• refletir sobre a contemporaneidade do texto de Eduardo Galeano, em
que o autor apresenta aspectos do colonialismo e imperialismo sobre a
América Latina;
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, sendo que em cada um
deles você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos
apresentados.
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
LOCALIZAÇÃO E
REGIONALIZAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Nesta unidade você vai iniciar os estudos sobre o conjunto de países
situados ao Sul dos Estados Unidos e que recebe o nome de América Latina, em
virtude de, com exceção das Guianas e de algumas ilhas do Caribe, terem sido
ocupados e explorados do século XVI ao XIX, principalmente por portugueses
e espanhóis, povos de origem latina. Esse fato os diferencia do Canadá e dos
Estados Unidos, de influência inglesa e que compõe a América Anglo-saxônica.
(ALMEIDA, 2009).
3
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
8
1 10 11
4 9
2
3 5
7
6 13
12
1 - México
2 - Guatemala 14
3 - El Salvador
15
4 - Honduras
5 - Nicaragua
6 - Costa Rica
7 - Panamá 16
8 - Cuba 17
9 - Haiti 18
10 - Rep. Dominicana
11 - Porto Rico
22 19
12 - Guianas
13 - Venezuela
21
14 - Colômbia
15 - Equador 20
Divisão geográfica 16 - Perú
América do Norte 17 - Brasil
América Central 18 - Bolívia
América do Sul 19 - Paraguai
20 - Argentina
Divisão sócioeconômica
21 - Uruguai
América Anglo-Saxônica 22 - Chile
América Latina
4
TÓPICO 1 | LOCALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
3 A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO
CONTINENTE AMERICANO
A história dos países que formam a América Latina tem seu início a partir
do século XVI com a chegada do elemento branco colonizador europeu. A América
Latina e a América Anglo-Saxônica sofreram tipos de ocupações totalmente
diferentes pelos colonizadores europeus. Enquanto a América Anglo-Saxônica,
formada pelos países Canadá e Estados Unidos, sofreu uma colonização de
povoamento, a América Latina sofreu uma colonização predadora de exploração.
5
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
6
TÓPICO 1 | LOCALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
UNI
7
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
8
TÓPICO 1 | LOCALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
UNI
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
10
TÓPICO 1 | LOCALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
11
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
12
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
13
• A influência da Inglaterra, (principal potência econômica do século XIX),
ocorreu através do imperialismo, uma prática com exercício de supremacia
e hegemonia, com interferência e controle, às vezes mais direto e ousado,
outras vezes mais sutil e mascarado nos países latino-americanos recém-
independentes através de empréstimos de capitais e tecnologias, presença
de empresas, bancos, construção de infraestrutura e apoio a governantes
simpáticos às suas ações.
14
AUTOATIVIDADE
15
16
UNIDADE 1
TÓPICO 2
AS POSSÍVEIS REGIONALIZAÇÕES
DA AMÉRICA LATINA
1 INTRODUÇÃO
Estudar a diversidade das Américas é um grande desafio para a geografia.
Dependendo dos objetivos do geógrafo, ou do professor de geografia escolar
poder-se-á adotar diferentes critérios que permitirão dividir o continente de
diferentes maneiras, separando a América conforme as semelhanças e diferenças
geográficas existentes no seu território. Cada região possui características
diferentes das demais regiões, por isso são separadas. Existem diferentes formas
de dividir a América em regiões. Três divisões regionais são as mais conhecidas
e utilizadas pelos estudiosos: Física ou Geográfica, Socioeconômica e Histórico-
cultural.
17
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
18
TÓPICO 2 | AS POSSÍVEIS REGIONALIZAÇÕES DA AMÉRICA LATINA
19
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
20
TÓPICO 2 | AS POSSÍVEIS REGIONALIZAÇÕES DA AMÉRICA LATINA
E
IMPORTANT
A formação dos recifes de corais deve ser entendida na extensão do tempo geológico:
há 500 milhões de anos, minúsculos animais sem esqueleto e flutuantes, associaram-se a
algas microscópicas e fixaram-se às rochas, formando colônias. Estes animais coloniais não
são mais do que os corais e a concentração destas colônias dão origem a áreas naturais
21
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
inigualáveis, pela sua cor, beleza, forma e grande variedade de vida – os recifes de coral. Os
recifes de coral, verdadeiros oásis de vida marinha, são dos mais produtivos ecossistemas
do planeta. Fruto de longas histórias evolutivas, estes sistemas são extremamente frágeis e
susceptíveis à perturbação natural e humana.
22
TÓPICO 2 | AS POSSÍVEIS REGIONALIZAÇÕES DA AMÉRICA LATINA
UNI
23
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
24
TÓPICO 2 | AS POSSÍVEIS REGIONALIZAÇÕES DA AMÉRICA LATINA
UNI
25
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
DICAS
Leia também apenas a título de curiosidade estes dois textos, dos links a
seguir, que relacionam as causas do terremoto do Haiti a outras causas. Imagino que
você, caro(a) acadêmico(a), tenha ficado perplexo e surpreso! No entanto, ressaltamos que
podemos encontrar muitas informações equivocadas na internet, assim cabe lembrar que
o conhecimento científico deve sempre respaldar nossas práticas pedagógicas.
<https://franciscofalconi.wordpress.com/2010/02/03/militares-russos-acusam-eua-de-
causar-terremoto-no-haiti/>
<http://www.tecmundo.com.br/tecnologia-militar/8018-haarp-o-projeto-militar-dos-eua-
que-pode-ser-uma-arma-geofisica.htm>
26
TÓPICO 2 | AS POSSÍVEIS REGIONALIZAÇÕES DA AMÉRICA LATINA
TURO S
ESTUDOS FU
28
TÓPICO 2 | AS POSSÍVEIS REGIONALIZAÇÕES DA AMÉRICA LATINA
29
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
30
TÓPICO 2 | AS POSSÍVEIS REGIONALIZAÇÕES DA AMÉRICA LATINA
31
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
DICAS
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico vimos que:
33
• A vertente do oceano Atlântico é a mais extensa, com formas variadas de
relevo, e rios extensos e volumosos, tanto de planície e de planalto, com grande
potencial hidrelétrico, e possibilidade de navegação.
• As principais bacias hidrográficas do norte para o sul são: rio Grande, na divisa
do México com os Estados Unidos, rio Orinoco, na divisa da Venezuela com
Colômbia, rio Amazonas, cujas nascentes se localizam no Peru, e afluentes
do curso superior descem das terras altas da Bolívia, Equador e Colômbia, e
demais afluentes drenam uma grande extensão do território brasileiro, rios da
bacia do Prata no cone sul da América do Sul e rio São Francisco no nordeste
brasileiro.
• Os rios das bacias principais como os das bacias secundárias, são amplamente
explorados ou utilizados pelas sociedades, para abastecimento, geração
de energia e/ou navegação, são ao mesmo tempo elementos geográficos
importantes para a manutenção, conservação e preservação do equilíbrio
ecológico dos biomas e ecossistemas de seus entornos.
34
AUTOATIVIDADE
35
36
UNIDADE 1
TÓPICO 3
APONTAMENTOS E CARACTERÍSTICAS
SOCIOESPACIAIS PARA UMA
REGIONALIZAÇÃO ALTERNATIVA
HISTÓRICO-CULTURAL
1 INTRODUÇÃO
37
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
2 O POVOAMENTO PRÉ-COLOMBIANO
A teoria mais aceita para o povoamento da América Latina indica que
grupos de caçadores vindos da Ásia pelo Estreito de Bering, ocupando terras da
América do Norte, com o tempo deslocaram-se para terras da América Central e
América do Sul, onde passaram a ocupar essas terras muito antes dos europeus
38
TÓPICO 3 | APONTAMENTOS E CARAC SOCIOESPACIAIS PARA UMA REGIONALIZAÇÃO ALTERNATIVA HIST-CULTURAL
chegarem aqui. Um dos indícios que dão base a essa tese são os sambaquis,
sítios arqueológicos formados por depósitos de conchas de mariscos, carcaças
de crustáceos e ossos de peixes. Encontram-se principalmente na costa do
Atlântico, mas existem também na do Pacífico. Esses indícios de que o feijão, a
abóbora, e o algodão já eram cultivados no litoral do Pacífico datam por volta
de 9000 a.C. Mas foi só por volta de 4000 a. C. que os indígenas deixaram o
nomadismo constante em busca de alimentos. Sua sedentarização deve-se ao
desenvolvimento das técnicas de cultivo e armazenamento do milho que gerou
estoques alimentares para a população. Na América Latina, desenvolveram-se
sofisticadas civilizações notadamente nos Andes.
39
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
40
TÓPICO 3 | APONTAMENTOS E CARAC SOCIOESPACIAIS PARA UMA REGIONALIZAÇÃO ALTERNATIVA HIST-CULTURAL
41
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
42
TÓPICO 3 | APONTAMENTOS E CARAC SOCIOESPACIAIS PARA UMA REGIONALIZAÇÃO ALTERNATIVA HIST-CULTURAL
43
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
NOTA
5 AMÉRICA PLATINA
A América Platina os territórios da Argentina, do Paraguai e do
Uruguai, no passado colonial integravam o Vice-Reino do Rio da Prata, que
abrangia uma extensa área subordinada à Espanha. Isso significa que os três
países platinos estiveram sobre uma administração única durante muitos
anos, nesta época o vice-reinado também incluía a Bolívia. O Rio da Prata
usado pelos espanhóis como porta de entrada para a ocupação do sul do
continente americano, recebeu esse nome porque os colonizadores europeus
transportavam minerais, dentre estes, prata, explorados no interior das
colônias que compunham o Vice-Reino da Espanha.
45
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
DICAS
Leia o livro A guerra do Paraguai, de Júlio José Chiavenato. São Paulo, Ática,
2003. O livro conta as razões que levaram à eclosão da guerra e analisa as profundas
consequências políticas e econômicas para os países envolvidos no conflito.
Assista ao documentário A Guerra do Brasil. Direção: Sylvio Back. Brasil: 1987. O
documentário mistura a realidade e a ficção no debate da Guerra do Paraguai, que vitimou
cerca de 1 milhão de pessoas. No filme entrelaçam a história oficial, o imaginário popular e
a crítica de militares, cronistas e historiadores.
46
TÓPICO 3 | APONTAMENTOS E CARAC SOCIOESPACIAIS PARA UMA REGIONALIZAÇÃO ALTERNATIVA HIST-CULTURAL
47
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
No entanto, de 1999 a 2002 uma nova crise econômica foi provocada pela
queda das exportações, o peso, a moeda do país estava valorizada em relação ao
dólar, o que tornava os produtos argentinos muito caros no mercado internacional,
ainda neste contexto o Brasil que era parceiro comercial da Argentina promoveu
uma desvalorização do real em relação ao dólar e diminuíram as importações dos
48
TÓPICO 3 | APONTAMENTOS E CARAC SOCIOESPACIAIS PARA UMA REGIONALIZAÇÃO ALTERNATIVA HIST-CULTURAL
49
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
DICAS
50
TÓPICO 3 | APONTAMENTOS E CARAC SOCIOESPACIAIS PARA UMA REGIONALIZAÇÃO ALTERNATIVA HIST-CULTURAL
NOTA
51
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
52
TÓPICO 3 | APONTAMENTOS E CARAC SOCIOESPACIAIS PARA UMA REGIONALIZAÇÃO ALTERNATIVA HIST-CULTURAL
53
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
54
TÓPICO 3 | APONTAMENTOS E CARAC SOCIOESPACIAIS PARA UMA REGIONALIZAÇÃO ALTERNATIVA HIST-CULTURAL
NOTA
55
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
57
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
58
TÓPICO 3 | APONTAMENTOS E CARAC SOCIOESPACIAIS PARA UMA REGIONALIZAÇÃO ALTERNATIVA HIST-CULTURAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Eduardo Galeano
O autor lamenta que o livro não tenha perdido atualidade. A história não
quer se repetir – o amanhã não quer ser outro nome do hoje –, mas a obrigamos
a se converter em destino fatal quando nos negamos a aprender as lições que ela,
senhora de muita paciência, nos ensina dia após dia.
59
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
Montevidéu, 2010
FONTE: GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. Tradução de Galeno de Freitas. 39.
ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. 307p. Título original: Las venas abiertas de America Latina.
(Coleção Estudos Latino-Americanos, v.12).
60
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico vimos que:
61
• As Guianas foram colonizadas pela Grã-Bretanha (especificamente pela
Inglaterra), Holanda e França. A independência política ocorreu no decorrer
das décadas de 1960 e 1970, na Guiana (Inglesa) e Suriname, respectivamente.
A Guiana Francesa continua sendo um departamento ultramarino francês. A
população das Guianas se caracteriza pela diversidade étnica.
62
AUTOATIVIDADE
63
64
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
A região latino-americana e caribenha representa uma das regiões com
maior riqueza, não só por causa de sua diversidade biológica e ecossistêmica,
mas também pela diversidade social e cultural. No entanto, compartilham muitos
problemas ambientais com a África e Ásia. Contudo, o modelo de desenvolvimento
atual vem colocando essa riqueza em risco; em toda região já aparecem sinais
preocupantes de uma grave degradação ambiental. As questões ambientais
incluem o sistema de posse de terras, o desmatamento e queimadas, a exploração
excessiva dos estoques pesqueiros, exploração mineral com impactos ambientais
e problemas urbanos dos mais diversos, assim como os desastres socionaturais
como furacões, terremotos e derramamento de substâncias perigosas que agravam
problemas já existentes.
Além das mudanças nas temperaturas, estudos estimam que os índices das
precipitações estejam sendo modificadas por causa da mudança climática, mas de
forma diferenciada conforme a região. Exemplo, nas últimas décadas tem havido um
aumento na precipitação anual na região sudeste da América do Sul, e diminuição
65
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
66
TÓPICO 4 | MUDANÇAS CLIMÁTICAS, EVENTOS EXTREMOS E VULNERABILIDADE NA AMÉRICA LATINA E CARIBE
67
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
Risks of Extreme Events and Disasters to Advance Climate Change Adaptation – Relatório
SREX-IPCC, 2012).
NOTA
Em 1990 emitiu um relatório afirmando que a ação do homem poderia estar causando o
efeito estufa. O estudo foi a base para as discussões durante a Rio-92, no Rio de Janeiro. O
IPCC faz relatórios anuais sobre o Estado da Arte científico da pesquisa do clima, examina
os efeitos das mudanças climáticas e desenvolve estratégias de combate, subsidiando as
Partes da Convenção.
68
TÓPICO 4 | MUDANÇAS CLIMÁTICAS, EVENTOS EXTREMOS E VULNERABILIDADE NA AMÉRICA LATINA E CARIBE
Sant’Anna Neto apud Hermann (2014) explica que mais de 80% dos tipos de
desastres naturais que ocorrem no planeta tem sua gênese derivada dos fenômenos
e processos climáticos. Dentre as adversidades climáticas citam-se: as secas, os
ciclones tropicais e tornados, os vendavais, as chuvas intensas, os episódios de
inundação, nevascas, geadas e outras. Estas além de provocarem enormes perdas
econômicas, são responsáveis por milhares de mortes todos os anos.
69
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
DICAS
72
TÓPICO 4 | MUDANÇAS CLIMÁTICAS, EVENTOS EXTREMOS E VULNERABILIDADE NA AMÉRICA LATINA E CARIBE
73
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
LEITURA COMPLEMENTAR
74
TÓPICO 4 | MUDANÇAS CLIMÁTICAS, EVENTOS EXTREMOS E VULNERABILIDADE NA AMÉRICA LATINA E CARIBE
75
UNIDADE 1 | AMÉRICA LATINA: CONTEXTUALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÕES E VULNERABILIDADE AMBIENTAL
76
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico vimos que:
77
• O Relatório SREX-IPCC, 2012 é um Relatório especial para a gestão dos riscos
de eventos extremos e Desastres para o Avanço na Adaptação às Alterações
Climáticas, (Special Report for Managing the Risks of Extreme Events and
Disasters to Advance Climate Change Adaptation, apresentado em dados
baseados aos apresentados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança
Climática – IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) , apoiados pela
Agência de Clima e Poluição e pelo Ministério de Relações Exteriores da
Noruega.
78
AUTOATIVIDADE
( ) V – V – F – V.
( ) F – F – V – V.
( ) V – V – F – F.
( ) V – F – V – F.
79
III – Os sistemas nacionais, provinciais e ou das comunidades locais devem
trabalhar de forma complementar e integrada em suas ações. A população
de maneira geral, no entanto, não possui responsabilidade de interagir
com as lideranças políticas, por falta de conhecimento, para planejamento
e proposição de políticas e medidas de mobilização diante de desastres
socionaturais.
IV – A forma como uma comunidade responde e sobrevive a desastres depende
dos recursos que podem ser usados para enfrentar tais desastres. Assim,
populações mais pobres têm dificuldades para enfrentar tais eventos.
80
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Nessa unidade vamos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que em cada um deles, você
encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
TÓPICO 1 – MÉXICO
81
82
UNIDADE 2
TÓPICO 1
MÉXICO
1 INTRODUÇÃO
O território do México ocupa a posição de quinto mais extenso país
da América com a terceira maior população do continente. Localizado no sul
da América do Norte faz fronteira ao norte com os Estados Unidos e ao sul
com Belize e Guatemala. É também banhado pelo Oceano Pacífico e o Oceano
Atlântico, através do Golfo do México a leste e do Mar do Caribe. O país é
classificado geograficamente como parte da América do Norte que é dividida
no mapa como América do Norte, América Central e América do Sul, e também
classificado como histórico-sociocultural, que separa os países entre América
Latina e América Anglo-saxônica.
83
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
84
TÓPICO 1 | MÉXICO
2 TERRITÓRIO E POPULAÇÃO
85
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
86
TÓPICO 1 | MÉXICO
87
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
UNI
88
TÓPICO 1 | MÉXICO
90
TÓPICO 1 | MÉXICO
91
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
92
TÓPICO 1 | MÉXICO
DICAS
93
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
94
TÓPICO 1 | MÉXICO
95
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
A fronteira dos Estados Unidos com o México possui mais de 3,1 mil km
de extensão, este território se estende por quatro estados americanos: Califórnia,
Novo México, Arizona e Texas, sendo esse último aquele com maior área de
fronteira e postos de entrada legal. Do lado mexicano, são seis estados: Baja
California, Sonora, Chihuahua, Coahuila, Nuevo León e Tamaulipas, esses estão
entre os mais desenvolvidos economicamente do México.
O migrante busca por uma melhor condição de vida que trará a ele
bem-estar social, bem como à sua família, em determinados casos,
sendo este um fator crucial na tomada de decisão. O IDH é um meio
de se compreender o que motiva a transposição da fronteira e neste
caso, de modo especial, demonstrar a existência de dois extremos: o
mundo desenvolvido, representado pelos Estados Unidos e o mundo
subdesenvolvido, representado pelo México [...].
96
TÓPICO 1 | MÉXICO
97
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
CPS 2004
Educação secundária Educação superior
Região de nascimento
completa ou mais completa ou mais
FONTE: Censo Nacional de População 1990 e 2000. Current Population Survey, 2004.
98
TÓPICO 1 | MÉXICO
99
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Alberto Nájar
BBC Mundo, na Cidade do México
100
TÓPICO 1 | MÉXICO
102
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico vimos que:
• Cerca de 75% da população mexicana vive sobre região de planalto com solos
férteis de origem vulcânica.
103
AUTOATIVIDADE
104
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A América Central possui aspectos naturais exclusivos, que a diferenciam
do restante do continente americano. Tem como principal característica o fato
de que se divide em duas porções, uma continental e outra insular.
105
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
106
TÓPICO 2 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA CENTRAL
107
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
109
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
110
TÓPICO 2 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA CENTRAL
111
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
112
TÓPICO 2 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA CENTRAL
UNI
Nos últimos anos, o canal perdeu parte da sua importância para a navegação
e o comércio. Os gigantescos navios cargueiros não podem atravessá-lo porque
alguns pontos são estreitos e outros são rasos. Outro problema apresentado pelo
canal é o assoreamento do canal, em virtude do frequente desmoronamento de
terras de suas margens. Em 2000, acabado o período de concessão, o governo dos
Estados Unidos devolveu o canal ao Panamá, que tem realizado constantes obras
de ampliação para que ele não se torne obsoleto.
NOTA
113
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
Esta obra de reforma foi proposta em 2006 pelo então presidente Martín
Torrijos, que defendia a obra para tornar o Panamá um “país de Primeiro Mundo”,
iniciado no ano seguinte, em 2007, o projeto era uma exigência natural para um
setor que evoluiu muito em cem anos.
114
TÓPICO 2 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA CENTRAL
115
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
DICAS
116
TÓPICO 2 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA CENTRAL
FONTE: ARAIA, Eduardo. Canal do Panamá. O passo das Américas se alarga. Brasil 247, jornal digital. 11
de março de 2015. Disponível em: <http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/172745/Canal-do-
Panam%C3%A1-O-passo-das-Am%C3%A9ricas-se-alarga.htm>. Acesso em 12 de novembro de 2015.
117
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
118
TÓPICO 2 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA CENTRAL
119
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
UNI
121
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
Com o passar do tempo esse precário quadro social foi se agravando mais
e mais e criou um ambiente propício a revoltas entre a população cubana. Na
década de 1950 multiplicaram-se os movimentos populares que protestavam
e exigiam melhores condições e vida. O maior líder desses protestos foi Fidel
Castro, que organizou um movimento guerrilheiro numa região montanhosa de
Cuba, conhecida como Sierra Maestra. Os revolucionários exigiam a queda do
presidente Fulgêncio Batista, aliado dos Estados Unidos, e o fim da exploração
dos trabalhadores cubanos. Ganharam a simpatia maciça da população e em 1º
de janeiro de 1959 ingressaram triunfantes em Havana, a capital do país. Logo
após sua vitória, o governo de Fidel Castro tomou medidas que descontentaram
muito os empresários estadunidenses, entre elas, decretou a nacionalização das
empresas estadunidenses que atuavam em Cuba.
DICAS
Ouça a música, leia o texto e reflita sobre as observações feitas sobre a letra
da composição do grupo Engenheiros do Havaí: “Guantánamo”, disponível em: <https://
decifrandoletras.wordpress.com/2010/03/13/guantanamo/>.
123
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
124
TÓPICO 2 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA CENTRAL
UNI
Após o restabelecimento das relações diplomáticas com Cuba, os Estados Unidos não
poderão mais ignorar que a ilha obteve durante os 52 anos de isolamento diplomático
e econômico resultados “espantosos” em matéria de saúde. “Espantosos” porque o
país, que não abriga nenhuma das grandes indústrias farmacêuticas mundiais, obtém os
melhores resultados do continente americano em matéria de saúde: a expectativa de
vida (76 anos para os homens, 81 anos para as mulheres) é a melhor do continente e a
mortalidade infantil é a mais reduzida: 4,8 mortes para cada 1.000 nascimentos em Cuba,
contra 12 no Brasil e 6 nos Estados Unidos. Durante uma visita a Havana em julho de
2014, Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), se mostrou
muito impressionada pelas conquistas na área. “Desejamos ardentemente que todos os
habitantes do planeta possam ter acesso aos serviços médicos de qualidade, como em
Cuba”, declarou. E, com efeito, qual país pode se gabar hoje de oferecer gratuitamente
à sua população uma medicina alopática, claro, mas também a opção “medicina natural
e tradicional”? É preciso reconhecer… nenhum… e sobretudo seu poderoso vizinho, que
nessa área fracassou tremendamente.
Em 2011, durante o sexto congresso do Partido Comunista Cubano, uma diretiva indicava
“dar a máxima atenção ao desenvolvimento da medicina natural e tradicional”. “É a única
que recebeu essa menção de ‘máxima atenção’, o que dá uma ideia da importância
desse tema para o governo. Eu acho, porém, que seu desenvolvimento vai acontecer
principalmente graças à população. É uma tendência geral hoje procurar o natural. Eu
entendo que isso preocupe a indústria farmacêutica, pois é uma medicina muito eficiente”,
conclui com um sorriso Concepción Campa, ao mesmo tempo que lembra que o
desenvolvimento das vacinas homeopáticas foi efetivamente uma má operação financeira
para o Finlay, mas a saúde contou mais do que o aspecto financeiro. Cuba não realizou
estudos econômicos sobre a medicina natural, mas parece evidente que seu custo é bem
menos elevado do que o da medicina dita moderna: um chá de alho parece menos caro
do que um medicamento. Para o doutor Johan Pedromo, é evidente que essa medicina
previne um dos problemas que teria um custo para o sistema de saúde: “Tomem o exemplo
do qi gong, uma ginástica tradicional chinesa. Hoje sabemos que essa atividade melhora
o estado emocional, a coordenação e a estabilidade das pessoas idosas. Então, ao praticá-
lo vamos diminuir a taxa de suicídio e de depressão ligada à velhice, mas vamos também
melhorar a coordenação e o equilíbrio, diminuir o risco de quedas e, por consequência,
o número de fraturas da bacia. Mais amplamente, é reconhecido atualmente que essas
técnicas de medicina natural melhoram a qualidade de vida dos pacientes. E isso não tem
preço!” No mesmo bairro de Alamar, cerca de vinte pessoas idosas praticam duas vezes
por semana o qi gong. No final da prática, saúdam a professora com um “saúde e vida,
uma arma da Revolução”. Um dos praticantes tem 88 anos… mas parece ter 70. E é fato: a
saúde foi uma arma tão eficaz da Revolução Cubana que o país deve hoje cuidar de uma
população idosa. Como em um país rico…
125
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
126
TÓPICO 2 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA CENTRAL
O país não tem coleta de lixo e o esgoto corre a céu aberto. Deste modo, é
comum encontrar pelas ruas de Porto Príncipe pilhas de lixo sendo incinerado,
o que faz com que a cidade fique constantemente cinza. Muitos haitianos ainda
sofrem as consequências do terremoto. As ruas destruídas, aos poucos, tornam-
se avenidas que começam a receber iluminação pública, semáforos. A maior
parte dos abrigos, os campos de deslocados como são chamados, já foram
desativados. Passados cinco anos os haitianos começam a reconstruir suas
casas, algumas de alvenaria, outras de lona, tudo para ter um “lar”.
127
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
FIGURA 52 – PORTO PRINCÍPE COM O COMÉRCIO A CÉU ABERTO NO BAIRRO BEL-AIR A RUA
FOI ASFALTADA APÓS O TERREMOTO
128
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico vimos que:
129
• Na chegada do século XXI, muitos países começaram a investir financeiramente
em Cuba. Grupos empresariais chineses, canadenses, espanhóis e franceses,
entre outros, têm aberto novos negócios, com isso a economia cubana apresenta
crescimento na atualidade.
130
AUTOATIVIDADE
131
132
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A América Platina recebe esse nome porque corresponde aos países que
fazem parte da Bacia da Prata. Esta é formada pela junção das águas dos rios
Paraná, Paraguai e Uruguai. A maior parte do espaço geográfico desses países
sofre a influência de atividades que estão direta e indiretamente ligadas ao Rio
da Prata e seus afluentes. No entanto, os países que compõe a América Platina
apresentam espaços geográficos muito diferentes. Enquanto os países andinos têm
muitas semelhanças, os países platinos têm atividades econômicas e sociedades
muito diferentes uns dos outros.
2 TERRITÓRIO E POPULAÇÃO
133
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
FONTE: geografandosm.blogspot.com
134
TÓPICO 3 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA PLATINA
3 O PARAGUAI
O território paraguaio é dividido pelo Rio Paraguai, que cruza o país no
sentido norte-sul e origina duas regiões naturais muito distintas. A região maior
fica a oeste do rio Paraguai. Trata-se do Chaco, palavra quíchua que significa
território de caça. Essa vasta planície é muito quente. Na divisa com a Bolívia as
temperaturas podem chegar a 47º durante o verão. As poucas chuvas ocorrem
entre dezembro e março. Nessas regiões a vegetação mais comum são os cactos
e os arbustos de troncos ressecados e retorcidos. A água é muito escassa e
precisa ser retirada de poços artesianos. A agricultura de grãos, especialmente
da soja, somente é possível mediante a irrigação artificial. A grande maioria das
propriedades dedica-se a pecuária.
135
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
Outra atividade que cresceu nos últimos anos foi o cultivo de soja. Ocupa
cerca de dois milhões de hectares de terra e com isso especialistas alertam que
pode provocar inúmeros problemas para a sociedade e o meio ambiente. Como
todas as fases do cultivo são mecanizadas, não oferece ocupação para a mão de
obra. O cultivo de soja também gera a concentração de renda e de terras. Com
o poder financeiro de que dispõe os grandes proprietários acabam comprando
as terras dos pequenos agricultores que sem alternativas de trabalho e renda,
mudam-se para a vida em Assunção, a capital paraguaia.
136
TÓPICO 3 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA PLATINA
TURO S
ESTUDOS FU
137
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
4 O URUGUAI
O Uruguai faz fronteira com o sul do Brasil e o leste da Argentina, seu
território é quase inteiramente caracterizado pelas coxilhas, baixas colinas
suavemente onduladas. As coxilhas uruguaias são recobertas por campos
naturais, mais conhecidos como pampas. São longas extensões de gramíneas e
arbustos de baixo porte que dominam a paisagem de todo o país. No final do
século XIX, as matas formadas por árvores de grande porte que se localizavam às
margens dos rios e no litoral, foram praticamente devastadas para aproveitar a
madeira e para dar espaço a agropecuária.
138
TÓPICO 3 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA PLATINA
trigo e lã, fato que enfraqueceu a economia do Uruguai. Nas décadas de 1970 e
1980, quando o país foi duramente atingido pelo choque do petróleo, os produtos
que o Uruguai comprava de outros países ficaram mais caros com a crise. Essa
situação levou muitos agricultores e indústrias à falência. E os recursos que até
então eram destinados às áreas sociais, como saúde e educação desapareceram.
Deste modo, milhares de uruguaios deixaram o país em busca de empregos
na Argentina, no Brasil, nos Estados Unidos, e na Espanha. Essa crise também
alterou o espaço geográfico do Uruguai, pois milhares de agricultores migraram
para a capital em busca de empregos.
140
TÓPICO 3 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA PLATINA
Sua política externa foi uma soma desses dois elementos, avanços
sociais e sua luta pessoal, com a tradição de neutralidade e de afirmação
do Uruguai. Seu foco foi a resolução e mediação de conflitos, parte de
uma meta maior, a integração latino-americana. Em março de 2013, Pepe
aceitou o pedido dos EUA para receber presos vindos de Guantánamo,
conhecida base dos EUA em Cuba que foi o cerne de muitas críticas
por violações de direitos humanos. Mujica declarou que os abrigaria na
condição de “refugiados” e, em dezembro de 2013, os EUA confirmaram
que seis indivíduos foram transferidos para o Uruguai. Em outubro de
2014, o Uruguai recebeu refugiados sírios, após oferta de Mujica; quarenta
e dois sírios, formando famílias inteiras, receberam asilo, acompanhamento
profissional, emprego e moradia.
141
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
142
TÓPICO 3 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA PLATINA
5 A ARGENTINA
A Argentina é um dos maiores países da América do Sul. Seu território
está situado quase totalmente na região subtropical do planeta e pode ser divido
em diversas regiões naturais. Ao extremo sul argentino encontra-se a Patagônia,
cujas as paisagens naturais estão entre as mais interessantes do mundo.
143
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
144
TÓPICO 3 | AMÉRICA LATINA: AMÉRICA PLATINA
145
UNIDADE 2 | AMÉRICA LATINA: OS PAÍSES QUE COMPÕEM A DIVISÃO REGIONAL
Buenos Aires por sua vez, além de ser a capital do país, é o porto mais
importante da Argentina e um dos mais movimentados da América. A situação
favorável da agropecuária argentina resultou em um desempenho da economia
no início do século XX, a oferta de empregos crescia constantemente, o que atraiu
imigrantes.
146
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico vimos que:
147
• As melhores terras do Paraguai estão na mão de estrangeiros, se destacando
os brasiguaios. A produção de soja para a exportação em grandes latifúndios
altamente mecanizados, tem produzido tensões e conflitos sociais entre os
proprietários de terras e os campesinos, como são chamados os agricultores
de subsistência e/ou sem-terra paraguaios.
148
AUTOATIVIDADE
149
150
UNIDADE 3
O BRASIL E AS RELAÇÕES
INTERNACIONAIS NA AMÉRICA LATINA:
DOS CONFLITOS FRONTEIRIÇOS
À COOPERAÇÃO, INTEGRAÇÃO E
LIDERANÇA REGIONAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
151
• estudar fenômenos socioespaciais presentes nos países da América Latina;
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. Em cada um deles você en-
contrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
152
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Por sua grande extensão territorial, o Brasil divide fronteiras terrestres
com dez das 12 nações sul-americanas (incluindo a Guiana Francesa), no total,
15.719 quilômetros de extensão. Apesar de problemas a serem resolvidos, nas
últimas décadas os governantes brasileiros têm visto as fronteiras do país como
linhas de cooperação e não de separação com seus vizinhos. Mas nem sempre
foi assim. Durante o período colonial, portugueses e espanhóis disputaram as
terras da América do Sul. Na região conhecida como Bacia Platina, ou Bacia do
Prata, ocorreram os impasses mais tensos, que deixaram como herança histórica
desconfianças e, de acordo com Albuquerque (2005, p. 209), uma “precariedade
nas suas articulações culturais, políticas e econômicas em escala regional, a qual
se reflete na precariedade atual das infraestruturas físicas de integração, um
dos graves pontos de estrangulamento para uma maior ampliação das trocas
comerciais regionais”.
2 RIVALIDADES COLONIAIS
No passado colonial, os atuais territórios da Argentina, Uruguai e Paraguai
integravam o Vice-Reino do Rio da Prata, subordinado à Espanha. Como parte
da América portuguesa, o Brasil teve uma história marcada por conflitos na
consolidação das fronteiras políticas com esses e outros países sul-americanos.
Por muitos anos, as relações entre o Brasil e seus vizinhos na América do Sul
foram tensas: único herdeiro da Coroa Portuguesa em um continente dominado
quase que inteiramente pela monarquia espanhola, suas fronteiras foram
construídas em grande parte desrespeitando o determinado pelo Tratado de
Tordesilhas (1494), fato que causou disputas fronteiriças com os Estados vizinhos.
Algumas das disputas foram resolvidas quase um século após a proclamação da
independência política, durante o período monárquico, assim como nos dias da
república. No entanto, desde a Guerra do Paraguai (1865-1870), as relações do
Brasil com os seus vizinhos, sem exceção, são pacíficas. (ADAS, 2011).
153
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
NOTA
Belem
TERRAS
TERRAS PERTENCENTES
PERTENCENTES A PORTUGAL
À ESPANHA
154
TÓPICO 1 | DISPUTAS TERRITORIAIS E CONSOLIDAÇÃO
155
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
157
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
158
TÓPICO 1 | DISPUTAS TERRITORIAIS E CONSOLIDAÇÃO
por sua dimensão econômica. No entanto, há mais de cem anos a Argentina foi
o país mais rico da América Latina, com uma renda per capita mais do que o
dobro da brasileira, até então um dos países mais ricos do mundo. Albuquerque
(2005, p. 224) corrobora explicando que “em termos de projeção subcontinental,
a Argentina levaria vantagem em relação ao Brasil nas primeiras décadas do
século XX”. As exportações argentinas de trigo e carne foram responsáveis por
um crescimento econômico expressivo para os níveis regionais, permitindo à
Argentina renda per capita e qualidade de vida muito superiores às brasileiras.
A Argentina polarizava países platinos limítrofes como o Uruguai e Paraguai, a
ponto de, por exemplo, se configurar a malha ferroviária paraguaia de modo a
articulá-la ao Porto de Buenos Aires.
159
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
E
IMPORTANT
TURO S
ESTUDOS FU
No Tópico 2 este assunto será mais explorado, através das tentativas de integração
e/ou associação de países sul e latino-americanos.
161
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
162
TÓPICO 1 | DISPUTAS TERRITORIAIS E CONSOLIDAÇÃO
TURO S
ESTUDOS FU
163
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
164
TÓPICO 1 | DISPUTAS TERRITORIAIS E CONSOLIDAÇÃO
4.1 CIDADES-GÊMEAS
Na escala local-regional, no meio geográfico as cidades gêmeas
correspondem a adensamentos populacionais que são cortados por linhas de
fronteiras (terrestre ou fluvial, articulada ou não por obra de infraestrutura),
ou, em outras palavras, são núcleos urbanos que se localizam de um lado e de
outro do limite internacional entre países vizinhos. Nos quase 16 mil quilômetros
de fronteira terrestre brasileira, existem 29 cidades-gêmeas. Estas cidades
contam com grande potencial de integração econômica e cultural. Há intensa
circulação (fluxos) de pessoas, mercadorias e capitais. Às vezes, estas cidades
são tão integradas que basta atravessar uma rua para ir de um país para outro.
(ANTUNES, 2013; CAMPOS, 2014). Observe no mapa cidades gêmeas e trigêmeas
na fronteira sul e sudoeste do Brasil e vizinhos.
165
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
166
TÓPICO 1 | DISPUTAS TERRITORIAIS E CONSOLIDAÇÃO
O Brasil não tem muitas cidades gêmeas, a maioria destas cidades está
concentrada na faixa de fronteira com o Uruguai, a Argentina e o Paraguai.
Com a Argentina o Brasil tem 16 cidades gêmeas, das quais oito estão situadas
na área limítrofe do Estado do Rio Grande do Sul com as províncias argentinas
de Corrientes e Missiones. A existência do número reduzido de cidades gêmeas
reflete a situação de marginalidade da zona de fronteira em relação às principais
correntes de povoamento da América do Sul, concentradas na orla atlântica e nos
altiplanos andinos. A localização geográfica das existentes decorre dos diversos
fatores, dentre eles, a disposição dos eixos de circulação terrestre sul-americanos,
a densidade do povoamento (caso da Amazônia), a presença de obstáculos físicos
(cordilheira dos Andes) e a histórica econômico-territorial da zona de fronteira.
(BRASIL, 2010).
167
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
UNI
De acordo com Santiago (2015), a ponte está pronta desde junho de 2011,
mas ainda não foi inaugurada. A estrutura custou R$ 61 milhões e ainda depende
de obras de aduana no lado brasileiro. Falta de recursos impede previsão sobre
fim das obras no Amapá. As instalações do lado francês já estão prontas. A
construção da aduana foi orçada em R$ 13,6 milhões pelo Departamento Nacional
de Infraestrutura e Transportes - DNIT. No local serão instaladas a Anvisa, Polícia
Rodoviária Federal, Polícia Federal, Ibama, Receita Federal e Receita Estadual.
Cada órgão será responsável pela aquisição dos equipamentos e funcionalidade das
próprias estruturas. Até a inauguração da ponte, os brasileiros terão mudanças no
tráfego entre Amapá e Guiana Francesa. A partir de 2 de fevereiro, moradores de
168
TÓPICO 1 | DISPUTAS TERRITORIAIS E CONSOLIDAÇÃO
169
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
Nas fronteiras dos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com
a Bolívia e Paraguai, as atividades ilegais que têm se destacado são o tráfico de
170
TÓPICO 1 | DISPUTAS TERRITORIAIS E CONSOLIDAÇÃO
171
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
FONTE: AZEVEDO, Rainier Pedraça de et al. Aspectos sobre o uso da água subterrânea na fronteira
Brasil, Colômbia: o caso da cidade de Tabatinga no Estado do Amazonas. In: Rescatando antiguos
principios para los nuevos desafíos del milenio. AIDIS, 2006. p. 1-7.
172
TÓPICO 1 | DISPUTAS TERRITORIAIS E CONSOLIDAÇÃO
173
RESUMO DO TÓPICO 1
174
• Acordos bilaterais assinados entre Argentina e Brasil, no decorrer da segunda
metade do século XX, principalmente na década de 1980, aproximaram os
dois países. Acordos que na década de 1990 se estenderam para os países
vizinhos Uruguai e Paraguai, quando foi constituído o Mercado Comum do
Sul da América do Sul - Mercosul.
175
AUTOATIVIDADE
176
II – Os investimentos em produção agropecuária foram bem-sucedidos, do
ponto de vista produtiva e ambiental, e fizeram da região grande produtora
de carne bovina e de soja do mundo.
III – Várias ações visando explorar o potencial de recursos naturais da região
foram empreendidos, (legais e ilegais), uma vez que o potencial mineral da
região é diversificado e amplo.
IV – A partir da década de 1970, com o intuito de ocupar a Amazônia,
um conjunto de ações visando povoar aquelas áreas, vistas como
“desocupadas”, fez com que a região sofresse nas duas últimas décadas
as consequências desses empreendimentos: conflitos de terras, degradação
ambiental e represálias internacionais.
177
A Amazônia Legal destacada no mapa é uma vasta região que extrapola
os limites da região Norte. Sua delimitação foi baseada em análises estruturais
e conjunturais e necessidades de desenvolvimento identificadas na região.
Seus limites têm um viés sociopolítico e não geográfico, não se restringindo
apenas ao bioma Amazônico, mas também se estende ao bioma do Cerrado,
Pantanal mato-grossense e parte da Mata dos Cocais do Maranhão. Sobre
outras características problemáticas da Amazônia Legal, analise as seguintes
afirmativas:
178
UNIDADE 3
TÓPICO 2
A APROXIMAÇÃO REGIONAL –
O MERCOSUL
1 INTRODUÇÃO
O Mercosul, resultado inicialmente da aproximação política e
econômica dos países do Cone Sul da América do Sul, possui como Estados
Partes: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai (1991), Venezuela (2012) e Bolívia
(2015) em processo de adesão. Os Estados associados (Chile, Colômbia,
Equador, Peru, Guiana e Suriname - os dois últimos desde 2013) participam
da zona de livre comércio, mas não da Tarifa Externa Comum. México é um
país observador. Atualmente, através dos acordos de livre comércio que o
Mercosul já mantém com todos os países da América do Sul, constitui-se na
prática uma área de livre comércio do continente sul-americano. Assim, com
exceção da Guiana Francesa, o Mercosul estabelece a união aduaneira entre os
membros plenos e acordos com todos os países associados. A Guina Francesa
é apenas observadora do Mercosul, por ela ser um Departamento Ultramarino
da França na América do Sul.
2 O MERCOSUL
A aproximação de Brasil e Argentina, no decorrer da década de 1980,
com a assinatura de acordos bilaterais, marcou o final de um período de
disputa pela hegemonia regional. O processo de globalização e a organização
dos blocos econômicos supranacionais conduziram os países do sul da América
do Sul, da Bacia do rio da Prata, ao Mercosul. Pode-se afirmar que do ponto
de vista geográfico é grande a relação entre a bacia hidrográfica dos rios do
Prata, Paraná e Paraguai e os quatro países membros do Mercosul, pois a rede
hídrica superficial e as formações aquíferas subterrâneas foram elementos
que favoreceram a consolidação do bloco regional. Embora com limitações,
o Mercosul representa, dentre as tentativas de integração na América do Sul,
a mais bem-sucedida. Experiências idênticas, porém, sem muito destaque
no cenário internacional, foram as da Associação Latino-Americana de Livre
Comércio (ALALC), fundada em 1960, e da Associação Latino-Americana de
Integração (ALADI), estabelecida em 1980 substituindo a ALALC, e que existe
até hoje. A ALADI reúne Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador,
México, Paraguai, Peru, Venezuela e Uruguai. Como se pode observar, são
países da América Latina e do Caribe. Estas experiências contribuíram para
o Mercosul afastar-se das linhas rígidas dos grandes projetos do passado. Os
179
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
países associados voltaram-se para esquemas mais graduais e flexíveis, com uma
abordagem setorial equilibrada dos principais eixos da integração. (ALMEIDA,
2006; ALBUQUERQUE, 2005).
Nos seus primeiros anos, o Mercosul funcionou como uma área de livre
comércio, transformando-se a partir de 1995 em uma união aduaneira. Apesar
dessa evolução, o Mercosul não atingiu seu principal objetivo: tornar-se um
mercado comum plenamente constituído, o que permitiria o aprofundamento
da associação comercial entre países emergentes.
180
TÓPICO 2 | A APROXIMAÇÃO REGIONAL – O MERCOSUL
UNI
multiplicou-se mais de dez vezes, saltando de US$ 5,1 bilhões (1991) para US$
58,2 bilhões (2012). No mesmo período, o comércio mundial cresceu apenas cinco
vezes. O comércio do Brasil com o Mercosul cresceu, multiplicando-se por dez.
O comércio intrabloco corresponde a cerca de 15% do total global do Mercosul e
reduziram-se quase totalmente as tarifas para comércio entre os países do bloco.
182
TÓPICO 2 | A APROXIMAÇÃO REGIONAL – O MERCOSUL
183
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
184
TÓPICO 2 | A APROXIMAÇÃO REGIONAL – O MERCOSUL
185
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
UNI
186
TÓPICO 2 | A APROXIMAÇÃO REGIONAL – O MERCOSUL
187
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
UNI
188
TÓPICO 2 | A APROXIMAÇÃO REGIONAL – O MERCOSUL
Tipo de Integração
Argentina - Brasil Elétrica y Gasífera
Argentina - Chile Elétrica y Gasífera
Argentina - Uruguai Elétrica y Gasífera
Argentina - Paraguai Elétrica
Argentina -Bolívia Gasífera
Brasil - Bolívia Gasífera
Brasil - Paraguai Elétrica
Brasil - Uruguai Elétrica y Gasífera
Brasil - Venezuela Elétrica
Perú - Equador Elétrica
Venezuela - Colômbia Elétrica / Gasífera
Colômbia - Equador Elétrica / Gasífera
189
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
190
TÓPICO 2 | A APROXIMAÇÃO REGIONAL – O MERCOSUL
191
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
Fonte: ARPEL, 2004
FONTE: UDAETA, 2006.
Figura 2. Integração Energética Gasífera (Atual e Perspectiva)
193
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194
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para a Bolívia e aumenta os impostos sobre a produção de 50% para 82%, entre
outros tópicos. As empresas estrangeiras tiveram seus lucros reduzidos. Para
transportar o gás da Bolívia para o Brasil (principal consumidor), foi construído
um gasoduto. Sua construção iniciou-se em 1997, sendo que a primeira etapa
entrou em funcionamento em 1999. A obra foi finalizada em 2010, interligando os
sistemas de abastecimento que vêm da Bolívia, com os sistemas de distribuição de
empresas exploradoras do produto também em território brasileiro.
198
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UNI
Gasodutos em Operação
Gasodutos em Implantação
• Gasoduto Campinas–Rio: capacidade de transporte de 8,6 milhões de m³/dia, extensão
de 500 Km. Integrante do Projeto Malhas, interligará as regiões Sudeste, Nordeste, Centro e
Sul do país, permitindo também o escoamento do gás produzido na Bacia de Campos aos
municípios atendidos hoje somente pelo GASBOL.
• NORDESTÃO II: extensão de 554,3 Km. O gasoduto sairá de Mossoró e alcançará o
município de Marechal Deodoro (Al), passando por quatro Estados do Nordeste.
Gasoduto Bolívia–Brasil
• GASBOL – Mato Grosso do Sul: extensão de 717 Km.
• GASBOL – São Paulo: extensão de 1.042 Km.
• GASBOL – Paraná: extensão de 207 Km.
• GASBOL – Santa Catarina: extensão de 447 Km.
• GASBOL – Rio Grande do Sul: extensão de 184 Km.
200
TÓPICO 2 | A APROXIMAÇÃO REGIONAL – O MERCOSUL
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desde a década de 1990 estes acordos, com ajuda dos avanços institucionais do
Mercosul. Os transportes terrestres, principalmente rodoviários, funcionaram
como indutores do comércio entrar-regional no continente, orientado pelo
princípio da redução da taxa tarifária progressiva, linear e automática.
NOTA
UNI
202
TÓPICO 2 | A APROXIMAÇÃO REGIONAL – O MERCOSUL
NOTA
203
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LEITURA COMPLEMENTAR
206
TÓPICO 2 | A APROXIMAÇÃO REGIONAL – O MERCOSUL
207
RESUMO DO TÓPICO 2
209
AUTOATIVIDADE
FONTE: VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Editora Ática,
2012. p. 333.
210
IV – O Mercosul foi criado com o objetivo de ampliar o comércio entre os
países-membros através da redução ou eliminação de tarifas alfandegárias,
porém atualmente seu foco mudou para integração de infraestruturas
físicas de energia e transportes e programas sociais.
211
212
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A geografia política recente da América Latina demonstra que os ideais
de uma América Latina unida e forte fomentaram e influenciaram diferentes
propostas de cooperação e integração, adaptadas aos novos tempos, complexas,
peculiares e imbuídas de tensões entre diferentes projetos e pontos de vista de
líderes políticos profissionais gestores. A busca por uma maior cooperação e
integração entre países sul-americanos e latino-americanos realiza-se atualmente
também por meio de organizações regionais, que tratam de assuntos de diversas
ordens, não apenas econômicos.
213
UNIDADE 3 | O BRASIL E AS REL. INTER. NA AMÉRICA LAT.: DOS CONFLITOS FRONT. À COOP., INTEG. E LID. REGIONAIS
3 DA ALALC À ALADI
Criada pelo Tratado de Montevidéu, em 1980, e com sede na capital do
Uruguai, a Associação Latino-Americana de Integração – ALADI é composta por
11 países. Essa organização substituiu a Associação Latino-Americana de Livre
Comércio – ALALC, criada em 1960. Articulada entre as maiores economias latino-
americanas (Brasil, México e Argentina), foi a primeira iniciativa de integração
regional, mas não obteve resultados satisfatórios.
214
TÓPICO 3 | DOS ESP. GEO. REG. DE ENTORNO P/ O ESP. REG. MAIS AMPLO DA AMÉRICA DO SUL E DA AMÉRICA LATINA
Contudo, foi apenas a partir de 1996 que teve início uma atividade mais
intensa de cooperação política entre os países membros do Pacto Andino, que
passou a se chamar Comunidade Andina de Nações – CAN. Atualmente, a CAN é
composta por Bolívia, Peru, Colômbia e Equador, conforme observa-se no mapa.
215
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DICAS
216
TÓPICO 3 | DOS ESP. GEO. REG. DE ENTORNO P/ O ESP. REG. MAIS AMPLO DA AMÉRICA DO SUL E DA AMÉRICA LATINA
DICAS
217
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NOTA
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TÓPICO 3 | DOS ESP. GEO. REG. DE ENTORNO P/ O ESP. REG. MAIS AMPLO DA AMÉRICA DO SUL E DA AMÉRICA LATINA
NOTA
UNI
Pro tempore é uma expressão de origem latina que se pode traduzir por
temporariamente ou por enquanto. É utilizada na linguagem comum para indicar uma
situação transitória. Como termo jurídico e burocrático, significa a vigência de um cargo
ou função.
223
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UNI
BRIC é uma sigla formada pelas letras iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China,
criada em 2001 pelo economista Jim O’Neill, analista de mercado do grupo Goldman
Sachs (um dos maiores bancos de investimento do mundo), no relatório intitulado Building
Better Global Economic, traduzido como “Construindo uma economia global melhor”. Nos
últimos anos, com a entrada da África do Sul no grupo, foi acrescentado o S maiúsculo de
South África – então deve-se utilizar BRICS.
LEITURA COMPLEMENTAR
224
TÓPICO 3 | DOS ESP. GEO. REG. DE ENTORNO P/ O ESP. REG. MAIS AMPLO DA AMÉRICA DO SUL E DA AMÉRICA LATINA
DICAS
225
RESUMO DO TÓPICO 3
• A Comissão Econômica para América Latina e Caribe – Cepal é uma das cinco
comissões da Organização das Nações Unidas, criada em 1948, para contribuir
com o desenvolvimento econômico da América Latina e reforçar as relações
econômicas dos países da região em si, e com as demais nações do mundo.
Com o tempo seu trabalho se ampliou para os países do Caribe e incorporou o
objetivo de promover o desenvolvimento social.
226
diálogo político, as políticas sociais, a educação, a energia, a infraestrutura, o
financiamento e o meio ambiente, entre outros, visando eliminar a desigualdade
socioeconômica, atingir a inclusão social e a participação cidadã, fortalecer a
democracia e reduzir as assimetrias no âmbito do fortalecimento da soberania
e da independência dos Estados.
227
AUTOATIVIDADE
a) V – F – V – F
b) F – F – V – V
c) V – V – F – F
d) F – V – F – V
229
230
UNIDADE 3
TÓPICO 4
PROJEÇÃO INTERNACIONAL E
POLÍTICA EXTERNA
1 INTRODUÇÃO
As maiores economias da América Latina são: México, Argentina e Brasil,
que juntos formam um grupo à parte, denominado de economias emergentes.
Suas economias, juntamente com a da Venezuela, representam cerca de 72% do
Produto Interno Bruto - PIB da América Latina e do Caribe, estando entre as
maiores do continente americano ao sul dos Estados Unidos. Apenas a economia
do México supera a soma do PIB das economias da América Central e da América
Andina. Em 2010, o PIB brasileiro foi de aproximadamente 2 trilhões de dólares,
o do México, de 1 trilhão, e o da Argentina, de 368 bilhões. São denominadas de
economias emergentes, por estes países terem iniciado sua projeção no cenário
mundial conforme foram se industrializando no decorrer da segunda metade
do século XX. Esta industrialização, em relação aos países centrais ou do Norte
desenvolvido, está ocorrendo de forma tardia, com características diferentes da
industrialização clássica.
2 A INDUSTRIALIZAÇÃO TARDIA
A diversificação econômica atual do Brasil, México e Argentina se deve,
entre outros fatores, ao fato de terem assumido a dianteira na industrialização de
suas economias em relação a outros países latino-americanos, e pela inserção na
Divisão Internacional do Trabalho – DIT, após a II Guerra Mundial. Com África
do Sul, Índia e China, esses países são denominados países de industrialização
tardia ou retardatária, pois se industrializaram cerca de um século depois dos
países de industrialização clássica ou original. Os países centrais iniciaram suas
revoluções industriais nos séculos XVIII e XIX, e atualmente formam o conjunto
dos países do Norte Industrializado e desenvolvido.
231
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UNI
• A Crise de 1929
232
TÓPICO 4 | PROJEÇÃO INTERNACIONAL E POLÍTICA EXTERNA
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TÓPICO 4 | PROJEÇÃO INTERNACIONAL E POLÍTICA EXTERNA
NOTA
O grupo G-20 financeiro agrega 19 Estados mais a UE. Os Estados são: EUA,
Canadá, Alemanha, Reino Unido, Itália, França, União Europeia, Rússia, Japão, Turquia, Arábia
Saudita, China, Índia, Coreia do Sul, Indonésia, Austrália, África do Sul, Brasil, Argentina e
México. A representatividade do G-20 financeiro é muito grande, pois, somados os países
membros, eles possuem aproximadamente 90% do produto nacional bruto mundial, 80%
do comércio internacional e cerca de 65% da população do planeta.
O grupo denominado G-20 comercial reúne os países emergentes que buscam também
se fortalecer entre si e países menos desenvolvidos, se preocupando principalmente com
relações comerciais entre países ricos e emergentes. Este grupo, que já agrega mais de 20
países, nasceu em 2003, em uma reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio
– OMC realizada na cidade de Cancún, no México. Liderado pelo Brasil, o grupo procura
defender os interesses agrícolas dos países em desenvolvimento perante as nações ricas,
que fazem uso de subsídios para sustentar sua produção. O G-20 Comercial é integrado
por países de três continentes: África do Sul, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, China, Cuba,
Egito, Equador, Filipinas, Guatemala, Índia, Indonésia, México, Nigéria, Paquistão, Paraguai,
Peru, Tailândia, Tanzânia, Uruguai, Venezuela e Zimbábue (são 23 ao total). O agrupamento
representa 60% da população rural, 21% da produção agrícola, 26% das exportações e 18%
das importações mundiais de grãos.
235
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TÓPICO 4 | PROJEÇÃO INTERNACIONAL E POLÍTICA EXTERNA
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TÓPICO 4 | PROJEÇÃO INTERNACIONAL E POLÍTICA EXTERNA
obter destaque na mídia. No entanto, nos últimos meses, dos quatro BRICS, o
Brasil é o país com o menor crescimento relativo, embora possuindo estruturas de
mercado mais consolidadas e a capacidade de projeção militar menor. Ele estava
fazendo um grande esforço no sentido de acumulação de reservas internacionais,
mas os principais pontos fracos do Brasil estão localizados, de fato, internamente,
não em suas conexões internacionais. Eles são, acima de tudo, a excessiva carga
tributária e investimento produtivo insuficiente, não esquecendo as deficiências
educacionais da sua população, o que limita as possibilidades de maior
crescimento e inovação tecnológica com uma qualidade competitiva em nível
mundial. (ALMEIDA, 2010)
242
TÓPICO 4 | PROJEÇÃO INTERNACIONAL E POLÍTICA EXTERNA
UNI
DICAS
Para saber mais sobre a Petrobrás, apesar da crise, pesquise no site <www.
petrobras.com.br>.
UNI
243
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DICAS
244
TÓPICO 4 | PROJEÇÃO INTERNACIONAL E POLÍTICA EXTERNA
LEITURA COMPLEMENTAR
245
RESUMO DO TÓPICO 4
246
• A política externa e a diplomacia brasileira também têm projetado o país e
seus líderes políticos no cenário internacional, os quais participaram em várias
negociações multilaterais.
• O Brasil tem adotado nos últimos anos uma postura geopolítica de valorização
de seu território, com vistas à sobrevivência de seu povo, para obter uma melhor
projeção e inserção no plano internacional. Sua geopolítica fundamenta-se na
cooperação entre as nações e no estabelecimento de parcerias que ofereçam
vantagens ao país, mas também aos parceiros, numa postura de que todos os
países são potenciais parceiros comerciais.
247
AUTOATIVIDADE
248
( ) A concepção apresentada pelo presidente Lula abrangeu diversos
valores que permearam oficialmente a ação externa brasileira no período.
O caráter não hegemônico da liderança, a solidariedade e generosidade, e
a ênfase nos objetivos comuns da região, nortearam as relações do Brasil
com seu entorno geográfico.
( ) A aspiração de liderança brasileira na América do Sul não encontra
obstáculos internos, apenas externos. As mazelas de vários países da
América do Sul geram margem para contestações. Internamente, as
disparidades e desigualdades sociais não são empecilho para o exercício
de liderança, nem para o desenvolvimento de projetos intercontinentais.
a) ( ) F–V–V–F
b) ( ) V–V–F–V
c) ( ) V–F–V–F
d) ( ) V–V–V–F
249
250
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