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Gestão Financeira

Prof. Marcelo Magno Rocha Nascimento


1
A Administração Financeira

Objetivo Econômico das Empresas


Maximização de seu valor de mercado a longo
prazo

Retorno do investimento x Risco Assumido

O LUCRO possibilita:
A melhoria e expansão dos serviços/produtos
O cumprimento das funções sociais
Pagamento dos impostos;
Remuneração adequada dos empregados;
Investimentos em melhoria ambiental, etc.
Alavancagem Financeira

Objetivo da Administração Financeira

É maximizar a riqueza dos


acionistas e as ações (ou
quotas) das cias.
Gitman (2005)
A Administração Financeira

Estrutura Organizacional da Área de


Finanças
Administrador Financeiro

Tesouraria Controladoria

Administração de Caixa Contabilidade Financeira


Crédito e Contas a Receber Contabilidade de Custos
Contas a Pagar Orçamentos
Câmbio Administração de Tributos
Planejamento Financeiro Sistemas de Informação
A Administração Financeira

Ciclo Operacional, Econômico e Financeiro


Mês 0 Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Fabricação Estocagem

Compra de Término de Venda Pagamento da Recebimento


Matéria-prima Fabricação e Matéria-prima da Venda
Pgto de outros
Custos
Prazo de Rotação de Estoques (PRE) Prazo de Recebimento da Venda
(PRV)

Prazo de Pagamento da Compra


(PPC)
CICLO ECONÔMICO (CE)

CICLO FINANCEIRO (CF)

CICLO OPERACIONAL (CO)


A Administração Financeira

Ciclo Operacional, Econômico e Financeiro


Mês 0 Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Fabricação Estocagem

Compra de Término de Venda Pagamento da Recebimento


Matéria-prima Fabricação e Matéria-prima da Venda
Pgto de outros
Custos
PRE = PF + PEPA
CE = PRE
CO = PRE + PRV
CO = do início do CE até o final do CF
CF = do primeiro desembolso até o final do PRV
O Impacto da Inflação
nas Finanças
O Impacto da Inflação nas Finanças

DINHEIRO à são os valores dos pagamentos


ou recebimentos em uma transação

TEMPO à prazo compreendido entre a data


da operação e a época em que o pagamento ou
o recebimento irá ocorrer.

J F M A M J J A S O N D
O Impacto da Inflação nas Finanças

INFLAÇÃO

É o processo de perda do valor aquisitivo da moeda,


caracterizado por um aumento generalizado de preços.

O fenômeno oposto recebe o nome de DEFLAÇÃO


Consequências da Inflação

Alteração da relação Má distribuição


salário, consumo, de renda
poupança
O Impacto da Inflação nas Finanças

INFLAÇÃO

É a perda do valor aquisitivo da moeda ao longo do tempo


DINHEIRO x TEMPO

Taxas de inflação (exemplos):


1,2% ao mês
4,5% ao ano
7,4% ao ano
85,6% ao ano
O Impacto da Inflação nas Finanças

Início da Inflação no Brasil - 1814

“O tesouro comprava
folhas de cobre por 500 a 660
réis a libra (pouco menos de
meio quilo) e cunhava moedas
com valor de face de 1280 réis,
mais do que o dobro do custo
original da mátéria-prima.”
(GOMES, 2010, p.58)
O Impacto da Inflação nas Finanças

Início da Inflação no Brasil - 1814

“Era dinheiro podre, sem lastro, mas ajudava o


governo a pagar suas despesas. D. Pedro I havia
aprendido a esperteza com o pai D. João, que também
recorrerá à fabricação de dinheiro em 1814 …”
“… D. João mandou derreter todas as moedas
estocadas no Rio de Janeiro e cunhá-las novamente com
valor de face de 960 réis. Ou seja, de um dia para o outro
a mesma moeda passou a valer mais 28%.”
(GOMES, 2010, p.59)
O Impacto da Inflação nas Finanças

Início da Inflação no Brasil - 1814

“Com esse dinheiro milagrosamente valorizado, D.


João pagou suas despesas, mas o truque foi logo
percebido pelo mercado de câmbio, que rapidamente
reajustou o valor da moeda para refletir a desvalorização.
A libra esterlina que era trocada por 4000 réis passou a
ser cotada em 5000 réis. Os preços dos produtos em
geral subiram na mesma proporção.”
(GOMES, 2010, p.59)

GOMES, Laurentino. 1822. 1.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.


O Impacto da Inflação nas Finanças

Impacto da Inflação nas Empresas

Acompanhamento das LUCRO


variações dos custos e
dos preços de venda

Montante

Principal

Tempo
O Impacto da Inflação nas Finanças

JUROS

Estimula as pessoas a fazer poupança e controlar o consumo.


É a remuneração do capital de terceiros.
A taxa de juros é determinada pela lei da oferta e procura de
recursos financeiros.
As taxas de juros são expressas em unidades de tempo:
ao dia (a.d.) 0,32% ao dia
ao mês (a.m.) 10% ao mês
ao trimestre (a.t.) 33,1% ao trimestre
ao semestre (a.s.) 77,16% ao semestre
ao ano (a.a.) 213,84% ao ano
O Impacto da Inflação nas Finanças

JUROS

Retorno do capital duvidoso à Juros Altos

Taxas Pré-fixadas x Taxas Pós-fixadas


Taxa de juros pré-fixada: quando é determinada no contrato
(3% ao mês durante 90 dias)
Taxa de juros pós-fixada: quando o valor efetivo do juro é
calculado somente após o reajuste da base de cálculo.
(IGPM + 10% ao ano por 180 dias)

Spread: É a taxa de intermediação cobrada pelo intermediário financeiro


O Impacto da Inflação nas Finanças

JUROS

Estrutura da Taxa de Juros

Taxa de Risco
Taxa
de
Juro Taxa
Taxa Livre de Risco Real Bruta
de
Juro
Inflação
O Impacto da Inflação nas Finanças

Taxa de Juros Real

Fórmula empregada para descontar a inflação de uma taxa de juros

1 + i real = (1 + i efet ) / (1 + i infl )

i real = Taxa de Juros Real no Período


i efet = Taxa de Juros Efetiva no Período
i infl = Taxa de Juros da Inflação no Período
O Impacto da Inflação nas Finanças

Taxa de Juros Real


EXEMPLO: Um capital foi aplicado, por um ano, a uma taxa de
juros igual a 22% ao ano. No mesmo período, a taxa de inflação foi
de 12% a.a. Qual é a taxa real de juros?

1 + i real = (1 + i efet ) / (1 + i infl )

1 + i real = ( 1 + 0,22 ) / ( 1 + 0,12 )


i real = ( 1,22 / 1,12 ) – 1
i real = 0,0893 = 8,93% a.a.
O Impacto da Inflação nas Finanças

Teoria das Expectativas e YTM

Teoria das Expectativas: “É a teoria


expressa pela forma da curva da taxa de
juros, que reflete a posição dos investidores
com relação aos níveis futuros dessas
taxas de inflação e das taxas de juros”

YTM: (Yield to Maturity) é a taxa de


mercado de uma determinada obrigação.
O Impacto da Inflação nas Finanças

Taxa de Desvalorização da Moeda


Fórmula empregada para se descobrir a desvalorização da moeda

TDM = i infl / ( 1 + i infl )

TDM = Taxa de Desvalorização da Moeda no Período


i infl = Taxa de Inflação no Período
O Impacto da Inflação nas Finanças

Taxa de Desvalorização da Moeda

Exemplo 1: Se tivermos uma taxa de inflação de 100% em um ano,


quanto a moeda terá se desvalorizado neste mesmo ano?

TDM = i infl / ( 1 + i infl )

TDM = 1,00 / ( 1 + 1,00)


TDM = 0,50

Logo, a moeda terá se desvalorizado em 50%


O Impacto da Inflação nas Finanças

Taxa de Desvalorização da Moeda

Exemplo 2: Se tivermos uma taxa de inflação de 80% em um ano,


quanto a moeda terá se desvalorizado neste mesmo ano?

TDM = i infl / ( 1 + i infl )

TDM = 0,80 / ( 1 + 0,80)


TDM = 0,444444

Logo, a moeda terá se desvalorizado em 44,4444%


O Impacto da Inflação nas Finanças

Número-Índice
É empregado para acumular taxas de juros periódicas
Mês Inflação Índice (In)
Jan 5,0% 1,0500
Fev 4,0% 1,0920
Mar 3,8% 1,1334
Abr 2,0% 1,1562
Mai -1,5% 1,1389
Jun 1,0% 1,1503
Jul 0% 1,1503
Ago 1,8% 1,1710
Set 2,0% 1,1944
Out 1,9% 1,2171
Nov 2,0% 1,2414
O Impacto da Inflação nas Finanças

Encontrando o Número-Índice

Cálculo do Número-Índice

In = ( 1 + Delta ) . In-1

Onde: In = Numero índice a ser calculdado


Delta = Variação In-1 = Número índice do período anterior

Exemplo: Encontrar o número índice do mês de agosto na tabela anterior

IAgo = ( 1 + 0,018 ) x 1,1503 = 1,1710


O Impacto da Inflação nas Finanças

A Utilização do Número-Índice

Reajuste de valor-base

VR = VB . ( Ir / Ib )

Onde: VR = Valor Reajustado Ir = Numero índice no reajuste


VB = Valor Base Ib = Número índice na base

Exemplo: Reajustar o valor-base de $ 100.000,00 do mês de fevereiro


até o mês de outubro do ano corrente.
VR = 100.000 x ( 1,2171 / 1,0920 ) = $ 111.456,00
O Impacto da Inflação nas Finanças

Índices de Inflação da FGV

IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna)


Ponderação de 3 outros índices:
60% Índice de Preços por Atacado (IPA), 30%
Índice de Preços ao Consumidor de SP e RJ (IPC) e 10% do
Índice Nacional de Custo de Construção (INCC).
Apurado pela FGV do 1o ao último dia do mês foi até
1985 o índice de Inflação Oficial.

IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado)


Tem a mesma composição do IGP-DI, mas o período de coleta de
dados vai do dia 21 de um mês ao dia 20 do mês seguinte.
O Impacto da Inflação nas Finanças

Índices de Inflação do IBGE


INPC - IBGE (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor)
Calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, reflete a variação da cesta básica de famílias de 1 a 8
salários mínimos nas principais regiões metropolitanas.
IPCA - IBGE (Índice de Preço ao Consumidor Amplo)
Calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, reflete a variação de preços para famílias de 1 a 40
salários mínimos nas principais regiões metropolitanas.

Periodicidade: Mensal
Abrangência geográfica: Nove regiões metropolitanas (Belém, Fortaleza,
Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto
Alegre) e os municípios de Brasília e de Goiânia.
O Impacto da Inflação nas Finanças

Índices de Inflação - FIPE e DIEESE

IPC - FIPE (Índice de Preço ao Consumidor)


Calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da
USP, mede o custo de vida da família paulistana de 1 a 20
salários mínimos.

ICV - DIEESE (Índice do Custo de Vida)


Calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos, mede o custo de vida da família
paulistana com rendimento de 1 a 30 salários mínimos.
Demonstrações Contábeis
Demonstrações Contábeis

Relatórios Contábeis (Informes Contábeis)

É a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela


contabilidade.
Os relatórios contábeis mais importantes são as
Demonstrações Contábeis (Demonstrações Financeiras)
A Lei das S.A. determina a elaboração a cada 12 meses:
- Balanço Patrimonial;
- Demonstração do Resultado do Exercício;
- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados;
- Demonstração de Fluxo de Caixa.
Demonstrações Contábeis

Balanço Patrimonial
Reflete a posição financeira em determinado momento

P
A
PL
Obrigações com
Bens e Direitos (A) Terceiros (P)
Recursos dos
Proprietários (PL)
Demonstrações Contábeis

Balanço Patrimonial (Detalhamento)


As contas são agrupadas de acordo com a sua liquidez

PC
AC PNC
ANC
PL

Grau de Liquidez Ativo Passivo e PL


decrescente
Rápida Circulante Circulante
Lenta Não Circulante Não Circulante
Não há Não Circulante Patrimônio Líquido
Demonstrações Contábeis

Balanço Patrimonial (Grupo de Contas)


Ativo Circulante Financeiro Passivo Circulante Financeiro
Caixa e Bancos Empréstimos Bancários
Aplicações Financeiras Financiamentos
Duplicatas Descontadas
Ativo Circulante Operacional Dividendos
Duplicatas a Receber Passivo Circulante Operacional
Estoques
Fornecedores
Adiantamentos e Despesas do Exercício Seguinte
Salários e Encargos
Impostos e Taxas
Ativo Não Circulante Adiantamentos de Clientes

- Ativo Realizável a longo Prazo Passivo Não Circulante


- Investimentos
- Imobilizado Patrimônio Líquido
- Intangível
Demonstrações Contábeis

Análise Horizontal do Balanço


Patrimonial
- É um dos indicadores da análise financeira.

- Calcula-se o percentual de cada conta em relação ao


demonstrativo do período (ano) anterior.

Análise Vertical do Balanço Patrimonial


- É um dos indicadores da análise financeira.

- Calcula-se o percentual de cada conta em relação a uma


determinada conta do mesmo período (ano) do balanço.
Demonstrações Contábeis

Demonstração do Resultado do
Exercício
RECEITA BRUTA
(-) deduções

RECEITA LÍQUIDA
(-) custo das vendas ou dos serviços

LUCRO BRUTO
(-) despesas operacionais

LUCRO OPERACIONAL
(-) despesas não operacionais
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA - LAIR
(-) provisão para o imposto de renda

LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA


(-) participações, contribuições, doações

LUCRO LÍQUIDO
LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
Demonstrações Contábeis

Análise das Demonstrações Contábeis

Ênfase no Balanço Patrimonial (BP) e na Demonstração de


Resultados do Exercício (DRE)

BP Situação Financeira
BP + DRE Situação Econômica

Índice de Liquidez Índice de Endividamento


Índice de Atividade Índice de Rentabilidade
Outros índices Relevantes
Demonstrações Contábeis

Índices de Liquidez

LIQUIDEZ IMEDIATA (Disponível / PC)


Mostra quantos R$ a empresa tem no disponível (caixa, bancos e
aplicações financeiras disponíveis), para pagar as dividas vencíveis em
um ano.
Revela a capacidade de pagamento no curtíssimo prazo (imediata).

LIQUIDEZ CORRENTE (AC / PC)


Mostra quantos R$ a empresa tem no ativo circulante, para pagar cada
real de divida vencível de um ano.
Revela a capacidade de pagamento a curto prazo.
Demonstrações Contábeis

Índices de Liquidez
LIQUIDEZ SECA (AC - Estoques - Desp Antec) / PC
Mostra quanto tem no ativo circulante (não considerados os estoques e
as despesas antecipadas) para pagar cada real de divida vencível dentro
de um ano.
Revela a capacidade de pagamento caso ocorra uma paralisação nas
vendas. Não aplicável com just-in-time.

LIQUIDEZ GERAL (AC + ARLP) / (PC + PELP)


Mostra quantos Reais a empresa tem de valores disponíveis e realizáveis
(em qualquer prazo) para pagar cada real do total de suas dívidas (a
curto e a longo prazo).
Revela a capacidade de pagamento geral.
Demonstrações Contábeis

Índices de Endividamento

PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS


(PC + PELP) / PL
Indica o quanto há de capital de terceiros em relação ao patrimônio
líquido, retratando a dependência da empresa em relação aos recursos
externos.

IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (AP / PL)


Indica quanto do patrimônio líquido da empresa está aplicado no ativo
permanente.
Demonstrações Contábeis

Índices de Endividamento

COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO PC/ (PC+PELP)


Indica a proporção das obrigações de curto prazo em relação ao total das
obrigações (curto prazo somado ao longo prazo).

PASSIVO ONEROSO SOBRE O ATIVO


(PCf + PELPf) / A
Indica a parcela do ativo que está sendo financiada por empréstimos
(curto e longo prazo) com encargos financeiros.
Demonstrações Contábeis

Índices de Rentabilidade/Lucratividade

RETORNO SOBRE O ATIVO (LL / A)


Return on Investiment (ROI)
Indica a rentabilidade que a empresa propicia com a utilização dos
investimentos totais (total do ativo).

RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (LL / PL)


Return on Equity (ROE)
Indica quanto de prêmio os acionistas ou proprietários da empresa estão
obtendo em relação aos seus investimentos no empreendimento.
Demonstrações Contábeis

Como Prever Falências? (Insolvência)

X1 = ( Lucro Líquido / PL ) x 0,05 Stephen C. Kanitz


X2 = Liquidez Geral x 1,65 FEA / USP
X3 = Liquidez Seca x 3,55 Aplicável à indústria e ao
comércio.
X4 = Liquidez Corrente x 1,06
Não aplicável em bancos
X5 = ( P / PL ) x 0,33 e construtoras

Fator de Insolvência = X1 + X2 + X3 - X4 - X5
-7 -3 0 +7

Insolvência Indefinida Solvência


Demonstrações Contábeis

Como Prever Falências? (Insolvência)

Fator de Insolvência = X1 + X2 + X3 - X4 - X5
-7 -3 0 +7

Insolvência Indefinida Solvência

Empresas que estão mal Empresas que estão bem


-7 a -1 +3,5 a + 7

Média brasileira = 3,5


90% das empresas estão abaixo de 6
80% das empresas estão abaixo de 5
60% das empresas estão abaixo de 4
2,5% das empresas estão abaixo de zero
Demonstrações Contábeis

Termomêtro de Insolvência
Demonstrações Contábeis

Análise de Tendência
O Capital de Giro
O Capital de Giro

CAPITAL DE GIRO

Também chamado de CAPITAL CIRCULANTE


Corresponde aos recursos aplicados em ativos circulantes, que
transformam-se constantemente dentro do ciclo operacional.

Conceito de Capital de Giro


São os ativos que representam a parcela do investimento que
circula durante a condução dos negócios empresariais.
O Capital de Giro

Capital de Giro Líquido


É a diferença entre o ativo corrente (ativo circulante) e o
passivo corrente (passivo circulante).
CGL = AC - PC
É também chamado de Capital Circulante Líquido

AC > PC CGL Positivo


AC < PC CGL Negativo
AC = PC CGL Nulo
O Capital de Giro

Capital de Giro Líquido

Ativo Passivo Ativo


Ativo Passivo
Circulante Circulante Circulante
Passivo Circulante Circulante
Circulante

Passivo Ativo Ativo Passivo


Não Não Não
Ativo Passivo Não
Circulante Circulante Circulante
Não Não Circulante
Circulante Circulante

CGL Positivo CGL Negativo CGL Nulo


O Capital de Giro

Capital de Giro Líquido

O CGL constitui uma medida estática da folga financeira que a


empresa tem para liquidar seus compromissos de curto prazo.

CGL Insolvência
Cuidados na análise estática:
Se os estoques forem de realização difícil ou demorada a folga financeira é
ilusória. Exemplo: período de retração nas vendas de automóveis.
Um supermercado gira rápido os estoques, mas terá que pagar futuramente as
exigibilidades. Enquanto isso são feitas aplicações no mercado financeiro,
tornando o CGL negativo.
O Capital de Giro

CGL X Rentabilidade

O CGL elevado pode prejudicar a rentabilidade da empresa, pois:

- O excesso de AC pode indicar ineficiência no uso de


recursos financeiros;
- Há o risco da inflação (exceto em estoques);
- Os recursos de terceiros a longo prazo tem custo elevado
(inflação, variação cambial, juros e serviços bancários, IOF,
etc.)
O Capital de Giro

Redução do CGL

Benefícios produzidos por reduções no CGL:

- Libera capital investido, reduzindo o custo de oportunidade;


- Eficiência operacional;
- Repasse dos benefícios aos preços de venda (ganho em volume);
- Limites na redução do CGL.
O Capital de Giro

Alterações no CGL
TRANSAÇÕES QUE ELEVAM O CGL:
- Novas dívidas (empréstimos e financiamentos);
- Aumento de Capital Próprio por integralização de novas ações;
- Geração de lucro líquido;
- Reduções de ativos não circulantes.

TRANSAÇÕES QUE REDUZEM O CGL:


- Reduções de dívidas não circulantes;
- Pagamentos de dividendos;
- Apuração de prejuízos líquidos;
- Elevações de ativos não circulantes.
O Capital de Giro

Evolução do Capital de Giro

A Evolução do Capital de Giro pode ser feita através da

Análise Vertical do Balanço Patrimonial

O Ativo Circulante é a base 100


em cada posição da análise vertical
O Capital de Giro

Dez/01 Dez/02 Dez/03 Dez/01 Dez/02 Dez03


Caixa e Bancos 200 250 380 3,3 2,8 3,1
Duplicatas a receber 3120 4200 5850 52,0 46,7 47,7
Prov. Dev. Duvidosos (93) (126) (175) (1,5) (1,4) (1,4)
Estoques 2400 3600 5200 40,0 40,0 42,5
Diversos 373 1076 995 6,2 11,9 8,1
ATIVO CIRCULANTE 6000 9000 12250 100,0 100,0 100,0
Fornecedores 1580 2400 3540 26,3 26,7 28,9
Emp. Bancários 2300 2300 5100 38,3 25,6 41,6
Diversos 1120 1850 1910 18,7 20,5 15,6
PASSIVO CIRCULANTE 5000 6550 10550 83,3 72,8 86,1
CGL 1000 2450 1700 16,7 27,2 13,9
ATIVO CIRCULANTE 6000 9000 12250 100,0 100,0 100,0
O Capital de Giro

Análise da Evolução do Capital de Giro

AC Estoques Duplicatas a receber

PC Fornecedores Empréstimos bancários

PC CGL
O Capital de Giro

Financiamento do Ativo Circulante

As vendas não são uniformes durante todo o ano


SAZONALIDADE

A sazonalidade pode provocar expansão ou contração no AC


Elevação dos estoques de produtos agrícolas na safra
Estoques de sorvete durante o inverno
Estoques de brinquedos para as vendas de natal

Portanto trabalha-se com projeções das necessidades de recursos


O Capital de Giro

Financiamento do Ativo Circulante

Alternativas de Financiamento:
Agressiva à Mínimo de CGL, Eleva a rentabilidade, Prejudica a liquidez

Conservadora à Máximo de CGL, Ruim p/ a rentabilidade, Eleva a liquidez

Intermediária à representa um meio termo entre as opções anteriores

Em um processo inflacionário há a necessidade de se elevar o CGL para a


manutenção do mesmo nível de produção e vendas.
As empresas não conseguem repassar integralmente os índices de inflação aos seus
preços de venda, pois perderiam clientes.
A Administração do
Capital de Giro
Administração do Capital de Giro

Circulante x Não Circulante


Caixa
Clientes Fornecedores

Ativo Mercadorias
Passivo
Circulante Circulante
Bens Estoques, AC
Caixa
Direitos Duplicatas a receber,
Passivo Bancos
Não
Ativo Fornecedores, Salários,
Circulante
Não Aluguéis, Contas a pagar, PC
Circulante Obrigações Impostos a recolher,
Financiamentos, Juros a pagar
Administração do Capital de Giro

Análise Dinâmica do Capital de Giro

CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO (AC - PC)


Representa o volume de recursos de longo prazo (próprios ou de
terceiros) investidos no giro.

NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (ACo - PCo)


Revela o montante de capital permanente que uma empresa necessita
para financiar seu capital de giro. Esse volume é determinado pelo
nível de atividade da empresa (produção e vendas) e prazos
operacionais.
Administração do Capital de Giro

Análise Dinâmica do Capital de Giro

SALDO DE TESOURARIA (CGL - NCG) ou (ACf - PCf)


É uma medida de margem de segurança financeira de uma empresa, que
indica sua capacidade interna de financiar um crescimento da
atividade operacional. É uma reserva financeira.

NECESSIDADE TOTAL DE FINANCIAMENTO PERMANENTE


(NCG + ANC)
É o crescimento mínimo de passivo não circulante que a empresa deve
manter visando lastrear seus investimentos em giro e fixo, e
estabelecer seu equilíbrio financeiro.
Administração do Capital de Giro

Análise e Dimensionamento dos


Investimentos em Capital de Giro

Capital de Giro Líquido


CGL = AC – PC
Necessidade de Capital de Giro
NCG = ACo – PCo
Necessidade Total de Financiamento Permanente
NTFP = NCG + ANC
Saldo de Tesouraria
ST = CGL – NCG ou ST = ACf – PCf
Administração do Capital de Giro

Cia AZ
AC Financeiro PC Financeiro CGL = AC – PC
$20 $90 - $60 = $30
$30

PC Operacional NCG = ACo – PCo


$40 $60 - $40 = $20
AC Operacional
$60 NTFP = NCG + ANC
$20 + 50 = $70

Passivo
ST = CGL – NCG
Não Circulante
Ativo $30 - $20 = $10
Não Circulante $80
$50 ST = ACf - PCf
$30 - $20 = $10
Administração do Capital de Giro

Cia AZ – Capital de Giro Líquido (CGL)


AC Financeiro PC Financeiro
$20
$30
$60
PC Operacional
$90 $40
AC Operacional
$60

Passivo
Não Circulante
Ativo CGL
Não Circulante $80
$90 - $60
$50 $30
Administração do Capital de Giro

Cia AZ – Necessidade de Capital de Giro (NCG)


AC Financeiro PC Financeiro
$20
$30

PC Operacional $40
$40
AC Operacional
$60
$60

Passivo
Não Circulante
Ativo NCG
Não Circulante $80
$60 - $40
$50 $20
Administração do Capital de Giro
Cia AZ – Necessidade Total de Financiamento Permanente
(NTFP)
AC Financeiro PC Financeiro
$20
$30

PC Operacional $40
$40
$60 AC Operacional
$60

Passivo
Não Circulante
Ativo
$80 NTFP
$50 Não Circulante
($60-$40)+$50
$50 $70
Administração do Capital de Giro
Cia AZ – Saldo de Tesouraria (ST)
PC Financeiro
$30
AC Financeiro $20 $20
$30

PC Operacional $40
$40
AC Operacional
$60 $60

Passivo
Não Circulante
Ativo ST
Não Circulante $80
CGL - NCG
$50 $10

ST = [($60+$30)-($20+$40)] – [$60-$40] = $10


Administração do Capital de Giro

Cia AZ – Saldo de Tesouraria (ST)


PC Financeiro
AC Financeiro $20
$30 $30
$20

PC Operacional
$40
AC Operacional
$60

Passivo
Não Circulante
Ativo ST
Não Circulante $80
$30-$20
$50 $10
Administração do Capital de Giro

Exemplo: Cia FPOLIS


Ativo Circulante Financeiro 100 Passivo Circulante Financeiro 120
Ativo Circulante Operacional 400 Passivo Circulante Operacional 280
Ativo Não Circulante 500 Passivo Não Circulante 600
TOTAL DO ATIVO 1000TOTAL DO PASSIVO 1000

Os principais indicadores são:

NCG = $400 - $280 = $120 (ACo - PCo)


ST = $100 - $120 = $-20 (ACf - PCf)
NTFP = $120 + $500 = $620 (NCG + ANC)

Desconsiderando as características sazonais e fixas do NIG


tem-se uma inadequada estrutura financeira à NTFP > PNC
IDEAL NTFP < PNC
Administração do Capital de Giro

EXERCÍCIO:
A Cia Centauro apresenta as seguintes contas (em
milhares de Reais):
Duplicatas a receber 145; Caixa 30; Estoques 104; Despesas
antecipadas 7; Aplicações financeiras 50; Adiantamentos a
fornecedores 6; Provisão para devedores duvidosos 5;
Fornecedores 90; Empréstimos bancários 60; Encargos sociais e
fiscais 52; Adiantamentos a clientes 18.
Sabendo-se que o ARLP era de 123, o Imobilizado de 500, o
PELP de 340 e o PL de 400, Calcule:
CGL = ?
NCG = ?
NTFP = ?
ST = ?
Administração do Capital de Giro
Resolução:
Cia Centauro (em milhares de $)
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Financeiro Passivo Circulante Financeiro
Caixa ................................ 30 Empréstimo Bancários .. 60
Aplic Financeiras ............ 50 Passivo Circulante Operacional
Ativo Circulante Operacional Fornecedores ................... 90
Duplic Receber ............. 145 Encargos Sociais ............. 52
Estoques ........................ 104 Adiantam Clientes ....... 18
Desp Antecipadas .......... 7 Passivo Exigível a LP .................. 340
Adiantam Fornecedor .. 6 Patrimônio Líquido ..................... 400
Provisão Deved Duvid .. (5)
Ativo Não Circulante
Ativo Realizável LP ...... 123
Imobilizado ................... 500
TOTAL DO ATIVO .................... 960 TOTAL DO PASSIVO ............... 960
Administração do Capital de Giro

Resolução:
Cia Centauro (em milhares de $)

CGL = AC - PC
CGL = ($80 + $257) - ($60 + $160) = $117

NCG = ACo - PCo


NCG = $257 - $160 = $97

ST = CGL - NCG ou ST = ACf - PCf


ST = $117 - $97 = 20 ou ST = $80 - $60 = $20

NTFP = NCG + ANC


NTFP $720 < PNC $740 (Ideal)
NTFP = $97 + $623 = $720
Administração de
Disponibilidades
Administração de Disponibilidades

O que são disponibilidades?


Numerário mantido em caixa;
Saldo bancário de livre movimentação;
Aplicações financeiras de liquidez imediata.

Disponibilidades à Capacidade de solvência ruim

Disponibilidades à Prejuízo na rentabilidade

Adm. de Disponibilidades: Busca o equilíbrio


Administração de Disponibilidades

Princípio da Administração Financeira


A maximização da rentabilidade deve ser alcançada através das
atividades operacionais e não com aplicações financeiras de alto risco.

Aplicações Financeiras de Alto Risco


RENTABILIDADE
Atividade Operacionais

“Eficácia na administração dos recursos financeiros”


Administração de Disponibilidades

A administração eficiente do caixa (disponibilidades)


contribui para a maximização do lucro das empresas.

TESOURARIA

Contas que exercem forte impacto no caixa:


Contas a receber; Coordenação das
Estoques; atividades de compra,
Contas a pagar. estocagem e vendas
Administração de Disponibilidades

Sempre deve existir um saldo de caixa adequado às


atividades da organização.

Incertezas nos Necessidade de


Recebimentos Saldo em Caixa

Geralmente aplicações de liquidez imediata geram rendimentos menores


do que aplicações de prazos mais longos.

Conflito: LIQUIDEZ x RENTABILIDADE


Administração de Disponibilidades

Por que manter o saldo de caixa?

MOTIVO TRANSAÇÃO: Pagamentos de transações geradas pelas


atividades operacionais como matérias-primas, serviços profissionais
e salários.
MOTIVO PRECAUÇÃO: Pagamentos de eventos não previstos
MOTIVO ESPECULAÇÃO: Com a finalidade de se aproveitar
oportunidades lucrativas

Numerários em trânsito – FLOAT;


Reciprocidades em saldo médio exigidas pelos bancos.
Administração de Disponibilidades

Custo de Oportunidade

Opção A

Opção B
Administração de Disponibilidades

Ciclo Operacional, Econômico e Financeiro


Mês 0 Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4

Fabricação Estocagem

Compra de Término de Venda Pagamento da Recebimento


Matéria-prima Fabricação e Matéria-prima da Venda
Pgto de outros
Custos
CICLO ECONÔMICO (CE)

CICLO FINANCEIRO (CF)

CICLO OPERACIONAL (CO)

PRE = PF + PEPA
CE = PRE
CO = PRE + PRV CO = do início do CE até o final do CF
CF = do primeiro desembolso até o final do PRV
Administração de Disponibilidades

Financiamento do Giro das Operações


Fornecedores (prazo de pagamento da matéria-prima) e
Outras fontes de recursos (até o recebimento da venda)

Estratégias para Reduzir o Ciclo Financeiro (CF)


Retardar os pagamentos aos fornecedores (sem comprometer o crédito)
Acelerar o recebimento de duplicatas (sem constranger os clientes)
Elevar o giro dos estoques (sem riscos de paralisação por falta de estoques)
Administração de Disponibilidades

Desembolsos Operacionais (DO)


São os pagamentos relacionados com as atividades operacionais
(fornecedores, salários, encargos sociais, impostos e contas a pagar)

Caixa Operacional (COp)


É a média mensal de recursos que suporta o desembolso operacional
É a parcela do capital de giro necessária para suportar determinado nível
de vendas.

Giro de Caixa (GC)


Mostra quantas vezes o caixa operacional foi renovado no período.
Divisão do total anual de desembolsos operacionais pelo caixa
operacional
Administração de Disponibilidades

Equações

DesembolsosOperacionais
GirodeCaixa =
CaixaOperacional

360dias
GirodeCaixa =
CicloFinanceiro

DO 360dias
GC = GC =
COp CF
Administração de Disponibilidades

Redução do Ciclo Financeiro


Situação Base Situação 1 Situação 2
Ciclo Financeiro 135dias 120dias 80dias
Giro de Caixa (360/CF) 2,667 3,000 4,500
Desembolsos Operacionais $21.451 $21.451 $21.451
Caixa Operacional (DO/GC) $8.043 $7.150 $4.767
C. de oportunidade (22,4%ano) $1.802 $1.602 $1.068
Redução do COp - $893 $3.276
Benefício anual (22,4%ano) - $200 $734

[(1,025)12 – 1] x (1 – 0,35) = 0,224 ou 22,4% a.a. (taxa de juros – IR)


GERENCIAMENTOCAPITAL DE GIRO
• Envolve as decisões sobre o volume aplicado em
cada conta e influencias das formas de
financiamento.

• Envolve decisões do volume aplicado em:


– CAIXA
– CONTAS A RECEBER DE CLIENTES
– ESTOQUES E OUTROS

• Deve-se analisar estes volumes levanto-se em


conta as formas de financiamento.
PRÉ REQUISITO GESTÃO CAPITAL GIRO
• Para entender melhor as decisões envolvendo
capital de giro e impacto no caixa da empresa é
preciso entender primeiro:

– CICLO OPERACIONAL
– CAPITAL DE GIRO E PRINCIPAIS CONTAS
(CAIXA/APLICAÇÕES, CLIENTES E ESTOQUES)
– DETERMINANTES DO SALDO DAS CONTAS QUE
FORMAM O CAPITAL DE GIRO E
CONSEQUENTEMENTE O DETERMINANTE DO
SALDO APLICADO EM CAPITAL DE GIRO.
PRÉ REQUISITO GESTÃO CAPITAL GIRO
– FORNECEDORES COMO FINANCIADORES
DO CAPITAL DE GIRO
– FLUXO DE PAGAMENTOS E
RECEBIMENTOS
– NECESSIDADE DE CAIXA AO LONGO DE
CADA PERÍODO
– POLÍTICA DE RECURSOS MANTIDOS EM
CAIXA E NECESSIDADE DE CAPTAÇÃO
GESTÃO DE CRÉDITO
• A empresa precisa gerenciar o crédito a
clientes porque grande parte das vendas
são realizadas a prazo.

– AS VENDAS PODEM SER PARA PESSOAS


FÍSICAS OU JURÍDICAS
– O PROCESSO DE ANÁLISE É DIFERENTE
PARA CADA PJ E PF
GESTÃO DE CRÉDITO
• A gestão de crédito deve responder os
seguintes problemas:

–CONDIÇÕES (PRAZO, DESCONTO, ...)


–INSTRUMENTO (CARTÃO, BOLETO, ...)
–ANÁLISE DO CRÉDITO (ANÁLISE DA QUANTIDADE
DE CRÉDITO)

– DECISÃO DE CRÉDITO (LIMITE DE CRÉDITO)


– POLÍTICA DE COBRANÇA
CONDIÇÕES DE CRÉDITO
• Prazo
– PROBABILIDADE DE PERDA
– VALOR DO CRÉDITO
– PERECIBILIDADE DOS PRODUTOS

• Desconto para pagamentos a vista

• Instrumentos
CONDIÇÕES DE CRÉDITO

• Empresa mais suscetíveis a conceder crédito


– RECUPERABILIDADE DOS PRODUTOS
– MENOR CUSTO DE CAPITAL
– MENOR REPUTAÇÃO DA VENDEDORA

• Deve-se considerar na definição


– VPL DAS POLÍTICAS DE CONCESSÃO DE
CRÉDITO
– CUSTOS RELACIONADOS A CONCESSÃO DE
CRÉDITO (CUSTO DE CARREGAMENTO X CUSTO DE OPORTUNIDADE)
GESTÃO DE ESTOQUE
Os estoque são necessárias para manter o atendimento aos clientes.

As empresas podem manter mais ou menos estoques: Com estoque


mais elevados, as empresas têm:
– BAIXO RISCO DE FALTA CUSTO FALHA

– ALTO CUSTO DE ESTOCAGEM ARMAZÉM, PERDA, CUSTO FINANCEIRO,

CUSTO DE OPORTUNIDADE DO DINHEIRO

Com estoques mais baixos as empresas têm:


– BAIXO CUSTO DE ESTOCAGEM

– ALTO RISCO DE FALTA

A melhor política busca o equilíbrio entre os dois custos.


ADMINISTRAÇÃO CAPITAL DE GIRO

• Finanças de curto prazo consistem em analisar as


decisões que afetam os ativos e passivos circulantes
(com efeito da empresa no prazo de um ano)

• Ativos circulantes são caixa e outras contas que se


espera converter em dinheiro em período inferior a 1
ano. São organizações no balanço por ordem de
liquidez.

• Passivos circulantes são obrigações a serem pagas


dentro de ano
POLÍTICA FINACEIRA

Envolve:

–Magnitude de investimentos em
ATIVOS CIRCULANTES / RECEITA

–Financiamento de ATIVOS
CIRCULANTES (PROPORÇÃO DÍVIDA CP X LP)
MAGNITUDE DO INVESTIMENTO
EM ATIVOS CIRCULANTES
• Política Financeira flexível de Ativo
Circulante:

– MANUTENÇÃO DE SALDOS ELEVADOS


DE CAIXA E TÍTULOS NEGOCIÁVEIS
– INVESTIMENTOS SUBSTANCIAIS EM
ESTOQUE
– MENOR RESTRIÇÃO NA CONCESSÃO DE
CRÉDITO
MAGNITUDE DO INVESTIMENTO
EM ATIVOS CIRCULANTES
• Política financeira restritiva de ativos
circulante:

– MANUTENÇÃO DE SALDO REDUZIDO EM


CAIXA E NOTA EM TÍTULOS
NEGOCIÁVEIS
– PEQUENOS INVESTIMENTOS EM
ESTOQUE
– POUCA OU NENHUMA VENDA A PRAZO
(ZERO CNTAS A RECEBER)
MAGNITUDE DO INVESTIMENTO
EM ATIVOS CIRCULANTES
• Deve levar em consideração o equilíbrio
entre:

– CUSTO DE CARREGAMENTO: CUSTO DE


OPORTUNIDADE E CUSTO DE
MANUTENÇÃO
– CUSTO DE FALHA: CUSTO DE
NEGOCIAÇÃO OU PEDIDO E CUSTO
RELACIONAMENTO A RESERVAS DE
SEGURANÇA
Alavancagem Financeira
Alavancagem Financeira

Estrutura de Capital

Capital de
PC Curto P razo
Capital de
Terceiros

A PELP
Capital de
Longo Prazo e
Capital
PL Próprio
Permanente (PNC)

Todo o capital de uma empresa está investido no ativo, para


gerar retornos adequados
Alavancagem Financeira

Estrutura de Capital

O capital é um fundo de valores ou conjunto de bens,


créditos e débitos colocados à disposição da empresa, com a
finalidade de gerar resultados econômicos.

FONTES DE CAPITAL:

PC + PELP Recursos de terceiros


PL Recursos dos sócios ou acionistas

Ativo P + PL
Alavancagem Financeira

Alavancagem Financeira

Ocorre quando o capital de terceiros produz efeitos sobre o


patrimônio líquido.
O Processo é como se o capital de terceiros, utilizando-se de
uma “alavanca”, produzisse efeitos (positivos ou negativos)
sobre o patrimônio líquido.
Alavancagem Financeira

Alavancagem Financeira

É o produto do uso de ativos ou fundos a custo fixo


para multiplicar recursos para os proprietários da
empresa.
Gitman (2005)
Alavancagem Financeira

Valor da Empresa

Estrutura de Capital A Estrutura de Capital B

40%
40%
60% P 60%
PL
PL P

Capital Próprio (PL) x Capital de Terceiros (P)


Alavancagem Financeira

Valor da Empresa

à As alterações de estrutura de capital beneficiam


os acionistas somente se o valor da empresa
aumenta.

à Os administradores devem escolher a estrutura


de capital que acreditam poder levar ao maior valor
possível para a empresa, pois essa estrutura de
capital será a mais benéfica para os acionistas.
Alavancagem Financeira

Demonstração do Resultado do
Exercício
RECEITA BRUTA
(-) deduções
RECEITA LÍQUIDA
(-) custo das vendas ou dos serviços
LUCRO BRUTO
(-) despesas operacionais
(-) despesas financeiras
LUCRO OPERACIONAL
(-) despesas não operacionais
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA - LAIR
(-) provisão para o imposto de renda
LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA
Alavancagem Financeira

Cálculo da Alavancagem Financeira

Método Assaf Neto


(utiliza-se uma fórmula americana e modifica-se o D.R.E.)

GAF = Lucro Operacional


Lucro Operacional - Despesas Financeiras
Alavancagem Financeira

Grau de Alavancagem Financeira

GAF = Lucro Operacional


Lucro Operacional - Despesas Financeiras

GAF = 1: Alavancagem Financeira Nula


GAF > 1: Alavancagem Financeira Favorável
GAF < 1: Alavancagem Financeira Desfavorável
Alavancagem Financeira

Grau de Alavancagem Financeira


GAF = 1: Alavancagem Financeira Nula
GAF > 1: Alavancagem Financeira Favorável
GAF < 1: Alavancagem Financeira Desfavorável

Interpretação:
A alavancagem resulta da participação de recursos de terceiros na
estrutura de capital da empresa.
O endividamento é interessante sempre que seu custo for menor
que o retorno produzido pela aplicação desses recursos. Alavanca
a Rentabilidade.
Alavancagem Financeira

Alavancagem Financeira

Definição:
Alavancagem financeira é a capacidade que os os recursos de
terceiros apresentam de elevar os resultados líquidos dos
proprietários.
É medida pelo Grau de Alavancagem Financeira (GAF).
GAF = 1: Alavancagem Financeira Nula
GAF > 1: Alavancagem Financeira Favorável
GAF < 1: Alavancagem Financeira Desfavorável
Alavancagem Financeira

Exemplo
Uma empresa tem um ativo de $300, que lhe proporciona um lucro
operacional de $45, equivalentes a uma rentabilidade de 15% sobre o
investimento total (ativo).
A empresa está financiada por capital próprio (PL) de $200 e em
empréstimos bancários de $100, cujo custo é de 12%, ou seja, despesas
financeiras de $12.

Passivo $100 Custo $12


LOp $45 Ativo $300
Patr. Líquido $200

GAF = LOp = $45 = 1,36


LOp - DF $45 - $12
Alavancagem Financeira

Exemplo
Passivo $100 Custo $12
LOp $45 Ativo $300
Patr. Líquido $200

GAF = LOp = $45 = 1,36


LOp - DF $45 - $12

GAF > 1: Alavancagem Financeira Favorável


Uma variação no lucro operacional indica uma variação 1,36 vezes maior no
lucro líquido.

Lucro Líquido = Lucro Operacional x GAF


Alavancagem Financeira

Exemplo
Uma variação no lucro operacional indica uma variação 1,36 vezes maior no
lucro líquido.

Lucro Líquido = Lucro Operacional x GAF

Supondo-se um aumento de 20% no Lucro Operacional, é de se esperar um


aumento de 27,2% no Lucro Líquido.

Lucro Líquido = Lucro Operacional x GAF


Lucro Líquido = 20% x 1,36 = 27,2%
Alavancagem Financeira

GAF para Diferentes Estruturas de Capital


ESTRUTURAS DE CAPITAL A B C D
Ativo Total 100.000 100.000 100.000 100.000
Passivo Exigível 0 20.000 60.000 90.000
Patrimônio Líquido 100.000 80.000 40.000 10.000
Receitas de Vendas 110.000 110.000 110.000 110.000
CMV (50.000) (50.000) (50.000) (50.000)
Lucro Bruto 60.000 60.000 60.000 60.000
Despesas Vendas e Adm (15.000) (15.000) (15.000) (15.000)
Lucro Operacional (antesIR) 45.000 45.000 45.000 45.000
Imposto de Renda (40%) (18.000) (18.000) (18.000) (18.000)
Lucro Operacional (apósIR) 27.000 27.000 27.000 27.000
Despesas Financeiras (25%) - (5.000) (15.000) (22.500)
Redução de IR - 2.000 6.000 9.000
Lucro Líquido 27.000 24.000 18.000 13.500
GAF 1,00 1,13 1,50 2,00
Alavancagem Financeira

GAF para Diferentes Estruturas de Capital


O retorno produzido pelos ativos é de 27%
GAF > 1
O custo do capital de terceiros é de 25% (menor)

GAF > 1
à Significa que a empresa está “alavancando” o retorno de seus
proprietários mediante o uso de passivos onerosos que custam menos do
que rendem aplicados no ativo.

GAF < 1
à Revela que o custo dos passivos onerosos foi superior a rentabilidade
das operações, causando um efeito desfavorável no retorno do capital
próprio.
Alavancagem Financeira

Reduções nas Vendas


ESTRUTURAS DE CAPITAL A B C D
Ativo Total 100.000 100.000 100.000 100.000
Passivo Exigível 0 20.000 60.000 90.000
Patrimônio Líquido 100.000 80.000 40.000 10.000
Lucro Operacional (após IR) 10.000 10.000 10.000 10.000
Despesas financeiras (25%) 0 (5.000) (15.000) (22.500)
Redução de IR 0 2.000 6.000 9.000
Lucro/Prejuízo Acumulado 10.000 7.000 1.000 (3.500)
Variação LOp -62,96% -62,96% -62,96% -62,96%
Variação LL -62,96% -70,83% -94,44% -125,93%
GAF 1,00 1,13 1,50 2,00

Com a redução do volume de atividade da empresa, quanto maior o


endividamento, menor será a remuneração dos proprietários.
Se o LOp passa de 27.000 para $10.000 à redução de 62,96%
Custo de Capital
Custo de Capital

Maximizar valor ou riqueza

Ativos Passivos

Financiamentos
Investimentos

TMA CMPC
Técnicas
TMA = Taxa Mínima de Atratividade
CMPC = Custo Médio Ponderado de Capital
Custo de Capital

Entendendo o ...

Custo
Médio
CMPC Ponderado de
Capital

WACC = Weighted Average Capital Cost


Custo de Capital

As fontes de financiamento …

PC
INVESTIMENTOS
ELP

PL
Custo de Capital

Separando as fontes de financiamento

Estrutura de Capital
PC

Terceiros
CP

ELP LP

PL Próprios
Custo de Capital

Fontes externas

Capital de terceiros
É preciso considerar
o benefício fiscal!
Custo de Capital

Benefício fiscal
...

Empresas tributadas
por

Lucro Real
Custo de Capital

Símbolo do custo externo

Kd
Dívida

Custo de Capital
Custo de Capital

Benefício fiscal

Juros representam despesas


financeiras
Dedutíveis do IR
Parte dos juros pagos retorna sob
a forma de IR não pago
Custo de Capital

Empresas Nada Deve e Algo Deve


Nada Deve Algo Deve
Ativos 400 400
Dívidas (20% a.a.) 0 200
PL 400 200
Passivos 400 400
Resultado
LAJIR 100 100
(-) Juros 0 -40
LAIR 100 60
(-) IR (30%) -30 -18
Lucro Líquido 70 42
Desembolso efetivo = $28,00
Custo de Capital

Do custo aparente da dívida, deve ser extraído o benefício


fiscal

Kd = Ka . (1 - IR)
Alíquota
Custo aparente do IR
da dívida
Custo efetivo
da dívida
Custo de Capital

Balanço
Nada Deve Algo Deve
Patrimonial
Kd de Algo Deve
Ativos 400 400
Dívidas (20%) 0 200
PL 400 200
Kd = Ka . (1 - IR)
Passivos 400 400
Kd = 20% . (1 – 0,30)
Resultado Nada Deve Algo Deve
LAJIR 100 100 Kd = 14% a.a.
(-) Juros 0 -40 ou
LAIR 100 60 Kd = 28/200

(-) IR (30%) -30 -18 Kd = 14% a.a.


LL 70 42
Custo de Capital

Para não esquecer …


Números:
A Cia do Mundo Mágico possui Dívidas = $500 mil
dívidas no valor de $500 mil, sobre Juros = $80 mil
as quais paga juros anuais iguais IR = 34%
a $80 mil.
Sabendo que a alíquota de IR da
empresa é igual a 34%, calcule: Respostas:
Custo aparente da dívida Ka = 16%
Custo efetivo da dívida Kd = 10,56%
Custo de Capital

Fontes internas

Capital Próprio
Custo de Capital

Lembre-se!!!!
É um custo de oportunidade!
A empresa não tem obrigação de remunerar os
sócios!
Porém, os sócios tem uma expectativa de
retorno

Um retorno esperado é
desejado na operação!
Custo de Capital

Símbolo do custo próprio

Ks Sócio
Custo de Capital
Custo de Capital

Para Calcular o Custo do Capital Próprio

Modelo de Crescimento Constante


de Gordon e Shapiro
Custo de Capital

Modelo de Gordon e Shapiro

Ks = D1 + g
P0
Ks = Custo do capital dos acionistas (Shareholders)
D1 = Dividendo por ação no ano 1
P0 = Preço da ação no ano zero
g = Taxa de crescimento dos dividendos
Custo de Capital

à A empresa Maquinaria Industrial S.A. está cotada


atualmente a $5,60 (P0). Sabendo que o próximo dividendo anual
(D1) a ser distribuido pela empresa será igual a $0,75 e que os
dividendos têm crescido a uma média anual igual a 3%, deseja-se
calcular o custo do capital próprio da empresa (Ks), mediante o
emprego do modelo de Gordon e Shapiro.

Ks = D1 + g Ks = 0,75 + 0,03
P0 5,60

Ks = 0,1639 = 16,39%
Custo de Capital

à O CMPC é uma ponderação entre os valores do Kd e do Ks


à Kd sai do Passivo do Balanço patrimonial
à Ks sai do Patrimônio líquido do Balanço patrimonial.

Empresa ABC
Percentuais
Calculados com base
PASSIVO no IR

Banco A $12.000 Kd = 18,85% à $2.262


Banco B $26.000 Kd = 20,15% à $5.239
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social $59.000 Ks = 16,39% à $9.670
TOTAL ………..….. $97.000 CMPC (17.171/97.000) à 17,70%
Custo de Capital

Cuidado na Agressividade!!!

Algumas empresas financiam suas necessidades


sazonais de financiamento com capital de
terceiros a curto prazo e as necessidades
permanentes com capitais de terceiros de longo
prazo.

Estratégia Agressiva de
Financiamento
Custo de Capital

à A empresa XYZ paga dividendos a uma taxa constante de


9%. A taxa exigida pelo mercado é de 16% e o próximo valor a
ser pago em dividendos é de $1,80. Calcule o valor da ação com o
modelo de Gordon e Shapiro.

Ks = D1 + g 0,16 = 1,80 + 0,09


P0 P0

P0 = $25,71
Formação do
Preço de Venda
Formação do Preço de Venda

Gastos x Custos x Despesas


Gastos ou Dispêndios à Sacrifícios para a aquisição de um
bem ou serviço com pagamento no ato (desembolso) ou
futuro (criando uma dívida).

Custos - São os gastos no processo de industrialização


(produção). Exemplos: Matéria-prima, Mão-de-obra,
Embalagem, etc.
Despesas - São gastos que não contribuem ou não se
identificam com a transformação da matéria-prima.
Exemplos: Comissão de vendedores, Juros, Aluguel de
escritório, Honorários administrativos, etc.
Despesas Administrativas - Despesas de Vendas - Despesas Financeiras
Formação do Preço de Venda

Custos e Despesas Fixas


O custo é fixo quando o desembolso não varia em função da
quantidade produzida (aluguel de um galpão).
O mesmo raciocínio é feito para as despesas fixas (salário
do gerente comercial).
Unitariamente os CDFs são Variáveis

Custo do Aluguel

$ 80.000

$ 50.000

$ 20.000

0 5.000 10.000 15.000 20.000 Quantidade (produtos)


Formação do Preço de Venda

Custos e Despesas Variáveis


O valor dos custos e despesas variáveis varia
proporcionalmente à quantidade de produção (compra de
matéria-prima, comissões e impostos sobre vendas)
Unitariamente os CDVs são Fixos

Custo da
Matéria-Prima

$ 80.000

$ 50.000

$ 20.000

0 5.000 10.000 15.000 20.000 Quantidade (produtos)


Formação do Preço de Venda

Margem de Contribuição
É o valor resultante das vendas (líquidas de impostos) deduzidas
dos CDVs.
MC = MCU x Quantidade produtos vendidos
A Margem de Contribuição Unitária (MCU) está relacionada a
um produto.

Preço unitário de venda (líquido de impostos) ................ $10,00


(-) Custos variáveis ............................................................. $ 4,30
(-) Despesas variáveis ......................................................... $ 0,90
(=) Margem de Contribuição Unitária (MCU) ................. $ 4,80
Formação do Preço de Venda

Margem de Contribuição Negativa


A margem de contribuição deve ser positiva.
Explicação: quanto mais se vende, maior é o prejuízo.

Alguns ramos de negócios trabalham com margem de


contribuição negativa (jornais e revistas). O prejuízo é coberto pelos
anunciantes.

Preço unitário de venda (líquido de impostos) ................ $ 2,00


(-) Custos variáveis ............................................................. $ 1,60
(-) Despesas variáveis ......................................................... $ 1,00
(=) Margem de Contribuição Unitária (MCU) ................. $ (0,60)
Formação do Preço de Venda

Ponto de Equilíbrio
É a quantidade de produtos que uma empresa precisa
vender para conseguir cobrir todos os custos e despesas.

PE = CDF (Custos e Despesas Fixas)

MCU (Margem de Contribuição Unitária)

Exemplo:
Se a margem de contribuição de uma empresa é de $ 4,80 os seus Custos e
despesas fixas são de $ 36.000, a quantidade de produtos vendidos necessária
para cobrir todos os custos e despesas é de:
PE = CDF = 36.000 = 7.500 unidades
MCU 4,80
Formação do Preço de Venda

Ponto de Equilíbrio
É a quantidade de produtos que uma empresa precisa vender para conseguir
cobrir todos os custos e despesas.

Receitas
Líquidas
LUCRO
$ 100.000
Ponto de Equilíbrio (PE)

$ 75.000 CDV

$ 36.000
CDF

0 5000 7500 10000 Quantidade de Produtos


Formação do Preço de Venda

Formação do Preço de Venda


Princípios Básicos Preço alto inibe as vendas
Preço baixo não cobre os custos e despesas

Com base nos custos e Despesas:


Preço de Venda = Custos + Despesas + Lucros

Com base no mercado:


A competitividade se dá pelo preço
Deve-se reduzir custos e despesas para maximizar o lucro
Formação do Preço de Venda

Formação do Preço de Venda


Com base nos custos e despesas:
RLU = CDVU + CDFU + LU
RLU = Receita Líquida Unitária
CDVU = Custos e Despesas Variáveis Unitárias
CDFU = Custos e Despesas Fixas Unitárias
LU = Lucro Unitário

PVU = [RLU / (1 - %ICMS)] x [1 + (%IPI + %PIS)]


PVU = Preço de Venda Unitário
%ICMS, %IPI, %PIS = Alíquotas dos Impostos
Formação do Preço de Venda

Formação do Preço de Venda


Com base nos custos e despesas:
RLU = CDVU + CDFU + LU
RLU = 5,20 + 3,60 + 0,15 RLU
RLU = $10,3529

PVU = [RLU / (1 - %ICMS)] x [1 + (%IPI + %PIS)]


PVU = [10,3529 / (1 - 0,18)] x [1 + (0,20 + 0,0265)]
PVU = $15,4852

Com base no Método do Mark-up:


Base (CDVU, CMV) x Fator (Frango cru x 2,5)
Formação do Preço de Venda

Formação do Preço de Venda


Com base no mercado:
Método do Preço Corrente
Quando há muita semelhança de preços em todos os concorrentes.

Método de Imitação de Preços


Adota-se o preço de um produto concorrente semelhante.

Método de Preços Agressivos


Adota-se um preço abaixo dos concorrentes para se conquistar maior
participação no mercado.

Método de Preços Promocionais


Preços tentadores em alguns produtos para vender outros produtos.
Leasing

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Leasing

O que é uma operação de Leasing?

Leasing = Arrendamento Mercantil

Operação em que o possuidor de um bem (arrendador) cede a


terceiro (arrendatário, cliente) o uso deste bem, recebendo em
troca uma contraprestação.
Pessoas físicas e jurídicas podem contratar uma operação de
leasing.

Ao final do contrato de arrendamento, o arrendatário pode:


- comprar o bem por valor previamente contratado;
- renovar o contrato por um novo prazo, tendo como
principal um valor residual;
- devolver o bem ao arrendador.
Leasing

Prazos Mínimos de um Contrato de Leasing

2 ANOS Bens com vida útil de


até 5 anos

3 ANOS Bens com vida útil


superior a 5 anos

Não é permitida a “quitação”do contrato de leasing antes desses prazos.


A opção de compra só pode ser feita no final do contrato.
Leasing

IOF nas Operações de Leasing


O IOF não incide nas operações de Leasing.
Há o ISS (Imposto Sobre Serviços)

Responsabilidade pelas Despesas Adicionais


Seguros, manutenção, registro de contrato, ISS
Serão pagas ou pelo arrendatário ou pelo arrendador, dependendo do
que foi pactuado no contrato.

Site do Banco Central do Brasil http://www.bcb.gov.br


Leasing

Cálculo das Prestações de Leasing

A = P - P . ir . ( 1 + i )n . i
(1 + i )n (1 + i )n - 1

A = Prestação de Leasing
P = Valor do bem
i = Taxa de financiamento
ir = Taxa do valor residual
n = Prazo da operação
Leasing

Cálculo das Prestações de Leasing


Exemplo:
Um automóvel no valor de $18.500,00 está sendo adquirido
através de uma operação de leasing com uma taxa de 2% ao
mês, durante o período de 36 meses. O valor residual definido
no ato da contratação será de 5% sobre o valor do automóvel,
para ser pago com a prestação no 36. Calcular o valor da
prestação com e sem o valor residual.

A Prestação de Leasing ?
P Valor do bem $ 18.500,00
i Taxa de financiamento 2% ao mês = 0,02
ir Taxa do valor residual 5% = 0,05
n Prazo da operação 36 meses
162

Leasing

Cálculo com a HP-12C

f REG
18.500 CHS PV
ENTER
5 % CHS FV
2 i
36 n
PMT $ 708,02 (Prestação com valor residual)
0 FV
PMT $ 725,81 (Prestação sem valor residual)
BIBLIOGRAFIA:

ALBERTON, A.; DACOL, S. HP12-C Passo a Passo. 2.ed.


Florianópolis: Bookstore, 2003.
ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de Balanços: Um enfoque
econômico financeiro. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2012.
BRAGA, R. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira.
São Paulo: Atlas, 2008.
CASTELO BRANCO, A. C. Matemática Financeira Aplicada: Método
algébrico, HP-12C, Microsoft Excel. 1.ed. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003.
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 13.ed. São
Paulo: Harbra, 2005.
HOJI, M. Administração Financeira: Uma abordagem prática. 5.ed.
São Paulo: Atlas, 2007.
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