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ISAVE – Instituto Superior de Saúde

Licenciatura em Enfermagem

Introdução à Profissão

1º Ano – 2º Semestre

Ano Letivo: 2018/2019

Educação e Saúde na prática dos cuidados de Enfermagem


no adolescente dos 10 aos 12 anos de idade

Discentes:

Ana Fernandes nº118073

Rita Pinheiro nº118051

Andreia Cunha nº118010

Docente:

Prof.ª Dr.ª Maria José


Tavares

Amares, abril de 2019


Lista de abreviaturas

• EpS – Educação para a Saúde


ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4

PLANEAMENTO DA SESSÃO .............................................................................. 5

1- EDUCAÇÃO E SAÚDE NOS ADOLESCENTES .................................................. 6

2- O PAPEL DOS ENFERMEIROS NA EDUCAÇÃO E SAÚDE DOS


ADOLESCENTES .................................................................................................... 8

CONCLUSÃO .................................................................................................................. 9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 10


INTRODUÇÃO

O tema do trabalho engloba a importância da educação e saúde na prática dos


cuidados de enfermagem no adolescente dos 10 aos 12 anos de idade.
A educação para a saúde é um campo multifacetado, para o qual convergem
diversas conceções, tanto das áreas da educação como da saúde, as quais espelham
diferentes compreensões do mundo, demarcadas por distintas posições político-
filosóficas sobre o homem e a sociedade.

A promoção da saúde em geral e a Educação para a Saúde (EpS) em particular,


devem ser encaradas como tarefas de cidadania organizadas, em que se verifique a
participação ativa dos cidadãos. Não obstante esta necessidade de participação coletiva,
os enfermeiros desempenham um papel relevante enquanto agentes de EpS.

Dessa forma, ao conceito de educação para a saúde sobrepõe-se o conceito de


promoção da saúde, como uma definição mais ampla de um processo que abrange a
participação de toda a população no contexto de sua vida quotidiana e não apenas das
pessoas sob risco de adoecer. Esta noção está baseada num conceito de saúde ampliado,
considerado como um estado positivo e dinâmico de busca de bem-estar, que integra os
aspetos físico e mental (ausência de doença), ambiental (ajustamento ao ambiente),
pessoal/emocional (autorrealização pessoal e afetiva) e sócio ecológico
(comprometimento com a igualdade social e com a preservação da natureza). Entretanto,
a par dessa noção ampliada de saúde, observando-se a prática, verifica-se que atualmente
persistem diversos modelos ou diferentes paradigmas de educação para a saúde, os quais
condicionam diferentes práticas, muitas das quais reducionistas, o que requer
questionamentos e o alcance de perspetivas mais integradas e participativas.

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INTRODUÇÃO

PLANEAMENTO DA SESSÃO

1. Tema: Educação e Saúde na prática dos cuidados de enfermagem nos


adolescentes dos 10 aos 12 anos de idade.

2. Público alvo: Adolescentes dos 10 aos 12 anos de idade.

3. Local: Escola Básica de Amares.

4. Grupo de dinamizadores: Estudantes do 1º ano de Enfermagem do ISAVE:


Ana Fernandes, Rita Pinheiro e Andreia Cunha.

5. Data e hora do evento: A atividade decorrerá no dia 10 de abril de 2019, entre


as 14h00 e 15h00.
5.1. Tempo previsto: 1 hora.

6. Objetivos da sessão:
6.1 Objetivo Geral: Promover hábitos e comportamentos adequados aos
adolescentes dos 10 aos 12 anos de idade.
6.2. Objetivos específicos:
- Incentivar o adolescente a tornar-se sujeito ativo do seu cuidado;
- Promover a saúde de forma a prevenir agravos.

7. Recursos materiais e humanos necessários:


7.1. Recursos materiais: Apresentação de um vídeo e várias atividades
7.2. Recursos humanos: Dinamizadores e estudantes do grupo presentes na
sessão.

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1- EDUCAÇÃO E SAÚDE NOS ADOLESCENTES

A adolescência é uma fase de transição gradual entre a infância e o estado adulto,


marcada por mudanças físicas, psicológicas, sociais e comportamentais. Caracteriza-
se pela necessidade de integração social, pela busca e desenvolvimento da
personalidade, pela definição da identidade sexual e pela descoberta das próprias
limitações. Destacam-se ainda, entre outras características, o crescimento emocional
e intelectual, as relações interpessoais, a vivência da afetividade e a sexualidade.
Paralelamente a essas mudanças, nessa época da vida, crescem a autonomia e a
independência em relação à família e a experimentação de novos comportamentos e
vivências que podem representar importantes fatores de risco para a saúde, como a
alimentação inadequada, o sedentarismo, o uso excessivo de novas tecnologias, falta
de atividade física, entre outros fatores. Fatores que predispõe o surgimento da
vulnerabilidade a doenças crónicas não transmissíveis como obesidade e
dislipidemias.

Além dos problemas mencionados, outro aspeto bem evidenciado nos


adolescentes diz respeito à negligência com a saúde bucal. Em decorrência disso, é
significativa a incidência de doenças bucais, como a cárie dentária, a gengivite, as
doenças periodontais, e ainda, o mau hálito nessa população. Tem-se a compreensão
que a adolescência é o período onde vários hábitos e comportamentos são
estabelecidos, incorporados e possivelmente, transferidos à idade adulta, tornando-se
mais difíceis de serem alterados. Nesse sentido, é importante incentivar o adolescente
a tornar-se sujeito ativo do seu cuidado, utilizando para isso estratégias de educação
para a saúde que visem à promoção da saúde, a prevenção de agravos e o autocuidado.

A participação dos pais, familiares, profissionais da saúde e educação na vida dos


adolescentes é fundamental nesse processo, proporcionando momentos de diálogos,
aconselhamentos e atividades de educação em saúde que possibilitem a construção da
consciência crítica sobre a importância de adquirir hábitos saudáveis.

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1- EDUCAÇÃO E SAÚDE NOS ADOLESCENTES

Especula-se que quanto mais cedo forem proporcionadas atitudes de promoção de


saúde, explicativas e ativas na busca do conhecimento acerca das condições de saúde,
tais ações podem possibilitar uma mudança no cenário atual sobre a saúde dos
adolescentes, projetando adultos mais saudáveis. Todavia, é fundamental que essas
ações ocorram de maneira contínua, com conteúdo e metodologias diversificadas,
bem como tenham formas de avaliar a efetividade das ações, verificando a mudança
de comportamento e/ou o autoconhecimento por meio da aquisição de conhecimentos,
incentivando os adolescentes a adotar uma vida mais saudável.

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2- O PAPEL DOS ENFERMEIROS NA EDUCAÇÃO E
SAÚDE DOS ADOLESCENTES

Considerando a adolescência como uma fase de diversas mudanças passíveis de


conflitos de ordem psicológica, social, física e sexual, ressalta-se a necessidade de
uma abordagem educativa assertiva e de qualidade. Sendo assim, o enfermeiro atua
como facilitador do processo educativo, pois favorece o desenvolvimento de
estratégias que irão trabalhar com a prevenção e promoção da saúde desse grupo,
considerando que saúde não é apenas ausência de sintomas, mas sim uma interação
positiva de todos os aspetos que influenciam a vida de determinado sujeito.

O enfermeiro atua diretamente com o adolescente na consulta de enfermagem


realizada de forma individual, na visita domiciliar que possibilita conhecer melhor o
contexto de vida do adolescente, ou nos grupos educativos atingindo um número
maior de pessoas, facilitando a expressão de sentimentos, a troca de informações e
experiências, bem como soluções para os seus problemas com compartilhamento de
saberes.

Portanto, cabe aos profissionais de Enfermagem utilizar a educação para a saúde


como estratégia para a formação e desenvolvimento de novos comportamentos e o
empoderamento dos grupos em estado de vulnerabilidade, para que se tornem sujeitos
mais críticos e conscientes dos seus direitos legais, promovendo o exercício da
cidadania. Assim, a educação para a saúde não pode ser reduzida apenas às atividades
práticas que se reportam em transmitir informações. É considerada importante
ferramenta da promoção da saúde que necessita de uma combinação de apoios
educacionais e ambientais que objetiva atingir ações e condições de vida conducentes
ao bem-estar.

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CONCLUSÃO

Conclui-se que a educação para a saúde enfatiza a prevenção de doenças e


agravos, ações de caráter individual voltadas para patologias e agravos específicos;
com pequena ênfase na promoção da saúde, ações intersectoriais que consideram
abrangência e complexidade do processo saúde/doença, procurando empoderamento
e protagonismo do adolescente frente à realidade vivenciada.

A promoção da saúde é um processo que capacita as pessoas a controlar e a


melhorar a sua saúde e continua a ser a forma mais efetiva de melhorar o bem-estar e
a qualidade de vida.

Contudo, o enfermeiro é um profissional com capacidade de desenvolver


atividades de promoção de saúde e prevenção de doença, sendo importante que
procure estratégias para incentivar alterações do comportamento. Desta forma, os
cuidados de enfermagem irão promover os projetos de saúde das pessoas que são alvo
dos cuidados, auxiliando-as a utilizar os recursos da comunidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. CARVALHO, Amâncio; CARVALHO, Graça. Eixos de valores em Promoção da Saúde


e Educação para a Saúde. Braga: Universidade do Minho, 2005. Disponível em:
http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/4647
2. Viero VSF, Farias JM, Ferraz F, Simões PW, Martins JA, Ceretta LB. Educação em saúde
para adolescentes. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 19(3) Jul-Set 2015.
Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ean/v19n3/1414-8145
3. Baldoino LS, Silva SMN, Ribeiro AMN et al. Educação em saúde para adolescentes. Rev
enferm UFPE on line., Recife, 12(4) abr.2018. Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/230656/28706
4. Santos JS; Andrade RD; Mello DF; Maia MAC. Programa Saúde da Família; Promoção
da Saúde; Adolescente. Rev. Soc. Bras. Enferm. Ped. | v.14, n.1, p 20-6 | julho 2014.
Disponível em:
https://sobep.org.br/revista/images/stories/pdf-revista/vol14-
n1/v14_n1_artigo_pesquisa_3.pdf

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