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Í N D I C E
I. ÂMBITO 5
II. ASPECTOS GERAIS 5
II.1 Construções de raiz 6
II.2 Remodelações e ampliações 6
II.2.1 Regras básicas 6
II.2.2 Substituição da coluna do prédio 7
II.2.3 Remodelações em espaços comerciais 7
II.3 Condomínios 8
II.3.1 Condomínio em regime aberto 8
II.3.2 Condomínio em regime fechado 8
II.3.3 Condomínio de ocupação doméstica 9
II.3.4 Condomínio de ocupação não doméstica 9
II.4 Aspectos arquitectónicos 9
II.5 Sistemas de combate de incêndio 10
II.5.1 Disposições e características dos sistemas 11
II.6 Redes de rega 14
II.7 Considerações sobre produção de água quente 15
II.8 Selecção de materiais 15
III. FORMAS DE ABASTECIMENTOS PERMITIDAS PELA EPAL 16
IV. LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DAS CANALIZAÇÕES 17
IV.1 Directrizes dos traçados das canalizações 17
IV.2 Prevenções construtivas 20
IV.2.1 Prevenção do envelhecimento 20
IV.2.2 Prevenção do ruído 21
IV.2.3 Prevenção da contaminação 22
V. LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DE ÓRGÃOS 23
V.1 Válvulas 23
V.1.1 Válvulas de seccionamento 23
V.1.2 Válvulas de retenção 24
V.1.3 Válvulas de segurança 24
V.1.4 Válvulas redutoras de pressão 25
V.1.5 Válvulas de purga 25
V.1.6 Válvulas de regulação 25
V.2 Filtros 25
V.3 Órgãos de (des)montagem 25
III
I. ÂMBITO
O presente capítulo, tem como objectivo, definir as linhas orientadoras a adoptar na concepção global
dos sistemas prediais de abastecimento de água, assim como, indicar quais as disposições construtivas
preconizadas pela EPAL.
Como entidade responsável pelo fornecimento de água para consumo humano, a EPAL assegura a
qualidade da mesma na sua rede geral de abastecimento. A concepção dos sistemas prediais deve assim
garantir, quer a manutenção dessa mesma qualidade, quer as boas condições do fornecimento no que
concerne à pressão e caudal nos dispositivos de utilização.
A concepção dos sistemas prediais de abastecimento de água, deve ser alvo de alguma reflexão,
considerando-se de interesse que, antes de se iniciar a elaboração do respectivo projecto, os técnicos
tenham em atenção os aspectos gerais a seguir indicados.
a) A concepção dos sistemas deve ser efectuada de forma a garantir o bom funcionamento dos
dispositivos de utilização, no que respeita à pressão e caudal;
b) Na sequência da alínea anterior, deve ser tido em atenção o valor de pressão mínimo, actualmente
300 kPa (30 m.c.a.), disponibilizado, pela EPAL, na rede geral de distribuição de água, assim como o
valor máximo, de forma a evitar a ocorrência de sobrepressões (> 600 kPa);
c) Os contadores devem ser instalados em bateria, sempre que se prevejam dois ou mais locais a
abastecer, em conformidade com o esquema no anexo D-1. No caso de um só contador, este deve
ser instalado em caixa regulamentar, também de acordo com o presente "Manual";
d) No traçado da rede não deve existir nenhum troço de canalização cativa, ou seja, localizada em
espaço privado, antes da introdução no espaço que fornece;
e) Para instalação de contadores, órgãos, equipamentos, e percurso das canalizações, devem ser
previstos espaços técnicos necessários, com áreas e volumetrias adequadas (sempre localizadas e
acessíveis por zonas comuns dos edifícios, de forma a evitar a existência de rede cativa);
f) Para fornecimento de água destinada a consumo humano não é permitido o recurso à instalação de
reservatórios (excepto quando a legislação vigente o obrigue);
g) Numa mesma rede predial não é permitida a coexistência de água da EPAL e de outras origens, tais
como a água oriunda de furos e poços. Havendo água de outras origens, as redes devem ser
distintas, e perfeitamente identificadas através de sinalética normalizada;
5
III
h) A manutenção da qualidade da água deve ser garantida através do recurso a disposições anti-
contaminação, que protejam as redes de água, de eventuais depressões ocorridas nos sistemas público
ou predial, e anulem qualquer possibilidade de contacto directo ou por aspiração, com as águas
residuais e respectivas redes de drenagem;
i) A pressão de serviço nos dispositivos de utilização deve situar-se entre 50 e 600 kPa (5 a 60 m.c.a.).
Quando o valor mínimo não for garantido, deverá ser prevista a instalação de equipamento de
pressurização nas situações em que o valor máximo seja ultrapassado deve ser instalada válvula
redutora de pressão;
j) Os troços localizados a montante das unidades de contagem devem possuir o menor comprimento
possível, relativamente ao ponto de ligação, circulando em espaços comuns visitáveis, e sempre que
possível, instalados à vista ou sob tectos falsos amovíveis;
k) As canalizações, quando instaladas à vista ou não embutidas e visitáveis, devem ser identificadas de
acordo com a normalização vigente;
l) Como filosofia de abastecimento, os ramais de ligação são cumulativos com a rede de combate a
incêndios. Nas situações em que o edifício, possua mais do que um bloco ou núcleo de escadas, cada
um destes deve ter um ramal de ligação, excepto para empreendimentos abastecidos através de
contador totalizador;
a) De uma forma global devem ser respeitadas as indicações para as construções de raiz,
nomeadamente as que respeitam à instalação de contadores em bateria;
d) Em obras de remodelação de uma moradia unifamiliar, ou de qualquer edifício que tenha apenas
um contador, este deve ser instalado em caixa regulamentar e, no que respeita à sua localização,
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concepção dos projectos e disposições constr utivas III
esta deve estar de acordo com o presente “Manual”: na fachada interior do muro da propriedade,
ou, se este não existir, no interior, junto à entrada;
f) Se a rede existente possuir troços de canalização em chumbo, estes devem ser totalmente
substituídos, uma vez que não é permitida por lei a utilização deste material nas redes prediais de
água;
b) Quando o edifício não apresentar condições para a instalação de bateria de contadores, deve ser
feita, pelo dono de obra, uma exposição à EPAL, para emissão de parecer. Nesta situação todos os
contadores devem ficar localizados no exterior dos fogos, junto ao respectivo acesso, em espaço
comum, e instalado em caixa regulamentar.
b) Espaço comercial inserido num prédio mas com ramal próprio - situação idêntica à indicada na alínea
anterior;
c) Espaço comercial em que o seu abastecimento depende da coluna montante do prédio em que
está inserido - corresponde a um cenário que deve ser avaliado caso a caso, uma vez que tem de
ser garantida a acessibilidade ao contador, e minimizadas as extensões das canalizações, a montante
deste. Existem então as seguintes possibilidades:
A quando os trabalhos incidirem sobre a globalidade do prédio, tendo sido instalada uma bateria
de contadores, o contador é instalado nessa mesma bateria;
7
III
A não são previstas obras de remodelação no prédio, ou mantém-se a sua coluna montante – nesta
situação, a forma de abastecimento inicial só pode ser mantida se respeitar as regras
anteriormente referidas, caso contrário é necessário construir um ramal de ligação individual para
o espaço comercial;
d) Espaço comercial inserido num centro comercial – situação avaliada de acordo com as condições
de funcionamento do mesmo.
II.3 CONDOMÍNIOS
No que respeita a condomínios, independentemente do seu tipo ser doméstico ou não doméstico,
funcionando em regime aberto ou fechado, é sempre prevista a instalação de contadores individuais para
os fogos e/ou fracções independentes, uma vez que os respectivos proprietários celebrarão contrato de
fornecimento directamente com a EPAL.
A concepção de abastecimento para estes edifícios é a usual, prevendo-se um ramal de ligação para cada
edifício, ou um ramal de ligação para cada bloco ou núcleo de escadas, de acordo com o ponto X deste
capítulo (alínea b).
Também os projectos de redes prediais são entregues na EPAL, e objecto do desenvolvimento processual
normal, até que seja efectuado o abastecimento de água ao empreendimento e celebrados contratos de
fornecimento.
Estes empreendimentos são dotados de um contador totalizador, o qual efectua a medição de toda a
água fornecida ao empreendimento. A localização e instalação do contador totalizador deve respeitar as
seguintes regras:
a) Todo o fornecimento de água ao empreendimento, deve ser sujeito a medição, incluindo a rede de
incêndio;
b) O local de instalação deve ser no limite da propriedade privada, e junto ao ponto de ligação;
c) A caixa para a sua instalação deve ser efectuada de acordo com o respectivo calibre e tendo em
conta os esquemas do anexo D-4, do presente “Manual”;
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m a n u a l redesprediais
concepção dos projectos e disposições constr utivas III
e) Todos os contadores do empreendimento devem estar em conexão, por cabo, com o contador
totalizador de forma a permitir que a leitura dos mesmos seja realizada, simultaneamente, através
do recurso ao sistema de telemedição.
a) Deve ser sempre instalado um contador totalizador, que efectue a medição de todos os consumos,
à semelhança do que foi indicado para os condomínios em regime fechado;
b) Devem também ser previstos contadores individuais, e diferenciais do contador totalizador, para
todos os espaços que se preveja, possuírem rede de águas;
c) Os contadores diferenciais devem ser instalados, de acordo com as normas da EPAL;
d) Tendo em conta que estes espaços podem ser susceptíveis de alteração no tipo de utilização dos
mesmos, as áreas técnicas devem ser sobredimensionadas de forma a possibilitar a introdução de
novos equipamentos.
a) A previsão da existência de áreas técnicas de dimensões adequadas, para instalação dos contadores
em bateria e equipamentos em geral;
b) O correcto dimensionamento das couretes, uma vez que as colunas devem estar acessíveis em todo
o seu desenvolvimento.Ter em atenção que a área necessária para estes espaços, depende não só,
do número de colunas, mas também do seu diâmetro exterior e de eventuais flanges, válvulas e
distância mínima à superfície de sustentação;
c) A localização das couretes deve, sempre que possível, ser alinhada com a(s) bateria(s) de contadores,
de forma a evitar percursos horizontais para as colunas individuais (situação de difícil execução);
d) A previsão de zonas comuns para a circulação da canalização, de forma a que esta nunca se
encontre em situação cativa.
Como exemplo refere-se a situação do troço inicial da rede predial a circular na primeira cave em
espaços privados (arrecadações ou boxes). A solução recomendada passa pela abertura de um
"corredor" que permita a passagem da canalização e a sua acessibilidade.
9
III
A concepção dos sistemas prediais de combate a incêndios deve respeitar a legislação e normalização
vigentes, e receber a aprovação do Regimento de Sapadores Bombeiros– RSB, incluindo o número e tipo
de dispositivos a instalar.
O presente "Manual" refere apenas regras preconizadas pela EPAL, para as redes de incêndio, que
condicionam e influenciam a sua concepção.
b) Sempre que existir reservatório destinado a alimentar a rede de incêndio, o seu abastecimento deve
ser registado através do contador dos serviços comuns. A alimentação dos reservatórios deve ser
efectuada de acordo com o preconizado no presente "Manual";
c) A rede de combate a incêndio comum, assim como os seus dispositivos, não podem ser instalados
em espaço privado, excepto quando o seu abastecimento é sujeito a medição;
d) São seccionados os dispositivos de combate a incêndio (bocas de incêndio, armadas e não armadas);
e) Para edifícios com várias entidades contratantes, as redes de incêndio em carga da rede geral de
abastecimento devem ser iniciadas numa derivação do primeiro troço da rede predial, a montante
de todos os órgãos, tendo ainda de ser dotadas, no seu início, de uma válvula de retenção e de uma
válvula de seccionamento, conforme esquema a seguir apresentado:
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concepção dos projectos e disposições constr utivas III
f) Para edifícios com uma única entidade contratante (parques de estacionamento, comércio, indústrias,
etc.), a rede de incêndios é sujeita a medição, existindo duas possibilidades:
A em by-pass com o contador, nas situações que se prevêem pequenos consumos para o
abastecimento, e elevados para a rede de incêndio, de acordo com o esquema seguinte.
11
III
g) Quando se verificar a existência de rede de sprinklers, esta deve ser independente da rede das
bocas de incêndio, e no seu início deve ser também colocada uma válvula de seccionamento e uma
válvula de retenção, de acordo com o esquema seguinte:
h) Não é aceite qualquer ligação entre redes de incêndio em carga da rede geral da EPAL, com qualquer
rede de água de outra proveniência, nomeadamente de depósito ou de boca siamesa instalada no
exterior do edifício;
No esquema seguinte apresenta-se a filosofia de abastecimento a uma rede de incêndio cujas bocas
tamponadas são abastecidas através de uma rede seca, com origem numa boca siamesa instalada no
exterior. Esta solução deve ser previamente acordada com o Regimento de Sapadores Bombeiros de
Lisboa.
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concepção dos projectos e disposições constr utivas III
O esquema seguinte refere-se a uma rede de incêndio com origem em depósito, e com possibilidade
de abastecimento através de boca siamesa no exterior sempre que possível deve ser adoptada esta
solução.
RESERVA DE
Descarregador de superfície COMBATE A
EP
INCÊNDIO
i) Na concepção das redes prediais deve ser promovida a substituição das bocas de incêndio de
fachada por marcos de água, os quais são abastecidos por ramal próprio independente, ligado à rede
geral de distribuição;
j) Os sistemas de incêndio apenas abastecem dispositivos de combate a incêndio, sendo independentes
dos de abastecimento de água. No entanto, esta situação pode apresentar as seguintes excepções:
A Quando se verificar a existência de reservatório, é permitido pela EPAL, que a rede de incêndio
abastecida por este, possua uma rede de torneiras de lavagem, de forma a permitir que o
equipamento de pressurização entre em funcionamento, levando a uma renovação da água
armazenada. No entanto, estas torneiras devem possuir sinalética, que indique "Água Imprópria
para Consumo", e com seccionamento geral em zona técnica não acessível a crianças;
A Para rede de incêndio em carga sujeita a medição, conforme indicado na alínea f), a EPAL pode
permitir que sejam instaladas torneiras de lavagem com a sinalética indicada no ponto anterior,
desde que aprovadas pelo Regimento de Sapadores Bombeiros;
k) Se existirem marcos de água ou outros hidrantes, dentro de propriedade privada, a rede que os
abastece tem de ser sujeita a medição.
13
III
Os sistemas de abastecimento destinados a redes de rega devem ser funcionais, económicos e permitir
a respectiva manutenção.
Refere-se ainda que a instalação do contador a uma cota elevada, se a rede geral de abastecimento
o permitir, garante um maior nível de desempenho;
b) No início da rede de rega, e a jusante do contador, deve ser colocada uma válvula de retenção;
c) As redes de rega apenas podem abastecer dispositivos destinados a rega, não sendo permitida a
inserção de dispositivos destinados a consumo humano, devendo por isso possuir ramal de ligação
próprio;
Rede de rega
e) Quando os espaços abrangidos pela rede de rega apresentarem áreas significativas, estas devem ser
divididas em sectores, de forma a não se verificar o funcionamento simultâneo de todos os
dispositivos;
g) A selecção dos dispositivos de rega deve ter em conta determinadas características, nomeadamente,
no que respeita aos valores de pressão necessários e o valor de pressão existente na rede geral de
abastecimento.
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m a n u a l redesprediais
concepção dos projectos e disposições constr utivas III
Na concepção dos sistemas prediais munidos de equipamento de produção de água quente, devem ser
tidas em conta as seguintes indicações:
Os materiais a serem aplicados nas redes prediais podem ser aço galvanizado, aço inoxidável, ferro
fundido e os plásticos.
Os plásticos, materiais e soluções não tradicionais, devem cumprir as normas aplicáveis e possuir
Documentos de Homologação para as situações em que a legislação vigente o exija.
Sempre que não se preveja documento de homologação, devem ser utilizados materiais sujeitos a
certificação nacional.
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III
A integração de reservatórios nos sistemas prediais de abastecimento de água para consumo humano
não é permitida, uma vez que a manutenção das características e da qualidade da água não são
controladas pela EPAL.
Os depósitos que funcionam como reserva para combate a incêndio não podem, em situação alguma,
serem utilizados nos sistemas de fornecimento de água para consumo humano.
A adopção desta solução implica que, embora se recorra à pressurização, a pressão da rede geral
de fornecimento deve ser aproveitada, levando a que existam sempre que possível, pelo menos, dois
andares de pressão (gravítico e pressurizado);
Para situações especiais, nomeadamente de clientes sensíveis, tais como hotéis, hospitais, e outros em que
a legislação vigente assim o obrigue, pode verificar-se, por excepção, o recurso a reservatórios destinados
à acumulação de água para consumo humano.
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concepção dos projectos e disposições constr utivas III
Aquando da concepção do traçado das redes prediais, devem ser tidos em conta os aspectos abordados
nos pontos seguintes no que respeita à localização das canalizações e sua instalação.
A à vista, devidamente suportadas por braçadeiras, cujo afastamento e modo de fixação, deve estar
de acordo com o diâmetro e material da canalização bem como das velocidades máximas
previstas no escoamento, de modo a evitar transmissão de vibrações, e garantir a estabilidade das
braçadeiras;
Protecção amovível,
com acessibilidade
por zona comum
Esquema de courete
17
III
A sob tectos falsos visitáveis, respeitando as indicações dadas para a situação em que se encontram
à vista;
A embainhadas;
A embutidas em paredes.
b) As canalizações interiores das redes prediais não devem ficar:
A revestidas com materiais agressivos e com um recobrimento inferior a 2 cm;
A sob elementos de fundação ou rigidamente ligados aos mesmos;
A embutidas em elementos estruturais;
A embutidas em pavimentos não térreos e com função estrutural, excepto quando flexíveis,
embainhadas e envolvidas na camada de enchimento.
c) As canalizações não devem ser localizadas:
A em locais de difícil acesso;
A em espaços que dada a sua funcionalidade, coloquem em risco a qualidade da água;
A em espaços pertencentes a chaminés e a sistemas de ventilação;
A em situação cativa, ou seja, instaladas em espaços privados alheios, uma vez que devem circular
sempre em zonas comuns visitáveis, antes da sua introdução no respectivo espaço privado.
d) Os traçados das canalizações devem apresentar:
A troços rectilíneos (horizontais e verticais) ligados por acessórios normalizados (para canalizações
rígidas);
A inclinações de 0,5 % (valor de referência), para os troços horizontais;
A os raios de curvatura adequados, para tubagens flexíveis;
A ortogonalidade e paralelismo em relação a paredes e pavimentos, para canalizações rígidas;
A as menores extensões possíveis a montante das unidades de contagem;
A os troços de canalização a montante das unidades de contagem, devem sempre que possível, ser
instalados à vista ou sob tecto falso amovível;
A paralelismo entre as tubagens de água quente e água fria, em que estas últimas, quando vizinhas,
devem ser instaladas abaixo das primeiras, e a distância entre ambas deve ser no mínimo de
0,05 m;
A nos percursos paralelos a tectos, rodapés (instalações no piso) ou peças estruturais das
edificações, os afastamentos a estes elementos (recomenda-se no minímo 20 cm), devem
permitir a correcta instalação e manutenção das canalizações;
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concepção dos projectos e disposições constr utivas III
e) Nas travessias de elementos estruturais ou juntas de dilatação devem ser adoptadas disposições
construtivas que permitam evitar a absorção, por parte das tubagens, de esforços resultantes dos
movimentos da estrutura. Apresenta-se o esquema seguinte como exemplo:
Junta de dilatação
h) A identificação das canalizações, não embutidas, deve ser realizada, no que respeita à sua coloração,
de acordo com a NP 182, referida no anexo F;
i) As colunas individuais para redes prediais com contadores em bateria devem possuir identificação
da fracção que abastecem, preferencialmente ao longo de todo o seu desenvolvimento. Esta
identificação é obrigatória no início junto ao contador e na chegada ao piso a abastecer;
j) A instalação de rede predial no exterior, tal como jardins, espaços verdes e outros, deve respeitar as
indicações deste “Manual”. De realçar que o presente ponto não se refere à instalação de rede pública
de abastecimento.
19
III
Neste ponto são indicadas diversas prevenções construtivas, destinadas a garantir uma maior durabilidade
dos sistemas e as boas condições de desempenho dos mesmos.
a) As canalizações metálicas devem ser preferencialmente executadas com o mesmo material em todo
o seu desenvolvimento;
c) As canalizações metálicas, quando embutidas, devem ser revestidas com materiais não agressivos;
d) A instalação de canalizações metálicas de redes prediais distintas, deve ser efectuada sem pontos de
contacto entre si, ou através de quaisquer elementos metálicos de construção;
h) O exterior dos tubos não deve estar em contacto com água (infiltrações, fugas, etc.);
i) Não instalar os tubos em meios agressivos (cal, por exemplo, tratando-se de aço galvanizado) e
heterogéneos (embainhamento nos meios de diferente natureza);
k) Prevenir as condensações (tubos de água quente devem circular acima de tubos de água fria,
quando na vizinhança);
l) Não utilização da rede predial de abastecimento como "terra das instalações eléctricas";
m) Não curvar os tubos rígidos, usando apenas os acessórios associados ao sistema em instalação;
n) Para tubos flexíveis devem ser respeitados os diâmetros de curvatura indicados pelos fabricantes;
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m a n u a l redesprediais
concepção dos projectos e disposições constr utivas III
q) Respeitar os valores limites regulamentares de velocidade (entre 0,5 e 2,0 m/s), de forma a evitar
velocidades excessivas ou tão baixas que constituam zonas de estagnação;
r) Não exceder valores máximos de temperatura, tendo em conta os materiais usados (recomenda-
-se 50ºC, com o limite máximo de 60ºC);
s) Correcção da qualidade da água para utilizações específicas tais como hospitais, hotéis e outros;
a) Escolha das torneiras, autoclismos e outros equipamentos que, pela sua qualidade, não sejam fonte
de ruído;
b) A adopção de ancoragens elásticas para as canalizações instaladas à vista, de acordo com os esquemas
seguintes:
Manga
21
III
c) Garantir um afastamento mínimo entre as extremidades das torneiras e o nível de águas nas louças,
conforme é apresentado no exemplo seguinte:
> 2 cm
>2 cm
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m a n u a l redesprediais
concepção dos projectos e disposições constr utivas III
No presente "Manual" consideram-se como órgãos todos os componentes integrantes das redes prediais,
exceptuando as canalizações (tubagens e acessórios) e equipamentos.
Nos pontos seguintes definem-se a melhor localização e forma de instalação dos principais órgãos
existentes nas redes prediais.
V.1 VÁLVULAS
Estes órgãos devem ser seleccionados de acordo com o diâmetro do troço em que estão inseridos, e
instalados de forma a encontrarem-se perfeitamente acessíveis e manobráveis.
d) Os autoclismos, a montante;
e) Os fluxómetros, a montante;
j) As baterias (ou conjunto de baterias), a montante, quando exista mais que um conjunto destas;
l) O ramal de ligação, através da torneira de suspensão do ramal ao prédio, que corresponde a uma
válvula manobrável apenas pela EPAL, vulgarmente conhecida por torneira de corte ao prédio com
"capacete".
23
III
No que respeita às alíneas h), i) e j) as válvulas a instalar devem ser de volante e flangeadas. No caso das
alíneas h) e i) estas são designadas válvulas de comando geral; as associadas à alínea j) são designadas
válvulas de comando parcial.
A EPAL recomenda ainda, que a jusante do contador, em redes prediais de grande desenvolvimento,
sejam colocadas válvulas de seccionamento nas derivações, de forma a que as perturbações ao
fornecimento no edifício sejam minimizadas durante as intervenções de manutenção.
b) A jusante do contador, no início de todas as redes que não se destinam a fornecer água para
consumo humano, tais como redes de rega e lavagem, entre outras;
c) No início de todas as rede de incêndio directamente em carga da rede geral de fornecimento da
EPAL, a jusante da válvula de seccionamento;
d) A montante da válvula de flutuador, dos depósitos da rede de incêndio, de piscinas e de outros
reservatórios;
e) A montante de todos os equipamentos produtores e acumuladores de água quente,
descalcificadores e outros, sempre que o equipamento não o possua;
f) Nos by-pass ao equipamento de pressurização, a jusante da válvula de seccionamento.
Deve ser também prevista a segurança contra sobreaquecimentos, no caso de avaria dos termostatos.
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m a n u a l redesprediais
concepção dos projectos e disposições constr utivas III
É obrigatória a instalação destas válvulas sempre que a pressão seja superior a 600 kPa, ou nas situações
em que as características específicas dos equipamentos o exijam.
Deve ser sempre verificada a existência de sobrepressões nas redes prediais, tendo em conta a pressão
máxima disponível na rede geral de abastecimento e a cota a que é disponibilizada. Em especial, sempre
que seja previsto o recurso a equipamento de pressurização.
V.2 FILTROS
Devem ser obrigatoriamente instalados filtros em todas as redes prediais em que o diâmetro nominal do
ramal de ligação seja igual ou superior a 50 mm e esteja prevista uma bateria de contadores.
a) Localizados de forma a garantir que toda a água consumida tenha sido filtrada, à excepção da rede de
incêndio;
b) Instalados preferencialmente a montante de uma válvula de retenção e a montante das baterias de
contadores;
c) Preconizando-se uma solução que garanta a continuidade do abastecimento, durante a manutenção
destes órgãos, pelo que a EPAL recomenda a instalação de filtros de duas vias ou similares.
As alíneas anteriores não obrigam a que exista um filtro para cada bateria, mas sim, pelo menos um filtro
para cada ramal.
25
III
Os equipamentos de elevação, ao transportarem a água de reservatórios para uma cota mais elevada, só
são permitidos nas situações referenciadas no ponto "Formas de Abastecimento Permitidas pela EPAL"
do presente capítulo.
a) Prever pelo menos dois grupos de bombas, de forma a que em caso de avaria de um dos grupos,
o(s) restante(s) garanta(m) o abastecimento;
b) Os grupos devem ser de velocidade variável, excepto quando se destinarem exclusivamente para
a rede de combate a incêndio;
c) Possuir by-pass aos grupos hidropressores, com válvula de seccionamento e válvula de retenção;
d) Como recomendação, estes equipamentos devem ser ainda dotados de um reservatório de ar
comprimido, destinado a amortecer os possíveis choques hidráulicos.
Tendo em conta as formas de abastecimento permitidas pela EPAL, os reservatórios só são aceites
quando se destinarem a constituir reservas de água para combate a incêndio, ou em situações específicas
tais como hotéis, hospitais e outros.
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m a n u a l redesprediais
concepção dos projectos e disposições constr utivas III
O abastecimento aos reservatórios deve ser efectuado através de válvula de flutuador e possuir uma
desconexão, de acordo com o seguinte esquema:
Válvula de seccionamento
Válvula de retenção
Válvula de flutuador
Descarregador de superfície
Válvula de seccionamento
Válvula de retenção
Válvula de flutuador
RESERVATÓRIO PISCINA
Descarregador de superfície DE
COMPENSAÇÃO
27
III
De igual modo, também o abastecimento a autoclismos deve ser feito atmosfericamente com recurso
válvula de flutuador, e sem silenciador. Quando este seja previsto, deverá garantir a existência de
desconexão. Segue-se exemplo de esquema:
Válvula de seccionamento
Válvula de flutuador
Desconexão
Descarga
De uma forma global os contadores são instalados em bateria, sempre que se prevejam dois ou mais
locais a abastecer. No caso de um só contador, este deve ser instalado em caixa regulamentar.
Quando não se preveja o recurso a baterias, e exista um espaço ou compartimento técnico, dispensa-se
a execução de caixas ou armários, devendo, no entanto, ser sempre respeitadas as condições de
instalação indicadas para as caixas.
Designa-se por contador totalizador toda a unidade de contagem instalada num troço, a jusante do qual,
se encontra(m) outro(s) em dependência, estes últimos denominados contadores diferenciais.
A informação relativa ao diâmetro nominal dos contadores é disponibilizada pela EPAL através das cópias
provisórias.
VIII.1 LOCALIZAÇÃO
No que respeita à localização dos contadores, e de acordo com o seu tipo de instalação, que pode ser
em bateria ou em caixa, existem as seguintes regras:
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m a n u a l redesprediais
concepção dos projectos e disposições constr utivas III
b) Quando instalados em bateria, devem localizar-se sempre em espaço comum, no piso onde se
encontra o acesso principal do edifício ou, em alternativa, no piso imediatamente abaixo. Nesta
situação deve existir comunicação vertical entre os dois pisos, devidamente acessível.
A para os edifícios apenas com uma unidade de contagem, podem-se verificar dois cenários:
Caixa do
contador Muro no limite da propriedade
29
III
se não existir muro delimitador da propriedade privada, ou se a fachada do edifício for contígua
ao arruamento público, a caixa é instalada no interior do edifício, junto ao acesso principal, de
acordo com o esquema seguinte:
Caixa de contador
Arruamento público
A para os edifícios com várias unidade de contagem, e com coluna de prédio, as caixas dos
contadores são instaladas nos patins das escadas, no exterior do fogo ou fracção independente,
preferencialmente junto ao respectivo acesso.
Na figura seguinte apresenta-se um esquema para a localização das caixas dos contadores:
Caixa de contador
Caixa de contador
Caixa de contador
Caixa de contador
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concepção dos projectos e disposições constr utivas III
VIII.2 INSTALAÇÃO
No que respeita às condições de instalação dos contadores, existem diversas possibilidades, no entanto,
ressalva-se que a EPAL, tem de aprovar quer a localização, quer a forma de instalação dos contadores.
Nos pontos seguintes são abordadas as diversas formas de instalação das unidades de contagem.
Os técnicos responsáveis devem indagar, junto da EPAL, quais os modelos de bateria de contadores
aceites.
b) Em caixa regulamentar enterrada, de acordo com o com o esquema indicado no anexo D-3;
b) Em caixa ou espaço, com acesso vertical, também de acordo com o esquema do anexo D-4,
indicando-se apenas que o limite superior horizontal deverá estar, no mínimo, a 2,20 m da cota do
pavimento, não sendo obrigatória a execução da caixa em betão.
À semelhança da instalação em caixa enterrada, deverá ser garantida a acessibilidade de viaturas para
efeitos de instalação, substituição e manutenção.
31
III
IX.VERIFICAÇÕES E ENSAIOS
A verificação de que o traçado da rede está de acordo com o projecto aprovado é realizada com as
canalizações e respectivos acessórios totalmente à vista.
Este ensaio pode ser realizado por troços de forma a não impedir o andamento dos trabalhos.
Este ensaio pode ser conduzido por troços e após a montagem de todas as canalizações e órgãos da rede.
a) Ligação da bomba de ensaio com manómetro, localizada tão próximo quanto possível do ponto de
menor cota do troço a ensaiar;
b) Enchimento das canalizações por intermédio da bomba, de forma a libertar todo o ar nelas contido
e garantir pelo menos uma pressão igual a uma vez e meia a pressão máxima de serviço, com o
mínimo de 900 kPa;
Pserviço
c) Leitura do manómetro da bomba, que não deve acusar redução de pressão superior a
5
durante um período de quinze minutos a trinta minutos;
d) Quando a redução de pressão indicada no manómetro for superior ao indicado, deve detectar-se
o problema associado, e resolvê-lo. Após a resolução do problema deve ser efectuado novo ensaio;
Este ensaio deve abranger, em redes com bateria de contadores, a verificação da correspondência entre
os locais destinados aos contadores, e as fracções que abastecem.
Os sistemas prediais de distribuição de água devem ser submetidos a uma operação de lavagem após
instalados os dispositivos de utilização (com os perlatores retirados, se existirem) com o objectivo de
desinfecção e retirada de todos os detritos existentes no interior das canalizações, resultantes dos
trabalhos de montagem da rede.
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m a n u a l redesprediais
concepção dos projectos e disposições constr utivas III
O ramal de ligação corresponde ao troço de canalização que efectua a ligação entre o sistema predial e
o sistema público de abastecimento de água, competindo à EPAL promover a sua instalação. Os custos
associados à ligação são da responsabilidade do dono de obra.
Anteriormente à construção do ramal (a ser efectuada pela EPAL), o dono de obra deve executar o
ponto de ligação, que corresponde à extremidade jusante do ramal de ligação, de forma a que fique
devidamente preparado, e de acordo com o material e diâmetro previstos, respeitando o estipulado nos
esquemas em anexo (D-5 e D-6).
A jusante do ponto de ligação, toda a rede, órgãos e equipamento são propriedade do(s) dono(s) do
imóvel com excepção dos contadores de água instalados com o fim de efectuarem a medição de
consumos, os quais são propriedade da EPAL.
a) Os ramais de ligação são cumulativos, ou seja, sempre que se preveja a existência de dispositivos
destinados, quer a consumo, quer a combate a incêndio, quer a rega, lavagens ou outros fins, num
mesmo edifício, o ramal que os abastece será o mesmo;
b) No que respeita ao seu número, deve ser previsto um ramal de ligação à rede geral de
abastecimento, para edifícios que tenham apenas um núcleo de escadas. Deste modo deve ser
previsto um ramal para cada bloco ou núcleo de escada, para edifícios com vários;
33
III
d) O ponto de ligação deve ficar localizado no limite da propriedade privada (o qual pode
corresponder à fachada), contíguo a um arruamento no qual exista rede geral de abastecimento, ou
a mesma esteja projectada pela EPAL, conforme o esquema seguinte:
Localização do
ponto de ligação
e) Exclusivamente como solução de último recurso (a validar pela EPAL), quando no local previsto
para o ponto de ligação existam escadas, rampas de acesso, floreiras ou outros volumes, deve ser
esse o limite da propriedade considerado, e como tal, é aí que se deve executar o respectivo ponto
de ligação.
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m a n u a l redesprediais
concepção dos projectos e disposições constr utivas III
No esquema seguinte apresenta-se exemplo para uma das situações indicadas, que sempre que
possível devem ser evitadas:
f) Refere-se mais uma vez, que o primeiro troço da rede predial, cuja extremidade montante
corresponde ao ponto de ligação, deve circular à vista ou sob tecto falso amovível e em espaço
comum, até à bateria de contadores, ou ao contador.
A EPAL possui uma determinada gama de materiais e diâmetros para construção de ramais. Deste modo,
ressalva-se que a execução do ponto de ligação depende do seu calibre e material, o que implica técnicas
e acessórios diferentes para cada caso.
Na decorrência deste pressuposto, o dono de obra deve certificar-se de qual o calibre e material
definidos pela EPAL para o ramal de ligação, informação esta que é disponibilizada nas cópias provisórias
do projecto das redes prediais.
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