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NO SEC. XIX
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LOUIS JACQUES MANDÉDAGUERRE: Natureza morta no estúdio do
artista, 1837. Reprodução do livro Fotografia: Manual Completo de Arte e
Técnica. São Paulo: Abril Cultural, 1978, pág.13.
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Um estranho fascínio por essa “imortalização única” da imagem própria
promove uma busca exagerada por ateliês fotográficos recém inaugurados, a
maioria por pintores importantes que aderiram à nova técnica como meio de
comunicação, reiterando a discussão que preconizava o extermínio da pintura
em detrimento da fotografia. Uma previsão que não se confirma com a
intensidade ou profundidade como era colocada, mas que teve no retrato
pintado à mão, o retrato a óleo, uma vítima fatal, sendo praticamente relegado
a segundo plano.
Neste grupo vitoriano, fotografado por Julia Margaret Cameron, a luz cai
nas faces angelicais e deixa as roupas na penumbra. Nenhum modelo olha
diretamente para a câmera e seus modos tranquilos sugerem um lânguido dia
no campo. Mrs. Cameron tornou-se uma retratista por excelência e foi uma das
primeiras a descobrir que a proximidade e os efeitos de iluminação podiam
enfatizar a natureza humana.
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por Daguerreótipos que chegavam a custar 25 francos ouro na época, um outro
grupo de fotógrafos propõe fazer uma fotografia mais barata, um retrato menos
elaborado e mais objetivo, com um cunho unicamente comercial. Esse
processo é desencadeado por um fotógrafo de nome Disdéri, que descobre no
cartão de visita uma forma de popularizar o retrato, até então elitizado pelo seu
alto custo. Disdéri, pouco preocupado com a estética apurada dos fotógrafos
artistas, promove uma vulgarização dos “ícones” fotográficos, usando todos os
artifícios que lhe são possíveis para adular o cliente, como o retoque de suas
fotografias e a construção de cenários artificiais para as fotos que
representavam o status desejado pelo retratado. Guardada, porém, as devidas
proporções do que isso poderia representar para a fidelidade da representação
da “imagem” do retratado, esse tipo de fotografia, juntamente com os retratos
“artísticos”, propiciaram a divulgação e a aceitação da fotografia enquanto a
“matriz das modernas técnicas de representação do real” (ACHUTTI, 1997, p.
23).
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FOTÓGRAFO DESCONHECIDO: Retrato de uma senhora francesa,
1840. Reprodução do livro Fotografia: Manual Completo de Arte e Técnica. São
Paulo: Abril Cultural, 1978, pág.16
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Edusc, 1998.
1991.
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