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PQI2110

QUÍMICA TECNOLÓGICA GERAL


ESCOLA POLITÉCNICA DA USP

LIGAÇÕES QUÍMICAS

APRESENTAÇÃO 1.2
• Orbitais e elétrons livres
• Energia

1
Augusto Neiva
Visão geral sobre a discussão de ligações químicas

• ligações iônicas
• ligações covalentes
• ligações metálicas
• ligações de Van der Waals
• pontes de hidrogênio
• condutores
• semicondutores
• isolantes
• moléculas
• cristais
• amorfos
• materiais metálicos
• orbitais atômicos • polímeros
• orbitais moleculares • cerâmicas
• elétrons livres • líquidos
• gases
• níveis discretos de energia
• etc
• bandas de energia
2
relembrando....

• Sistemas no universo tendem a buscar


a situação de maior estabilidade
• Os átomos raramente são encontrados
em forma isolada

Átomos isolados constituem-se em


entidades com alta energia
apostila: pg. 7 3
Os elétrons em torno do núcleo
O modelo de Bohr

Prêmio Nobel de Física em 1922


apostila: pg. 9 4
Orbitais atômicos
• Aplicações dos princípios da mecânica
ondulatória para definir a estrutura eletrônica
dos átomos e a forma dos orbitais ocupados
pelos elétrons.
• Equação de Schrödinger

Energia total = Energia cinética + Energia potencial




 dxdydz  1
2



RESULTADO: PROBABILIDADE EM FUNÇÃO DA POSIÇÃO

5
Regiões de probabilidade definidas pela resolução
da equação de Schrödinger (95%)
Os orbitais “s”

6
apostila: pg. 11
• Números quânticos:
– Principal (n) – 1, 2, 3, ... TAMANHO

– Secundário ou azimutal (l) – 0, 1, ..., (n-1)


FORMA

– Magnético (m) - -l, ..., 0, ..., +l DIREÇÃO

– Spin (ms) - + ½
apostila: pg. 29 7
Orbitais atômicos e as camadas
eletrônicas
n l m Símbolo
1 0 0 1s
2 0 0 2s
2 1 -1, 0, +1 2p
3 0 0 3s
3 1 -1, 0, +1 3p
3 2 -2, -1, 0, +1, +2 3d
4 0 0 4s
4 1 -1, 0, +1 4p
4 2 -2, -1, 0, +1, +2 4d
-3, -2, -1, 0, +1, +2, +3
4 3 4f 8
ENERGIA
4f
ener 4d ORBITAIS
gia 4p ATÔMICOS
4f 3d
3p 4s
4d
3d
4p 3s
4f
4s
4d 3p
4p 3s 2p
3d 4s 2s
3p
3s 2p
2s 1s
2p
2s
1s

1s

número atômico
apostila: pg. 10 9
Sem compartilhamento: átomos e
íons
p orbitals
s orbital

d orbitals

apostila: pg. 11 10
ÁTOMOS OU ÍONS AGRUPADOS
Tanto a distribuição espacial como a energia das nuvens eletrônicas se alteram.

Em termos de distribuição espacial, podemos distinguir três situações:

• Orbitais atômicos –presentes nos íons e nas camadas internas dos átomos que
participam de ligações covalentes e metálicas.
• Orbitais moleculares –presentes tanto em moléculas como em cristais covalentes.
• Compartilhamento geral de elétrons –presentes nas ligações metálicas, ou em
elétrons livres de semi-condutores, em cristais, quase-cristais e sólidos amorfos .

Em termos de energia, duas situações se apresentam:

• Níveis discretos – Encontrados em átomos ou íons isolados, em moléculas, e nas


camadas eletrônicas internas de cristais, semi-cristais e sólidos amorfos.
• Bandas de energia – Encontrada nas camadas eletrônicas externas de cristais,
semi-cristais e sólidos amorfos, sejam eles metálicos, iônicos ou covalentes.

Não se pode estabelecer um vínculo direto entre distribuição espacial e energia.

apostila: pg. 12 11
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL: ORBITAIS ATÔMICOS E MOLECULARES

orbitais atômicos
ORBITAIS MOLECULARES LIGANTES

a
Figura 8 – Orbitais ligantes
 ligante
s s  ligante do tipo : a) a partir de s + s;
b) a partir de p + p. Forma-se
 também a partir de s + p.
b

p p

Figura 9 – Orbitais
ligantes do tipo , a
partir de p + p.

p p  ligante

ORBITAIS MOLECULARES ANTILIGANTES


orbitais atômicos
Figura 10 –
Orbital antiligante
do tipo , a partir
de s + s.
s  antiligante
s 12
apostila: pg. 14
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL: COMPARTILHAMENTO
GERAL DE ELÉTRONS

elétrons livres,
proveniente do
orbital 3s
elétrons livres de semi-
condutores, em cristais,
quase-cristais e sólidos
“cátions” de Na: amorfos
1s2 2s2 2p6

apostila: pg. 20-21


13
ENERGIA: NÍVEIS DISCRETOS EM ORBITAIS ATÔMICOS E MOLECULARES

 antiligante
ener
gia
Figura 11 – Energia de orbitais
atômicos 1s em átomos de hidrogênio
1s 1s e dos orbitais moleculares 
resultantes (ligante e antiligante)
 ligante

H H2 H

apostila: pg. 15 e 57

14
ENERGIA: BANDAS DE ENERGIA

ener
gia

3s 3s 3s 3s 3s 3s
6 átomos
Na Na Na “Na6” Na Na Na

6 subníveis vazios

banda
6 subníveis ocupados

12 átomos
“Na12”

5 105 subníveis vazios

banda
5 105 subníveis ocupados

106 átomos

15
apostila: pg. 16
BANDAS DE
ENERGIA

http://icn2.umeche.maine.edu/genche 16
mlabs/lecmaterials2.htm
ENERGIA: BANDAS DE ENERGIA

diamante SILÍCIO
(http://ece-
www.colorado.edu/~bart/book/book/chapter2/ch2_3.htm)

17
apostila: pg. 19
ENERGIA: BANDAS DE ENERGIA

condutividade elétrica
banda parcialmente preenchida banda vazia

banda vazia
energia
banda vazia
banda vazia

banda ocupada banda ocupada banda ocupada

a) condutor b) condutor c) semicondutor d) isolante

Figura 13 – As bandas eletrônicas e a condutividade elétrica


Como construir semicondutores com características controladas? 18
• Energias para formação de íons

19
Energia de ionização
PRIMEIRA ENERGIA DE IONIZACAO (kJ/mol) - energia necessária para
remover um mol de elétrons mais fracamente ligados (mais externos) de
um mol de átomos gasosos, de maneira a produzir 1 mol de íons gasosos
cada um com carga +1.

• Os átomos apresentam também segunda, terceira,


quarta… energia de ionização, dependendo de seu
número atômico.

Esses compostos sempre envolvem um elemento químico metálico e


elementos químicos não-metálicos e eletronegativos.

apostila: pg. 34 20
Energia de ionização
• A primeira energia de ionização aumenta da esquerda
para a direita e de baixo para cima na TP.
– Efeito da carga nuclear;
– Efeito do tamanho do átomo (maior número quântico
associado ao elétron mais externo):
• Elétrons mais internos bloqueiam a atração do elétron mais
externo pelo núcleo mais pesado – efeito de blindagem.
• Elétron mais externo passa a maior parte do tempo longe do
núcleo.
– Elétrons emparelhados (ocupando o mesmo orbital) são
removidos mais facilmente que os não emparelhados
(repulsão entre cargas iguais)
• Quanto menor a energia de ionização mais facilmente
o átomo forma um cátion – energia de ionização é
sempre positiva (Li < Na < K < Rb < Cs) .

Os metais possuem um baixo valor de potencial de ionização, por isto


têm tendência a formar cátions. 21
Energia de ionização

Por que a 1ª EI do oxigênio


EI kJ/mol (1310 kJ/mol) é menor que a
1a EI 2a EI 3a EI 4a EI do nitrogênio (1400 kJ/mol) ?
A distribuição eletrônica
Na 495,8 4562,4 6912 9543
também conta. (Be (900
Mg 737,7 1450,6 7732,6 10540 kJ/mol) > B (799 kJ/mol) ), (Mg
(736 kJ mol-1) > Al (577
Al 577,6 1816,6 2744,7 11577 kJ/mol)), (P > S).
22
apostila: pg. 29

Afinidade eletrônica
• Praticamente restrita aos elementos dos grupos 6 e 7 da
TP, pois são os únicos que liberam energia suficiente
que se equipara a energia de ionização.

• Aumenta quando subimos em uma coluna da TP:


– O elétron entra mais perto do núcleo;
– Menos elétrons pertencentes ao próprio átomo para repelir
o novo elétron que está chegando.

• A afinidade eletrônica (energia liberada quando o átomo


ganha um elétron) é normalmente menor que o potencial
de ionização (energia necessária para retirar o elétron do
átomo).

Sob o ponto de vista energético (busca do estado mais estável) a formação


de um composto iônico só pode ser explicada pela liberação de energia
obtida quando se forma um cristal (íons de cargas opostas interagem
fortemente com seus vizinhos mais próximos e com outros mais longes). 23
Afinidade eletrônica

 Afinidade eletrônica do O é
menor que a do S (AE F < AE
Cl) – tamanho do átomo.
 N – Possui afinidade
eletrônica negativa!!!

24
Afinidade eletrônica

Elemento AE Configuração
(kJ/mol) eletrônica
A configuração
H 72,8 1s1 eletrônica
He <0 1s2 também é
Li 59,8 1s2 2s1 importante na
Be <0 1s2 2s2 determinação
B 27 1s2 2s2 2p1 da AE
C 122,3 1s2 2s2 2p2
N <0 1s2 2s2 2p3
O 141,1 1s2 2s2 2p4
F 328 1s2 2s2 2p5
Ne <0 1s2 2s2 2p6
25
Afinidade eletrônica (kJ/mol)
Período 1 2 13 14 15 16 17
1 H
-73
2 Li Be B C N O F
-60 0 -27 -122 0 -141 -128
3 Na Mg Al Si P S Cl
-53 0 -44 -134 -72 -200 -349
4 K Ca Ga Ge As Se Br
-48 - 2,4 -30 -120 -77 -195 -325
5 Rb Sr In Sn Sb Te I
-47 - 5,0 -30 -121 -101 -190 -295
6 Cs Ba Tl Pb Bi Po At
-45 -14 -30 -110 -110 -180 -270

Os metais perdem elétrons com facilidade, formando cátions enquanto


os não metais tem tendência a receber elétrons e formar anions.
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Formação de íons
• Busca de uma configuração estável:
– De gás nobre: Na (11 - Ne), Cl (17 - Ar);
– Pseudo gás nobre: Zn (30);
– Elemento de transição com elétron “d”
desemparelhado: Fe (26), Co (27);
– Teoria do campo cristalino – formação de complexos.

FORÇA DE ATRAÇÃO F = - k z 1 z 2 q 2 / d2
ENERGIA F = k z 1 z 2 q2 / d2

apostila: pg. 38 27
Visão geral sobre a discussão de ligações químicas

• ligações iônicas
• ligações covalentes
• ligações metálicas
• ligações de Van der Waals
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• condutores
• semicondutores
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Visão geral sobre a discussão de ligações químicas

• ligações iônicas
• ligações covalentes
• ligações metálicas
• ligações de Van der Waals
• pontes de hidrogênio
• condutores
• semicondutores
• isolantes
• moléculas
• cristais
• amorfos
• materiais metálicos
• orbitais atômicos • polímeros
• orbitais moleculares • cerâmicas
• elétrons livres • líquidos
• gases
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• etc
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