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CAPÍTULO 8

“Ninguém vai ao
Pai a não ser por mim”

PERGUNTA: — Quando Jesus preceitua o conceito


evangélico, que “Ninguém vai ao Pai a não ser por mim”,
ele também expressava algum princípio oculto derivado da
Lei do Cosmo?
RAMATIS: — Há muito tempo, os velhos mestres da
Grécia já advertiam de que a “lei é dura, mas é lei”! Isso
demonstra a implacabilidade da justiça, às vezes aparente-
mente impiedosa, mas cuja aplicação correta não visa qual-
quer punição deliberada, mas, apenas um modo disciplina-
dor e benfeitor para o próprio delinqüente, numa ação pro-
filática à sociedade.
De início, já é tempo de a humanidade entender que
Jesus de Nazaré não é especificamente o Cristo, ou Deus,
mas o sublime médium, o mais qualificado representante
da Divindade na face da Terra, a fim de transmitir a men-
sagem libertadora do Evangelho! O espírito que conhece-
mos por Jesus de Nazaré, o melhor homem do mundo,
viveu trinta anos sob a mais intensa atividade “psicofísica”,
a fim de esmerar-se até alcançar a hiper-sensibilidade para
sentir o espírito planetário em si. Mas, por tratar-se de enti-
dade de alto gabarito psíquico, Jesus despendeu mais de
mil anos do calendário terreno, para conseguir reduzir a
sua vibração e atingir uma freqüência compatível da orga-
nização carnal de um homem à superfície da Terra! O nas-
cimento de “Avatares”, ou de entidades de alto gabarito

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Ramatís

espiritual, como Jesus, exige a mobilização de providências


incomuns por parte da técnica transcendental, medidas
essas que ainda são ignoradas e incompreendidas pelos ter-
rícolas. É um acontecimento previsto com muita antecedên-
cia pela Administração Sideral, pois do seu evento resulta
uma radical transformação no seio espiritual da humanida-
de. Até a hora de espírito tão elevado vir à luz no mundo
terreno, devem ser-lhe assegurados todos os recursos de
defesa e assistência necessários para o êxito de sua “desci-
da vibratória”! (1)
Assim que Jesus completou 30 anos de idade, tendo
alcançado a plenitude de sua faculdade mediúnica, então
ocorreu o tradicional batismo realizado por João Batista,
ratificado pela presença na tela astralina da Terra da pomba
do Espírito Santo, símbolo da paz, da comunhão sideral
superior, isto é, a manifestação ideoplástica da luz do pró-
prio Cristo planetário do orbe. (2) Aliás, etimologicamente, a
palavra “Christós” significa o Ungido, o que então se dizia
de Jesus, por ter sido eleito para a missão de ensinar à
humanidade terrena o Caminho da Verdade para a Vida
Real e Eterna! Realmente, Jesus passou a ser considerado o
Ungido pelos próprios apóstolos, em seguida à cerimônia
do Batismo, em cujo momento os clarividentes puderam
vislumbrar a munificente presença do Cristo simbolizado na
figura imaculada e pacífica da pomba do Espírito Santo!
Tratava-se de um símbolo, o mais eletivo à singela cerimô-
nia do batismo, em que o Cristo do orbe terráqueo, dali por
1 — Vide o seguinte trecho da obra “O Sublime Peregrino”, de Ramatis: “No
caso de Jesus, tratava-se de uma entidade emancipada no seio do sistema solar,
uma consciência de alta espiritualidade, que não podia reajustar-se facilmente à
genética humana. Tendo-se desvencilhado há muito tempo dos liames tecidos pelas
energias dos planos intermediários entre si e a crosta terráquea, ele precisaria de
longo prazo para, na sua descida, atravessar as faixas ou zonas decrescentes dos
planos de que já havia se libertado. E então, para alcançar a matéria, na sua expres-
são mais rude, teve de submeter-se a um processo de abaixamento vibratório peris-
pirítual, de modo a ajustar-se ao metabolismo biológico de um corpo carnal, num
ajuste gradual à freqüência da Terra”.
2 — E João deu testemunho, dizendo: “Vi o Espírito que descia do céu, em
forma de pomba, e repousou sobre ele”. (João, cap. I, vs. 32.)

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O Evangelho à luz do Cosmo

diante, estaria atuando mais intensamente no seio das tre-


vas compactas da vida humana, por intermédio do seu
mensageiro: Jesus de Nazaré!
Através dos relatos bíblicos, verifica-se que o Mestre Naza-
reno ficou conhecido por “Jesus Cristo”, o Ungido do Senhor,
na missão de transmitir e explicar, através da vestimenta verbal
do Evangelho, as próprias leis e princípios do Cosmo!

PERGUNTA: — Poderíeis proporcionar-nos outras con-


siderações, quanto ao fato de que Jesus de Nazaré era uma
entidade humana, em serviço do espírito planetário da
Terra, o Cristo?
RAMATIS: — Em verdade, o Cristo, o Divino Logos ou
o Espírito Planetário da Terra é anterior à existência de
Jesus de Nazaré! Embora entre os religiosos dogmáticos e
espiritualistas, inclusive mesmo a maioria dos espíritas se
considere heresia ou blasfêmia que Jesus é uma entidade
humana e o Cristo, o Logos, o elemento Divino de que foi
medianeiro, esta é a verdade impossível de ser deturpada
ou desmentida. (3)
O Cristo é uma entidade arcangélica, o Logos Planetá-
rio Terráqueo ou o Espírito Crístico da Terra, cuja elevada
freqüência vibratória o torna impossibilitado de qualquer
ligação ou atuação direta nas formas dos mundos materiais.
Daí o motivo de a Técnica Sideral ter escolhido o Espírito
Jesus de Nazaré, entidade de elevado gabarito espiritual, e
ainda capaz de atuar na face da Terra e portadora das con-
dições de transmitir o pensamento do Espírito Planetário
neste repositório didático que é o Evangelho! O Cristo vivi-
fica o vosso orbe e ilumina a humanidade terrícola, assim
como acontece de modo semelhante com os demais Cris-
tos planetários de Júpiter, Marte, Saturno e outros orbes.
Em linguagem algo rudimentar, diríamos que os Cristos pla-
3 — “Mas vós não queirais ser chamados Mestres, porque um só é o vosso
Mestre, e vós sois todos irmãos. Nem vos intituleis Mestres; porque um só é o vosso
Mestre — o Cristo!” (Mateus, XXIII — 8 e 10). Verifica-se, claramente, a distinção
que Jesus faz de si e do Cristo.

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