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Modelos Teóricos Objetivos da apresentação

Utilizados na Psicologia do Desporto


Apresentação para alunos de Licenciatura em Desporto

Familiarização com modelos teóricos usados na PD;

Identificar a utilidade dos modelos no domínio do desporto;

Despertar um olhar crítico do tema sob a luz de nova informação.

Fernando Lemos

Enquadramento 1.Introdução

Carta Europeia do Desporto (1992, 2001): entende-se por “desporto”


Desporto todas as formas de atividades físicas que, através de uma participação
organizada ou não, têm por objetivo a expressão ou o melhoramento da
Participação e Abandono
condição física e psíquica, o desenvolvimento das relações sociais ou a
Estudantes do ensino superior obtenção de resultados na competição a todos os níveis
níveis”..

Em Portugal, 66% da população afirma não realizar qualquer atividade


física (Special Eurobarometer, 2017).

1.1Introdução 1.2 Introdução

Apesar destes indicadores:


A Atividade física (Af) é um indicador da prevenção de doenças não Os praticantes não dão a continuidade desejada aos exercícios
infeto contagiosas como a diabetes, as doenças cardíacas e a obesidade que iniciam.
(Hardman & Stensel, 2009).

50% dos adultos que iniciam um programa de exercício físico


A prática da Af prolongada no tempo também encontra-se associada a regular desistem nos primeiros 6 meses (Marcus et al., 2000;
benefícios ao nível do desempenho cognitivo (Weinberg & Gould, Weinberg & Gould, 2011; 2017).
2017).

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1.3 Introdução Motivação e Envolvimento

Desafios à investigação: Posicionamento atual em função da prática desportiva.

Já não se prende com os efeitos da prática regular de exercício Ensino Superior


O que os move para determinado comportamento
comportamento..
e com os seus benefícios.

Dois dos modelos mais usados


Analisar as variáveis que mais podem explicar não só o início na explicação do comportamento
como também a manutenção deste comportamento desejável. do exercício físico.

Importa assim desenvolver uma compreensão dos Transtheoretical Model of Change Self Determination Theory
comportamentos de populações específicas em função desta Prochaskca & Di Clemente, 1983 Deci & Ryan, 1985
prática.

1. REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 Stage of Exercise Behaviour Change Questionnaire (Marcus et al. 1992)
Transtheoretical Model of Change (Prochaska & DiClemente, 1983;
Prochaska, DiClemente & Norcross, 1992; Prochaska & Velicer, 1997)
Em relação às afirmações que se seguem selecione a que
5 Fases de mudança se aproxima mais da tua situação atual:

Não faço exercício físico com regularidade nem pretendo


Pré-contemplação Contemplação Preparação começar nos próximos 6 meses
não tem a intenção deseja iniciar a prática pratica exercício físico
de praticar exercício de exercício físico mas não de forma Não faço exercício físico com regularidade mas pretendo
nos próximos 6 meses num futuro próximo. regular. começar nos próximos 6 meses

Não faço exercício físico com regularidade mas pretendo


Ação começar nos próximos 30 dias
pratica Manutenção
regularmente pessoa é fisicamente Faço exercício físico com regularidade há menos de 6
exercício , entre ativa > 6 meses meses
1 e < 6 meses
Faço exercício físico com regularidade há mais de 6 meses

Posicionamento em função do 1.2 Decisional Balance (Niggs et. al. 1998)

EF
Um conjunto de afirmações sobre aspetos negativos e
positivos por vezes associados ao exercício físico
Pré-contemplação
Contemplação
Prós Contras
Benefícios da mudança Custos desta Mudança
Preparação
“Fazer exercício físico regularmente “Fazer exercício físico tira-me, ou
faz-me, ou far-me-ia, sentir mais à tirar-me-ia, tempo para estar com
os meus amigos”
Ação vontade com o meu corpo”

Manutenção

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Balanço Decisional Estágios de Mudança

Prós Contras

Ciclo dos Estágios de Mudança


Pré contemplação
Então o que nos move?

Manutenção Contemplação
Motivação

É o impulso interno que influencia a direção


(orientação para um objetivo) do comportamento
Ação Preparação

Em outras palavras é a força motriz que nos leva a AÇÃO.

2. REFERENCIAL TEÓRICO SDT


NÍVEIS DE REGULAÇÃO
Self Determination Theory (Deci & Ryan, 1985)

Motivação

Motivação Motivação
Extrínseca Intrínseca

Caracterizadas pelas aspirações na Caracterizada por aspirações de


conquista de fama, riqueza e imagem, crescimento pessoal e de saúde,
(resumindo-se em como alcançar um realçando-se pela escolha pessoal,
fim através de um meio). satisfação e prazer na atividade
(onde não existe um fim que senão o
da própria prática em si).

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NÍVEIS DE REGULAÇÃO Motivação
Extrínseca

Amotivação Motivação Motivação


Identificada
Extrínseca Intrínseca Externa
Introjetada Aceite como
Obter recompensas ou pessoalmente
Para evitar sentimentos
evitar punições. importante:
Divertimento de culpa e/ou ansiedade
Negação “Faço exercício “Acho que é importante
EXTERNA Prazer ” Sinto-me culpado/a
Afastamento porque outras pessoas fazê-lo porque tem
INTROJETADA Satifação quando não faço vantagens e benefícios
ç
Privação dizem que devo fazer”
IDENTIFICADA “E ffaço exercício
“Eu í i exercício”
exercício para a minha saúde”
Insuficiência
Carência INTEGRADA físico pelo prazer que
“Não vejo qual a me proporciona e
razão de fazer ou porque é divertido”. Integrada
continuar a fazer Elevado grau de
exercício físico” congruência com outros
valores e necessidades
do sujeito.
“Eu faço exercício físico
porque, já faz parte da
minha vida”

NÍVEIS DE REGULAÇÃO NÍVEIS DE REGULAÇÃO

Continuum de Autodeterminação
Estágios

Autonomia Competência Relacionamento


Capacidade de Regular
as suas próprias ações.
Capacidade de eficácia
na interação com o
Capacidade de procurar
e desenvolver ligações e Autodeterminação
envolvimento. relações interpessoais.

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