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Estrutura da apresentação

 Controlo do pH das caldas;


 É importante porquê?
 Como se faz?
 Aconselhamento geral e utilidade do manual.

 Modos de acção das substâncias activas;


 É importante conhecer? Porquê?
 Aconselhamento geral e utilidade do manual.
Sobre o pH das caldas

Porquê controlar o pH da calda?

 Aumentar a eficiência dos tratamentos;

 Reduzir despesas;
 menos tratamentos;
 menos trabalho.

 Melhorar a qualidade da produção.


 plantas mais sãs;
 menos resíduos;
 …
Quais as consequências da não
correcção?
 Maior despesa;

 Redução da eficiência ou mesmo total ineficiência do tratamento


(ex: bacillus em pH alcalino);

 Perdas de produção;

 Interpretação errada de resultados e redução da diversidade de


produtos fitofarmacêuticos “disponíveis”.

 Desenvolvimento de fitotoxicidades (ex: aplicação de produtos


sulfatados e cúpricos com pH baixo)

Porque motivo a eficiência do


tratamento é afectada?
 O pH da solução tem implicações directas na actividade das
substâncias activas e na sua estabilidade e capacidade de
penetração

 Ex: o bacillus thuringiensis é um “produto” que contem uma toxina que se activa
em pH alcalino, a calda deve ser ácida para que esta toxina não seja activada
antes de ser ingerida pelas lagartas;

 Ex: a molécula de glifosato é degradada por hidrólise alcalina (herbicida);

 Ex: o metsulfurão-metilo sofre hidrólise ácida (herbicida).


Qual o pH ideal?
 Para a maioria das substâncias activas: pH 5 a 6;

 Os insecticidas têm em geral maior eficiência em gamas de pH


mais baixas;

 Há muitas excepções:
 Pencicurão – fungicida (Rhizoctonia da batateira) – ph ideal 4;
 Tebuconazol – fungicida (ex: ferrugem do trigo) – ph ideal 7;
 Ciflutrina – insecticida (ex: lagarta do tomate) – pH ideal 4;
 Pirimicarbe – insecticida (ex: afídeos do pepino) – pH ideal 7;
 Glifosato – herbicida – pH ideal 3 a 5;
 Terbutilazina – herbicida – pH ideal 7;
 …
Atenção
 Produtos com a mesma substância activa podem sofrer variações
no pH ideal em consequência das formulações e da sua
constituição;

 O pH ideal pode sofrer ligeiras alterações em função das condições


climáticas e da sensibilidade da molécula;

 Substâncias com pHs ideais diferentes não devem ser


misturadas. Para além deste factor existem ainda outras
condicionantes à mistura de produtos.

Organização do manual - pH
1. Fungicidas 3. Herbicidas
Análise e correcção do pH das águas

 O pH da água varia em função da sua origem e ao longo do ano e


ciclo vegetativo;

 É fundamental realizar várias medições de pH de forma a acompanhar a sua


evolução ao longo do tempo.

 Águas com o mesmo valor de pH podem exigir quantidades


diferentes de rectificante porque têm diferenças no seu poder
tampão.

Rectificantes disponíveis
 Acidificantes;
 Ácido fosfórico;
 Ácido sulfúrico;
 Vinagre (países em vias de desenvolvimento);
 Sulfato de amónio (herbicidas);
 …

 Alcalinizantes;
 Hidróxido de amónio – base fraca;
 Hidróxido de sódio (soda caustica) – base forte;
 …

 Rectificantes e estabilizadores de pH especializados.

Transmitir poder tampão há calda maximiza o período de actuação no campo.


Aconselhamento geral
 Medir o pH das águas com frequência;

 Não tratar as águas por igual;

 Aplicar os rectificantes em quantidade adequada a cada produto e


agitar a calda antes da adição de produtos fitofarmacêuticos;

 Não misturar produtos incompatíveis ou cuja reacção se


desconhece;

 Possuir um aparelho de medição de pH de forma a ter autonomia;

 Realizar as pulverizações imediatamente após a preparação da


calda.
Actuação vs Acção
Actuação Acção

 Sistémico;  Interferência na síntese de ácido


 Ingestão; nucleico;
 Contacto;  Interferência na divisão celular;
 Fumigação;  Inibe a actividade da enzima
 Penetrante; acetil coenzima A;
 Superfície;
 Inibe a fotossíntese ao nível do
fotossistema II;
 Preventivo;
 Disruptor da hormona ecdisona;
 Curativo;
 …
 Residual;

Fundamental conhecer! Precisamos de saber isto?

Modos de acção
 O importante é saber como se agrupam os produtos
fitofarmacêuticos disponíveis no mercado e quais é que têm modos
de acção diferentes. Porquê?

 Precisamos de alternar tratamentos com modos de acção diferentes!


Porquê?

Com o tempo as pragas, as doenças e as infestantes adaptam-se e criam resistências às


nossas práticas culturais se as tornarmos repetitivas.

Rotações culturais
Solução:
Mobilizações de solo
Integrar estratégias diferentes Luta biológica
Fitofarmacêuticos
Outras
Resistências aos fitofarmacêuticos

 Desenvolvem-se pela aplicação repetida de produtos com o mesmo


modo de acção;

Consequências:
 Produtos perdem eficiência;
 Aumenta-se o número de tratamentos;
 Aumenta a despesa;
 Reduz a qualidade da produção.

 Muitas substâncias activas, mesmo pertencendo a diferentes


grupos químicos, têm o mesmo modo de acção;

Organização do manual – modos de acção


Cruzar informação

7 (AL), 3
( PI
acetamiprida Epik; Gazelle; Epik SG; Gazelle SG Máx. 2 aplicações
E Ѳ
)

alfa-cipermetrina Fastac 7 Máx 2 aplicações -

ciflutrina + imidaclopride Aficion, Kohinor Plus 3 Só Estufa; Máx. 2 aplicações -


Afídeos
esfenvalerato Sumifive Plus; Plinto 3 Máx. 2 aplicações -
Tomateiro Confidor Classic; Corsário; Kohinor20SL; Nuprid200SL;
PI
imidaclopride Confidor O-teq; Couraze; Warrant 200SL; Neomax; 3 Máx. 2 aplicações (PI)
Ѳ
Mastim, Solar

pimetrozina Plenum 50WG 3 Máx. 3 aplicações; 2 em E-PI PI

Máx. 2 aplicações. Pode ser


PI
tiametoxame Actara 25 WG 3 aplicado na rega gota-a-
Ѳ
gota

alfa-cipermetrina Fastac 7 Máx. 2 aplicações -

Bacillus thuringiensis Turex, Dipel; Bactil X2, Presa, Kurstak; Belthirul - PI

beta-ciflutrina Bulldock 2 -

ciflutrina Ciflumax 2 -

ciflutrina + imidaclopride Aficion; Kohinor Plus 3 Só Estufa. Máx. 2 aplicações -

cipermetrina Cythrin 10EC 2 -

Coragen Só ar livre, Máx. 2 aplicações


clorantraniliprol 3 PI
Altacor Máx. 2 aplicações

Dursban 4; Ciclone 48EC; Destroyer 480 EC; Pirifos 48;


Lagartas Clorfos 48; Nufos 48EC; Risban 48EC; Pyrinex PI
clorpirifos 14 Máx. 2 aplicações (PI)
tomateiro 250ME;Cortilan; Cyren 48 EC; Pyrinex 48 EC; Ѳ
Clormax, etc.

deltametrina Decis; Deltaplan 3 Máx. 3 aplicações -

emamectina Affirm 3 Máx. 3 aplicações -

indoxacarbe Steward; Explicit WG 3 Máx. 4 aplicações PI

lambda-cialotrina Karate +; Karate Zeon; Judo; Atlas; Ninja 3 -

PI
lufenurão Match 7 Só Estufa. Máx. 2 aplicações
Ѳ

metomil Lannate L 7 Apenas Ar Livre -

PI
spinosade Spintor 3 Máx. 2 aplicações (PI)
Ѳ
Aconselhamento geral

 Dar prioridade às práticas culturais preventivas e diversificar ao


máximo a estratégia de controlo das pragas e doenças (rotações,
variedades resistentes, controlo biológico, desfolhas, etc.);

 Alternância de substâncias activas com modos de acção diferentes


ao longo da cultura;

 Instalação e preservação de infra-estruturas ecológicas;

Obrigado pela atenção

www.aiho.pt
interprofissional@gmail.com
91 446 31 09

Ricardo Vicente
23 de Abril, 2013
A-dos-Cunhados

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