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HANS MORGENTHAU- ROTEIRO 14/01

-Hans Morgenthau foi um teórico, pioneiro nos estudos das relações internacionais, nasceu em
17/02/1904 na Alemanha, vindo de uma família judia, viveu os contextos das guerras do século
XX.
- Estudou em grandes universidades na Alemanha, mas com o contexto das guerras e a
ascensão no nazi-fascismo e de Adolf Hitler, Morgenthau se muda para os Estados Unidos
onde faz carreira, sendo um dos grandes pensadores norte-americanos(onde foi naturalizado).
- É considerado o precursor do Realismo político nas R.I
- A sua principal obra foi "A política entre as nações", lançada em 194; onde ele irá criticar a
teoria idealista, uma vez que ele não acredita nas tentativas da mesma de superar a guerra,
logo ele irá criticar também o papel da Liga das Nações dentro do contexto internacional.
- Em a política entre as nações, Morgenthau irá tentar sistematizar como que ocorre o
movimento dos estados nacionais em um sistema internacional no qual a guerra se faz
presente, trabalhando o conceito que ele coloca como principal para entender o realismo, que é
o poder. Sendo assim, o poder será a essência da política, ou seja, é o que move os Estados
nacionais para buscar o seu espaço dentro da política internacional.
- No primeiro capítulo do livro, Hans Morgenthau faz uma crítica ao pensamento idealista sobre
a busca de uma paz mundial, para ele a paz possível no mundo se dá a partir de um equilíbrio
de poderes entre Estados nacionais, uma vez que a paz é um ideia um tanto ilusória visto que
a guerra sempre estará presente na sociedade, pois sempre haverá uma busca entre esses
estados por dominação.
- a partir disso, ele irá trabalhar com 6 princípios básicos que regem o realismo político:
1) A política, assim como a sociedade, irá obedecer leis objetivas que são frutos da
natureza humana, acreditando na ideia de que não serão apenas os acontecimentos
históricos que irão mudar as leis objetivas mas a natureza humana e o desejo de
sobrevivência que irá pôr para a sociedade tais leis a serem seguidas.
2) O interesse dos Estados é sempre definido em termos de PODER, ou seja, assim como
os seres humanos o Estado também obedece às leis objetivas que buscam a
sobrevivência, e se para nós seres humanos a grande busca é sobreviver, para o
Estado a grande busca é ter o poder. Sendo assim, caracterizamos o movimento dos
Estados como um movimento puramente racional, podemos colocar tal movimento
como a busca pelo alcance de um objetivo com o menor custo, no menor tempo
possível e da melhor forma possível.
3) O conceito de interesse traduzido em poder é uma categoria objetiva de validade
universal, ou seja, é algo constante na história da humanidade, desde que mundo é
mundo os Estados racionalizam seus objetivos para alcançar o Poder. Podemos até
mesmo fazermos um paralelo com o que Thomas Hobbes destaca sobre a natureza
essencialmente mau do ser humano, se para Hobbes o homem é mau por natureza,
para Morgenthau o Estado sempre estará em busca daquilo que é seu objetivo
independente de ser bom ou ruim moralmente.
4) Os princípios morais universais não podem ser aplicados aos atos dos Estados, serão
filtrados e analisados a partir das circunstâncias de tempo e lugar. Nesse contexto,
podemos reconectar a falar de Morgenthau com o pensamento de Maquiavel sobre a
separação da ética da política, na qual a ética deve ser deixada para vida privada e não
se relacionar com a forma de fazer política. Sendo assim, a leitura de Morgenthau sobre
a égide do pensamento maquiavélico será de que se a política do Estado é a política da
sobrevivência então de alguma forma é necessário que seja utilizado todos os meios
possíveis para se manter no poder, independente da moral, podendo apenas ter como
única regra a prudência.
5) As aspirações morais de uma nação em particular não podem ser identificadas sobre os
preceitos morais que governam o mundo, ou seja, ainda correlacionando com os outros
princípios, o Estado pode até ser "imoral" contanto que ele atinja o seu objetivo de
sobreviver e aumentar o seu poder, uma vez que este é quem tem dever se resguardar
as vidas humanas. Logo, tal princípio coloca o Estado sempre em primeiro lugar
partindo do pressuposto de que o Estado bem protegido irá proteger seus
colaboradores.
6) Mesmo considerando o homem como um ser pluralista, a esfera política é autônoma,
sendo assim ela não se subordina a nenhuma outra esfera, diferente da jurídica-por
exemplo, ela tem um ambiente em si, sendo assim ela será um fim em si mesmo. Logo,
para entender a política você tem que estudar os princípios que regem a política e a
dinâmica do sistema internacional, ou seja, as relações internacionais será um campo
de pesquisa científica único que não se subordina e nem faz parte de outro campo
como a ciência política, e que cria leis, normas e sistemas para o entendimento.

-No capítulo XI, Hans Morgenthau vai tentar explicar um pouco como funciona a dinâmica do
equilíbrio de poder através da sua visão. Ele começa o capítulo explicando que existe uma
aspiração de poder por parte das nações, que procura alterar ou manter o status de poder,
essa procura é denominada por ele como o famigerado equilíbrio de poder, bem como as
políticas que a cercam.
-Ele continua explicando que do mesmo modo, onde essas políticas de poder são boas,
considerada uma boa modalidade das ri, por outro ele pressiona a tecla da qual somente ela é
uma política totalmente extrema, sendo ligada a homens malvados
--Durantes a continuidade da leitura, ele mostra as faces do equilíbrio de poder do mundo:
O equilíbrio internacional de poder representa apenas uma manifestação de princípio social
O equilíbrio de poder e as políticas traçadas para preservá-lo não são apenas limitadas mas
são elementos estabilizadores das sociedades de nações soberanas.
Que a instabilidade do equilíbrio pode pode ser debilitada

•Equilíbrio social
-Ele começa dando o conceito de equilíbrio, mostrando que é a variedade de forças autônomas
dentro de um sistema, é que sempre que ocorre a perturbação de tal os componentes do
sistema procuram estabelecer o equilíbrio original ou procuram uma nova forma de equilíbrio.
Ele cita sobre a aplicação do equilíbrio na economia quando fala sobre o sistema
compensatório do capitalismo.
-Ele explica sobre dois pressupostos acerca do equilíbrio social, são eles; 1- que elementos a
serem equilibrados são necessários para a sociedade ou possuem direito a existir, já o
segundo é que sem um estado de equilíbrio entre elementos, um sempre irá se sobressair
acerca dos outros desse modo gerando o caos e a destruição dos outros elementos.
-Ele continua que o propósito das formas de equilíbrio, basicamente é manter a estabilidade
sem destruir a multiplicidade, impedindo a superioridade de um sobre os demais. Termina essa
parte explicando que uma hora os elementos estão tão poderosos que cada uma tem a sua
forma de se manter em equilíbrio, citando John Randolph que somente o poder pode impor
limites no poder.

•Equilíbrio de poder na política doméstica:


-Ele vai fundamentar essa parte em explicar como funciona a política de poder fora do campo
internacional, dentro dos estados. Ele explica que os parlamentos multipartidários têm um
importante papel nisso, gerando um interior de equilíbrio de poder. Mostrando que a
representatividade de vários grupos serve para eles irem ao fator que mostra mais potencial
assim gerando um equilíbrio. No decorrer da explicação, ele cita algumas falas interessantes,
como a do lorde Bryce:”(...) no mundo da política existe entre os órgãos e os cargos(...) uma
disputa constante, uma luta pela existência, similar àquela que o senhor Darwin nos
mostrou(...) “. Neste tópico veremos como funciona essa luta pelo equilíbrio, onde as políticas
públicas pelos estados vão fechar a forma de estabilidade do equilíbrio na política doméstica.
-Voltando a sociedade internacional, ele dá os dois principais pontos de equilíbrio de poder,
que se baseiam na multiplicidade e no antagonismo de seus elementos, sendo as lutas
travadas no cenário internacional por poder.
-O primeiro padrão conhecido como oposição direta, explica que quando uma nação A inicia
uma política imperialista a uma nação B, e está se opõem a esse imperialismo, gera uma

oposição direta entre a nação que deseja se estabelecer e a nação que se recusa a ouvir.
Como exemplo, Hans cita a oposição dos aliados diante ao eixo em 11941.
-Outra forma que ela pode acontecer é quando possuem 3 nações envolvidas, sendo a
nação A procurando impor seu imperialismo contra a nação C, que não necessariamente
precisa resistir a tal, e a nação B tem amizade com a nação C. Porém a dominação de C por A
é um problema para B, pois a nação B vai de encontro com a nação A, não querendo sua
manifestação em C, ou a própria nação B possui interesse em C. Nesse caso é possível ver a
oposição direta mas sim uma competição, cujo objetivo é C. É citado como exemplo o combate
entre os Estados Unidos e a União Soviética pelo controle dos países do Sudeste Asiático.
-Quando estão em combate direto resultam no desejo de ver a política de cada nação suplantar
a política do outro. No decorrer é citado uma das funções do equilíbrio de poder, que deveria
preencher a estabilidade nas relações de poder entre as nações e, contudo, essas relações,
devido a sua própria natureza, estão sujeitas a mudanças contínuas. Então sempre para
manter o equilíbrio irá ocorrer mudanças nos pratos que equilibram a balança do poder, ora
mais leves ora mais pesados. Sendo sua função assegurar a liberdade de uma nação contra o
domínio de outra. Por causa da natureza conturbada da dinâmica do equilíbrio a independência
das nações envolvidas fica muito fragilizada e corre perigo, podendo outras nações usurpar sua
liberdade.
-O outro padrão mostrado é o da competição, nele as duas nações A e B possuem o mesmo
poder de dominação sobre C, porém nenhuma das duas o invade com medo da outra. Isso
gera que se vire um instrumento nas relações entre A e B.
Porém ele explica que se o equilíbrio se voltar a nação A (imperialista) a independência de
C fica em risco:
Porém se se voltar para a nação B, a liberdade de C fica mais garantida pois ela é uma nação
de status quo:
Tendo no último caso a desistência de A por C, nessa modo ele tem sua independência
assegurada para sempre
Ele continua citando que sempre as nações pequenas deram sua independência aos fatores:
equilíbrio de poder, preponderância de um poder protetor e falta de atrativos para aspirações
imperialistas.

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