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Apresentação do professor. Apresentação do curso. Tipologia
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textual. Fatores de coesão e coerência textual.
Métodos indutivo e dedutivo de compreensão e interpretação
1 textual, reescritura de frases e parágrafos, noções de
semântica.
4 Regência e crase.
Apresentação do Professor
Agora que você já sabe com quem estudará e o que o espera pela
frente, que tal falarmos um pouco mais sobre o curso que estou lhe
propondo?
Ele é composto por dez aulas (incluindo esta, que é a
demonstrativa). Elas terão, em média, 35 exercícios comentados, todos
extraídos de provas de concursos recentes. Trabalharei com questões do
Cespe, mas poderei inserir exercícios de outras instituições para dar
mais consistência à sua aprendizagem.
Sumário
Tipologia Textual
Tipologia textual designa uma espécie de sequência teoricamente
definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais,
sintáticos, tempos verbais, relações lógicas).
Diferentemente do que aprendemos na escola, vamos dividir os
textos em cinco tipos: descritivo, narrativo, expositivo (ou informativo),
argumentativo (ou simplesmente dissertativo) e injuntivo.
Para efeito de prova, a banca pode usar ainda as terminologias
dissertação expositiva e dissertação argumentativa para se referir,
respectivamente, aos textos expositivos e argumentativos.
Que tal caracterizarmos cada um deles?
Texto Descritivo
a) instrucional.
b) dialógico.
c) descritivo.
d) narrativo.
e) dissertativo.
Comentário – Calma! Às vezes, a banca complica um pouquinho a nossa vida.
Observe que, embora haja inicialmente o relato de um fato, no
desenvolvimento do texto o enunciador apresenta argumentos que defendem
uma opinião sobre o financiamento privado de pessoas jurídicas para
campanhas eleitorais. Já na primeira linha, fica evidente o juízo de valor a
respeito desse financiamento: “inaceitável”. Note que a última frase reafirma a
opinião contrária à interferência de empresas no processo eleitoral. Fica aqui a
minha dica para você: ainda que haja no texto elementos característicos da
descrição e da narração, o texto será classificado como dissertativo sempre
que houver um posicionamento sobre o assunto abordado (não existe texto
homogêneo!).
Resposta – E
Texto Argumentativo
Texto Expositivo
Comentário – Sim, pois não se verifica nenhuma tese sendo defendida pelo
enunciador. A preocupação dele é simplesmente informar a “virada de mesa”
ocorrida na vida de Luiz Alberto. O trecho abaixo é um bom exemplo de
narração:
Luiz Alberto Mendes Júnior cumpriu 31 anos e 10 meses de
prisão. Dentro da penitenciária, aprendeu a ler e a escrever.
Trabalhou na escola da penitenciária e alfabetizou mais de 500
presos. Fez vestibular para direito na PUC de São Paulo. Passou.
E mudou de vida. (linhas 5-9)
Resposta – Item certo.
6. (Cespe/2015/FUB/ Cargos de Nível Superior) O texto é essencialmente
argumentativo, haja vista a quantidade de adjetivações que foram
utilizadas para convencer o leitor de que os projetos da UnB são positivos.
Texto Injuntivo
a) informativo.
b) prescritivo e normativo.
c) dissertativo-argumentativo.
d) narrativo.
e) descritivo.
Comentário – No parágrafo introdutório, o enunciador expõe o assunto que
será tratado: o sufrágio universal. No parágrafo seguinte, ele acaba
argumentando contra o senso comum a respeito do conceito desse tipo de
sufrágio: “Essa não é, entretanto, um verdade absoluta” (L. 15). O enunciador
defende a ideia de que “Um sistema eleitoral pode prever condições legítimas a
serem preenchidas pelo cidadão para se tornar eleitor” (L. 15-17). Para validar
sua tese, ele recorre ao doutrinador José Afonso da Silva (l.19). Portanto o
texto pode ser classificado como dissertativo-argumentativo.
Resposta – C
Coesão Coerência
[...]
Eram trinta minutos do segundo tempo do jogo Villareal
versus Barcelona quando o brasileiro Daniel Alves, titular da
22 equipe azul e grená, se encaminhou para bater um escanteio. Uma
banana, então, foi atirada em sua direção. O lateral ― um baiano
[...]
28 Aquele era o oitavo caso de racismo nos gramados
espanhóis somente na atual temporada. Teria sido alvo de tímidos
protestos não fosse a reação irreverente do jogador brasileiro ― e
[...]
Rinaldo Gama. Como Daniel Alves derrotou o racismo.
Internet: <www.veja@abril.com.br> (com adaptações).
[...]
pelúcia. Na legenda, o ex-santista escreveu a hashtag
37 #somostodosmacacos em quatro idiomas: português, inglês,
espanhol e Catalão. Até a última quinta-feira, essa postagem havia
recebido quase 580.000 curtidas, enquanto uma legião de
40 celebridades ― dos esportes, das artes, da política etc. ― repetia
o gesto em apoio a Daniel Alves.
Rinaldo Gama. Como Daniel Alves derrotou o racismo.
Internet: <www.veja@abril.com.br> (com adaptações).
[...]
13 ensino do DF. “Ainda prevalece uma visão conservadora sobre
o que é educação”, conta a professora. “A natureza possui uma
dimensão formadora. Isso subverte a forma de se tratar a
16 relação entre o ser humano e o meio ambiente no cerne de um
processo educativo. Não se trata de educar o ser humano para
[...]
João Campos. O ABC do cerrado. In: Revista Darcy, jun./2012 (com adaptações).
Estavam no avião (1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos, que
foi candidato a prefeito de Maringá nas últimas eleições (leia reportagem nesta
página); o piloto (1) José Traspadini, de 64 anos; o co-piloto (1) Geraldo
Antônio da Silva Júnior, de 38; o sogro de Name Júnior (4), Márcio Artur
Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (5) filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto, de 28, e
Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6), João Izidoro de
Andrade (7), de 53 anos.
a) Muitos brasileiros estavam assistindo à corrida, mas isso não bastou para
que Rubinho vencesse a prova (o pronome demonstrativo isso retoma a ideia,
expressa anteriormente, de que muitos brasileiros estavam assistindo à
corrida);
a) Portanto, eles não vêm de outro planeta. Saem dos setores organizados
da sociedade, chegam ao poder pela autorização explícita de contingentes
de eleitores numerosos o suficiente para diferenciá-los dos demais
postulantes de mandatos.
b) Essa indignação é legítima e acentua-se sempre que explode um
escândalo político ou que um julgamento do Supremo Tribunal Federal,
como a recente apreciação de recursos, não corresponde à expectativa da
nação.
c) Um tal grau responsabilidade não pode ser atribuído apenas aos políticos.
A pergunta que se impõe é: o que os cidadãos podem fazer para impedir a
deformação da política? Numa democracia, podem muito.
d) Ao contrário, é humano e compreensível que pessoas revoltadas com o
comportamento de seus representantes no poder resvalem para a
generalização, afirmando que todos os políticos são inconfiáveis.
e) Esta iniciativa legisladora, porém, carrega no seu bojo uma contradição:
os políticos, queiramos ou não, somos nós, os cidadãos que votamos e
elegemos nossos representantes.
Comentário – Esta questão pode ser considerada uma inovação nas provas do
Cespe. A banca não tinha o costume de cobrar dos candidatos a continuidade
coesa e coerente de um texto. Geralmente isso é comum nas provas da Esaf. É
bom ficar de olho daqui para frente!
Alternativa A: errada. A conjunção “Portanto” sugere uma
conclusão que não acontece; o texto continua sendo desenvolvido no parágrafo
seguinte. Outra: quem chega ao poder? Eles? Qual é a referência desse
pronome?
Alternativa B: certa. O primeiro parágrafo menciona a revolta
de muitos brasileiros. A continuação, considerando a segunda opção, retoma
essa indignação, classifica-a de “legítima” e apresenta alguns motivos que a
tornam mais intensa.
Alternativa C: errada. O início do parágrafo já carece de
elemento de coesão entre seus termos: “Um tal grau [de]
responsabilidade...”. Isso já é suficiente para o desprezarmos.
Alternativa D: errada. “Ao contrário” de quê? A quarta opção
não contraria o que foi dito anteriormente. De certa forma, ela até tenta
corroborar a indignação do povo mencionada no início.
Alternativa E: errada. “Esta iniciativa legisladora”? Se é para
retomar algo que foi mencionado, melhor seria o emprego do pronome essa.
Resposta – B
1 Ó grandes oportunistas,
sobre o papel debruçados,
que calculais mundo e vida
4 em contos, doblas, cruzados,
que traçais vastas rubricas
e sinais entrelaçados,
7 com altas penas esguias
embebidas em pecados!
Ó personagens solenes
10 que arrastais os apelidos
como pavões auriverdes
seus rutilantes vestidos,
13 — todo esse poder que tendes
confunde os vossos sentidos:
a glória, que amais, é desses
16 que por vós são perseguidos.
[...]
Cecília Meireles. Romanceiro da Inconfidência.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p. 267-8.
Albert Iglésia
Lista das Questões Comentadas
Lista das Questões Comentadas
a) instrucional.
b) dialógico.
c) descritivo.
d) narrativo.
e) dissertativo.
a) informativo.
b) prescritivo e normativo.
c) dissertativo-argumentativo.
d) narrativo.
e) descritivo.
[...]
Eram trinta minutos do segundo tempo do jogo Villareal
versus Barcelona quando o brasileiro Daniel Alves, titular da
22 equipe azul e grená, se encaminhou para bater um escanteio. Uma
banana, então, foi atirada em sua direção. O lateral ― um baiano
[...]
28 Aquele era o oitavo caso de racismo nos gramados
espanhóis somente na atual temporada. Teria sido alvo de tímidos
protestos não fosse a reação irreverente do jogador brasileiro ― e
[...]
[...]
pelúcia. Na legenda, o ex-santista escreveu a hashtag
37 #somostodosmacacos em quatro idiomas: português, inglês,
espanhol e Catalão. Até a última quinta-feira, essa postagem havia
recebido quase 580.000 curtidas, enquanto uma legião de
40 celebridades ― dos esportes, das artes, da política etc. ― repetia
o gesto em apoio a Daniel Alves.
Rinaldo Gama. Como Daniel Alves derrotou o racismo.
Internet: <www.veja@abril.com.br> (com adaptações).
[...]
13 ensino do DF. “Ainda prevalece uma visão conservadora sobre
o que é educação”, conta a professora. “A natureza possui uma
dimensão formadora. Isso subverte a forma de se tratar a
16 relação entre o ser humano e o meio ambiente no cerne de um
processo educativo. Não se trata de educar o ser humano para
[...]
João Campos. O ABC do cerrado. In: Revista Darcy, jun./2012 (com adaptações).
[...]
Unidos. No Brasil, não há estudos específicos que associem as
ondas de calor a tipos de internações. “Não é só aí. No mundo
19 todo, há pouquíssimas investigações a respeito dessa relação”,
afirma Domininci. “Precisamos que os colegas de outras partes
do planeta façam pesquisas semelhantes para compreendermos
22 melhor essa importante questão para a saúde pública”, observa.
a) Portanto, eles não vêm de outro planeta. Saem dos setores organizados
da sociedade, chegam ao poder pela autorização explícita de contingentes
de eleitores numerosos o suficiente para diferenciá-los dos demais
postulantes de mandatos.
b) Essa indignação é legítima e acentua-se sempre que explode um
escândalo político ou que um julgamento do Supremo Tribunal Federal,
como a recente apreciação de recursos, não corresponde à expectativa da
nação.
c) Um tal grau responsabilidade não pode ser atribuído apenas aos políticos.
A pergunta que se impõe é: o que os cidadãos podem fazer para impedir a
deformação da política? Numa democracia, podem muito.
d) Ao contrário, é humano e compreensível que pessoas revoltadas com o
comportamento de seus representantes no poder resvalem para a
generalização, afirmando que todos os políticos são inconfiáveis.
e) Esta iniciativa legisladora, porém, carrega no seu bojo uma contradição:
os políticos, queiramos ou não, somos nós, os cidadãos que votamos e
elegemos nossos representantes.
Ricardo Westin e Cintia Sasse. Dormindo com o inimigo. In: Jornal do Senado.
Brasília, 4/jul./2013, p. 4-5. Internet: <www.senado.gov.br> (com adaptações).
1 Ó grandes oportunistas,
sobre o papel debruçados,
que calculais mundo e vida
4 em contos, doblas, cruzados,
que traçais vastas rubricas
e sinais entrelaçados,
7 com altas penas esguias
embebidas em pecados!
Ó personagens solenes
10 que arrastais os apelidos
como pavões auriverdes
seus rutilantes vestidos,
13 — todo esse poder que tendes
confunde os vossos sentidos:
a glória, que amais, é desses
16 que por vós são perseguidos.
[...]
Cecília Meireles. Romanceiro da Inconfidência.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p. 267-8.
1. Item errado
2. E
3. Item errado
4. Item errado
5. Item certo
6. Item errado
7. Item certo
8. Item certo
9. Item errado
10. Item certo
11. Item errado
12. Item errado
13. C
14. Item errado
15. Item certo
16. Item errado
17. Item certo
18. Item errado
19. Item certo
20. B
21. Item certo
22. Item certo
23. Item errado
24. Item errado
25. Item certo
26. Item errado