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DOW QUIMICA BRASIL

RESINAS DE TROCA IÔNICA

CONCEITOS BÁSICOS
Histórico: Em 1945 a Rohm and Haas sintetiza
e comercializa a primeira resina de
Antes das resinas sintéticas de troca troca iônica para abrandamento, a
iônica, a purificação das águas era resina AMBERLITE IR 120 Na, que
feita por argilas naturais, carvões é comercializada até a presente
sulfonados e sílicatos de alumínio data. Seus ultimos inventos são as
(zeolitas), visando basicamente a resinas de partícula uniforme
eliminação da dureza total da água. “LINHA AMBERJET™” e o sistema
Este período ocorreu entre 1818 a de leito compacto “SISTEMA
1930. Após 1930 iniciou-se os AMBERPACK™“, no mercado de
primeiros experimentos com resinas tratamento de água.
de troca iônica, com o objetivo de
substituir o sílicato de alumínio no No Brasil a Rohm and Haas está no
processo de abrandamento, por um mercado desde aproximadamente
produto sintético não solúvel a 1950 ( desde sua instalação aqui no
solventes, base e ácido. Brasil ) e tem colocado em prática
através de seus engenheiros e
Este foi o grande desenvolvimento, químicos todos os conceitos
pois tinha-se descoberto um produto desenvolvidos pelo corpo técnico da
sintético que não era solúvel, e Rohm and Haas Company. Esses
poderia ser regenerado, aí surgiu as conceitos são transferidos para
resinas de troca iônica. empresas de engenharia e para o
mercado.
A partir de 1935 até a presente data, Atualmente toda indústria que
a Rohm and Haas tem se dedicado produz vapor para caldeiras e
a este mercado no desenvolvimento processo, utiliza resinas de troca
de novos produtos, novas iônica; seja como processo principal
aplicações e aplicações de novos ou como polimento da água
conceitos de engenharia na desmineralizada para atingir alta
utilização das resinas de troca qualidade em condutividade e Sílica.
iônica.
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Resumo Histórico: 1970 a 1990 : Regeneração em
contra-corrente para sistemas de
1930 a 1935 : Primeiros desmineralização de água;
experimentos com Resinas
sintéticas no processo de 1980 a 1990 : Resinas de
abrandamento de água, granulometria uniforme, linha
substituindo os sílicatos de alumínio AMBERJET™.
(Zeolitas);
1980 a 1992 : Sistema de leito
1940 a 1970 : Regeneração em co- compacto, sistema AMBERPACK™.
corrente para sistemas de
desmineralização de água;
Processo de fabricação catíons indroduzidos através do
processo de aminação.
das resinas:
A partir deste estágio temos as
As resinas de troca iônica são resinas catiônicas e aniônicas
copolímeros de estireno ou acrílico prontas para serem embaladas e
e divinilbenzeno, sendo esses comercializadas.
monomeros quando misturados
mais presença de temperatura e Sistemas empregados atualmente
alguns coadjuvantes são para eliminação de sais dissolvidos
polimerizados. na água:
Esses polímeros na forma de Para eliminar os sais dissolvidos
beads ou contas são suportes existem alguns processos, porém
plásticos que não são solúveis em estaremos estudando o processo de
bases ou ácidos. troca iônica por resinas:
O processo seguinte após a
polimerização ou a formação das Sistemas que podem ser utilizados
contas, é a introdução dos grupos para eliminar esses sais dissolvidos:
ativos, onde para resina catiônica
forte, o grupo funcional é o grupo  EVAPORAÇÃO E
-
sulfônico ( SO3 ), um aníon que é DESTILAÇÃO
introduzido através do processo de
sulfonação. Para as resinas  MEMBRANAS, Ultrafiltração,
aniônicas fortes o grupo funcional Nanofiltração, Osmose
são aminas, ( CH2N(CH3)3 ) Tri- Reversa
Metil-Amina para as resinas
denominadas Tipo I e (  PRECIPITAÇÃO QUÍMICA
CH2N(CH3)2CH2OH ) Di-Metil-
Etanol-Amina para as resinas  TROCA IÔNICA POR
denominadas tipo II, que são RESINAS SINTÉTICAS

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Definições catíons e íons aníons, sendo os


catíons os elementos com valência (
Quando a água passa do estágio carga ) positiva e os aníons os
líquido para o gasoso (vapor), esses elementos com valência ( carga )
elementos dissolvidos concentram- negativa, portanto os íons são
se e precipitam-se nas tubulações, partes das moléculas, ou seja, um
caldeiras etc, prejudicando a troca exemplo clássico temos a molécula
de calor e iniciando-se um processo de água ( H2O ), onde o íon cátion é
de corrosão no sistema, esta é a o hidrogênio e o íon ânion é o
razão pelo qual necessitamos oxigênio. Outro exemplo é a
eliminar esses sólidos dissolvidos molécula de carbonato de cálcio (
antes de transferir esta água para as CaCO3 ), onde o íon cátion é o
caldeiras ou para nosso processo. cálcio e o íon aníon é o carbonado.
Abaixo apresentamos alguns íons
As moléculas dos sais dissolvidos na que poderão ser encontrados nas
água são compostas por íons águas:

CATÍONS Íon ANÍONS Íon

Cálcio Ca++ Carbonato CO3--


Magnésio Mg++ Bicarbonato HCO3-
+ -
Sódio Na Cloreto Cl
+ --
Potássio K Sulfato SO4
Ferro ( oso ) Fe++ Sílica SiO2
Alumínio Al+++ Dióxido de Carbono CO2
+++ -
Ferro ( ico ) Fe Fluor F

Adefinição em inglês da palavra ion águas serão eliminados por resinas,


exchange resin, significa em sendo os catíons pelas resinas
português troca de íons por resinas, catiônicas e os aníons pelas resinas
portanto os íons presentes nas aniônicas.
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Resinas de Troca ou acrílico e dinilbenzeno, com


grupos funcionais ativos que
Iônica adsorvem íons ( catíons ou aníons )
de uma solução, e os substituem por
As resinas de troca iônica são quantidades equivalentes de outros
copolímeros sintéticos de estireno íons da mesma carga de acordo

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com uma escala de seletividade ou podemos exemplificar nas reações
seja preferência iônica, como abaixo:

Reação de Troca de Íons para Abrandamento:


Ca++ R2-(Ca++)
- +
2R - ( Na ) + ou  ou + 2Na+
++ ++
Mg R2-(Ca )

Reação de Troca de Íons Catíons para Desmineralização


++
Ca
- + ++ ++ +
2R - ( H ) + Mg  R2-(Mg ) + 2H
+
K
+
Na
Reação de Troca de Íons Ânions para Desmineralização:
=
SO4
R - ( OH ) + Cl-
- -
 R - (Cl-) + OH-
HCO3
SiO2

Como podemos observar nas do elemento, quanto mais


reações acima, as resinas catiônicas elétrons na ultima camada mais
irão eliminar os catíons e as resinas seletivo será o elemento, após a
anônicas irão eliminar os aníons, definição de carga iônica. Um
+
observando que as resinas de troca exemplo é o Potássio ( K ),
iônica são seletivas em função de : apesar de ter carga semelhante
+
ao Sódio ( Na ), ele terá
 Carga Iônica ( valência ), quanto preferência pela resina por
maior a carga iônica, maior a possuir mais elétrons na última
seletivitade, portanto para os camada.
catíons apenas como exemplo o
cálcio por ter valência 2 ( Ca++ ) é  Quantidade em massa de um
mais seletivo do que o sódio que determinado elemento. Esta é a
possue valência 1 ( Na+ ). definição utilizada para o
processo de regeneração.
 Quantidade de elétrons na última
camada ou distribuição eletrônica

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ÍONs (Sais Dissolvidos)
CÁTIONS ÂNIONS
(Carga positiva) (Carga negativa)

H
+
Hidrogenio -
OH Hidroxila
Na+ Sódio
Cl- Cloreto
Mg++ Magnésio

HCO3- Bicarbonato
K+ Potássio

SO4= Sulfato
Ca++ Cálcio

+
Esta seletividade proporciona as a operação irá trocar este Na pelos
++ ++
vantagens de utilizarmos os elementos Ca e Mg , em função
produtos ( NaCl ) Cloreto de Sódio, da carga iônica desses elementos,
HCl e H2SO4 ( ácido clorídrico ou portanto neste exemplo temos duas
sulfúrico ) e NaOH ( soda caustica ) das definições acima de
como regenerantes. seletividade:

No caso do NaCl é utilizado Durante a regeneração a preferência


exclusivamente para sistemas de é do íon sódio em função da
Abrandamento, onde o objetivo concentração deste elemento ser
desse sistema é eliminar cálcio e muito alta e durante a operação a
magnésio da água. Neste caso, preferência será dos elementos que
utilizamos uma resina catiônica forte possuem maior número de carga do
++
regenerada com NaCl, onde a resina que o Sódio, que é o caso do Ca e
+ ++
irá segurar o íon Na durante o Mg , como podemos mostrar
processo de regeneração e durante abaixo no quadro de seletividade:

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RESINAS DE TROCA IONICA
Seletividade Ionica

Cationicas Anionicas
+ SO4=
Ca++
Cl-
Mg++ HCO3-
Na+ HSiO3-
H+ OH-

++ =
No quadro acima o Cálcio (Ca ) é Para os anions o Sulfato (SO4 ) é
-
o mais seletivo para os cátions e o o mais seletivo e a Hidroxila (OH ) é
+
hidrogênio (H ) é o menos seletivo. a menos seletiva.

Impurezas da Água:
( sólidos totais dissolvidos )
depósitos duros, reduz troca
de calor, inicia um processo
de corrosão e a presença da
sílica gera a formação de
uma incrustação vitrea e
depósito nas turbinas através
da volatilização deste
 Dureza Total ( soma de Ca++ elemento com vapor;
++
e Mg ), a presença de
dureza na água pode levar a  Sódio ( Na+ ) e Potássio ( K+ ),
um processo de formação de sais solúveis que podem
incrustação, depósitos que se interferir no processo de
formam nas tubulações e controle químico das
caldeira que reduzem troca caldeiras de alta pressão. Em
de calor e a possibilidade do sistemas de desmineralização
início de um processo de por resinas de troca iônica o
corrosão; sódio é o elemento que indica
condutividade na água
 Fe++, Mn++ e SiO2, a desmineralizada;
presença desses elementos
pode iniciar a formação de

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 Alcalinidadade Bicarbonatos  Colóides, elementos que não
e Carbonatos, se decompõem possuem carga, portanto não
em dióxido de carbono (CO2) serão removidos por troca
nas caldeiras interferindo iônica que tem como princípio
diretamente no pH da caldeira a remoção dos elementos
e no controle químico da que possuem carga positiva
mesma. Em processos ou negativa, sua presença
alimentícios, como bebidas, pode fazer com que o leito de
podem interferir no processo; resina trabalhe como um filtro
prejudicando a troca iônica
-
 Sulfatos ( SO4 ), Cloretos ( Cl dos elementos dissolvidos.
) e Nitratos ( NO3 ), elementos
presentes nas águas e sua  Matéria Orgânica, elementos
proporção depende da origem presentes principalmente em
da mesma ( rio, poço etc). O águas de superfície ( rios,
sulfato pode ser elevado no lagos, açudes...etc ). Esses
processo de clarificação com elementos são provenientes
a adição de sulfato de de decomposição orgânica
alumínio. O nitrato pode ter transformando-se em ácidos,
sua presença em função da como por exemplo ácido
contaminação dos aquíferos húmico. Sua presença irá
por resíduos de fertilizantes interferir diretamente no
utilizados na agricultura entre desempenho da unidade
outros; aniônica, portanto o mesmo
deve ser reduzido na
 Sólidos em suspensão, clarificação da água com a
elementos que não estão utilização de oxidantes fortes,
dissolvidos na água, podendo como por exemplo cloro (Cl2);
apresentar cor na água e
podem ser indicados com  Microorganismos, são
análise de turbidez da água. bactérias ou fungos que
Os sistemas atuais de troca podem estar presente nas
iônica ( leito compacto ) águas e não serão eliminados
exigem um teor de sólidos em pelas resinas. A estrutura do
suspensão bastante baixo vaso de resina com a
que indicados pela turbidez presença de oxigenio, água,
devem ser menor do 1 NTU. calor, etc, pode ser um
A presença de sólidos em ambiente propício para o
suspensão pode fazer com desenvolvimento
que o leito de resina trabalhe microbiológico. A produção de
como um filtro, prejudicando a água utilizada em processos
troca iônica dos elementos alimentícios, cosméticos e
dissolvidos; farmacêuticos, deverão em
alguns casos serem
utilizados/empregados
processos coadjuvantes, após

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a troca iônica para de abrandamento e ou
esterilização da água desmineralização da água,
( ozônio, cloro, etc ....); dependerá diretamente da
caracterização e
 Sólidos Totais Dissolvidos, transformação desses
esses elementos indicados elementos dissolvidos em
por catíons e aníons serão balanço iônico ( análise de
removidos pelas resinas cada elemento e a soma total
catiônicas e aniônicas. O dos catíons e aníons
cálculo do volume de resina a expressos em CaCO3 )
ser empregado no processo

Balanço Iônico Esta analogia deverá ser feita para


( expresso em CaCO3 ) todos os elementos presentes na
água e um fator de transformação
O balanço iônico é a transformação deverá ser calculado, como segue o
dos íons dissolvidos catíons e exemplo:
aníons em unidade de carbonato de
cálcio e a soma desses elementos. Na análise de uma água qualquer, o
-
A molécula de CaCO3 é a única resultado de cloretos ( Cl ) é igual
molécula na natureza que possui a 20 ppm expressos como cloretos;
peso molecular igual a 100 e seu O cloreto possui peso molecular
equivalente grama é igual a 50, igual a 35,5. Lembramos que o
-
portanto em tratamento de água Cloreto ( Cl ) possuí apenas uma
este elemento é utilizado como valência, portanto o equivalente
referência de unidade de medida, grama do cloreto é igual a 35,5 / 1 =
por exemplo medida de dureza e 35,5;
medida de de alcalinidade (
convencionalmente esses elementos Para transformar os 20 ppm´s de
são expressos em CaCO3 ). O cloretos em carbonato de cálcio que
equivalente grama é o peso é o nosso objetivo, basta determinar
molecular do elemento dividido pelo o fator de transformação para este
número de valência dos elementos elemento e este fator pode ser
que compõem a molécula, por calculado dividindo o equivalente
exemplo: grama do carbonato de cálcio pelo
equivalente grama do próprio
CaCO3  Ca +
++
CO3 ,
= elemento, no caso cloreto, como
portanto esta molécula possui segue:
valência 2 ( duas cargas positivas e
duas cargas negativas ), ou seja o
equivalente grama da molécula de
carbonato de cálcio é 100 / 2 = 50.

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50
----------------- = 1,41
35,5

Portanto os 20 ppm´s de cloretos transformados em CaCO3 serão 28,2 ppm


como CaCO3, ou seja basta multiplicar os 20 ppm’s por 1,41, e esta mesma
analogia deverá ser feita para todos os elementos que compõem a água.

Para facilitar abaixo uma tabela com todos os fatores de conversão dos
elementos mais comuns encontrados na água, como segue;

Elemento Fórmula Fator de conversão para CaCO3


+++
Alumínio Al 5,56
++
Cobre Cu 1,57
++
Cálcio Ca 2,5
++
Magnésio Mg 4,1
+
Amônia NH4 2,78
Ferro (oso ) Fe++ 1,79
+++
Ferro ( iso ) Fe 2,69
Potássio K+ 1,28
+
Sódio Na 2,18
Cloreto Cl- 1,41
--
Sulfato SO4 1,04
Nitrato NO3 0,81
-
Alcalinidade HCO3 0,82
Dióxido de Carbono CO2 1,14
Sílica SiO2 0,83
---
Fosfato PO4 1,58

Continuando os exemplos, estaremos transformando uma análise qualquer em


balanço iônico, como segue:

Catíons fator ppm ppm CaCO3


++
Ca 2,5 2,80 7,00
Mg++ 4,1 0,92 3,77
+
K 1,28 4,31 5,51
+
Na 2,18 22,77 49,64
Total de Catíons 30,80 65,92

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Aníons
-
Cl 1,41 21,80 30,74

SO4= 1,04 11,60 12,06


-
NO3 0,81 3,85 3,12
HCO3 0,82 24,39 20,00
Total aníons combinados 61,64 65,92
CO2 1,14 3,30 3,76
SiO2 0,83 15,00 12,45

Total aníons 79,94 82,13


pH 7,00
Condutividade

Portanto, a quantidade para cada total, razão pelo qual, sempre


elemento e seus respectivos totais teremos mais aníons do que catíons
serão determinantes no cálculo de nas águas a serem
volume de resina e determinação do desmineralizadas e este é um dos
processo. Os cátions expressos em fatores que justifica um volume
CaCO3, estão combinados com os maior de resina aniônica em relação
ânions cloreto, sulfato, nitrato e a catiônica.
alcalinidade total, ou seja, os valores
totais para os catíons devem ser Nota: A razão pelo qual devemos
exatamente igual a soma desses transformar a análise em balanço
aníons. O Dióxido de Carbono e a iônico é porque a capaciadade de
sílica entram como um aníon e troca das resinas também é
devem ser incorporados na soma expressa em CaCO3.
________________________________________________

Sistema de abrandamento fabricante de resina possui seus


boletins especificos, e a utilização
O sistema de abrandamento tem desses boletins para determinação
como objetivo a eliminação ou da capacidade de troca da resina
redução da dureza da água, deve ser empregado.
portanto para este sistema As informações necessárias que
deveremos utilizar uma resina devemos solicitar ao cliente:
catiônica fortemente ácida grupo
funcional sulfônico, regenerada com  Dureza da água
cloreto de sódio ( NaCl ). Cada  Turbidez da água

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 Vazão de operação  Campanha:
 Ciclo de operação vazão de operação x ciclo de
 Qualidade esperada da água operação e o resultado é
expresso em m3;
Com esses elementos e o boletim  Taxa de serviço:
da resina poderemos determinar a vazão de operação dividido
3
capacidade de troca da resina, o pelo volume de resina em m ,
volume de resina e a qualidade da determina o tempo de contato
água a ser obtida, segue: e a especificação é de 5 a 40
Algumas definições importantes: VL/h;
 Altura leito:
 Nível de regeneração: altura em mm do leito de
quantidade de regenerante resina onde para sistemas de
( 100% ) em gramas por litro abrandamento que a
de resina ( g/lt ); regeneração é co-corrente,
 Ciclo de operação: recomendamos sempre uma
número de horas de operação altura mínima de 800 mm e
entre as regenerações ( hs ); uma altura ideal de 1.0 m;
 Dureza:
soma dos elementos cálcio e  Velocidade Linear:
magnésio expressos em vazão de operação dividido
CaCO3; pela área da secção e o
 Vazão de operação: resultado é expresso em m/h;
quantidade de água
3
necessária expressa em m /h;

Exemplo nº 1 cálculo de abrandador:


Dureza da água : 80 ppm CaCO3
Vazão de operação : 30 m3/h
Ciclo esperado : 72 hs ( 3 dias de operação )

Informações no boletim da resina ( anexo )


Regenerante : NaCl @ 100%
Nível de regeneração : 150 g/lt
Capacidade de troca : 56 g/lt
3
campanha (m ) x dureza ( CaCO3 )
Volume de Resina = ---------------------------------------------------
Capacidade de Troca (g/lt)

Na fórmula acima o resultado é em lts, ou seja o volume de resina calculado em


lts, portanto para o nosso caso temos:

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3
2.160 (m ) x 80 (ppm)
Volume de Resina = -------------------------------------- = 3.100 lts
56 (g/lt)

Após o volume calculado necessitamos verificar as especificações da resina


utilizada em relação as velocidades e taxas a serem empregadas, portanto o
primeiro;

 Taxa de Serviço ( 5 a 40 VL/h )


 Velocidade Linear ( máximo 60 m/h )
2
 Perda de carga do leito ( kgf/cm )
3
Vazão (m /h)
Taxa de serviço = ----------------------------------------
3
Volume de Resina ( m )

30 (m3/h )
Taxa de Serviço = ------------------------- = 10 VL/h
3,1 m3

A taxa de serviço indica o tempo de contato entre a água e a resina, ou seja se


dividirmos 60” por 5 VL/h, teremos um tempo de 12” e se dividirmos 60” por 40
VL/h, teremos um tempo de 1,5”, ou seja a especificação da resina em relação
ao tempo de contato é de no mínimo 1,5” e no máximo 12 minutos. Esta teoria
nos leva a confirmar que o processo de troca iônica é uma reação química entre
o grupo funcional da resina e os elementos a serem removidos da água e esta
reação necessita de um tempo de contato para ocorrer:

+ ++ ++ +
2R(SO3) – Na + Ca R(SO3)2 – Ca + 2Na

Como podemos observar a reação razão qualquer temos que parar este
pode ser reversível e esta sistema, horas depois quando
reversibilidade está relacionada com retornamos com este sistema a
o tempo de contato entre a água e a qualidade já não é a mesma que
resina, onde no nosso exemplo estávamos obtendo e temos que
temos 10 VL/h ou seja 6” ( dentro da jogar água fora até a especificação
especificação recomendada de 5 a do sistema, portanto outra conclusão
40 VL/h ); é que a TROCA IÔNICA É UM
Esta teoria pode ser confirmada PROCESSO CONTÍNUO.
quando estamos com um sistema
em operação com qualidade de Velocidade linear ( m/h ) , é a
3
água dentro do especificado e por relação entre a vazão (m /h) e a

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2
área da secção ( m ), onde através No nosso exemplo, temos um
da velocidade linear podemos volume de resina calculado de
calcular a perda de carga em cada 3.100 lts e este volume deveremos
unidade de resina e podemos acomodar em um vaso que nos dê
calcular a vazão de expansão das uma altura de leito de 1,0 m,
resinas, para as resinas indicamos portanto para calcular esta altura é
uma velocidade linear máxima de 60 necessário definir o diâmetro do
m/h, entretanto a perda de carga vaso e consequentemente a área
deve ser sempre avaliada. da secção e finalmente a velocidade
linear, como segue:

2
V=πxr xh
3
V = volume de resina ( 3,1 m )
Onde Pi = 3,1416
r = raio
h = altura
Ø = diâmetro

Portanto, derivando a fórmula acima temos:

V 3,1
2
r = ---------- = ----------------------- = 0,99
Pi x h 3,1416 x 1

0,99
r=

r = 0,99

Ø = 0,99 x 2 = 2,0 m ou 2.000 mm ( ajustado );


2
Área da secção = ( Pi x r );
2
A = 3,1416 x 0,99 = 3,08 m

Portanto no nosso exemplo onde a vazão de operação é de 30 m3/h, nossa


velocidade linear será de:
3
30 m /h
VL = --------------- = 9,74 m/h, ou seja

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2
3,08 m

Resultado dentro da especificação ( máximo 60 m/h ), com esta velocidade


linear poderemos através do boletim da resina, calcular a perda de carga da
unidade.

Regeneração do sistema de abrandamento:


Definições importantes: retidos no processo de
operação, no nosso caso
 Contralavagem: Ca++ e Mg++ que serão
sistema utilizado para removidos por Na+;
expandir as resinas com o  Concentração da solução,
objetivo de eliminar a percentual do químico a ser
compactação do leito e utilizado, no nosso caso 10%;
eliminar matéria estranha no  Quantidade de regenerante,
leito ( sujeira ). Sugerimos volume de resina vezes o
uma expansão de 50% do nível de regeneração;
volume de resina. A vazão de  Vazão de regeneração; a
contralagem pode ser vazão deve ser calculada
calculada utilizando uma para um tempo de contato
velocidade linear de 15 m/h entre a solução e a resina de
para as resinas catiônicas ( no mínimo 30 minutos;
que é o nosso exemplo de  Lavagem lenta, sequência no
abrandamento ). Verificar no processo de regeneração
boletim da resina a ser utilizando apenas água,
utilizada, cada fabricante mantendo as mesmas
indica a velocidade ideal por condições definidas de vazão
resina; e tempo para passagem da
 Tempo de Contralavagem, solução;
tempo que estaremos  Lavagem rápida, também
utilizando para expandir a parte importante da
resina, recomendamos um regeneração onde o objetivo
tempo entre 15 a 30 minutos; é colocar o sistema alinhado
 Regenerante, químico a ser com vazão de até 10VL/h ou
utilizado para regenerar a utilizar a vazão de operação
resina, ou seja eliminar os em um tempo de +/- 15
contaminantes da resina minutos;

 Volume de resina : 3.100 lts


 Vazão de expansão : +/- 45 m3/h
 Tempo de contralavagem : +/15 minutos
 Regenerante : NaCl
 Nível de regeneração : 150 g/lt
 Concentração da solução : 10%

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 Quantidade de NaCl : 465 Kgs
 Volume de solução : +/- 4.650 lts
 Vazão de regeneração : 6,2 m3/h ( 2 VL/h )
 Tempo de passagem : 45 minutos
 Vazão de lavagem lenta : 6,2 m3/h
 Tempo de lavagem lenta : 45 minutos
3
 Vazão de lavagem rápida : 30 m /h
 Tempo de lavagem rápida : 15 minutos

Importante:

1) A solução regenerante deverá ser feita com água abrandada;


2) A lavagem lenta e lavagem rápida poderão ser feitas com o sistema
alinhado ( pré operação ), ou seja com água bruta;
3) A contralavagem / expansão pode rer feito com água bruta

Água bruta Regenerante Água tratada


NaCl
NaCl

+2 +2 HCO3- HCO3-
Ca Mg

Cationica
Na+
Cl- Cl-
forte
+
+
Na R-Na+ SO4=
SO4=
NO3- NO3-
SiO2 SiO2 -

Qualidade da água abrandada: normalmente esta qualidade varia


A qualidade da água é função do com valores máximos de até 2 ppm
nível de regeneração e da qualidade como dureza total, mas depende da
da água de alimentação, qualidade da água de alimentação.

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________________________________________________

Sistema de desmineralização presente na água e a sílica é medida


por análise.
O sistema de desmineralização tem As informações necessárias que
como objetivo diminuir a salinidade devemos solicitar ao cliente:
da água, utilizando sempre como
medida de qualidade a  Análise completa da água
condutividade e o teor de sílica da (conforme elementos
água. O pré-requisito da água de especificados no capítulo
alimentação de um sistema de troca balanço iônico );
iônica é:  Análise de matéria orgânica;
 Turbidez < 1 NTU  Condutividade da água;
 Matéria Orgânica < 8 ppm  Turbidez da água;
expresso em KMnO4  Vazão de operação;
 Cloro livre/oxidantes [Cl2] < 0,1  Ciclo de operação;
ppm, ideal “zero” de [Cl2].  Qualidade esperada da água;
No caso dos sistemas com resinas
de troca iônica, a resina, como já Com esses elementos e o boletim
comentamos no capitulo correto (cocorrente ou
“seletividade”, é seletiva e esta contracorrente) da resina
seletividade faz com que o sódio no poderemos determinar a capacidade
caso da catiônica e a sílica no caso de troca da resina, o volume de
da aniônica, sejam os elementos resina e a qualidade da água a ser
que estarão presentes na água obtida.
desmineralizada, ou seja o controle
de condutividade é uma medida As mesmas definições importantes
indireta da concentração de sódio utilizadas no capítulo cálculo de
abrandador, poderão ser utilizada
neste cápitulo.

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Água bruta Regenerantes
Água tratada
HCll NaOH OH-

+2 +2 HCO3- CO2
HCO3-
CO2
Ca Mg

Na++ Cl-
Cl-
-
Cationica Anionica H OH-
Cl forte forte
H+ H2ONO3-
R-H+ - R-OH- SO4=
Na+ SO4= Org.
NO3 SiO2
- SiO2
SiO2

Exemplo nº 2 cálculo de desmineralizador:


Análise da água : utilizar balanço apresentado no capítulo balanço iônico
3
Vazão de operação : 100 m /h
Ciclo esperado : 24 hs

Cálculo volume de resina catiônica:


Informações no boletim da resina ( anexo )
Sistema de regeneração : Cocorrente
Regenerante : HCl@ 100%
Nível de regeneração : 100 g/lt
Capacidade de troca : 55 g/lt

campanha (m3) x total catíons ( CaCO3 )


Volume de Resina = ---------------------------------------------------
Capacidade de Troca (g/lt)

Na fórmula acima o resultado é em lts, ou seja o volume de resina calculado em


lts, portanto para o nosso caso temos:
3
2.400 (m ) x 65,92 (ppm)
Volume de Resina = -------------------------------------- = 2.825 lts
55 (g/lt)

17
DOW RESTRICTED
Após o volume calculado, necessitamos verificar as especificações da resina
utilizada em relação as velocidades e taxas a serem empregadas, portanto o
primeiro;

 Taxa de Serviço ( 5 a 40 VL/h )


 Velocidade Linear ( máximo 60 m/h )
2
 Perda de carga do leito ( kgf/cm )

3
Vazão (m /h)
Taxa de serviço = ----------------------------------------
3
Volume de Resina ( m )

3
100 (m /h )
Taxa de Serviço = ------------------------- = 35 VL/h
2,825 m3

+ ++ ++ +
2R(SO3) – H + Ca R(SO3)2 – Ca + 2H

No nosso exemplo temos 35 VL/h ou seja 1,71” ( dentro da especificação


recomendada de 5 a 40 VL/h );

Velocidade linear ( m/h ), no nosso exemplo, temos um volume de resina


calculado de 2.825 lts e este volume deveremos acomodar em um vaso que nos
dê uma altura de leito de 1,0 m,
2
V = Pi x r x h
3
V = volume de resina ( 2,825 m )
Onde Pi = 3,1416
r = raio
h = altura
Ø = diâmetro

Portanto, derivando a fórmula acima temos:

V 2,825
2
r = ------------- = ----------------------- = 0,90
Pi x h 3,1416 x 1

18
DOW RESTRICTED
0,90
r=

r = 0,95

Ø = 0,95 x 2 = 1,9 m ou 1.900 mm;


2
Área da secção = ( Pi x r );
2
A = 3,1416 x 0,90 = 2,84 m
3
No nosso exemplo onde a vazão de operação é de 100 m /h, nossa velocidade
linear será de:

3
100 m /h
VL = --------------------- = 35 m/h, ou seja
2
2,84 m

Resultado dentro da especificação ( máximo 60 m/h ), com esta velocidade


linear poderemos através do boletim da resina, calcular a perda de carga da
unidade.

Cálculo volume de resina Aniônica:


Informações no boletim da resina ( anexo )
Sistema de regeneração : Cocorrente
Regenerante : NaOH@ 100%
Nível de regeneração : 100 g/lt
Capacidade de troca : 28 g/lt

campanha (m3) x total aníons ( CaCO3 )


Volume de Resina = ------------------------------------------------------------------
Capacidade de Troca (g/lt)

Na fórmula acima o resultado é em lts, ou seja o volume de resina calculado em


lts, portanto para o nosso caso temos:

3
2.400 (m ) x 82,13 (ppm)
Volume de Resina = -------------------------------------- = 7.040 lts
28 (g/lt)

19
DOW RESTRICTED
Após o volume calculado necessitamos verificar as especificações da resina
utilizada em relação as velocidades e taxas a serem empregadas, portanto o
primeiro;

 Taxa de Serviço ( 5 a 40 VL/h )


 Velocidade Linear ( máximo 60 m/h )
2
 Perda de carga do leito ( kgf/cm )
3
Vazão (m /h)
Taxa de serviço = ---------------------------------------- = VL/h
3
Volume de Resina ( m )
3
100 (m /h )
Taxa de Serviço = ------------------------- = 14 VL/h
3
7.040 m

- - - -
R-OH + Cl R- Cl + OH

No nosso exemplo temos 14 VL/h ou seja 4” ( dentro da especificação


recomendada de 5 a 40 VL/h );

Velocidade linear ( m/h ), no nosso exemplo, temos um volume de resina


calculado de 7.040 lts e este volume deveremos acomodar em um vaso que nos
dê uma altura de leito de 1,2 m,
2
V = Pi x r x h
3
V = volume de resina ( 7,04 m )
Onde Pi = 3,1416
r = raio
h = altura
Ø = diâmetro

V 7,04
r2 = ---------- = ----------------------- = 1,87
Pi x h 3,1416 x 1,2

r=

20
DOW RESTRICTED
1,87

r = 1,37

Ø = 1,37 x 2 = 2.700 mm;

Área da secção = ( Pi x r2 );
2
A = 3,1416 x 1,87 = 5,87 m

Portanto no nosso exemplo onde a vazão de operação é de 100 m3/h, nossa


velocidade linear será de:

3
100 m /h
VL = --------------- = 17 m/h, ou seja
2
5,87 m

Resultado dentro da especificação ( máximo 60 m/h ), com esta velocidade


linear poderemos através do boletim da resina, calcular a perda de carga da
unidade.

Regeneração do sistema: resina, recomendamos um


tempo entre 15 a 30 minutos;
Definições importantes:  Regenerante:
químico a ser utilizado para
 Contralavagem: regenerar a resina, ou seja,
sistema utilizado para eliminar os contaminantes da
expandir as resinas com o resina retidos no processo de
objetivo de eliminar a operação;
compactação do leito e  Concentração da solução:
eliminar matéria estranha no percentual do químico a ser
leito ( sujeira ). Sugerimos utilizado,
uma expansão de 50% do  Quantidade de regenerante:
volume de resina. A vazão de volume de resina vezes o
contralavagem pode ser nível de regeneração;
calculada utilizando uma  Vazão de regeneração:
velocidade linear de 15 m/h a vazão deve ser calculada
para as resinas catiônicas e 4 para um tempo de contato
m/h para resinas aniônicas. entre a solução e a resina de
Verificar no boletim da resina no mínimo 30 minutos;
a ser utilizada, cada  Lavagem lenta:
fabricante indica a velocidade sequência importante no
ideal por resina; processo de regeneração
 Tempo de Contralavagem: utilizando apenas água,
tempo que estaremos mantendo as mesmas
utilizando para expandir a condições definidas de vazão

21
DOW RESTRICTED
e tempo para passagem da é colocar o sistema alinhado
solução; com vazão de até 10VL/h ou
 Lavagem rápida: utilizar a vazão de operação
também parte importante da em um tempo de +/- 15
regeneração onde o objetivo minutos;
Vaso Catiônico Vaso Aniônico
Volume de Resina, lts 2.825 7.040
3
Vazão de Expansão, m /h 43 23
Tempo de Contralavagem, min 20 20
Regenerante HCl @ 100% NaOH @ 100%
Nível de Regeneração, g/lt 100 100
Quantidade de Regenerante, Kgs 282,5 704
Concentração da solução, % 5 4
Volume de solução, lts 5.500 16.880
Vazão de Regeneração, m3/h 8 25
Tempo de Passagem, min 41 41
3
Vazão de Lavagem Lenta, m /h 8 25
Tempo lavagem lenta, min 41 41
3
Vazão de Lavagem rápida, m /h 28 60 ou 100 m3/h
Tempo de Lavagem rápida, min 15 15

Importante:  A lavagem lenta do aniônico


deverá ser feita com água
 A contralavagem / expansão pode descationizada; sistema alinhado
rer feito com água bruta  A lavagem rápida deverá ser feita
 A solução regenerante deverá ser com o sistema alinhado (pré
feita com água desmineralizada; operação );

________________________________________________

Qualidade da água máximos de até 20 uS/cm de


condutividade e 300 ppb de sílica,
desmineralizada: mas sempre dependerá da
A qualidade da água qualidade da água de alimentação.
desmineralizada é função dos níveis Outro detalhe importante da
de regeneração, do tipo de ácido performance de um sistema de troca
utilizado (HCl ou H2SO4), da iônica é a relação entre a estrutura
qualidade da água de alimentação e física do sistema bem como suas
do sistema (cocorrente ou condições hidráulicas e esta relação
contracorrente), normalmente esta deve ser “quase que” perfeita.
qualidade varia com valores

22
DOW RESTRICTED
Sistemas em contracorrente nos Concentração de sódio = 75%,
dará uma qualidade superior em portanto utilizando o boletim da
relação a qualidade dos sistemas resina teremos o seguinte escape de
cocorrentes (convencionais), e os sódio:
sistemas de leito compacto
(Amberpack™) com regeneração Escape = 0,69 x 1,95 = 1,35 ppm
em “down flow” (de cima para baixo)
e a operação em “upflow” (de baixo Utilizando o gráfico de condutividade
para cima) sempre nos dará uma teremos a conduvidade aproximada
qualidade superior em relação a média de operação < 6 uS/cm.
qualquer sistema e técnologia atual
(normalmente um sistema
Amberpack™ nos permite uma
qualidade de água com Para cálculo do escape de sílica,
condutividade abaixo de 1uS/cm e utilizaremos o boletim da resina
sílica abaixo de 100 ppb’s, Amberlite IRA 402 Cl (anexo6), onde
naturalmente dependendo da de acordo com o boletim da resina,
qualidade da água de alimentação). o escape de sílica é função do nível
Para determinação da qualidade de de regeneração de NaOH
água desmineralizada após um empregado, da concentração em %
sistema de catíon e aníon, de sílica em relação ao total de
deveremos utilizar os boletins aníons da água de alimentação, da
empregados para cada resina. No temperatura da água de alimentação
exemplo de cálculo do sistema de e da temperatura do regenerante,
desmineralização de água, onde temos:
utilizamos para resina catiônica o
boletim da resina Amberlite IR 120 Nível de regeneração = 100 g/lt
Na, regenerada com HCl, com % de sílica = 15 %
regeneração em CoCorrente Temperatura da água = 25ºC
(coflow). Para obtenção do escape Temperatura de regeneração = 35ºC
de sódio que será utilizado para portanto utilizando o boletim da
determinar a condutividade da água resina teremos o seguinte escape de
desmineralizada utilizaremos o sílica:
mesmo boletim (anexo3), como
segue: Escape = 0,037 x 1,5 x 1,5 x 0,76 =
De acordo com o boletim da resina o 0,06 ppm = 60 ppb
+
escape de sódio [Na ] é função do
nível de regeneração empregado Portanto no nosso exemplo a
que nos dará um % em relação ao qualidade da água desmineralizada
EMA (equivalente acidez mineral ou será;
acidez mineral livre = FMA) e a
concentração de sódio em relação  Condutividade < 6 uS/cm
ao total de cátions, onde temos:  Sílica < 60 ppb

Nível de regeneração = 100 g/lt


FMA (Cl + SO + NO ) = 45,92 ppm
4 3

23
DOW RESTRICTED
Controle da água O pH indica qual elemento está
escapando (catíon ou aníon), ácido
desmineralizada: [H+] ou básico [OH-], portanto o pH é
um coadjuvante na medida da
Em um processo típico de qualidade da água desmineralizada,
tratamento de água industrial, o ele nunca deve ser utilizado
controle da água desmineralizada isoladamente.
deverá ser feito através:  pH baixo na saída do aníon indica
que o aníon está saturado, neste
 Condutividade ou Resistividade caso o pH indica uma queda que é
(indica a presença de cátions na progressiva e a condutividade
água) também aumentará após um
Micromoho/cm = umho/cm determinado tempo, portanto o
MicroSiemens/cm = uS/cm aníon está saturado.
Ohm.cm  pH alto na saída do aníon indica
Meg.Ohm.cm, sendo que a que o catíon esta saturado, neste
resistividade é o inverso da caso o pH indica uma elevação
condutividade. Esta medida é acima do pH médio de operação e a
utilizada para água de baixa condutividade também aumentará
condutividade ( ultrapura ); pela formação de soda no sistema.
Neste caso o escape de sódio
aumenta e na passagem deste
Nota: Lembramos que no cápitulo elemento no aníon em presença de
seletividade o cátion que sempre -
hidroxila [OH ] se formará alguns
estará presente na água em relação ppm’s de NaOH.
a esta medida de
condutividade/resestividade será o Importante: As análises de
sódio, portanto a condutividade/resistividade e pH, de
condutividade/resistividade indica a preferência devem ser feitas
presença indireta deste elemento no imediatamente após a retirada da
caso de sistemas de amostra (de preferência online), pois
desmineralização. a água desmineralizada pode ser
contaminada por CO2, bactéria, etc,
 Fuga de Sílica do próprio ambiente e esses podem
Deve ser analisada na saída do alterar essas medidas, pois a água
aniônico e a medida será em ppm desmineralizada possui baixo
equilíbrio químico.
 pH
_____________________________ _____________________________

Abaixo uma tabela com valores o seu respectivo pH e o escape de


obtidos na prática, de um sistema de sílica (naturalmente que o escape de
desmineralização (catíon, aníon e
LM), onde relacionamos o escape sílica dependerá da quantidade de
de sódio expresso em ppm CaCO3 e sílica de alimentação do sistema).

24
DOW RESTRICTED
Um sistema de catíon e aníon nos
dará um pH acima de 7,0.
Importante: O pH não é medida de
qualidade em água desmineralizada.

Escape de Catíon pH final da água


ppm CaCO3 deionizada Escape de Sílica
ppm como ppm como
SiO2 CaCO3
1 7,7 0,01 0,008
2 8,2 0,02 0,017
3 8,6 0,02 0,017
4 9,0 0,03 0,025
5 9,4 0,04 0,033
6 9,6 0,06 0,050
7 9,8 0,10 0,083
8 10,0 0,15 0,125
10 10,3 0,20 0,166
12 10,5 0,30 0,249
16 10,7 0,40 0,332
18 11,0 1,00 0,830

Leito Misto: catíons e a resina aniônica os


aníons em um processo imediato de
O leito misto é empregado para troca.
melhorar a qualidade da água No dimensionamento de um
desmineralizada, quando é um pré equipamento de leito misto apenas
requisito dos equipamentos ou uma observação deve ser utilizada,
processos que irão receber esta ou seja, qual é a origem da água de
água. Atualmente os fabricantes de alimentação do sistema, como
turbinas e caldeiras de alta pressão, segue;
utilizam como pré-requisito de
qualidade de água desmineralizada; 1) Água proveniente de um sistema
 Condutividade < 0,1 uS/cm de desmineralização ?
2) Água proveniente de um sistema
 Sílica < 20 ppb’s e alguns
de osmose reversa ?
casos 10 ppb’s,
3) Água bruta clarificada (working
portanto, “não existe” nenhum
mixedbed) ?
sistema industrial que nos dará esta
qualidade de água a não ser o leito
Pois dependendo da origem da água
misto com resinas.
(carga iônica), os resultados em
O conceito químico da troca iônica
relação ao volume de resina serão
em relação ao leito misto é
diferentes, pois uma água
exatamente o mesmo já comentado
proveniente de uma troca iônica,
nos capítulos anteriores, ou seja a
terá como elementos a serem
resina catiônica irá eliminar os

25
DOW RESTRICTED
+
reduzidos apenas o sódio [Na ] e a Para um sistema de obtenção de
sílica [SiO2], portanto uma análise de água desmineralizada onde teremos
condutividade e sílica será suficiente apenas um leito misto “working
para determinar os volumes de mixedbed”, os elementos Ca++,
resina de um leito misto. Mg++, K+, Na+, Cl-, SO4=, HCO3,
Uma água proveniente de um SiO2, pH e condutividade deverão
sistema de osmose reversa, terá a ser analisados para
presença de todos os elementos dimensionamento do sistema. Esta
presentes na água apenas em opção de sistema é viável para
quantidades reduzidas, ou seja redução de custo de implementação
++ ++ + + -
teremos Ca , Mg , K , Na , Cl , de um sistema, entretanto, ele
=
SO4 , CO2, SiO2, portanto no realmente deve ser empregado
dimensiomento de um leito misto quando a salinidade total da água
após um sistema de osmose, os for baixa, mas de qualquer forma
elementos listados deverão ser para este objetivo, um catíon e um
analisados e quantificados para aníon separadamente é sempre
cálculo do sistema. melhor opção operacional.

26
DOW RESTRICTED
MÁXIMA CONCENTRAÇÃO DE SÍLICA NAS ÁGUAS DE CALDEIRAS

160

140

120

[SiO2]
100

80

60

40

20

00

300
300 600
600 900
900 1500
1500
PRESSÃO DE TRABALHO (Libras)

Cálculo de um sistema de Para este tipo de sistema o cálculo é


simples e podemos empregar
leito misto: apenas a taxa de serviço
especificada pelas resinas, ou seja
Água de alimentação proveniente de podemos utilizar uma taxa de 8 a 40
um sistema de troca iônica (catíon e VL/h, onde recomendamos trabalhar
aníon) com valores acima de 25 VL/h,
como segue:

Vazão de operação : 100 m3/h


Condutividade : < 10 uS/cm
Sílica : < 100 ppb
Taxa de serviço : 35 VL/h

27
DOW RESTRICTED
Vazão ( 3/h)
Volume de resina = ----------------------------------------------
Taxa de Serviço (VL/h)

100 (m3/h)
Volume de resina = -------------------------------- = 2.900 lts
35 (VL/h)

Este é o volume total de resina, onde recomendamos trabalhar com uma


relação de resina (catiônica + aniônica) de 40/60, ou seja teremos os seguintes
volumes de resinas:

Catiônica : 1.160 lts


Aniônica : 1.740 lts
Total : 2.900 lts

Dimensionamento do vaso: Para o leito misto é importe a observação em


relação a altura livre do vaso que será calculado, pois uma expansão de 50%,
será necessária para separação das resinas.
2
V = Pí x r x h
3
V = volume de resina ( 2,900 m )
Onde Pi = 3,1416
r = raio
h = altura
Ø = diâmetro

V 2,900
r2 = ---------- = ----------------------- = 0,62
Pi x h 3,1416 x 1,5

0,62
r=

r = 0,78
Ø = 0,78 x 2 = 1.570 mm;
2
Área da secção = ( Pi x r );
2
A = 3,1416 x 0,62 = 1,95 m
Portanto no nosso exemplo onde a vazão de operação é de 100 m3/h, nossa
velocidade linear será de:
3
100 m /h
VL = --------------- = 51 m/h
2
1,95 m

28
DOW RESTRICTED
Com a velocidade linear cálculada (VL), poderemos determinar a perda de carga
utilizando os boletins das resinas.

Importantíssimo: Para leito misto, recomendamos uma velocidade linear mínima


de 15 m/h, abaixo desta velocidade, problemas com a qualidade da água
poderão ocorrer.

No nosso exemplo de cálculo de leito misto, teremos:

Volume de resina catiônica = 1.160 lts


3 2
Altura do coletor de regenerante = 1.160 m / 1,95 m = 595 mm
Volume de resina aniônica = 1.740 lts
Volume total de resina = 2.900 lts
Altura total do leito de resina = 1.487 mm
Altura cilíndrica recomendada = 3.000 mm

Água

Resina
Aniônica
Ácido

Resina
Catiônica

Ácido

29
DOW RESTRICTED
Regeneração do leito misto:

Sistema Leito Misto

3
Vazão de Operação 100 m /h Resina Catiônica Resina Anônica
Tipo de Resina Amberjet 1200 Na Amberjet 4200 Cl
Volume de Resina 1160 1740
Diâmetro do Vaso, mm 1570
Area do Vaso, m2 1,95
Vazão de Contralavagem, m3/h 9,75
Tempo de Contralavagem, min 15
3
Volume de água para Contralavagem, m 2
Regenerante HCl NaOH
Nível de Regeneração, g/lt 100 100
Quantidade Regenerante @ 100%, Kgs 116 174
Concentração da Solução, % 5 4
Volume de Solução Regenerante, lts 2.248 4.172
3
Vazão de Regeneração, m /h 3,0 6,0
Tempo Passagem Solução Regenerante,
min 45 42
Volume de Água desmi para Regeneração,
3
m 2,5 5,2
3
Vazão Lavagem Lenta, m /h 3,0 6,0
Tempo Lavagem Lenta, min 45 42
Volume de Água desmi para Lavagem
Lenta,m3 2,2 4,2
Vazão de Ar de Mistura 60 to 80 m/h
Tempo de Mistura, minutos 10,0
3
Vazão Lavagem Rápida, m /h 29
Tempo Lavagem Rápida, minutos 15
3
Volume de Água para Lavagem Rápida,m 7,3

Tempo Total, minutos 105 98


Volume de Água Desmineralizada 4,75 16,62

Qualidade da água desmineralizada após o leito misto:

Após o leito misto a qualidade da água será sempre condutividade < 0,1 uS/cm
e sílica < 20 ppb.

Resinas de um leito misto em processo de


separação por contralavagem

30
DOW RESTRICTED
Para cálculo de um leito misto que Para um sistema de leito misto que
será empregado após um sistema será empregado como sistema de
de osmose reversa, o cálculo do desmineralização de água “working
volume de resina deverá ser feito mixedbed”, o cálculo do volume de
utilizando a mesma referência de resina deverá ser feito utilizando a
cálculo de um sistema de mesma referência de cálculo de um
desmineralização, utilizando os sistema de desmineralização,
boletins das resinas (catiônico em utilizando os boletins das resinas
contracorrente e aniônico em (catiônico em contracorrente e
cocorrente), ou seja, neste caso não aniônico em cocorrente), ou seja,
podemos apenas utilizar a para este caso não podemos utilizar
condutividade ou a taxa de serviço apenas a condutividade e a taxa de
como referência. A qualidade da serviço como referência
água também será condutividade <
0,1 uS/cm e sílica abaixo de 20
ppb’s.

________________________________________________________________

Outros Sistemas: linear para este tipo de sistema no


caso da catiônica não pode ser
Leito Compacto - “Amberpack™” : inferior a 25 m/h e no caso da
Trata-se de um sistema de troca aniônica 16 m/h. A regeneração no
iônica que não possui espaço vazio caso do Amberpack™ é em
na coluna para contralavagem, ou “downflow”. Neste tipo de sistema
seja, a resina ocupa todo o volume uma torre externa de lavagem das
cilíndrico da coluna, resinas deverá ser considerada.
consequentemente, temos um Esta lavagem deverá ser feita
sistema compacto. Para cálculo do quando a perda de carga do sistema
volume de resina para este sistema, for superior em 50% a perda de
os boletins a serem utilizados carga de operação projetada, é uma
deverão ser os boletins das resinas operação simples de transferência
com granulometria uniforme, no de parte ou da totalidade do volume
caso da Rohm and Haas, linha de resina do vaso principal para
“Amberjet™” em contracorrente, esta torre. Na torre uma
pois o sistema de regeneração deste contralavagem da resina deverá ser
sistema é em contracorrente. Neste feita e após esta operação, a resina
tipo de sistema, de maneira alguma deverá ser transferida novamente
a turbidez poderá ser superior a 1 para o vaso principal.
NTU. A relação entre o Recomendamos também utilizar um
equipamento, hidráulica e a resina fator de segurança de no mínimo
deve ser perfeita. A velocidade 10% em relação ao volume de
resina cálculado.

31
DOW RESTRICTED
Agua tratada Entrada
Regenerante
resina

Saida de Saida retrolavagem


resina

Saida de
resina

Agua Bruta
Saída Entrada água
resina
Lmpa COLUNA DE
RETROLAVAGEM

Stratabed: Trata-se de um sistema onde é empregado uma mescla de resina


fraca e forte, com o objetivo de aumentar a capacidade média do sistema. A
resina fraca é seletiva aos íons fortes (ex catíon Ca++ + Mg++ + Fe++) (ex aníon
Cl- + SO4= + NO3) com maior capacidade de retenção desses íons em relação a
resina do tipo forte. O consumo de regenerante para este tipo de sistema é
menor do que o consumo quando utilizado apenas resinas fortes, pois a resina
fraca regenera-se com o excesso de regerante empregado na resina forte. No
Brasil, utiliza-se muito pouco este tipo de sistema, pois nossas águas possuem
baixa salinidade, porém altas concentrações de sílica e matéria orgânica, ou
seja, no caso da sílica, nunca deve ser utilizado resina fraca para reduzir este
elemento, para matéria orgânica a utilização deste tipo de sistema é uma boa
opção, pois as resinas fracas retém e eluem este elemento (MO) com maior
facilidade em relação as resinas fortes. O regenerante deverá passar primeiro
pela resina forte.

32
DOW RESTRICTED
Serviço

FRACA

FORTE

Regenerante

Dicas Importantes: primeira entre 1 a 1,5% e a segunda


a 4% (regeneração progressiva).
1) Para cada sistema a ser Concentrações de cálcio acima de
projetado, utilizar os boletins das 10% do total de cátions,
resinas empregadas, cada recomendamos a regeneração
fabricante possui suas progressiva.
recomendações de operação.

2) Na utilização de ácido sulfúrico


como regenerante (H2SO4), deverá
observar a concentração de cálcio
da água, pois concentrações altas
deste elemento na presença de
H2SO4 a 4%, poderá precipitar
sulfato de cálcio na resina, portanto
neste caso a regeneração poderá
ser feita em duas etapas, sendo a

33
DOW RESTRICTED
________________________________________________________________
Definições Eletrodiálise: Fenômeno de diálise
associado à eletricidade pela
disposição de eletrodos de corrente
Aníon: Partícula carregada contínua na parte externa de uma
negativamente existente nas membrana semipermeável, estando
soluções líquidas, designa também no interior desta membrana um
os radicais negativos. Nome definido elemento ou solução associada com
por Michael Faraday para explicar a um eletrólito. Desta maneira acelera-
condutibilidade elétrica das se muito o processo de separação
soluções. Os aníons dirigem-se ao pela diálise
ânodo ou pólo positivo na eletrólise.
Equivalente químico ou
Catíon: Íon positivo existente numa equivalente grama: Quociente do
solução e que migra em direção ao peso atômico de um elemento
cátodo ou pólo negativo, quando químico pela sua valência. O
uma corrente elétrica é passada equivalente de um ácido ou de uma
através da solução. Nome definido base é o quociente de seu peso
por Michael Faraday com base no molecular por sua basicidade ou,
grego. É o oposto do aníon. respectivamente, acidez, isto é, pelo
número de hidrogênios substituíveis
Condutância ou Condutividade: ou de hodroxílas reativas. O
Propriedade que possui uma equivalente químico também pode
substância de, em presença de ser denominado de equivalente
diferença de tenção, permitir a grama de uma substância.
passagem da corrente; é o valor
inverso da resistência. Na água Estequiometria: Parte da química
indica a presença de um que estuda a composição das
determinado cátion. substâncias, quanto às proporções
ponderais.
Dureza da água: Presença de sais Sua tarefa principal é a
de cálcio e magnésio na água. As determinação das fórmulas químicas
águas duras dificilmente fazem e o estabelecimento das equações
espuma com sabão, pois precipitam químicas correspondentes às várias
com o mesmo os sais de cálcio e reações. Fala-se de quantidades
magnésio correspondentes. Por estequiométricas, quando as
sabão entende-se os clássicos sais proporções consideradas,
sódicos de ácidos graxos. A dureza correspondem extamente às
da água é muito perniciosa para as expressas nas fórmulas químicas.
caldeiras que podem ter sua
tubulação rapidamente entupida Osmose: É a difusão de um líquido
pela presença dos sais minerais, para outro ( soluções ou não ),
que depositam nos tubos. através de uma membrana
semipermeável.

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pH: Símbolo abreviado de Potencial
de Hidrogênio, utilizado em toda Troca Iônica ou troca-íons:
química para indicar o grau de Produto químico natural e, mais
concentração de íons de hidrogênio comumente, artificial (resina
numa solução. Por definição, a água sintética), capaz de trocar íons com
neutra possui o pH = 7, considerada soluções com as quais entra em
ácida quando o pH ficar inferior a contato. O trocador iônico deve ser
este número e alcalina quando for insolúvel e sua ação deve exercer-
superior a este número. Os limites se apenas através dos íons que
para o pH são de 0 a 14. troca com o meio.

ABREVIAÇÃO
Abreviação Significado
Alk Alcalinidade ( meq/L ou ppm como CaCO3)
VL Volume leito (1 VL = 1 m /h de água por m resina
3 3

CFR Co-flow ("co-corrente") regeneração


Cuft ou ft Pé cúbico; 1 ft = 28.3 L
3 3

EMA Equivalente acidez mineral


(= Cl + SO4 + NO3 na água de alimentação)
Eq Equivalente)
eq/L is é a unidade de capacidade de troca da resina de troca iônica,
meq/L é a unidade da concentração iônica
FMA Acidez mineral livre
(= Cl + SO4 + NO3 after cation exchange)
Gpm Galão (US) por minuto; 1 gpm = 4.4 m3/h
In polegada; 1 in = 25.4 mm
kPa Kilopascal (unidade de pressão = 0.01 bar)
MB Mixed bed = Leito Misto
Meq Miliequivalente
Ppb Parte por bilhão (10 = µg/kg or µg/L or mg/m )
–9 3

Ppm Parte por milhãoi (10 = mg/kg or mg/L or g/m )


–6 3

Ppt Parte por trilhão (10 = ng/kg or ng/L or µg/m )


–12 3

RFR Reverse flow (contracorrente) regeneração


SAC Strong acid cation [resina] = Resina catiônica forte
SBA Strong base anion [resina] = Resina aniônica forte
TDS Sólidos Todais dissolvidos
TH Total hardness = Dureza total
WAC Weak acid cation [resina] = Resina catiônica fraca
WBA Weak base anion [resina] = Resina aniônica fraca
µS/cm MicroSiemens por centimeter (unidade de condutividade )

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Bibliográfia:

Química – Fernando Luiz Carraro e Jorge de Oliveira Meditsch

Manual de engenharia – Rohm and Haas

Ion Exchange – Principles and Applications, reprint from encyclopedia of


technical chemistry, VCH, Weinheim, W.Germany

Ion Exchange in water treatment – A practical guide for plant engineers and
chemists, prepared and edited by staff of Duolite International, Inc. with a
principal contribuition from J.G.Grantham – 1988.

André B Sousa
Agosto/2014

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