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MUDE SEU

E SEJA APROVADO
EM CONCURSOS
PUBLICOS
l
QUEM VOCÊ É: DESCOBRINDO OS SEUS VALORES....................................................................4
O QUE VOCÊ QUER DE VERDADE? VOCÊ TEM CLAREZA DO QUE QUER?...................................7
A ORGANIZAÇÃO E A HIGIENIZAÇÃO DO MEU LOCAL DE.......................................................11
ESTUDOS É MESMO FUNDAMENTAL PARA MINHA PRODUTIVIDADE? .................................11
1. A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO E DA HIGIENIZAÇÃO PARA SEU ESTUDO.............................................. 11
2. BENEFÍCIOS DO SEU ESPAÇO DE ESTUDO................................................................................................................................. 13
HÁBITOS: POR QUE É FUNDAMENTAL TER UMA ROTINA........................................................17
FAÇA DA SUA ROTINA DE ESTUDOS UM HÁBITO!..................................................................................................................... 17
O PODER DO HÁBITO..................................................................................................................................................................................... 18
GATILHO.................................................................................................................................................................................................................. 18
ROTINA..................................................................................................................................................................................................................... 18
RECOMPENSA..................................................................................................................................................................................................... 19
HÁBITOS E ESTUDOS PARA CONCURSOS........................................................................................................................................ 20
AUTOCONHECIMENTO. VOCÊ SABE O QUE O SEU ESTILO DE APRENDIZAGEM PODE FAZER POR
VOCÊ?........................................................................................................................................24
OS ESTILOS DE APRENDIZAGEM E O ESTUDO PARA CONCURSO PÚBLICO............................................................ 24
OS 5 PILARES DA APROVAÇÃO (COMO SE PREPARAR PARA CONCURSOS PÚBLICOS 2)........30
PILAR INTELECTUAL........................................................................................................................................................................................ 30
PILAR FÍSICO......................................................................................................................................................................................................... 31
PILAR EMOCIONAL.......................................................................................................................................................................................... 32
PILAR ESPIRITUAL............................................................................................................................................................................................. 32
PILAR FINANCEIRO ......................................................................................................................................................................................... 33
QUAIS AS PESSOAS QUE VOCÊ IRÁ IMPACTAR/INFLUENCIAR COM A SUA TRAJETÓRIA DE
SUCESSO...................................................................................................................................35
PENSE NA SUA FAMÍLIA................................................................................................................................................................................ 35
PENSE EM VOCÊ ................................................................................................................................................................................................ 36
IGNORE AQUELES QUE NÃO ACREDITAM EM VOCÊ................................................................................................................ 37
VOCÊ QUER PASSAR MESMO? QUEM SE BENEFICIARÁ COM A SUA VITÓRIA?....................................................... 37
NÃO ABRA MÃO DA PRÁTICA!..................................................................................................38
VOCÊ É MERECEDOR DESSA APROVAÇÃO (CRENÇAS NEGATIVAS/ INCAPACIDADE, SUPOSIÇÕES
NEGATIVAS)..............................................................................................................................41
COMO FAZER PARA SE MANTER FIRME NA CAMINHADA E AVALIAR A TRAJETÓRIA.............45

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CUIDE DAS SUAS EMOÇÕES. ELAS IRÃO AJUDAR VOCÊ!.........................................................47
POR QUE VOCÊ ESTUDA, ESTUDA E NÃO PASSA?....................................................................50
O PODER DA AÇÃO...................................................................................................................54
O PODER DA AÇÃO NOS ESTUDOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS............................................................................... 54
SERÁ QUE SEUS SABOTADORES ESTÃO INTIMIDANDO VOCÊ DE ALCANÇAR O SEU POTENCIAL
VERDADEIRO?...........................................................................................................................58
ESTÁ PROCRASTINANDO? O QUE FAZER PARA VIRAR O JOGO...............................................60
COMO LIDAR COM O GOSTO AMARGO DA REPROVAÇÃO?.....................................................64
O QUE VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A SACRIFICAR PARA ALCANÇAR O SEU OBJETIVO?................67
SERÁ QUE O COACHING É PARA VOCÊ?....................................................................................71

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QUEM VOCÊ É: DESCOBRINDO OS SEUS VALORES

Micael Portela

Atualmente, vivemos em um tempo no qual as pessoas sequer sabem quem são e, por

isso, não conseguem reconhecer seu propósito de vida ou agir conforme aquilo em que acre-

ditam. Certamente a resposta para a pergunta “quem você é?” é bastante complexa.

O verbo “ser” significa ter identidade, característica própria ou


apresentar-se em uma condição. Isso significa que quem você é
não é definido pelo que você tem ou por um momento, mas por
características que te tornam único e única. A identidade de
cada indivíduo é singular e isso pode ser comprovado pela digital
e pela íris do olho, pois essas características jamais são iguais,
mesmo em gêmeos siameses.

Isso significa que, fisicamente, só há você com determinadas características. Mas não
é só o físico que compõe uma identidade; a forma da criação dada pelos pais, os valores

aprendidos e os agregados em cada experiência também te fazem singular.

Se um momento não pode te definir, logo não se pode confundir a condição atual de ser

estudante para concurso público, por exemplo, com sua identidade, de sorte que precisamos

compreender que um fracasso em uma prova não te torna um fracassado, se você souber

quem é e acreditar que as circunstâncias são circunstâncias e não identidade.

Há valores, ou seja, qualidades físicas, morais ou intelectuais, que são repassadas de

geração em geração. Inclusive, se tornam crenças que delineiam nossa forma de reagir

às situações. Algumas dessas crenças são limitantes, pois impõe barreiras no campo

emocional e intelectual, mas outras são importantes instrumentos impulsionadores para

concretização de sonhos.

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Se você pudesse escrever o que herdou de seus laços familiares, enquanto valores

agregadores, poderia mencionar integridade? Honestidade? Coragem? Força? Seguran-

ça? Fortaleça os valores positivos herdados, eles te trazem à memória quem você é.

O mesmo deve ocorrer com suas experiências em relações interpessoais. O que você

aprendeu com amigos ou pessoas que passaram em sua vida? Reflita sobre de que modo

houve um acréscimo em seu desenvolvimento pessoal.

Entenda que este texto precisa levá-lo a enxergar que somos pessoas em constru-

ção e todos os dias tomamos diversas decisões baseados naquilo em que cremos e nos

nossos valores. Valores estes que foram aprendidos ou agregados diariamente com base

nas nossas experiências.

Por exemplo, o estudo para concurso. Você precisará tomar a decisão de não fazer

desta uma experiência traumática. Essa fase faz parte de um processo de vitória; se

você passar por ela de forma errada, talvez torne a jornada mais longa, cansativa e ex-

tremamente desagradável.

Em momentos difíceis – e nos de grande satisfação – costumamos desprezar os valo-

res que nos acompanham. Não esqueça quem você é no processo. Não se esqueça quem

você foi quando alcançar o seu objetivo e nem quem deseja ser no futuro! A humildade

é pré-requisito para honra, e se lembrar de onde você saiu te tornará mais grato e digno

de conquistas ainda maiores.

Há ainda algumas observações a serem consideradas. Uma delas é a de que deter-

minados valores são inegociáveis! Quando você tem um objetivo, acredite que você vai

alcançá-lo, mas entre o ponto de partida e a linha de chegada há um percurso a ser se-

guido. Algumas pessoas usam de artifícios para alcançar o que querem. Mas que mérito

há nisso? Que valores elas deixaram para trás a fim de ter tal atitude?

Todos já ouviram alguma notícia sobre compra de gabaritos para prova. Imagine que

uma pessoa decidiu comprar um gabarito. Podemos afirmar que ela passou por cima de

valores básicos, como a honestidade, para alcançar o que sonhava, mas não poderá se

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orgulhar de si, de suas ações, porque nossas ações precisam ser norteadas pelos nossos

valores e crenças, sob pena de não sabermos quem somos e não termos direção.

Pode-se verificar que muitas perguntas foram realizadas, haja vista que o autoconhe-

cimento exige reflexão. É preciso coragem para se enxergar com todos os seus defeitos

e todas as suas qualidades. Mas tão importante quanto isso é saber o que fazer após a

reflexão. Pensamos, falamos, agimos e tornamos nossos atos em hábitos, por repetição.

Isso nos leva ao aperfeiçoamento contínuo.

Você pode transformar sua história refletindo e colocando em prática aquilo que pen-

sou. Porque o pensamento sem a ação geraria apenas mais frustração. Diante de tudo o

que já foi dito, pense em todas as qualidades que você tem, em todos os valores que ad-

quiriu até aqui e os coloque no papel. Os seus valores irão determinar as suas atitudes.

Aquilo que você nomeia como importante estabelecerá quais decisões você precisa

tomar para alcançar seu objetivo. Por exemplo, se você dá importância à família, logo

olhará para eles todos os dias, buscando a motivação em dar-lhes uma vida melhor. Isso

fará com que o sacrifício de acordar mais cedo e ir dormir mais tarde seja recompensado

com uma renda que melhore a vida de seus familiares.

Escreva, no mesmo papel em que escreveu os valores, qual é a força motriz de sua vida.

O que te motiva? Ainda nesta folha, pense em grandes nomes, de pessoas que, por seus

valores, fizeram o extraordinário acontecer, não só para elas, mas para milhares de pessoas.

Por fim, escreva quem você deseja se tornar. Não é em que concurso quer passar,

mas quem você se tornará se passar nesse concurso sonhado. Caso sua resposta não

esteja condizente com seus valores, com suas motivações, com as pessoas que te inspi-

ram, talvez você precise refletir mais sobre quem é.

E caso todas as respostas estejam em equilíbrio, faça o melhor que você puder hoje

e repita essa frase todos os dias, pois não há nada que nós não sejamos capazes de

alcançar se soubermos quem somos e quais valores nos dão direção em cada decisão,

seja ela grande ou pequena. Pense melhor sobre você mesmo, seja realista, mas seja

bom consigo!

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O QUE VOCÊ QUER DE VERDADE?
VOCÊ TEM CLAREZA DO QUE QUER?
Thiago Paixão

“A vida não nos dá um propósito, nós damos um propósito para a vida”

Barry Allen

PROPÓSITO

Uma palavra simples, mas que espelha nosso objetivo neste mundo. O que você faria

se acordasse e tivesse um desejo a ser realizado? Qualquer sonho estaria à sua disposi-

ção. O que pediria? Riqueza, poder, amor? Voar seria demais, não? Quando nascemos, o

mundo ao nosso redor é simples, e nossos desejos são orientados apenas pelas nossas

necessidades básicas: ser alimentado, atenção, carinho. Quando crescemos, percebe-

mos que a realidade não é tão fácil, pois cada vez que nossa vida evolui, sentimos neces-

sidade de mais. Mais dinheiro. Mais poder. Mais bens que facilmente são ultrapassados e

tornados irrelevantes.A doutrina budista ensina que o desejo é o caminho para uma vida

de sofrimento. O desejo cria a expectativa, a expectativa cria a perda, e a perda leva à

derrota. Enquanto isto, seguimos nossa tendência moral de cada vez mais nos distan-

ciarmos de nossa inerente felicidade. E o que é pior: metade das pessoas ao nosso redor

não sabe qual é o conceito de felicidade.

A isso, a sociedade nos traz soluções simples: ser feliz ou ser realizado. Mas, per-

gunto eu, o quanto somos obrigados a fazer essa escolha? Ou, melhor ainda, por que

devemos escolher sob tais condições? A realização pessoal está, assim, tão longe da

felicidade pessoal? A resposta pode ser mais simples: não entendemos e não sabemos o

que é necessário para ser feliz.

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Falam de escolhas como se fosse tão fácil quanto escolher algo
dicotômico entre bem e mal, ou preto no branco, quando na
verdade as escolhas humanas se baseiam mais em tons de cinza.
Escolher um propósito leva a uma diferenciação de toda uma
jornada existencial.

Trazendo para o aspecto de nossa realidade, esta realidade em que vivemos, em que

somos obrigados a escolher uma carreira, um objetivo teoricamente sólido, ao mesmo

tempo em que somos incapazes de compreendermos o mundo ao nosso redor. Disseram

para nós: “você deve se formar”; e depois “você deve escolher uma profissão”; e logo

mais “você deve passar em um concurso”. Porém, entre o dever e o poder, existem lé-

guas e léguas de distância.

Eu penso que, antes de mais nada, devem ser definidas as razões de nossas escolhas,

porque mais importante do que o mero ato de escolher são os motivos que levaram a

esta decisão. Entender a razão por detrás de um objetivo pode definir aquilo que te serve

como combustível, e o que leva tal objetivo a ser ou não realizado.

A exemplo, por que quer passar em um concurso público? Dinheiro? Estabi-

lidade? Carreira? Vocação? Status? Ou mesmo nenhum desses motivos?

Faço essa pergunta porque tudo se baseia na solidez de seu objetivo e na força de

suas crenças. Se quiser ser juiz simplesmente por achar bonito o glamour social que tal

carreira traz, eu te digo que atingirá esse objetivo, se tiver força de vontade para tanto.

Porém, será infeliz nele, porque algo baseado em um objetivo tão mesquinho e com uma

arquitetura pífia não criará um alicerce forte o suficiente para aguentar as pressões e os

desafios que tal cargo denota.

Ou pior. Talvez, se sua vontade falhar, não conseguirá atingir êxito em seu objetivo,

o que o levará a alguns anos de frustração. Contudo, se seu objetivo estiver baseado em

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algo sólido – a exemplo de uma necessidade inerente de mudar o status quo e mostrar

para que veio ao mundo –, encarará as dificuldades como aprendizado e verá que qual-

quer desafio espelha a seguinte máxima: “Nada pelo que valha a pena lutar é fácil”.

“Mas o que definir como sólido ou frágil? Pior ainda, como defino o que re-

almente quero?”

Quando a primeira criatura neste planeta rastejou para se mover


pela poça primordial na qual a vida nasceu, ali surgiu o avatar
da vontade, espelhado pela sua inquietude em permanecer imóvel.
Um desejo inerente, tão firme e forte, que foi capaz de alterar toda
uma cadeia evolutiva. Aquele desejo de mudar o mundo ao seu
redor, aquele desejo com que cada ser vivo deste planeta nasce,
um desejo puro de olhar o mundo e querer transformá-lo em algo
que espelhe o seu sentimento anterior. Esse desejo, essa força capaz
de mover planetas, chama-se força de vontade. E com ela, aliada
a nossa criatividade e imaginação, mesmo aqueles desprovidos
de asas são capazes de voar.

Um desejo sólido seria algo que seja capaz de alimentar essa chama, algo que faça

sua vontade brilhar pelo universo, algo embasado em um sentimento real e tangível.

Uma força capaz de fazer as estrelas tremerem.

Quando falamos de propósito, ele é isso, um poder capaz de levantar uma montanha.

Uma força capaz de dobrar as marés. Algo grandioso. Inédito. Singular. Raro. O verda-

deiro propósito. Tão verdadeiro que é capaz de ser assustador. Nós o reconhecemos em

pessoas especiais. Pessoas tocadas pela luz da vontade.

Como conciliar tal expectativa com uma vida comum? Não temos mais uma grande

guerra para travar. Não temos mais uma grande depressão. Não há desafios. Enganam-

-se aqueles que pensam assim.

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Nossa guerra é silenciosa. Nossa depressão é do espírito. Nosso desafio é a própria

vida cotidiana, na qual tentamos colocar algum sentido, e, nesse sentido, é o local no

qual tentamos englobar nossa existência.

“E como isso se aplica à minha escolha na carreira de servidor público?” Simples.

Terás um caminho árduo pela frente. Enfrentará desafios, desespero, medo. O caminho

para a aprovação não é um lugar de flores. É uma estrada espinhosa, onde alguns se

perdem e sucumbem ao fracasso.

Mas não é um caminho impossível!

Enfrentará dificuldades? Sim. Enfrentará desafios? Sim. Mas pode superá-los. Outros

superaram, e, para tanto, foram movidos apenas pela sua própria vontade, seu desejo de

atingir seus sonhos. Ninguém nos deu asas. Nós as conquistamos e aprendemos a voar.

Esse não é um texto de autoajuda. Não é um conhecimento sobre sua própria exis-

tência. Esse texto é uma reflexão sobre seus verdadeiros propósitos, sobre qual é seu

combustível, o que alimenta sua chama, o que te leva a dar o salto no escuro e encarar o

tremendo abismo. Porque todos nós estamos sujeitos a, uma vez na vida, olhar o fundo

do poço e encarar a própria sombra da escuridão que paira em nossa existência. Nossa

reação e o modo que a enfrentamos é o que nos define.

“Faça o pior, porque farei o mesmo”

Alexandre Dumas – O conde de Monte Cristo

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A ORGANIZAÇÃO E A HIGIENIZAÇÃO DO MEU LOCAL DE
ESTUDOS É MESMO FUNDAMENTAL PARA MINHA PRODUTIVIDADE?

Eduardo Cambuy

Estudar, isso todo mundo sabe que precisa fazer para obtenção dos resultados pre-

tendidos, seja a aprovação em concurso público, seja em um vestibular, seja em pro-

gramas de pós-graduação etc. O que por vezes negligenciamos é o local escolhido para

isso. A boa escolha do local de estudo deve ser um pré-requisito para qualquer pessoa

que queira fazer parte desse mundo maravilhoso da aprendizagem.

Iluminação, higienização, organização, altura, barulho, tudo


influencia no nosso processo de aprendizagem. Além disso, o local
onde estudamos (casa, biblioteca, espaços de estudo alugados)
ocupa alto grau de relevância para nossa assimilação.

Para tratarmos do assunto, abordaremos os seguintes temas: 1) a importância da

organização e da higienização para seu estudo e 2) benefícios do seu espaço de estudo.

1. A importância da organização e da higienização para seu estudo

Por vezes menosprezamos o local onde estudamos. Sempre focamos em estudar, es-

tudar e estudar. No ônibus, trem, metrô, taxi, fila de banco ou mesmo em velório! Sem-

pre devemos deixar de lado as desculpas e focarmos no estudo. Entretanto, nem sempre

deve ser assim. Temos que planejar nosso espaço do estudo.

O local do estudo é um ambiente 100% influenciador em sua aprovação. Dessa for-

ma, sua organização e sua higienização devem ser prioridades no seu planejamento

educacional. Vejamos algumas dicas importantes sobre isso:

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• Identifique o seu local do estudo

Precisamos ensinar nosso cérebro que os ambientes representam algo, que têm

significado. Já percebeu que quando escutamos alguma música, vemos alguma

propaganda ou vemos alguns objetos, eles nos remetem a algumas sensações?

Da mesma forma, precisamos instituir um local do estudo para marcar na nossa

mente que aquele espaço será dedicado ao crescimento intelectual.

Assim, ao passarmos próximos a esse local de estudo, imediatamente reagire-

mos, seja por uma lembrança de uma matéria para estudar, seja de uma meta

incompleta. De qualquer forma, o espaço nos remeterá aos estudos, e esse é

nosso primeiro passo.

• Materiais confortáveis

Cadeiras, mesa, utensílios de estudos são itens que precisam ser pensados como

auxiliadores da sua produtividade. Com isso, sua escolha deve considerar o quão

contribui para sua satisfação usá-los. Ora, quem nunca estudou em uma cadeira

desconfortável e terminou os estudos antes da hora por causa desse incômodo?

Com certeza, esse e outros fatores influenciam na sua produtividade.

• Material de estudo

No seu local de estudo, procure organizar tudo à sua volta. Veja a distribuição de

caneta, marcadores, réguas, papéis e lápis que serão acessados constantemente

durante o estudo. Deixe-os sempre à mão, prontos para servir a você. Essa orga-

nização pode ajudá-lo a manter-se motivado e inspirado para estudar, afinal, o

estudo se tornará fácil e descomplicado.

• Higienização

Evidentemente, seu local precisa estar limpo. Não estou falando necessariamente

de desorganização, mas sim de sujeira mesmo. Restos de alimento, poeira, farelo

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de borracha, pedaços de papel amassado para rascunho não descartado. Um

ambiente limpo evita problemas de saúde que atrapalham o estudo, como aler-

gias, gripes, rinites, sinusites, e outras “ites” de reação que o organismo possa

ter a esse tipo de estado do local.

A manutenção do seu espaço de estudo limpo ajuda a aumentar sua disposição

para o estudo, motiva suas ações e engrandece o senso de comprometimento

com o resultado.

• Decoração

Não economize em motivação. Organizar nosso espaço de estudo com frases moti-

vacionais, mnemônicos ou mesmo a remuneração do cargo para o que se está

preparando são ótimas formas de decorar seu ambiente de estudo sem sujá-lo ou

poluí-lo.

As cores podem exercer papel essencial para algumas marcações. Azul é tudo

aquilo que motiva você, por exemplo. Amarelo é tudo que precisa estudar na

semana. Verde é aquilo que já está fixado e dominado. Enfim, tudo pode ser

usado nas paredes e quadros para destacar seus pontos de atenção.

2. Benefícios do seu espaço de estudo

Quando estudamos em casa, devemos ter certas preocupações voltadas à organiza-

ção e higienização que não necessariamente serão as mesmas de quando estudamos em

uma biblioteca. O mesmo vale para um espaço de estudo alugado.

Em casa, fuja das tentações! Por estar em casa, é comum nos distrair com qualquer

coisa, uma televisão, um gato que pula do sofá, uma vizinha que chega contando a vida

para a rua ou o prédio todo. Enfim, uma infinidade de ocorrências nos levam a nos des-

conectarmos da matéria e nos deviam para outros focos de atenção.

Por isso, precisamos desenvolver alguns hábitos preciosos para conseguirmos utilizar

esse espaço barato, aconchegante, organizado e higienizado:

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• Estabeleça uma rotina

Nosso cérebro tende a nos levar a praticar outros atos, como assaltar a gela-

deira, terminar a parte final do episódio da série (quando percebe, terminou a

temporada toda), parar toda hora para fazer qualquer coisa desnecessária, sair

da biblioteca para “pegar um ar”. Por isso, estabelecer uma rotina é fundamen-

tal. Desde a hora de acordar até a hora de dormir, você precisa ensinar ao seu

cérebro que existem compromissos marcados para o seu dia, e ele deve escutar

você e se ajustar. Com um ambiente organizado e limpo, essa atividade fica mais

vívida.

Fazer isso nos possibilita dizer ao nosso cérebro que aquele é um espaço de

estudo, com horário e metas a cumprir. Com essa organização física e mental,

as distrações praticamente não irão mais ocorrer, visto que o foco irá aumentar.

O que precisa ficar claro nesse ponto da rotina é a necessidade de entender que,

apesar de estar em casa naqueles horários, será como se não estivesse. Tentar não

fazer nada que não faria se em outro lugar estivesse, como uma biblioteca, por

exemplo.

• Ambiente

Integra a organização e higienização do local de estudo a estrutura, que deve

ser pensada para contribuir para seus estudos, correto? Então é claro que deverá

fazer um investimento financeiro para melhorar seu espaço de estudo em casa,

pois nem sempre temos esse espaço pronto e pensado para isso.

Aqui, a iluminação, os ruídos e a disposição dos itens de acesso devem ser orga-

nizados para fornecer esse ganho de rendimento. Iluminação fraca traz descanso

ao corpo e, consequentemente, sonolência, prejudicando o estudo. Por outro

lado, luz muito forte pode cansar a vista a ponto de irritá-la e necessitar de

repouso e pausas constantes. Opte por uma iluminação confortável aos olhos e

agradável ao seu ritmo de estudo.

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• Ciclos de estudo
É essencial programar pausas em um intervalo de tempo cronometrado para oxi-
genar o cérebro e aumentar sua capacidade de assimilação. Uma técnica muito
conhecida é a Pomodoro1, em que se reserva um período para estudar sequen-
cialmente, mas com pausas a cada período. Para os estudos voltados a concursos
públicos, adaptamos a técnica para 50 minutos de concentração no estudo e uma
pausa de até 10 minutos. A cada pausa, conta-se um ciclo de estudo, preferen-
cialmente alternando matérias. A depender da disponibilidade de carga horária
líquida de cada um, podem-se fazer vários ciclos por dia.
Se necessário, no momento da organização e higienização do espaço, a inclusão
de quadros de marcação (de papelão) pode ser uma alternativa para afixação de
itens importantes e de futuros resgates cognitivos.
O importante nesse item é respeitar o repouso necessário para sua mente, oti-
mizando períodos mais intensos de aprendizagem e cognição. Isso permite que
sua concentração permaneça intocável, uma vez que tem uma metodologia para
seguir, um direcionamento.
Quando da organização e higienização do local, a inserção de calendário no espaço
de estudo está inteiramente relacionada a essa etapa de ciclos e ao próximo item,
que veremos agora.

• Metas programadas
Com o ambiente organizado e limpo, concomitante à elaboração dos ciclos de
estudo, deve-se planejar e encaixar as metas conforme as janelas de aprendiza-
gem de quem estuda. Se tiver mais facilidade em exatas pela manhã, organize
suas metas de exatas nesses períodos; se matérias de memorização ficam mais
claras no turno da noite, use esse horário para leis secas, regimentos internos,
prazos e competências, por exemplo.

As metas programadas são uma forma excelente de reter sua atenção e manter

o estudo em casa efetivo.

1
Método de gerenciamento de tempo desenvolvido por Francesco Cirillo há quase 40 anos, com marcações de inter-
valos a cada 25 minutos. O nome “Pomodoro” se refere à tomate (tomate em italiano).

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• Exercícios de fixação

Os exercícios para fixação ajudam a distrair a distração. Isso mesmo, ao se dedi-

car ao entendimento da pergunta, você distrairá sua distração quando for estudar.

Questões são uma excelente forma de manter-se concentrado e motivado para

o estudo, por isso, deve-se praticar esse hábito sempre, mantendo-o vivo e pre-

sente no processo cerebral do aprendizado.

Por fim, ao percebermos a importância da organização e da higienização para seu

estudo e o impacto que essas duas ações provocam nos locais onde estudamos,

vemos que é algo muito mais amplo que sentar e estudar. Precisamos planejar

melhor nossas ações, priorizando entre elas a preparação do nosso espaço de

estudo, sempre limpo e organizado.

Até a próxima!

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HÁBITOS: POR QUE É FUNDAMENTAL TER UMA ROTINA

Ellen Piedade

FAÇA DA SUA ROTINA DE ESTUDOS UM HÁBITO!

“Toda a nossa vida, na medida em que tem forma definida, não é nada além de

uma massa de hábitos.” William James

Você sabia que 40% das nossas decisões não são decisões, são
hábitos? Isso significa dizer que 4 entre 10 vezes que fazemos algo
estamos agindo de modo automático. Por isso, é muito importante
que você tenha consciência do impacto dos seus hábitos em quem
você é e do que você é capaz de alcançar com os hábitos corretos.

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O PODER DO HÁBITO

Charles Duhigg, em seu livro “O poder do hábito: Por que fazemos o que fazemos

na vida e nos negócios”, aborda a temática de quão poderoso pode ser ter clareza da

influência dos hábitos em nosso cotidiano e como alterar hábitos.

A dinâmica de formação de hábitos é formada por 3 componentes: gatilho, compor-

tamento/rotina e recompensa. A alteração, criação ou supressão de hábitos passa

pela alteração desses componentes estruturais.

O principal ponto é que, em geral, sempre que queremos criar, alterar ou repri-

mir um hábito, focamos apenas na segunda etapa, o comportamento. O pulo do

gato está na evidência de que a chave da mudança reside no ataque aos gatilhos ou

às recompensas do comportamento que se quer alterar.

Gatilho

O gatilho é a primeira etapa, é que dá o “start” do comporta-

mento (horário, local, pessoa, ritual etc.). Um gatilho pode ser

qualquer coisa que deflagre o comportamento: um horário espe-

cífico, um lugar, uma emoção, determinadas pessoas, certos com-

portamentos ritualistas...

Rotina

Após o gatilho, temos o comportamento em

si. O comportamento repetido é a rotina que se

quer alcançar. Algo que você faz tão repetida-

mente que, com o tempo, passa a acontecer no

“piloto automático”.

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Quando um comportamento se transforma em rotina, ele é memorizado em um lugar

diferente do seu cérebro, que gasta menos energia e não exige reflexão para ser feito.

Assim, a prática nos leva ao hábito, que é definido como uma ação que se repete com

frequência ou regularidade. Importante dizer que, quanto mais fácil for um comporta-

mento, mais simples será segui-lo.

Recompensa

Após o comportamento, é importante a associação de uma recompensa (bem-estar

de dever cumprido, prêmio, reconhecimento...). É a sensação positiva causada pela roti-

na. Para se estabelecer um hábito, é importante perceber que cada pequeno sucesso te

faz mais forte e mais capaz de buscar novos desafios maiores e melhores.

Sabendo disso tudo, a questão central passa a ser “como podemos ativar hábitos

produtivos relacionados ao processo de estudo para concursos?”

19
HÁBITOS E ESTUDOS PARA CONCURSOS

De que tudo isso importa quando o quer criar ou alterar), é necessária uma
tema é estudo para concursos? Para se reflexão de quais gatilhos e recompensas
estudar constantemente, com frequência, associados a este hábito.
rendimento e estabilidade, precisamos de- Para criar um hábito produtivo de estu-
senvolver o hábito de estudar, e isso é um dos, é essencial estabelecermos uma co-
comportamento. Com os hábitos corretos, nexão entre a rotina e a recompensa. O
você pode alcançar qualquer coisa, espe- primeiro passo da mudança de comporta-
cialmente a posição que você tanto deseja! mento é reconhecer como funciona a sua
Aqui falo de estabelecer e alterar há- a rotina, seus hábitos em si. Depois, o ide-
bitos, pois não sei em que momento do al é realizar experimentos com diferentes
estudo você está: iniciando ou reorgani- formatos de GATILHO-ROTINA-RECOM-
zando de forma mais produtiva! Para iden- PENSA para entender qual faz mais senti-
tificar cada parte do seu hábito (do que se do para você.

20
Não é novidade que um hábito positivo leva a outro. Isso é verdade porque, muitas

vezes, pequenas vitórias, pequenas sensações de sucesso, geram um empoderamento

que leva à conquista gradual de vitórias em outras áreas da vida. É essencial se ter isso

em mente quando estamos falando de estudos para concursos.

Não podemos alimentar a ideia de

que a aprovação no concurso dos seus

sonhos é sua única vitória em todo o

processo. Cada turno de estudo venci-

do, cada conteúdo aprendido, cada dis-

ciplina totalmente estudada, cada edi-

tal fechado é uma grande vitória nesse

processo árduo de estudos em busca do

seu cargo público.

Outro importante aspecto que se deve ter em mente é que você PRECISA encarar

o hábito de estudar como algo enriquecedor (e não desgastante, como é encarado por

grande parte dos estudantes). Essa é uma estratégia que pode parecer besta em um pri-

meiro momento, mas que irá refletir significativamente na sua evolução como estudante

durante o processo de aprendizagem e durante as provas que fizer.

21
Assim, concluo afirmando que a teoria apresentada no livro de Charles Duhigg nos

ajuda a perceber que precisamos olhar todo o ciclo de construção do hábito, ou seja:

associar gatilhos e recompensas ao comportamento pretendido: ESTUDAR!

Dessa forma, se o seu objetivo é

ter o hábito de estudar sistematica-

mente, analise seus comportamentos

para planejar o que você precisa mu-

dar, planeje uma rotina e se compro-

meta com o processo de adaptação

dessa rotina, e sempre que cumprir o

estabelecido, experimente recompen-

sas diferentes.

Por fim, a grande intenção positiva desse texto é te propor um DESAFIO!

Estabeleça verdadeiramente o seu hábito de estudos:

1. Estabeleça um gatilho para o seu comportamento;

Pode ser um horário, um local, uma companhia. Qualquer coisa que indique cla-

ramente que você deve iniciar sua rotina de estudos.

2. Por 15 dias, faça o compromisso de cumprir religiosamente o compor-

tamento após o gatilho, estude sistematicamente por esses 15 dias.

Comece gradativamente, com objetivos possíveis de serem alcançados em sua

realidade com facilidade. Descubra o que funciona e o que não funciona. Veja o

que torna as coisas mais fáceis. Transforme sua rotina na mais fácil possível, para

evitar que você não faça o que precisa ser feito.

3. Escolha recompensas para se premiar por ter tido sucesso no cumpri-

mento da rotina!

Reconheça cada pequena vitória e comemore!

22
Lembre-se, seu sucesso depende das decisões que você toma hoje! O que você foca,

se expande! Foque em hábitos produtivos e alcance o sucesso almejado!

23
AUTOCONHECIMENTO. VOCÊ SABE O QUE O SEU ESTILO DE
APRENDIZAGEM PODE FAZER POR VOCÊ?
Erika Radespiel

OS ESTILOS DE APRENDIZAGEM E O ESTUDO PARA


CONCURSO PÚBLICO

A neurociência e a psicologia cognitiva são áreas do conhecimento que buscam com-

preender o processo de aprendizagem, ou melhor, os processos de aprendizagem.

Se descobrimos como, de fato, as pessoas aprendem, não é absurdo imaginar que

podemos treinar as pessoas para aprenderem cada vez mais.

Você gostaria de experimentar esse SUPER PODER de aprender o que quiser, quan-

do quiser?

“Aprender a aprender” é a atitude de dominar os procedimentos


necessários ao aprendizado de qualquer conteúdo.

Na citação acima, damos destaque à palavra “ATITUDE”, pois ela revela o movimen-

to do indivíduo em relação a esse propósito de dominar os referidos procedimentos.

Podemos até aprender alguma coisa sem querer, mas aprender a aprender é algo

realmente intencional, planejado, é uma DECISÃO.

Se você, enquanto estudante para concursos públicos, decide compreender como

processa as informações e as transforma em conhecimento, você obtém uma vantagem

competitiva significativa em relação a seus concorrentes.

Estudar para concursos públicos de forma exitosa é, primeiramente,


um exercício de AUTOCONHECIMENTO.

Mas, o que a ciência já sabe sobre isso?

24
Como as pessoas aprendem?

Bem, primeiramente precisamos abrir mão das nossas concepções a respeito de

aprendizado, geralmente baseadas no senso comum.

Qual é o jeito certo de estudar?

As pessoas aprendem da mesma forma?

É preciso decorar os conteúdos?

Algumas pessoas são realmente mais ou menos capazes?

Estudar e aprender é uma questão de tempo?

As respostas a essas perguntas podem ser diversas sem que estejam incorretas.

Apesar disso, é impossível admitir que diferentes pessoas processam


informações e as transformam em conhecimento da mesma forma.

O processo de aprendizado é individual e está relacionado, inclusive, à história de vida

e às experiências de aprendizagem que o indivíduo já teve ao longo de sua trajetória.

Para que possamos sair do lugar comum em que muitas vezes nos encontramos, é

preciso experimentar diferentes formas de interação com as informações e com o próprio

conhecimento.

Recentemente meu filho de 7 anos de idade chegou da escola um pouco frustrado

após uma visita ao Museu de Valores do Banco Central. Apesar de ter ido para a aula

muito ansioso e empolgado com o passeio, ele voltou chateado.

“Mãe, aquilo parecia legal, mas eu não podia colocar as mãos em nada...”

Ora, por essa simples afirmação, eu confirmei minha hipótese de que a forma como

ele se relaciona com o mundo é uma forma bastante tátil que, mais à frente, vamos ver

que é chamada de “perfil cinestésico”.

Para que meu filho possa aprender, ele precisa experimentar as coisas. Ver não é su-

ficiente. Ler não é o bastante. Ele quer CONTATO!

25
Ao contrário dele, eu me sentiria bem satisfeita fazendo uma leitura acerca das infor-

mações que estão presentes naquele local. Não sinto a mesma necessidade de interagir

com as coisas.

Podemos, portanto, estudar da mesma forma?

Seremos excelentes naquilo que desejamos se utilizarmos os mesmos meios para

acessar o conhecimento e aprender algo?

A resposta é NÃO.

Para aprender, precisamos nos conhecer.

Esse autoconhecimento vem da auto-observação, da identificação do reconhecimento

de facilidades e dificuldades e da relação de características individuais com as classifica-

ções definidas pela ciência.

Podemos dividir, de forma bastante simplificada, as pessoas em quatro perfis: VISU-

AIS, AUDITIVAS, DIGITAIS e SINESTÉSICAS.

As pessoas visuais, como o próprio nome já diz, precisam “VER”. Elas identificam

melhor as informações por meio de imagens e possuem melhor memória fotográfica.

Preferem estudar sozinhas, lendo, ao invés de depender de outras pessoas para acessar

o conhecimento.

Observando essa definição, podemos concluir que os sistemas de ensino, ao longo

dos anos, privilegiaram muito essas pessoas, pois os conteúdos escolares, ao longo da

história, sempre foram apresentados, em sua maioria, por meio de livros.

O concursando VISUAL terá facilidade em estudar com PDFs, por exemplo.

Gostará de fazer anotações em formato de resumos ou mapas mentais, utilizar

muitas cores ao fazer marcações etc.

O segundo grupo de pessoas, as auditivas, são aquelas que precisam “OUVIR”. Elas

aprendem melhor por meio da escuta. São pessoas mais dependentes de um mediador,

do professor, por exemplo.

Se você se sente bastante confortável em estudar por meio de videoaulas,

se esse método é efetivo para você, provavelmente você é um concursando AU-

DITIVO.

26
Já o estudante digital é aquele que precisa de um volume maior de informações para

sentir-se seguro e, de fato, aprender alguma coisa. Ele faz muitas perguntas, preocupa-

-se em analisar as informações para que façam sentido etc. Possui dificuldade de con-

centração e a diversidade de estímulos faz-se necessária à sua aprendizagem.

Se no seu processo de estudo você acessa os conteúdos de diversas


formas (leitura, mapas mentais, videoaulas, áudios etc.) sem que
alguma dessas formas lhe crie um significativo desconforto, você
pode ser um estudante DIGITAL.

Quem lê essa afirmação pode estar pensando:

A melhor forma de ser e de aprender deve ser essa!

Puxa, por que não nasci assim?

Querido estudante, não se engane.

Não existe melhor ou pior. EXISTE O SEU JEITO. E todos eles trazem o resultado

desejado. Os caminhos são diferentes, mas o ponto de chegada é o mesmo: o aprendi-

zado.

Você pode até insistir ou, por mero desconhecimento, trilhar qualquer um desses

caminhos e chegar lá, mas certamente você chegará mais depressa e de forma mais

confortável (com menos esforço) se você escolher o caminho que se relaciona melhor

com o seu estilo.

Por último, mas não menos importante, falaremos sobre o perfil sinestésico, aquele

que associo ao modo de aprender do meu filho caçula.

O sinestésico precisa SENTIR. Ele gosta de experimentar as coisas. Apenas ler é

entediante, ouvir pode ser uma atividade desinteressante... ele quer mais! Ele quer re-

lacionar-se com os conteúdos, resolver problemas... ele quer fazer, “colocar a mão na

massa”!

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O concursando sinestésico é aquele que gosta muito de fazer
exercícios, resolver questões, de ver as coisas acontecerem na
prática. Está o tempo todo fazendo experiências, testando-se.

Isso é ótimo, mas muitas vezes quem possui, de forma predominante, esse perfil,

precisa vencer a dificuldade em estudar a teoria para obter o rendimento desejado nos

conteúdos.

***

Bem, provavelmente você já se identificou com algum desses perfis ou está em dú-

vida entre dois perfis. Isso é perfeitamente aceitável!

Apesar de a psicologia cognitiva propor essa classificação em quatro perfis, não so-

mos a exata expressão de um perfil isolado. É natural que tenhamos relação com todos

eles, mas é possível observar tendências.

Ao identificarmos nossas preferências de aprendizagem, devemos respeitá-las

e explorá-las a nosso favor.

Se eu sei que estudo melhor lendo, por que vou insistir no estudo de outra maneira?

Devemos estudar sempre da forma mais eficiente.

Apesar disso, não podemos nos privar da experiência do aprender de múltiplas ma-

neiras, pois é somente por meio desse exercício de diferentes formas de acessar as infor-

mações que conseguimos compreender melhor o nosso estilo de aprendizagem e, quem

sabe, até nos aperfeiçoarmos nesse sentido.

Isso é muito importante, pois o AUTOCONHECIMENTO fortalece a AUTOESTIMA

e desenvolve em nós a AUTOCONFIANÇA de que tanto precisamos durante a nossa

preparação para a APROVAÇÃO.

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No Gran Cursos Online você encontra tudo o que precisa para alcançar o sucesso

de acordo com suas preferências. Veja!

• Videoaulas;
• PDFs;
• Garantia de complementação (atualização minuciosa do conteúdo conforme publicação do edital);
• Fórum de Dúvidas;
• Cronograma de estudos personalizado;
• Simulados online (Plataforma Gran Cuca) com correção em tempo real;
• Certificação gratuita após a conclusão do curso;
• Possibilidade de assistir às videoaulas em modo OFFLINE por meio do iOS e Android;
• Acesso a um banco com mais de 300 mil questões de concursos, escolhidas por especialistas;
• Acelerador de vídeos em 1.5x e 2x;
• Audioaulas disponíveis para DOWNLOAD;
• Recurso para anotações prático e moderno;
• Monitor de desempenho com indicadores sobre sua preparação.

Se desejar ler mais sobre estilos de aprendizagem, você também pode ler o artigo

que se encontra AQUI .

Ficarei feliz em receber um feedback seu! Você me encontra aqui, no Gran, e nas re-

des sociais (@erikaradespiel).

Um grande abraço!

29
OS 5 PILARES DA APROVAÇÃO (COMO SE PREPARAR PARA
CONCURSOS PÚBLICOS 2)
Rodrigo Lima

A aprovação em um concurso público vai muito além dos estudos. Você precisará

gerir as diversas áreas da sua vida para conseguir alcançar o seu objetivo rapidamente.

Infelizmente, a maioria das pessoas negligencia isso, ficando pelo caminho. Mas quais

são essas áreas? O que tem que ser feito além de estudar? Pois bem, este capítulo do

e-book serve exatamente para te mostrar o que você tem que administrar para seguir

essa trajetória com consistência e constância.

Imagine a sua vida sendo sustentada por cinco pilares. Eles permitem que você viva

de forma equilibrada, mantendo em harmonia todos os seus valores e princípios. São

esses pilares: intelectual, físico, emocional, espiritual e financeiro.

Como seu objetivo é passar rápido em um concurso público, vou te mostrar como

você deve cuidar de cada um deles para que possa aumentar muito suas chances de ser

aprovado nos concursos públicos bem antes do que imagina.

PILAR INTELECTUAL

O pilar mais importante para o concurseiro é o intelectual. Este se reflete nos estu-

dos, nos conhecimentos, na malícia e na perspicácia que ele tem que adquirir para con-

seguir ser aprovado. Mas isso leva tempo. É impossível uma pessoa virar um concurseiro

de alto rendimento da noite para o dia. À medida em que o tempo passa, os estudos vão

ganhando consistência, robustez, resistência e resiliência, até você se tornar inabalável

e imbatível.

O segredo está na dedicação, no treinamento, na disciplina, na constância e na paci-

ência para se transformar em um concurseiro de ponta. É um trabalho de formiga, pois,

trabalhando um pouco todos os dias, como elas fazem, você erguerá uma enorme mon-

tanha de conhecimento, aumentando assim suas chances de aprovação.

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Por isso, esse é o pilar para o qual deve haver mais dedicação. Você deve potenciali-

zá-lo, sem se esquecer dos outros, para conseguir passar em um concurso público.

PILAR FÍSICO

Esse é um dos pilares mais negligenciados pelo concurseiro. Eles acham que se pre-

parar para um concurso público é só sentar na cadeira e assimilar o conteúdo das maté-

rias. Porém, cuidar da parte física é essencial para levar a sua preparação para os níveis

de quem é aprovado.

Os benefícios da atividade física para os estudos são vários. Com ela, tem-se mais

energia para enfrentar horas a fio de estudo. A autoestima estará sempre elevada, per-

mitindo que se tenha mais ânimo para estudar. Quando se faz atividades físicas, o san-

gue circula mais pelo corpo, inclusive no cérebro, permitindo o aumento da capacidade

cognitiva. A atividade física estimula a produção dos hormônios necessários para o seu

corpo e sua mente. Consegue-se ter boas noites de sono com a prática de exercícios

físicos.

Segundo o neuropsiquiatra da Universidade de Harvard, John J. Ratey, “o exercício

pode aumentar a cognição, estimular o crescimento de novas células cerebrais e melho-

rar a memória”.

Mas cuidar do físico não se resume somente a fazer atividade física. Deve-se também

ter uma alimentação equilibrada. Por isso, sugere-se o acompanhamento da sua dieta

por um nutricionista. Caso a contratação desse serviço esteja fora do seu orçamento,

vou dar algumas dicas para que você consiga se alimentar dentro dos padrões mínimos

de saúde. Primeiro, corte, ou pelo menos diminua, sal, açúcar, gordura e carboidratos

brancos (como pão francês, arroz, macarrão etc). Busque ingerir mais vegetais. Não se

alimente para se empanturrar, mas para saciar sua forme. Procure se alimentar de forma

regular, ou seja, a cada duas ou três horas. Com essas dicas, você já conseguirá ter uma

alimentação muito saudável.

31
Por isso, para cuidar do pilar físico, deve-se fazer uma atividade física regular asso-

ciada com uma alimentação equilibrada.

PILAR EMOCIONAL

O concurseiro vive em uma montanha russa de sentimentos. Ora ele está muito

eufórico, confiante de que está fazendo a coisa certa e realmente em busca de seus

sonhos, ora ele tem dúvidas se aquilo é realmente o que ele quer, se vai conseguir pas-

sar, se ele é inteligente o suficiente para ser aprovado. Porém, ficar nesse sobe e desce

de sentimentos não faz bem para os estudos. É imprescindível que o candidato tenha

o “mindset” de vencedor, ou seja, é imprescindível que sua programação mental esteja

“configurada” no sentido de que todo esforço será recompensado e de que a aprovação

é questão de tempo.

Às vezes, é difícil manter esse ânimo. Entretanto, deve-se buscar formas de fazer

com que sentimentos ruins não tomem conta do candidato e o façam desistir. Você tem

que acreditar que vai valer a pena se dedicar tanto e que sua aprovação é algo CERTO E

GARANTIDO. Basta fazer o que é necessário e impedir que o processo de autossabota-

gem se instale no candidato.

Pode ser que se chegue a uma situação em que seja necessário a ajuda de um profis-

sional. O Coach não é psicólogo ou psiquiatra. Ele não tem formação para exercer esses

ofícios. Então, se você se enquadra nesse cenário, não tenha vergonha ou receio de buscar

um especialista. Tudo vale na realização do sonho de ser aprovado em um concurso público.

PILAR ESPIRITUAL

Qual gesto a grande maioria dos atletas faz – jogadores de futebol, de vôlei, de

basquete, lutadores, nadadores, entre tantos outros – quando pontuam ou vencem em

seus respectivos esportes? Isso mesmo, eles apontam para o céu! Com esse gesto, eles

estão dando todos os créditos da conquista deles para aquela entidade superior na qual

acreditam.

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Isso não é diferente nos concursos públicos. Tenho certeza que o pensamento da

grande maioria, quando vê seu nome estampado no diário oficial ou no site da banca

organizadora, confirmando a aprovação, é: “OBRIGADO, MEU DEUS!”

Então, o lado espiritual deve ser trabalhado o tempo todo. Fortaleça suas crenças e

seus valores. Não importa se o candidato é católico, evangélico, espírita, judeu, budista

ou mesmo agnóstico, ele tem que trabalhar seu lado espiritual de alguma forma para

conseguir ser aprovado.

Por isso, reze, ore ou medite todos os dias. Mentalize-se estudando, aprendendo e

assimilando muito conhecimento e chegando cada vez mais perto do seu objetivo. Agra-

deça por tudo o que já aconteceu em sua vida. Peça energia para enfrentar as dificulda-

des que virão e deseje o melhor para todos aqueles que o rodeiam.

Tonny Robbins, um dos coaches mais famosos do mundo, tem hábitos diários de re-

flexão nos quais ele mostra gratidão por suas conquistas, pede pelos seus entes e pela

sua saúde, além de projetar realizações que ainda quer alcançar.

No meu caso, trabalho todos os dias meu lado espiritual de duas formas: primeira-

mente, ao acordar, faço minhas orações matinais exatamente como Tonny Robbins faz:

agradecendo pelas conquistas, pedindo pelos meus entes, e por mim, projetando as

conquistas. Depois, vou para o meu escritório e faço por volta de 10 a 15 minutos de

meditação. A partir daí, estou pronto para enfrentar o que o dia tem a me oferecer.

O pior hábito que a pessoa pode adquirir, logo ao acordar, é pegar o celular para olhar

as redes sociais. Isso é extremamente tóxico. Se você faz isso, PARE IMEDIATAMENTE.

Esses hábitos não te acrescentarão em nada! Inicie o dia cuidando da sua cabeça e do

seu espírito e não cuidando do que o outro está ou não fazendo. Se assim o fizer, você

deixará de viver a sua vida para viver a vida dos outros.

PILAR FINANCEIRO

Bom, para finalizar, vamos falar agora do órgão mais sensível do corpo humano: o

bolso. Temos que cuidar muito bem de nossas finanças para que elas não interfiram em

nossos estudos.

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Muita gente me pergunta se deve largar o emprego para ficar só por conta dos estu-

dos. A reposta é: DEPENDE! Avalie todas consequências dessa situação antes de se to-

mar a decisão. Primeiramente, verifique quais são seus custos fixos e variáveis. Depois,

calcule por quanto tempo suas reservas financeiras poderão te manter sem trabalhar ou

calcule o montante que deve ser guardado para permitir a você ficar sem trabalhar pelo

período almejado. Por fim, avalie quais são as alternativas caso o plano principal não se

concretize.

Robert Kiyosaki, autor do livro “Pai Rico, Pai Pobre”, ensina, de uma forma bem sim-

ples, mas didática, que passivo é tudo o que faz dinheiro sair do seu bolso e ativo é tudo

o que faz dinheiro entrar no seu bolso. Por exemplo, se você possui uma casa e mora

nela, ela é um passivo, pois você terá despesas com empregada, luz, água, IPTU etc.

Assim, levante todas as alternativas de ingressos e saídas de recursos, fixos e variá-

veis. Avalie também quais as alternativas caso as coisas não saiam conforme planejado.

Não é necessário estar livre das despesas. Ninguém está. Temos que nos alimentar, nos

locomover, nos comunicar, pagar impostos. Por isso, controle suas finanças para que elas

não interfiram em sua preparação.

Por tudo isso, preste muita atenção nos pilares da sua vida. Eles estão em equilíbrio?

O que está te atrapalhando a se dedicar ainda mais para o concurso dos seus sonhos

está relacionado com qual pilar? Faça essa avaliação e trabalhe aquela área da sua vida

que está negligenciando para que você chegue ao ápice da sua preparação e se torne um

concurseiro de alto rendimento.

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QUAIS AS PESSOAS QUE VOCÊ IRÁ IMPACTAR/INFLUENCIAR
COM A SUA TRAJETÓRIA DE SUCESSO
João Navarro

Tema: quais pessoas você poderá impactar/influenciar com sua história de sucesso?

PENSE NA SUA FAMÍLIA

Afinal, por que fazemos o que estamos fazendo? Por que decidimos que iremos pas-

sar em um concurso? Pensamos apenas no nosso próprio umbigo ou também pensamos

nas pessoas que amamos? Quem vai se beneficiar com a sua aprovação, apenas você?

Ótimo. Seus familiares também? Melhor ainda.

Ajudar a minha família foi a primeira motivação para seguir o caminho da aprovação

em concursos. É claro que eu queria também um bom emprego, afinal eu estava desem-

pregado e cansado de arrumar aquela havaiana verde e surrada. Eu sabia que minha

nomeação seria uma grande mudança de vida não apenas para mim, mas também para

as pessoas que eu amo. Sendo assim, posso dizer que logo de cara os primeiros a serem

impactados positivamente são seus familiares.

Ao tomar posse em concurso público, muito provavelmente a primeira melhora é a

financeira. Posso te mostrar outras vantagens, mas imagino que você esteja pensando,

a priori, em uma melhora salarial e, consequentemente, uma melhora na sua qualidade

de vida. Não há nada de errado nisso, na verdade é esse o ponto!

O primeiro impacto é o financeiro. Muito provavelmente não apenas a sua vida pode

mudar, mas também a do seu cônjuge, filhos, mãe, vó, cachorro, seja lá qual for o ente

querido. Você vai deixar de depender de um deles ou poderá ajudá-los, são inúmeras as

possibilidades.

Quer um exemplo? Minha mãe, como a maioria dos brasileiros, nunca teve um pla-

no de saúde, ou seja, nunca teve um tratamento satisfatório nos hospitais públicos. Os

órgãos públicos normalmente tem um convênio médico que possibilita a inclusão dos

35
familiares que dependem de você. Então a “véia”, que sempre reclamou dos hospitais

públicos, pôde finalmente desfrutar de um bom tratamento médico quando necessário.

Esse foi o primeiro impacto que senti ao tomar posse no Ministério Público da União, en-

tão é claro que tenho orgulho disso até hoje!

Não sei qual é o seu caso ou a primeira coisa que vai te deixar mais feliz. Cada um

tem seus problemas e desejos, então, se você pensar na mudança significativa que

acontecerá em sua vida quando for nomeado e na vida das pessoas próximas, tenho cer-

teza que isso trará aquela energia que falta para estudar de madrugada, estudar mesmo

depois daquele dia estressante no trabalho.

Um bom salário não é tudo, mas se apenas imaginar já é bom, imagine quando você

tomar posse!

PENSE EM VOCÊ

É um tanto óbvio falar isso, mas é necessário. Querer ajudar as pessoas é ótimo e

gratificante, mas, antes disso, o primeiro a ser ajudado é você mesmo. O que pode fazer

você melhorar? Que mudanças você quer na sua vida? Não é necessário ser algo muito

complicado. Começa assim, bem simples: quero ser aprovado em um concurso. Se

você leu até aqui, provavelmente quer planejar um caminho para a sua aprovação.

A sua busca por melhores condições de vida, a sua dedicação aos estudos natural-

mente vai servir como exemplo para outras pessoas. Vou dar o meu exemplo, que é o

mais fácil. Se um grande amigo meu de infância, 10 anos atrás, não tivesse me falado

a seguinte frase: “Estude para o MPU, que você passa”, não sei se a minha vida seria a

mesma hoje. Ele havia acabado de tomar posse e queria que eu sentisse o mesmo gosto,

a mesma vitória. No fim das contas, acabei passando exatamente para o concurso que

ele me indicou e nos tornamos colegas de trabalho.

Naturalmente, os bons exemplos se destacam, seja na sua família ou no ambiente de

trabalho. Quando você tomar posse, poderá ser o exemplo a ser seguido. É uma grande

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vitória: as pessoas vão perguntar como você conseguiu, o que você fez para estar lá.

Isso vai despertar o interesse daquelas pessoas que também querem melhorar de vida!

IGNORE AQUELES QUE NÃO ACREDITAM EM VOCÊ

Não importam os motivos que levam essas pessoas a não acreditarem em você ou

torcerem contra, apenas ignore-as. Também não tente convencê-las do contrário, ape-

nas faça o que você se propôs a fazer: conseguir um emprego em um bom cargo público.

Além disso, ninguém precisa saber: faça sua parte.

VOCÊ QUER PASSAR MESMO? QUEM SE BENEFICIARÁ


COM A SUA VITÓRIA?

Eu sempre soube que ajudar a minha família era o meu principal objetivo. O seu pode

ser diferente do meu – pode ser comprar um carro, uma coisa simples! O que importa é:

saiba por que você está estudando, por que você está investindo em cursos preparató-

rios, saiba o que você quer, e, claro, quem vai se beneficiar com a sua aprovação.

Por último, nós cansamos de dizer isso aqui no Gran Cursos: todos os casos de su-

cesso passaram por alguns ou vários fracassos, é um caminho cheio de tropeços. Não

desista!

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NÃO ABRA MÃO DA PRÁTICA!

Marco Soares

A caminhada rumo à realização do sonho de ser aprovado em um concurso público

passa por diversos campos que detêm uma ligação entre eles. Não basta enxergar a

preparação de uma forma isolada, você precisa ter em mente que a soma de diversos

fatores irá contribuir de forma positiva para a potencialização do seu aprendizado e,

consequentemente, resultará na tão almejada aprovação. Nesse sentido, podemos afir-

mar que há fatores que influenciam no ato de estudar e aprender. Entre esses fatores,

destacam-se alguns que influenciam sobremaneira no estudo ativo.

Mas o que seria esse estudo ativo?

Antes de falarmos sobre o que seria o estudo ativo, me permita relatar uma experiên-

cia vivenciada ao longo de anos dedicados à docência em preparatórios para concursos.

Eu sempre me importei com o aprendizado do aluno e, para saber se ele realmente

havia compreendido o conteúdo ministrado, utilizava diversos recursos didáticos. Dentre

eles, eu costumava entregar uma lista de exercícios para que o aluno respondesse em

casa, entre uma aula e outra, sendo que eu iniciava a aula seguinte corrigindo os exer-

cícios referentes ao conteúdo ministrado na aula anterior. Ao longo do tempo, fui perce-

bendo que raros eram os alunos que faziam as atividades propostas. Grande parte dos

concurseiros permanecia com suas questões sem respostas aguardando que eu desse o

gabarito.

Nesse mesmo sentido, passei a observar que nesse mesmo grupo se encontravam

pessoas que não faziam anotações do conteúdo trabalhado. Alguns não levavam sequer

um material para a anotação.

A conclusão que tirei disso é que esses alunos praticavam um estudo passivo. Apenas

ouviam aquilo que era dito. Muitos hoje no ensino à distância (EAD) permanecem diante

de uma videoaula como se estivessem assistindo uma série de TV: apenas assistem.

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Contudo, essa não deve ser a postura adequada de quem quer ser aprovado em um

concurso público. E eu tenho certeza de que você quer ser aprovado. Estou certo?

“Mas Marco, qual a postura que eu devo adotar”?

Vamos lá!

O candidato bem preparado e que realmente está disputando uma vaga, aquele que é

concorrente e não apenas um mero inscrito, tem outra postura. Ele é aguerrido, tem san-

gue nos olhos, se porta de forma ativa nos estudos, ou seja, ele não abre mão da prática.

Não abrir mão da prática significa que você precisa sair de uma situação aparente-

mente de conforto, mas que na verdade está apenas criando uma forma de autossabo-

tagem para se colocar numa posição ativa, de produção, de exteriorização do conheci-

mento assimilado. Isso pode ser feito de diversas maneiras, como, por exemplo:

 não se dispersar durante a aula com celulares ou outras distrações;

 fazer anotações daquilo que é dito pelo professor, ou ao menos dos pontos mais

importantes;

 passar a limpo as suas anotações ao chegar em casa;

 fazer exercícios propostos sobre os assuntos estudados;

 refazer as questões que você errou e tentar entender o motivo pelo qual você errou;

 elaborar resumos, esquemas, quadros sinópticos, mnemônicos, mapas mentas,

elaborar questões etc.;

 explicar o conteúdo para outra pessoa.

Essas são algumas formas de colocar em prática aquilo que foi estudado e que certa-

mente irá contribuir para a fixação do conteúdo e a eficiência do aprendizado.

Nesse sentido, eu alerto você para não queimar etapas. Não abrir mão da prática não

significa que se deve abrir mão da teoria. É preciso ter equilíbrio entre elas. Vejo alguns

“especialistas” orientando para estudar apenas por questões. Isso é um perigo. Veja

bem, se eu for fazer questões de raciocínio lógico, provavelmente irei errar todas. Isso

porque eu não tenho embasamento teórico algum para aplicar na resolução dos exercí-

39
cios. O ideal é que você tenha um embasamento teórico prévio à resolução de itens de

prova. Eu costumo indicar para os meus alunos esta sequência:

1º estudo teórico

produção de material (resumo,


2º esquema, mapa mental etc.)

3º resolução de exercícios

revisão através da leitura do


4º material produzido e refazer
as questões que errou

Pode ter certeza de que o modelo proposto irá fazer com que os seus resultados se-

jam superiores aos que você está tendo apenas com o estudo passivo.

Não abra mão da prática!

Como eu costumo dizer aos meus alunos: QUEM VIVE DE TEORIA, MORRE NA PRÁ-

TICA.

Espero ter contribuído para a sua caminhada rumo à aprovação. Caso queira me

mandar uma mensagem, me encontre nas redes sociais. Estou no Instagram como

@ prof. marcosoares. Será um prazer poder te ajudar!

Permaneça firme!

Um grande abraço e bons estudos!

Vá e vença!!!

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VOCÊ É MERECEDOR DESSA APROVAÇÃO (CRENÇAS NEGATIVAS/
INCAPACIDADE, SUPOSIÇÕES NEGATIVAS)
Yuri Lima

Você já foi feio? Se considera incapaz? Já se frustrou na vida? Você já perdeu? Já re-

provou em alguma prova? Já estudou tanto para uma prova e na hora foi mal?

Começo com essas perguntas para fazer você pensar na sua vida. Eu acredito muito

na força dos nossos pensamentos e na força das nossas palavras, bem como na força

das nossas ações. Tudo isso está interligado. A sua aprovação e a sua reprovação, por

incrível que pareça, também começam nesse ramo totalmente interligado. Tudo isso

pode até parecer um tanto quanto filosófico, mas não é só filosófico, é também científico.

Nessa hora, você que está lendo deve estar pensando: “lá vem mais uma filosofia

barata de autoajuda, cheia de baboseiras, cheia de ‘viagem’, cheia de blá, blá, blá”. Só

que, se você teve este pensamento, não só se enganou dessa vez, como revelou uma

crença negativa que muitas pessoas possuem da filosofia, e você pode ter essa crença.

As crenças nascem dos pensamentos, daquilo que habita em nossa mente, no nosso

cotidiano, na nossa vivência. No mundo dos concursos públicos, vejo muitas pessoas

vivendo com crenças negativas: pessoas que acreditam fielmente que a concorrência é

a maior de todos os tempos; pessoas que pensam que, se não estudarem 14 horas por

dia, nunca terão chance de serem aprovados; pessoas que acreditam que devem apenas

estudar o tempo todo e esquecer todas as outras coisas da vida – esquecer, por exemplo,

da atividade física, dos hábitos saudáveis de vida, dos momentos de lazer, dos momen-

tos de descanso. Parece até que o estudo se parece muito mais com uma prisão.

Vejo a grande maioria desenfreada querendo disputar uma corrida, e, quando falo a

grande maioria, é mais de 90% daqueles que disputam as vagas em concursos públicos.

São meros corredores sem preparo nenhum, são figurantes da vitória das pessoas que

eu chamo de protagonistas da aprovação.

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Os protagonistas da aprovação lutam diariamente contra eles mesmos. Sim, isso

mesmo. De acordo com estudos na neurociência, nós temos 40 mil pensamentos diaria-

mente, e cerca de 30 mil pensamentos são negativos, ou seja, 75% daquilo que pensa-

mos todos os dias são coisas altamente tóxicas que podem desencadear crenças negati-

vas, ações incapacitadoras, várias suposições maléficas, o que, no final das contas, pode

levar muitos a serem eternos figurantes, eternos reprovados.

Tenho certeza que, neste momento, se você ainda achava que teríamos aqui filosofia

barata, começou a repensar, começou a mudar, ficou mais atento. Nesse momento que

isso acontece, você olha para dentro, olha para você, olha para o seu interior. O pro-

tagonista da aprovação aquele que realmente acredita na aprovação, aquele que sabe

que é merecedor, aquele que, independente de onde esteja hoje, sabe que, para ser

um aprovado, vai precisar primeiro acreditar que é um aprovado, vai precisar primeiro

pensar como um aprovado, ter sentimentos de um aprovado, agir como um aprovado. O

protagonista da aprovação vive como se um aprovado já fosse.

Eu nem sempre fui um protagonista da aprovação. Lembra das perguntas do início?

Eu já fui feio, literalmente já fui feio, porque eu me achava assim e tudo me levava a ser

assim. Eu já me considerei incapaz, eu pensava que, mesmo se eu tentasse, algo não ia

dar certo. Eu já me frustrei na vida e achei que sempre seria assim, ia sempre continuar

me frustrando. Eu já perdi várias vezes – perdi muitas coisas, por sinal. Eu já reprovei

em tantas provas que até perdi as contas. Quando eu abro as minhas inscrições no site

do antigo Cespe, hoje Cebraspe, vejo muitas, muitas, muitas reprovações, de verdade.

Eu já estudei tanto para provas e, na hora H, no dia da prova, fui reprovado por mim

mesmo, pela falta de segurança, por acreditar ser incapaz, pelos meus pensamentos

negativos.

Concursos públicos em que isso aconteceu: Agente da Polícia Federal (concurso de

2012) – fui reprovado por 1 questão; Agente da Polícia Federal (concurso de 2014) – por

2 questões; Oficial Combatente do CBMDF – fiz poucas questões. Acertei a grande maio-

ria, mas por 2 questões, não entrei na última turma de Oficial. Hoje seria 1º Tenente;

42
Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados (concurso de 2014) – poucas questões, 2

questões.

Depois dessas perdas, eu poderia ter enfatizado ainda mais minhas antigas crenças

negativas de que não seria merecedor de ser aprovado, e muito menos de ser um pro-

tagonista da aprovação, mas não fiz assim.

Eu peguei todas essas coisas “ruins” que aconteceram e descobri meu propósito, mi-

nha missão de vida. Tudo que eu quero na vida é ajudar as pessoas a realizarem seus

sonhos, a viverem seus sonhos. Os sonhos movem pessoas, mudam o mundo, e os pro-

tagonistas da aprovação assim fazem.

Eu também fui aprovado em 8 concursos públicos. Caixa Econômica Federal (em 42º

lugar), Secretaria de Saúde do DF, Ministério Público do Goiás, MPU, Corpo de Bombei-

ros Militar do DF (para o cargo de combatente), Corpo de Bombeiros Militar do DF (para

o cargo de condutor), Agente Penitenciário do DF (o famoso AGEPEN-DF) e UnB. Essas

minhas aprovações me fazem lembrar todos os dias dos 10 mil pensamentos positivos

que tenho diariamente contra aqueles 30 mil negativos.

O protagonista da aprovação não é aquele que sempre terá aprovações, que nun-

ca vai perder, que nunca vai se frustrar, que vai estudar muito para uma prova e vai

ser aprovado, que sempre se acha bonito, capaz, forte. O protagonista da aprovação é

aquele que pega todas essas coisas ruins que acontecem e as leva como aprendizado; o

protagonista da aprovação é aquele que sabe que terá muito mais reprovações do que

aprovações, mas, mesmo assim, não desiste dos seus sonhos; o protagonista da aprova-

ção é aquele que, independente de tudo de ruim que aconteça, ele sabe que é merecedor

da aprovação porque não é guiado pelos pensamentos negativos, pelas crenças negati-

vas. Ele é guiado por aquilo de bom que move os seus dias, que move o seu cotidiano.

Eu hoje tenho como missão de vida ser Coach. Minha missão é muito forte, ela é mui-

to mais que uma verdade, ela faz parte de mim. Eu ajudo pessoas a realizarem os seus

sonhos, a viverem os seus sonhos. O mundo não é um arco-íris, mas ele pode ser muito

43
mais positivo, muito melhor, isso só vai depender do que você quer enxergar e como

você quer interpretar cada coisa que acontece na sua vida.

A neurociência já provou que duas coisas simples diminuem drasticamente os pen-

samentos negativos. Umas delas é a atividade física regular, e a outra é ser grato todos

os dias por 3 coisas/fatos que acontecem no seu dia. Fazendo isso todos os dias antes

de dormir, os seus pensamentos negativos diminuem muito, e o positivo começa a pre-

valecer.

Os protagonistas da aprovação fazem o que a maioria não faz, e eles só começam a

fazer porque acreditam naquilo que precisa ser feito, e simplesmente fazem. Parafrase-

ando o que o grande filosofo Aristóteles falava, somos o que repetidamente fazemos. A

aprovação, portanto, não é um feito e sim um hábito constante de ser aprovado.

44
COMO FAZER PARA SE MANTER FIRME NA CAMINHADA E
AVALIAR A TRAJETÓRIA
Fernando Rodrigues

É certo que a jornada do concursando, seja qual for o concurso desejado, é longa e

repleta de imprevistos. Muitos desistem da caminhada sem ao menos saber onde esta-

vam e se faltava muito para alcançar a tão sonhada aprovação. Por que alguns perma-

necem fortes e determinados, independente das dificuldades e das pedras do caminho,

e concluem a jornada? Pessoas predestinadas? Sorte? Destino? Nessas breves linhas,

tentarei desmistificar a jornada, narrando trechos da estrada do concursando que desa-

nimariam até os mais aguerridos concorrentes às seleções públicas.

Nenhuma jornada será longa e dolorosa o bastante se o viajante sabe o porquê deve

concluí-la. O motivo para nos tirar da situação de conforto deve ser robusto, não per-

mitindo que nos primeiros buracos e solavancos do caminho o viajante deixe a estrada.

Não se enganem, visto que esses aparecerão. Motivos são verdadeiro combustível para

levá-los até o destino. São individuais e personalíssimos. Cada um deve encontrar os

seus. Pautem-se em coisas realmente importantes para sua vida, sob pena de, no meio

da jornada, ela perder o sentido. Sem sentido, não há ânimo; sem ânimo, não há ação;

e, sem ação, não há resultado. Regra universal. Do nada, nada surge.

Aqui cabe um simples exercício de reflexão que permitirá retirar o concursando da

inércia. Pare e pense: onde estou está confortável? Estou satisfeito com minha profis-

são? Como me vejo daqui a 10 anos fazendo o que estou fazendo agora? Se nenhuma

pergunta lhe perturbou, certamente, o seu combustível irá secar no meio do caminho.

Essa “pane seca” se deve ao fato do motivo ser solúvel.

Além do motivo, há outro fator fundamental para que o concursando mantenha-se

firme na caminhada. Trata-se de avaliar a trajetória, o quanto caminhou e para onde ca-

minhou. Parece simples, mas não é. Autoavaliação é olhar para dentro de si, sem pudor,

sem medo de expor seus defeitos. Torna-se duro, muitas vezes, para o concursando, ao

45
fazer uma autoavaliação, chegar à conclusão de que, após árduos anos de estudo, pouco

progrediu. Seria o reconhecimento da incompetência que, certamente, abalaria qualquer

ser. Por isso, muitas vezes, é mais confortável esconder ou não procurar nossos defeitos

ou falhas. É certo que, se não encontradas, não haverá o doloroso processo de transfor-

mação. Nesse campo, devido à dificuldade, proliferam sérios profissionais que ajudam

o concursando a identificar onde está e para onde está indo. Não é possível traçar uma

rota sem saber onde está o guiado. Deve haver uma referência, um ponto de partida

para que se chegue a algum lugar. No nosso caso, traduzindo, qual o nível do concursan-

do e em qual nível deve chegar para atingir o concurso almejado.

Essa é a jornada do concursando. Entre os dois pontos ou entre esses dois estágios

de evolução, há um percurso, que pode ser pequeno ou imenso. Aqui reside a distância

que separa o concursando iniciante, o intermediário e o avançado do seu futuro, sendo

que, respectivamente, o primeiro terá um grande percurso, o segundo, percurso menor

e o último, uma breve viagem. Mas não se engane, porque o avançado também foi ini-

ciante. Aqui cito a conhecida frase do filósofo chinês Lao-Tsé: “Uma longa caminhada

começa com o primeiro passo.”

As breves linhas estão se estendendo demasiadamente, por isso, encerro aqui, evi-

denciando que, ao observarem uma trajetória vitoriosa em seleção pública, vão notar

que existia um motivo muito forte e que existia uma direção conhecida. Sem tais compo-

nentes, manter-se firme na jornada será tarefa hercúlea. Façam esse exercício de obser-

vação e chegarão à mesma conclusão, apesar de cada caminho ser único. Para auxiliar,

já declaro que comigo foi assim, sendo que os componentes citados me mantiveram na

jornada até a aprovação.

46
CUIDE DAS SUAS EMOÇÕES. ELAS IRÃO AJUDAR VOCÊ!

Daniel Lima

De acordo com o dicionário Michaelis1, a palavra “emoção” significa: “Reação afetiva

de grande intensidade que envolve modificação da respiração, circulação e secreções,

bem como repercussões mentais de excitação ou depressão”.

Ainda não são conclusivos os estudos científicos sobre quantas emoções o ser huma-

no possui, mas os pesquisadores concordam que as emoções podem causar alterações

físicas e psíquicas à pessoa, como: dor de barriga, queimação no estômago, taquicardia,

desmaios etc. Recentemente, os cientistas descobriram que a emoção atua diretamente

no sistema imunológico. Por exemplo, o stress – conhecido como “mal do século” – de-

riva da incapacidade de lidar com as emoções.

Na psicologia, o cognitivismo compreende as emoções como a forma de percepção

que o ser humano tem sobre determinada situação – ou seja – como compreendemos,

interpretamos e reagimos a determinada situação. Em outras palavras: armazenamos

informações desde o nosso nascimento, essas informações irão traduzir os aconteci-

mentos externos e essa tradução provocará uma determinada emoção. Como exemplo,

imagine que você tenha aprendido que, quando alguém grita contigo, ele está te desres-

peitando. Pode ter sido resultado de, em um determinado dia, na sua infância, você ter

gritado com sua mãe, e ela, com aparência irritada, ter dito: “você vai ficar de castigo

para aprender a respeitar sua mãe!” Nesse momento, a informação que você armaze-

nou foi: “gritar com alguém é ofensivo e isso causa ira no outro”. Consciente ou incons-

cientemente, a partir daquele momento, quando quiser provocar ira no outro, você irá

gritar com ele e, ao mesmo tempo, quando alguém gritar contigo, poderá desencadear

a emoção raiva.

1
http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=emo%C3%A7%C3%A3o

47
A questão é que não nos damos conta de como as emoções podem provocar altera-

ções disfuncionais em nosso corpo e em nossa mente. No exemplo acima, de alguém

gritar contigo e você ficar com raiva, o seu corpo irá liberar uma descarga de hormônios

que o prepararão para reagir ao estímulo supostamente ofensivo. Ou seja, sua interpre-

tação é a de que a ação do outro é uma afronta que precisa ser repelida. Você precisa

castigar o “agressor” (Lembra? Ficar de castigo!). E, para isso, o seu corpo precisa sair

do estado atual de equilíbrio para um estado de luta ou fuga, já que você gastará energia

física contra o outro. Mas, no mundo moderno, essa luta quase nunca acontece, seja por-

que você não tem autoridade sobre o “algoz” – às vezes ele é seu chefe –, seja porque

a situação não permite ou não seja adequada. Nesse caso, o que o corpo faz com toda

aquela energia acumulada? O coração está acelerado, as mãos trêmulas, o estômago

queimando, a respiração ofegante... Esses sintomas diminuem até dissiparem completa-

mente, mas, se eles são constantes, podem provocar graves danos.

Então pergunto: como a raiva pode te ajudar a ter um bom resultado em um concurso?

Estou citando a raiva neste texto apenas para exemplificar, mas existem diversas

emoções que, além de não te ajudarem, criam um bloqueio que o impede de evoluir e

de conquistar aquilo que deseja.

Estudar para concurso é uma atividade que exige, além da inteligência cognitiva,

equilíbrio emocional. Esse equilíbrio, definido por Daniel Goleman como Inteligência

Emocional, é a “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos ou-

tros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacio-

namentos”. Segundo o autor, essa gestão emocional é fundamental para o sucesso nas

mais diversas áreas da vida.

No dia a dia, estamos expostos a diversas situações as quais, na maioria das vezes,

não nos oferecem risco algum. Todavia, se aprendemos a interpretá-las como ofensiva,

reagiremos mal e estaremos nos prejudicando sem perceber. Na maioria das vezes, con-

dicionamos nossas emoções às ações dos outros – se agirem de acordo com o esperado,

tudo bem; mas se fizerem algo que eu interprete como ofensivo, reagirei mal.

48
Então voltemos ao exemplo citado e façamos algumas reflexões.

O seu chefe gritou contigo... Você se emocionou com raiva...

1) 1. A raiva irá fazer o chefe “desgritar”?

2) 2. A raiva irá fazer o chefe se arrepender?

3) 3. A raiva irá fazer com que o chefe pague pelo que ele fez contigo?

4) 4. A raiva irá fazer você se acalmar e resolver o problema?

5) 5. A raiva fará você nunca mais dar motivos para o chefe gritar contigo?

6) 6. A raiva irá te ajudar a se concentrar ou se manter concentrado nos estudos?

7) 7. A raiva irá te ajudar a alcançar seu objetivo?

Se a resposta para a maioria dessas perguntas foi “não”, então por que sentir raiva?

Sempre me perguntam se é possível gerenciar as emoções. Minha resposta é “sim”.

Como? Costumo dizer que existem duas soluções – uma imediata e definitiva; a outra,

um processo. A primeira é o perdão. Ao perdoar, você não o faz porque o outro merece,

mas porque você não quer ficar preso emocionalmente àquela situação; a segunda, por

meio de reprogramação mental – entender que o outro pode ter a atitude que quiser,

mas que só quem tem o poder de te fazer mal é você mesmo (por exemplo: sentir rai-

va te faz mal, então você simplesmente decide não sentir) ajuda a manter o equilíbrio

emocional ou, caso reaja de forma disfuncional, contribui para voltar mais rapidamente

ao estado de equilíbrio.

Então, se posso te sugerir algo, faça uma lista das coisas que te provocam emoções

disfuncionais e ressignifique uma a uma, decidindo não se emocionar negativamente

diante de determinados fatos. Você verá como essa mudança na forma de ver as coisas

te proporcionará um mundo extraordinário.

49
POR QUE VOCÊ ESTUDA, ESTUDA E NÃO PASSA?

Cristiane Capita

Um diferencial em prestar concursos públicos é a possibilidade de estar inicialmente

em paridade com os demais. Parece meio difícil conseguir adotar esse ponto de vista,

mas não se tomado como base exatamente o que foi dito: que há a real possiblidade

de estar em uma condição de igualdade, não começando em qualquer situação de des-

vantagem, e, a partir de então, buscar a maneira como irá se diferenciar, encontrar a

forma como irá se sobressair aos demais e, com isso, chegar à aprovação: “que vença

o melhor”!

A sistemática adotada nos concursos públicos permite essa condição de real concor-

rência, não prioriza alguns em detrimento de outros, está aberto a quem deseja partici-

par, cada qual procura sua oportunidade de acordo com seus anseios e sua qualificação.

É, sim, um processo igualitário no oferecimento da oportunidade; o certame está lá para

todos, aberto a todos que vislumbram uma mudança de vida por meio de uma vaga no

serviço público.

Ela está lá para todos, está lá a possibilidade para quem, de fato, a vê como uma

oportunidade, para quem enxerga sua colocação no serviço público como a real chance

de mudança da própria condição.

O certame está aberto a qualquer um, mas, sim, exige cada vez mais um nível de

qualificação alto, demanda profissionais que irão se diferenciar, a começar pela seleção.

Na busca dessa diferenciação, muitos estudam tanto e não chegam à aprovação, e

tantos se perguntam: qual o motivo? Ocorre que estamos sempre procurando fora o

motivo, a explicação que está em nós mesmos. A resposta está em nosso próprio com-

portamento; temos, entretanto, uma tendência natural de atribuirmos a diversos outros

fatores o nosso sucesso, mas, principalmente, o nosso fracasso: uma formação deficitá-

ria, a relação candidato-vaga, condições socioeconômicas etc.

50
Mas podemos tranquilamente perceber que o motivo pelo qual se estuda, estuda e

não se chega à aprovação é você mesmo. São fatores relacionados ao próprio indivíduo

que contribuem para o seu sucesso ou insucesso, o erro ao empreender algum projeto

de vida, seja qual for, é tentar sempre encontrar nos fatores externos motivos que nos

justifiquem. Eles existem, mas não nos condicionam, posso ser o eu quiser, o diferencial

está nas razões que consigo enxergar para seguir adiante ou usá-las como crenças limi-

tantes que estarão sempre servindo como justificativa para o meu insucesso.

O diferencial está quando se decide assumir o controle da situação ou se colocar

sempre como vítima da própria condição. A caminhada é árdua, o processo é longo,

muitas vezes não sabemos mais por onde seguir ou como seguir, mas daí cabe assumir

responsabilidades consigo mesmo: se não sei como começar, como continuar, preciso

buscar minhas respostas, desistir não pode ser uma opção, mas o fato é que é o primeiro

pensamento quando tudo fica muito difícil.

O que na verdade condiciona resultados é a postura que adotamos diante do nosso

objetivo. O desejo existe, isso é óbvio e verdadeiro, mas, muitas vezes, e na maioria das

vezes, o que não existe é uma postura adequada que acompanhe o sonho e permita que

ele se torne real; e digo que é na maioria dos casos porque essa é realidade: muitos ten-

tam, poucos conseguem, e esses poucos não são os escolhidos, esses poucos não estão

intelectualmente acima da média, são pessoas comuns. Esses poucos são, na verdade,

esforçados demais, nunca medem esforços para alcançar o sonho. O cansaço bate, como

em todos, mas eles não desistem; descansam, seguem, e os demais (a massa) ficam

pelo caminho por adotar comportamentos que não condizem com quem assume o com-

promisso firme de ser aprovado.

Então, de forma prática, porque se estuda, estuda e não se passa em concursos pú-

blicos? A primeira característica desse candidato é muito sutil, e de tão sutil nem mes-

mo ele percebe: ou seja, ele não acredita de fato que irá conseguir. Isso começa muito

intimamente, no pensamento; ele deseja, mas hesita, pensa na possibilidade de não

conseguir, e isso não pode e não deve existir. O que deve haver é ter sempre em mente

51
que é só uma questão de tempo! Reprovações virão! De fato – e que venham –, mas

devem servir apenas como base para o momento para o qual me preparo, a derrota per-

manente não é uma opção. O que ocorre é que muitos já esbarram nesse primeiro fator:

o emocional. Não é fácil, sabemos, nos manter firmes durante todo o tempo; o cansaço

vem, mas da mesma forma ele vai. O que não pode deixar de ser constante é a certeza

do êxito, e nesse quesito muitos já vão ficando pelo caminho.

Tudo começa, então, na mente. Falta acreditar que vai conseguir e que tudo é apenas

uma questão de tempo, falta validar o sonho com atitudes que levem a ele.

Assim, é imprescindível a real consciência de que tudo é fruto de um processo: Con-

solidar conteúdo e conseguir fazer uma boa prova não ocorre de uma hora para outra,

resultados começam a surgir a médio e longo prazo – considero algo em torno de um a

dois anos e meio, dentro de uma média –, além de entender que vários fatores devem

ser administrados. Acúmulo de conhecimento é importante, mas não é suficiente.

Assim, como dito, é necessário parar e realizar uma avaliação: algo não está dando

certo? Não há uma evolução? Então é hora de mudar a sistemática. Possuir esse amadu-

recimento é fundamental para que tudo transcorra de maneira que se possa chegar aos

resultados; assim, nesse momento de autoconsciência, perceber e acabar com os fatores

que estão afetando o seu desempenho. Tudo deve ser colocado em questão. Vamos a

alguns pontos:

• Há uma rotina organizada com base no hábito de estudos ou tudo é feito dentro

de um cenário desorganizado e descompromissado, deixado ao sabor dos ventos

e da sorte?

• Foi escolhida uma área de atuação ou se faz concurso por editais que eventualmen-

te apareçam? Sabemos que isso não funciona! Ter maturidade e foco para seguir

dentro de uma área escolhida é fundamental.

• O estudo é feito com um material adequado e de qualidade ou é obsoleto e não se

deseja ou não se pode investir um pouco em si mesmo? Deve-se pensar que pode

e deve renunciar a certas coisas em favor de algo maior: seu sonho.

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• Há um treino adequado, constante? Há regularidade? Busca-se saber a forma como

o conteúdo será abordado? Ou se permite aumentar ainda mais o fator surpresa?

• Há um controle do próprio desempenho ou tudo está baseado em “achismos”? Pen-

se que seus “gaps” precisam ser identificados, o que possibilitará identificar falhas

dentro de um processo chamado “mindset de crescimento”. Aprender com os erros

permite as melhorias necessárias.

• O candidato sabe se portar durante todo o processo e no momento de realização

da prova? Deve estar claro que vários fatores devem ser administrados. Não deve

existir apenas a preocupação com o acúmulo de conhecimento, mas, aliado a ele,

saber administrar questões emocionais, psicológicas e físicas. Dentro disso:

–– Administrar suas emoções e condições psicológicas: o candidato a uma vaga

sabe lidar com derrotas, com cobranças externas e, principalmente, com as in-

ternas? Sabe como se portar no momento de uma prova? Consegue manter o

mínimo de calma ou permite que o nível de ansiedade seja tal que não consegue

aplicar o conhecimento adquirido, sendo desestabilizado emocionalmente por

completo? Tudo isso precisa ser levado em consideração!

–– Além disso, há as questões físicas, ou seja, saber a importância de manter uma

vida saudável, a prática de alguma atividade física – qualquer que seja ela –,

horas adequadas de sono, tudo isso influenciará diretamente no rendimento dos

estudos (inocência achar que não).

Enfim, muitas e muitas são as questões que podem influenciar seu desempenho, mas

nada que não possa ser mudado por você. Como dito, todos esses fatores não são de-

terminantes, e ainda que fossem, seria a sua atitude o verdadeiro diferencial: o espírito

deve ser de um estrategista que sabe como coordenar suas ações e de um verdadeiro

guerreiro que não se abate em meio às derrotas.

Acreditando fielmente que os estudos irão mudar sua vida, você conseguirá assumir

uma atitude responsiva, e com sacrifício, responsabilidade, comprometimento e profis-

sionalismo, será levado à conquista da tão sonhada aprovação.

53
O PODER DA AÇÃO

Fábio Barros

O PODER DA AÇÃO NOS ESTUDOS PARA CONCURSOS


PÚBLICOS

Olá, meus amigos concurseiros! Quero compartilhar aqui algumas coisas que aprendi

ao longo dos meus estudos dedicados às provas de concursos.

Listarei 5 dicas que podem te ajudar a dar aquele pontapé inicial, esse mesmo que você

estava precisando para entrar em ação e sair desse estado letárgico sabotador de aprovação.

Vem comigo!

1. Desperte o executor dentro de você

Calma lá! Não é para sair matando ninguém. Somos da paz, mas quando falamos em

comportamento humano, podemos classificar as pessoas em vários perfis; entre eles,

temos dois tipos clássicos: os planejadores e os executores. E já vou adiantando: no

início, procure ser do segundo tipo.

Não deixe o seu lado planejador fazer aqueles questionamentos incômodos, do tipo:

• “Qual o melhor professor de Direito Constitucional?”

• “É melhor estudar assistindo videoaulas ou lendo PDFs?”

• “Faço as anotações de caneta bic ou devo usar Stabilo?”

• “Para registrar o tempo de estudo, eu uso um aplicativo ou escrevo na agenda?”

• “É melhor estudar pela manhã ou à noite?”

Enquanto um planejador poderia se martelar com essas perguntas, o executor já te-

ria assistido a alguns vídeos, lido algumas páginas de material escrito, usado um lápis e

registrado o tempo em um papel de pão.

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Ficar muito tempo planejando pode diminuir o seu índice de “acabativa” (o oposto

de iniciativa); por isso, os executores tendem a validar muito mais as várias técnicas de

estudos e as diversas formas de preparar material de revisão do que os planejadores.

Então, tente começar os estudos de forma minimalista, teste as técnicas, os profes-

sores, os materiais e fique com as que você se adaptar.

2. Crie uma lista de tarefas concluídas

• Como assim? Eu conheço a lista de tarefas que precisam ser feitas, também co-

nhecidas como To-Do List, mas nunca ouvi falar em criar uma lista de tarefas que

foram realizadas.

• Explica isso melhor!

Na maioria das vezes, quando tentamos implantar uma rotina para aumentar nossa

produtividade, situações atípicas podem surgir e nos impedir de concluir as tarefas no

tempo planejado.

Isso, geralmente, nos deixa angustiados, tensos e com um grande sentimento de cul-

pa. É nessa hora que devemos trocar essa perturbação pela sensação de dever cumprido.

A Done List, como é chamada a lista de tarefas concluídas, auxilia nessa mudança

de hábito, pois, no lugar de escrever as coisas que você tem a fazer, deve escrever as

coisas que você já fez.

O seu nível de motivação aumentará à medida que for lidando com as tarefas. As

que você completou, escreva em um planner ou caderninho. Você pode achar que é algo

bobo, mas é muito gratificante chegar no fim do dia e ver uma lista cheia itens concluí-

dos, tais como: videoaulas assistidas, PDFs lidos, assuntos revisados etc.

Essa dica serve para os dias em que você acha que não produziu nada. É só abrir a

sua lista e ver o quanto de atividade de valor você conseguiu concluir.

55
3. Pratique a Lei de Parkinson

Você deve lembrar quando estava no ensino médio e tinha que entregar um trabalho

escolar: sempre deixava o bendito para a última hora e, na noite anterior ao prazo final,

a sua produtividade aumentava em níveis nunca vistos antes. Foi a Lei de Parkinson atu-

ando nesse dia.

A lei diz que: “quanto menos tempo você tem para realizar uma tarefa, mais aplicado

a ela você será.”

A sugestão é criar um fator de urgência para todas as suas tarefas do dia a dia que

estejam associadas aos seus estudos para concursos. Assim, você conseguirá terminar o

conteúdo programático mais rápido, aumentará sua produtividade e terá a sensação que

seu tempo foi melhor aproveitado.

Sabe aquela história de dizer que só vai começar a estudar quando o edital sair?

Esqueça! Se prepare para a prova como se o edital já estivesse publicado. Aplique um

senso de urgência aos seus estudos.

4. Junte-se aos bons

Já deve ter escutado ou lido a famosa frase do Jim Rohn: “Você é a média das cinco

pessoas com quem mais convive”.

Se quer agir e estudar de forma assertiva para concursos públicos, procure passar

mais tempo com pessoas que têm o mesmo objetivo que você, elas entenderão as di-

ficuldades e as pedras encontradas no caminho dos que buscam a aprovação, porque

estão passando pelo mesmo processo.

Você já deve ter escutado frases do tipo:

• “A concorrência é muito grande, você não vai passar.”

• “Em todos os concursos têm fraude, você só vai gastar dinheiro.”

• “É muito assunto para estudar, não vai dar tempo de você concluir.”

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São típicas de pessoas negativas ou daquelas que estão sempre procurando defeitos

nas coisas, elas não vão agregar valor algum ao seu objetivo principal e, consequente-

mente, podem drenar toda a sua energia e seu pique nos estudos.

5. Converse com seu mentor

Um mentor tem mais experiência de vida, já passou pelo que você está passando e,

provavelmente, já superou adversidades pelas quais você ainda vai passar.

Com a ajuda dele, você vai evitar erros que ele já teve a infelicidade de cometer,

mas que serviu como aprendizado. Um mentor pode te manter disciplinado e ajudá-lo a

atingir seus objetivos.

Praticamente todos que estudam para concursos públicos já tiveram a presença de

um mentor, seja um pai que passou orientações, um amigo servidor público, um profes-

sor ou mesmo um Coach.

Se tiver a oportunidade de ter alguém assim, não o faça perder tempo com você.

Quando ele te der uma orientação ou um plano de ação, execute. Leve em consideração

o que ele tem a dizer e valide o que ele te recomendar.

Por fim, prefira ter aconselhamento com aquelas pessoas experientes ou bem-suce-

didas naquilo que você está buscando.

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SERÁ QUE SEUS SABOTADORES ESTÃO INTIMIDANDO VOCÊ
DE ALCANÇAR O SEU POTENCIAL VERDADEIRO?
Antônio Henrique Jorge

O que fazer após tomar a grande decisão de vida de ser aprovado e assumir um car-

go público desejado por milhares de pessoas? Como conciliar os afazeres diários, como

o trabalho atual, a família e o lazer, com a obtenção do conhecimento e a compreensão

dos temas necessários para garantir a tão sonhada aprovação?

Diversos são os pontos abordados em uma preparação para concurso público, e eles

podem ser resumidos e divididos em três aspectos essenciais, quais sejam: o foco, a

disciplina e a objetividade.

O foco consiste em entender que a aprovação em concurso público deve ser uma

meta a ser alcançada. “Mas como eu poderia me sabotar nesse ponto? Só estudar quan-

do sair o edital daquele concurso almejado? Será que eu poderia fazer outros cursos,

como aprender uma nova língua ou melhorar o meu desempenho na culinária?” Candida-

to, após a sua aprovação, você terá o tempo necessário e as condições financeiras para

se dedicar a outras coisas interessantes e importantes da vida, mas a sua aprovação

deve ser tida por você como a coisa mais importante das menos importantes. Ela deve

ser seu foco. Gaste sua energia com isso.

O segundo ponto levantado é a disciplina, que pode ser brevemente resumida como

a adaptação de sua vida aos seus objetivos relacionados à aprovação. “Devo estudar

apenas as matérias que eu gosto? Devo continuar com meus hábitos alimentares? Tenho

que me ausentar da minha família?” Candidato, tenha em mente a palavra EQUILÍBRO

toda vez que as situações em tela se apresentarem a você. Não estude apenas as maté-

rias que você gosta e passe a se dedicar a compreender aquelas que estão presentes no

edital, pois, você querendo ou não, elas vão definir quem é aprovado ou reprovado. Não

deixe de comer o que você gosta, mas, se o concurso desejado demandar testes físicos,

tente equilibrar com a prática de exercícios que vão lhe dar a necessária saúde corporal

58
e mental. Não se prive do contato com seus familiares; entretanto, reserve um período

de seu dia para retornar aos seus estudos de modo a cumprir suas metas diárias.

Por fim e não menos importante, nós temos a objetividade, que é a aptidão para

identificar como se deve obter o conhecimento necessário para assegurar sua aprovação

em concurso público no menor tempo possível. “Tenho que ler diversos livros por ma-

téria? Devo acumular grande quantidade de material de diversos cursos? Só estudarei

por meio de resolução de questões?” É importante que o candidato saiba e reflita qual o

seu nível atual de conhecimento, bem como o aprofundamento das matérias abordadas

no concurso pretendido. Aqui, revela-se a contribuição feita por alguém que entenda as

necessidades e os objetivos do candidato e o auxilie na eficácia de seus estudos.

Espera-se que a breve explanação acima sirva para que você, candidato, diante de

seus reais objetivos, reflita e identifique o quanto antes quais são os sabotadores de

seus estudos.

Sigamos em frente e bons estudos!

59
ESTÁ PROCRASTINANDO? O QUE FAZER PARA
VIRAR O JOGO
Glauber Marinho

“O tempo é a moeda da sua vida. É a única moeda que você tem, e somente você pode

determinar como ela será gasta.”

Carl Sandburg

Olá, prezado(a) leitor(a)! Tudo bem? É um prazer poder escrever para você. Desejo

uma prazerosa e proveitosa leitura.

Nesta oportunidade, conversaremos a respeito de procrastinação. Muito se diz a res-

peito. Porém, efetivamente, procrastinar tem qual significado? É o ato de adiar, prorrogar

algo e deixar para resolvê-lo posteriormente. Pode ser definido como a negligência em

relação a atividades relevantes em prol da realização de tarefas desnecessárias.

Etimologicamente, procrastinar deriva do latim procrastinatus e significa “à frente de

amanhã”. Ou seja, deixe para amanhã. Brinque com o tempo. Postergue as atividades

indesejadas, mas essenciais. Seria uma boa tática?

Para enfrentar a procrastinação, é preciso compreender o tempo e como gerenciá-lo.

Ele é perecível, não pode ser estocado, tempo mal gasto – tempo perdido (não se pode

reaproveitar). A atualidade nos faz refletir a respeito da quantidade de atividades a se

realizar e a sensação de parco tempo diário para isso. Entretanto, por qual motivo alguns

são produtivos e organizados possuindo as mesmas 24 horas diárias?

Christian Barbosa (2012), referência na literatura a respeito de gerenciamento do

tempo, estabeleceu uma metodologia de gestão do tempo baseada em três blocos de

atividades: importantes, urgentes e circunstanciais. Além de criar perfis de gestores do

tempo, delineou uma divisão sustentável dele entre esses blocos: 70% voltados para

atividades importantes, 20% para urgentes e 10% para circunstanciais.

60
Para o autor, as atividades importantes trazem resultados positivos quando as reali-

zamos. São necessárias e precisam ser efetivadas. Desse modo, devem ser priorizadas.

Efetivá-las faz diferença em nosso trabalho, em nossa comunidade e junto às pessoas

com as quais convivemos. Assim, cada ação efetivada gera a sensação de dever cumpri-

do e nos conduz, exatamente, ao local onde desejamos chegar. Ou seja, estão vinculadas

às nossas missões de vida, nossas visões de futuro. Tem-se a exemplo: cuidar da saúde,

disponibilizar tempo à família, canalizar recursos a uma alimentação saudável, priorizar

atividades estratégicas no trabalho, cuidar da espiritualidade. Entretanto, infelizmente,

por problemas na administração do tempo, deixamos essas atividades procrastinarem.

Com isso, elas se tornam atividades urgentes.

As atividades urgentes são as atividades importantes, mas com tempo extrapolado

– procrastinadas. São, ainda, atividades inesperadas – surgindo com prazos em atraso.

Elas causam estresse, desorganizam-nos. Geram instabilidade em nossa rotina, que-

bram nosso planejamento. Geralmente, a urgência surge em decorrência do uso exage-

rado do tempo em atividades circunstanciais.

As atividades circunstanciais em nada colaboram com o cumprimento de nossas mis-

sões de vida. É um tempo “jogado fora”. São atividades descartáveis. Contudo, algumas

pessoas se envolvem por tempo quase ilimitado com esse tipo de atividade. Em algum

momento já se perguntou: “Caramba, já se passaram tantas horas? Mal percebi o tem-

po passar acessando a internet!” Você fica por horas nas redes sociais? Sim? Saiba que

elas representam um dos ladrões do tempo dos concursandos. São as responsáveis por

boa parte do comportamento de procrastinação aos estudos e, como consequência, por

frustrações.

Daí a importância de aprender a dizer NÃO. Aprenda a se desvincular de tarefas desa-

linhadas ao projeto aprovação. Pergunte-se: qual ganho terei dispondo de horas diárias

nas redes? Faça a mesma pergunta da seguinte maneira: quais ganhos terei dispondo

de horas diárias ao estudo (efetivo) para atingir meu sonho? Os dois caminhos estão

disponíveis. A escolha é sua, caro(a) leitor(a)!

61
Para além da habilidade de se negar a realizar, em excesso, atividades circunstan-

ciais, necessário se faz empreender técnicas de forma a evitar a procrastinação. Vamos

a algumas?

1
Planeje seu dia. Podemos utilizar a técnica ABC. Hierarquize as ativi-
dades e comece com as importantes: (A) antecipe-se em relação ao
cumprimento delas. Assim, caso surja uma urgência (B) não causada
por você, haverá tempo para resolvê-la. Lembre-se: uma atividade
importante, cumprida dentro do prazo, não se torna uma urgência.
Com o tempo administrado, é possível resolver atividades triviais, as
circunstanciais (C), últimas dentro de sua lista de afazeres;

2
Organize seu material de estudo. Deixe o ambiente e todo o necessá-
rio separado e preparado para uso. Caso surja aquela vontade de não
iniciar, lance mão da técnica “3, 2, 1, agora!” Isso mesmo, pessoal. Fiz
uso disso e funcionou. Quando estudava, tinha a tendência de furar
o treino. Conheci a técnica e passei a dormir com a roupa da acade-
mia na cabeceira da cama. Tirei o modo soneca do celular e, quando
despertava, automaticamente dizia: 3,2,1, agora! Levantava, vestia a
roupa e seguia adiante. Teste, pois pode funcionar para você também;

1
Utilize a técnica pomodoro. A cada 25 minutos (um pomodoro) de
estudo, descanse cinco. Após quatro pomodoros, descanse entre 20 e
30 minutos. Isso ajuda a não fadigar. Foca-se na melhoria da divisão
do tempo e na produtividade – consequentemente, na diminuição da
procrastinação.

62
Reconheço ter, nesta oportunidade, enchido você de atividades. Entretanto, a inten-

ção é facilitar sua caminhada. Ademais, como de costume, nós, coaches, trabalhamos

por tarefas. Como não poderia ser diferente, vamos a ela? De forma a diagnosticar sua

distribuição de tempo – conforme a tríade proposta por Barbosa –, acesse: http://www.

triadps.com/TesteTriade/.

No sítio, é possível responder ao teste, elaborado pelo autor, e verificar seu perfil

quanto à gestão do tempo. Após o resultado, são lançadas perguntas de forma a estimu-

lar a execução de ações voltadas a uma distribuição coerente entre atividades importan-

tes, urgentes e circunstanciais. O teste é gratuito.

Após um período de dois meses, retorne e realize a atividade novamente. Assim,

poderá comparar com o resultado inicial e verificar se as ações definidas, na primeira

oportunidade, surtiram efeito.

Bom teste, boa gestão do tempo, excelente execução de seus estudos, boa prova e

boa posse!

REFERÊNCIAS

Barbosa, Christian. A tríade do tempo [recurso eletrônico] / Christian Barbosa; Rio de Janeiro:

Sextante, 2012.https://www.significados.com.br/procrastinar/

http://www.triadps.com/TesteTriade/

63
COMO LIDAR COM O GOSTO AMARGO DA REPROVAÇÃO?

André Coelho

Olá, pessoal! Eu me chamo André Coelho e sou Delegado de Polícia do DF. Já fui Ofi-

cial de Justiça do TJDFT, Técnico do Tribunal Regional Eleitoral e também fui aprovado

em diversos concursos públicos! É tão bonito ler uma história dessas, né?

Mas essa história é o palco! Vamos aos bastidores: Olá, eu me chamo André Coelho.

Fui reprovado em 4 concursos de Tribunais Regionais Eleitorais, fui reprovado no MPU,

TST, TSE, Senado Federal, fui reprovado em 2009 no concurso de Delegado do Distrito

Federal e também fui reprovado no concurso de Delegado da Polícia Federal!

Depois de todas essas reprovações, pude concluir que a regra é a reprovação, a apro-

vação é a exceção! Não se iluda! Se você está começando esse caminho agora, você vai

ser reprovado! É um estágio necessário para o caminho da aprovação.

Claro! Existem gênios que passam no primeiro concurso que fazem! Mas isso é exce-

ção da exceção da exceção! As pessoas que eu conheço que conseguiram essa façanha

tiveram um histórico de alto nível de rendimento desde a alfabetização!

Então, meus amigos, a maioria esmagadora das pessoas não tem esse perfil e perten-

ce à vala comum. E, nessa vala comum, não existe uma pessoa mais inteligente do que

a outra. Existe a pessoa que persiste mais do que a outra! O sucesso não é instantâneo.

Reprovar em um concurso não é uma das melhores sensações! Mas você pode ex-

trair muita coisa boa de uma reprovação, como, por exemplo: analisar se seu método de

estudo está correto, diagnosticar quais matérias estão te derrubando na hora da prova,

entre outras coisas.

Em regra, existe um trajetória para o sucesso nos concursos públicos. Primeiro você

vai começar lá embaixo, para depois começar a ascender na curva, onde o ápice é a

aprovação. Se você começar a entender isso, eu te garanto que, a cada reprovação sua,

você não vai enxergar como mais uma reprovação. Você vai passar a enxergar sua su-

64
bida nessa curva, verá que cada vez mais está se distanciando daquela fase inicial lá na

base da curva e chegando mais perto do ápice!

Estudar para concurso público é como entrar numa fila de espera até ser atendido

pela tão almejada aprovação. A cada concurso prestado, a fila avança, pois alguns candi-

datos são aprovados, fazendo com que essa fila ande. Sendo assim, quando o concursei-

ro estuda e não desiste, inevitavelmente a aprovação vai ocorrer! É questão de tempo!

No entanto, quando o concurseiro reprova num concurso e interrompe sua preparação

por estar abatido com aquela situação, ele vai perder posições nessa fila. Então, não se

esqueça! A fila da aprovação anda a cada dia e, para acompanhá-la, devemos persistir!

Você tem o direito de ficar chateado e até parar de estudar por alguns dias para poder

assimilar aquela reprovação. Mas não desista! Volte a estudar! Caso contrário, perderá

posições nessa fila tão disputada.

Existe uma música do grupo Revelação (“Tá escrito”) que eu ouvia muito nas minhas

derrotas e recomendo que vocês escutem nos momentos de reprovação. Olhem a letra:

“Quem cultiva a semente do amor


Segue em frente e não se apavora
Se na vida encontrar dissabor
Vai saber esperar a sua hora”
(...)
“Às vezes a felicidade demora a chegar
Aí é que a gente não pode deixar de sonhar
Guerreiro não foge da luta e não pode correr
Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer”
(...)
“Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé
Manda essa tristeza embora
Basta acreditar que um novo dia vai raiar
Sua hora vai chegar”

65
É exatamente isso, pessoal! Aprenda com os seus dissabores (reprovações)! Guerrei-

ro (concurseiro) não foge da luta! Tenha calma! Persista! Vai na fé! Mete o pé! Sua hora

vai chegar!

66
O QUE VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A SACRIFICAR PARA
ALCANÇAR O SEU OBJETIVO?
Alexandre Assis

Esse título deve causar um certo frio na barriga, concorda? A palavra “sacrificar” me

parece muito forte e dá a sensação de eternidade, ou seja, para sempre. Que tal alterar-

mos um pouco essa pergunta para “o que você está disposto a reduzir temporariamente

para alcançar o seu objetivo?”

O que achou? Na minha concepção, essa reformulação da frase traz mais paz interior,

possibilita que a jornada seja mais fácil, mais aceitável para a nossa mente. Quando

pensamos nos termos de “sacrifício”, pensamos em coisas ruins, seja em aspectos reli-

giosos ou, por exemplo, em relação a animais, ou ainda um esforço excessivo e dema-

siadamente desgastante!

Partindo do pressuposto de que o nosso objetivo é a nomeação no nosso cargo públi-

co dos sonhos, já posso afirmar desde logo: você não irá sacrificar nada para ser nome-

ado. Não irá sacrificar sua família, suas amizades, seu relacionamento amoroso e nem

mesmo a sua saúde. Pronto! Agora você já pode ler o resto do artigo com tranquilidade.

Quando estamos estudando para concursos, nos deparamos com um problema muito

sério, que é a gestão do nosso tempo! Acredito que a maior parte dos nossos problemas,

nessa etapa da vida, se resume a isso, o tempo!

Veja bem, quando estudamos para concurso, investimos muitas horas do nosso dia

apenas estudando e estudando por infindáveis horas. Assim, ficamos “indisponíveis”

para a realização de outras atividades, tais como: estar com a família, sair com os ami-

gos, interagir nas redes sociais, dar atenção ao seu par romântico, deixar de assistir ao

jogo de futebol do seu time, ou ainda deixar de ver suas séries prediletas.

E essa sensação de “sacrifício” faz com que, muitas vezes, desistamos dos nossos

sonhos ou adiamos indefinidamente a nossa aprovação e nomeação, visto que, frequen-

temente, acabamos furando a rotina de estudos para fazer outras atividades. E, assim,

sempre temos uma justificativa para as nossas “puladas fora”.

67
O problema é que o examinador não está nem aí para as suas justificativas ou para

os problemas que fizeram você não se preparar bem para o certame. Nem mesmo os

demais candidatos ficarão ressentidos por você.

Fato é que você, e apenas você, é o responsável pela sua jornada no mundo dos con-

cursos e pela sua tarefa de estudar e se dedicar o quanto for necessário para ser apro-

vado e nomeado no seu concurso. Aceitar isso é o primeiro passo! Não adianta querer

culpar outras pessoas, apenas você é o responsável.

Tendo isso em mente, saiba que cabe a você, apenas a você, decidir o que vai fazer

em relação às suas demais atividades. Outro aspecto necessário a ser entendido é que

existe um preço para ser nomeado. Mas qual é esse preço? Ah, posso dizer que esse pre-

ço varia de pessoa para pessoa, de concurso para concurso, sendo algo extremamente

individual e não tem nada a ver com valores monetários.

Voltando ao início do texto, o referido preço está relacionado ao que está disposto

a abrir mão temporariamente ou reduzir para alcançar o seu objetivo. Veja bem, creio

que seja ponto pacífico que, para sermos aprovados, precisamos mudar nosso padrão de

vida, de forma que sobre o máximo possível de tempo para os nossos estudos. Aí que

entra o preço, o quanto você vai mudar, ao menos temporariamente, sua rotina, para

que seja viabilizado o alcance do seu objetivo.

E aí, está disposto a fazer essa mudança?

Se não, acho que deve repensar o seu objetivo, de forma a evitar o desperdício do

nosso bem mais precioso, o tempo. Se sim, vamos juntos que vou mostrar que isso não

precisa ser tão sofrido.

Na minha concepção, os estudos para concursos são sempre, quase sempre, a longo

prazo, de forma que nada, quando realizado de forma muito intensa, agressiva ou impac-

tante, se prolonga, e acabamos desistindo no meio do caminho. Nesse ponto começam

aqueles pensamentos “ah, isso não é para mim” ou “eu não consigo”. Para evitar isso,

devemos, então, fazer as coisas com equilíbrio, fazendo com que a jornada no mundo

dos concursos seja consistente, persistente e não muito estressante e sacrificante.

68
Com isso em mente e pensando na família e nos amigos, por exemplo, sou a favor

de que você converse com eles explanando sobre o seu objetivo e como eles poderiam

te ajudar e como poderia ser mantida a amizade de maneira saudável para ambos. Nes-

sa conversa, poderia ser definido, exemplificando, que você não irá mais sair durante a

semana ou que em determinados momentos do dia não poderá dar atenção etc. Avalie

o seu caso, tendo em mente que a prioridade é a sua aprovação, sem, no entanto, sa-

crificar suas amizades.

Quanto à família, também sugiro que tenha uma conversa muito franca, explanando

como eles poderiam te ajudar. Tenho certeza de que eles vão te apoiar! Dessa forma, vão

ficar mais receptivos quando você não puder fazer, naquele momento, certas atividades

domésticas.

Em relação à autossabotagem, quando nós mesmos nos atrapalhamos, sugiro que

reforce o seu mindset de concurseiro, tendo plena consciência do seu objetivo e, o mais

importante, o real motivo pelo qual escolheu esse objetivo. Com isso, a sua motivação

será elevada e ficará muito mais fácil focar nas atividades que te impulsionarão em di-

reção ao objetivo.

Tendo esse “mindset”, ficará muito mais fácil deixar de ver sua série favorita todos

os dias ou sair com os amigos ou fazer quaisquer outras atividades que não te ajudarão

rumo ao objetivo.

Mas calma, não precisa sacrificar tudo e todos; creio que seja necessário apenas o

equilíbrio. Sabendo bem o seu objetivo final, não precisará sacrificar a sua saúde, paz

interior, sua família nem mesmo suas amizades.

Algo que realmente pode ajudar é você se premiar sempre que conseguir se superar,

seja resistindo a alguma atividade prazerosa, seja vencendo alguma meta. Que tal nesse

momento comemorar e se premiar com algo que queira muito? Que tal ver um episódio

da sua série favorita depois que cumpriu sua meta semanal? Ou comer um chocolate?

Invariavelmente, nesse período dos estudos, você terá que dizer algumas vezes “não”

para convites das pessoas. Se elas já sabem da sua situação, provavelmente irão enten-

69
der. Mas, para te ajudar nisso e em muitos aspectos pessoais da sua vida, recomendo a

leitura do livro “A Coragem de Não Agradar” dos Autores Ichiro Kishimi e Fumitake Koga,

impresso no Brasil pela editora Sextante. Acredite, esse livro vai mudar sua forma de

pensar na vida!!!!

Por fim, lembro que, quando estava estudando para o concurso do TCU, todas as

pessoas importantes para mim sabiam que eu estava estudando e focado, de modo que

isso me ajudou bastante. Eu realmente acredito que o universo conspira a nosso favor,

de forma que muito mais pessoas torcerão a favor dos meus planos do que contra. En-

tão, eu sempre falo dos meus objetivos para as pessoas. Quando tinham churrascos

da família, eu me organizava de modo a estudar antes de ir, ficava de 3 a 4 horas lá, e

depois voltava para casa e continuava estudando, ao invés de ficar o dia todo com eles.

Assim, eu mantive o contato com a família e ainda estudei (menos do que estudaria se

não tivesse o churrasco), mas consegui um equilíbrio com isso.

Ache o seu equilíbrio que você não vai precisar sacrificar nada, mas apenas abrir mão

ou mesmo reduzir, temporariamente, algumas coisas. E o preço a ser pago para a sua

aprovação, você decidirá o valor dele e o quanto está disposto a pagar. Se estiver dispos-

to a pagar o preço, a sua nomeação será só questão de tempo. E depois? Ahhh, depois

será só alegria e satisfação de dever cumprido. Agora é com você!

Coach Alexandre Assis

Instagram @Coach_alexandreassis

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SERÁ QUE O COACHING É PARA VOCÊ?

Nelson Marangon

Fala galera, tudo tranquilo? Hoje o nosso bate-papo é sobre o nosso querido e amado

Coaching!!! É isso mesmo, esse fenômeno mundial que vem transformando centenas

de milhares de vidas há muitos anos pelo mundo!!!

Antes de você descobrir se a Metodologia de Coaching do Gran Cursos Online é para

você ou não, vamos conhecer os princípios gerais do coach?

1. NÃO JULGAMENTO

Já começamos com o pé direito, né? O coach tem como seu primeiro e principal

princípio o “não julgamento”, ou seja, o coach em seu processo de Coaching JAMAIS irá

julgar as circunstâncias, fatos e características pessoais de seu orientado (coachee).

O importante aqui é partir do presente e alcançar um alto rendimento no futuro! Os

tropeços, crenças limitantes e possíveis histórias de insucesso ficarão guardadas e re-

servadas no passado.

2. FOCO NO PRESENTE ORIENTADO PARA O FUTURO

Como falamos no tópico retromencionado, o coach visa sempre atingir o presente,

a real e atual situação da pessoa e focar, vislumbrar sempre o futuro. Saiba que o pro-

cesso de Coaching sabe, exatamente, seu limite, no que tange ao linear contato com a

psicologia e psiquiatria; portanto, não trabalhamos com traumas de infâncias ou outras

doenças diagnosticadas que geram transtornos patológicos.

Muito legal essa consciência de atuação do coach, né? Essa é uma dúvida muito fre-

quente que recebo. Sempre esclareço que o processo de coach não possui ligação com

tais ocorrências.

71
3. CADA UM DEFINE A SUA JORNADA

Princípio básico e fundamental para um processo de sucesso. Cada pessoa, cada indiví-

duo possui o direito de definir a sua jornada, a sua caminhada. Não cabe ao coach pro-

fissional intervir nessa decisão.

Assunto muito delicado e peculiar, tendo em vista a tendência natural do ser humano

em julgar, emitir opiniões infundadas e, às vezes, construir falsos conceitos acerca de

terceiras pessoas que não possui contato ou, quiçá, conhece a sua realidade.

4. MOVIMENTO

Fantástico e primordial princípio do Coaching para concursos! MOVIMENTO, ou seja,

não existe contato com um coach habilitado e que ama sua profissão; não há sessão, ví-

deo chamada, coach individual ou em grupo, que, prioritariamente, não determine uma

ação para seu coachee.

Tal movimento, no mundo do coach, quer dizer hábito angular, ou seja, alguma pe-

quena ação ou novo hábito, que, ao ser iniciado, pode gerar uma grande transformação

na vida do coachee.

5. ORIENTAÇÃO A RESULTADOS MENSURÁVEIS

Quinto princípio do Coaching: mais objetivo, toca a objetividade do processo. É muito

importante que o coachee possua metas tangíveis e alcançáveis.

Por exemplo, não há eficácia em uma meta “quero ser servidor público”. Deve-se ter

em mente que o seu objetivo deve ser mensurável e plenamente definido. Quando nós

temos metas mensuráveis e atingíveis, alcançamos maior facilidade e operabilidade para

cumpri-las.

72
6. CONFIDENCIALIDADE E ÉTICA

Por conseguinte, o último princípio geral do Coaching é a confidencialidade e a ética.

Ora, qualquer relação de coach é extremamente invasiva, o profissional treinador deve

resguardar a intimidade e as peculiaridades da vida pessoal do seu coachee.

Ufa!! Acabamos de explorar, resumidamente, os seis principais princípios do coach.

Achou legal? Interessante, né!? A união desses princípios com o conhecimento técnico

das ferramentas, geram excepcionais resultados por todo o mundo.

Veja que, apenas conhecendo os princípios do Coaching, já te habilita em definir se

essa metodologia é ou não eficiente para você! Você me permite contar um pouco sobre

a minha experiência?

Em minha vida, após fracassar por incontáveis vezes, até ser aprovado e convocado

em mais de três concursos públicos, experimentei o amargo sabor de sucumbir por falta

de conhecimento técnico e, principalmente, por não conhecer os benefícios oriundos do

autoconhecimento – explorado com maestria pela metodologia coaching.

Objetivamente falando, fui assessorado por um profissional que, analisando os meus

recursos e minhas interferências internas e externas, meu perfil comportamental, bem

como minhas crenças limitantes, aplicou ferramentas próprias de coach que me levaram

a experimentar uma vida em alto rendimento.

Por conseguinte, caso você busque um auxílio para atacar e reprimir aquelas interfe-

rências que te acorrentam há anos e lhe impedem de atingir suas metas, tenha absoluta

certa que o Coaching É PARA VOCÊ! Não só pela metodologia científica aplicada há anos

em todo mundo, mas também pelo foco em alta produtividade e desenvolvimento hu-

mano.

Se permita. Descubra tudo que o Coaching pode realizar em sua vida.

Estamos juntos, nada mudou!!

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