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VÍRUS

1.VÍRUS

Correspondem a agentes infecciosos com tamanho entre 20 e 300 nm,


constituídos basicamente por ácidos nucléicos e proteínas, não apresentando
organização celular. Desta forma, necessitam do maquinário celular para se
desenvolverem e se reproduzirem(replicação viral) sendo, portanto, parasitas
intracelulares obrigatórios. Podem parasitar diferentes organismos como
bactérias, fungos, protoctistas, animais e plantas. Por isso alguns cientistas não
os consideram seres vivos.
Outros estudiosos admitem que os vírus sejam os seres vivos mais
simples que existem, visto que por apresentarem material genético, possuem
capacidade reprodutiva, hereditariedade, variabilidade genética e poder
adaptativo, que são características exclusivas dos seres vivos.
Os vírus quimicamente são muito simples, sendo formados
essencialmente por proteínas e ácidos nucléicos. A evolução, no entanto,
acabou dando-lhes maior sofisticação, de modo que os mais complexos
apresentam outras moléculas como lipoproteínas e glicoproteínas, normalmente
obtidas da membrana das células parasitadas por eles, formando envoltórios
externos denominados envelopes.

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Estruturalmente são formados por uma cápsula protéica chamada
capsídeo proteico e por um único ácido nucléico (DNA ou RNA) que
corresponde ao genoma viral. Alguns vírus ainda mais complexos podem
apresentar os dois ácidos nucléicos, como é o caso do vírus da hepatite B e os
citomegalovírus.
OBS.: Vírion=partícula viral completa (ácido nucleico + capsídeo
proteico). Serve como veículo de transmissão de um hospedeiro para o outro.

2. VÍRUS – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


 Acelular
 Não tem metabolismo
 Reprodução
 DNA/RNA

Fonte: http://www.hs-menezes.com.br/aids_27.html. Acessado em: 18/03/2016

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3. TIPOS DE VÍRUS

Fonte: http://migre.me/tgUOq. Acessado em: 18/03/2016

Enquanto ainda não temos uma forma padrão de classificação viral, a


forma mais simples de classificá-los baseia-se no tipo de ácido nucléico
encontrado emsua estrutura. Como a grande maioria dos vírus só apresenta um
dos dois ácidos nucléicos, é comum classificá-los em DNA-vírus e RNA-vírus.
Os RNA-vírus são subclassificados em 3 tipos: RNA-vírus (+), RNA-vírus(-) e
retrovírus. Existem, no entanto, outras formas de classificação, por exemplo
baseadas na simetria do capsídeo, na presença ou ausência de um envelope
membranoso ou mesmo no tamanho do capsídeo.

Tipos de virus (quanto ao tipo de ácido nucleico):

 ds DNA – o vírus em questão possui fita dupla de DNA (Exemplo: Herpes)


 ss DNA – o vírus em questão possui uma fita simples de DNA
 ds RNA – o vírus em questão possui fita dupla de RNA
 ss RNA – o vírus em questão possui uma fita simples de RNA

Dentro dos vírus ss RNA, há dois tipos:


ssRNA(+): RNA viral atua de forma semelhante ao RNA mensageiro
(Exemplo: Dengue)

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ssRNA(-): o RNA viral produz uma fita completar de RNA para ester atuar de
forma semelhante ao RNA mensageiro (Exemplo: Gripe)

OBS.: Inserido no grupo de vírus ssRNA(-) há o Retrovírus que possuem


RNA que não atua como RNA mensageiro mas são capazes de produzir DNA
a partir de sua fita simples. A partir do DNA, ele produz um novo RNA viral
que atuará como RNA mensageiro. (Exemplo: HIV)

3.1 RNA-vírus (+)


São aqueles cujo RNA viral já é o próprio RNA mensageiro (RNAm) do
vírus, comandando a síntese de proteínas e a produção de RNAs
complementares que servirão de molde para produção de novas cadeias de RNA
(+). São exemplos os vírus da rubéola e da dengue.

3.2 RNA-vírus (-)


São aqueles cujo RNA do genoma é complementar ao RNAm do vírus,
portanto ao chegar na célula hospedeira o RNA (-) tem que replicar-se
produzindo cadeias de RNA (+) que funcionam como mensageiras virais,
orientando a síntese de proteínas do vírus. Parte dessas cadeias de RNA (+)
produzidas funciona na replicação de novas cadeias de RNA (-) as quais deverão
ser encapsuladas pelas proteínas produzidas, constituindo-se em novos vírus
ativos no interior da célula (virions). São exemplos hantavírus (febre
hemorrágica) e gripe.

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3.3 Retrovírus
São aqueles cujo RNA viral encontra-se associado a dois grupos
enzimáticos, a transcriptase reversa e as integrinas. Ao invadir a célula
hospedeira, os retrovírus através da transcriptase promovem uma
retrotranscrição, isto é, a produção de um DNA a partir do RNA, que será
integrado ao genoma da célula através das integrinas. A própria transcriptase
reversa cuida para que ocorra a degradação do RNA viral que organiza a síntese
do filamento complementar do DNA montado pela retrotranscrição. O novo DNA
montado pela retrotranscrição que agora está integrado ao genoma da célula,
será então o responsável pela produção de moléculas de RNAm viral
(transcrição) que servirá de modelo para a tradução de proteínas virais que
entrarão na formação de novos virions. É exemplo o HIV.

A infecção viral corresponde à forma de ingresso do vírus na sua célula


hospedeira. Dissemos sua, porque existe uma especificidade total entre o vírus
e a célula hospedeira, de modo que, seu ingresso depende do reconhecimento
químico que é feito pela célula hospedeira, normalmente, aos acessórios virais,
que são identificados positivamente através de proteínas denominadas ligantes,
que são reconhecidas por proteínas superficiais da membrana da célula
hospedeira, chamadas de receptores virais.

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Os bacteriófagos apresentam dois tipos de ciclos reprodutivos, chamados
Lítico e Lisogênico.Basicamente apresentam as mesmas etapas, no entanto, o
vírus de ciclo lítico completa seu ciclo reprodutivo muito mais rápido do que o
vírus de ciclo lisogênico.

3.4 DNA-vírus
Os DNA-vírus foram os primeiros a serem observados, normalmente
apresentam-se com um filamento único de DNA de cadeia dupla. Alguns,
entretanto podem apresentar uma cadeia simples de DNA como é o caso do
bacteriófago X174 (um vírus que parasita exclusivamente bactérias) e o
parvovírus (causador de virose em cães).

4. REPRODUÇÃO DE BACTERIÓFAGOS
Apesar de não possuírem um ciclo de vida, os vírus se reproduzem e seu
método de reprodução é esquematizado como um ciclo de reprodução viral, que
pode ser de dois tipos, lítico ou lisogênico.
4.1.Ciclo Lítico
Todas estas etapas são rapidamente sequenciadas, praticamente sem
interrupção levando em média cerca de trinta minutos. Na verdade, no ciclo lítico,
as etapas mencionadas são divididas em dois blocos:
1º bloco: Após a incubação, usando o maquinário celular o genoma viral
transcreve os chamados gens precoces que codificam proteínas com as
seguintes ações:

 Bloqueio da transcrição de gens da bactéria hospedeira.


 Destruição dos gens do hospedeiro, fornecendo nucleotídeos para
replicação do DNA viral.
 Estimulo a replicação do genoma viral
 Estimulo a transcrição dos gens tardios.

2º bloco: Transcrição dos gens tardios dos vírus, que traduzem proteínas
que formam as novas cápsulas virais, produzindo virions (vírus ativos) e outras

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com ação enzimática que lisam a bactéria hospedeira (ruptura da membrana)
liberando os virions.

4.2 Ciclo Lisogênico


O vírus parece desaparecer no citoplasma da célula hospedeira. Na
verdade, o que ocorre é que o DNA do vírion após ser inoculado na célula
hospedeira não tem seus gens precoces imediatamente ativados, em vez disso
associa seu DNA ao material genético da bactéria hospedeira, gerando um
provírus (no caso, um profago). Durante longos períodos o DNA viral fica
dormente, por várias gerações da bactéria. Durante este período de dormência
o vírus é chamado temperado ou epissoma.
Enquanto as gerações da bactéria crescem lentamente, com poucas
reservas energéticas, os fagos (vírus inativos) ficam lisogênicos, isto é,
camuflados no genoma da bactéria. Assim que a higidez das bactérias
hospedeiras parece dar sinais de evidente melhora, com aumento das reservas
energéticas, o fago deixa o estado dormente e, através de uma indução, passa
a fase de destruição da bactéria, exatamente como no ciclo lítico.

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5. EXEMPLO DE CICLO DE REPRODUÇÃO/REPLICAÇÃO VIRAL (HIV)

O HIV é o agente infeccioso causador da SIDA (Síndrome da


Imunodeficiência Adquirida), doença que foi detectada na espécie humana em
meados da década de 80 e que hoje estima-se em quase 80 milhões de pessoas
infectadas em todo o mundo. Números catastróficos indicam que mais ou menos
a cada minuto cerca de 10 pessoas são infectadas pelo HIV.
A principal característica do ciclo reprodutivo dos retrovírus, como é o caso do
HIV, é a transcrição reversa do RNA viral em uma molécula de DNA,
conforme vimos anteriormente (Ver Classificação dos Vírus – Retrovírus), que é
a forma usada pelo vírus para incorporar o seu genoma no DNA da célula
hospedeira, podendo residir indefinidamente junto aos cromossomos da célula.
Normalmente indivíduos quando se infectam pelo HIV, podem não
apresentar sintoma algum. Após a infecção o sistema imunológico é ativado
passando a combater o vírus, tornando o processo infeccioso totalmente
assintomático, assim podendo permanecer por vários anos. Durante este
período a principal célula atacada pelo HIV é o linfócito T CD4 (CD4 é uma
proteína encontrada na superfície desta célula que a identifica). Este linfócito é

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uma das principais células de memória do sistema imunológico, desta maneira
o HIV mina a capacidade do indivíduo se defender de outras infecções chamadas
oportunistas, que normalmente não apareceriam em pessoas saudáveis. Tais
infecções, comuns naqueles que apresentam SIDA, acabam levando-os a morte.

OBS.: Enzimas importantes para a reprodução do retrovírus


 Transcriptase reversa: atua na conversão do RNA viral em DNA viral.
 Integrase: atua na associação do material genético (DNA viral) ao genoma
da célula hospedeira para a formação do provírus (uma técnica para o
tratamento de doença causadas por retrovírus consiste na alteração do
deste atrelando a ele um RNA de interesse que,ao infectar a célula-alvo
por meio da integração de seu material genético com o material da célula
através da integrase, vai gerar uma sequencia de DNA de interesse
,podendo inibir o aumento do número de células contaminadas)
 Protease: prepara o capsídeo no final da maturação (essa enzima é alvo
de coquetel anti viral objetivando a inibição da multiplicação dos vírus)

6. VIROSES

6.1 AIDS

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Outras formas de transmissão: Perinatal (placenta, leite materno, parto)

PROVÍRUS
O DNA viral integrado ao cromossomo celular é chamado provírus. Ele é reconhecido
e transcrito pelas enzimas da célula hospedeira, de modo que logo começam a surgir
moléculas de RNA com informações para a síntese de transcriptase reversa e das proteínas
do capsídio. Algumas dessas moléculas de RNA são empacotadas juntamente com
moléculas de transcriptase reversa, originando centenas de vírions completos.
Uma vez com os genes do provírus integrados aos seus, a célula infectada produz
partícuIas virais durante toda a sua vida. A infecção por retrovírus geralmente não leva à
morte a célula hospedeira, e esta pode se reproduzir e transmitir o provírus integrado a
suas filhas.
Fonte do Conteúdo: http://migre.me/tgUOq.

OBS.: No início da doença a produção dos anticorpos contra o HIV tende a ser
muito lenta, desta forma, nem sempre é possível detectar a doença através do
nível de anticorpos, chamamos tal cenário de janela imunológica.

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Etapa da reprodução de um retrovírus em uma célula. (1) Fixação do
vírion a receptores da membrana da célula. (2) Penetração do capsídio. (3)
Liberação do RNA viral. (4) Síntese de DNA a partir do RNA viral. (5) Penetração
do DNA viral no núcleo celular. (6) Integração do DNA viral ao cromossomo da
célula. (7) Síntese de RNA viral. (8) Síntese das proteínas virais. (9)
Empacotamento do RNA viral com proteínas formando o capsídio. (10)
Incorporação de proteínas virais na membrana celular. (11) Eliminação do vírion
pela célula.

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6.2 Dengue

6.3. Febre Amarela

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6.4 Chicungunya e Zika

6.5 Vírus do Papiloma Humano - HPV

Outra medida profilática: Vacinação contra o HPV

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DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS

1. (Enem 2ª aplicação 2016) Uma nova estratégia para o controle da dengue foi
apresentada durante o Congresso Internacional de Medicina Tropical, no Rio de
Janeiro, em 2012. O projeto traz uma abordagem nova e natural para o combate
à doença e já está em fase de testes. O objetivo do programa é cessar a
transmissão do vírus da dengue pelo Aedes aegypti, a partir da introdução da
bactéria Wolbachia – que é naturalmente encontrada em insetos – nas
populações locais de mosquitos. Quando essa bactéria é introduzida no A.
aegypti, atua como uma “vacina”, estimulando o sistema imunológico e
bloqueando a multiplicação do vírus dentro do inseto.
Disponível em http://portalsaude.saude.gov.br. Acesso em: 20 dez. 2012 (adaptado).

Qual o conceito fundamental relacionado a essa estratégia?


a) Clonagem.
b) Mutualismo.
c) Parasitismo.
d) Transgênese.
d) Controle biológico.

2. Enem PPL (2014) No ano de 2009, registrou-se um surto global de gripe


causada por um variante do vírus Influenza A, designada H1N1. A Organização
Mundial de Saúde (OMS) solicitou que os países intensificassem seus
programas de prevenção para que não houvesse uma propagação da doença.
Uma das ações mais importantes recomendadas pela OMS era a higienização
adequada das mãos, especialmente após tossir e espirrar.
A ação recomendada pela OMS tinha como objetivo
a) reduzir a reprodução viral.
b) impedir a penetração do vírus na pele.
c) reduzir o processo de autoinfecção viral.
d) reduzir a transmissão do vírus no ambiente.
e) impedir a seleção natural de vírus resistentes.

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3. Enem (2011) Durante as estações chuvosas, aumentam no Brasil as
campanhas de prevenção à dengue, que têm como objetivo a redução da
proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue.

Que proposta preventiva poderia ser efetivada para diminuir a reprodução


desse mosquito?
a) Colocação de telas nas portas e janelas, pois o mosquito necessita de
ambientes cobertos e fechados para a sua reprodução.
b) Substituição das casas de barro por casas de alvenaria, haja vista que o
mosquito se reproduz na parede das casas de barro.
c) Remoção dos recipientes que possam acumular água, porque as larvas do
mosquito se desenvolvem nesse meio.
d) Higienização adequada de alimentos, visto que as larvas do mosquito se
desenvolvem nesse tipo de substrato.
e) Colocação de filtros de água nas casas, visto que a reprodução do mosquito
acontece em águas contaminadas.

4. Enem (2010) Investigadores das Universidades de Oxford e da Califórnia


desenvolveram uma variedade de Aedes aegypti geneticamente modificada que
é candidata para uso na busca de redução na transmissão do vírus da dengue.
Nessa nova variedade de mosquito, as fêmeas não conseguem voar devido à
interrupção do desenvolvimento do músculo das asas. A modificação genética
introduzida é um gene dominante condicional, isso é, o gene tem expressão
dominante (basta apenas uma cópia do alelo) e este só atua nas fêmeas.
FU, G. et al. Female-specific flightless phenotype for mosquito control. PNAS 107 (10):
4550-4554, 2010.

Prevê-se, porém, que a utilização dessa variedade de Aedes Aegypti


demore ainda anos para ser implementada, pois há demanda de muitos
estudos com relação ao impacto ambiental. A liberação de machos de

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Aedes Aegypti dessa variedade geneticamente modificada reduziria o
número de casos de dengue em uma determinada região porque
a) diminuiria o sucesso reprodutivo desses machos transgênicos.
b) restringiria a área geográfica de voo dessa espécie de mosquito.
c) dificultaria a contaminação e reprodução do vetor natural da doença.
d) tornaria o mosquito menos resistente ao agente etiológico da doença.
e) dificultaria a obtenção de alimentos pelos machos geneticamente modificados.

5. (Enem 2ª aplicação 2010) A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)


é manifestação clínica da infecção pelo vírus HIV, que leva, em média, oito anos
para se manifestar. No Brasil, desde a identificação do primeiro caso de AIDS
em 1980 até junho de 2007, já foram identificados cerca de 474 mil casos da
doença. O país acumulou, aproximadamente, 192 mil óbitos devidos à AIDS até
junho de 2006, sendo as taxas de mortalidade crescente até meados da década
de 1990 e estabilizando-se em cerca de 11 mil óbitos anuais desde 1998. [...] A
partir do ano 2000, essa taxa se estabilizou em cerca de 6,4 óbitos por 100 mil
habitantes, sendo esta estabilização mais evidente em São Paulo e no Distrito
Federal.
Disponível em: http://www.aids.gov.br. Acesso em: 01 de maio 2009 (adaptado)

A redução nas taxas de mortalidade devido à AIDS a partir da década de


1990 é decorrente

a) do aumento do uso de preservativos nas relações sexuais, que torna o vírus


HIV menos letal.
b) da melhoria das condições alimentares dos soropositivos, a qual fortalece o
sistema imunológico deles.
c) do desenvolvimento de drogas que permitem diferentes formas de ação contra
o vírus HIV.
d) das melhorias sanitárias implementadas nos últimos 30 anos, principalmente
nas grandes capitais.

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e) das campanhas que estimulam a vacinação contra o vírus e a busca pelos
serviços de saúde.

6. (Enem 2007) O Aedes aegypti é vetor transmissor da dengue. Uma pesquisa


feita em São Luís - MA, de 2000 a 2002, mapeou os tipos de reservatório onde
esse mosquito era encontrado. A tabela abaixo mostra parte dos dados
coletados nessa pesquisa.
De acordo com essa pesquisa, o alvo inicial para a redução mais rápida
dos focos do mosquito vetor da dengue nesse município deveria ser constituído
por:

a) pneus e caixas d'água.


b) tambores, tanques e depósitos de barro.
c) vasos de plantas, poços e cisternas.
d) materiais de construção e peças de carro.
e) garrafas, latas e plásticos.

7. (Enem 2002) Uma nova preocupação atinge os profissionais que trabalham


na prevenção da AIDS no Brasil. Tem-se observado um aumento crescente,
principalmente entre os jovens, de novos casos de AIDS, questionando-se,

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inclusive, se a prevenção vem sendo ou não relaxada. Essa temática vem sendo
abordada pela mídia:

"Medicamentos já não fazem efeito em 20% dos infectados pelo vírus HIV.
Análises revelam que um quinto das pessoas recém-infectadas não haviam sido
submetidas a nenhum tratamento e, mesmo assim, não responderam às duas
principais drogas anti-AIDS”.
Dos pacientes estudados, 50% apresentavam o vírus FB, uma
combinação dos dois subtipos mais prevalentes no país, F e B".
Adaptado do Jornal do Brasil, 02/10/2001.

Dadas as afirmações acima, considerando o enfoque da prevenção, e


devido ao aumento de casos da doença em adolescentes, afirma-se que

I. O sucesso inicial dos coquetéis anti-HIV talvez tenha levado a população a se


descuidar e não utilizar medidas de proteção, pois se criou a idéia de que estes
remédios sempre funcionam.
II. Os vários tipos de vírus estão tão resistentes que não há nenhum tipo de
tratamento eficaz e nem mesmo qualquer medida de prevenção adequada.
III. Os vírus estão cada vez mais resistentes e, para evitar sua disseminação, os
infectados também devem usar camisinhas e não apenas administrar coquetéis.

Está correto o que se afirma em


a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

8. (Enem 2001) A partir do primeiro semestre de 2000, a ocorrência de casos


humanos de febre amarela silvestre extrapolou as áreas endêmicas, com
registro de casos em São Paulo e na Bahia, onde os últimos casos tinham

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ocorrido em 1953 e 1948. Para controlar a febre amarela silvestre e prevenir o
risco de uma reurbanização da doença, foram propostas as seguintes ações:

I. Exterminar os animais que servem de reservatório do vírus causador da


doença.
II. Combater a proliferação do mosquito transmissor.
III. Intensificar a vacinação nas áreas onde a febre amarela é endêmica e em
suas regiões limítrofes.

É efetiva e possível de ser implementada uma estratégia envolvendo


a) a ação II, apenas.
b) as ações I e II, apenas.
c) as ações I e III, apenas.
d) as ações II e III, apenas.
e) as ações I, II e III.

9. (Pucpr 2016) O diagnóstico da dengue pode ser feito com maior rapidez por
um exame antígeno NS1, desenvolvido pelo laboratório Oswaldo Cruz, utilizando
metodologia imunocromatográfica, que apresenta maior sensibilidade e
especificidade. O teste diagnóstico é um instrumento utilizado para diagnosticar
uma determinada doença com maior precisão. Para cada teste diagnóstico
existe um valor de referência que define a classificação do resultado em positivo
ou negativo. O quadro a seguir é um exemplo hipotético de teste diagnóstico.

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A sensibilidade é a capacidade de um teste diagnóstico identificar os
verdadeiros positivos naqueles que estão doentes. Já a especificidade é a
probabilidade de um teste ser negativo dado que não exista a doença. Para
controlar ou eliminar determinada doença são necessárias medidas de profilaxia.

A interpretação adequada de testes diagnósticos auxilia nos planos de


controle das doenças. A interpretação do quadro anterior permite inferir
que

a) testes de alta sensibilidade diminuiriam o número de indivíduos falsos


negativos.
b) a especificidade aponta cinco falsos positivos.
c) o teste diagnóstico classificaria por volta de 95 indivíduos positivos a cada 100
indivíduos não infectados.
d) testes de alta especificidade elevariam o número de falsos negativos e
diminuiriam o número de falsos positivos.
e) o teste diagnóstico a cada 1000 indivíduos infectados classificaria 190 como
positivos.

10. (Acafe 2016) A febre do Zika vírus é uma doença aguda, cujo vírus causador
da doença foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus
Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em
1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre
amarela, na floresta Zika, em Uganda.
A figura a seguir representa as Unidades da Federação com casos autóctones
de febre pelo vírus Zika com confirmação laboratorial até a Semana
Epidemiológica 9, Brasil, 2016.

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Fonte: Sinan e Secretarias Estaduais de Saúde (atualizado em 05/03/2016). Disponível em:
http://portalsaude.saude.gov.br

Nesse sentido, analise as afirmações a seguir e marque V para as


verdadeiras e F para as falsas.

( ) O Zika vírus (ZIKAV) é um DNA vírus, do gênero Flavivírus. Até o momento,


são conhecidas e descritas duas linhagens do vírus: uma Africana e outra
Asiática.

( ) A febre do Zika é uma doença viral, transmitida principalmente por mosquitos,


tais como Aedes aegypti, caracterizada por exantema maculopapular
pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem
prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Apresenta evolução benigna e os
sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias.

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( ) O principal modo de transmissão descrito do vírus Zika é por vetores. No
entanto, está descrita na literatura científica a ocorrência de transmissão
ocupacional em laboratório de pesquisa e perinatal, além da possibilidade de
transmissão transfusional.

( ) Em relação às medidas de prevenção e controle da febre por Vírus Zika, deve-


se reduzir a densidade vetorial por meio da eliminação da possibilidade de
contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito,
impedindo o acesso das fêmeas por intermédio do uso de telas/capas ou
mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água
totalmente cobertos. A proteção individual por meio do uso de repelentes
também pode ser implementada pelos habitantes.

( ) Assim como a dengue e a febre Zika, a febre Chikungunya é uma doença


infecciosa febril, causada por um vírus, tendo como vetor exclusivo o mosquito
Aedes aegypti.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


a) F - V - V - V – F
b) F - V - F - V - V
c) V - F - V - F - V
d) V - V - V - F – V

11. (G1 - cps 2018) Um grupo de estudantes conversando sobre a prevenção e


o tratamento de diferentes tipos de doenças causadas por vírus e bactérias
elaboraram os seguintes enunciados:

I. Os vírus são acelulares.


II. Os vírus e as bactérias não possuem metabolismo próprio.
III. As doenças causadas por vírus e bactérias não têm cura.
IV. As bactérias são seres parasitas obrigatórios.
V. As bactérias são microscópicas.

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Assinale a alternativa que apresenta os enunciados corretos.

a) I, II, III e IV apenas.


b) II, III, IV e V apenas.
c) I, III e V apenas.
d) II e IV apenas.
e) I e V apenas.

12. (Ueg 2018) A profilaxia pré-exposição é uma avançada terapia de prevenção


ao HIV. A ilustração a seguir apresenta a definição e a indicação deste tipo de
medida preventiva:

Esse método de prevenção envolve diferentes estratégias e modos de


ação, dentre eles:
a) apenas o preservativo de barreira, como a camisinha, bloqueia a infecção do
organismo com o vírus HIV.
b) casais sorodiferentes são aqueles infectados com variantes do HIV
indetectáveis pelos exames convencionais.
c) a estratégia de prevenção combinada que inclui o uso de preservativo, testes
laboratoriais e tratamento.

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d) pessoas soropositivas devem aderir à PrEP para bloquear a proliferação do
HIV nas células do sistema imune.
e) auxilia na prevenção de outras doenças, geralmente, associadas ao HIV,
sífilis, gonorreia e clamídia.

13. (G1 - ifpe 2017) A campanha de multivacinação 2016 lançada pelo Ministério
da Saúde ocorreu no dia 24 de setembro em todo o país. As salas de vacinação
foram disponibilizadas nas unidades de saúde, e foram oferecidas para a
população 19,2 milhões de doses dos quatorze (14) tipos de vacinas,
denominadas respectivamente: hepatite “A”, VIP, meningocócica C, rotavírus,
HPV, pneumo 10, febre amarela, varicela, pentavalente, tetraviral, dupla adulto,
DTP, tríplice viral e VOP (poliomielite).

Em relação a este assunto, é CORRETO dizer que


a) os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios.
b) as vacinas são produzidas exclusivamente a partir de vírus e nunca a partir
de bactérias.
c) os vírus têm metabolismo próprio.
d) os vírus são constituídos por células simples.
e) os vírus não apresentam material genético.

14. (Pucrj 2017) Além da transmissão por mosquitos, o que existe em comum
entre as seguintes doenças: zika, chikungunya, febre amarela e dengue?

a) São causadas por vírus e bactérias.


b) São causadas por vírus e protozoários.
c) Todas elas são causadas por vírus.
d) São transmitidas também por barbeiros e causadas por vírus.
e) São transmitidas também por barbeiros e causadas por vírus e protozoários.

15. (Uefs 2017) O Instituto Butantã, em São Paulo, deverá construir uma
unidade dedicada à produção da vacina contra dengue, até o final de 2016,
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segundo anunciou o diretor do instituto Jorge Kalil. Até junho de 2017, a unidade
estará preparada para a produção da vacina, desenvolvida em parceria entre o
Butantã e os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH).
A unidade, que também poderá ser usada na produção de uma futura vacina
contra o vírus da Zika, terá capacidade de produzir 30 milhões de doses de
vacina de dengue por ano. Hoje, o Instituto Butantã já produz as vacinas de
dengue que vêm sendo usadas nos testes clínicos por uma fábrica menor, com
capacidade de 500 mil doses por ano. (INSTITUTO BUTANTÃ ....., 2016.)

A partir das informações contidas no texto e com os conhecimentos acerca


do mosquito da dengue, pode-se afirmar:

a) O vírus da dengue é portador de um genoma de RNA positivo, que


proporcionará a síntese de um RNA mensageiro com a mesma sequência de
seu RNA genômico.
b) A vacina caracteriza uma imunização ativa em que o determinante antigênico
do vírus da dengue potencializa a ação dos linfócitos B imaturos para a síntese
de anticorpos.
c) A vacina da dengue proporcionará a formação de anticorpos idênticos àqueles
que serão produzidos a partir da vacina contra o vírus da Zika, por ser vírus
com RNA.
d) A vacina é responsável pela sensibilização do organismo a partir de linfócitos
T auxiliares, que produzirão proteínas especificas de defesa.
e) Na expressão do genoma do Flavivírus, vírus da dengue, as proteínas
traduzidas farão parte do capsídeo do futuro vírion.

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GABARITO COMENTADO

Resposta da questão 1

O processo é chamado de controle biológico, considerado uma estratégia


de controle, neste caso a dengue, porque utiliza a bactéria Wolbachia no
bloqueio da multiplicação do vírus dentro do mosquito Aedes aegypti.
Gabarito: e

Resposta da questão 2

Lavar bem as mãos com água e sabão, especialmente após tossir e


espirrar, faz parte de uma série de medidas recomendadas ela OMS, com a
finalidade de reduzir a transmissão do vírus H1N1 no meio ambiente.
Gabarito: d

Resposta da questão 3

Os mosquitos transmissores de doenças põem seus ovos na agua e as


larvas se desenvolvem nesse meio. Uma proposta para prevenir o aumento
dessas doenças e evitar coleções de água parada onde seus insetos proliferam.

Gabarito: c

Resposta da questão 4

Como a fêmea mutante de Aedes Aegypti não pode voar, teria


dificuldades em picar as pessoas e, portanto, de se contaminar. A sua
reprodução seria também dificultada devido a impossibilidade da ocorrência do
encontro com o macho.
Gabarito: c

Resposta da questão 5

O desenvolvimento de novos medicamentos e terapias contribuiu para a


diminuição do número de óbitos causados pelo HIV vírus da síndrome da
imunodeficiência adquirida - AIDS ou SIDA.

Gabarito: c

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Resposta da questão 6

A tabela mostra que a maior proliferação do mosquito vetor da dengue


ocorre em tambores, tanques e depósitos de barro que acumulam água parada,
onde se desenvolvem as larvas do Aedes Aegypti. As campanhas de prevenção
contra a dengue devem enfatizar o fato e propor alternativas para reduzir o
aumento o populacional dos mosquitos.

Gabarito: b

Resposta da questão 7

Os diversos subtipos de vírus causadores da AIDS são combatidos por


tratamentos relativamente eficazes e podem ser evitados or meios ade uados
como, por exemplo, o uso de reservativos em relações sexuais.

Gabarito: c

Resposta da questão 8

A febre amarela é causada por um vírus constituído por RNA de cadeia


simples. Esse patógeno é transmitido ao homem por fêmeas do mosquito Aedes
aegypti. A prevenção dessa doença pode ser feita através do combate ao inseto
vetor, vacinação em áreas endêmicas e tratamento dos doentes.

Gabarito: d

Resposta da questão 9

Os testes de alta sensibilidade diminuem a possibilidade da ocorrência de


indivíduos falsos negativos, isto e, indivíduos infectados, cujo teste foi negativo.

Gabarito: a

Resposta da questão 10

O Zika vírus (ZIKAV) conhecido pertence a um único tipo. Esse vírus e


transmitido pela picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes
albopictus.
Gabarito: a

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Resposta da questão 11

[I] Correta. Mesmo possuindo material genético, os vírus são considerados


acelulares, pois não possuem metabolismo próprio.
[II] Errada. As bactérias possuem metabolismo próprio; os vírus não,
necessitando do metabolismo celular do hospedeiro.
[III] Errada. As doenças causadas por vírus podem ser curadas através do
próprio sistema imunológico do indivíduo contaminado e os tratamentos são
sintomáticos; já as doenças causadas por bactérias podem ser curadas com
antibióticos.
[IV] Errada. Os vírus são parasitas obrigatórios.
[V] Correta. As bactérias são seres vivos microscópicos, ou seja, muito
pequenas, visualizadas apenas através de microscópio.

Gabarito: e

Resposta da questão 12

A profilaxia pré-exposição (PrEP) é um método de prevenção contra o HIV em


pessoas com maior risco de infecção, que utiliza antirretrovirais para reduzir o
risco de contaminação (uso diário de um comprimido), combinada com testes
laboratoriais, uso de preservativos, tratamento, dentre outros.

Gabarito: c

Resposta da questão 13

Os vírus se reproduzem apenas no interior de células, sendo parasitas


intracelulares obrigatórios. As vacinas podem ser produzidas tanto a partir de
vírus quanto de bactérias. Os vírus não possuem metabolismo próprio,
necessitando do metabolismo de células. Os vírus não são considerados células,
por não terem metabolismo próprio. Vírus possuem material genético, DNA ou
RNA.

Gabarito: a

28
Resposta da questão 14

Todas elas são causadas por vírus.

Gabarito: c

Resposta da questão 15

a) O vírus da dengue é portador de um genoma de RNA positivo, que proporcionará a


síntese de um RNA mensageiro com a mesma sequência de seu RNA genômico.
Errado: se o vírus possui genoma de RNA positivo o próprio genoma já está no
mesmo sentido que o RNA mensageiro e já atua ele mesmo como RNA mensageiro
no início da replicação. Caso ele fosse utilizado como molde ele produziria um RNA
negativo que não pode ser utilizado como RNA mensageiro.
b) A vacina caracteriza uma imunização ativa em que o determinante antigênico do
vírus da dengue potencializa a ação dos linfócitos B imaturos para a síntese de
anticorpos. Errado: a vacina não potencializa a ação dos linfócitos B imaturos, mas a
diferenciação de linfócitos (tanto B quanto T) imaturos em linfócitos efetores e
linfócitos de memória.
c) A vacina da dengue proporcionará a formação de anticorpos idênticos àqueles que
serão produzidos a partir da vacina contra o vírus da Zika, por ser vírus com RNA.
Errado: a vacina da Zika e a vacina da Dengue promoveram a produção de anticorpos
diferentes, se promovessem a produção dos mesmos anti-corpos seria necessário
utilizar os mesmos antígenos e seria a mesma vacina.
d) A vacina é responsável pela sensibilização do organismo a partir de linfócitos T
auxiliares, que produzirão proteínas especificas de defesa. Errado: diferentes tipos de
linfócitos atuam durante a imunização, o linfócito T auxiliar é um deles mas não o
único.
e) Na expressão do genoma do Flavivírus, vírus da dengue, as proteínas traduzidas
farão parte do capsídeo do futuro vírion. Certo: apesar de nem todas as proteínas
expressas do genoma do flavivírus estarem presentes no capsídio viral todas as
proteínas do capsídio viral são expressas pelo genoma do vírus e nenhuma delas pelo
genoma do hospedeiro.

Gabarito: e

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