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AROMATERAPIA PARA INICIANTES

AROMATERAPIA PARA INICIANTES

PERFUME DAS FLORES

Bendita essa natureza

com as suas flores, rosas, açucenas, flores saudade,

bem-me-quer, dália,que a brisa leva o seus perfumes

aos montes, aos cumes,aos sonhos, ao lume...

que incendeia, sem combustão, com o fogo do silencioso amor,

De cada um, o coração...

Vai, perfume, aos ares etéreos,

até o transcendental...

invade às escarpas, às serranias...

Vai, induz o poeta à poesia...

Vai, perfuma os anjos,nas madrugadas

quando protegem as crianças...

Perfuma os pés dos arcanjos,oh!

flores dos colibris,das borboletas,

dos néctar dos amores...

Perfuma meus dias,

dá-me inspiração,

preciso de um pulmão que respire poesia...

quero viver a cor da alegria

E do amor.
AROMATERAPIA PARA INICIANTES

Sumário

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4

2. DEFINIÇÃO ................................................................................................................ 5

3. HISTÓRIA .................................................................................................................. 8

4. RAMOS DA AROMATERAPIA.............................................................................. 10

5. FERRAMENTA DA AROMATERAPIA ................................................................. 11

6. COMO DIFERENCIAR UM ÓLEO NATURAL DE UM ÓLEO SINTÉTICO 14

7. O QUE OBSERVAR AO COMPRAR UM ÓLEO ESSENCIAL ......................... 16

8. COMO AGEM OS ÓLEOS ESSENCIAIS ........................................................... 21

9. MÉTODOS DE USO ................................................................................................ 21

10. CUIDADOS ESPECIAIS ........................................................................................ 41

11. GLOSSÁRIO DOS USOS TERAPÊUTICOS DOS ÓLEOS ESSENCIAIS . 43

12. MATERIAL COMPLEMENTAR .............................................................................. 45

12.1 CAPINS CIDREIRA, LIMÃO, PALMAROSA, CITRONELA E GENGIBRE 45

12.2 O EMPREGO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS NA COSMÉTICA E ESTÉTICA

TERAPÊUTICA............................................................................................................................ 52

12.3 O EMPREGO DOS ÓLEOS ESSENCIAS NA CULINÁRIA.......................... 59

12.4 O EMPREGO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS NA CASA .................................... 61


AROMATERAPIA PARA INICIANTES

1. INTRODUÇÃO
Aromaterapia é um ramo da Terapia Holística ou Medicina

Alternativa ou, ainda, Medicina Natural ou Medicina Complementar.

Holística vem do grego Holos – todo – e Terapia é tratamento,

portanto Terapia Holística é Tratamento do Todo numa linguagem mais

popular.

Entende que somos formados não apenas pelo corpo físico que vemos

e tocamos, mas sim por 7 Corpos Energéticos, entre eles o Corpo Físico,1

que devem ser tratados em conjunto para obtenção do equilíbrio

energético e, em consequência, a promoção da saúde.

É o desequilíbrio energético nos corpos que não vemos que causa a

doença no corpo que vemos, então, tratando estes desequilíbrios

proporcionamos condições para que a cura se manifeste ou a doença não

se desenvolva.

Aqui cabe um importante destaque: Terapeuta Holístico NÃO CURA,

mas restabelece o equilíbrio energético ou restitui o estado de perfeição

energética nos corpos, o que possibilita a cura ou evita a doença.

Quando a doença já se manifestou não devemos dispensar o

tratamento médico porque agimos apenas de maneira complementar2,

acelerando a cura através do reequilíbrio restabelecido.

1
Vide apostila Anatomia Energética
2
Daí a denominação Medicina ou Terapia Complementar, como também é conhecia a Terapia Holística.
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É um trabalho conjunto: Terapeuta Holístico restabelece o equilíbrio

energético, levando a Medicina Tradicional a alcançar a cura de maneira

mais rápida e eficaz. Um não dispensa o outro.

Terapeuta Holístico também não faz diagnóstico de doenças, pois

isso é exclusividade médica3, faz apenas diagnóstico energético e se

identificar desequilíbrio no Corpo Físico deve encaminhar o paciente para

tratamento médico tradicional.

2. DEFINIÇÃO
Aromaterapia é o uso terapêutico de substâncias aromáticas

extraídas do reino vegetal – flores, folhas, frutos, raízes.

O “aroma” na palavra “aromaterapia” se refere às substâncias

aromáticas e “terapia” a tratamento, ou seja, em uma linguagem mais

rústica Aromaterapia é o tratamento pelo cheiro.

Estudos mostram que o interior do nariz é revestido por mucosa,

onde se encontram aproximadamente um milhão de células especializadas:

os receptores olfativos.

Em contato com o meio ambiente, esses receptores captam os

odores e, através do nervo olfativo, os enviam ao cérebro, onde são

decodificados e identificados numa região chamada Sistema límbico ou


3
Em nosso país é crime fazer diagnóstico médico ou receitar remédios sem ser médico, assim como o é
prometer cura ou milagres – crimes contra a saúde pública: Código Penal Brasil artigos 282 Exercício Ilegal da
Medicina, 283 Charlatanismo, 284 Curanderismo.
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zona primitiva do nosso cérebro, onde, ainda, são registradas as

atividades senso motoras relacionadas com as nossas sensações mais

primitivas: sexo, fome, sede, prazer, ódio, etc.4,

Deste modo quando inalamos um aroma, além de nosso cérebro

individualizar o cheiro, também ativa essa rede de sensações e,

justamente, são as sensações prazerosas que permitem restabelecer o

equilíbrio energético buscado, de modo que, podemos definir a

Aromaterapia também como a cura pelo prazer estimulado pela inalação

de determinados aromas.

Porém, aromaterapia não é somente inalar aromas.

Ela também diz respeito ao uso de óleos essenciais para beleza e

cuidados com o corpo e neste contexto é um dos tratamentos mais

populares no mundo inteiro, extremamente eficaz para reduzir celulite,

em procedimento de desintoxicação e, devido ao fato de alguns óleos

essenciais acelerarem a produção de células do corpo, também para

tratamentos estéticos de revitalização.

E atua, ainda, no corpo físico contra infecções por bactérias, fungos

ou vírus.

Isso acontece porque do mesmo modo que as ervas medicinais, a

aromaterapia utiliza-se dos poderes curativos das plantas, no entanto, em

4
Por essa razão é tão comum a gente sentir um cheiro e imediatamente, lembrar de alguém, uma época
distante que ficou marcada ou ainda ter sensação de tristeza, alegria ou saudade. Como verdadeiras tatuagens, os
aromas ficam registrados para sempre em nosso cérebro.
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vez de usar toda a constituição, somente o óleo extraído é empregado – o

chamado óleo essencial. Essa substância, que representa a força vital do

vegetal, se encontra armazenada em pequeninas glândulas na raiz, na

folha, na flor, na semente ou no fruto com importantes compostos

químicos como aldeído5, terpeno6, fenol7, etc., que, quando usados na pele,

penetram nos poros, atingem os vasos sanguíneos, o sistema linfático e

chegam aos órgãos ou à parte em desequilíbrio.

Importante não esquecer que a aromaterapia restabelece o

equilíbrio através do prazer, por isso, caso a pessoa em tratamento não

goste de uma determinada fragrância empregada no tratamento é

necessário encontrar outro óleo essencial com efeito similar, mas cujo

perfume seja bastante agradável para ela.

Por isso é aconselhável manter um kit de óleos essenciais com

aromas de fácil aceitação e que combinados possam resolver basicamente

os problemas mais comuns.

Esse kit não precisa ser grande porque todos os aromas são

sinérgicos8 e passíveis de substituição por óleos correlatos que possuem

propriedades muito semelhantes e permitem a troca com segurança para

um mesmo resultado.
5
Possui propriedade sedativa, anti-inflamatória, antivirótica
6
Qualificado como antisséptico, antivirótico, antibiótico
7
Classificado como analgésico, bactericida, estimulante
8
Sinergia significa a integração de potências para um esforço em comum, a união de diversos elementos para
um excelente resultado, a potencialização ou a ampliação do efeito desejado, a cooperação de todas as partes, o
trabalho em equipe.
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No repertório aromático9 ensinado no curso apresentamos as

sinergias e possíveis substituições seguras de cada óleo essencial,

favorecendo a compra do kit básico necessário ao trabalho. Por exemplo o

óleo essencial de gerânio possui sinergia com o de bergamota e o de rosa.

Assim, a mistura desse conjunto potencializará os efeitos da terapia

indicada no gerânio. Como substitutos apresentamos: ilangue-ilangue,

gengibre ou canela.

3. HISTÓRIA
Considerada uma das mais antigas práticas medicinais, crê-se que a

Aromaterapia remonta ao período Neolítico, embora os mais antigos

registros escritos sobre a medicina aromática datem de

aproximadamente 5 mil anos na China e no antigo Egito.

A perfeição na destilação iniciou no século XVI, com os alquimistas e

seu amplo uso medicinal, sendo aprimorada a partir do século XVIII com

os boticários e herboristas.

Margaret Maury (1895-1968) é considerada a pioneira no uso dos

óleos essenciais, uma vez que desenvolveu um método de aplicação por

massagem de acordo com as características da personalidade de cada

indivíduo.

9
Vide apostila Repertório Aromático
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A estruturação medicinal da aromaterapia surgiu por volta de 1928-

1930 com o trabalho do químico francês Maurice René de Gattefossé

(1988-1950), o qual, quando realizava uma série de testes com cosméticos

queimou seriamente a mão e, instintivamente, mergulhou-a em uma vasilha

com óleo puro de lavanda, atenuando sua dor. Pouco tempo depois do

acidente, o químico observou que o ferimento cicatrizara rapidamente e

sem deixar marcas. Então, repetiu a experiência em soldados feridos

durante a Primeira Guerra Mundial e obteve grande sucesso. Testou

também na ajuda aos enfermos, notando que outros óleos aceleravam o

processo de cura de infecção ou inflamação. Publicou diversos tratados

acadêmicos e livros sobre o assunto.

Seu trabalho foi ampliado pelo médico francês Jean Valnet (1920 –

1995), o qual descobriu que os óleos naturais contém propriedades

antivirais, antibacterianas, antifúngicas e antissépticas, além de serem

poderosos oxigenadores com habilidades no transporte de nutrientes para

as células do corpo.

Em conjunto com outros dois renomados médicos – Paul Belaiche e

Jean-Claude Lapraz – Valnet realizou inúmeras pesquisas em pacientes

com câncer, tuberculose, diabetes e outras doenças graves. Os 3

obtiveram grande sucesso na aceleração dos tratamentos convencionais

que estavam administrando.


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Os trabalhos combinados de Maury e Valnet criaram a aromaterapia

hoje empregada mundialmente, seja por terapeutas holísticos,

massoterapeutas, massagistas, psicoterapeutas, homeopatas, etc.

4. RAMOS DA AROMATERAPIA
A aromaterapia pode ser dividida em três grandes ramos :

- Fisiológica - Acontece pelas propriedades químicas dos óleos

essenciais que permitem a muitos carregarem consigo propriedades

antibióticas, antiinflamatórias, anti-fúngicas, analgésicas, sedativas, etc.

Normalmente é feito o uso dos óleos para tratar destes problemas

através de massagens, banhos, compressas, inalação, sua ingestão e pelo

uso de produtos que os contenha.

- Psicológica - Ação exercida sobre a mente e emoções humanas a

partir de sensações que são estimuladas pelos característicos aromas de

cada óleo. Todas as formas de uso desencadeiam estas reações por

acabarmos tendo contato com seus cheiros, porém a inalação, o uso como

perfume e a oligoaromaterapia exercem uma ação mais direta neste

sentido.

- Energética - O efeito sobre a energia do nosso corpo e sua

frequência que acaba se alterando pela memória energética trazida pelo

óleo da planta. Isso acaba afetando-nos mental, física e emocionalmente.


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De certa forma acabamos por lidar com as três formas pois uma

maneira de atuação acaba por interferir na outra. O efeito psicológico do

óleo essencial sobre a mente é marcante, causando liberações a nível

emocional de traumas, somatizações, etc, assim como tratando uma série

de desordens de personalidade como raiva, medos, apegos, fobias, etc. O

tratamento fisiológico pode dar respostas rápidas, como acontece às

vezes com casos de infecções e processos inflamatórios. O efeito

energético é muito semelhante à ação psicoterápica, porém têm marcante

repercussão fisiológica.

5. FERRAMENTA DA AROMATERAPIA
A fundamental ferramenta da aromaterapia é o óleo essencial,

definido pela IS0 (International Organization for Standardization) como

o produto obtido de partes de plantas através de destilação por arraste

com vapor d'água, bem como o produto obtido por espressão dos

pericarpos de frutos cítricos ( Rutaceae ). Também podem ser chamados

de óleos etéreos ou voláteis.

Sua principal característica é ser extraído do reino vegetal – partes

de plantas, flores, caules, sementes, raízes - por destilação, carregando a

essência ou energia da planta.

São líquidos de aparência oleosa à temperatura ambiente, advindo,

daí, a designação de óleo. S


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Volatéis, evaporam rapidamente, diferindo-se, assim, dos óleos

fixos, como o óleo usado para cozinhar.

Solúveis em solventes orgânicos apolares, como éter, recebendo, por

isso, a denominação de óleos etéricos ou, em latim, aetheroleum. Em água,

os óleos voláteis apresentam solubilidade limitada, mas suficiente para

aromatizar as soluções aquosas, que são denominadas hidrolatos.

Além dos óleos voláteis obtidos de plantas (fitogênicos), produtos

sintéticos são encontrados no mercado. Esses sintéticos podem ser

imitações dos naturais ou composições de fantasia – com álcool e água em

vez de óleo - e costumam ser denominados de "essências".

Para uso farmacêutico na aromaterapia somente os naturais são

permitidos. Os artificiais – ou essências são aceitos apenas, e tão

somente, para casos em que o tratamento é feito exclusivamente por via

olfativa e para assuntos de cunho emocionais, desde que não vire uma

rotina no consultório.

E por que não devemos usar rotineiramente a essência aromática, já

possui o aroma do óleo essencial e é bem mais barata?

Duas são as principais respostas:

1 - Podemos dizer que não existe recriação humana que consiga

reproduzir com plena perfeição o aroma de um óleo natural. Em sua maior

totalidade, existe uma diferença marcante na composição química dos

óleos naturais e dos sintéticos, o que impede seu emprego quando se


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tratar de doenças físicas, pois o uso, como o de ingerir, pode além de não

resolver o problema, ocasionar sérias intoxicações.

2 - Existe uma diferença que impede seu emprego de forma

psicológica e homeopática: o produto sintético não carrega consigo a

energia da planta, portanto perde sua utilidade terapêutica dentro da

oligoaromaterapia, homeopatia e psicoterapia através de óleos essenciais,

pois muitos dos efeitos energéticos dos óleos se dão não somente pelo seu

aroma, mas também pela freqüência energética e memória que eles

carregam.

Hoje um problema freqüente que surge, é um vasto número de

pessoas aparecerem falando de alergias respiratórias causadas pelo

emprego de óleos essenciais. Quando conversamos melhor com estas

pessoas, acabamos descobrindo que têm empregado produtos sintéticos e

não óleos essenciais naturais, e o fazem crendo que o produto que estão

comprando é totalmente puro. Quando estas mesmas pessoas, que antes

usavam essências sintéticas, passam a empregar óleos naturais, há uma

diferença marcante em seus resultados e as alergias deixam de existir.

Portanto é importante saber diferenciar o produto que você está

comprando para ter garantia de seus benefícios, e não correr o risco de

estar comprando "gato por lebre", para não se intoxicar (ou a seu

paciente).
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6. COMO DIFERENCIAR UM ÓLEO NATURAL

DE UM ÓLEO SINTÉTICO
Alguns fatores podem ser observados no ato da aquisição de óleos

essenciais:

1 - Um óleo essencial jamais será vendido em vidro transparente,

pois em contato com a luz oxida-se com facilidade, perdendo então suas

propriedades terapêuticas. Ao ser adquirido deve estar conservado em

frascos de cor âmbar ou azul cobalto. Mesmo assim, temos encontrado

uma grande variedade de produtos sintéticos sendo vendidos nestes

frascos aqui no Brasil, até mesmo por seus custos serem menores.

2 - Os óleos essenciais não possuem cores extravagantes como roxo,

lilás, etc. Somente o óleo de camomila e poucos outros apresentarão a

coloração azulada, pois em sua composição, encontra-se o camazuleno, o

que lhe confere o tom azulado. Por outro lado a tangerina, laranja e

orégano terão a cor alaranjada, o pachouli, a casca de canela e o vetiver a

cor marrom e o cedro de Himalaia e a bergamota a cor esverdeada. Nos

outros casos, jamais se encontrará óleos com cores que vão além do

transparente e do amarelo claro. Normalmente produtos coloridos o são

pela adição de corantes.

3 - Óleos essenciais não se dissolvem facilmente na água (são óleos).

Se ao pingar uma gota, a água turvar-se de branco, isso é um indício de

que o produto é sintético. O óleo natural não se dissolve, costuma boiar


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quando seu peso é menor que o da água, ou ir para o fundo como o vetiver

ou pachouli que possuem maior peso molecular. Mas cuidado, muitos óleos

sintéticos têm sido adulterados com óleos carreadores e, portanto,

apresentarão características semelhantes às dos naturais não

misturando-se à água.

Diferenças de dissolução de produtos naturais e sintéticos (à esq. produto natural, à dir.

sintético).

4 - Produtos com cheiros alterados, com odor de álcool ou óleo de

cozinha são produtos adulterados e devem ser deixados de lado, a não ser

que sejam vendidos com uma finalidade específica, como uso na massagem,

ou rotulados como diluídos, como acontece muitas vezes com os óleo de

rosa e jasmim, que por serem muito caros, costumam ser diluídos a uma

proporção de 10 ou 20% em óleo de jojoba para baratear seu custo,

mesmo assim, jamais virá a custar R$ 3.00 ou R$5.00, como os sintéticos

normalmente comercializados dentro do Brasil.

5 - Óleos naturais jamais irão custar o mesmo preço que os

artificiais, pois necessitam de proporções diferentes de matéria-prima da

planta para se produzir óleo, assim como, de acordo com seu país de

procedência, possuirão preços de custo também diferentes (aí entram


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também taxas de câmbio, importação e exportação, vigilância sanitária,

etc). Por exemplo, para conseguir-se 1 litro de óleo de eucalipto globulus,

necessita-se aproximadamente de 30kg de folhas. Por outro lado, para

conseguir-se a mesma quantidade em óleo de rosas (1 litro), gasta-se de 1

a 3 toneladas de pétalas, o que equivale a 1 hectare de plantação de rosas.

Daí seu preço jamais vir a ser o mesmo que o de um óleo de eucalipto

artificial.

6 - Os óleos naturais duram mais tempo na pele, quando empregados

como perfumes ou quando utilizados na massagem, contrário aos

sintéticos que não permanecem às vezes mais do que poucas horas. Esta é

a grande diferença entre os perfumes franceses que utilizam óleos

naturais e os nacionais que usam essências sintéticas. Um perfume

francês às vezes chega a manter seu odor sobre a pele até o dia seguinte.

7. O QUE OBSERVAR AO COMPRAR UM ÓLEO

ESSENCIAL
Além de distinguir o óleo essencial da essência, é preciso alguns

cuidados ao comprar sua ferramenta de trabalho.

Os óleos voláteis apresentam, freqüentemente, problemas de

qualidade, que podem ter origem na variabilidade da sua composição, na


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adulteração ou falsificação ou, ainda, na identificação incorreta do

produto e sua origem.

Os produtores de grande parte dos óleos voláteis comercializados

não apresentam a identificação correta da planta da qual o produto foi

obtido (nome científico), a parte do vegetal que foi empregada e a

procedência do mesmo.

A origem geográfica pode, algumas vezes, auxiliar na identificação

botânica e determinar a composição diferenciada, pois sobre este fator

contamos ainda com a presença de quimiotipos diversos dos óleos, que

surgem de acordo com o tipo de solo, clima e habitat no qual a planta é

cultivada. Um exemplo é o Alecrim que só na França possui dois

quimiotipos diferentes, um cultivado no Sul e outro no Norte.

Isso gera inúmeras confusões, inclusive quanto às propriedades de

cada produto.

Quando se fala do óleo volátil de orégano, por exemplo, pode tratar-

se de Origanum vulgare L. ssp. Viride ( Boiss. ) Hayak ( Lamiaceae ), se sua

origem for a Grécia, de Corydothymus capitatus ( L. ) Reichenb. (

Lamiaceae ), se for da Espanha, Lippia graveolens H. B. K. (Verbenaceae ),

se for do México, ou de Origanum onites L. ( Lamiaceae ), se for da

Turquia (Bruneton, 1995 ).

Outros exemplos poderiam ser citados e este fato serve para

mostrar que as regras de designação destes produtos precisam ser

cumpridas, já que a denominação do binômio do vegetal, em latim, seguido


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dos seus autores é a única forma de dirimir dúvidas quanto à identidade

botânica correta, além de que torna-se necessário saber a procedência

exata do produto para conhecer seu quimiotipo.

A colheita da planta e a forma de extração de seu óleo interferem

fortemente na composição química final de seu produto, portanto é de

suma importância tomar conhecimento destes fatores de modificação.

Ter de nosso fornecedor a análise química de seus óleos é a melhor

garantia de se estar adquirindo um produto natural e inclusive poder

saber qual variedade de quimiotipo (variação química) estamos comprando

pois, conforme falamos, os óleos variam de composição de acordo com

clima, região, tipo de solo, época do ano, etc, o que também poderá,

conforme o caso, diferenciar em muito suas aplicações. Por exemplo, se a

camomila (Matricaria chamomilla) for colhida pela manhã, seu óleo

possuirá altos teores em alfa-bisabolol, seu principal princípio ativo como

anti-inflamatório; porém se colhida ao fim da tarde, encontrar-se-ão

somente vestígios de alfa-bisabolol em seu óleo.

A adulteração (e mesmo a falsificação) de óleos voláteis já é

conhecida desde os tempos mais antigos, talvez até desde a época dos

ditos "alquimistas". Além da fraude evidente ao consumidor, dependendo

do tipo de falsificação, esta pode acarretar conseqüências negativas para

a saúde do usuário e, portanto, especial atenção deve ser reservada a

esse tipo de problema. Tipicamente, os seguintes procedimentos são

usados para falsificar óleos voláteis:


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- adição de compostos sintéticos, de baixo preço, tais como álcool

benzílico ou octílico (de cereais), ésteres do ácido ftálico, propilenoglicol

e até hidrocarbonetos clorados;

- mistura do óleo volátil de qualidade com outros óleos de menor

valor para aumentar o rendimento;

- adição das substâncias sintéticas que são os compostos principais

do óleo em questão;

- falsificação completa do óleo através de misturas de substâncias

sintéticas dissolvidas num veículo inerte.

Estimamos que aproximadamente 90% dos óleos voláteis disponíveis

no mercado não mais apresentam sua composição original. Sabemos que

existe uma grande variedade de estratégias sofisticadas de falsificação

e, dessa forma, torna-se difícil detectá-las através de métodos

relativamente simples, constantes em obras de referência.

Assim, ter cuidado na obtenção do produto é uma questão de

responsabilidade, que deve ser verificada e levada a sério para que não

haja prejuízos para a saúde e uma dica valiosa é sempre que formos

comprar um óleo, devemos questionar sobre a análise química, se o

produto é natural e de onde provém.

Quem trabalha com integridade coloca no rótulo do produto o país

de origem, método de extração, data de envasamento ou colheita, parte

da planta que foi empregada na extração e informações sobre quimiotipo,

se tiver. Quanto ao penúltimo item, mostra-se extremamente importante


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saber-se qual parte da planta foi empregada para se produzir o óleo, pois

se o extraírmos da casca da canela teremos maior intensidade em aldeído

cinâmico (55-75%), um composto que pode queimar a pele (e que é mais

útil como sudorífico e estimulante), enquanto no óleo extraído de suas

folhas encontraremos mais eugenol (70-90%) ( sendo um óleo de maior

propriedade antiséptica). Por outro lado, retirando-se o óleo de suas

raízes, haverá altos teores em cânfora, que possui propriedades

estimulantes na circulação, o que nestes casos diferenciará em muito as

aplicações terapêuticas dos óleos desta mesma planta.

Vale frisar também que existem muitas empresas que colocam o

nome científico da planta no rótulo de produtos sintéticos

comercializados como naturais, o que nos leva a ver que só o nome

científico nem sempre identifica o produto como natural, mas permite

saber, no caso de marcas de garantia, de qual espécie de planta foi

produzido o óleo, já que alguns possuem marcantes alterações químicas

conforme espécie e subspécie.

Jamais devemos nos esquecer que, em se tratando de aromaterapia,

qualidade é tudo! Por este motivo devemos procurar por produtos de

seleção e cuidado na sua manipulação, tendo certeza sempre, de estarmos

adquirindo um óleo natural e puro em sua composição para empregar junto

a nossos pacientes.
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8. COMO AGEM OS ÓLEOS ESSENCIAIS


Sobre a pele: os óleos essenciais são eficientes tônicos,

aumentando a temperatura local e melhorando o metabolismo celular. Por

isso, são indicados em associação com cremes, mascaras e loções para

intensificar os benefícios de seus componentes.

Na circulação: aceleram a irrigação dos vasos capilares favorecendo

os intercâmbios nutritivos e gasosos entre as células do organismo. Alem

disso, melhoram o funcionamento do sistema linfático, quando obstruído

por toxinas.

Na musculatura: relaxam o sistema muscular, aumentando a

resistência e elasticidade das fibras musculares, combatendo a tensão e o

stress.

No sistema Nervoso: favorece os desbloqueios da complexa rede

de nervos, melhorando a recepção das mensagens sensoriais e a

coordenação das funções vitais.

9. MÉTODOS DE USO
Os óleos essenciais não devem ser empregados puros sobre a pele,

uma vez que a maioria causa vermelhidão ou coceira, além de ser

fotossensível. Para usá-los devemos empregar empregar um veículo,

também chamado de carreador, podendo ser um óleo vegetal, creme,


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pomada, gel e, em alguns casos, apenas água. Também é possível adicionar

o óleo essencial ao hidratante, ao xampu, à pomada medicinal de uso

externo ou à banheira, por ex.

A escolha de um veículo é muito particular ao tratamento desejado.

Pode trabalhar com um único aroma ou sinergia de até 3 essências

diferentes para potencializar o efeito

Não deixar o vidro aberto por mais de 6 horas por ser volátil.

Guardar em local fresco, fechado e escuro

Vale lembrar que essa terapia tem por finalidade tratar quaisquer

perturbações físicas, psíquicas ou emocionais, contudo, jamais se deve

substituir um tratamento convencional, a menos que um médico o indique.

Como terapia auxiliar, em paralelo com a medicina alopática, pode acelerar

os resultados desejados para o retorno à saúde.

Estudemos as principais técnicas da aromaterapia. Estude. Pratique.

Todas as receitas dessa lição já foram devidamente calculadas, siga

as proporções.

9.1 AUTOMASSAGEM

Existem diversas formas de massagem. A função de uma massagem

com os óleos essenciais é estimular, tonificar, acalmar ou sedar o sistema

muscular. A aplicação é simples. Após o preparo da receita básica (receita

a seguir), coloque algumas gotas do preparado na palma da mão e

massageie o local escolhido em forma circular e no sentido horário. Ao


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finalizar, friccione novamente as mãos até esquentá-las e inale,

profundamente, várias vezes, o aroma. Não se preocupe, pois além de

deixar um aroma agradável e a pele sedosa, o preparado será absorvido

pela pele em questão de minutos.

As proporções entre o óleo essencial e o carregador devem ser

calculadas de acordo com a função terapêutica – 1% para a face, 2% para

o corpo inteiro, 4% para uma região específica (como o couro cabeludo ou

abdome por exemplo).

Todas as receitas desta lição já foram devidamente calculadas. Siga

as proporções.

9.1.1 Receita básica de massagem localizada

Misture 5 gotas de óleo essencial para cada 5ml (meia colher de

sopa) de óleo carregador. Pode-se usar o mesmo óleo essencial, ou se

optado pela sinergia, empregar a proporção 1 + 2 + 2 gotas de cada tipo,

sendo a menor dosagem para o óleo com o odor mais forte. Não exagere,

essa quantidade é mais do que suficiente para se aplicar em uma parte da

região corpórea. Por ex.:

a) Tensão pré menstrual: lavanda, rosa e alecrim. Antes de dormir,

fazer massagens regulares, suaves, por alguns minutos, em todo o

abdome, umbigo e em cima do púbis. Se desejar tome um chá de camomila

e durma com uma luz verde acesa.


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b) Indigestão, gastrite: alecrim. Após a refeição, fazer uma

massagem na região estomacal, em sentido horário, com movimentos

suaves, por alguns minutos. Se o problema for recorrente empregar todos

os dias ao acordar. Em poucos dias haverá uma sensível melhora na

digestão. O ideal seria, além disso, tomar um chá de erva-doce, relaxar e

usar a luz verde por alguns minutos.

9.1.2 Receita básica de massagem corpórea

Misture 15 gotas de óleo essencial para cada 30 ml (3 colheres de

sopa) de óleo carreador. Pode-se usar o mesmo óleo essencial ou, se

optado pela sinergia, empregar a proporção 3 + 6 + 6 gotas de cada tipo,

sendo a menor dosagem para o óleo com o odor mais forte. Não exagere,

essa quantidade é mais do que suficiente para se aplicar em todo o corpo.

Por exemplo:

a) Afrodisíaco: esclareia, gerânio e rosa. Fazer massagens regulares,

circulares e suaves, por alguns minutos, em todo o corpo. Ideal para o

casal massagear um ao outro. Depois de terminado, friccionar novamente

as mãos até esquentar e inalar profundamente por três vezes o aroma.

Use velas coloridas (vermelha, laranja, branca) para iluminar o ambiente.

Antes tome um chá de hibisco, adoce com mel e adicione um pitada de

canela em pó.

b) Cansaço: bergamota, gerânio e lavanda. Fazer massagens

regulares, circulares e suaves, por alguns minutos, em todo o corpo. Pode-


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se fazer a qualquer hora, pois se trata de uma sinergia equilibradora.

Depois de terminado, friccionar novamente as mãos até aquecer e inale

profundamente por três vezes. Após a massagem tome um chá de erva

doce adoçado com mel e adicione gotas de limão.

9.2 COMPRESSA

Essa técnica é muito útil para aliviar, acalmar e até acelerar a cura

de inflamação, infecção, contusão, inchaço, virose, machucado, corte e

ferida em geral. Pode ser administrada enquando se assiste à televisão ou

se descansa.

Empregue uma gaze mergulhando-a na solução básica, aperte

levemente para retirar o excesso e aplique no local. Troque a cada 30

minutos, administre por 2 horas no máximo.

Se desejar você pode fazer a técnica da automassagem antes de

usar a compressa, essa combinação irá dimanizar todo o processo de cura.

9.2.1 Receita básica de compressa

Adicione 6 gotas de óleo essencial em meio copo (100ml) de água

fria (para os casos de inflamação, machucado, cotusão, dor de cabeça,

febre, inchaço) ou quente (sugerido para virose, infecção, nevralgia,

reumatismo, dor muscular, cólica, TPM). O óleo essencial de lavanda pode

ser empregado puro e com segurança em cortes, ferimentos, queimaduras.

Ao empregar a água quente para as dores, deve-se cobrir o local e a gaze


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com uma toalha dobrada para manter o aquecimento. Pode-se usar um

único óleo essencial ou, se optado pela singergia, empregar a proporção 2

+ 4 + 4 gotas de cada tipo, sendo a menor dosagem para o óleo com o odor

mais forte. Não exagere, essa quantidade é mais do que suficiente para

se aplicar em uma parte da região corpórea. Por exemplo:

a) Cólica menstrual: após a massagem no baixo abdome, use a

compressa quente com uma receita básica de bergamota, rosa e tea-tree

ou de alecrim, lavanda e rosa.

b) Dor de cabeça: após a massagem na fronte, cabeça e nuca,

empregue a compressa fria com lavanda ou na sua combinação com alecrim

e rosa.

c) Gripe, resfriado: após a massagem no peito e garganta, administre

a compressa quente com lavanda ou sua mistura com alecim e bergamota.

9.3 INALAÇÃO

Esse método pode ser empregado de forma única ou complementar

às anteriores; é mais indicado para os distúrbios do sistema respiratório,

circulatório ou linfático. Excelente para os problemas psicológicos cujo

alívio e bem-estar são quase que imediatos após alguns minutos de

tratamento. Encontramos duas técnicas:

9.3.1 A seco
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Pingar 3 gotas de óleo essencial puro em uma gaze hidrófila, levar à

narina e inalar profundamente o aroma por alguns minutos; além disso, na

hora de dormir, podem ser colocadas 2 gotas no travesseiro. Este

procedimento e mais bem aplicado em casos leves como a insônia

(lavanda), a tensão (bergamota), a sinusite (alecrim), a pressão alta (rosa).

9.3.2 Ao vapor

Misturar 2 gotas de óleo essencial para cada 100 ml (meio copo) de

água e adicioná-lo no compartimento de um vaporizador automático. Pode-

se empregar um único óleo essencial ou uma sinergia.

Se não possui um vaporizador, poderá substituí-lo da seguinte

forma: ferva a água, desligue o fogo, retire o vasilhame, coloque-o na

mesa, acrescente o óleo essencial; cubra sua cabeça e o recipiente com

uma toalha de banho de modo que você possa inalar o vapor. Inspirte

somente pelo nariz até que não sinta mais o aroma. É indicado para casos

mais graves como uma gripe (alecrim ou lavanda), dor de garganta (tea-

tree ou lavanda), depressão (rosa ou bergamota), pode-se, também, fazer

as combinações.

9.4 BANHO

Os banhos são considerados poderosos auxiliares de qualquer

terapia; também podem ser usados tanto no processo psicoemocional

quanto espiritural. O óleo essencial não se dissolve prontamente na água,


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por isso deve-se agitá-la. E, caso empregado em água muito quente, deve

ser usado antes que esfrie, pois as propriedades medicinais se evaporam

rapidamente. Se estiver usando uma banheira e sua pele for muito seca,

adicione um pouco de óleo de abacate ou de amêndoas doces. Existem três

possibilidades:

9.4.1 Banheira

Procedimento indicado para relaxar, acalmar e suavizar tanto as

dores físicas quanto as emocionais, podendo, inclusive, ser empregada

para um momento de afeto e amor. Coloque 21 gotas do óleo essencial

desejado na água ou, se preferir usar a sinergia de três óleos, pingue 3

gotas de cada tipo. Além disso podem ser adicionadas duas colheres

(sopa) de óleo de amêndoas para hidratar a pele. Mexa bem a solução,

faça o banho de imersão, relaxe e sita o aroma sendo exalado pelo vapor

da água quente. Permaneça entre 15 e 30 minutos, no máximo. Se for um

banho de amor, massageiem um ao outro, estimulando-se.

Receitas:

a) Relaxante: esclareia, lavanda, rosa; adicione pétalas de rosas

brancas. Variação: acrescente 7 gotas da fórmula floral da Sinergia de

Meditação10 e acenda velas brancas, azuis e violetas, com ou sem aroma.

10 Sinergia da Meditação: Cerato, Impatiens, Scleranthus, Walnut, White Chestnud.


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Obs: não use incenso enquanto toma banho, pois a fumaça e vapor não

combinam no compo terapêutico, antagonizam-se.

b) Estimulante: alecrim, bergamota, tea-tree; adicione pétalas de

rosas amarelas. Variação: acrescente 7 gotas da fórmula floral da

Sinergia do Sucesso11 e acenda velas amarelas, violetas e laranjas, com ou

sem aroma.

c) Afrodisíaco: gerâncio, bergamota e rosa; adicione pétalas de

rosas vermelhas. Variação: acrescente 7 gotas da fórmula da Sinergia da

Sexualidade12 e acenda velas vermelhas, rosas e laranjas, com ou sem

aromas.

9.4.2 Chuveiro

Indicado para a limpeza da aura e dos chacras, a retirada da energia

negativa e do cansaço do dia. É estimulador do sistema energético,

fornecendo uma sensação de bem-estar e conforto.

Leve um vasilhame de plástico (garrafa, bacia) para o banheiro. Após

o banho habitual, encha-o com a própria água do chuveiro. Feche a

torneira para não desperdiçar água. Adicione 10 gotas de óleo essencial

de lavanda, uma colher (café) de sal de cozinha ou de bicarbonato de

sódio e outra de açúcar. Misture. Banhe todo o corpo. Se desejar pode

jogar aos poucos enquanto se automassageia.

11 Sinergia do Sucesso: Crab Aple, Gentian, Hornbean, Larch, Walnut .

12
Sinergia da Sexualidade: Centaury, Cerato, Crab Apple, Wild Oat, White Chestnut
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Variação: acrescente 7 gotas da fórmula floral da Sinergia

Antimagia. 13

9.4.3 Bacia

Simples e fácil, pode ser efetuado a qualquer hora. Bom para aliviar

um dia de tensão, dores no corpo, cansaço, exaustão. Em uma bacia de

plástico com capacidade de 7 ou 8 litros, coloque 5 litros de água quente,

adicione 10 gotas de óleo essencial de rosas (de desejar relaxar) ou de

gerânio (para estimular) e uma colher de sopa de sal de cozinha ou de

bicarbonato de sódio. Coloque os pés por 15 minutos, movimentando-se de

vez em quando. Retire e deixe-os por mais 10 minutos enrolados em uma

toalha limpa e seca.

Pode ser empregado como um banho de assento tanto para a

higienização, quanto nos casos de coceiras e pruridos na região urogenital.

Use uma mistura de 8 gotas de tea-tree com 8 de lavanda.

9.5 CHACRAS

Os óleos essenciais fornecerão bons resultados quando aplicados nos

chacras, tanto em sua forma terapêutica quanto espiritual. Igualmente

são de grande valia caso seja encontrada alguma contraindicação na

13
Sinergia Antimagia: Centaury, Chestnut Bud, Clematis, Crab Apple, Walnut
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aplicação da cromoterapia. Sob um aspecto geral podemos empregar o

mesmo óleo em todos os centros de energia, a combinação sugerida no

repertório ou, ainda, um tipo de aroma para cada chacra (Tabela 1) ou

cada resultado esperado (Tabela 2). Porém, quando tratamos os chacras

com a aromaterapia tempos de estar relaxados.

Assim, antes de entrar um estado alfa, aplique uma mistura de 2

gotas de óleo essencial diluídas em meia colher (café) de óleo de

amêndoas doces ou de semente de uva. Coloque a mistura entre os dedos

e massageie em forma circular, no sentido horário, a região do chacra.

Use uma técnica de meditação direcionada ou criativa. Se for aplicar

em outra pessoa pode fazê-lo após o primeiro passo da meditação, quando

a pessoa já estiver relaxada, mas a cada aplicação avise serenamente o

que irá executar antes de passar o óloe essencial no corpo da pessoal.

TABELA 1

Resultado do trabalho dos principais óleos essenciais em cada

chacra
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TABELA 2

Emoção trabalhada com o uso dos principais óleos essenciais em

cada chacra

9.6 AMBIENTE

Os desinfetantes vendidos em supermercados são a derivação

industrial de antigas fórmulas da medicina natural com esses mesmos

óleos. Por isso podemos empregar os óleos essenciais com uma boa

alternativa aos produtos químicos para eliminar germes, vírus e bactérias.

Assim também garantimos a higiene doméstica e a prevenção de doenças

no lar. Vejamos:

a) Cozinha, banheiro: após a limpeza habitual passe um pano molhado

com uma solução de meio litro de água morna com uma singergia de 3
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gotas de óleo essencial de tea-tree, 3 de bergamota e 3 de lavanda. Pode

ser substituída por limão, eucalipto e gerânio ou todas em combinação.

Essa fórmula desinfetará o chão com as propriedades antissépticas e

germicidas do óleo essencial.

b) Quarto, sala: a mesma fórmula e aplicação anterior, no entanto,

para dar um aroma diferenciado em cada ambiente, substituímos a

bergamota pelo ilangue-ilangue ou rosa, que também possuem

propriedades antissépticas e bactericidas. Esses criarão um ambiente

propício à harmonia, à paz e ao amor, além de dar um toque agradável e

floral ao ambiente.

c) Roupas em geral: adicione 10 gotas de lavanda em um litro de água

morna, agite e junte essa mistura ao último enxague da roupa ou com o

amaciante de roupas. Além de desinfetar, deixará um aroma muito

agradável. Pode ser substituído pelo óleo essencial de limão, gerânio,

rosas ou combinados.

d) Animais: para se livrar das pulgas, carrapatos, ácaros, bactérias,

germes ou até prevenir-se deles escove (duas vezes por semana) seu

animal com uma combinação de 6 gotas de lavanda, 6 de tea-tree e 6 de

gerânio em meio copo (100 ml) de água quente. Umedeça as cerdas da

escova na solução e passe em todo o corpo. Se o animal não tiver pelagem,

pode-se fazer o processo com um pano umedecido com a mistura. A

receita é para animais de pequeno porte, caso seja um cavalo ou um cabra,

quadruplique, no mínimo, a solução.


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9.6.1 Aromatizador ambiental

Essa técnica melhra a qualidade do ambiente e o ar que respiramos,

previnndo ou eliminando os germes, bactérias e até removendo odores

desagradáveis. Além da profilaxia, as pessoas poderão desfrutar, por

intermédio do armo, do equilíbrio do estado emocional.

Existem no mercado vários tipos de aromatizadores, geralmente

feito em cerâmica com a forma de pequenos vasos, nos quais se coloca o

óleo essencial e embaixo acende uma pequena vela. À medida em que a

chama aquece a vasilha, o aroma é distribuído pelo ambiente, agindo

dentro de suas qualidades purificadoras ou emocionais.

Para garantir que os vapores se espalhem por todo o ambiente,

sejam agradáveis e durem por mais tempo, faça a seguinte fórmula: 3

gotas de óleo essencial por colher (sopa) de água; reabasteça sempre na

mesma proporção. Também existe um anel canelado que é encaixado em

cima da lâmpada do abajur. Neste caso a colocação da essência deve ser

feita antes de se acender a luz e não deve ser misturada água.

Vejamos algumas fórmulas especiais:

a) Festivo: para festas em geral, misture 2 gotas de bergamota, 2

de lavanda e 2 de tangerina em 4 colheres (sopa) de água; reabasteça

para não deixar queimar o fundo da vasilha. Se for uma reunião de amigos,

2 gotas de rosas e 2 de esclaréia em 4 colheres de água. Festa para

solteiros, 2 de gerânio, 2 de rosas e 2 de canela em 3 colheres (sopa) de


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água. Festa para crianças, 2 de lavanda, 2 de bergamota e 2 de rosas em 5

colheres (sopa) de água.

b) Tranquilizante: para destados depressivos, empregue o

aromatizador ao lado da cama com 2 gotas de lavanda, 2 de rosa e 2 de

bergamota em 2 colheres (sopa) de água. Para acalmar a ansiedade: 2

gotas de lavanda e 2 de rosas em 2 colheres (sopa) de água. Para eliminar

a insônia e ter bons sonhos: 5 gotas de lavanda em 2 colheres (sopa) de

água.

c) Purificante: para desinfetar o ambiente de bactérias e vírus, use

no quarto da pessoa doente a seguinte fórmula: 5 gotas de lavanda, 2 de

alecrim e 3 de tea-tree em 2 colheres (sopa) de água. Se desejar usar

apenas um óleo, misture 10 gotas em 2 colheres (sopa) de água. Essa

combinação, ou um dos óleos sugeridos em separado, é ótima para gripe,

resfriado, sinusite, enxaqueca, dores em geral.

9.7 VELAS

Um dos aspectos mais fascinantes da cromoterapia e da

aromaterapia é o uso de velas, uma vez que o mistério que envolve a chama

deixa a todos com uma aura de bem-estar. Ela fornece, por intermédio da

psique, a sensação de aconchego, de paz interior, de alegria, conseguindo

estimular a contemplação, o relaxamento e a sociabilidade.


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A união da cor com o aroma estimulará um poder místico que se

espalhará por todo o ambiente. E, por ser mais simples e cômodo, é

possível substituir os aromatizadores ou vaporizadores mantendo os

mesmos efeitos. Vejamos as combinações mais importantes:

a) A vela amarela, laranja, verde-limão ao abóbora com aroma cítrico

ou refrescante, tais como laranja, limão, citronela, bergamota, tangerina,

hortelã ou eucalipto irá estimular a alegria do ambiente, fazer com que as

pessoas troquem informações e idéias, seduzam, dancem, brinquem e

sintam-se revigoradas.

b) A vela vermelha, rosa, carmim, magenta, vinho, marrom ou

dourado com aroma floral adocicado ou picante, tais como, rosa, jasmim,

angélica, ilangue-ilangue, gerânio, néroli, erva-doce, cravo ou canela irá

estimular o amor, o afeto, o aconchego, a sedução, a troca de carinho e a

sexualidade. Essas velas são ideais para o banho afrodisíaco e uma noite

muito especial.

c) A vela índigo, anil, lilás, roxa, prata, cinza ou branca com aroma

floral suave, amadeirado ou herbáceo, tais como a lavanda, benjoim,

camomila, cedro, sândalo, mirra, manjericão ou melissa irá promover a paz

interior e a calma, fará com que todos se sintam relaxados e tranquilos,

quietos.

9.8 ESTÉTICA
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Além das propriedades medicinais e terapêuticas, os óleos

essenciais têm sido largamente usados na cosmética moderna, pois

resultados de equilíbrio, regeneração e rejuvenescimento celular são

apresentados na maioria deles. Possuem como característica principal a

remoção de células mortas, a drenagem de líquidos, o balanceamento da

oleosidade da pele e do couro cabeludo, o auxílio na cura de inflamações,

como celulite e acne. Os óleos essenciais podem ser preparados

individualmente por intermédio de carregadores ou, simplesmente,

acrescentados a um produto de sua preferência (hidratante, loção, creme,

xampu, condicionador, etc.).

Em todos os processos de mistura deve-se respeitar a proporção de

1% para os produtos faciais, 2% para o uso do corpo inteiro e 4% para os

localizados (cabelo, abdome, nádegas, etc). Ou seja, em uma loção ou

creme facial de 100ml, necessitamos acrescentar 1 ml de óleo essencial

(25 gotas), em um hidratante corporal ou um xampu de 100 ml devemos

adicionar 2 ml (50 gotas) , em um redutor de celulite com 100 ml devemos

adicionar 4 ml (100 gotas).

Orienta-se que se houver uma variação de até 3 gotas (para mais ou

para menos) não acarretará prejuízo algum na fórmula, no entanto, para

melhor eficácia, não devemos ultrapassar os valores explicitados.

Se o produto estiver acomodado em um frasco, deverá ser agitado

várias vezes após a inclusão do óleo essencial. Caso esteja em potes e


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similares, deve-se misturar delicadamente o conteúdo com uma espátula

de plástico.

Os óleos essenciais podem ser empregados sozinhos ou em sinergia

e, neste caso, aconselha-se a usar no máximo três tipos diferentes, como

já mencionado. Vejamos o resumo das características na cosmética dos

óleos descritos no repertório aromático14:

a) Pele do rosto ou do corpo

Normal: esclareia, gerânio, lavanda

Seca: alecrim, esclareia, rosa

Oleosa: bergamota, esclareia, gerânio, lavanda.

Sensível: lavanda, rosa

Acne: lavanda, tea-tree

Celulite: alecrim, bergamota, gerânio

Estrias: alecrim, gerânio

Anti-idade: rosa

Pés: gerânio, tea-tree

b) Cabelos

Normais: lavanda

Secos: rosa, esclareia

Oleosos: alecrim, lavanda, tea-tree

14
Vide apostila Repertório Aromático
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Queda: alecrim, lavanda, tea-tree

Crescimento: esclareia, gerânio

Caspa: alecrim, esclareia, tea-tree

Piolho: gerânio, tea-tree

9.8.1 Principais propriedades medicinais para a pele, corpo ou

cabelo de outros óleos essenciais:

Benjoim: trata pele ressecada, seca ou ferida

Bétula: combate caspa, psoríase, celulite, gordura localizada

Camomila romana: bom para pele sensível, ferida, acne, psoríase

Canela: tonificador, antiverruga

Campim-limão: eficaz para pele oleosa, acne, limpeza

Cedro: combate acne, sarna, seborreia, caspa, alopecia

Cipreste: trata pela madura, sudorese, celulite

Erva-doce: tonificador, regenerador, antirrugas

Eucalipto: bem para pele congestionada, celulite, erupção

Gengibre: descongestionante, antirrugas

Hissopo: renovador, regenerador celular

Hortelã-pimenta: combate caspa, cravo, sarna, cabelo oleoso

Ilangue-ilangue: bom para pele seca e oleosa, eficaz tônico capilar

Jasmim: alivia pele seca, rugas de expressão

Junípero: trata pele oleosa, acne, celulite, psoríase, seborreia

Laranja: bom para pele seca, rugas, dermatite, toxinas linfáticas


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Limão: removedor de células mortas, calo e verrugas

Louro: anticaspa, tônico e crescimento capilar, antissinais

Mandarina: alivia marcas de expressão, sinais

Manjericão: bom para pele cansada ou maltratada, acne

Melissa: eficaz para cabelo oleoso, calvície

Mirra: bom contra pele sensível e rachada, degeneração, estrias

Olíbano: combate pele cansada, rugas, espinhas

Pau-rosa: bom para pele sensível, rugas, sinais

Salvia: trata poros dilatados, cabelo opaco, psoríase

Sândalo: combate pele desidratada e envelhecida, rugas, acne

Tangerina: tônico celular, antissinais, antirrugas

Tomilho: tônico capilar, contra caspa e queda de cabelo.

Vale lembrar que nada impede que se empregue outros óleos com

efeito similar. Por ex., em casos de celulite ou gordura localizada pode-se

fazer uma sinergia de junípero, laranja e bétula em um carreador (óleo de

semente de uva). Para cabelos oleosos seria aconselhável adicionar ao

xampu de sua preferência a seguinte sinergia: alecrim, lavanda e junípero.

Caso encontre caspa, substitua o junípero pelo louro ou cedro. Se a pessoa

tiver pele enrugada ou ressecada, recomenda-se adicionar ao creme

hidratante uma sinergia de rosa, gengibre e sândalo. Em todas as

combinações devemos nos valer das devidas proporções ensinadas.


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10. CUIDADOS ESPECIAIS


As formas mais seguras de se empregar os óleos são a massagem, o

banho, a inalação ou a meditação, no entanto, as restrições para tais

utilidades devem ser rigorosamente observadas. Outra preucação

importante deve-se à ingestão do produto, que mesmo em doses

baixíssimas, somente podem ser administradas com a recomendação

médica.

Restrições:

1. É contraindicado o uso do óleo essencial de arruda, Artemísia,

louro e poejo por serem altamente tóxicos, soníferos, diuréticos e

emenagogos; somente pessoas habilitadas podem emprega-los com

segurança.

2. Não usar durante toda a gravidez os óleos do ítem anterior. Nos

primeiros 5 meses não usar alecrim, angélica, camomila, canela, cipreste,

erva-cidreira, erva-doce, gerânio, jasmim, junípero, lavanda, manjericão,

manjerona, rosa, sálvia, tomilho, uma vez que são emenagogos e diuréticos.

3. Alguns óleos são fotossensíveis e, após a aplicação, deve ser

evitado o contato com raios solares ou alguma fonte de luzultravioleta:

angélica, bergamota, lima, limão, laranja, tangerina – pode ocorrer

queimadura, mancha, irritação.


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4. Por causa de efeitos adversos, somente profissionais habilitados

deveriam usar os seguintes óleos essenciais: anis, Artemísia, canela,

cânfora, campim-limão, cravo, estragão, louro, salvia, tomilho.

5. Não ingira óleo essencial sem consultar um médico, mesmo os chás

ou sucos que são sugeridos em alguns livros ou revistas do gênero. Eles

devem ser prescritos por homeopatas, herboristas, médicos ou um

aromaterapeuta profissional. Contudo, são raras as contraindicações para

massagens, inalação e aplicação na pele e nos chacras; esses

procedimentos podem ser adotados por qualquer pessoa.

6. Não empregue os óleos essenciais, em sua forma pura, na área

ocular; se cair nos olhos, cílios ou pálpebras passe, imediatamente, com o

auxílio de um chumaço de algodão, qualquer óleo vegetal descrito no

capítulo 2, podendo se até o óleo de soja, milho ou canola por ex. Isso

ajudará a acalmar a irritação. Não use água.

7. Havendo desconforto, irritação, coceira ou vemilhidão logo após a

aplicação de qualquer tipo de óleo essencial, em qualquer região do corpo,

siga as instruções do ítem anterior. As pessoas podem ser alérgicas ou

reagir diferentemente a cada tipo de óleo.

8. Não empregue os seguintes óleos em crianças com menos de 7

anos: alecrim, cânfora, cedro, eucalipto, manjericão, sálvida. Conserve

todos os óleos longe delas.

9. Guarde os frascos bem fechados e em local escuro para uma boa

preservação. Os carreadores duram, em média, se 6 meses a 1 ano e os


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óleos essenciais, por serem antioxidantes, se preservam por mais tempo,

entre 2 e 5 anos. Observe sempre a data de validade no rótulo do

produto.

11. GLOSSÁRIO DOS USOS TERAPÊUTICOS

DOS ÓLEOS ESSENCIAIS


Analgésico: reduz a sensação de dor

Antibiótico/bactericida: evita o desenvolvimento das bactérias

Anti-esclerotico: evita o enrijecimento das células e dos tecidos

Antiespasmodico: evita ou alivia espasmos, convulsões ou contrações

Antifungo: impede o desenvolvimento dos fungos

Anti-infeccioso: evita que a infecção se desenvolva

Antiparasita: atua contra os insetos parasitas

Anti-séptico: destrói micróbios e previne seu aparecimento

Anti-sudorifico: evita a transpiração

Antitérmico: age contra a febre

Antitosse: alivia a tosse

Antivírus: evita o desenvolvimento dos vírus

Balsâmico: melhora a dor de garganta, a tosse, etc.

Calmante: sedativo, agente calmante

Carminativo: alivia a flatulência, a dor e o inchaço abdominais


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Cicatrizante: promove a formação de tecido cicatrizante, e com isso

a cura

Depurativo: purificador, desintoxicante, purifica o sangue e os

órgãos internos

Diurético: promove a eliminação, pela urina, do excesso de água

retido no corpo

Emoliente: suaviza a pele

Estimulante: aumenta o funcionamento geral do corpo

Expectorante: promove a saída do catarro que está no corpo

Hepático: atua sobre o fígado

Imuno-estimulante: estimula a ação do sistema imunológico

Mucolítico: acaba com o catarro

Nervino: atua sobre os nervos, alivia os distúrbios nervosos

Peitoral: benéfico para as doenças ou problemas do peito e do

sistema respiratório

Sedativo: reduz a excitação mental ou a atividade física

Tônico estomacal: bom para o estomago, tônico gástrico: ajuda a

digestão

Tônico: revigora, refresca e restaura

Vermífugo: expele os vermes intestinais


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12. MATERIAL COMPLEMENTAR

12.1 CAPINS CIDREIRA, LIMÃO, PALMAROSA,

CITRONELA E GENGIBRE

CAPIM CIDREIRA E CAPIM LIMÃO

Dentre os diferentes tipos de capins e gramas, falaremos sobre

aqueles pertencentes ao gênero Cymbopogon, que possui

aproximadamente 56 espécies aromáticas e que ocorrem nas regiões

tropicais e temperadas da Eurásia. Algumas destas espécies merecem

atenção especial devido ao seu grande uso dentro da medicina popular e

para extração de óleo essencial com as mais diferentes finalidades como

uso terapêutico, cosmético e perfumaria.

Entre estes nós destacamos o capim limão, capim cidreira, citronela,

palmarosa, jamrosa e capim gengibre. Todos os capins são plantas

perenes, de aspecto muito parecido o que às vezes até dificulta sua

identificação sem um contato direto com suas folhas para sentir-se seu

aroma. Normalmente formam touceiras como as de cana, mas em escala

menor. no verão, aparecem insignificantes panículas em espigas nas

plantas silvestres, entretanto raramente nas de cultivo. A maior parte

dos capins são originários das savanas da Índia meridional, da China,

Filipinas, Sri Lanka e da Guatemala.


AROMATERAPIA PARA INICIANTES

Do capim limão (lemongrass) existem duas subspécies, com óleos

essenciais diferentes. A primeira delas, de nome científico Cymbopogon

flexuosus é conhecida como capim limão da índia oriental e seria o capim

limão do qual tratam os livros de aromaterapia internacionais (às vezes é

erroneamente chamado de citronela ou confundido com a mesma). O

segundo, o Cymbopogon citratus, é muito conhecido aqui no Brasil como

capim cidreira, erva-cidreira ou capim santo (no exterior é denominado de

capim limão da guatemala). São plantas diferentes e no Brasil só existe a

segunda, o C. citratus. A diferença básica entre as duas plantas fica na

composição química de seus óleos essenciais. Ambos possuem um alto teor

de citral, um componente que lhes dá um certo cheiro de limão, daí o

nome, porém o capim cidreira possuirá também mirceno, o que lhe confere

outras propriedades.

O capim limão (Cymbopogon flexuosus) possui um teor de citral

superior a 85% em seu óleo essencial, enquanto o

capim cidreira (Cymbopogon citratus) de 65-85%.

Dentro da cultura popular estas plantas são indicadas

como calmantes, sedativas, em problemas

gastrointestinais, como repelente de insetos,

galactagogos, em casos de febre e até dor de cabeça.

Algumas pesquisas científicas já feitas com o óleo essencial da

planta possibilitaram se confirmar certas indicações e desmentir outras.


AROMATERAPIA PARA INICIANTES

Ambas as plantas prezam pela reputação de serem calmantes

segundo a medicina popular, porém pesquisas feitas na Universidade

Federal Fluminense de Niterói e Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

mostraram que em testes realizados com cobaias, o chá de capim cidreira

não possui qualquer efeito calmante do sistema nervoso central. O que

pode acontecer é que o óleo de capim cidreira possui ação vasodilatadora,

podendo abaixar a pressão sanguínea, e isso acabar sendo confundido com

a sensação de relaxamento. Outra

possibilidade é que por conter bem mais

mirceno do que o capim limão, o capim

cidreira poderia exercer uma ação

analgésica local pois outras pesquisas

demonstraram que o mirceno possui

propriedades sedativas do sistema nervoso periférico e apresenta

resultado mais eficaz neste sentido quando inalado, usado localmente ou

quando injetado diretamente na corrente sanguínea. Devido a isso o capim

cidreira é um bom óleo para empregar-se em massagens para tratar de

dores musculares e localizadas, pois ajuda a diminuir a dor, tratando

também de processos inflamatórios.

O efeito calmante e antidepressivo do chá de capim cidreira talvez

tenha sido atribuído a ele devido à confusão que se faz aqui no Brasil

entre as plantas com o nome erva-cidreira, pois em outros países ele não é

considerado calmante. Existem três plantas com este nome sendo que
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somente esta é um tipo de grama. As outras duas são a melissa (Melissa

officinalis) e dá de forma rasteira de maneira muito semelhante à hortelã

e a outra é a verbena brasileira (Lippia geminata).

Outra propriedade muito importante já estudada com o capim

cidreira e capim limão são suas propriedades fungicidas que podem ser

aproveitadas na conservação de alimentos estocados e no tratamento de

micoses e alergias (fungos são os maiores causadores de alergias de pele

e respiratória). Uma pesquisa feita com o capim cidreira constatou uma

grande eficácia contra Aspergillus flavus, um

fungo comum de se formar em alimentos

estocados em galpões e responsável pela sua

rápida deteriorização. A ação do óleo persistiu

por um espaço de 7 meses de estocagem e a

introdução de altas doses de fungos nas

amostras. Seu uso em aromatizadores é útil para matar fungos dispersos

no ar como aspergillus fumigatus, Rhizopus oryzae, Fusarium solani, etc.

Propriedades antibacterianas no óleo mostram-se muito úteis no

tratamento de uma série de microorganismos como Staphylococcus

aureus, Enterococcus faecalis, Candida albicans, Salmonela entérica,

Aeromonas veronii, Pseudomonas aeruginosa, etc. Pela existência de

farnesol nos óleos de capins, eles passam a adquirir uma ação

bacteriostática, ou seja, inibem a multiplicação das bactérias e isso


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explica seu resultado como desodorante, desinfetante e contra

bromidrose (chulé).

Outros empregos do capim cidreira seria no tratamento de acne,

como estimulante da circulação, em massagens anti-celulite, problemas de

má digestão e gases. Observamos que um chá bem concentrado de capim

cidreira é muito útil para acabar com os sintomas da gripes, o que nos leva

a suspeitar também de uma propriedade inibitória de vírus.

PALMAROSA

Uma outra planta da família dos capins é a palmarosa (Cymbopogon

martinii var, motia), que por possuir geraniol em seu óleo possuirá um

aroma que lembra o do gerânio ou da rosa. A palmarosa é muito empregada

no tratamento da pele, pois ajuda a tratar de acne, inflamações, age como

rejuvenecedora e citofilática e por isso é muito usada dentro da

cosmética. Um óleo muito parecido com a palmarosa é a jamrosa

(Cymbopogon jawarancusa), muito comum na Índia, mas ainda pouco

conhecida no ocidente. A jamrosa possui um aroma e composição química

similar à da palmarosa e por isso pode substituí-la em seus usos.

GENGIBRE

O capim gengibre (Cymbogon martinii var. sofia), um parente

próximo da palmarosa, possui aroma totalmente diferente e de um tom


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mais rústico. Possui propriedades parecidas com as do capim limão e age

como um bom analgésico muscular (tensão e dores).

CITRONELA

Existe também a citronela, muito conhecida por suas propriedades

repelentes de insetos. Existem duas espécies de citronela conforme

região de procedência. Seus óleos essenciais são parecidos em aroma e

possuem as mesmas indicações, ficando a diferença no teor de citronelal

do óleo. Ambas originaram-se de uma espécie selvagem, a Cymbopogon

confertiflorus. Uma é a citronela do Ceilão (Cymbopogon nardus)e a outra

é a citronela de Java (Cymbopogon winterianus). A última é que possui

mais citronelal, o princípio ativo responsável pelo potencial repelente da

planta. Este é um óleo muito bom para ser empregado em inflamações

articulares, reumatismo e até contra LER já mostrou algum resultado.

O óleo de citronela associado a 5% de vanilina numa pesquisa

laboratorial repeliu três espécies de mosquitos (Aedes aegypti, Culex

quin-quefasciatus e os Anopheles) por mais de 8 horas. Foram eficazes

contra o A. aegypti, mosquito causador da dengue, velas de citronela com

3% de óleo essencial e incensos a 5%. Coleiras com citronela também têm

se mostrado muito úteis para afastar pulgas, carrapatos e mosquitos de

cachorros.

Um dos usos que poderíamos generalizar para os capins é como

antissépticos para lavar pias de cozinha, tábuas de carne e ainda algumas


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gotas na água onde legumes e frutas são deixados por alguns minutos para

matar vermes e bactérias.

Um efeito tão bom quanto o cloro e menos prejudicial à saúde.

Apesar de todas estas boas indicações e dos óleos de capins serem

óleos relativamente seguros, especialmente o capim limão e cidreira

devem ser evitados por homens com problemas de próstata como

hiperplasia, pois o citral, presente no óleo, pode ocasionar um aumento da

dilatação prostática, complicando ainda mais o problema.

Porém, homens sem problemas de próstata podem usá-lo

seguramente.

Também em pesquisas notou-se que o uso prolongado (acima de 15

dias) do óleo puro ou altamente concentrado sobre a pele pode ocasionar

um estado de hiperplasia das glândulas sebáceas, o que pode desencadear

problemas de pele. Em observações constatou-se que este efeito

(ocasionado pelo citral existente no óleo) está relacionado a um aumento

no nível de testosterona. A hiperplasia das glândulas sebáceas está

relacionada diretamente a uma atividade andrógena afetada pela

testosterona.
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12.2 O EMPREGO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS NA

COSMÉTICA E ESTÉTICA TERAPÊUTICA

PELE

Para cuidar da pele, não necessitamos de centenas de produtos,

apenas de alguns que funcionem de verdade, incluindo um produto para

limpeza, um tônico, um hidratante, uma máscara e um creme ou óleo para

massagem. O processo de preparar cosméticos é tão simples como

cozinhar e, além de não ser caro, permite a você selecionar óleos

essenciais com os aromas que aprecia associado às propriedades

terapêuticas de cada uma e os ingredientes indicados para cada tipo de

pele. Assim como os alimentos, os produtos para cuidar da pele devem ser

preparados com muita higiene. Mantidos na geladeira, podem durar até um

mês.

Antes de mais nada, é importante conhecer seu tipo de pele para

selecionar os melhores produtos para empregar sobre ela. Cada tipo de

pele possui uma característica própria e não é recomendável utilizar-se

por exemplo, produtos oleosos em peles oleosas e acnéicas, pois podem

piorar ainda mais seu estado. Porém, em peles secas, eles são altamente

recomendáveis pois ajudam a hidratar a pele. Saiba quais os tipos de óleos

carreadores para cada tipo de pele na nossa sessão de óleos carreadores.

Tipos de Pele
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Pele normal (eudérmica)

Aspecto: Possui superfície lisa, aveludada, sem manchas e elástica,

umidade e brilho natural, sedosa, não descama, ausência de cravos. Sem

óstios (poros) dilatados, sem rugas ou linhas profundas.

Cuidados: Higienização correta, e proteção contra fatores

ambientais. Qualquer tipo de óleo essencial recomendado para os outros

tipos de pele pode ser empregado, assim como óleo carreador conforme a

necessidade.

Pele seca (alípica)

Aspecto: Geralmente é fina e sem brilho, um pouco áspera,

farinácea com pequenas escamações formadas por células mortas, com

rugas precoces e pouco elástica.

Cuidados: Para prevenir o envelhecimento prematuro e a

desidratação, use cremes e óleos emolientes feitos com óleos

carreadores de jojoba, abacate e amêndoas doces. A pele seca responde

bem aos óleos essenciais que proporcionam a renovação da pele e a

reposição de sua umidade perdida, entre os quais estão benjoim, olíbano,

jasmim, lavanda, xantoxilum, rosa, sândalo, sálvia esclaréia, petitgrains,

ylang ylang completo, davana, mirto (murta), pau rosa, pachouli, cedro do

Atlas e Himalaia, gurjam, copaíba, ervadoce, funcho e anis-estrelado. Os

óleos carreadores de oliva, amêndoas doces, abacate e germe de trigo são

muito úteis.
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Pele oleosa (lipídica)

Aspecto: Tende a parecer pálida e oleosa, e tem textura mais

grossa. Possui oleosidade excessiva, com brilho úmido, poucas rugas mais

profundas, óstios (poros) dilatados, obstruídos e com pontos pretos

(cravos), dificuldade em manter a maquilagem. Resistente às variações

climáticas.

Cuidados: Mantenha a pele oleosa meticulosamente limpa: hidrate-a

apenas quando estiver seca, evitando nariz e queixo. Use óleos e cremes à

base de girassol, sementes de uva, ou canola, contendo óleos essenciais

como gerânio, bergamota, lavanda, alecrim ou, limão, laranja, cipreste,

grapefruit, lima, pinheiro silvestre, tangerina e madarina, por ajudarem a

diminuir o excesso de oleosidade da pele e serem anti-sépticos. Ter uma

alimentação menos gordurosa costuma auxiliar em muito este tipo de

pele.

Pele mista

Aspecto: Caracteriza-se por áreas secas ao redor das maçãs do

rosto, pescoço, olhos, e um "T" oleoso que abrange a testa, nariz e queixo.

É opaca nas laterais, descama no frio e costuma ter a presença de cravos.

Cuidado: Equilibre os dois tipos de pele hidratando as áreas secas e

mantendo as oleosas muito limpas.


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Acne

Causas: A acne (ou espinha) é causada por glândulas sebáceas

hiperativas. O óleo acumulado bloqueia os folículos produzindo cravos, e

os organismos que habitam o sebo se transformam em ácidos, provocando

as espinhas.

Cuidado: O melhor óleo para tratamento de espinhas é o óleo de tea

tree. Outros também muito bons são manuka, kanuka e limão.

RECEITAS

ESFOLIANTE NATURAL

Têm a função de limpar a pele de células mortas, remover a sujeira

diária sem retirar a oleosidade natural. Os grãos de limpeza têm efeito

esfoliante e devem ser usados uma ou duas vezes por semana no lugar do

sabonete. Use farelo de aveia para um abrasivo suave e aveia em flocos

para um abrasivo mais forte.


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Grãos de Limpeza de Mel e Aveia

Óleos essenciais

12 gotas (óleo de laranja ou limão e gerânio funcionam bem)

Base

1 xícara de farelo de aveia, fina ou média;

½ xícaa de amêndoas moídas;

10ml de óleo de amêndoas doces;

1 colher de sopa de mel

Modo de Fazer:

1 – Ponha a aveia e as amêndoas em uma tigela. Reserve. Em um a

outra tigela, misture os óleos e o mel.

2 – Adicione a mistura aos ingredientes secos, misturando bem

todos os ingredientes. Transfira para um vidro esterilizado. Para usar,

umedeça uma colher de grãos com um pouco de água de rosas e esfregue

levemente sobre o rosto.

Depois lave.

TÔNICOS

Os tônicos para pele e as loções pós-barba, feitos pela infusão de

óleos essenciais em água destilada, deixam a pele fresca, limpa e

revigorada.
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Tônico Básico

Óleos essenciais

25 gotas (escolha até 4 óleos, tea tree, cipreste, alecrim e mirto

são bons).

Base

100ml de água destilada ou água de flores (hidrossóis) – pode ser

rosa, camomila, alecrim, etc.

Modo de Fazer:

1 – Em um vidro escuro, grande e esterilizado, adicione o óleo

essencial à água e deixe por um mês, agitando freqüentemente.

2 – Passe-o por um filtro de papel, despejando-o em uma grande

tigela. Agite.

Água de Mel

Óleos essenciais

5 gotas (rosa, pau rosa, gerânio, ylang ylang são bons).

Base

10ml de vodka
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¼ colher de chá de mel

80 ml de água de flor de laranjeira

Modo de Fazer:

Misture a vodca, o mel e os óleos e ponha uma garrafa pequena,

escura e esterilizada. Deixe descansar por 10 dias, agitando de vez em

quando. Dilua na água.

CREMES

Feito de óleos, ceras e água, os cremes mantêm a pele flexível

enquanto a protegem dos elementos. Selecione os cremes baseando-se em

seu tipo de pele e preferência.

Creme de Cera de Abelha

Óleo essencial

4-6 gotas

Base

7g de cera de abelha

60ml de óleo de amêndoas doces

30ml de água de flores (hidrossóis) ou de água destilada.

Modo de Fazer:
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12.3 O EMPREGO DOS ÓLEOS ESSENCIAS NA

CULINÁRIA

DOCES E SUCOS

Suco de abacaxi c/ óleo de hortelã - 1 gota de hortelã pimenta em 1

litro de suco de abacaxi. Seu suco de abacaxi ficará com um gostinho de

menta.

Óleo de casca de canela ou cássia em doces e pães dá um sabor

especial. 1-2 gotas costumam ser suficientes. O mesmo é válido para o

cavo da índia no arroz doce.

Laranja, tangerina e limão são excelentes em bolos e tortas,

adicionando um sabor especial. Pode-se empregar de 5-8 gotas na receita

do bolo. Os mesmos óleos em sucos de frutas dão um sabor extra aos


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mesmos, e se utiliza 1-5 gotas conforme a quantidade (1 copo a 1 litro

respectivamente).

TEMPEROS

Os melhores óleos essenciais para serem empregados como tempero

são os óleos de turmérico (açafrão da índia), cominho negro II (extraído

por prensagem), hissopo, alho e gengibre (melhor o extraído por CO2).

Não recomendamos o orégano por ser muito forte, igualmente o tomilho e

o manjericão.

Duas a cinco gotas de cominho negro numa sopa lhe dão um sabor

inigualável. Além do mais é um bom óleo para problemas de gases, prisão

de ventre e putrefação intestinal.


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O turmérico é muito agradável em recheios de pastéis e salgados,

sopas e arroz a grelha. 2 a 4 gotas costumam ser suficientes. É um bom

óleo inclusive para problemas articulares, gases e má digestão.

O alho, além de dar maior sabor aos alimentos (2-5 gotas), também

auxilia no combate ao colesterol alto e entupimento das veias e artérias. É

um antibiótico natural.

Gengibre em sopas e pastas para pães é igualmente apetitoso e dá

um sabor a mais aos mesmos. A proporção é de 2-4 gotas

aproximadamente.

O hissopo é adequado para carnes, peixes e sopas de verduras.

Porém 1 gota costuma ser suficiente, ou a sua adição ao azeite que será

utilizado para dar sabor.

Recomendamos que você adicione os óleos aos poucos e vá

experimentando até estar ao seu paladar. Não coloque-os no início do

preparo dos alimentos que vão ao fogo, pois senão ao final da fervura todo

o óleo terá evaporado. Adicione mais ao final da preparação dos alimentos

e mantenha a panela tampada.

12.4 O EMPREGO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS NA CASA

Muitos óleos podem ser empregados para aromatizar a casa e uma

forma agradável é na forma de potpourris. Você mesmo pode fazê-los

comprando ervas, sementes e flores secas em algum mercado


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especializado em produtos para artesanato. Potpourris de casca de canela

e cravo podem ter seu aroma intensificado com a adição de algumas gotas

dos óleos destas respectivas plantas.

Saquinhos de pano

Saquinhos de pano (como sachês) de ervas secas podem ter seus

aromas intensificados e são excelentes para perfumar as roupas no

guarda-roupa, quarto e banheiros. Mulheres havaianas costumam colocar

pétalas de ylang ylang secas em suas roupas íntimas pois seu intenso

perfume desperta sua sensualidade inata e atrai mais seus maridos. Nós

não temos a flor de ylang ylang no Brasil, mas é possível fazer o mesmo

adicionando algumas gotas de seu óleo essencial em saquinhos de ervas e

depois colocando-os no guarda-roupa. Cabides envoltos em panos

perfumados com óleos essenciais são outra alternativa para aromatizar as

roupas.

Outros

O emprego de citronela e limão (1/1) na cozinha para desinfetar

pias, tábuas de cortar carne, e panelas, além de ter um perfume de lima

especial, mata uma série de bactérias e outros microorganismos

patogênicos. Você pode adicionar 5ml de cada em ½ litro de álcool etílico

ou de cereais, mais 1/2 litro de água filtrada. Depois é só colocar num

borrifador e utilizar na sua cozinha.


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Uma boa receita de pasta dental natural pode ser feito da

seguinte forma:

Uma colher de chá de cera de abelhas, 1/2 colher de óleo vegetal

(girassol, caroço de damasco, etc), 10 gotas de óleo essencial de

preferência. Se quiser pode ser adicionado meia colher de sopa de

manteiga de cacau. Os melhores óleos essenciais para serem empregados

nesta mistura são:

Cáries e dores de dentes: Cravo da índia.

Como antisépticos: Louro, tea tree, manuka, kanuka, hissopo, salvia

triloba, canela casca, milefólio, angélica.

Para gengivas sangrando ou inflamadas: Sálvia triloba, sálvia

esclaréia, bisabolol (pequena quantidade), camomila alemã. Para gengivas

sangrando experimente misturar meia colher se sopa de sal de cozinha,

com meia colher de sopa de bicarbonato de sódio. Nesta mistura adicione

5 gotas do óleo essencial de sálvia triloba com 2 de bisabolol e depois é só

colocar um pouco do pó na escova de dentes. Além de tratar do problema

também clareia os dentes.

Para ambientes carregados, de energia pesada não tem nada

melhor do que óleo de hortelã pimenta. Você pode colocar de 5-10ml em

1/2 litro de álcool etílico ou de cereais, mais 1/2 litro de água filtrada.

Borrife esta mistura em sua casa, nos cantos e locais de energia mais

densa. Para fortalecer a mistura algumas pessoas adicionam 2 colheres de


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cafezinho de sal de cozinha e algumas gotas de óleo essencial de louro,

alecrim ou lavanda.

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