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T'ambitinkounei
Altar.
-O altar é um pedra chata (*φalā -?) ou aglomerado de pedras (*kroukā -?) onde é realizado o
sacrifício. Neste sentido é o ponto focal e aglutinador das ações em direção ao divino. Durante a
romanidade, foi adotado, no geral, o uso de aras esculpidas em blocos de granito, mármore ou
outros tipos de pedras. Propomos a construção de um altar em pedra para um santuário aberto, seja
no molde de uma ara ou a maneira mais "primitiva" com a pedra crua. Alguns de nós se utiliza de um
altar doméstico para operacionalizar os costumes diários e práticas familiares; há quem o conceba de
modo semelhante a um lararium romano e há quem o conceba como um espaço na cozinha
(geralmente perto do fogo da casa, o fogão).
Considerações prévias.
-O que segue é uma prática contemporânea que acreditamos adequada e nada mais. Não dispomos
de vestígios suficientes para um reconstrução historicamente plausível de modo que equacionamos o
estabelecimento de um santuário com um rito fundacional cuja arqueologia nos oferece exemplos
acerca das muralhas celtibéricas ou em escavações em santuários. Logo tentamos partir de uma base
metafísica-mitológica mínima e que permita aos usuários modificações e aperfeiçoamentos.
-O que aparece em itálico e em vermelho está em keltiberika e logo abaixo no que provavelmente
seria o equivalente lusitânico, de modo que ao utilizar se escolha uma das construções linguísticas.
-O lusitânico apresenta várias grafias para *nemeto-, em geral nemeto-, nimmedo-, nemido-, nimid-
que são compreensíveis em vista da não uniformização da escrita. Mesmo na Gália, utilizando-se do
alfabeto grego, na inscrição de Vaison se lê ΝΕΜΗΤΟΝ > Νεμητον (ou seja, *Nemēton) para
*nemeto-. Apenas escolhemos arbitrariamente uma das terminações que expressam a tendência
lusitânica de transformar um -t- final entre vogais em -d-, neste caso nemidom para *nemetom.
O que é necessário:
*ramos de (uma árvore com propriedades purificativas - regional ou não), colhidos na crescente do
mês lunar propício, segundo os encantamentos próprios. E/ou incenso e turíbulo.
*sal
*recipientes
*água da chuva
Rito:
A procissão adentra o recinto balançando os ramos e aspergindo sal, ou ainda espalhando incenso
(num turíbulo )e circunda (3x) o local cantando:
E diz:
abertam bertez!
abbertām berte!
"trazei a oferenda!"
Durante o sacrifício, parte do sumo da planta deve pingar sobre o altar até então virgem, outra parte
do sumo deve ser recolhida em um recipiente com água da chuva. Logo após, é lançada no fogo
sacrifical.
Segurando e aspergindo a água da chuva (misturada com algumas gotas do sumo da vítima) pelos
quatro cantos do espaço, em sentido horário, diz o CL: (4x)
Ao terminar proclama:
sunertuz deiuum!
sunartid dēvōm!
E todos proclamam:
Nemetios Ypuaranakos
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