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br
Mais um serviço para o setor
T
emos a satisfação informações sobre o produto para quem recebe a revista,
de anunciar ao mer- e a embalagem num banco de essa iniciativa se enquadra
cado mais uma ini- dados centralizado, acessível no objetivo de EMBALAGEM-
ciativa que se soma a nosso de qualquer parte do globo MARCA de municiar a cadeia
permanente esforço destina- por seus assinantes. produtiva de embalagem
do a consolidar EMBALA- A partir de agora, sempre do Brasil com informações
GEMMARCA como uma fonte complementando uma de capazes de contribuir para a
Wilson Palhares cada vez mais completa de nossas reportagens especiais, melhora da qualidade e para
informações sobre emba- em cada edição da revista a competitividade de seus
lagens. Trata-se da inaugu- serão apresentadas novidades produtos.
ração, em julho último, de e o cenário em que se enqua- Nessa linha, aliás, foi criado o
Os leitores uma parceria da revista com dram alguns produtos cujos PRÊMIO EMBALAGEMMARCA
a Mintel, renomada empresa lançamentos tenham sido – GRANDES CASES DE EMBA-
poderão se
internacional fornecedora de acompanhados pelo GNPD. LAGEM, no qual as empresas
informar, a
informações de mercado. Além dos lançamentos fei- podem mostrar como cola-
cada mês num
Com base no Reino Unido, a tos no mercado brasileiro, boram, com suas ações, para
segmento, sobre Mintel é a responsável pela que são analisados por nossa o fortalecimento da cadeia
alguns dos ferramenta GNPD – Global equipe, os leitores poderão produtiva de embalagem e,
principais New Products Database, um se informar, a cada mês num em conseqüência, da econo-
produtos acompanhamento de lança- segmento, sobre alguns dos mia do país. Não esqueça: as
lançados em mentos de bens de consumo principais produtos lançados inscrições vão só até o dia 15
outros países em diversos países que reúne em outros países. Sem custos de agosto. Até a próxima.
nº 95 • julho 2007
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br
28 Reportagem de capa:
Stick packs
Finos, tubulares e flexíveis,
Reportagem
redacao@embalagemmarca.com.br
Flávio Palhares
stick packs prometem criar flavio@embalagemmarca.com.br
novos apelos de consumo Guilherme Kamio
para uma série de produtos guma@embalagemmarca.com.br
Leandro Haberli Silva
14 Águas
Nova marca de águas
aromatizadas adota
48 Entrevista:
Dennis Giacometti
Publicitário fala sobre
leandro@embalagemmarca.com.br
Marcella de Freitas Monteiro
marcella@embalagemmarca.com.br
garrafas com design a mesmice dos produtos
despojado e moderno para limpeza doméstica Departamento de Arte
arte@embalagemmarca.com.br
Carlos Gustavo Curado
16 Plásticas
Brasileiros
relatam o que 53 Sondagem GNPD
Painel da Mintel apresenta
novidades internacionais em
José Hiroshi Taniguti
Administração
aconteceu Eunice Fruet
em evento itens de home care Marcos Palhares
internacional
sobre stand- Departamento Comercial
up pouches
54 Fispal
Um balanço das
novidades em embalagem
comercial@embalagemmarca.com.br
Karin Trojan
22
Wagner Ferreira
Fechamentos apresentadas na
Patês de atum 23ª edição da feira Circulação e Assinaturas
apresentam latas com Marlene Lucas
tampa que garante assinaturas@embalagemmarca.com.br
praticidade e conveniência Assinatura anual: R$ 99,00
26 Materiais Público-Alvo
64
Braskem inova e Mercado EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais
lança “polietileno verde”, Aquecimento da indústria que ocupam cargos de direção, gerência
obtido de etanol de construção civil aumenta e supervisão em empresas integrantes da
demanda de embalagens cadeia de embalagem. São profissionais
de cana-de-açúcar
para tintas imobiliárias envolvidos com o desenvolvimento de
embalagens e com poder de decisão colo-
44 Design
Pouca ousadia em
embalagem ajuda a criar 68 Plásticas
Unindo xampus e condicionado-
cados principalmente nas indústrias de bens
de consumo, tais como alimentos, bebidas,
cosméticos e medicamentos.
percepção de inércia dos res, estojos brilham no PDV e
produtos de limpeza garantem fidelidade às marcas Filiada ao
3 Editorial
A essência da edição do mês, nas palavras do editor
6 Espaço aberto
Impressão: Margraf Tel.: (11) 4689-7100
Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores
EMBALAGEMMARCA é uma publicação
8 Display mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo
Antonio • CEP 04718-040 • São Paulo, SP
12 Internacional Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
Destaques e idéias de mercados estrangeiros
Filiada à
40 Panorama
FOTO DE CAPA: STUDIO AG / ANDRÉ GODOY
N ovamente EMBALAGEMMARCA se
destacou das demais pela profundidade
Sergio Hamilton Angelucci
Diretor de Relações
Corporativas & Suprimentos
de altíssima qualidade exemplares da
revista EMBALAGEMMARCA. Gostaria,
em nome da entidade, de agradecer a
e pela seriedade da proposta. Certa- Embalagens Flexíveis oportunidade de estarem compartilhan-
mente vamos estudar o regulamento Diadema S/A do com nossos alunos a qualidade que
e desenvolver cases em conjunto com Diadema, SP se faz presente em embalagens, além de
nossos clientes para concorrer nesta
premiação. Contem com nosso apoio
total. Mais uma vez, parabéns pela
R ecebi hoje a revista EMBALAGEM-
MARCA, que realmente está MUITO
informações e curiosidades.
Marlon José de Mello
Coordenador do Curso de
iniciativa. bonita e com conteúdo muito legal. Automação da Escola Técnica JK
Renata Shayani Parabéns pela publicação especial de Ipatinga, MG
Departamento de marketing aniversário.
Tetra Pak Ronnie Schröter
Monte Mor, SP Diretor Comercial CORREÇÃO
Speranzini Design O absorvente Mili Premium duto é envolvido em filmes de 16 e 18 unidades (promocional).
(11) 5685-8555 chega às gôndolas com novas polietileno de baixa densidade A agência responsável pelo
www.speranzini.com.br embalagens, que ganharam impressos em rotogravura pela layout das embalagens
cores fortes e vibrantes. O pro- Canguru Embalagens, com oito, é a Speranzini Design.
Piá reformula
embalagem
Spray para
Creme de leite ganha pote de PP
Spiltag
refrescar
Potes de polipropileno de 200 e de 350 (14) 3408-1100 o rosto
www.spiltag.ind.br
gramas produzidos pela Huhtamaki Bio Retard lança
acondicionam o novo creme de leite Piá, Tech Sprayer água hidratante
(11) 2198-4888
que chega às gôndolas dos mercados
www.techsprayer.com.br
da região Sul. As embalagens ganharam O H2O, produto da
lacres de alumínio com polietileno for- Bio Retard indica-
necidos pela Selimpack. As tampas de do para hidratar e
polipropileno também são supridas pela Huhtamaki refrescar o rosto,
Huhtamaki. O layout ficou a cargo da (11) 5504-3500 chega ao mercado
www.huhtamaki.com.br
Meta Comunicação. em frasco de PET
Meta Comunicação decorado com silk
(51) 3036-4466 screen, fornecido
www.metacomunicacao.com.br
pela Spiltag. As
Selimpack válvulas-spray são
(11) 4447-2080 produzidas pela
www.selimpack.com.br
Tech Sprayer. O
design das emba-
lagens é da Bio
Retard.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Frasco de PEAD
para D’Amour
Brasfan Linha de óleos ganha dois produtos
(21) 3448-7310
A Kanitz amplia seu portfólio
Makton com duas variantes para a linha
(21) 2560-5998 de óleos perfumados
www.makton.com.br
D’Amour. Chamados de
Schanuel Ferramentaria Kiss e Segredo, os pro-
(24) 2231-4560 dutos são acondicionados
em frascos de 200 mili-
litros da Brasfan feitos
em polietileno de alta
densidade. Rótulos
auto-adesivos da
Makton decoram
as embala-
gens, que têm
tampas de
polipropileno
fornecidas
pela Schanuel
Ferramentaria,
de Petrópolis
(RJ) . O design é
da própria Kanitz.
Cepacol tem novo sabor
Canela Power chega ao mercado Labcom Comunicação
(16) 3967-8009
www.labcom.ppg.br
Cepacol, marca de higiene bucal da
Sanofi-Aventis, ganha a versão Cane- Rigesa
la Power. Os frascos de PET do novo (19) 3881-8000
www.rigesa.com.br
produto têm as tampas fornecidas pela
Alcan e os rótulos auto-adesivos pela
Prakolar. O design é da Publicis.
Alcan
(11) 4075-6521
www.alcan.com.br
Prakolar
(11) 6291-6033
www.prakolar.com.br Bertin lança
Publicis quibe para assar
(11) 3196-9000
www.publicis.com.br Produto é acondicionado
em caixas da Rigesa
As novas embalagens
das sopas Knorr
ganharam nova iden-
tidade visual, que
ressalta a qualidade
dos ingredientes.
A nova cara
Design Absoluto das embala-
(11) 3071-0474
www.designabsoluto.com.br
gens flexíveis
da linha, com-
Inapel posta por Sopas,
(11) 6462-8800
www.inapel.com.br Cremes e Sopões,
facilita a identi-
ficação de
cada seg-
mento. Os
sachês são
produzidos
pela Inapel, com
layout da Design
Absoluto.
Colher para quê?
Copo que “ejeta” produtos é um diferencial para iogurtes e outros alimentos
U
m fole. É mais ou menos como se
FOTOS: DIVULGAÇÃO
comporta o CrushPak, copo plásti- MANIA – Introdutores do
co de paredes sanfonadas que, ao copo sanfonado, iogurtes
da Fonterra (em destaque)
ser espremido, expele o conteúdo, fazem sucesso entre os
permitindo o consumo de alimentos pastosos jovens na Nova Zelândia
diretamente da embalagem.
Maior exportadora mundial de laticínios,
a neozelandesa Fonterra adotou esse squeeze
pack no fim de 2006 para lançar o Splatz,
iogurte voltado ao público infanto-juvenil. O
produto virou sensação no país dos maoris e
kiwis. Há três meses, a Fonterra novamente
recorreu ao CrushPak, no lançamento dos
iogurtes Calci-Yum Squeezables. A empresa
não cita números, mas assegura que as vendas
da novidade vêm batendo as expectativas.
Detalhe: os iogurtes em CrushPak têm preços
até três vezes maiores que os daqueles acon-
dicionados em copos tradicionais.
O copo-fole é uma invenção da tam-
bém neozelandesa Inveratek, empresa
que desenvolve e licencia patentes tecno-
lógicas. “O CrushPak propicia o consu-
mo fora do lar, conquista as crianças e
é simples de ser adotado”, disse Paul empilhamento. “Consumindo menos
Adams, diretor da Inveratek, em entrevista matéria-prima, menos energia na
a EMBALAGEMMARCA. Tendo-se o molde transformação e dispensando rótulo no
apropriado, Adams explica, a embalagem corpo e o uso de colherinhas, o CrushPak
pode ser fabricada com chapas convencio- minimiza o impacto ambiental”, alardeia o
nais de poliestireno (PS) em qualquer linha diretor da Inveratek.
de termoformagem do tipo form-fill-seal O CrushPak suporta envase a quente,
(FFS), sem modificações. A Fonterra, resiste a baixas temperaturas e também pode
por exemplo, produz o CrushPak ser moldado por injeção. Testes já o produzi-
numa máquina FFS standard da ram em polipropileno (PP), PVC e polietileno
francesa Erca-Formseal. de alta densidade (PEAD), inclusive com
barreira de EVOH. Além de iogurtes, molhos
Desenho econômico e condimentos, geléias, sorvetes e polpas con-
Adams garante que o desenho san- geladas de frutas são potenciais usuários da
fonado não incide em maior consumo embalagem. O licenciamento para empresas
de plástico na construção do copo. Apesar brasileiras é possível, inclusive com acor-
de produzir uma área maior que a de uma dos de exclusividade. “As idéias de uso do
Erca-Formseal
parede lisa, a estrutura permite empregar www.erca-formseal.com CrushPak crescem a cada dia, e contribuições
chapas menos espessas, economizando até sul-americanas são bem-vindas”, atiça Adams.
36% de material em relação ao copo liso con- Inveratek
Mais detalhes sobre a embalagem podem ser
+64 (888) 947-8880
vencional – e com o dobro da resistência ao www.inveratek.com acessados em www.crushpak.com. (GK)
A
pós um ano de desen- da Sidel. “As garrafas NoBottle
volvimento e pesqui- resistem a variações de pressão
sas, a Sidel acaba de e, graças à memória, resistem
lançar na Europa o melhor às etapas de transporte,
conceito NoBottle (em tradução envase e manuseio.”
livre, algo como “Sem Garrafa”). Ao garantir garrafas de 25%
Trata-se de uma nova tecnolo- a 40% mais leves, a tecnolo-
gia para a produção de garrafas gia NoBottle consequentemente
de PET com design moderno e reverte em menor despêndio com
extrema leveza – o recipiente de matéria-prima e em embalagens
500 mililitros pesa 9,9 gramas, o mais afinadas com a sustentabi-
menor peso já registrado de uma lidade. Segundo a Sidel, os alvos
garrafa para tal volume. Garrafas primários da novidade são águas
convencionais de 500 mililitros minerais. Acondicionando tais
têm entre 13 e 16 gramas. produtos, as garrafas NoBottle
O resultado foi obtido graças transparentes, ultraleves e de
ao desenvolvimento de uma nova linhas refinadas praticamente
tecnologia, chamada pela empresa “desaparecem” – fazendo jus ao
de “Flex”. O princípio é baseado seu nome comercial. (FP)
em flexibilidade e na propriedade
de memória do material plástico,
Sidel
que permitem à embalagem recu- (11) 3783-8814
perar seu formato original depois www.sidel.com
de sofrer contrações.
DIVULGAÇÃO
Normalmente, quan-
do se reduz o emprego
de resina em uma gar-
rafa é necessário dotá-
la de anéis de sustenta-
ção, para torná-la mais
resistente. Isso acaba
por limitar o alivia-
mento de peso, além de
jogar contra a imagem
premium. A tecnologia
Flex elimina a necessi-
dade dos anéis. “Assim,
os designers ficam livres
para criar vários tipos de
formas, com superfícies
uniformes e pouquíssimo
peso”, explica Franck
LIGHT – NoBottle é de
Hancard, gerente de 25% a 40% mais leve
soluções de embalagens que as garrafas triviais
mercado >>> águas
Neutralidade realçada
Despojadas, garrafas de novas águas com sabor destacam conteúdo límpido
S
ócio de uma fonte de água mineral
FOTOS: DIVULGAÇÃO
localizada a 30 quilômetros de São
Paulo, Paulo Jafet chamou no fim
do ano passado os amigos Fernando
Figueiredo, presidente da agência de marketing
promocional Bullet, e Marcos Lutz, executivo
do setor usineiro, para ver como poderiam
aproveitar o líquido que brotava do chão. O
emergente sucesso das águas aromatizadas no
Brasil os estimulou a lançar uma nova marca
nesse mercado: a Neutra.
Reunidos numa nova empresa, a AD
Distribuidora de Bebidas, os novos empresários
do ramo de águas compraram uma linha de pro-
dução de ponta, capaz de produzir 1 milhão de
litros por mês, e a instalaram na fonte de Jafet.
“Lá, temos uma água puríssima por estar fora
da área metropolitana de São Paulo e ao mesmo
SEM RÓTULOS?
tempo perto dela o suficiente para facilitar a Auto-adesivos
genuinamente brasileiro, que superou as nos-
logística de distribuição”, ressalta Marcos Lutz. transparentes sas expectativas”, diz Fernando Figueiredo. Os
Com o objetivo de agregar valor à água conferem visual sócios escolheram a marca Neutra “por ser fácil
“no-label look”
foram testados mais de vinte sabores, para se às garrafas de lembrar e por transmitir o conceito de água,
chegar aos seis que foram colocados no merca- já que essa palavra não poderia ser utilizada, por
do, além da água mineral natural: laranja, limão, ser de uso comum”, explica Lutz.
hortelã, morango, maçã e pitanga, “um sabor Para criar a embalagem, a empresa con-
tratou o escritório de design Sart/Dreamaker,
Aquarius Fresh também em lata que desenvolveu um projeto em que se evitou
interferir na transparência da água e, ao mesmo
Lançada para combater o Olívio. As latinhas, fabricadas tempo, chamar a atenção do consumidor no
sucesso comercial da H2OH!, pela Rexam, têm projeto grá- ponto-de-venda. O resultado foi uma garrafa
da Pepsi/AmBev, a Aquarius fico da Oz Design. Antes, a de PET de 500 mililitros, soprada na própria
Fresh, da Coca-Cola, inova Aquarius Fresh era encontra- engarrafadora e cujo fechamento é feito com
no segmento de águas com da somente em três varian- tampa de 28 milímetros de diâmetro, fornecida
sabor. A marca é a primeira tes de garrafa de PET. pela Grafigel. A fim de seguir o conceito de
nesse mercado a ter versão
neutralidade da água, a garrafa ganhou rótulo
em lata de alumínio. “O
auto-adesivo, impresso pela Indexflex, com efei-
êxito das vendas nos
to no-label look, isto é, cuja decoração aparenta
motivou a lançar
ser feita diretamente no recipiente. A empresa
a versão em lata,
informa ter investido cerca de 1 milhão de reais
preferida entre mui-
no projeto da água Neutra. (FP)
tos consumidores
e novidade absolu- Grafigel Oz Design Sart/Dreamaker
ta no segmento”, (62) 3272-4000 (11) 5112-9200 (11) 3887-4133
diz a diretora de www.grafigel.com.br www.ozdesign.com.br www.sart.com.br
marketing da Coca- Indexflex Rexam
Cola Femsa, Silmara (11) 3618-7100 (12) 3955-5000
www.indexflex.com.br www.rexam.com/brazil
OS NÚMEROS
Alan Baumgarten – “Numa média mundial, o
stand-up pouch vem mantendo taxas anuais de
crescimento superiores a 15%, ou seja, superiores
às das embalagens flexíveis como um todo. O
mercado de alimentos continua sendo o princi-
pal alvo: estima-se que em 2009 ele consuma,
em nível global, 28,6 bilhões de unidades de
SUPs, divididos em 10,5 bilhões para alimentos
líquidos, 9,5 bilhões para alimentos sólidos e 8,6
bilhões para rações animais. Até lá, cada um des-
ses subgrupos deverá apresentar taxas de cresci-
mento anual de, respectivamente, 12,4%, 15,3%
e 13,4%, nas projeções da Allied Development
Corporation. O stand-up pouch do tipo retortable
(passível de esterilização por autoclave) era
uma grande promessa, mas registrou até agora
crescimento aquém daquele previsto pelos espe-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
AOS POUCOS
Tampa de PP permite
refechamento da lata
e entrega conveniência
ao consumidor
Arco Convert
(11) 6161-0899
arco@arco.ind.br
Crown Embalagens
A
brir o recipiente, usar parte do pro- Gomes da Costa), a lata é litografada pela Cia. (11) 4529-1000
duto, fechar e guardar no refrige- Metalúrgica Prada. O easy peel é fornecido pela www.crownembalagens.com.br
rador. Essa seqüência tão elemen- Crown. A tampa foi desenvolvida pela Poly-Vac
GDC Embalagens
tar de consumo era impossível no e impressa pela Arco Convert. “O pulo-do-gato (47) 3241-8801
Brasil quando se tratava, entre muitos outros da embalagem é permitir o refechamento”, con- www.gomesdacosta.com.br
produtos, de patê de atum servido diretamente sidera Manglano. “O consumidor não precisa
Poly-Vac
da lata. Agora, aquele alimento acondicionado comprar a maionese e o atum separadamente (11) 5693.9988
nesse tipo de embalagem já faz parte da gale- e colocar o patê em potes. O produto já vem www.poly-vac.com.br
ria dos prontos para servir. A Gomes da Costa pronto, numa embalagem adequada que pode
Rigesa
lançou recentemente patês de atum nos sabores ser levada à mesa sem nenhum problema.” (19) 3869-9330
Tradicional, Light e Azeitonas Verdes acondi- Para o varejo, a Gomes da Costa buscou www.rigesa.com.br
cionados numa embalagem inédita no mercado uma solução atraente e que poupa trabalho para
Tônica de Comunicação
nacional: uma lata de aço cilíndrica, com sis- a reposição. Desenvolvidos pela Rigesa, os (11) 3572-0990
tema de abertura easy peel (selo de alumínio) displays de papelão ondulado, que abrigam dez www.tonica.com.br
e uma tampa de polipropileno termoformado latas, dispensam caixa de embarque. Impressos
que permite o refechamento e a conservação do em flexografia cinco cores mais verniz, são
produto. O design da embalagem, de 150 gra- colocados diretamente nas gôndolas. A expo-
mas, que lembra uma petisqueira, é da Tônica sição da embalagem é valorizada, pois a tampa
de Comunicação. fica virada para o consumidor. “A possibilidade
Segundo Luis Manglano, gerente de marke- de empilhamento e a profundidade das caixas
ting da Gomes da Costa, tanto o produto quanto otimizam a utilização de espaços nas pratelei-
ECONOMIA
a nova embalagem foram desenvolvidos para ras”, explica Fernando Maria, especialista de Display para
atender a uma demanda de mercado indicada produto da Rigesa. (FP) dez latas
elimina caixa
em estudo feito pela empresa. “O patê de atum de transporte
pronto mostrou-se uma excelente opção para
o consumidor, desde que fosse acondicionado
numa embalagem que permitisse maior prati-
cidade de uso e maior durabilidade do produto
não consumido”, conta o executivo.
DIVULGAÇÃO
Pura questã
P
equeno, delgado e tubular, o stick
pack não é exatamente uma novi-
dade em embalagem. Criado no
Japão há cerca de trinta anos, esse
bastonete maleável, processado em linhas de
envasamento vertical, já era adotado por
alguns açúcares e condimentos em pó nipô-
nicos e europeus nos anos 80. Contudo, só
mais recentemente o stick se afirmou como
prodígio do setor de embalagens flexíveis.
Seu consumo em nível mundial praticamente
dobrou nos últimos cinco anos, rompendo a
casa das 200 bilhões de unidades em 2006.
De acordo com o estudo Stick Pouches –
Global Markets, Economics and Technologies
2006-2010, da consultoria americana Allied
Development Corporation, a tendência é que
a disparada dos sticks perdure no próximo
triênio, calçada principalmente por rasantes
em economias emergentes como a brasileira.
Nesses bolsões, aponta o documento, certos
produtos têm potencial para sustentar cres-
cimentos anuais de consumo de sticks de até
20% em volume. Entre eles estão os sucos
em pó.
Líder nacional do segmento de bebidas
em pó dietéticas, a Clight dá sinais de que
o vaticínio pode ser certeiro. Meses atrás a
Kraft Foods Brasil, dona da marca, reativou
uma extensão de linha em stick pack. A
empresa testara a embalagem há cerca de
três anos, em pacotes para o preparo de um
copo de bebida (200 mililitros). Agora, o
novo Clight em stick rende 400 mililitros, o
TEMPERO
Stick contém dose
exata para o uso
do Meu Segredo
FOTOS: DIVULGAÇÃO
da Alcan, vê boas chances para a embala-
DAQUI – Mocinha, o gem em chás, cafés, achocolatados, leite em
Leite Moça em stick, é pó, sorvetes e confeitos (neste último caso,
idéia original brasileira vale destacar o lançamento, feito no fim do
Bastião do bastão
Adoçante de mesa não Com isso, conseguimos con-
dietético, baseado numa quistar consumidores leais.
mistura de açúcar e aspar-
tame, o Mid Sugar é consi- Que desafios a Ajinomoto
derado o desbravador dos enfrentou para adotar o
stick packs no Brasil. Muito stick pack?
em função da embalagem, Nosso stick pack é bem
hoje fornecida pela Inapel, diferenciado em relação ao
o produto ganhou o prêmio que se encontra atualmente
de alimento mais inovador no mercado brasileiro. Ele é
de 2000 no FI Awards totalmente cilíndrico, de diâ-
(atual IS Award-Nielsen). metro bem reduzido, o que
Desde então, serve como significou um grande desafio
um atestado da viabilidade tecnológico. Na época, o
EFEITO – Na Europa, benefícios do stick pack já
e do potencial dos sticks no projeto foi desenvolvido com
começam a conquistar medicamentos, como a Aspirina
mercado nacional. Oizumi suporte de nossa matriz no
Hiroki, gerente de marke- Japão, pois não era possível
ano passado pela Cadbury Adams, do Halls ting da Ajinomoto, a fabri- encontrar nada semelhante
Mastigável, produzido e embalado em stick cante do Mid Sugar, conver- no Brasil, tanto em termos
na Colômbia). “O mercado de sopas também sou com EMBALAGEMMARCA de equipamento como de
é promissor”, acredita Ana Decot, da Itap sobre a simbiose da marca embalagem. No Japão, a
Bemis. com o stick pack. Ajinomoto utiliza sticks para
Até medicamentos estão na mira dos alimentos funcionais com
tubinhos. A Aspirina em stick pack, lançada O que motivou a Ajinomoto aminoácidos.
a apostar no stick pack?
em 2004 pela Bayer, gerou grande reper-
Quisemos criar um dife-
cussão na Europa. A Alcan, fornecedora do
rencial no segmento, e o
invólucro, até ganhou prêmios de inovação
stick é prático e moderno.
em embalagem pelo feito. Em pó, o anal-
O sucesso desse tipo de
gésico efervescente se dissolve mais rápido
embalagem em outros
que os tradicionais tabletes, garantindo alí-
países, principalmente no
vio mais rápido ao consumidor. Japão, serviu como referên-
Tão importante quanto a funcionalida- cia. Não podemos divulgar
de e as vantagens de custo garantidas pelo informações sobre desem-
formato é que o stick conta com sistemas penho de vendas, mas vale
de fácil abertura bastante acessíveis. “É dizer que o produto vem
possível agregar mecanismos como pico- atendendo aos nossos obje-
tes mecânicos e micro-orientações a laser tivos.
(laser scoring)”, detalha Priscila Mazzarin,
da Alcan. Qual o saldo desses anos de
O consenso, aliás, é de que o mercado parceria com o stick pack
nacional está bem aparelhado em todos os em termos de construção
sentidos para o trabalho com sticks. “Além da imagem da marca Mid
de ótimas soluções em easy open, desenvol- Sugar?
vemos até linhas automatizadas, com sis- O stick já é o ícone mais
temas de encartuchamento automático, em forte para identificar a ÍCONE
parcerias com fornecedores locais”, ilustra marca. Os consumidores o Stick se
descrevem quando querem transformou
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Pelo ritual
Victor Basso, da EasyPack, assegura ser
possível recuperar o desembolso num prazo
de seis a doze meses.
mais prático
Replicação aguardada
Diante de tantos atrativos, a pergunta é ine-
vitável: por que, então, o stick pack ainda
não explodiu no Brasil? Não há uma respos-
ta simples, mas as empresas inte-
ressadas nisso torcem para que
aconteça no Brasil algo similar ao
Em versão para infusões,
que sucedeu nos Estados Unidos. stick pack assedia chás e já mira
Os sticks por lá desembarcaram
no começo dos anos 90, mas
cafés e outros solúveis
passaram anos sem causar grande
E
comoção. O conceito só saiu do nquanto avança nas gôn-
casulo para virar borboleta em dolas de adoçantes, condi-
1998, com o lançamento do Go- mentos e bebidas em pó, o
Gurt, anunciado como “iogurte stick pack agora propõe, por
portátil para crianças”, da Yoplait meio de uma engenhosa versão criada na
(General Mills). Austrália, a reinvenção do modo de se
O iogurte em tubinho fez consumir chás. O Tstix é um stick pack
estrondoso sucesso e estimulou repleto de micro-perfurações em seu corpo.
adoções em cascata do stick pack Os minúsculos furinhos transformam a
no mercado americano (um parên- embalagem em saquinho de preparo, pos-
tese: alguns queijinhos petit suis- sibilitando infusões. No processo, o próprio
se em tubinho, como Danoninho VITRINE
stick, com seu formato de bastonete, serve
e Chambinho, tentaram repe- Sucesso para misturar a bebida, dispensando colheres
tir por aqui o modelo Go-Gurt, do Go-Gurt e mexedores.
pôs stick em
mas foram descontinuados após Como o chá é uma instituição britânica, o
evidência
alguns anos nos balcões refrige- nos EUA Tstix causou alvoroço na Total Processing &
rados). Para muitos, o mercado Packaging, mostra de embalagens ocorrida em
nacional se ressente de um blockbuster desse maio último em Birmingham, Inglaterra. “O
gênero. “Cabe ressaltar que a indústria de chá é cada vez mais visto como bebida antiqua-
flexíveis não cria uma nova embalagem da, para velhos”, disse a EMBALAGEMMARCA,
a todo ano, nem a toda década”, pondera no evento, o australiano Geoff Stuart, ex-
Basso. “Ser o primeiro no uso de um for- executivo de empresas como Kraft Foods e
mato original é uma oportunidade que pode Pepsico que desenvolveu o stick ao longo
nunca mais bater à porta.” de seis anos de pesquisas. “Aposentando os
ÃO VULGAÇ
MEIO
Café pode
ser via de
entrada no
Brasil
PTI Tstix
+1 (800) 532-1501 +61 (2) 4751-1979
www.ptiusa.com www.tstix.com.au
Schwarze-Automation Wista
www.schwarze-automation.com www.wista.com
. . . o redesenho dos
frascos ajudou no
reposicionamento da linha.
O resultado foi um aumento
de 25% nas vendas. . .
FOTO: STUDIO AG –
na Europa ocidental. mada e multicamada de parte dos planos
ANDRÉ GODOY
Wolff aponta alimentos, cafés, bisnagas. Vale lembrar que da empresa em
condimentos e bebidas de luxo recentemente a Sinimplast longo prazo.”
como potenciais clientes no Brasil.
Assim como sua principal concor-
rente mundial, a americana Sonoco
(presente no Brasil com a Sonoco
Benefícios mais claros
For-Plas), a Weidenhammer tam- Campanha quer aproximar consumidor das embalagens
bém produz tampas e embalagens
Iniciativa voltada a informar os benefícios das embalagens para o público, a
plásticas.
campanha “Embalagem: tá na cara que é bom” acaba de ser lançada pela
(11) 4646-4462 (Innovapack)
Associação Brasileira de Embalagem (Abre). A ação conta com uma página na
www.weidenhammer.de
internet (www.tanacaraqueebom.com.br), que destaca os papéis desempenhados
pelas embalagens no dia-a-dia das pessoas, como proteção de produtos, con-
tribuição econômica e social e preocupação ambiental, entre outros.
FOTO: DIVULGAÇÃO
REPRODUÇÃO SITE
Embalagens da
Weidenhammer:
olho no Brasil
Cadê a ousadia?
Design menos comportado ainda é avis rara no setor de home care
N
ão, os produtos na foto abaixo não de arte moderna (algumas delas, como as que
são cosméticos. São detergentes são abaixo reproduzidas, projetadas pelo bada-
para louças da americana Method, lado designer egípcio-inglês Karim Rashid), a
empresa criada há sete anos com o Method não pára de crescer em vendas e em
seguinte princípio: levar inovação em design admiradores.
aos produtos de limpeza doméstica. Os funda- Uma iniciativa desse gênero seria bem-
dores do negócio, Eric Ryan e Adam Lowry, recebida no Brasil? “É o tipo da pergunta de
dois jovens universitários, tiveram a idéia ao um milhão de dólares”, brinca Beto Almeida,
reparar como muitos consumidores – eles diretor de criação da consultoria de marca
próprios, inclusive – sentiam-se constrangidos Interbrand. “Fabricantes provavelmente a con-
em deixar lava-louças, limpadores, desinfe- siderariam um passo muito adiante”, diz ele,
tantes e itens que tais à mostra nas suas casas. “ainda mais sem pesquisas ou casos de mer-
Carrancudos, parecendo produtos tóxicos, os cado sinalizando chance de sucesso”. Para
frascos desses produtos invariavelmente aca- Almeida, embora o asseio do lar seja um aspec-
bavam escondidos em armários ou “varridos” to fortemente valorizado pelos brasileiros, o EMPATIA
Desenhados por Karim
para debaixo das pias. mercado interno vive um estágio aquém do Rashid, frascos da
Lançando mão de produtos com fórmulas dinamismo de outros países, e por isso dificil- Method visam criar
vínculos emocionais
biodegradáveis, acondicionados em embala- mente comportaria produtos entre consumidor e
gens que tranqüilamente passariam por obras e marcas com propostas produtos de limpeza
FOTOS: DIVULGAÇÃO
O indivíduo,
não o consumidor
T
eoricamente, ninguém desconhece que os hábi- Ele diz: “Minha vida está se transformando e vocês continuam
tos dos consumidores – mais exatamente, das fazendo essas coisas que não resolvem mais o meu problema”.
pessoas que antecedem essa condição, isto é, os O indivíduo cria uma expectativa de solução que não vem.
indivíduos – estão em permanente mutação. E Num contexto de tecnologia e que tem referência em outros
mudam em velocidade cada vez maior. Ocorre segmentos – eletroeletrônicos, biocombustíveis, materiais de
que os avanços tecnológicos se dão de forma avassaladora, embalagem – a toda hora tem um lançamento, uma novidade.
transformando sem cessar o ambiente em que as pessoas Por que em material de limpeza não se pode ter?
vivem e seu próprio comportamento. Por que, então, em certos
campos da atividade humana, como o do consumo de bens O pesquisa mostra que cerca de 50% das consumidoras
não duráveis, as mudanças são incompatíveis com os passos mais antenadas, aquelas que antecipam as tendências
da ciência e da arte? Foi a pergunta que o publicitário Dennis de mercado, não conseguem perceber as novidades nos
Giacometti, diretor da Giacometti Propaganda & Arquitetura produtos de limpeza. No entanto, uma das palavras mais
de Marca, de São Paulo, se fez ao observar o que chama de usadas nos produtos em geral – e não só nos de limpeza – e
“mesmice” nas gôndolas de algumas categorias de produtos, na propaganda de todos eles é “novo”. Estaria ocorrendo
como a de limpeza doméstica. algum erro de comunicação por parte da indústria, que não
Giacometti encomendou então à TNS InterScience uma pes- consegue mostrar o que de fato é novo?
quisa sobre esse mercado com consumidoras da Grande São É preciso distinguir as coisas. Primeiro, é necessário compre-
Paulo, com idades de 26 a 50 anos, das classes econômicas ender todas as pressões por que passa a indústria hoje, o que
A, B e C. A enquête, com 502 mulheres, foi batizada de é a ditadura das grandes redes. Desde as décadas de 80, 90,
“Cuidando do Novo Lar” e apontou expectativas de consumo as grandes redes de varejo vêm pressionando, pressionando,
que, na opinião do publicitário, indicam a existência de boas pressionando por custos – e estão atirando no próprio pé. É
oportunidades de inovação e de ganhos de mercado para a uma miopia de marketing, porque enquanto elas vão acha-
indústria de materiais de limpeza. Adicionalmente, a pesquisa tando, comprimindo a capacidade de as empresas investirem
deixa transparecer que, mesmo quando inovam, as empresas em novidades, vira tudo commodity. Mas o consumidor não é
não estão conseguindo comunicar isso adequadamente. mais aquele das décadas de 70, 80, bobinho, ingênuo. Se é tudo
igual, ele compra o que tem o menor preço. E aí não ganha a
O senhor diz que a pesquisa “Cuidando do Novo Lar” bus- indústria, não ganha o consumidor, porque ele efetivamente
cou analisar as expectativas das consumidoras de maneira não tem produto novo – só uns cosméticos, uns florais –, e
diferente da habitual. Como é isso? também não ganha o supermercado, porque a margem dele
O foco é o indivíduo, não o consumidor. Tem uma sutil dife- fica cada vez mais estreita.
rença, aí. Quando se entende o indivíduo e as transformações
por que ele está passando – tanto faz se é homem ou mulher O consumidor não tem percepção do que se passa por trás
– começa-se a entender a demanda dele por novos produtos. das gôndolas, nas negociações entre o fornecedor e o com-
auto-adesivos no Brasil.
Com investimentos
constantes em tecnologia,
seja em equipamentos,
do segmento.
aplicações, e exporta
prador. Ele só vê o que chega à sua frente. Como mostrar embalagens, tanto em formato quanto em design gráfico?
que poderia ser diferente? Com embalagens inovadoras podem ser atendidas expec-
Aí entra o erro. Como se percebe na estratégia de comunica- tativas das consumidoras quanto a impacto ambiental, a
ção da maioria das agências de publicidade, elas não levam funcionalidade, a proteção. Mas o consumidor não enxerga
em conta as transformações do indivíduo. Muitas ainda se as mudanças. Um exemplo: para consumir menos material
baseiam, nesse caso específico de materiais de limpeza, no de embalagem, uma empresa lança um produto concentra-
estereótipo da Amélia, daquela dona-de-casa que está sem- do, como alternativa a um já diluído. No ponto-de-venda, o
pre bonita, mesmo com o peso das consumidor compara o tamanho da
tarefas domésticas. Com uma simples nova embalagem – na verdade, um
passada de um pano ela limpa uma
parede imunda, com um produto fan-
“A comunicação dos novo produto – com a tradicional
e raciocina: “Vou pagar mais por
tástico, e tudo brilha como se fosse menos?”. A análise do consumidor
diamante. A consumidora não acredita materiais de limpeza nem sempre é minuciosa, racional.
mais nisso. É uma “overpromise”, uma Vale muito o impulso. Como infor-
promessa desmesurada, que não tem muitas vezes ainda se mar que na inovação houve ganhos
mais sentido no plano racional. Qual de atributos?
é conseqüência? Setenta por cento das baseia no estereótipo da De novo estamos no meio de um
entrevistadas descobrem um novo con- emaranhado de obstáculos. Existem
ceito, uma nova marca de produto por Amélia, aquela que com certas miragens no ponto-de-venda
indicação. O boca-a-boca tem muito que estimulam de forma errônea o
mais credibilidade do que a publicida- consumidor. Ás vezes queremos tor-
de que promete o mundo.
uma simples passada de nar a coisa mais racional e acabamos
sendo perdedores na comparação.
O boca-a-boca é de fato eficaz. Mas pano, com um produto Mas não há muito como escapar, a
basta para superar a não percepção não ser mostrando isso na comunica-
de novidades pelas consumidoras, fantástico, deixa uma ção. Pode ser da forma tradicional, na
submetidas, como já foi dito, ao televisão, mas se vê cada vez menos
fenômeno da comoditização? parede brilhando. isso, publicidade informando sobre a
Aí cabe falar do campo do visual mer- embalagem. Então entramos na no-
chandising. Dentro do ponto-de-venda media, uma estratégia guerrilheira de
são poucos os produtos que estão
A consumidora não entrar no ponto-de-venda e passar essa
fazendo gestão de categoria. Existe informação. Caímos então novamente
uma ciência para se colocar um produ- acredita mais nisso” na ditadura do supermercado, e aí
to lá, expô-lo. Vários estudos sobre o tem-se de negociar bastante. É uma
comportamento do consumidor no ponto-de-venda mostram, luta difícil, e o que resta é incorporar a novidade no texto da
por exemplo, que 80% das pessoas andam mais pelo lado embalagem. Mas aí Inês já é morta, porque o consumidor está
direito, olham pela direita, destacam os produtos que estão na com a embalagem do concorrente na mão.
altura do olhar delas. Mas, por interesse em resultados de curto
prazo, por falta de dinheiro, as grandes empresas não investem Caímos de novo na comoditização. Na pesquisa as entre-
muito nessa ciência. Então os produtos ficam ali, numa pai- vistadas consideram que os produtos de limpeza, mesmo
sagem única, porque também a maioria das embalagens vem os recém-lançados, são muito parecidos entre si. Nessa
dos mesmos fornecedores, para baixar custo. A idéia é: “Já categoria – para não falar em iogurtes, xampus, leite, óleo
que o produto líder tem a embalagem X, vamos fazer igual”. comestível – vemos nos pontos-de-venda verdadeiras pare-
E aí, atrás das grandes empresas vêm as empresas talibãs, que des de produtos que parecem ser todos um só. Todo mundo
em vez de pegarem um atalho, fazer uma coisa que supere quer ser igual ao líder. Mas, na criação de uma embalagem,
as expectativas, entram no “me too”, viram “mais um”. Isso como fugir da necessidade de manter o produto dentro dos
acontece porque a tecnologia está cada vez mais acessível, os códigos gráficos de sua categoria?
produtos não diferem muito mesmo. Primeiro, a cultura empresarial brasileira para inovação tem
dificuldades enormes. Aqui se prefere por N motivos seguir o
O senhor concorda que um dos campos onde há maiores líder. Isso protela a necessidade da indústria de ser inovadora
possibilidades de inovação em materiais de limpeza é o das de fato. Algumas empresas resolvem deixar de ser seguidoras
e realmente inovar, mas de cada 100 apenas duas conseguem. limite máximo da curva, e só quando começa a perder mer-
E qual é o ponto comum entre elas? É, justamente, produzir cado lança um produto novo. É a pirâmide de lançamentos de
conhecimento sobre o indivíduo, para depois saber o que produtos: tenho em cima um detergente com gel e bactericida,
precisa ser feito com o consumidor. Entendendo muito bem e em baixo o sabão em pedra. No meio tenho os detergentes
o indivíduo, na hora de definir o conceito a empresa de certa básicos. Nessa pirâmide, o produto que traz alguma novidade
forma pré-testa as necessidades e expectativas do consumidor, e uma margem maior fica sempre em cima. Mas, à medida que
e pode ter várias alternativas para desenvolver a embalagem, ele vai sendo copiado pelos concorrentes, desce um degrau na
compará-las com as já existentes. pirâmide. Então é lançado um novo
“O que as donas-de- produto, que sobe ao topo. Porém,
As fábricas de produtos de limpe- o consumo do produto top é menor.
za no Brasil são expressivamente Com essa pressão, as empresas espe-
subsidiárias de multinacionais, que
casa querem? Produtos ram até o limite para lançar novos
globalizam ao máximo os produtos, produtos, porque têm de pagar todo o
as marcas e as embalagens. Como mais práticos, que lhes investimento feito no anterior.
compatibilizar isso com a questão
do conhecimento do indivíduo? O dêem tempo; produtos A presença da empregada domésti-
indivíduo americano é um, o japonês ca nos lares brasileiros vem dimi-
é outro, o alemão é outro e o brasi- mais econômicos; nuindo, com as administradoras dos
leiro, outro ainda... lares se encarregando cada vez mais
Como sabemos, existe essa nova dita-
dura da globalização. Entramos num
produtos seguros, da limpeza, ou dividindo tarefas com
os demais familiares. Que oportu-
shopping center no Vietnã e é a mesma nidades essa mudança de hábito
coisa que entrar num em Miami ou em inofensivos para os abre às indústrias de home care no
São Paulo, tanto em questão de marcas desenvolvimento de produtos – e,
quanto em questão de layout. Tudo tem filhos; e produtos por extensão, de suas embalagens?
a mesma cara. No caso do Brasil, que Muitas oportunidades. O que as donas-
é um continente, temos muitos nichos mais amigáveis ao de-casa estão demandando? Querem,
para tentarmos ser locais no meio do em primeiro lugar, produtos mais prá-
global. Entendendo bem as especifici-
dades de regiões, de segmentos sócio-
ambiente. Essas quatro ticos. O problema é de tempo: 58% das
entrevistadas querem mais tempo para
econômicos, consegue-se fazer coisas si próprias. Segundo, querem produtos
diferenciadas e aumentar margens, o
variáveis satisfazem mais econômicos, que desperdicem
que torna possível reinvestir e procurar menos. Terceiro, querem que sejam
inovação. Em contrapartida, há outro a consumidora” seguros, por causa dos filhos etc. E
fenômeno que não temos como resolver: mesmo num país- quarto, querem que sejam mais amigáveis ao meio-ambiente.
continente como o Brasil, os meios de comunicação se encar- Essas quatro variáveis, colocadas à luz de um conceito para
regam de pasteurizar a cultura, os sotaques e os costumes. A um novo produto, vão facilitar a inovação, pois, racionalmente
tendência é comoditizar tudo. O folclore vira coisa de museu. falando, vão deixar a consumidora satisfeita.
A pesquisa revela que as consumidoras “antenadas”, ou Nas entrevistas, houve quem apontasse a padronização
future shapers, que corresponderam a 10% da amostragem, de embalagens que atingem muitos nichos desse mercado
estariam dispostas a pagar até 10% mais por produtos como um fator negativo?
que ofereçam algum diferencial facilitador do dia-a-dia Não. A pesquisa foi dividida em três fases. Uma fase quanti-
da limpeza doméstica. Se projetarmos os números, são 5% tativa, com 500 pessoas. Uma fase de grupos, em que fomos
do mercado comprador. A que se pode atribuir a inércia às casa das pessoas, num processo etnográfico, para descre-
da indústria, que não atende esse mercado potencialmente ver atitudes e hábitos do consumidor dentro de casa. Depois
promissor e se limita à guerra de preços? filmamos as pessoas, sem elas saberem, no supermercado.
É o seguinte: “Se ainda estiver dando resultado, vamos Nesses três momentos não houve a verbalização de que tudo
em frente” – até que entra um concorrente com uma linha é mesmice. Mas foi possível ver pelas atitudes das pessoas:
totalmente nova. Aí não tem mais jeito, e a empresa muda o elas pegavam um produto, pegavam outro, não perdiam muito
produto, a embalagem. Pela pressão de custos, ela vai até o tempo para escolher. Pegavam qualquer um e pronto.
C
om desenvolvimentos premiados O papel da Suzano Petroquímica não se resu-
internacionalmente, os fabricantes miu ao fornecimento da resina plástica. Além de
brasileiros de sistemas de fechamen- apoiar a criação do molde, a empresa desenvolveu
to confirmaram sua vocação de ino- um tipo especial de PP que suporta altas tempera-
vação na 23ª edição da Fispal Tecnologia. A feira, turas, permitindo emprego da tampa em produtos
que aconteceu entre os dias 12 e 15 de junho, em submetidos a processos de pasteurização ou este-
São Paulo, trouxe soluções inéditas de abertura de rilização.
embalagens para alimentos. Bom exemplo vem Embora o desenvolvimento esteja direcionado
dos lacres produzidos com tecnologia de corte a a fabricantes de conservas em geral, o foco inicial
laser, que estão causando grande movimentação é no mercado de palmito. A meta é produzir 20
no segmento de embalagens plásticas rígidas (ver milhões de unidades em seis meses. Nos cálculos
página 60). de Sinclair Fittipaldi, gerente de marketing da
Numa outra frente, foi possível ver novos Suzano Petroquímica, o potencial do negócio é de
desenvolvimentos do tipo easy-open para tampas 360 toneladas de PP por ano.
metálicas. Um dos destaques é resultado de parce- ESTRUTURA MISTA A nova tampa oferece opção de cores no
ria entre a Suzano Petroquímica e a Massucato. Na Parceria entre Massucato painel plástico e impressão litográfica na parte
e Suzano Petroquímica metálica. Dessa forma, pode-se combinar a cor
verdade, não se trata propriamente de uma tampa
resultou em tampa feita
metálica, mas sim de um fechamento misto, que de aço e polipropileno
do rótulo com a da estrutura plástica, tornando-a
combina aço e polipropileno (PP). um elemento auxiliar de decoração. A produção
Da área de ferramentaria e injeção de plásti- inicial será nos diâmetros de 74 e 63 milímetros,
cos, a Massucato desenvolveu a idéia pensando Massucato com possibilidade de expansão da oferta para 38,
(19) 3246-0322 58 e 85 milímetros.
em potes de vidro para conservas. Se tudo ocorrer
www.massucato.com.br
como previsto, muitas donas de casa deixarão de
recorrer a seus maridos na hora de abrir potes de Rojek O trunfo da Rojek
(11) 4447-7900 Em outra demonstração de que o mercado de
produtos como picles, azeitona e palmito. Segundo www.rojek.com.br
a empresa, um mecanismo interno permite a fechamentos incorporou o “DNA da inovação”,
abertura com um quarto da força necessária para a Suzano Petroquímica a Rojek, criadora das tampas Abre-Fácil que há
(11) 3583-5900 anos fazem sucesso em latas e copos de vidro
retirada de uma twist-off comum. www.suzanopetroquimica.com.br
“Em termos de preço, os acessórios se equi- de alimentos, apresentou uma inovação em seu
valem”, compara José Carlos Massucato, mentor sistema baseado em alto vácuo e num pequeno
da novidade. Além do aspecto conveniência, a DIÂMETRO AMPLIADO selo plástico de vedação. A tecnologia agora está
maior resistência a vácuo, outra alegada vantagem Baseada em alto vácuo e disponível em diâmetro ampliado: 113 milíme-
num disco de vedação,
da tecnologia, promete disseminá-la no cenário tros. Batizada de BR-1, a nova tampa é dotada de
tampa BR-1 promete
nacional. “Além disso, a tampa não deforma e não disseminar tecnologia garras, permitindo aplicação em potes de vidro. A
enferruja, possibilitando reutiliza- Abre-Fácil em potes de idéia também é atender ao segmento de conservas,
vidro de conservas disponibilizando aí a mesma facilidade de aber-
ção”, acrescenta Massucato.
tura conhecida dos consumidores de requeijões,
atomatados, lácteos e doces. Outra novidade em
relação à Abre-Fácil tradicional está no selo em
si. No novo modelo, o acessório não é totalmente
removível. Mesmo após o rompimento do lacre, a
região inferior do disco plástico permanece colada
FOTOS: DIVULGAÇÃO
D
e um lado, pressão por custos.
Do outro, crescente demanda por
embalagens mais resistentes. No
desafio de atender essa dupla
exigência, fabricantes de papel cartão para
embalagens esforçam-se em conciliar maior
rigidez e menor gramatura nos seus novos
desenvolvimentos. Já conhecida de quem é do
ramo, essa tendência foi sacramentada com
o principal lançamento da Suzano Papel e
Celulose durante a Fispal deste ano. A empre-
sa divulgou seu TP Premium, novo triplex
para produção de embalagens cartonadas, que
promete paredes mais leves sem detrimento
de suas características de resistência.
Segundo Gustavo Couto, gerente de
marketing da empresa, a nova tecnologia per-
mite que um cartão com 275g/m² apresente a
mesma resistência de um cartão convencional ESTRUTURA REFORÇADA
com 300g/m². “O TP Premium é uma evo- TP Premium, da Suzano: versão com 275g/m2 apresenta
lução do TP HI-Bulky”, ele compara, numa a mesma resistência de cartão convencional com 300g/m2
referência a outra linha da empresa, esta Esse tipo de acabamento promete crescer no
bastante difundida no mercado de alimentos cenário nacional na esteira das vantagens
prontos e semiprontos. Não por acaso, o ambientais oferecidas na comparação com a
foco do TP Premium também é na indústria COMPOSTÁVEIS laminação convencional, feita com filmes de
alimentícia. Segundo Couto, trata-se de um Em parceria com Innovia PET ou de polipropileno biorientado (BOPP).
Films, Nilpel divulgou
segmento que normalmente demanda cartões linha laminada com
Com substratos de celulose, dizem os conver-
de altas gramaturas. filmes de celulose tedores que investem na tecnologia, garante-
“Mas outros setores, se o mesmo brilho, proteção e resistência a
incluindo cosméticos, medi- abrasão dos laminados de PET e BOPP, porém
camentos e produtos de lim- utilizando-se uma matéria-prima compostá-
peza doméstica, devem ser vel, que não comprometerá a velocidade de
atendidos”, ele comenta. O degradação da embalagem.
gerente da Suzano explica Quem apresentou desenvolvimentos nesse
ainda que, embora custe mais sentido foi a Nilpel, indústria gráfica de
caro, o TP Premium pode São Paulo especializada na conversão de
representar para seus usuá- cartuchos e estojos cartonados. A empresa
rios economia de até 5% pela lançou durante o evento sua linha de emba-
possibilidade de menor con- lagens compostáveis Ciklon, novidade fruto
sumo de cartão. de parceria com a Innovia Films. Esta fornece
Outra tendência em papel filmes da família NatureFlex, obtidos a par-
cartão observada na Fispal foi tir de polpa de celulose, que são aplicados
a de uso de filmes de celulose nas embalagens pela Nilpel. A idéia, explica
para laminação de cartuchos Anderson Dalcin, analista de relações institu-
e outros tipos de embalagem. cionais e de comunicação da convertedora, é
E
m se tratando de embalagens car- Selección, da fabricante J. Garcia.
tonadas assépticas, a Fispal Tradicionalmente a empresa com maior área
reforçou a percepção de de exposição da Fispal, este ano a Tetra Pak
que o acondicionamento ocupou um estande de 1 540 metros
de alimentos sólidos representa uma quadrados. Nele foi possível
das mais atraentes oportunidades no observar uma Ilha de Automação
cenário atual do setor. Mesmo assim, com soluções para melhorar a
as duas principais fabricantes desse performance das fábricas de seus
tipo de embalagem, SIG Combibloc clientes. Na parte de envase, a
e Tetra Pak, não se dedicaram apenas gigante sueca apresentou duas
à divulgação de tecnologias envol- plataformas: a A3 Speed High
vendo caixinhas longa vida esterili- Capacity (versão 2008), definida
záveis por autoclave. como a “mais rápida do mundo
A Tetra Pak aproveitou o evento do cartonado”, com capacidade de
para comemorar 50 anos de atuação 15 000 embalagens/litro por hora; e
no Brasil, onde chegou em 8 de junho a A3 Flex, que opera com diferen-
de 1957, seis anos após sua funda- tes tipos de tampas e com volumes que
ção na Suécia. “Ao longo de todo esse podem variar de 200 mililitros a 1 litro.
tempo, a empresa demonstrou acreditar no país,
e por isso investiu muito”, assinala Guilherme Alimentos sólidos
Franklin, diretor de bebidas e culinários da Como não poderia deixar de ser, a tecnologia
multinacional sueca. Ele acrescenta que hoje EM DESTAQUE Tetra Recart de embalagens longa vida retor-
a Tetra Pak tem uma estrutura muito sólida no Lançamento da Tetra table também foi destacada. As caixinhas que
país, o que faz “grande diferença em termos de Gemina Aseptic e suportam as altas temperaturas do processo de
comemoração dos
atendimento regional”. 50 anos de Brasil
autoclave, permitindo o envase de alimentos
Adepta da filosofia de que os bons resul- foram pontos altos da sólidos e semi-sólidos, já são usadas pela marca
tados do passado não são garantia de sucesso participação da Tetra Pak Quero, no acondicionamento de milho verde,
no futuro, a empresa calcou sua participação ervilha, seleta de legumes e molho de tomate
na Fispal em novas soluções para as indústrias com pedaços (ver EMBALAGEMMARCA 93, maio
de sucos, leites e derivados. Um dos desta- de 2007, página 28).
ques apresentados foi a Tetra Gemina Aseptic Também interessada em mercados tradicio-
SIG Combibloc
(TGA), embalagem de perfil diferenciado cuja (11) 2107-6744
capacidade por enquanto se limita a um litro. www.sig.biz/brasil
Segundo a empresa, trata-se da primeira caixi- Tetra Pak
nha com formato gable top do mundo alimen- (11) 5501-3205
tada por bobinas e com desempenho asséptico www.tetrapak.com.br
completo para o envase de sucos e lácteos.
Produzida numa versão da plataforma Tetra Pak
A3/Flex, a novidade tem em seu design e no da
linha de envase em si elementos que facilitam
a troca para outros modelos da própria família
TGA que devem ser lançados posteriormente. NA PONTA DA RÉGUA
FOTOS: DIVULGAÇÃO
I
mpulsionado por novos processos de
inviolabilidade no ponto-de-venda,
o tema da segurança voltou a atrair
atenções no mercado de embalagem. INVIOLÁVEIS
Dixie Toga desenvolveu
A bola da vez são os equipamentos de corte a lacre para potes de
laser. Aplicável na formação de pequenas perfu- doce de amendoim a Dixie Toga, forne-
rações em fechamentos plásticos, a tecnologia cedora das embala-
começa a ganhar espaço no mercado brasileiro. gens plásticas rígidas
Seu grande trunfo é permitir o desenvolvimento usadas como multipacks
de lacres eficientes e ao mesmo tempo fáceis de das paçocas.
abrir. Integradores de sistemas, representantes de O conjunto chega para substituir o filme
fabricantes de máquinas e fornecedores de emba- de polietileno que, selado a quente no bocal da
lagens plásticas rígidas já começaram a anunciar embalagem, serve de lacre dos potes. Ainda em
projetos dessa natureza. Um deles pode ser visto fase de testes, a nova solução permite aumento de
no mercado de doces e confeitos. produtividade, graças à substituição das máquinas
Quem saiu na frente nesse segmento foi a de selagem utilizadas na aplicação do lacre atual.
Santa Helena, indústria paulista especializada “Com a nova tecnologia, eliminaremos uma etapa
no processamento e na venda de produtos de semi-automática na linha de produção”, explica
amendoim. A empresa adotou novo sistema de Luis Carlos Pinheiro, diretor comercial e de
fechamento para os potes plásticos de sua linha marketing da Santa Helena.
Paçoquita. Nesse caso, o laser forma um picote Paralelamente, a adoção do sistema represen-
entre o lacre e a tampa. O serrilhado permite que tou diminuição nos riscos de acidente de trabalho,
as peças sejam destacadas uma da outra, facili- outro ponto vulnerável da antiga seladora. “O
tando a abertura da embalagem e evidenciando projeto também se destaca por ter sido desen-
tentativas de violação. Resultado de dois anos volvido em termoformagem”, observa Regis Sá,
de pesquisas e desenvolvimento, a solução foi profissional de marketing da Dixie Toga. Segundo
obtida a partir de parceria entre a Santa Helena e ele, lacres de segurança envolvendo equipamen-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
o corpo da lata; e a expan- produção e com baixo índice nhas de água mineral distribuídas no
são por mandris segmen- de refugo. estande da Polo. Segundo a empresa,
tados, que dá a forma final Indústria de Máquinas Moreno aplicações desenvolvidas também
ao corpo da embalagem. (11) 4606-1602 demonstraram bom desempenho em
Segundo Vlademir Moreno www.maquinasmoreno.com.br impressões externas de embalagens
para alimentos, reduzindo riscos de
migração de solventes. No caso de
laminações com filme de BOPP ou
papel cartão, a empresa diz que o
produto pode ser usado também em
embalagens de presentes, perfumes e
cosméticos.
Polo Films
(11) 3707-8270 • www.polofilms.com.br
SOL PP Print
(11) 4199 1316 • www.solembalagens.com.br
Arrancada colorida
D
esengatada a marcha lenta que
conteve os ânimos produtivos nos
últimos tempos, a indústria brasi-
Prestes a
leira de tintas vive a expectativa de ultrapassar
um período de rápida expansão. Não se trata,
pelo menos por enquanto, das altas rotações marca de 1
prometidas pelo Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC). Mas uma retomada inicial bilhão de litros
já pode ser observada, com reflexos positivos
na indústria de embalagens. Neste caso, os
produzidos,
benefícios em potencial recaem no ramo de
latas de aço, que tem nos fabricantes de tintas
indústria de
um dos seus principais mercados no país. tintas começa a
“De fato notamos aumento da demanda no
primeiro quadrimestre”, conta Djalma Carlos, sentir reflexos
gerente comercial da Prada, grande fornece-
dora de latas de aço para fabricantes de tintas.
do aquecimento
A percepção do executivo espelha em grande
medida os números do setor. No ano passado,
do mercado de
quando foram produzidos 968 milhões de litros construção civil
de tintas no Brasil, os fabricantes registraram
crescimento de apenas 2,8% em relação ao
exercício anterior. Em 2007 espera-se avanço
de 4,5%. “Mas o reflexo mais significativo
desse cenário de expansão será notado somente
no ano que vem”, arrisca o gerente da Prada.
Tal previsão tem fundamento na opinião
de diferentes profissionais do ramo de tintas.
Roberto Ferraiuolo, presidente do Sindicato
da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de para Ferraiuolo, lembrando que tais produtos
São Paulo (Sitivesp), lembra que o panorama só entram na obra na fase de acabamento.
positivo está em grande parte ancorado na “Considerando que o arranque do mercado de
política de incentivo à construção civil. Isso construção ocorreu no início de 2006, nosso
inclui a recente desoneração tributária de dife- setor só sentirá os reflexos disso a partir de
rentes materiais de construção e a crescente 2008”, reforça.
oferta de crédito imobiliário, que prometem
reduzir o déficit habitacional de sete milhões Final feliz na negociação com ANTT
de moradias nos próximos anos. Para a indús- Enquanto a esperada explosão de consumo
tria de tintas, vernizes e complementos, tais não acontece, os fabricantes de embalagem se
medidas devem estimular seu principal filão: o mobilizam em diferentes causas. Numa delas,
segmento de tintas imobiliárias, que responde eles ajudaram a aprovar um pleito considerado
por 77% do volume e por mais de 60% do essencial para a indústria de tintas. Trata-
faturamento do setor. se da publicação, pela Agência Nacional de
“Enquanto produtos como cimento e cal Transportes Terrestres (ANTT), de alteração na
reagiram imediatamente ao aquecimento da Resolução 420, do Ministério dos Transportes,
indústria de construção civil, as tintas apresen- que regulamenta o transporte terrestre de pro-
tam um período de maturação maior”, com- dutos perigosos. O novo texto flexibilizou
VARIANTES – Cada
“sistema” de xampu e
condicionador ganhou
embalagem própria
Convite à combinação
Estojo de PP incentiva compra de itens complementares e realça Seda no PDV
C
ondicionadores, reparadores de “Um dos principais objetivos da venda Costa Galli
pontas, cremes, máscaras de tra- agregada é mostrar ao consumidor que existem (11) 5507-5658
www.costagalli.com.br
tamento. Multiplicados nos últi- passos no cuidado com o cabelo, que cada pro-
mos anos, os lançamentos desses duto possui uma funcionalidade distinta, como Gonçalves
(11) 4689-4700
complementadores tentam fazer o público limpeza, condicionamento e hidratação”, expli-
www.goncalves.com.br
assimilar um singelo recado: somente lavar ca Nathalia Amadeu, da área de marketing de
as madeixas não basta. No entanto, como esti- produtos capilares da linha Seda. Jorgon
(21) 3151-9416
mular o consumidor a adquirir um pós-xampu www.graficajorgon.com.br
de mesma chancela, evitando cruzamentos de Material de construção
marcas nas cada vez mais populosas gôndolas Além de ajudar o consumidor a comprovar Kingraf
(41) 3333-53666
de produtos capilares? Principal guarda-chuva a eficácia do uso conjunto dos produtos, de www.kingraf.com.br
da Unilever nesse mercado, a Seda aponta uma quebra os cartuchos desempenham o papel
elegante alternativa. Desde janeiro, combina- de mídia no varejo. “Os packs se destacam Rigesa MeadWestvaco
(19) 3881-8800
dos de xampus e condicionadores da marca nas gôndolas pela sofisticação, tornando-se www.rigesa.com.br
são comercializados em atraentes cartuchos uma importante ferramenta para construção da
plásticos, confeccionados a partir de chapas de marca no ponto-de-venda”, entende Nathalia.
polipropileno (PP). Os estojos de Seda são produzidos pela
Os estojos trazem um visor na parte frontal Rigesa, que dispõe de tecnologia da AGI
definido por dois traços curvilíneos, que trans- Klearfold, empresa especializada em cartu-
mitem a idéia de onda – forte brand equity de chos plásticos controlada pela mesma empre-
Seda. As cores dos estojos combinam com as sa, a americana MeadWestvaco. “O grande
dos frascos dos cosméticos, recurso que ajuda apelo dessa embalagem é a transparência do
o consumidor a diferenciar as versões dos pro- substrato plástico aliada à sofisticação da
dutos, escolhendo a indicada para o seu tipo impressão em alto brilho, garantindo diferen-
de cabelo. ciação no ponto-de-venda e a interação do
Os cartuchos de PP estampam projetos produto com o consumidor”, assinala Otávio
gráficos da agência Costa Galli. Alguns deles L. Fogo, gerente de desenvolvimento de negó-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
ainda contêm em seus versos, num toque de cios da Rigesa. Segundo ele, o uso desse tipo
glamour, fotografias de modelos com melenas de embalagem, capaz de ser impresso em até
bem-cuidadas, apresentando os resultados pro- sete cores e agregar verniz UV de alto brilho, é
metidos por cada conjunto. inovador no segmento de xampus. (MF)