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Analise Tecnica
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COM
FERNANDO GÓES
PARTE 1 - APRENDENDO OS CONCEITOS E TEORIAS DA ANÁLISE
TÉCNICA BASEADO NO GRÁFICO NOMINAL DO IBOVESPA DESDE O PLANO
REAL.
1.3 - Candles
“Pretendo nesse curso não só mostrar todo o método de análise técnica que uso
como também provar matematicamente que a junção dos padrões gráficos com a análise de
risco e retorno ou stop VS potencial de lucro deixará qualquer um vencedor de longo prazo,
basta aplicar a disciplina e estratégia e não emoção operando o que vê e não o que acha.
Dedico metade deste curso para o ensinamento da técnica e métodos. A outra
metade para aplicação dos conceitos na prática utilizando exemplos reais (parte 1 e parte
2).”
PARTE 1 - APRENDENDO OS CONCEITOS E TEORIAS DA ANÁLISE
TÉCNICA BASEADO NO GRÁFICO NOMINAL DO IBOVESPA DESDE O PLANO
REAL.
A primeira coisa a esclarecer para todo participante do mercado é que existem duas
formas distintas de se proceder: como investidor e como trader. O investidor não visa
comprar barato e vender caro ganhando com a oscilação dos preços. Ele visa acumular mais
bens ou ações trocando seu dinheiro por bens, pensando em isolar e não aproveitar a
volatilidade. Você pode agir assim sendo um eterno comprador, como uma previdência
privada ou até usando derivativos e opções nas posições. Mas o ponto principal aqui é que
o trader quer aproveitar as oscilações enquanto o investidor quer isolar.
É claro que a análise gráfica é muito mais indicada como forma de trade do que
investimento, já que ela é uma ferramenta de previsibilidade e disciplina como ficará mais
claro ao longo do curso.
Com toda essa evolução e quantidade de vertentes da análise, dois fatores serão
essenciais para o sucesso na utilização desse método. Em primeiro lugar a importância de
encontrar um método simples e objetivo de análise que funcione, já que com uma
infinidade de indicadores e análises diferentes é bem provável que as pessoas se percam
sem saber o que exatamente funciona mais, ou o que deveremos usar. Particularmente, no
inicio, utilizava vários indicadores como MACD, Mov. Direcional, Trix e outros; que com
o tempo passei a achar redundante. Hoje utilizo muito menos; praticamente só médias
móveis e IFR em alguns momentos, mas sempre usando na frente à configuração suportes e
resistências; mesmo porque só a partir daí podemos traçar estratégias bem definidas
utilizando o cálculo de risco/retorno a nosso favor. Os indicadores ajudam, mas é
importante entender bem o porquê para não cair em armadilhas, confusão, ou acreditar que
são infalíveis, já que na verdade quem faz os indicadores de compra e venda é o mercado e
nunca na ordem contrária (voltaremos com esse assunto mais pra frente).
Mais importante ainda é saber criar estratégias bem definidas em cima dos gráficos
e ter bastante disciplina na hora de executar as operações. Prever sem operar é muito mais
fácil do que ganhar dinheiro pelo simples fato de estarmos operando. O fator emocional de
ganhar ou perder dinheiro é muito forte e capaz de levar qualquer um a cometer erros,
quando traçamos estratégias com antecedência e conseguimos responder perguntas como
qual é meu stop, que objetivo defende se for a favor e etc. Se minimizarmos o fator
emocional ou psicológico fica mais fácil operar corretamente.
Ser um vencedor em longo prazo será uma conseqüência dessas atitudes. Perder
dinheiro faz parte do jogo, só não perde quem não opera ou mente. O importante na
verdade é saber o que e porque está fazendo cada movimento; operando corretamente
mesmo na hora da perda e stop, lembre-se sempre dessa frase: “O importante não é ganhar
ou perder e sim QUANTO se ganhou na vitória; QUANTO se perdeu na derrota”. Por isso
operar corretamente e buscar stops de perda sempre menores que o objetivo de lucro é
essencial para ser um trader de sucesso.
Sempre que um ponto fica isolado no tempo como um topo e fundo, é criada uma
memória forte desse preço no mercado. Então, quando testado novamente, o mesmo ponto
parece se lembrar e respeitar o número como suporte ou resistência.
1.3 - Candles
Nos livros específicos sobre o assunto existe uma gama bem alta de padrões de
Candles diferentes principalmente com a combinação de uma ou mais figura, mas o que
quero aqui não é dominar toda a teoria e sim conhecer e entender os principais candles, já
que acho isso o bastante para usar com eficiência na prática essa análise. Então vou citar os
principais e suas características:
1.3.2 - O martelo e o Shooting star
1.3.3 - Engulfing
Sempre que uma barra “engole” (por isso o nome engulfing) o corpo e barra anterior
temos um engulfing nos candles, quando a barra que está engolindo é de queda e o mercado
está nos topos o engulfing é de queda, e quando no fundo a um candle de alta “engole” ou
“engolfa” o candle anterior temos um engulfing de alta. Quanto mais candles anteriores
estiverem sendo engolidos, mais forte é o padrão.
Este padrão existe também em casos mais raros os “engulfing de continuação” a
leitura na prática é a mesma, mas nesse caso é quando o padrão aparece a favor da
tendência, ou seja o ativo que já está subindo plota um candle engolindo o anterior e vice
versa quando está caindo.
Quando um ativo está em alta, abre com gap de alta e acaba plotando um candle de
queda, penetrando até mais ou menos a região da metade do candle anterior. Chamamos
isso de dark cloud cover.
Quando o movimento é contrário e após um movimento de gap de queda, vamos ter
um candle de alta penetrando o candle anterior - chama-se Piercing Line.
1.3.5 - DOJI e SPINNING
Outro candle de indecisão que pode aparecer com mesmo nome e padrão no topo e
no fundo chama-se harami cross (ou traduzindo mulher Grávida). Esse padrão se dá quando
em um movimento de alta temos uma barra grande de queda seguido de um candle pequeno
no meio do grande (muitas vezes esse candle é um doji ou spinning), por isso chamado de
mulher grávida, como se o candle grande fosse a mulher e o candle pequeno no meio, o
filho na barriga.
Como veremos, mais importante do que decorar o nome das figuras é entender o
que está por traz e porque indicam padrões de entrada. Vamos ver, por exemplo, que
existem os candles que indicam mais força de alta ou queda, e os candles que indicam
indecisão. Quando separados, a explicação para eles são bem semelhantes, e na prática os
candles de indecisão necessitam muito mais de uma confirmação que os que indicam força.
A confirmação de fundos e topos nos sinais de candle se dará na barra seguinte, os candles
de fundo confirmam com barras de alta vencendo a máxima anterior, os candles de topo
com barras de queda perdendo a mínima anterior.
Para finalizar essa parte é bom destacar que para se operacionalizar melhor os
candles, é bom combiná-los principalmente com suporte e resistência, e às vezes com IFR
(veremos adiante) e que no geral são muito mais para uma entrada contra tendência do que
para saídas e zeradas a favor da tendência, onde podem até ajudar, mas por não ser a função
principal deles muitas vezes atrapalham.
Considero esta a parte mais rentável da análise técnica, já que como o nome diz as
“figuras de impulsão” tem como característica impulsionar os ativos para um movimento
forte e rápido e não tem nada mais fácil para ganhar muito em pouco espaço de tempo do
que quando uma figura clara funciona. Além disso, veremos mais adiante que diferente dos
candles ou mesmo indicadores e osciladores, as figuras podem ser projetadas com
Fibonacci e por isso temos a possibilidade de antever seus possíveis objetivos.
Antes de tudo vamos entender a diferença entre Pivot e Figuras de impulsão; na
verdade toda figura de impulsão é um pivot, mas nem todo pivot é uma figura de impulsão.
O pivot é qualquer zig-zag que o mercado faz, os pivots de alta apresentam-se quando
temos uma realização da alta deixando um topo e sem perder o fundo anterior o ativo volta
para romper esse topo (dizemos que o mercado rompeu um pivot de alta). O contrário com
pivot de queda, quando o mercado caindo faz um movimento de alta sem vencer o topo e
volta a cair perdendo o último fundo.
Já a figura de impulsão é mais trabalhada e principalmente tem uma simetria de
movimentos quase que espelhando o movimento da direita na parte esquerda. Mostrarei
exaustivamente várias figuras de impulsão, mostrando que o importante não é o nome delas
e sim o quão simétrica e bem configurada ela está. Existem muitos nomes de figuras, mas
prefiro me apegar em apenas alguns para simplificar, já que no final das contas o que
vamos ter são variações dessas mesmas figuras principais.
Ombro Cabeça Ombro & Ombro Cabeça Ombro invertido (OCO & OCOI)
Essa é minha figura preferida. Muito simétrica, ela tem uma característica a mais
que as outras que é a possibilidade de ver com antecedência que ela pode ser configurada, e
com isso, trazer a possibilidade de antecipação entrando comprado no fundo do segundo
ombro do OCOI ou vendido no topo do segundo ombro do OCO. Além dessa enorme
vantagem, é difícil que ela falhe quando bem configurada, e na maioria das vezes traz
movimentos fortes e rápidos.
3 Montanhas e 3 Rios
Esta figura na prática nada mais é que um OCO & OCOI só que a montanha central
não é maior, isso dificulta a antecipação que é vantagem no OCO. Mas na prática acaba
sendo bem parecida; é simétrica, funciona bem, mas talvez seja dentre as figuras a que mais
tem variações, assim como é muito comum terem outros nomes, como “mastro bandeira”,
“triângulos” e etc, mas estou citando isso não porque acho errado chamar de nomes
diferentes e sim para vermos como é muito mais importante entender o porquê as figuras
funcionam do que simplesmente denominar.
W e M - Os W de alta e M de quedas são as figuras que mais se assemelham com os
simples pivots, sendo a diferença apenas que os W e M perfeito são fundos duplos(W) ou
topos duplos(M), mas assim como não é errado chamar um pivot de queda de M ou de alta
um W na maioria das vezes, também não é errado dizer que tais figuras são apenas pivot.
Na verdade acabam tendo a mesma funcionalidade na prática apesar de quando temos topo
ou fundo duplo acabam sendo figuras mais simétricas.
O termo agulhada foi inventado pelo grafista Didi que criou um indicador para
facilitar a visualização delas, ele usa as mm simples de 3,8 e 21, que são mais curtas e
difíceis de visualizar no gráfico. Assim, cirou-se a idéia de dividir todas as mm pela média
central (no caso a 8) e como 8 dividido por 8 dá 1, a média central fica linearizada na
horizontal enquanto as outras variam em cima dela, e quando temos o cruzamento das duas
em cima dessa média horizontal fica fácil de perceber uma agulhada; quando a média maior
sai por cima temos uma agulhada de venda e vice versa.
Uso o indicador do Didi tanto com as mm indicadas por ele (3,8 e 21), que é mais
de curto prazo, como também com as mesmas (9, 21 e 40), que nesse caso são mm simples
e não exponenciais.
1.5.3 - IFR Índice de força relativa
Será onde vamos usar os suportes e resistências, os padrões de fundo e topos nos
candles e vamos pedir ajuda ao IFR na busca principalmente de divergências. Aqui a
operação tende a ser um pouco mais lenta para se concretizar, os objetivos não são tão
claros, mas na maioria das vezes temos uma grande vantagem no stop curto, já que estamos
comprando em suporte com sinal de fundo ou vendendo em resistência com sinais de topo e
já sabendo com antecedência qual é o stop curto a utilizar.
A favor da tendência macro e contra tendência micro – É sempre bom ficar claro
que a tendência é o mais importante e ela é sua amiga no mercado. Porém, quando temos
um mercado com uma tendência muito bem definida, um canal ou LTA/B também claro, às
vezes o rompimento no qual foi iniciado já passou bem antes. Mas nem por isso o ativo
deixa de estar forte, nessas horas é que acaba sendo melhor esperar realizações dentro da
tendência de alta e assim aplicar o que chamo de KaiuKomprou (KK), o que em uma
tendência de queda chamaria de VOLLEY (levantou, cortou) quando a tendência está bem
definida na queda e esperamos repiques de alta para vender. Os canais de LTA/B são bem
utilizados aqui, comprando nos suportes do canal de alta (LTA) ou vendendo na resistência.
No caso do canal de baixa (LTB), as próprias médias móveis exponenciais que uso,
também podem servir como os canais para achar suportes / resistências e aplicar esse tipo
de entrada, quando elas estão alinhadas (para alta ou queda) e o mercado realiza até o teste
das médias sem fazer elas se cruzarem.
2.2 - Psicologia de Mercado I
Bull Markets é onde o mercado está claramente em alta, seja com figuras altistas
rompidas, seja trabalhando em LTAs com topos e fundos ascendentes. Ele estará no curto
prazo gerando riqueza, ou seja, as empresas estão se valorizando e temos entradas de
dinheiro no mercado. Isso traz mais facilidade para ganharmos a nossa parte, o mercado se
torna menos volátil e as configurações mais claras, os suportes e resistências melhores
respeitados e etc. O principal motivo é a geração de riqueza que está acontecendo, e
também um motivo emocional já que a ambição é um sentimento mais fraco que o medo.
Bear Markets é onde o mercado está destruindo riqueza no curto prazo, as empresas
perdendo valor e o dinheiro saindo. Dá para ganhar para quem opera vendido e quando
pegamos um bom ponto de venda é provável que você ganhe bem rápido. Não é por acaso
que existe uma clássica frase que diz que o “mercado sobe de escada e desce de elevador”.
A verdade é que o medo é a emoção mais forte humana e as quedas tendem a ser mais
fortes e fulminantes mesmo, mas não ache que é mais fácil de operar. Os mercados de
venda tem muito mais volatilidade, as quedas fortes se misturam com pull bvacks
inesperados e é mais provável os falsos rompimentos e violinos. Então no geral é um
mercado mais difícil, na destruição de riqueza certamente fica mais difícil tirar sua parte de
dinheiro, mas quando se opera com disciplina e padrões corretos é ao menos mais fácil que
um mercado totalmente sem tendência e lateral.
Existem momentos que o mercado fica mesmo indeciso. Abrimos os gráficos para
ver a leitura dos fluxos e percebemos que nada está claro, pode desenhar para cima, pode
desenhar para quedas, mas no geral está “flat” congestionado e sem direção clara e bem
difícil de se ganhar dinheiro. Normalmente é nesse momento que o mercado vem a
desenhar as figuras de impulsão. É quando ele está sem tendência e congestionado que
podemos distribuir para entrar em queda ou acumulando para entrar em alta, mas enquanto
está indefinido talvez seja o mercado mais difícil de ganhar dinheiro. Muitas vezes é bom
até ficar de fora olhando, para quando ficar claro a sua direção estarmos preparados para
aproveitar o máximo.
Já citei isso varias vezes ao longo da apostila e mais ainda do curso, mas é uma
parte tão importante que fiz um tópico só para isso. Esse é o maior segredo dos vencedores,
mesmo para aqueles que usam outros métodos, só existe trader vencedor quem tem isso em
mente. É importantíssimo ver qual é o stop e quanto vamos perder se der errado VS qual o
objetivo e quanto vamos ganhar se der certo. O ideal é que essa proporção seja pelo menos
de 2 para 1, não importa o quanto de percentual é seu stop, pode ser de 15% contando que
você visualize uma chance de ganhar 30% ou mais. Pode ser de 2% contanto que você
visualize ganhar 4% ou mais, quanto maior é essa proporção melhor é a sua operação.
Existe uma frase que fala “deixem os lucros correr e corte suas perdas o mais rápido
possível”. Isso é uma verdade e talvez o maior segredo de ser vencedor no longo prazo, o
trader de sucesso pode em 10 operações ter errado 7 e acertado 3, mas quando você vai ver
o saldo dele está muito vencedor, com certeza ele sabe fazer isso bem. Enquanto outros em
10 operações acertaram 7 e erraram 3 mas estão perdendo dinheiro no saldo, isso também
tem a ver com a emoção humana, que na hora do lucro tem pressa para sair e botar no
bolso, na hora do prejuízo não querem aceitar e não conseguem sair. Operar assim é fatal,
quando ganha é pouco quando perde é muito. Tentem sempre fazer o contrário, ganhar mais
até que o seu objetivo, mas na hora do stop não hesitem em sair, mais importante é ficar
vivo para quando os melhores movimentos aparecerem você conseguir ganhar. Encarem a
gordura de lucro que você tem como um incentivo de ganhar mais, afinal é possível ter
stops no lucro e é muito difícil voltar a entrar em um ativo quando você sai antes do tempo.
O Maior problema para um trader é o fato que a dor da perda é sempre bem maior
que o prazer do ganho, na prática isso resulta na atitude da pessoa sempre que está
perdendo ficar bem mais corajoso tentando evitar a dor da perda a qualquer preço e quando
está ganhando ficar medroso tentando garantir o lucro a qualquer preço, e esse
definitivamente é a pior maneira de se comportar como trader.
Vamos agora entender as principais caracteristicas psicológicas que nos fazem agir
assim, o poder da negatividade no cérebro e poque isso acontece e como criar mais
positividade e com isso aderencia as variações psicológicas do trade, e como evitar decisões
emocionais e ser o mais disciplinado possível.