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JOÃO PESSOA - PB
2019
ESTUDO DE OBRAS DE ARTES ESPECIAIS: Ênfase no caso do Viaduto T5 na
Marginal Pinheiros – SP
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Obras de arte especiais (OAE) são estruturas que têm a finalidade de transpor
obstáculos, tais como avenidas, vales, rios, entre outros (ARAÚJO, 2014). A duração das
estruturas especiais, como os viadutos, está vinculada a questões como: idade, uso à qual foi
projetada, exposição ao meio onde está inserida e atividades de manutenção.
A medida em que os centros urbanos foram crescendo e se desenvolvendo, ruas e
rodovias sendo construídas e o número de veículos e pessoas aumentando, veio a necessidade
de se ter o veículo próprio por parte dos habitantes. São Paulo, por exemplo, possui uma área
de 1.521 km² e população de aproximadamente 12,18 milhões de habitantes (censo de 2017
do IBGE), em que eles costumam morar distante do local de trabalho, fazendo elevar a cada
ano que passa o tráfego nas ruas e rodovias desta cidade.
Com tal desenvolvimento, a cidade tende a crescer de maneira exponencial e obras
de alargamento e construção de vias e túneis, ampliação e construção de pontes e viadutos se
tornam cada vez mais necessárias e, se tratando de meios urbanos, muito mais complexas.
Essa complexidade faz com que os riscos de ocorrência de erros, seja de projeto,
execução ou manutenção, aumentem.
Assim, faz-se necessário um estudo detalhado dos elementos estruturais e flexíveis
responsáveis pelo funcionamento correto e seguro das OAE, como os aparelhos de apoio
estrutural, as juntas de dilatação, bem como os escoramentos que elas utilizam.
Neste contexto, este estudo tem por objetivo apresentar os métodos normativos de
execução de aparelhos de apoio, juntas de dilatação e escoramento em OAE, bem como
avaliar esses três elementos no Viaduto T5, localizado na marginal pinheiros, na cidade de
São Paulo – SP.
Trata-se de uma temática relevante para toda a sociedade e, em especial para os
profissionais da área de Construção Civil, estudantes e engenheiros, como também serve de
aporte teórico para estudos futuros.
2 OBJETIVO
Apresentar o estudo dos elementos estruturais e flexíveis de obras de arte especiais,
tais como aparelhos de apoio, juntas de dilatação e escoramento, focando especificamente no
caso do Viaduto T5, localizado na marginal pinheiros, na cidade de São Paulo – SP.
3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Uma classificação não muito precisa, grupa os aparelhos de apoio em duas grandes
classes: elastoméricos e mecânicos.Os apoios elastoméricos têm comportamento vertical
elástico e acomodam movimentos horizontais e rotações comprimindo e deslocando as
camadas de Neoprene ou de materiais similares (DNIT 091, 2006).
Os apoios mecânicos têm comportamento vertical rígido e acomodam movimentos
horizontais e rotações por deslizamentos, rotações e movimentos pendulares. Uma outra
classificação simplesmente grupa os aparelhos de apoio em aparelhos de apoio fixos e
aparelhos de apoio móveis(DNIT 091, 2006).
A recuperação de aparelhos de apoio, nos casos extremos, implica no perfeito
conhecimento de seu funcionamento e na avaliação das solicitações que sobre ele incidem. A
substituição de aparelhos de apoio, mesmo em pontes com vãos de modestas dimensões, é
uma operação cara e difícil, quando esta substituição não foi prevista em projeto, apesar de
obrigatória a partir da NBR 7187/2003.
3.4 ESCORAMENTO
3.4.1. Escora
Peça comprimida, vertical ou inclinada; as peças verticais são denominadas de
montantes e as horizontais, de diagonais.
3.4.2. Contraventamento
Conjunto de peças, horizontais ou inclinadas, que enrijecem alguns tipos de
escoramento.
3.4.3. Descimbramento
Afrouxamento, descolamento ou retirada total do escoramento, quando a estrutura de
concreto já adquiriu resistência suficiente para se suportar. Para facilitar o descimbramento,
colocam-se certos dispositivos que permitem rebaixar o cimbramento, retirando-os de carga;
estes dispositivos podem ser constituídos de cunhas, peças rosqueadas, caixas de areia,
macacos hidráulicos, etc.
4 METODOLOGIA
Como ponto de partida foi realizada revisão bibliográfica, mediante pesquisa em
apostilas de construção, monografias de cursos de especialização, dissertações de mestrado e
teses de doutorado, assim como a consulta de normas e manuais e artigos pertinentes. Os
textos e dados obtidos na pesquisa foram tabulados, analisados e utilizados como base para a
redação dos diversos itens desse estudo.
Este trabalho descreve através de bibliografia de vários autores sobre o viaduto da
marginal pinheiros, localizado em São Paulo, tem como finalidade apresentar um estudo de
caso sobre os tipos de escoramento utilizado na construção do viaduto, às juntas de dilatação
que foram utilizadas e apresentar de modo específicos as grandes infraestruturas. Como
também, caracterizar a importância de cada elemento descrito anteriormente e suas funções na
estrutura.
Dispondo do projeto, verifica-se que a montagem foi feita com uma excentricidade
de 5cm no sentido contrário à tendência de movimento, de modo que a verificação ficou ainda
mais folgada. De fato, tudo foi projetado de forma adequada (é verdade que esses detalhes só
chegaram 4 semanas após o acidente) e a hipótese de escorregamento fica menos provável,
mas ainda é possível. Olhando, no entanto a foto do pilar P9 e suas linguetas logo após o
acidente, a seguir, observa-se que a ponta da lingueta não escorregou, mas ficou presa na
cabeça do pilar. Assim, essa é uma hipótese razoável que é desconsiderada.
Para executar a substituição dos aparelhos de apoio e termo complementa, se
necessário, o projeto de recuperação. O tráfego deve ser desviado antes do início dos serviços,
só podendo retornar após a conclusão dos serviços. Deve-se seguir as seguinte condições e
recomendações:
5.2.3 Escoramento
Algumas iniciativas vêm sendo tomadas nos últimos anos no sentido de adotar
procedimentos para a conservação das obras, porém, trata-se de ações isoladas que pouco
representa diante da magnitude e da importância dessa questão.
Como são observados diversos tipos de patologias nas obras de arte especiais, é
preciso que cada caso seja avaliado conforme as características das estruturas analisadas,
apresentando um projeto específico para obras de recuperação ou manutenção daquele
sistema.
Neste estudo fez-se uma avaliação de elementos estruturais e flexíveis do viaduto T5
na marginal pinheiros, em São Paulo.
As causas do rompimento da ponte foram apontadas pela prefeitura como uma
composição de fatores. Foram identificados fadiga do concreto e defeitos ocultos (não
identificáveis em inspeção visual), como a ruptura na parte intermediária de uma viga, que
dobrou e se apoiou sobre o pilar. Assim, serão reformados os pilares, reparada a viga e refeito
o tabuleiro do viaduto.
______. NBR 9783: aparelhos de apoio de elastômero fretado. Rio de Janeiro, 1987.
Disponível em: <https://www.normas.com.br/visualizar/abnt-nbr-nm/1402/abnt-nbr9783-
aparelhos-de-apoio-de-elastomero-fretado>. Acesso em: 09 dez 2019.
EPUSP. O caso do viaduto T5 na marginal dos pinheiros. São Paulo, 2019. Disponível em:
<https://docplayer.com.br/140005164-O-caso-do-viaduto-t5-na-marginal-do-pinheiros.html>.
Acesso em: 09 dez 2019.