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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO JEAN PIAGET DE BENGUELA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO, SOCIAIS E HUMANAS

TRABALHO INVESTIGATIVO DE ECO-ANTROPOLOGIA

TEMAS:

ABIOGÉNESE, BIOGÊNESE. COSMOGÊNESE, TEORIA DA


EVOLUÇÃO E ANTROPOGÊNESE

ELABORADO:
PEQUENINO JOAQUIM MANUEL
1º ANO
PERIODO: NOITE
CURSO: PSICOLOGIA
ORIENTADOR:
_____________________________
Dr. CUSTÓDIO

BENGUELA, 2020
ABIOGÉNESE
Abiogénese (pt-BR) ou Abiogénese (pt) (do grego a-bio-genesis, "origem
não biológica") designa de modo geral o estudo sobre a origem da vida a partir
de matéria não viva. No entanto há que se fazer distinções entre diferentes
ideias ou hipóteses as quais o termo pode ser atribuído. Atualmente o termo é
usado em referência à origem química da vida a partir de reações em
compostos orgânicos originados abioticamente. Esta designação entretanto, é
ambígua, pois muitos pesquisadores se referem ao mesmo processo utilizando
o termo 'biogênese'. Ideias antigas de abiogênese também recebem o nome de
geração espontânea, e essas foram, há muito tempo, descartadas pela ciência;
consistiam basicamente na suposição de que organismos mais complexos, dos
que se observam diariamente, não se originassem apenas de seus
progenitores, mas de qualquer ser inanimado.
O consenso científico atual é que a abiogênese ocorreu
aproximadamente entre há 4400 milhões de anos, quando o vapor de água se
condensou pela primeira vez na Terra, e há 2700 milhões de anos, quando a
proporção de isótopos estáveis de carbono (12C e 13C), ferro e enxofre aponta
para uma origem biogénica de minerais e sedimentos.
Os estudos sobre a origem da vida são um campo limitado de pesquisa
apesar do seu profundo impacto na biologia e na compreensão do mundo
natural. O progresso neste campo é geralmente lento e esporádico, apesar de
atrair a atenção de muitos devida à importância da questão. Várias hipóteses
têm sido propostas, dentre as quais a Teoria de Oparin da sopa primordial e a
do mundo do RNA, que a complementa.
Actualmente, o termo abiogênese (do grego a-bio-genesis, "origem não
biológica") é usado em referência à origem química da vida a partir de reações
em compostos orgânicos originados abioticamente, sendo essa ideia
geralmente referida como abiogênese química. Paradigma científico
atualmente válido para a origem da vida, segundo a abiogênese química a
primeira protocélula, com capacidade de autorreprodução, teve origem
diretamente na matéria inanimada, e uma vez presente, por evolução, derivou-
se a seu tempo, por reprodução, a origem de toda a diversidade biológica no
planeta. A abiogênese química não implica a origem direta na matéria
inanimada de organismos complexos; em verdade proíbe tal cenário. A
veracidade dessa hipótese encontra forte corroboração na árvore da vida, que
remete todos os seres vivos do planeta não apenas a ancestrais comuns mas
também os converge a um único ancestral comum.
Geração espontânea
Os primeiros defensores conhecidos das ideias nesse sentido foram
Anaximandro, seu pupilo Anaxímenes, e outros como Xenófanes, Parmênides,
Empédocles, Demócrito, e Anaxágoras. Sustentavam de modo geral que a
geração espontânea ocorria, mas em versões variadas.
O defensor mais famoso dessa hipótese na antiguidade foi Aristóteles há
mais de dois mil anos, e em sua versão, supunha a existência de um "princípio
ativo" dentro de certas porções da matéria inanimada. Esse princípio ativo
organizador, que seria responsável, por exemplo, pelo desenvolvimento de um
ovo no animal adulto, cada tipo de ovo tendo um princípio organizador
diferente, de acordo com o tipo de ser vivo. Esse mesmo princípio organizador
também tornaria possível que seres vivos completamente formados
eventualmente surgissem a partir da "matéria bruta".
A ideia era baseada em observações - descuidadas, sem rigor científico
atual - de alguns animais aparentemente surgirem de matéria em putrefação,
ignorando a pré-existência de ovos ou mesmo de suas larvas. Isso antecedeu o
desenvolvimento do método científico tal como é hoje, não havendo tanta
preocupação em certificar-se de que as observações realmente
correspondessem ao que se supunha serem fatos, levando a falsas
conclusões.
Relatos de geração espontânea são encontrados, por exemplo, na
mitologia grega: após o dilúvio universal, o casal humano sobrevivente
Deucalião e Pirra precisou da ajuda dos deuses para recriar a humanidade,
mas os animais apareceram através da geração espontânea.
Francesco Redi
O primeiro passo na refutação científica da abiogênese aristotélica foi
dado pelo italiano Francesco Redi, que em 1668, provou que larvas não
nasciam em carne que ficasse inacessível às moscas, protegidas por telas, de
forma que elas não pudessem botar lá seus ovos. Em suas "Experiências sobre
a geração de insetos", Redi disse:
Embora me sinta feliz em ser corrigido por alguém mais sábio do que eu
caso faça afirmações errôneas, devo expressar minha convicção de que a
Terra, depois de ter produzido as primeiras plantas e animais, por ordem do
Supremo e Onipotente Criador, nunca mais produziu nenhum tipo de planta ou
animal, quer perfeito ou imperfeito…
Redi então supunha que a geração espontânea teria ocorrido apenas
durante os primórdios da Terra. Formulou a hipótese que o que aparentava ser
geração espontânea na verdade era oriundo de ovos serem depositados por
moscas no material em putrefação. Admitiu a necessidade de testar essa
hipótese. Formulou o experimento então de forma a limitar as variáveis de
forma mais cuidadosa, deixando metade dos frascos tampados e outra metade
destampada.
Needham e Spallanzani
A invenção e aperfeiçoamento do microscópio renovaram a aceitação à
abiogênese. Em 1683, Anton van Leeuwenhoek descobriu os microrganismos,
e logo foi notado que não importava o quão cuidadosamente a matéria
orgânica fosse protegida por telas, ou fosse colocada em recipientes tampados,
uma vez que a putrefação ocorresse, era invariavelmente acompanhada de
uma miríade de bactérias e outros organismos. Não se acreditava que a origem
desses seres estivesse relacionada a reprodução sexuada, então sua origem
acabou sendo atribuída à geração espontânea. Era tentador pensar que
enquanto formas de vida "superiores" surgissem apenas de progenitores do
mesmo tipo, houvesse uma fonte abiogênica perpétua da qual organismos
vivos nos primeiros passos da evolução surgiam continuamente, dentro de
condições favoráveis, da matéria inorgânica.
John Needham, em 1745, realizou novos experimentos que vieram a
reforçar a hipótese de a vida poder originar-se por abiogênese. Consistiam em
aquecer em tubos de ensaio líquidos nutritivos, com partículas de alimento.
Fechava-os, impedindo a entrada de ar, e os aquecia novamente. Após vários
dias, nesses tubos proliferavam enormes quantidades de pequenos
organismos. Esses experimentos foram vistos como grande reforço a hipótese
da abiogênese.
Pasteur
Foi principalmente devido ao grande biólogo francês Louis Pasteur, em
1862, que a ocorrência da abiogênese, que nesse caso se referia a Geração
espontânea, no mundo microscópico foi refutada tanto quanto a ocorrência no
mundo macroscópico. Contra o argumento de Needham sobre a destruição do
princípio ativo durante a fervura, ele formulou experimentos com frascos com
"pescoço de cisne", que permitiam a entrada de ar, ao mesmo tempo em que
minimizavam consideravelmente a entrada de outros micróbios por via aérea.
Dessa forma, demonstrava que a fervura em si, não tirava a capacidade
dos líquidos de manterem a vida, bastaria que organismos fossem neles
introduzidos. O impedimento da origem da vida por falta do princípio ativo,
também pode ser descartado, já que o ar podia entrar e sair livremente da
mistura. O recipiente com "pescoço de cisne" permaneceu nessas condições,
livre de micróbios durante cerca de um ano.
A geração espontânea é descartada
Mais tarde, descobriu-se[quem?] que esporos de bactérias são
geralmente envolvidos em membranas resistentes ao calor, e que apenas a
prolongada exposição à elevadas temperaturas e a baixa umidade - a um
tostador - poderia ser reconhecida como um processo eficientes de
esterilização [carece de fontes]. Variações súbitas de temperaturas (choques
térmicos) também são eficazes, sendo ambos os princípios aplicados juntos em
vários processos modernos de esterilização, a citar na pasteurização. Além
disso, a presença de bactérias, ou seus esporos, é tão universal que apenas
precauções extremas podem evitar a reinfecção de material esterilizado.
Corroborou-se desta forma que todos os organismos que constituam-se ou
dependam de células exibindo complexidade não trivial - todos os atualmente
conhecidos - derivam-se de organismos vivos pré-existentes, recebendo esta
regularidade natural o nome de Lei da Biogênese.
É importante contudo ressaltar que a lei da biogênese conforme
proposta atualmente não contradiz a abiogênese química proposta para o
primeiro ser vivo - o de complexidade trivial - a habitar o planeta Terra.
Origem química da vida
Os experimentos de Louis Pasteur refutaram a abiogênese aristotélica,
ou geração espontânea, mas não dizem nada quanto à origem química da vida
- também chamada de biopoese (do grego bio, vida, + poiéo, produzir, fazer,
criar), evolução química, quimiossíntese, ou ainda, biogênese por Teilhard de
Chardin. Essa forma de abiogênese supostamente ocorreu sob condições
totalmente diferentes, dentro de períodos de tempo muito maiores, não sendo
algo que se suponha poder ocorrer a qualquer instante, ou hoje em dia. O
próprio Charles Darwin percebeu impedimentos básicos para que isso
ocorresse:
Costuma-se dizer frequentemente que todas as condições necessárias
para o surgimento de um ser vivo encontram-se presentes agora como sempre
se encontraram. Mas se (e como é grande esse se!) nós pudéssemos imaginar
que, nos dias de hoje, em alguma poçazinha tépida, com todos tipos de sais
amoníacos e fosfóricos, luz, calor, eletricidade, etc., estando presentes, um
composto protéico estivesse quimicamente formado e pronto para sofrer
mudanças mais complexas, tal composto seria imediatamente devorado ou
absorvido, o que não teria ocorrido antes dos seres vivos terem sido formados.
Teoria Oparin-Haldane ou teoria heterotrófica
Segundo Oparin, em ambiente aquoso, compostos orgânicos teriam
sofrido reações que iam levando a níveis crescentes de complexidade
molecular, eventualmente formando agregados colóides, ou coacervados.
Esses coacervados seriam aptos a se "alimentar" rudimentarmente de outros
compostos orgânicos presentes no ambiente, de forma similar a um
metabolismo primitivo. Os coacervados não eram ainda organismos vivos, mas
ao se formarem em enormes quantidades, e se chocarem no meio aquoso
durante um tempo muito longo, eventualmente atingiriam um nível de
organização que desse a propriedade de replicação. Surgiria aí uma forma de
vida extremamente primitiva.
Haldane supunha que os oceanos primordiais funcionassem como um
imenso laboratório químico, alimentado por energia solar. Na atmosfera, os
gases e a radiação UV originariam compostos orgânicos, e no mar formaria-se
então uma sopa quente de enormes quantidades de monômeros e polímeros.
Grupos desses monômeros e polímeros adquiririam membranas lipídicas, e
desenvolvimentos posteriores eventualmente levariam às primeiras células
vivas.
Teoria do mundo do RNA
Mais recentemente, em 1986, Walter Gilbert propôs uma etapa na
origem da vida que envolvia a existência de moléculas auto-replicadoras
constituídas por RNA. O RNA é actualmente um mediador entre o DNA e as
proteínas na maioria dos seres vivos, mas Gilbert propôs que nos primeiros
estágios da vida, o RNA era o material genético principal. Além de
propriedades auto-replicadoras, o RNA tem também actividade catalisadora de
reacções químicas. Apenas em 2009 cientistas conseguiram criar
ribonucleotídeos em laboratório a partir de elementos mais básicos (isto é,
matéria viva, não matéria sem vida) sob condições provavelmente existentes
na Terra jovem.
A perspectiva das religiões
Todas as religiões têm as suas concepções, crenças, teorias ou histórias
sobre a criação da vida e a origem do homem. Para obterem-se detalhes sobre
as teorias de criação conforme pregadas pelas diversas religiões se deve
geralmente procurar pelos tomos ou textos sagrados que as embasam. Para as
religiões judaico-cristãs, estas fontes de informação provem do Torá e da
Bíblia. A Teoria da criação segundo o Islamismo pode ser encontrada no
Corão. Há contudo religiões onde não há uma fonte central de informação.
BIOGÊNESE
A biogénese é a produção e o conjunto de formas de produção de
novos organismos ou organelas vivas. Ao longo da história da humanidade
várias foram as hipóteses que visavam a responder como surgem os seres da
Terra.

Actualmente, a lei da biogênese, atribuída a Louis Pasteur, é resultante


da observação de que seres vivos provêm apenas de outros seres vivos,
através da reprodução. Ou seja, que seres vivos não se formam diretamente a
partir de materiais não vivos em forma como proposta na geração espontânea.
Este princípio é resumido pela frase em latim Omne vivum ex vivo, que significa
"toda vida vem da vida". Uma frase relacionada a esta é Omnis cellula ex
cellula, "todas as células vem de células", observação que é central à teoria
celular.

O termo biogénese foi inicialmente criado por Henry Charlton Bastian


com acepção de geração da vida a partir de materiais não vivos, entretanto
Thomas Henry Huxley escolheu o termo abiogênese para tal fim e redefiniu a
acepção de biogênese como sendo a vida se originando de vida preexistente.
[3] A acepção de Huxley é a acepção em vigor atualmente.

O termo abiogénese, geração de vida a partir de material não vivo,


abarca hoje duas acepções: a associada à geração espontânea, descartada
cientificamente, e a assim chamada abiogénese química, que ocorreu pelo
menos uma vez na história da Terra, ou do universo (ver panspermia), quando
a primeira forma de vida se formou.

Geração Espontânea e seu desenvolvimento

Os gregos antigos acreditavam que seres vivos poderiam vir a existir


espontaneamente a partir de matéria não viva, e que a deusa Gaia poderia
fazer a vida surgir espontaneamente a partir de pedras, um processo
conhecido com Generatio spontanea. Aristóteles discordava, mas ele ainda
acreditava que seres vivos poderiam surgir a partir de organismos diferentes ou
do solo. Variações deste conceito de geração espontânea existiam até o século
XVII, mas a partir do fim daquele século, uma série de observações e
discussões começaram, e vieram a desacreditar aquelas ideias. Este avanço
na compreensão científica recebeu muita oposição, com crenças pessoais e
preconceitos individuais geralmente obscurecendo os fato.

Francesco Redi, um médico italiano, já havia demonstrado em 1668 que


formas de vida mais complexas não originavam vida espontaneamente, mas os
proponentes da abiogênese alegavam que isto não se aplicava a micróbios e
continuaram a sustentar que estes podiam surgir espontaneamente. Tentativas
de refutar a geração espontânea da vida a partir da não vida continuaram até o
início do século XIX com observações e experiências feitas por Franz Schulze
e Theodor Schwann.

Em 1745 John Needham colocou uma porção de caldo de galinha num


vidro e ferveu o mesmo. A seguir ele deixou-o esfriar e aguardou. Quando
apareceram micróbios, ele propôs que este era um exemplo de geração
espontânea. Em 1768 Lazzaro Spallanzani repetiu a experiência de Needham
mas removeu todo o ar dos vidros. Não ocorreu crescimento de micróbios. Em
1854, Heinrich Schröder (1810–1885) e Theodor von Dusch, e em 1859 apenas
Schröder, repetiram os experimentos de filtração de Helmholtz, e mostrou que
partículas vivas poderiam ser removidas do ar a partir da filtragem do ar
através de algodão e lã.

Em 1864, Louis Pasteur finalmente anunciou os resultados de seus


experimentos. Em uma série de experimentos similares aos que haviam sido
feitos anteriormente por Needham e Spallanzani, Pasteur demonstrou que a
vida não surge em áreas que não tenham sido previamente contaminadas por
vida preexistente. Os resultados empíricos foram resumidos na frase em latim
Omne vivum ex vivo, que significa "toda vida vem da vida".

Após obter seus resultados, Pasteur afirmou "La génération spontanée


est une chimère", que significa "A geração espontânea é uma quimera".
COSMOGÊNESE ( A ORIGEM DO UNIVERSO)
Cosmogênese, estuda a origem do universo, o princípio era nada. Ou
melhor era a singularidade, ou seja, toda a matéria e energia que existe no
universo concentrada em um ponto de volume infinitamente pequeno
(praticamente zero) e temperatura infinitamente grande. Isso porque matéria e
energia não podem ser criadas. De repente, uma grande explosão, o ?Big
Bang?, matéria, energia e as leis da natureza são criadas. Isso ocorreu entre
15 e 20 bilhões de anos atrás.

No primeiro milésimo de segundo, a temperatura diminuiu para 10 trilhões de


graus e os quarks, criados na explosão, aglutinam-se formando prótons e nêutrons e,
logo depois, os elétrons. Um minuto depois, a temperatura atingia um bilhão de graus
e os prótons e nêutrons juntam-se formando o Hidrogênio, o Hélio e o Lítio.

Centenas de milhões de anos depois as galáxias formaram-se. Estrelas


geraram os átomos pesados e, finalmente, os sistemas planetários como o
nosso. Que gerou seres que evoluíram até seres inteligentes que questionam a
origem do universo.

Há quatro bilhões e meio de anos nascia a Terra. Meio bilhão de anos


depois, a Terra resfriou dando origem ao oceano e a uma atmosfera rica em
gás carbônico. Era um verdadeiro Jardim do Éden, os raios elétricos e a
radiação ultravioleta geraram diversas moléculas orgânicas. Até que gerou uma
que se replicava sob certas condições, ou seja, reproduzia-se. Aliado à
mutação e à seleção natural, estes protótipos de DNA evoluíram até a célula.

Há dois bilhões de anos atrás foi criado (sempre por acaso) o sexo. Há
um bilhão de anos, as primeiras plantas liberam oxigênio e nitrogênio. Ou seja,
a atual atmosfera foi criada pela vida que aqui floresceu.

Há 600 milhões de anos, houve a explosão cambriana, onde a vida


espalhou-se. Há 400 milhões, as plantas colonizam a Terra. Os dinossauros
aparecem e, há 65 milhões, desaparecem. Há poucos milhões surgem os
primeiros primatas que originaram o homem e os macacos. E de uns 10 mil
anos para cá o homem, como somos hoje, apareceu e colonizou a Terra.
Como chegamos a isso? Fácil, quando cavamos fundo a terra, não
achamos fósseis de humanos, macacos, cachorros e vacas, mas achamos
dinossauros, animais e plantas que já não existem mais. E quanto mais
profundo cavamos, mais descobrimos evidências de que a vida surgiu simples
e evoluiu com o tempo.

Como saber se o Big Bang ocorreu? Simples, em 1929, o astrônomo


Edwin Hubble descobriu que as galáxias estão se afastando de nós. Traçando
a trajetória delas verificou-se que se cruzavam no que foi chamado centro do
universo. Calculando a velocidade delas, chegamos à idade do universo: de 15
a 20 bilhões de anos. A confirmação, só ocorreu em 1965, quando dois físicos
da Bell descobriram uma emissão de rádio que vinha de todas as direções, era
o ruído do Big Bang.

A ciência não foi inspirada, nem revelada, foi gerada sobre fatos
verificados, hipóteses são propostas e teorias aceitas universalmente, por
todos mesmo. A ciência é fascinante e tem muito a nos ensinar e, ainda, temos
muito, muito mesmo, a aprender. Nascemos curiosos e ávidos por
conhecimento, desejo assassinado por pais e professores incompetentes. É
preciso valorizar e entender o conhecimento, do contrário, estaremos
condenados, outros mais aptos nos levarão à extinção.

Mário Eugênio Saturno (saturno@dea.inpe.br) é tecnologista sênior do


Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), professor da Faculdade de
Filosofia Ciências e Letras de Catanduva (Fafica) e congregado Mariano.
TEORIA DA EVOLUÇÃO

Na biologia, a teoria da evolução (também conhecida como evolução


biológica, genética ou orgânica) é a mudança das características hereditárias
de uma população de seres vivos de uma geração para outra. Este processo
faz com que as populações de organismos mudem e se diversifiquem ao longo
do tempo. O termo "evolução" pode referir-se à evidência observacional que
constitui o fato científico intrínseco à teoria da evolução biológica, ou, em
acepção completa, à teoria em sua completude. Uma teoria científica é por
definição um conjunto indissociável de todas as evidências verificáveis
conhecidas e das ideias testáveis e testadas àquelas atreladas.

Do ponto de vista genético, a evolução pode ser definida como qualquer


alteração no número de genes ou na frequência dos alelos de um ou um
conjunto de genes em uma população e ao longo das gerações. Mutações em
genes podem produzir características novas ou alterar as que já existiam,
resultando no aparecimento de diferenças hereditárias entre organismos. Estas
novas características também podem surgir pela transferência de genes entre
populações, como resultado de migração, ou entre espécies, resultante de
transferência horizontal de genes. A evolução ocorre quando estas diferenças
hereditárias tornam-se mais comuns ou raras numa população, quer de
maneira não-aleatória, através de seleção natural, ou aleatoriamente, através
de deriva genética.

Uma espécie pode ser definida como o agrupamento dos espécimes


capazes de compartilhar material genético - usualmente por via sexuada - a fim
de reproduzirem-se gerando descendência fértil. No entanto, quando uma
espécie é separada em várias populações que por algum motivo não mais se
possam cruzar, mecanismos como mutações, deriva genética e a selecção de
características novas provocam a acumulação de diferenças ao longo de
gerações, diferenças que, acumuladas, podem implicar desde curiosidades
biológicas como os denominados anéis de espécies até a emergência de
espécies novas e distintas. As semelhanças entre organismos sugere que
todas as espécies conhecidas descenderam de um ancestral comum (ou pool
genético ancestral) através deste processo de divergência gradual.
Estudos do registro fóssil permitem reconstruir de forma satisfatória e
precisa o processo de evolução da vida na Terra, desde os primeiros registros
de sua presença no planeta - que datam de 3,4 mil milhões de anos atrás - até
hoje Tais fósseis, juntamente com o reconhecimento da fabulosa diversidade
de seres vivos atrelada - a grande maioria hoje extinta - já em meados do
século dezenove mostravam aos cientistas que as espécies encontram-se
cronologicamente relacionadas, e que essas mudam ao longo do tempo.
Contudo, os mecanismos que levaram a estas mudanças permaneceram
pouco claros até o reconhecimento científico de que o próprio planeta tem uma
história geológica muito rica - implicando mudanças ambientais constantes - e
até a publicação do livro de Charles Darwin - A Origem das Espécies -
detalhando a teoria de evolução por selecção natural. O trabalho de Darwin
levou rapidamente à aceitação da evolução pela comunidade científica.

Hereditariedade

A herança em organismos ocorre por meio de caracteres discretos –


características particulares de um organismo. Em seres humanos, por exemplo,
a cor dos olhos é uma característica herdada dos pais. As características
herdadas são controladas por genes e o conjunto de todos os genes no
genoma de um organismo é o seu genótipo.

O conjunto das características observáveis que compõem a estrutura e o


comportamento de um organismo é denominado o seu fenótipo. Estas
características surgem da interação do genótipo com o ambiente.

Variação

Como o fenótipo de um indivíduo resulta da interação de seu genótipo


com o ambiente, a variação nos fenótipos de uma população reflete, em certa
medida, a variação nos genótipos dos indivíduos.[20] A síntese evolutiva
moderna define evolução como a mudança nas frequências gênicas ao longo
do tempo, ou seja, a flutuação na frequência de um ou mais alelos, se tornando
mais ou menos prevalecente relativamente a outras formas do mesmo gene.
Forças evolutivas atuam direcionando essa mudança de diferentes formas. A
variação em determinado locus desaparece quando algum alelo se fixa na
população, ou seja, quando um mesmo alelo passa a estar presente em todos
os indivíduos.

A origem de toda a variação genética são mutações no material


genético. Essa variação pode ser reorganizada por meio da reprodução
sexuada, e distribuída entre populações por meio de migração. A variação
também pode vir de trocas de genes entre espécies diferentes, como por
exemplo na transferência horizontal de genes em bactérias, e hibridização,
principalmente em plantas.

Mutação

A variação genética se origina de mutações aleatórias que ocorrem no


genoma dos organismos. Mutações são mudanças na sequência dos
nucleotídeos do genoma de uma célula, sendo causadas por radiação, vírus,
transposons e substâncias químicas mutagênicas, assim como erros que
ocorrem durante a meiose ou replicação do DNA. Esses agentes produzem
diversos tipos de mudança nas sequências de DNA, que podem ser sem efeito,
podem alterar o produto de um gene, ou alterar o quanto um gene é produzido.
Estudos com a mosca-das-frutas, Drosophila melanogaster, apontam que cerca
de 70% das mutações são deletérias (prejudiciais), sendo as restantes neutras
(sem efeito) ou com pequeno efeito benéfico.

Devido aos efeitos danosos das mutações sobre o funcionamento das


células, os organismos desenvolveram ao longo do tempo evolutivo
mecanismos responsáveis pelo reparo do DNA para remover mutações. Assim,
a taxa ótima de mutação é resultado do balanço entre as demandas
conflitantes de reduzir danos a curto prazo, como risco de câncer, e aumentar
os benefícios a longo prazo de mutações vantajosas.

Recombinação

Em organismos de reprodução assexuada, os genes são herdados todos juntos,


ou ligados, dado que eles não podem se misturar com genes de outros organismos
durante a reprodução. Por outro lado, a prole de organismos sexuados contêm uma
mistura aleatória dos cromossomos de seus pais, produzida por meio da segregação
independente durante a meiose. No processo relacionado de recombinação gênica,
organismos sexuados também podem trocar DNA entre cromossomos homólogos.[41] Esses
processos de embaralhamento podem permitir que mesmo alelos próximos numa cadeia
de DNA segreguem independentemente. No entanto, como ocorre cerca de um evento de
recombinação para cada milhão de pares de bases em humanos, genes próximos num
cromossomo geralmente não são separados, e tendem a ser herdados juntos. [42] Essa
tendência é medida encontrando-se com qual frequência dois alelos ocorrem juntos,
medida chamada de desequilíbrio de ligação. Um conjunto de alelos que geralmente é
herdado em grupo é chamado de haplótipo, e essa co-herança pode indicar que o locus
está sob seleção positiva (veja abaixo).

Transferência horizontal de genes


A transferência horizontal de genes é um processo pelo qual um organismo
transfere material genético para outra célula que não a sua prole, em contraste à
transferência vertical em que um organismo recebe material genético de seu ancestral. A
maior parte do pensamento em genética tem se focado na transferência vertical, mas
recentemente a transferência horizontal tem recebido maior atenção.
Genética populacional
De um ponto de vista genético, evolução é uma mudança de uma geração para a
outra nas frequências de alelos de uma população que compartilha um conjunto de genes.
Uma população é um grupo de indivíduos pertencentes a determinada espécie e que
ocupa um espaço delimitado. Por exemplo, todas as mariposas da mesma espécie que
vivem numa floresta isolada representam uma população. Um determinado gene nessa
população pode ter diversas formas alternativas, que respondem por variações entre os
fenótipos dos organismos. Um exemplo pode ser um gene para coloração em mariposas
que tenha dois alelos: preto e branco. O conjunto de todos os genes presentes em todos
os organismos de uma determinada população é conhecido como fundo genético, onde
cada alelo ocorre várias vezes. A fração de genes dentro desse conjunto que é um alelo
em particular é uma quantidade denominada frequência alélica, ou frequência genética. A
evolução ocorre quando há mudanças nas frequências de alelos de uma população de
organismos intercruzantes. Por exemplo, quando o alelo para a cor preta se torna mais
comum numa população de mariposas.

Mecanismos

Há três mecanismos básicos de mudanças evolutivas: selecção natural,


deriva genética e fluxo génico. A selecção natural favorece genes que
melhoram a capacidade para a sobrevivência e reprodução. A deriva genética
é mudança aleatória na frequência de alelos, causada pela amostragem
aleatória dos genes de uma geração durante a reprodução, e o fluxo génico é a
transferência de genes entre (e dentro de) populações. A importância relativa
da selecção natural e deriva genética numa população varia conforme a
intensidade da selecção e do efectivo populacional, que é o número de
indivíduos capazes de se reproduzir.

Selecção natural

Selecção natural é o processo pelo qual mutações genéticas que


melhoram a reprodução tornam-se, ou permanecem, mais comuns em
gerações sucessivas de uma população. Este mecanismo tem sido muitas
vezes chamado de "autoevidente" porque segue forçosamente a partir de três
simples factos:

Variação hereditária existe em populações de organismos;

Os organismos produzem mais descendentes do que podem sobreviver;

Estes descendentes têm capacidade variável para sobreviverem e


reproduzirem-se.

Estas condições geram competição entre organismos para a sua sobrevivência


e reprodução. Por isso, organismos com características que lhes trazem
alguma vantagem sobre os seus competidores transmitem estas características
vantajosas, enquanto que características que não conferem nenhuma
vantagem não são passadas para a geração seguinte.

Deriva genética

Deriva genética é a mudança na frequência alélica de uma geração para


a outra que acontece porque os alelos nos descendentes são amostras
aleatórias dos presentes nos progenitores. Em termos matemáticos, os alelos
estão sujeitos a erros de amostragem. Como resultado disto, quando forças
selectivas estão ausentes ou são relativamente fracas, frequências alélicas
tendem a "andar à deriva" para cima ou para baixo ao acaso (numa caminhada
aleatória). Esta deriva termina quando um alelo eventualmente fique fixado,
quer por desaparecer da população, ou por substituir completamente todos os
outros alelos. A deriva genética pode assim eliminar alguns alelos de uma
população meramente devido ao acaso, e duas populações separadas que
começaram com a mesma estrutura genética podem divergir para duas
populações com um conjunto diferente de alelos.

Fluxo génico

Fluxo génico é a troca de genes entre populações, que são normalmente da


mesma espécie. Exemplos de fluxo génico entre espécies incluem a migração seguido de
cruzamento de organismos, ou a troca de pólen. A transferência de genes entre espécies
inclui a formação de híbridos e transferência lateral de gene.

Migração para dentro ou para fora de uma população pode mudar as frequências
alélicas. Imigração pode adicionar material genético novo para o pool genético já
estabelecido de uma população. Por outro lado, emigração pode remover material
genético. Barreiras à reprodução são necessárias para que as populações se tornem em
novas espécies, sendo que o fluxo génico pode travar este processo, espalhando as
diferenças genéticas entre as populações. Fluxo génico é impedido por barreiras como
cadeias montanhosas, oceanos ou desertos ou mesmo por estruturas artificiais como
a Grande Muralha da China, que tem prejudicado o fluxo de genes de plantas.

Consequências

A evolução influencia cada aspecto da estrutura e comportamento dos


organismos. O mais proeminente é o conjunto de adaptações físicas e
comportamentais que resultam do processo de seleção natural. Essas
adaptações aumentam a aptidão por contribuírem com atividades como busca
por alimento, defesa contra predadores ou atração de parceiros sexuais. Outro
resultado possível da seleção é o surgimento de cooperação entre organismos,
evidenciada geralmente no auxílio a organismos aparentados, ou em
interações mutualísticas ou simbióticas. A longo prazo, a evolução produz
novas espécies, por meio da divisão de populações ancestrais entre novos
grupos que se tornam incapazes de intercruzarem.

Adaptação

Adaptações são estruturas ou comportamentos que melhoram uma função


específica dos organismos, aumentando sua chance de sobreviver e reproduzir. [12] Elas são
produzidas por uma combinação da produção contínua de pequenas mudanças aleatórias
nas características (mutações), e da selecção natural das variantes melhor ajustadas ao
seu ambiente. Esse processo pode causar tanto o ganho de uma nova propriedade, como
a perda de uma propriedade ancestral. Um exemplo que demonstra esses dois tipos de
mudança é a adaptação bacteriana a antibióticos. Mutações que causam resistência a
antibióticos podem modificar o alvo da droga ou remover os transportadores que permitem
que a droga entre na célula.

Co-evolução

Interações entre organismos podem produzir tanto conflito como


cooperação. Quando a interação ocorre entre pares de espécies, como um
patógeno e um hospedeiro, ou um predador e uma presa, essas espécies
podem desenvolver séries de adaptações combinadas. Nesses casos, a
evolução de uma espécie causa adaptações numa outra. Essas mudanças na
segunda espécie, por sua vez, causam novas adaptações na primeira. Esse
ciclo de seleção e resposta é chamado de co-evolução. Um exemplo é a
produção de tetrodotoxina numa espécie de salamandra (Taricha granulosa) e
a evolução de resistência à tetrodotoxina em seu predador, uma serpente
(Thamnophis sirtalis). Nesse par de presa e predador, uma corrida
armamentista evolutiva produziu altos níveis de toxina na salamandra e
correspondentemente altos níveis de resistência na cobra.

Cooperação

No entanto, nem todas as interações entre espécies envolvem conflito.


Muitos casos de interações mutuamente benéficas evoluíram. Por exemplo,
existe uma cooperação extrema entre plantas e micorrizas que crescem sobre
as raízes, auxiliando na absorção de nutrientes do solo] Essa é uma interação
recíproca, já que as plantas provêm à micorriza açúcares da fotossíntese.
Nesse caso o fungo geralmente cresce dentro das células da planta, permitindo
a troca de nutrientes, enquanto envia sinais que reprimem o sistema imunitário
da planta.

HISTÓRIA EVOLUTIVA DA VIDA

Origem da vida

A origem da vida é o precursor necessário para a evolução biológica,


mas perceber que a evolução ocorreu depois de os organismos aparecerem
pela primeira vez, e investigar como isto acontece, não depende na
compreensão exacta de como a vida começou. O consenso científico actual é
de que a bioquímica complexa que constitui a vida provém de reacções
químicas mais simples, mas que não é claro como ocorreu esta transição. Não
há muitas certezas sobre os primeiros desenvolvimentos da vida, a estrutura
dos primeiros seres vivos, ou a identidade ou natureza do último ancestral
comum ou do pool genético ancestral. Como consequência, não há consenso
científico sobre como a vida surgiu. Algumas propostas incluem moléculas
capazes de auto-replicação, como o RNA e a construção de células simples.

Origem comum

Todos os seres vivos da Terra descendem de um ancestral comum ou


de um pool genético ancestral. E as espécies actuais são um estádio no
processo de evolução, e a sua diversidade resulta de uma longa série de
eventos de especiação e extinção. A origem comum dos seres vivos foi
inicialmente deduzida a partir de quatro simples factos sobre seres vivos:
Primeiro, eles têm distribuições geográficas que não podem ser explicadas por
adaptações locais. Segundo, a diversidade da vida não é uma série de
organismos completamente únicos, mas os seres vivos têm semelhanças
morfológicas. Terceiro, características vestigiais com nenhuma utilidade
evidente são parecidas com características ancestrais funcionais e finalmente,
que organismos podem ser classificados usando estas semelhanças numa
hierarquia de grupos aninhados uns nos outros.

Evolução da vida

Apesar da incerteza sobre como a vida começou, é claro que os


procariontes foram os primeiros seres vivos a habitar a Terra, há
aproximadamente 3-4 mil milhões de anos. Não ocorreram nenhumas
mudanças óbvias em morfologia ou organização celular nestes organismos
durante os próximos milhares de milhão de anos.

A próxima grande inovação na evolução foram os eucariontes. Estes


surgiram a partir de bactérias antigas terem sido rodeadas por antecessores de
células eucarióticas, numa associação cooperativa chamada de
endossimbiose. A bactéria encapsulada e a célula hospedeira sofreram
evolução, com a bactéria a evoluir em mitocôndrias ou em hidrogenossomas.
Uma segunda captura de seres semelhantes a cianobactérias levou à formação
de cloroplastos em algas e plantas.

A história da vida foi a história de procariontes, archae e eucariontes


unicelulares até há cerca de um milhar de milhão de anos atrás quando seres
multicelulares começaram a aparecer nos oceanos durante o período
Ediacarano. A evolução de organismos multicelulares ocorreu múltiplas vezes,
de forma independente, em organismos tão diversos como esponjas, algas
castanhas, cianobactérias, mycetozoa e mixobactérias.

Evolução Convergente

Na natureza existem exemplos de espécies que mesmo sem ter


ancestral comum quando comparado com a outra, desenvolveram tamanha
similaridade quando se diz respeito a forma e comportamento, essas espécies
similares irão apresentar estruturas análogas quando estas apresentam
similaridade na forma superficial ou na função, o que difere de estruturas
homólogas que se originam estruturas de um ancestral em comum com as
espécies comparadas. Um exemplo desse tipo de evolução no reino animal é
encontrado quando comparado as asas dos morcegos e das aves.

Evolução Paralela

Certa forma de evolução foi acrescentada na história, através de


isolamentos entre indivíduos de um grupo. Um exemplo de evolução paralela
se apresenta nos mamíferos, em que se diferem entre placentários e
marsupiais, sendo que geralmente, alguns pares de animais tais como: Canis
(Placentário) e Thylacinus (marsupial), Felis (placentário) e Dasyurus
(marsupial), Glaucomys (placentário) e Petaurus (marsupial), Marmota
(placentário) e Vombatus (marsupial), Myrmecophaga (placentário) e
Myrmecabius (marsupial), Talpa (placentário) e Notoryctes (marsupial),
apresentam similaridades tanto na aparência quanto em hábitos. Ao contrário
da evolução convergente, a evolução paralela ocorre conforme uma mesma
linhagem ancestral evolui.
Aplicações na tecnologia

Uma grande aplicação tecnológica da evolução é a selecção artificial,


que é a selecção intencional de certas características em populações de seres
vivos. Os seres humanos têm usado a selecção artificial há milhares de anos
na domesticação de plantas e animais.[197] Mais recentemente, tal selecção
tornou-se uma parte vital da engenharia genética, com o uso de marcadores
selecionáveis tais com a resistência a antibióticos para manipular DNA na
biologia molecular.

Como a evolução é capaz de produzir processos e redes altamente


optimizados, tem muitas aplicações em ciência dos computadores. Aqui,
simulações de evolução usando algoritmos genéticos e vida artificial foram
iniciadas com o trabalho de Nils Aall Barricelli na década de 1960, e depois
estendidas por Alex Fraser, que publicou uma série de artigos sobre simulação
de evolução artificial.[198] A evolução artificial tornou-se um método de
optimização largamente reconhecido como resultado do trabalho de Ingo
Rechenberg na década de 1960 e 70, que usou estratégias evolutivas para
resolver problemas de engenharia complexos. Algoritmos genéticos em
particular tornaram-se populares pelos escritos de John Holland. À medida que
o interesse académico cresceu, o aumento dramático no poder computacional
permitiu aplicações práticas. Algoritmos evolutivos são agora usados para
resolver problemas multi-dimensionais mais eficientemente do que por software
produzido por programadores humanos, e também para optimizar o desenho
de sistemas.
ANTROPOGÊNESE

Antropogênese refere-se ao surgimento e evolução da humanidade. Já


foram propostas diversas teorias que tentam explicar a origem do homem,
tanto no contexto científico, quanto por parte das religiões e na mitologia.

As primeiras tentativas do homem de explicar a origem do homem foram


os mitos. A mitologia grega, por exemplo, diz que Epimeteu foi encarregado de
criar os homens, mas os fez do barro, imperfeitos e sem vida. Então, seu
irmão Prometeu, por compaixão aos homens, roubou o fogo de Vulcano e deu-
o aos homens para que estes tivessem vida. Zeus puniu Prometeu pelo roubo,
condenando-o a ficar acorrentado no Cáucaso, onde uma águia bicaria todos
os dias o seu fígado, que regenerava-se.

A ciência atual aceita a teoria da evolução, na qual o ser humano tem


um ancestral comum com os primatas superiores, tendo se adaptado a hábitos
terrícolas por bipedismo primário e desenvolvido um cérebro mais complexo.
Segundo os cientistas, a separação entre os ancestrais dos humanos e dos
chimpanzés - os parentes vivos mais próximos - teria ocorrido há cerca de 5
milhões de anos.

Na Bíblia, o livro do Gênesis narra a criação de Adão pelo Senhor


Deus a partir do barro. Então o homem pecou, seguindo o conselho da
serpente tentadora, e comendo da árvore proibida, foi expulso do paraíso pelo
Senhor Deus. Assim começa a vida terrena do homem. Hoje,
muitos teólogos consideram esta narrativa alegórica, abandonando seu sentido
literal, tendo o próprio papa João Paulo II expressado que há compatibilidade
entre a evolução e a fé católica. Ainda assim, existem
setores fundamentalistas (mesmo dentro dos católicos) que crêem na
interpretação literal do gênesis, ou de outros livros e mitologias religiosas
diversas.

Segundo a cabala, a tradição esotérica e mística do judaísmo, a criação


do mundo e do Homem deu-se por emanações de um princípio chamado
de Ain Soph. Estas emanações são chamadas de Sephiroth, em número de
dez, e o seu conjunto forma a árvore da vida, que representa esotericamente
o Homem Arquetípico, Homem Primordial, Adam Kadmon. O mundo material é
representado na árvore da vida por sua base, que é associada
a Adonai (veja: Tetragrammaton).

Na Teosofia, filosofia esotérica fundada por Helena Petrovna Blavatsky e


outros, rejeita-se a descendência dos primatas em favor de uma origem da
humanidade poligenética e astral. Esta teoria tem suas raizes na filosofia
oriental, particularmente o hinduismo e o budismo e influenciou as
chamadas ciências ocultas.

Segundo Blavatsky, em seu livro A Doutrina Secreta (1888), a origem e


evolução do homem é descrita em pergaminhos muito antigos, chamados
de Estâncias de Dzyan, os quais ela teria tido acesso e teria estudado.
Segundo esta teoria, o Homem físico surgiu há 18 milhões de anos a partir de
seu molde astral, formando-se então a Raça que ela chama de Atlante. Para
Blavatsky os primatas superiores são antigas raças humanas que se
degeneraram, e daí se explica as semelhanças fisiológicas entre ambos.

Blavatsky não nega a teoria da evolução, porém não acredita que uma
força "cega e sem objetivo" possa ter criado o homem. Para ela, a criação do
homem foi guiada pelas hierarquias divinas a partir de um plano.

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