Afadigamo-nos a esconder as próprias feridas e assim nos afastamos do essencial. Isto é: que Deus é capaz de nos curar; está pronto a nos curar das escolhas inconsistentes que realizamos, dos objetivos que sem sabedoria nos impomos como meta, das frágeis paixões tristes em que nos perdemos;
Título original
Aceitamos a Vida 200921 - Pe Tolentino de Mendonça
Afadigamo-nos a esconder as próprias feridas e assim nos afastamos do essencial. Isto é: que Deus é capaz de nos curar; está pronto a nos curar das escolhas inconsistentes que realizamos, dos objetivos que sem sabedoria nos impomos como meta, das frágeis paixões tristes em que nos perdemos;
Afadigamo-nos a esconder as próprias feridas e assim nos afastamos do essencial. Isto é: que Deus é capaz de nos curar; está pronto a nos curar das escolhas inconsistentes que realizamos, dos objetivos que sem sabedoria nos impomos como meta, das frágeis paixões tristes em que nos perdemos;
Afadigamo-nos para encontrar para cada uma das nossas
perguntas uma resposta e assim nos nos esquecemos do essencial. Isto é: que Deus conhece as nossas perguntas escondidas, mesmo aquelas para as quais nem palavras temos; que na vida mais do que encontrar soluções e saídas nós precisamos de acolher as oportunidades para aprofundá-la, bebendo o cálice até ao fim; e que, de tantas formas, em mil línguas diferentes, o que Deus nos está a dizer agora é que aceitemos a vida no seu mistério, que abracemos esta vida que é maior do que nós, colaborando na sua gestação precisamente como Maria o fez.
Afadigamo-nos a moldar o quotidiano como um exercício
de contabilidade e assim nos afastamos do essencial. Isto é: que Deus nos chama a ser gratuitos e transbordantes, a nós que tantas vezes parece que só sabemos amar a conta gotas; que Deus nos desafia a anteciparmo-nos no dom, a nós retardamos continuamente a hora da entrega; e que Deus, mais do que administradores de celeiros inúteis, quer que sejamos apaixonados buscadores sedentos, sem medo daquela pobreza de coração sem a qual não existe confiança verdadeira, precisamente como Maria o fez.
Afadigamo-nos a esconder as próprias feridas e assim nos
afastamos do essencial. Isto é: que Deus é capaz de nos curar; está pronto a nos curar das escolhas inconsistentes que realizamos, dos objetivos que sem sabedoria nos impomos como meta, das frágeis paixões tristes em que nos perdemos; inclina-se para nós para nos curar deste vício de ver só uma parte e não reparar no todo, de olhar a superfície em vez de arriscar contemplar a existência por dentro, precisamente como Maria o fez. P.Tolentino 21.09.20