Ensina-nos, Senhor, a conservar e a multiplicar em nosso redor a
alegria, assumindo no quotidiano esse cuidado como uma missão que nos compete.
Ensina-nos que existe um nexo profundo entre a gratidão e a
alegria, pois só um coração que sabe agradecer é capaz de individuar nas pequenas e nas grandes coisas da vida mil motivos onde cintila (ou pode cintilar) vibrante a alegria.
Ensina-nos, Senhor, que a alegria começa quase sempre no olhar.
De facto, um olhar empático capta com nitidez possibilidades que uma visão parcial ou preconceituosa desconhece.
Ensina-nos que a ciência da alegria está ao nosso alcance mesmo
quando a ideia de um sorriso nos parece de todo inacessível.
Ensina-nos que a alegria pede de nós simplicidade e abertura de
coração, apenas isso, como um milagre que ocorre sem precisar de recursos extravagantes.
Ensina-nos que a alegria deflagra sem nós sabermos como, e
também isso está certo.
Ensina-nos, Senhor, a louvar e não só a criticar; a aliviar e não só
a endurecer; a encorajar e não só a reprimir; a partilhar e não só a requerer; a escutar de novo mesmo quando estamos convencidos de já saber.