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Resumo: A cosmetologia para tratamento de cabelo oleoso e caspa esta cada vez
mais desenvolvida tecnologicamente, e com as inovações vem oferecendo novos
produtos ao consumidor que esta cada vez mais exigente. Consequentemente os
xampus da linha comercial vêm ganhando mais ênfase, aumentando a quantidade
de produtos disponíveis na indústria cosmética, deixando o consumidor confuso
sobre seus resultados e a ação de seus ativos nas formulações. Portanto, este
trabalho teve como objetivo analisar rótulos de xampus da linha comercial para
tratamento de cabelos oleosos e com caspa, identificando seus ativos e
comparando-os com a literatura, verificando se atendem ao apelo de marketing do
produto. Para melhor entender o assunto e responder ao objetivo foi feito um estudo
na literatura sobre o cabelo, sua estrutura e sobre as disfunções do couro cabeludo
como caspa, seborréia e se não tratada dermatite seborreica, que são causadas
pela secreção sebácea. A metodologia utilizada caracterizou-se pela pesquisa
documental do tipo descritiva com abordagem qualitativa. Foram analisados rótulos
de 20 produtos da linha comercial, sendo 10 xampus anti caspa e 10 xampus para
cabelos oleosos. Ao serem comparados com a literatura existente, observou-se na
composição dos mesmos, pelo menos dois ativos, um antimicrobiano e um
antifungicida, essenciais para o controle da oleosidade e da caspa. Atendendo
dessa forma ao apelo de marketing das empresas.
1 INTRODUÇÃO
1
Acadêmico do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,
Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: educardoso.1@hotmail.com
2
Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,
Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: janaina.v.coutinho@gmail.com
3
Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí –
UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: marlimachado@univali.br
4
Co-orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí –
UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. E-mail: denise.moser@univale.br
2
ações negativas dos raios ultravioletas emitidos pelo sol e melhorar a sensibilidade
tátil, um papel importante na estética do rosto de homens e mulheres (BARSANTI,
2009).
Dawber e Neste (1996) relatam também a importância do cabelo em muitos
rituais de uma variedade de povos primitivos que há muito tem sido reconhecida na
literatura antropológica e psiquiátrica, onde se associa ao conceito de força, poder e
atração física. Nos seres humanos modernos o cabelo praticamente não tem
nenhum outro significado do que o da atração e símbolo sexual.
Sendo também armas de sedução e de valores morais, eles revelam aspectos
da personalidade individual. Longos ou curtos, de colorações naturais ou tingidos,
com cortes tradicionais ou arrojados, os cabelos são fundamentais para a imagem
pessoal que se quer transmitir, uma questão de cultura (WICHROWSKI, 2007).
Os cabelos para Maia; Mota (2009) são estruturas filiformes, compostas por
queratinócitos anucleados e biologicamente mortas, produzidas pelo folículo piloso.
Os pelos são constituídos por uma parte livre – a haste – e uma porção
intradérrmica – a raiz. Entretanto, o pelo não é uma estrutura isolada dos outros
elementos da pele, ele é continuo com a epiderme, faz parte do aparato
pilossebáceo, é ricamente inervado e altamente vascularizado.
Para Borges (2006) o cabelo é considerado uma modificação córnea das
células epidérmicas. Ele é composto por fios e formado por várias camadas de um
tipo de proteína, chamada de queratina, estes fios nascem de uma estrutura da pele
chamada folículo piloso, onde fica a raiz do cabelo. O folículo é uma estrutura que se
divide em três partes, o bulbo que é encontrado na parte mais profunda onde há as
alterações de pigmentação, sendo que na base do bulbo situa-se a papila dermal
onde ocorre a regeneração do folículo; o istmo que é a parte intermediária indo da
inserção do músculo eretor até a abertura da glândula sebácea; e a partir deste
ponto até o poro da epiderme é denominado como haste, comumente chamado de
pelo.
Conforme Façanha (c2003), a haste do cabelo se divide em 3 camadas:
1. Cutícula - parte externa do cabelo, forma escamas sobrepostas que o
protegem (cimento), não conseguem passar as proteínas até a camada
interna.
2. Córtex – Resistência e força é onde estão localizados os pigmentos que
dão cor ao cabelo.
4
Poro Epiderme
Haste do fio
Glândula Sebácea
Derme
Glândula Sudorípara
Músculo Eretor
Hipoderme
Folículo Piloso
2.2 Caspas
Gomes; Damazio (2009) ressaltam ainda que a caspa é provinda de uma flora
microbiana formada por germes saprófitos, que em condições normais não são
patôgenicos, sendo responsáveis pelo ataque de microorganismos causadores da
infecção, nesse sentido, tem-se que as caspas são escamas do couro cabeludo,
cuja abundância é anormal.
Os produtos destinados á higiene dos estados de caspa se destinam mais
ás consequências da afeção do que a suas origens. A experiência mostra,
no entanto, que a destruição dos microorganismos, cuja proliferação está
ligada ao estado de caspa pode ocasionar a supressão das caspas e
consequentemente diminuir a irritação do couro cabeludo (PRUNIERAS,
1994, p.223).
3 METODOLOGIA
Cl1940,Cocamidoprolyl Betaine
7 Garnier Fructis DM DM Hydantoin Antimicrobiano
Sodium Laureth
Sulfate,Cocamidopropyl Betaine Agentes Limpeza
8 L’Óreal Shampu Anticaspa DM DM Hydantoin, Piroctone Antimicrobiano, Antifungicida
Olamine
Sodium Laureth Agentes Limpeza
Sulfate,Cocamidopropyl Betaine
9 Photoervas Piroctone Olamine Antimicrobiano, Antifungicida e
Zinc PCA Antisséptico
Sodium Laureth
Sulfate,Cocamidopropyl Betaine Agentes Limpeza
10 Capicilim Anticaspa Piroctone Olamine, Antimicrobiano, Cicatrizante,
Aloe Barbadensis Antibactericida e Inibidor do Sebo
Leaf Extract
Sodium Laureth Agentes Limpeza
Sulfate,Cocamidopropyl
Betaine,Ammonium Lauryl
Sulfate,Laureth 2
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O couro cabeludo pode ser acometido por várias disfunções, como caspa e
seborreia, são de natureza crônica e requerem tratamento permanente. Além de
reduzir a proliferação microbiana e a produção do sebo, o tratamento deve oferecer
benefícios para o couro cabeludo com eficácia e segurança ao consumidor.
18
BARSANTI, Luciano. Dr. Cabelo: saiba tudo sobre cabelos: estética, recuperação
capilar e prevenção da calvície. p.15-111. São Paulo: Elevação, 2009.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 3. ed. São
Paulo: Makron Books,1983.
19
LEITE JR, Dr. Ademir Carvalho. É outono para meus cabelos: história de mulheres
que enfrentam a queda capilar. São Paulo: MG Editores, 2007.
MANSUR, Cristina; GAMONAL, Aloísio. Cabelo normal. In: KEDE, Maria Paulina
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MAIA, Cláudia Pires Amaral; MOTA, Karina Farias. Cabelo normal. In: KEDE, Maria
Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg (Orgs.). Dermatologia estética. 2.ed. São
Paulo: Atheneu, 2009. cap. 7.1, p.237-250.
MAY, Tim. Pesquisa social: questões, métodos e processos. 3. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2004.
20
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