Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Básica
Aula 4
Profª Lays Omena
Transistores I
O transistor foi inventado em 1948 e tornou-se
um elemento indispensável em qualquer
circuito eletrônico e é o ingrediente básico dos
chamados circuitos integrados.
Os
circuitos integrados, ou simplesmente CI, são
construídos a partir de uma grande quantidade
de transistores conectados mutuamente em
um único bloco de material semicondutor.
Transistores I
Apesar de existirem transistores de diferentes tipos, neste
capítulo estudaremos apenas um único um tipo de
transistor que é muito comum: é o chamado transistor de
junção bipolar (BJT).
Caracterização de um transistor
O transistor consiste de 3 seções de silício
arranjadas na sequência N-P-N (ou P-N-P),
como mostra a Figura a seguir.
A seção central é chamada de base e as
externas são o emissor e o coletor.
O emissor e o coletor não são equivalentes: eles
diferem em geometria e concentração de
impurezas (tipo P ou N, por unidade de
volume).
No símbolo esquemático, o sentido da seta no
emissor é o que diferencia os dois tipos de
transistores.
Profª Lays Omena
Caracterização de um transistor
Profª Lays Omena
Caracterização de um transistor
O fato que deve ser aprendido e memorizado,
é que um transistor não é equivalente a dois
diodos em série - ele é um outro dispositivo que
não pode ser substituído por combinações de
diodos.
Profª Lays Omena
Caracterização de um transistor
O fato que deve ser aprendido e memorizado,
é que um transistor não é equivalente a dois
diodos em série - ele é um outro dispositivo que
não pode ser substituído por combinações de
diodos.
Profª Lays Omena
Princípios básicos
A Figura a seguir mostra, para o caso do transistor NPN, a
convenção que é normalmente utilizada para o sentido
positivo das correntes Ie, Ib e Ic, e das polaridades das
fontes de tensão Ve, Vb e Vc.
Por convenção, a seta no emissor indica o sentido
positivo das correntes Ic e Ie.
O esquema elétrico da Figura serve apenas como um
exemplo, pois, como veremos, o transistor pode ser
conectado de muitas maneiras diferentes.
Neste caso particular o emissor está conectado
diretamente no potencial de referência (terra) e,
portanto, Ve = 0.
Profª Lays Omena
Princípios básicos
Profª Lays Omena
Princípios básicos
Os transistores PNP se comportam da mesma
maneira que os NPN porém, com todos os
sentidos das correntes e polaridades das tensões
invertidas.
Para evitar confusões desnecessárias, utilizaremos
somente o transistor NPN em todos os circuitos
discutidos neste capítulo.
Profª Lays Omena
Princípios básicos
Profª Lays Omena
Princípios básicos
Profª Lays Omena
Princípios básicos
O princípio básico de funcionamento do circuito da
Figura pode ser entendido se adotarmos algumas
regras básicas; assim como se adotam postulados nas
teorias de Física.
A primeira delas, consiste em dizer que, nos circuitos
mais usuais, o diodo base-emissor está sempre
polarizado diretamente, enquanto que o diodo base-
coletor é sempre polarizado reversamente.
Isto significa que a corrente que entra na base do
transistor flui apenas para o emissor - e não para o
coletor.
Também significa que a corrente que entra no coletor
flui para o emissor - e não para a base.
Trocando em miúdos, enunciamos a regra 1:
Profª Lays Omena
Princípios básicos
Profª Lays Omena
Princípios básicos
Uma segunda regra garante o “poder de
amplificação” do transistor, e consiste em dizer
que a corrente na base do transistor, Ib, pode
controlar a corrente Ic que penetra no coletor.
De fato, quando o transistor opera na sua região
linear (e veremos logo adiante o que isso
significa) as correntes Ic e Ib são proporcionais,
isto é,
Profª Lays Omena
Princípios básicos
Onde ß é um parâmetro (adimensional) que
possui valores distintos para cada transistor e,
geralmente, é da ordem de 100, podendo variar
entre 50 a 300 para diferentes modelos.
O valor de ß é especificado pelo fabricante para
um dado modelo de transistor; entretanto,
especificação é fornecida na forma de uma
faixa de valores, por exemplo, ß = 100-300.
Isto implica que diferentes exemplares de um
mesmo modelo podem possuir valores de
distintos.
Profª Lays Omena
Princípios básicos
Profª Lays Omena
Princípios básicos
Vamos agora analisar o circuito da Figura a seguir,
que é muito parecido com o da figura anterior.
Do ponto de vista prático, ele é mais simples porque
utiliza apenas uma fonte de alimentação.
Note que as junções estão corretamente polarizadas
(b-e direta e c-b reversa).
Observe o símbolo esquemático do transistor, onde a
seta indica a direção do fluxo de corrente.
A conexão comum (terra) foi escolhida tal que Ve = 0
e portanto Vb = 0,7 volts.
Nosso problema é encontrar Vo.
Profª Lays Omena
Princípios básicos
Profª Lays Omena
Princípios básicos
É fácil verificar que:
(10−0,7)
I1 = 𝑅1
= 0,93mA
(0,7−0)
I2 = 𝑅2
= 0,07mA
I3 = I1 – I2 = 0,93 – 0,07 = 0,86mA
Transistor em corte
Quando Vi é menor do que 0,6V, a junção b-e
não conduz, isto é, Ib = 0 e, portanto, Ic = 0.
Na ausência de corrente, a voltagem no coletor
será igual à da fonte de alimentação V .
Esta situação é conhecida através da expressão:
o “transistor está em corte” ou “desligado”.
Um detalhe que muitas vezes pode ser
importante: pode-se considerar que quando Vi =
0 o transistor está em corte, entretanto, esta
condição vai depender do valor de Rb.
Profª Lays Omena
Transistor em corte
Uma análise rigorosa das propriedades do transistor
mostra que a junção b-c, quando reversamente
polarizada, apresenta uma pequena condução
representada por uma corrente reversa residual muito
pequena.
Esta corrente flui do coletor para o emissor e, estando
Vi conectado ao terra (Vi = 0) ela produzirá uma
tensão na base que polariza diretamente a junção b-
e. Portanto, para que o transistor esteja em corte
quando Vi = 0, é necessário que Rb tenha um valor
suficientemente pequeno.
É aconselhável que Rb seja menor que 10k para
transistores de sinal e, menor ainda, para transistores
de potência ou para transistores quaisquer operando
em altas temperaturas.
Profª Lays Omena
Transistor em corte
Concluindo, para que se tenha certeza que o
transistor está em situação de corte, é necessário
que se mantenha a tensão de entrada negativa,
isto é, Vi< 0.
Em geral, uma tensão reversa de somente uma
fração de 1V é suficiente para reduzir a corrente
no emissor ao seu valor mínimo.
Entretanto, para a maioria dos transistores, a
voltagem Vbe de ruptura é relativamente
pequena (da ordem de alguns volts negativos)
assim, voltagem reversa excessiva na base deve
ser evitada para não danificar o transistor.
Profª Lays Omena
Transistor ativo
A região ativa é também chamada de região
linear. Conforme a voltagem de entrada
aumenta, a partir de 0V para valores positivos
maiores, o transistor passa através de sua região
ativa.
Na realidade, uma pequena tensão direta na
base, pouco maior que 0.1 V, pode ser suficiente
para colocar o transistor na região ativa, desde
que Rb seja suficientemente pequeno (< 1k).
Na região ativa a corrente no coletor é
linearmente proporcional à corrente na base
(Regra 2):
Profª Lays Omena
Transistor ativo
Profª Lays Omena
Transistor saturado
Se a voltagem de entrada for aumentando
gradativamente, a corrente no coletor atinge um
valor máximo e nesta situação é dito que o
transistor está saturado.
Isto pode ser mais bem compreendido a partir da
Equação 10.6 que, com base no circuito anterior
pode ser reescrita da seguinte forma:
Profª Lays Omena
Polarização e Funcionamento
Observa-se agora como se comportam duas
junções PN (Base-emissor e Basecoletor) quando
são polarizados simultaneamente.
Polarização direta das junções:
Conforme ilustra a Figura a seguir, há duas
correntes diretas praticamente independentes,
onde se conclui que uma variação na tensão V1
não influencia na corrente I2, e por isso não existe
a característica de amplificação.
Com este tipo de polarização nas junções diz-se
que o transistor está saturado.
Profª Lays Omena
Polarização e Funcionamento
Profª Lays Omena
Polarização e Funcionamento
Polarização inversa das junções:
No caso da Figura a seguir, só irão circular
correntes de fuga pelas junções e que são
totalmente independentes, o que leva a afirmar
que não existe amplificação.
Com este tipo de polarização diz-se que o
transistor está cortado.
Profª Lays Omena
Polarização e Funcionamento
Junção B-E direta e junção B-C inversa:
Observando-se a Figura a seguir, vê-se que as
lacunas que são emitidas em direção à base,
provenientes do emissor, sofrerão poucas
recombinações, devido à base ser estreita e
pouco dopada, acarretando em uma grande
corrente no coletor.
Profª Lays Omena
Polarização e Funcionamento
Com esta explicação, pode-se verificar que
aumentando V1, um número maior de lacunas
será emitido em direção à base, fazendo
aumentar a corrente no coletor.
Por outro lado, abrindo a malha do emissor,
nenhuma lacuna será emitida e a corrente do
coletor será igual a corrente de fuga.
Para o transistor PNP, têm-se as correntes
indicadas no circuito da Figura s seguir.
Com este tipo de polarização o transistor obtém
características de amplificação e diz-se que o
mesmo está operando na região linear ou ativa.
Profª Lays Omena
Polarização e Funcionamento
Profª Lays Omena
Polarização e Funcionamento
Convenções no transistor:
Em esquemas eletrônicos os transistores têm a
representação simbólica mostrada na Figura
seguir:
Profª Lays Omena
Polarização e Funcionamento
Nesta representação, a única diferença é o
sentido da seta que representa o emissor.
As convenções de corrente e tensão são
necessárias, pois são utilizados pelos fabricantes
para representar um transistor nas folhas de
dados.
Apresenta-se a seguir o circuito da Figura a seguir
e as suas convenções para o mesmo.
Profª Lays Omena
Polarização e Funcionamento
Apresenta-sea seguir o circuito da Figura a seguir
e as suas convenções para o mesmo.