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LLiissaa VVaallddeezz
REVISÃO EM INGLÊS
Envio do arquivo: Gisa
Revisão: Ana Mota
Revisão Final: Lucilene
Formatação: Gisa
Tiamat - World
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Comentário da Ana Mota - não direi nada sobre o livro para não estragar a surpresa (tenho
certeza de que será grande rsrs). Fiz com todo o carinho, desejo que tenham uma boa leitura ^_^
Epílogo
13 de Junho, 1851.
Minha querida Henrietta,
Você simplesmente não pode imaginar todos os acontecimentos escandalosos! Você
está perdendo tudo! Justo agora você está na Itália! Eu lhe conto, minha querida, não é
provável que vá haver um espetáculo maior do que este em todas as nossas vidas. E espere
para ouvir quem está no centro de tudo. Atrevo-me a dizer que nunca adivinharia. Pois,
antes de seu compromisso, era considerado um dos solteiros mais cobiçados na Inglaterra.
Adivinhou? Ele não é outro senão o próprio com quem você tinha esperado casar a sua
filha. Sim, o Sr. Matthew Morgan Hawkmore!
Oh, Henrietta, por onde devo começar? Apenas deixe-me te dizer que uma vez que o
tenha ouvido, agradecerá que o Sr. Hawkmore nunca tenha tomado sua Amarantha. Se o
tivesse feito, agora te verias envolvida em um escândalo do qual nunca se recuperaria.
Nunca, asseguro-lhe isso!
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Patience = paciência.
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Geo geà Mi hael,à fathe à figu e :à à u à o toà afiadoà eà se sualà deà seduç o,à o à aisà doà ueà i oà i utos de
duração e que sintetizou a natureza sexual de George Michael. 1º lugar nas rádios dos Estados Unidos em 1988 e ficou
em 1º lugar na listagem de música sexy: U.S. Billboard Hot 100.
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Geo geàF ide i àHa del:à le eà o posito àdaà ále a ha.à “a a a de : e forma musical, ambas em compasso de
3/4. O tema de Handel, Sarabande, é uma variação de La Folia, um dos temas musicais lembrados mais antigos na
Europa.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
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The Times - célebre e histórico jornal inglês, editado em Londres, publicado diariamente desde 1785, e sob seu nome
atual desde 1788.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Capítulo Um - Patience
Eis que és formosa, ó amada minha, eis que és formosa; os teus olhos são como pombas.
Cantares de Salomão5 1:15
30 de junho de 1851.
Wiltshire, Inglaterra - Mansão Hawkmore, sede do condado do Conde e da Condessa de
Langley
Sr. Hawkmore,
Eu me ressinto da necessidade desta carta. Mas como você se recusa a aceitar a
palavra do meu pai relativa à dissolução do nosso compromisso, me vi na posição
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Cantares de Salomão: canção de amor dividida praticamente em duas seções principais. O início do Amor (Capítulos
1-4) e seu Amadurecimento (capítulos 5-8). Por ser um poema escrito em uma linguagem considerada sensual, sua
validade como texto bíblico já foi questionada ao longo dos tempos. O poema fala do amor entre o noivo e sua noiva.
Alguns teólogos interpretam o texto como alegórico, dizendo que o amor exaltado é o amor entre Deus e Israel, ou
entre Cristo e a Igreja.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
desagradável de eu mesma ter que te escrever. Por favor, aceite tudo o que devo dizer como
os meus sinceros e verdadeiros sentimentos.
Deveria ser óbvio para você que nós não nos adaptaríamos. A revelação chocante da
sua ascendência, a publicação da carta asquerosa da sua mãe, na qual ela se diverte com o
seu nascimento ilegítimo, e o escândalo que acompanhou sua revelação, fez com que a nossa
união se tornasse totalmente impossível. Também deveria ser óbvio para você que eu nunca
poderia, nunca, me casar com o filho de um jardineiro.
Mas, como eu, um dia, senti um pouco de apreço por você, te asseguro de que eu não
mais possuo esse tipo de sentimento. Realmente, se você refletir, creio que perceberá que
sempre se importou mais comigo do que eu com você. Então, talvez a sua desgraça seja
uma bênção disfarçada, assim como ela me salvou - e a você - de um casamento que teria se
mostrado insatisfatório com o tempo.
Finalmente, como meu pai já te disse, achamos seus protestos de inocência neste
assunto completamente inacreditáveis. Se você fosse um homem de honra e nobreza,
admitiria sua desonestidade, mas claramente sua procriação doente desaprova tal
honestidade.
Sr. Hawkmore, exijo que não me escreva novamente, ou tente me visitar. Meu pai já te
informou de que nem você, nem suas missivas, serão permitidas além do nosso umbral. Não
me embarace com tentativas adicionais.
Sinceramente,
Rosalind Benchley
P.S.: Sua mãe fez bem em ficar na Áustria, que foi para onde ouvi dizer que fugiu.
Talvez você devesse se juntar a ela lá.
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Patience
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desde o início - os olhos verdes profundos, que o lembravam da grama não aparada. Entretanto
ele não podia distinguir sua cor ao luar, eles o seguravam agora, sem oscilar e sem tremer.
A batida do coração dele ficava mais rápida enquanto ela diminuía a distância entre eles.
Pausando diante dele, ela estendia a carta.
A porra da carta. Pegando-a, ele a esmagou na almofada do sofá ao seu lado.
—Perdoe-me por ler sua correspondência privada, Matthew.
Ele olhou fixamente para ela e se espantou com o efeito calmante que a voz tinha nele.
—Eu não devia chamá-lo de Matthew?— Ela perguntou. —Sei que nunca conversamos
realmente. Mas, já que o seu irmão se casou com a minha irmã esta manhã, acho que não é
impróprio eu usar o seu nome de batismo. — Ela falou com um tom tão casual, como se não fosse
nada incomum eles estarem a sós e juntos na galeria no meio da noite.
Um músculo do braço dele saltou enquanto ela andava em direção ao canapé. Ele a assistiu
e as mãos tiveram um espasmo. As orelhas dele registraram o suave assobiar de seu roupão. A
o aàe heuàd gua.
Ela se sentou ao lado dele. Ele não podia tirar os olhos dela. Pouco mais do que o vão para
uma pessoa os separava. Ele respirou fundo. Deus, ela tinha cheiro de gardênias, doce e arrojada.
Ela se debruçou contra o sofá de encosto alto, mas não olhou para ele.
—É uma noite linda, não é? Que não foi feita para se dormir.
Matthew agarrou o braço do sofá. Não, não para dormir.
Ela colocou um dos cachos atrás da orelha.
—Minha irmã mais nova sempre diz que noites assim são feitas para segredos e mágicas. —
Ela pausou por um momento antes de finalmente girar a cabeça para olhar para ele. O coração
dele batia rápido enquanto olhava fixamente a beleza obscura do rosto dela. —Eu não sei se ela
está certa. Mas por via das dúvidas, você gostaria de me contar um segredo?
Em uma outra hora ele teria sorrido. Mas não agora. O pau dele estava duro e pronto, seu
corpo estava tenso com restrição. Ele a queria. Ele a queria desde que a viu pela primeira vez,
quando ele ainda estava comprometido com Rosalind. E agora ele não estava comprometido com
ninguém. Agora, seu coração estava perto de estourar, e seu corpo estava em agonia.
A cabeça dela pendeu.
—Talvez não então. — Ela desviou o olhar.
O corpo dele tremeu enquanto ela se debruçou adiante para ir.
—Fique, Patience. — A voz soou concisa. Ele apertou a mão dela e deu uma respiração rasa.
—Fique — ele disse mais suavemente.
Patience parou. Ela olhou abaixo para a mão dele na dela antes de erguer os olhos de volta
para os dele. Deus, ele já havia olhado para um rosto mais magnífico?
—Fique— ele murmurou novamente.
Mantendo o olhar fixo nele, ela se debruçou de volta. Em vez de soltar a mão, ele enrolou os
dedos nos dela. Ele pensou que ela poderia puxar a mão para longe, mas ela não o fez.
Ele descansou a cabeça contra as costas do sofá enquanto ela descansava a dela também.
Eles se sentaram quietos e parados, os olhos presos um no outro.
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Patience
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São Mateus 5.44-45.
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São Mateus 5:48.
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Patience
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—Eu não sou São Mateus, Patience8. — Ele sentiu a tensão dela com sua proximidade súbita,
mas ela não se moveu ou desviou o olhar. —Eu não sou São Mateus, e não sou perfeito.
As pestanas dela tremularam.
—Nenhum de nós é. Mas devemos aspirar à perfeição. — Ela o considerou por um
momento. —Diga-me que você não buscará vingança, Matthew. A vingança nunca é de graça.
A mão dele estava morna sob a dela e a expressão mantinha uma seriedade gentil. Ele olhou
fixamente para sua boca rechonchuda, deliciosa. Qual seria a sensação de beijar tais lábios
bonitos?
—Muito bem— ele murmurou. Como seria saboreá-la e abraçá-la?
—Bom. — Ela soltou um suspiro e então olhou de volta para a galeria de retratos. Matthew
estudou seu perfil enluarado enquanto o silêncio se estirava entre eles. Era sua bochecha tão
suave quanto parecia? Ele queria tocá-la.
Finalmente, ela se voltou para ele.
—Sabe, Matthew, acho que um dia Rosalind lamentará sua decisão de cortar relações com
você.
Matthew pensou sobre a carta esmagada ao seu lado. —Duvido— ele respondeu, amargura
vazando no tom de voz.
—Não, acho que ela irá— Patience insistiu suavemente. Os olhos pareciam olhar além dele à
medida que ela continuava— Um dia, ela verá você em algum lugar, talvez até de longe, e ela
pausará para olhá-lo. As memórias a inundarão. Ela se lembrará de como se sentiu na sua
presença - o oàe aàseuàto ueàeàseuàso iso.àElaàa sia àpo à o ,àeà eàse'àe oa àpelaà a eçaàdela.à
Por ela saber que poderia ter tido você, se não o tivesse descartado.
Patience olhava fixamente a distância. Então as pestanas longas chamejaram e ela pareceu
retornar a ele. Ela deu de ombros. —E você deve caminhar alegremente - inconsciente, ainda
assim contente com a vida que tem sem ela.
Matthew considerou-a atentamente e não pôde aliviar o franzir de sua sobrancelha. Ela
falou de experiência. Quem a machucou? E quem carregava memórias íntimas dela - seu toque e
seu sorriso? Ela ainda ansiava por ele? Uma onda de ciúme se moveu por ele.
O franzir aprofundou.
—Beije-me, Patience.
O olhar dela foi para o dele e os lábios separaram. Um suspiro suave escapou dela.
O sangue de Matthew corria apressado e o pau doía. Ele forçou o franzir para longe então
repetiu o comando. —Venha. Beije-me, Patience.
Os olhos adoráveis dela estavam escuros com desejo e incerteza. Um contraste tão bonito.
—Não acho que isto seja uma boa ideia.
—Por que não?
—Porque você e eu não devemos fazer qualquer coisa que possa nos fazer discutir no
futuro. Você é meu cunhado, Matthew. Não quero nenhum remorso entre nós. — Ela pausou, os
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Matthew = Mateus.
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Patience
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olhos descansando por um momento na boca dele. —Além disso, mesmo quando penso que
quero beijos, fico invariavelmente desapontada com eles.
Matthew soltou a mão dela e lentamente estirou o braço através das costas do sofá.
—Não quero falar de remorsos agora. Só quero um beijo, Patience. — Ele prendeu o dedo
em um de seus cachos espessos. Era suave. —Eà seà oà ossoà eijoà fo à desapo tado …à Be ,à oà
faremos novamente, não é?
Ela pareceu considerar as palavras dele enquanto mantinha o olhar fixo e observador.
Ele se sentou tenso e esperando. Ela o rejeitaria?
—Beije-me— ele sussurrou.
O olhar dela chamejou para sua boca. Então, lentamente, ela girou na direção dele e foi
adiante.
O coração de Matthew trovejou e a respiração ficou rasa. Ela parou a apenas alguns
centímetros dele. Ele respirou o odor de gardênias que estava agarrado nela. Fazia apenas três
semanas desde que ele havia colocado o olhar nela pela primeira vez? Por que parecia que ele a
desejava desde sempre?
—O que você está esperando?— Ele conseguiu dizer.
Ela agitou a cabeça.
—Não sei. Muitos homens pediram para me beijar. Muitos homens me beijaram sem
perguntar. — Ela pausou e um franzir minúsculo dobrou sua sobrancelha. —Mas nenhum já exigiu
que eu o beijasse.
Ele olhou fixamente no rosto adorável dela e percebeu que ele havia parado de respirar. As
demandas eram o que ela precisava. Ele inalou.
—Faça agora.
Ele viu a indecisão dela debilitar. Então a mão correu lentamente pelo ombro dele e os
lábios se separaram. O coração de Matthew martelou no tórax enquanto as pestanas abaixavam.
Os dedos mornos dela tocaram sua nuca, puxando-o para ela com uma pressão gentil. E então a
boca tocou a dele - não com lábios franzidos - mas completa, suave e exploradoramente.
Um calor em chamas surgiu pelo corpo de Matthew, acendendo algo bem no fundo dele.
Ainda assim, ele se sentou quieto como uma estátua, entre suspiros audíveis, ela apertou os lábios
suaves e separados contra os dele. Com cada beijo, ela demorava mais. Os olhos dele fecharam e
o outro braço dela foi ao redor dele. Ele deu uma respiração afiada e as mãos começaram a
t e e àe ua toàelaàoàt aziaàpa aà uitoà aisàpe to.àEà aisàpe to…
Com um gemido ele correu os braços ao redor dela, puxando-a completamente contra ele e
capturando sua boca tenra com a dele. Desejo incendiou por ele, quente e feroz. Abastecido por
seu desejo suprimido por ela, abastecido por emoções que ele não podia nem nomear, que o
saquearam. Ele empurrou a língua. Os lábios se separaram e o abraço apertou. Ela tinha gosto de
chá e limão - desejo. O coração dele bateu forte. Ela estava enfraquecendo, mas mesmo assim,
sentia os seios e as curvas de seu corpo contra ele. Ela era suave e ainda assim firme, e o odor de
gardênias enchia sua cabeça enquanto ele a beijava e beijava, empurrando a língua um pouco
mais fundo em sua boca morna a cada punhalada.
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Patience
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O sangue corria apressado nas veias e o pênis doía. Ele a segurava muito mais apertado e
acariciava as curvas de seu traseiro, prendendo-o enquanto ele ia contra ela. A boca aberta para
agarrar a dela, e os dedos enrolando em seu cabelo. Ela gemeu e então ofegou, mas ele não podia
parar de beijá-la.àN oàpodiaàpa a …
Naquele momento, ela era o equilíbrio contra tudo o que ele não podia ter - Rosalind, o
homem que ele sempre tinha pensado ser seu pai, os chamados amigos que abruptamente se
tornaram tão escassos, sua antiga vida. Tudo tinha ido embora. Mas este beijo era dele - este
beijo, com Patience. Ele a esmagou contra seu corpo e a puxou para baixo com ele no sofá. Ele
apertou o corpo no dela. Se ele pudesse mantê-la,àe t oàtal ez…
Ela gemeu e estremeceu. Arrancando a boca da dela, Matthew olhou para ela abaixo
enquanto puxava respirações quebradas. Ele a rolou embaixo dele. Cristo, os olhos meio fechados
reluziam com paixão e arfadas suaves escapavam de seus lábios inchados pelos beijos. Mas as
mãos agarravam as mangas de sua camisa, ela estava deitada ofegante embaixo dele, os cachos
brilhantes se derramando por todos os lados. O pau dele pulsava faminto contra a coxa. Ela deu
uma respiração profunda e suas pálpebras tremularam.
Ele podia tomá-la agora. Bem no sofá.
Uma luxúria sombria se movia por ele.
Faça! Você está no controle.
Tome-a e triunfe.
Com um gemido, ele se curvou e colocou os dedos em seu cabelo. Mas no momento em que
fez isso, um ardor afiado atravessou sua junta. Ele congelou enquanto a pequena dor sórdida
fatiava por seu desejo. Empurrando os cachos pesados de Patience de lado, ele olhou fixamente
para a carta amassada de Rosalind e o canto afiado que havia cortado seu dedo. Sobre ela, ele
podia ver sua assinatura apertada, perfeita.
Cadela!
A raiva dele fervia. Ele esmagou o papel enquanto retornava seu olhar a Patience. Olhando
para ela, sua luxúria imediatamente chamejou. Mas apenas serviu para enraivecê-lo mais. Ele não
estava no controle. Ele estava completamente fora de controle. Como diabo ele podia ser tão
incrivelmente fraco - tão pateticamente desesperado pelos braços de uma mulher? O punho
apertou em torno da carta. Ele não havia aprendido nada!
—Eu te disse— a voz suave de Patience era quase um sussurro—nós não devíamos ter feito
isto.
Matthew fez uma careta para o olhar dela. Ele viu a tensão nos olhos bonitos, mas nenhuma
censura. O pau pulsou e ele se odiou por querê-la tanto.
As mãos dela caíram longe dele.
—Vá.
Sim. Vá.
Por que não era ele?
Os olhos de Patience nunca o deixaram enquanto ele forçou os músculos a se moverem,
forçou-se a ir para longe. Se o corpo dele tivesse voz, teria gemido em protesto e ressentimento
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
por ele se mover lentamente para longe dela. E quanto mais ele se retirava, mais esses
sentimentos escalavam. Até que, quando ele ficou de pé, estava duro com fúria amarga.
Girando devagar, ele enfrentou o retrato de sua mãe - a mulher linda e enganosa que
sempre reivindicou amá-lo. Ela era a fonte de toda a sua dor. Ele queria arrancar o retrato dela da
parede. Queria rasgá-lo em fragmentos e lançá-los para fora pela janela.
Ele a odiava. E ele desprezava se à a ado àpo àela.àMes oàa tesàdoàescândalo, seu caráter
tinha sido bastante conhecido. O que tinha sido dito dele por ser amado por tal mulher?
Cristo, ele tinha passado a porra da vida toda tentando compensar pelo fato de ele ser
amado por ela. Ele tinha sido honesto e honrado - cortês e bem humorado. Na escola, ele
estudava bastante. Uma vez fora, construiu uma fortuna. Ele se movia nos mais altos círculos
sociais. E, o tempo todo, ele procurou por um amor que nunca precisaria compensar - um amor
decente, um amor nobre. Um amor leal e incondicional.
Erguendo o punho, ele apertou a carta amassada de Rosalind transformando-a em um bolo.
A existência inteira dele tinha sido ou uma reação ao amor que tinha, ou uma procura pelo amor
que queria. Ele se permitiu ser governado pelo amor - ser controlado pelo desejo do amor. O quão
pouco isso o havia servido.
Ele abaixou a mão. Nunca mais!
Puxando uma respiração profunda, ele pegou a essência mais nua de gardênia.
Nem mesmo para ela?
Patie e…
O coração dele pausou e o corpo tremeu com desejo.
Porra! Apenas vá. Vá e não olhe para trás.
Ajeitando os ombros, ele pôs um pé na frente do outro até que a galeria - e Patience -
estavam muito atrás ele.
***
Patience olhava fixamente o teto alto. Seus membros estavam tremendo e a vulva estava
doendo. Os mamilos estavam apertados e a pele formigava. Os sentimentos eram familiares em
seu curso, mas completamente desconhecidos em sua intensidade. Ela fechou os olhos e se deitou
completamente quieta.
Tudo vai ficar bem. Você está só e tudo está bem.
Ela cerrou as mãos em punhos.
Foi ape as u eijo. Vo já foi eijada u a dúzia de vezes. Ape as u eijo…
Mas não importava o quanto ela tentasse argumentar com seu coração correndo, ele não
diminuía a velocidade. O corpo parecia estranhamente indiferente aos comandos da mente.
Forçando-se a se sentar, ela apertou as pernas que tremiam bem juntas enquanto esfregava
as têmporas. Ela tentou delinear seus sentimentos - quebrá-los em partes compreensíveis e
reconhecíveis para separar o físico do emocional.
Mas ela não podia.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Com uma respiração frustrada, ela ficou de pé e caminhou cheia de propósito pela galeria.
Ela registrou que suas coxas estavam molhadas e seu estômago estremecendo, mas ela se forçou
a ignorar as sensações. Passando as sacadas que omitiam o salão de baile mudo, ela andou a
passos largos para os degraus e desceu dois lances de escada com passo firme. Uma vez no piso
principal, ela caminhou pelo corredor e não pausou até que viu as portas duplas e largas abertas
na sala de música.
Grandes janelas palladianas9 permitiam ao luar fluir para a câmara expansiva. Ela viu seu
violoncelo claramente. Descansando sob à luz perolada, o arco de madeira de bordo cintilava.
Logo ao lado estava o seu estojo.
Mantendo os olhos desviados do retrato grande acima do mantel, ela cruzou o cômodo. Os
chinelos batiam suavemente contra o piso de parquete. O roupão ondulava enquanto ela se
abaixava e ficava sobre os pés. Ela abriu a tampa de seu estojo. Do lado de dentro, o forro de seda
colorido estava velho, mas ela havia remendado todos os pequenos rasgos que vieram com o
tempo.
Todos exceto um.
Deslizando os dedos atrás da seção do forro solto, ela retirou o papel dobrado que tinha
colocado lá pela primeira vez há sete anos. Ela apenas pausou brevemente antes de desdobrar as
dobras bem marcadas e erguer a carta para a luz.
Os olhos caíram nas palavras que ela já havia lido mil vezes.
Patience,
Eu te peguei me assistindo ontem, e percebi imediatamente por que sua apresentação
ultimamente tem sido tão desagradável. Você tentou esconder, mas eu vi amor nos seus
olhos. E fiquei com repulsa. Seu amor por mim contaminou a sua música. Seu toque ficou
suave e insípido, e eu não posso mais suportar ouvi-la.
Eu te disse quando você se tornou minha aluna que a perseguição da arte e a
perseguição do amor são antíteses. Pensei que você havia entendido isto. Ainda assim, olhe o
que você fez. Arruinou seu talento, e roubou quase um ano da minha vida, durante o qual
eu poderia ter ensinado alguém mais merecedor.
Eu devia ter pensado melhor em vez de ter colocado a minha confiança em uma
menina de quinze anos. Cometi o engano de acreditar que você estava acima das respostas
sentimentais tão comuns para as fêmeas. Claramente, eu estava enganado - vocês são todas
iguais.
Já que você se provou incapaz da perfeição, e, portanto, de grandeza, você faria bem se
apenas deixasse de tocar completamente e casasse com um desses jovens ávidos que estão
sempre te perseguindo. Sim, dê o seu amor para um deles, e tome as suas alegrias das
buscas mais simples atribuídas ao seu sexo - casamento e procriação.
Henri Goutard
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Estilo Palladiano - estilo arquitetônico derivado da obra prática e teórica do arquiteto italiano Andrea Palladio (1508-
1580), um dos mais influentes personagens de toda a história da arquitetura do Ocidente.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Patience olhou fixamente para a escrita rabiscada. Ao longo dos anos, a dor da carta tinha
enfraquecido até virar nada. Mas hoje à noite, ela sentiu uma punhalada breve da antiga agonia.
Mas, porém, veio e se foi em um momento, agiu nela como um mergulho na água fria,
amortecendo as emoções aquecidas que o beijo de Matthew havia inspirado.
Ela deu uma respiração profunda e calmante, e lentamente dobrou o papel novamente.
Enquanto ela o colocava de novo em seu lugar, pensou no quão semelhante era a carta de Henri à
de Lady Benchley. Matthew sentiria dor por algum tempo.
Ela fechou a tampa de seu estojo.
Mas eventualmente ele se recuperaria - da mesma maneira que ela tinha feito.
E talvez ele achasse o amor novamente. A imagem de Matthew abraçando uma mulher sem
rosto de cabelo escuro de repente apareceu em sua mente. Ela fez uma careta com o sentimento
azedo que a visão a deu. Empurrando-a para longe de seus pensamentos, ela olhou para seu
violoncelo.
Seu instrumento musical era seu amor. Ficando de pé, ela olhou fixamente para ele por um
momento. Era seu conforto. Sentando, ela o colocou entre os joelhos. Estava tarde, mas se ela
to asseàsile iosa e te…
Puxando e soltando outra respiração profunda, ela baniu Matthew de sua mente e imaginou
as notas de abertura do Concerto do Imperador de Beethoven10. Cuidadosamente - exatamente -
ela apertou as cordas adequadas contra o espelho do violino, e então puxou o arco. Perfeitamente
executadas, as primeiras notas encheram o local vazio com som. Patience prosseguiu com uma
nota até a seguinte - tocando cada sucessão de forma pura e perfeita. Ela pegava a música de
ouvido, mas também a via em sua mente, quase como se fosse uma série de equações
matemáticas - cada uma para ser resolvida com exatidão certeira e, claro, ordem adequada.
Enquanto tocava, Patience prevenia qualquer engano, qualquer erro de cálculo que poderia
perturbar a perfeição da obra. Dava a ela prazer imenso simplesmente tocar. Na verdade, cada
momento em que ela se sentava com seu violoncelo, sua meta era ficar mais próxima da perfeição
que Henri reivindicava que ela fosse incapaz.
Deixando as notas finais enfraquecem no ar quieto, Patience suspirou com satisfação. Isto
era o que ela amava - sua música e a perseguição da perfeição.
Ela olhou seu instrumento. O amor romântico não era para ela.
Novamente, os olhos lindos e penetrantes de Matthew relampejaram em sua mente.
Ela estremeceu.
Mas e quanto ao desejo?
Ficando de pé, ela retornou seu violoncelo ao seu local. O desejo servia uma necessidade
física que ela não poderia evitar para sempre. E ela desejava Matthew mais poderosamente do
que já havia desejado qualquer homem. Havia algo entre eles - algo forte e inevitável.
Girando, ela ergueu os olhos lentamente para o retrato de tamanho natural que havia
evitado olhar mais cedo. Matthew, acomodado com seu violoncelo, olhando fixamente de volta
10
Concerto do Imperador - última composição de concerto para piano e orquestra de Beethoven. Obra majestosa e de
uma concepção grandiosa, tanto nos solos do piano quanto nas intervenções da orquestra, possui três movimentos.
Lwidg Van Beethoven nasceu em 16 de dezembro de 1770, em Bonn, na Alemanha.
13
Patience
Tiamat World Lisa Valdez
para ela. A irmã dela havia dito que ele tocava o instrumento de forma brilhante. Uma Patience
com a pele ruborizada e aquecida olhou para ele.
A pose dele era aberta, o braço direito caído indolentemente sobre a parte de trás da
cadeira. O arco pendurado nos dedos negligentes, e a outra mão descansando no braço de seu
violoncelo, que estava colocado entre suas pernas extensamente espalhadas.
Patience umedeceu os lábios enquanto o sangue acelerava. Matthew olhava fixamente para
ela quase como que fora da pintura, a expressão inativa e sensual. A curva cheia da boca tinha
sido bem pintada, mas nada podia ultrapassar a beleza e intensidade incrível dos olhos escuros.
Hoje à noite, eles olharam para ela com observação sabedora. Hoje à noite, eles pareciam dizer
você é minha.
Patience retraiu a respiração enquanto os lábios formigavam. Ela os tocou ligeiramente.
Não apenas um beijo.
N o.àOàa açoàofega teàdeleàti haàsidoàu àp elúdio…
…U àp elúdioàpa aàalgoà ais.
Fala o meu amado e me diz: Levanta-te, amada minha, formosa minha, e venha.
Cantares de Salomão 2:10
Eles nunca a deixavam só. Como corços orgulhosos procurando uma corça solitária, seus
admiradores dançavam e se moviam de forma alegre e animada em volta dela. Seguiam-na aonde
quer que ela fosse, empurravam e competiam por sua atenção, cada um desejando ganhar sua
consideração - por mais breve que fosse. E o tempo todo, mesmo enquanto ela sorria, anuía com a
cabeça e os favorecia, ele podia sentir o desinteresse dela.
Minha pobre Patience. Como você aguenta?
Matthew cruzou os braços sobre o tórax. Inclinado em um canto sombreado da galeria
superior, ele mantinha os olhos fixos nela. Apesar de o lindo rosto dela estar meio encoberto por
uma semi-máscara, o magnífico cabelo vermelho deixava sua identidade inconfundível. Caindo
pelas costas em cachos espessos, era como uma isca inflamada em um mar de sombras mais
escuras. Uma coroa de flores descansava sobre a cabeça brilhante, e mais florescências
11
Masque - forma de entretenimento cortês festivo que floresceu nos séculos XVI e início do século XVII na Europa, e
foi desenvolvido anteriormente na Itália (aparece muito nas peças de Shakespeare). Masque envolvia música e dança,
canto e atuação, em um palco elaborado, no qual a definição de arquitetura e costumes poderiam ser projetados por
um arquiteto de renome para apresentar alegorias com o objetivo de lisonjear o dono da festa.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
decoravam sua fantasia, um vestido longo de camadas brancas descia através dos ombros e abria
em uma saia rodada a partir de sua cintura esbelta.
Ela era uma beleza incomparável.
Nos três meses desde o beijo na galeria, ele pensava nela frequentemente. Tendo passado a
maior parte dos dias só, imagens dela enchiam sua mente. Ele havia resistido a elas a princípio.
Mas enquanto as semanas passavam, ele foi resistindo cada vez menos até que parecia que todas
as noites seu último pensamento era sobre ela. Ela enchia seus sonhos e suas fantasias. E quanto
mais ele pensava nela, mais ele a queria. E quanto mais ele a queria, mais valor parecia ter
derrotar o escândalo que estava começando a arruiná-lo social e financeiramente. O escândalo
que logo o forçaria a sair da diretoria da Grande Estrada de Ferro do Oeste, a companhia que ele
havia fundado. Escândalo que estava sendo maliciosamente manipulado e aumentado pelo pai de
Rosalind.
Maldito Benchley. Archibald Philip Benchley, o Grande e Honorável Conde de Benchley, cuja
linhagem era tão antiga que seu título e sobrenome ainda eram os mesmos. Lorde Benchley, cujo
condado era muito ilustre e puro para ser manchado por sangue bastardo.
Matthew estreitou os olhos para a multidão circulando abaixo. Atrás das roupas de ceda e
cetim, eles eram como um bando de animais selvagens. Pelos últimos três meses, eles haviam
assistido Benchley arranhá-lo e rasgá-lo. Mas ele não estava morto. E já estava cansado de lamber
suas feridas. Ele pegaria de volta seu lugar entre eles - não lutando com eles, mas rasgando a
garganta de uma vez só.
Sim. Enquanto o grupo se movia, ele viu Archibald Benchley. E quanto mais sangue ele
tirasse, melhor seria. Porque depois que a poeira baixasse, ninguém ousaria cortá-lo novamente.
Matthew quase sorriu. Seu espião já estava na casa dos Benchley há duas semanas. Ele
deveria se reportar logo.
Ele deixou o olhar cair em Patience. Hoje à noite ela era sua meta primária. As entranhas
apertaram com antecipação. Ele e ela tinham negócios inacabados - e ele estava faminto por ela.
—Por Deus, é realmente você. Você cresceu.
Matthew olhou para as feições sardônicas de Roark Fitz Roy, o filho mais novo do Marquês
de Waverley. Falando de bastardos - o ancestral do marquês vinha de um dos filhos bastardos de
Charles II12.
—Fitz Roy.
Roark Fitz Roy ergueu uma sobrancelha preta.
—Apostei cem libras com Hollingsworth que o rumor da sua presença era mera
invencionice.
Matthew encolheu os ombros enquanto girava o olhar de volta para o salão de baile abaixo.
—Nunca aposte no rumor.
— “i ,à e …ài feliz e teàpa aà o àeàaàG a deàEst adaàdeàFe oàdoàOeste,à iasàpessoasà
estão apostando no rumor.
12
Charles II – viveu de 29 de Maio 1630 a 6 de Fevereiro 1685, foi rei de Inglaterra, Escócia e da Irlanda. Apesar de ter
tido inúmeros filhos ilegítimos (ele reconheceu os direitos de 14 deles), o casamento com a princesa Catarina de
Bragança, filha de João IV de Portugal, não resultou em herdeiros e foi sucedido pelo irmão, Jaime Duque de York.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Matt, querido, sei que você deve me odiar, então talvez vá agradá-lo saber que eu
estou sofrendo. Mas, quero que você saiba que eu penso em você todos os dias enquanto
13
Mazurca - dança tradicional de origem polaca, feita por pares formando figuras e desenhos diferentes, em
compasso de ¾ e tempo vivo. Característico é o ritmo pontuado, com acento típico no 2º e 3º tempo do compasso.
Era frequentemente utilizada pelos compositores da Polônia da era romântica, como Chopin, Moniuszko ou
Wieniawski.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
meu pai desfila pretendente atrás de pretendente diante de mim, nenhum tão bonito ou tão
ê.
Querido, se você lamenta nossa separação tanto quanto eu, então me envie algumas
palavras. Fico corada em dizer isto, mas só porque nós não podemos nos casar, não significa
que não possamos ficar juntos. Sua, R.
Matthew bufou zombeteiramente enquanto agitava a cabeça. Se ele não estivesse olhando
para a pequena e apertada letra de Rosalind, não teria acreditado no que estava lendo. Oh, que
mudança os meses tinham forjado. E, oh, que possibilidades esta missiva inesperada levantava.
Dobrando a nota, ele a deslizou com firmeza para o bolso do peito. Ele precisava de tempo para
o side a à o oà faze à elho à usoà doà ilheteà eà deà ‘osali d,à as…à eleà olhou para baixo, para
Patie e…àago aànão era a hora.
Matthew a assistiu se mover para fora da pista de dança com Montrose, que parecia pouco
disposto a soltar sua mão. Imediatamente, uma multidão de homens a cercou. Ele conhecia todos
eles, e seus ombros ficaram tensos quando viu Conde Danforth se pressionar demais contra as
costas dela. As entranhas de Matthew apertaram. Ele conhecia Danforth desde Harrow14, mas
nunca tinha gostado dele. Ele era um arrogante estúpido, devasso, jogador inveterado e péssimo
perdedo .à“eàeleà o esseàu aà oàsujaà aàdi eç oàdela…à
Mas no momento seguinte, o homem alto e sem graça fez uma careta e, saltando para trás,
ergueu um pé. Patience girou e, com a mão apertada contra o peito e com uma sacudida oh-
desculpe-me da cabeça, pareceu dizer um pedido de desculpas.
Fitz Roy riu.
—Nada como um duro pisar no pé para intimidar os imbecis.
Matthew franziu o cenho. Ele quase tinha se esquecido de que Fitz Roy estava lá.
—A propósito, você ouviu a novidade sobre o Danforth?
Agora o quê?
—Qual novidade?
—Bem, eu provavelmente não deveria te dizer nada. Danforth está fora de si com a
excitação de te contar ele mesmo. — Fitz Roy examinou brevemente as próprias unhas. —Mas, já
que eu adoro acabar com a alegria dos idiotas, direi a você. — Ele debruçou o quadril na parede
baixa da galeria. —O empobrecido Conde de Danforth acabou de ficar comprometido com
ninguém menos do que a lady do bilhete perfumado que está agora dobrado no seu bolso.
Matthew congelou por um momento e esperou sentir algo, qualquer coisa. Nada veio.
—Quando isto aconteceu?
—Hoje mesmo. Danforth está positivamente vertiginoso com o acordo inteiro, porque seu
futuro sogro concordou em pagar todas as suas dívidas e renovar sua mansão desintegrando.
14
Harrow School (originalmente: The Free Grammar School of John Lyon; geralmente: Harrow) é uma escola privada
para garotos e uma das escolas mais famosas do mundo, localizada no noroeste de Londres. Foi fundada em 1572 por
meio de uma carta-patente concedida por Elizabeth I da Inglaterra a John Lyon.
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Patience
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—É mesmo?— Matthew olhou fixamente para Danforth abaixo. O homem era incapaz de
ficar longe de uma dívida. Ele seria uma obrigação enorme para Benchley. Matthew franziu o
cenho. E o filho de uma puta ainda estava perto demais de Patience. —Então ele seguramente
estará nas mesas de jogo hoje à noite— ele disse firmemente.
—Alguém consegue manter um cão de caça longe da salsicha? Claro que ele estará nas
mesas de jogo. — O Conde se afastou da parede e endireitou o punho da manga. —Bem, devo ir.
Sou o parceiro da Senhorita Dunleigh e seus duzentos metros de tule rosa pela próxima valsa.
Matthew anuiu com a cabeça enquanto retornava seu olhar para Patience. O coração batia
forte e seu pênis pulsava avidamente. Estava na hora de ir também.
—Oh— Fitz Roy pausou — não que você se importe, mas Lady Rosalind me pediu para te
dizer que ela estará na caça de outono do Filbert se você desejar organizar um encontro privado
com ela.
Matthew engoliu seu desgosto e manteve os olhos em Patience. Ele não queria mais pensar
em Rosalind. A única mulher que importava agora estava abaixo dele.
—Boa noite, Fitz Roy.
—Noite, Hawkmore.
Matthew assistiu os cachos vermelhos de Patience saltarem ao redor dos ombros nus
enquanto ela girava para falar com um de seus admiradores. Ele seguia as curvas do corpo dela
com os olhos. Dando uma respiração funda, ele pôde sentir a excitação se mover forte, na
retenção controlada que alimentava suas paixões dominantes.
Hoje à noite seria o início - um novo início com Patience.
Ele a queria. Tinha vindo por ela.
E apesar de ela ainda não saber disto, ela pertencia a ele.
***
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amizade, vaidade disfarçada de charme, insegurança posando como desafio e, quando retornou o
olhar para Danforth, viu um predador, sem disfarce.
—Acontece, Lorde Danforth, que o senhor está correto. Eu toco violoncelo. Em duas
semanas, devo começar minhas aulas com Fernando Cavalli, renomado em Londres. Estou
orgulhosa por ser a primeira aluna a ganhar sua tutela.
E ua toà u à o oà deà ah'à e hiaà oà í uloà eà i adei asà so eà asà dí idasà e a à li e adas,à
Danforth se curvou para perto.
—Eu sabia que você era o tipo de mulher que podia segurar um instrumento grande entre as
pernas.
Ela tinha ouvido isso apenas uma centena de vezes. Patience impediu com toda a força o
desejo de revirar os olhos e pedir licença. Claramente os homens eram os mesmos em todos os
lugares - ainda que tivessem títulos. Em vez disso, ela riu ligeiramente e baixou a voz.
—Se quer me ferir, meu lorde, sinto muito, mas a sua alfinetada errou o alvo.
Um franzir ligeiro surgiu na sobrancelha de Danforth.
—Desculpe, como disse?
Patience ergueu as sobrancelhas como que por ingenuidade.
—Não, eu que me desculpo, meu lorde.
Com um toque no braço dela, Lorde Farnsby, fantasiado de Napoleão, chamou sua atenção
do odioso Danforth.
—Deve perdoar a minha incredulidade, Senhorita Dare. Sua beleza sozinha elogiaria
qualquer experiência musical. — Ele baixou o colete além de sua cintura corpulenta. —É que o
violoncelo é um instrumento tão grande e difícil de controlar que não combina bem com a
natureza delicada e a sensibilidade gentil das damas.
Patience anuiu com a cabeça. Ela já tinha ouvido isto antes, também - vezes demais. Deus
que proibisse uma mulher de tocar violoncelo, ou montar a cavalo com as pernas escarranchadas,
ou fizesse qualquer coisa que exigisse a divisão das coxas. Não importava que cada homem de pé
lá tivesse nascido entre as pernas de uma mulher. Por que eles pensavam que isso afetava a
natureza delicada e a sensibilidade gentil da mulher?
Ela sorriu.
—Eu o entendo completamente, meu lorde. Mas quando jovem comecei a estudar o
violoncelo, e não tinha nenhuma noção da delicadeza da minha natureza, e minhas sensibilidades
eram bastante determinadas. O senhor pode apenas perguntar ao meu pai.
Enquanto os homens riam e faziam gracejos sobre suas próprias juventudes determinadas,
Patience pegou uma conversa atrás dela.
—Não posso acreditar que Matthew Hawkmore realmente esteja aqui hoje à noite.
Patience parou. Matthew estava aqui no baile? A memória súbita de seu corpo duro
apertado contra o dela trouxe um rubor morno às bochechas.
—Matthew Hawkmore? Você não quer dizer Matthew Jardineiro?
Patience ofegou enquanto as ladies riam.
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Patience
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— Bem, não posso acreditar nisto— a primeira continuou. —Ele acha que será aceito de
oltaà aà altaà so iedade?à Que oà dize ,à f a a e te…à Eleà de e ia,à peloà e os,à te à aà de iaà deà
ficar longe - especialmente depois de ter mentido para nós.
—Mas, minha querida, ouvi dizer que ele nunca soube de sua ilegitimidade.
—Bem, Lorde Benchley me informou que Hawkmore sabia desde o princípio. E eu, com toda
a certeza, não gosto de ser enganada, muito menos por um filhote de algum jardineiro rude.
As vozes dos admiradores de Patience enfraqueceram na medida em que ela escutava, com
indignação crescente, as mulheres atrás dela. Ela sabia pela irmã que Matthew estava sofrendo
socialmente. Mas esta rude e altiva mesquinharia era injusta. Isto era a cortesia da nobreza?
—Sabe, ouvi meu marido dizer que ninguém mais fará negócios com o Hawkmore. Ele disse
que vai vender suas ações da companhia de estrada de ferro do Hawkmore.
—E por que seu marido não deveria fazer isso? Quem quer fazer negócios com um homem
mentiroso e impostor? Guardem as minhas palavras, em pouco tempo Matthew Hawkmore será
um bastardo e um pobretão.
Patience cerrou as mãos nas saias. Por Deus, se havia uma coisa que ela odiava, era
crueldade e injustiça. Ela começou a girar para dar às fofocas maliciosas uma crítica severa quando
um cavalheiro alto, magro e malvestido como o cordial Rei Henrique VIII15, passou entre os
cavalheiros e segurou sua mão.
Patience recuou com o susto.
—Minha querida Senhorita Dare, aqui está você! Estava procurando-a em todos os lugares e
creio que essa é a nossa dança.
Patience ouviu a proposta para a valsa que começava. Ela deu uma olhada por sobre o
ombro e achou apenas os três cavalheiros que tinham enchido o espaço atrás dela. Onde estavam
as mulheres repugnantes?
Mal capaz de esconder a frustração, ela olhou para o cartão de dança que havia pendurado
na cintura.
—Sim, Lorde Fenton, é.
—Que rude, Fenton, tomando a linda Senhorita Dare de nós— Lorde Farnsby reclamou.
—Verdade— disse Lorde Montrose.
—Sim, não vá para longe com ela, Fenton— Lorde Danforth advertiu enquanto escovava um
pelo solto de seu traje de noite. —A próxima dança é minha.
—E então é a minha— disse Lorde Asher.
O ávido Lorde Fenton meramente sorriu torto para ela por debaixo de sua máscara
enquanto a levava de seu círculo de admiradores para a pista de dança.
Patience suspirou. Matthew estava realmente aqui no meio dos dançarinos? Fugazmente,
ela procurou na pista lotada, mas no momento seguinte ela se puniu. Se ele estava, obviamente
não a havia buscado, então o que importava?
15
Rei Henrique VIII - Pai da rainha Elizabeth I, foi o segundo monarca da dinastia Tudor, famoso por ter se casado seis
vezes e por exercer o poder mais absoluto entre todos os monarcas ingleses. Um dos feitos mais notáveis de seu
reinado foi a ruptura com a Igreja Católica Romana e a criação da Igreja Anglicana.
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Ela administrou um sorriso para Lorde Fenton enquanto a valsa começava, mas ela estava
logo fazendo careta enquanto ele repetidamente pisava nos seus dedos dos pés.
—Eu sinto muitíssimo, Senhorita Dare. Mil perdões.
O homem estava tão concentrado no decote do vestido dela que não a estava conduzindo.
Então ela o conduziu.
—Agora sim— Fenton sorriu amplamente. —Nós achamos o jeito.
—Certamente achamos— Patience concordou.
—Pode demorar um momento, mas eu sempre acho o jeito certo.
—É mesmo?— Ela respondeu distraidamente.
Por que tentar se enganar? Se Matthew estava aqui, ela ao menos queria vê-lo. Apenas por
um momento.
Na manhã seguinte ao encontro deles no meio da noite na galeria, ele tinha voltado para sua
propriedade rural. Três dias mais tarde, ela foi para casa, para o vicariato, com o pai, a irmã e a
prima. Ela tinha resolvido tirá-lo de sua mente, mas não importava o quanto ela tentasse, ele
persistia em invadir seus pensamentos, principalmente na calada da noite. Na verdade, a imagem
dele havia ficado gravada na memória dela - o ângulo duro da mandíbula e a curva suave da boca.
E então, claro, havia os olhos escuros, cheios de sentimentos.
Franzindo o cenho, ela refletiu. Tinha havido algum dia em que ela não havia pensado nele?
Ela achava que não.
Onde ele estava? Erguendo o queixo, ela esquadrinhou a multidão enquanto girava nas
tensões urgentes da valsa.
Rostos mascarados enchiam sua visão. Meio revelados, meio escondidos, eles giravam ao
redor dela em um caleidoscópio de cor. Mais máscaras farristas cercavam a pista de dança do
enorme salão de baile, movendo-se em uma maré sempre inconstante. Até os empregados de
libré, adornados com semi-máscaras pretas pareciam dançar pelo aglomerado de pessoas
enquanto rodavam suas bandejas com champanha cintilante.
Mas onde estava Matthew?
A música crescia. Um pequeno pinicar de consciência dançou pela espinha de Patience.
Antecipação súbita correu por ela. Ela girou.
Matthew.
Ele estava andando a passos largos cheios de propósito através da pista de dança, os olhos
escuros e penetrantes fixos nela, sem vacilar.
Patience retraiu uma respiração.
A sensação de inevitabilidade que a havia tomado depois do beijo dele, atravessava por ela
ainda mais fortemente agora. E desejo - desejo que corria quente.
Ela não podia tirar os olhos dele. Ele estava mais magro desde a última que ela o havia visto?
Seu corpo alto estava adornado em um traje de noite preto e rígido. Nenhuma máscara cobria
suas feições incrivelmente lindas. Esse tinha sido um movimento calculado, ela estava certa. De
fato, a expressão dura e inexpugnável que ele mostrava parecia dizer: danem-se vocês todos, esse
é quem sou e não devo me esconder.
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Vetiver - Acredita-se que o vetiver seja nativo do subcontinente indiano, erva também conhecida como capim-
vetiver, capim-de-cheiro, grama-cheirosa, grama-das-índias, falso-pachuli (ou, simplesmente, pachuli) e raiz-de-cheiro.
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O corpo dela zumbia com o apreço sensual no tom de voz dele. Ela respirou o odor leve de
vetiver e ergueu o olhar para os olhos escuros, com muitos cílios. O que ela via agora?
Determinação? Orgulho? Necessidade?
Deus, os olhos dele eram mais bonitos do que ela se lembrava. Ele era mais bonito do que
ela se lembrava. Reflexos dourados no cabelo castanho, que era curto na nuca e mais longo em
cima. Caía para trás da sobrancelha e ela de repente queria tocá-lo - vê-lo cair adiante contra as
têmporas, como tinha sido na noite da reunião enluarada.
—Por que você demorou tanto?— Ela perguntou suavemente. —Estava esperando por você.
Apesar das palavras a haverem surpreendido, ela sabia que eram a verdade.
As narinas de Matthew chamejaram e os olhos pareceram escurecer.
—Estou aqui agora. — Os dedos apertaram contra as costas dela. —Você está preparada
para me dar o que eu quero?
A voz profunda, ressonante, a tocava como uma carícia.
—Bem, não sei— ela disse suavemente. —A última vez que dei a você o que procurava
contra meu melhor julgamento, devo acrescentar, você partiu.
Os olhos marrons bonitos não oscilaram nos dela.
—Não passou um dia sequer que eu não tivesse lamentado tê-la deixado naquela noite. Dê-
me o que eu quero agora, e não se arrependerá.
—O que você quer?
Ele não respondeu. Em vez disso, o olhar desceu pelo decote baixo, com flores.
—“euà estidoà àado el.àEstaàfa tasiadaà àde…?
Patience deu uma respiração rasa.
—Perséfone17.
—Ah, que apropriado. Perséfone, o arauto da primavera - a deusa. — A voz baixa dele
manteve-a cativa enquanto ele girava com ela seguindo a música. —Então eu sou Plutão18, deus
do mundo dos criminosos - e eu quero você. — Os lindos olhos escuros mantiveram os dela
escravizados. O abraço apertou e a voz a manteve cativa. —Devo roubá-la e levá-la às escondidas
sob a minha sombra. Devo acorrentá-la ao meu lado e demandar sua submissão. Devo pegar tudo
de você, e ao fazer isso, dar a você tudo o que desejar.
Algo escuro e escondido reverberou no coração de Patience. Como um golpe em cima de um
garfo, fluía sobre ela em ondas, enchendo seu útero, sua boceta e a pulsação entre as pernas com
uma fome desesperada mas irreconhecível. Os lábios dela se separaram em um suspiro mudo.
O olhar dele caiu nos lábios dela.
—E você - você deve iluminar meu mundo escuro— ele disse tranquilamente.
Patience se lembrou das palavras cruéis das mulheres e seu coração apertou.
—Como eu devo fazer isso, Matthew?
17
Filha de Zeus e Deméter. No início do mito, Perséfone era uma garota despreocupada (chamada então Core) que
colhia flores e brincava com suas amigas. Então Hades apareceu repentinamente em sua carruagem por uma abertura
da terra, pegou a jovem à força e a levou para o Inferno, a fim de torná-la sua noiva contra a sua vontade.
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Na mitologia grega, Plutão (grego: Hades) é o deus do submundo e das riquezas dos mortos. Marido de Perséfone e
irmão de Zeus.
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—A perseguição do amor e a perseguição da arte são opostas. Não se pode viver com as
duas.
—Quem te disse isto?
O homem que eu amei.
—Um antigo mestre de música que eu tive.
—E você acredita nisto?
—Eu sei disto.
—Como você sabe?
—Experiência.
— Você está sendo oculta.
—Sim.
Os cantos da boca de Matthew ergueram apenas ligeiramente.
—Muito bem. Eu permitirei isso por enquanto.
Um formigar moveu sobre a pele de Patience. Ela ergueu as sobrancelhas.
—Você permitirá?
Matthew anuiu com a cabeça.
—Sim. No momento. — Ele continuou antes que ela pudesse fazer um comentário adicional.
—Que pena os seus admiradores não saberem que você escolheu seu violoncelo acima deles.
Patience encolheu os ombros enquanto Matthew a girava no compasso da música.
—Não importaria se eu dissesse a eles. Eles não acreditariam em mim.
—É, suponho que eles não. Cada um quer acreditar que será aquele a ganhar seu coração,
ou o seu corpo. — Os olhos bonitos cravaram nos dela. —A esperança é a última que morre,
Patience.
—Sim. — Ele tinha uma boca sensual, para se beijar. — A esperança é a última que morre.
— Po esàal as…à o àespe a çasà s.à— A cabeça dele abaixou para mais perto. —Nenhum
deles jamais terá você, não é?
—Não.
—Não. Porque eles não sabem o que você precisa. —A mão de Matthew apertou ao redor
dela enquanto ele a girava no meio dos dançarinos. —Mas eu sei o que você precisa, Patience. Eu
sou a solução perfeita para as suas necessidades.
O coração de Patience acelerou. Ela olhou fixamente em seus olhos escuros - tão fundos e
atraentes. Ele a tentava, quase além de sua resistência, parecia que ele sabia algo que ela não
sabia - algo que a tocava com uma força profunda e inexplicável.
E ainda assim, ela não pôde evitar e pensou na separação tensa entre eles na galeria. Ela o
queria, mas não tinha nenhum desejo de ser uma substituta de Rosalind.
— Nunca é bom ser a pessoa que segue os passos do amor perdido, Matthew. E como já
disse, não posso te oferecer amor. Então, talvez você devesse correr atrás de outra pessoa.
A boca fixa de Matthew suavizou e suas longas pestanas tremularam em uma piscadela
lenta.
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—Mas isso seria um completo desperdício de tempo, Patience. Você é a única que quero - a
única mulher que pode me satisfazer. — Os olhos escuros dele seguraram-na enquanto ele se
debruçava para mais perto. —Você foi feita para ser minha. E eu terei você.
A boca de Patience ficou seca, enquanto umidade empapava suas coxas. Ela sabia que este
dia viria. Mas agora que o momento havia chegado, não sabia se poderia ir adiante. Ela suspirou.
—Sei que você sente isto— ele disse suavemente. —Sempre esteve aqui, pairando entre
nós. Você sentiu na galeria na noite em que nos beijamos. Você sente agora.
—Eu vejo você. Eu sinto você.
—Sim— ele respirou. —Mas por que não eu? Por que não outro? Por que não Montrose ou
Asher, ou alguém das outras dúzias de homens que a querem?
Porque você é o homem que me chama.
—Por que pode ser apenas eu, Patience?
Os olhos dele eram hipnóticos. Ela não podia olhar para eles.
—Eu não sei o porquê. Só sei que é assim.
A mão dele se moveu para a cintura dela, trazendo-a para ainda mais perto. A voz veio baixa
e suave em sua orelha.
—Dê-me hoje à noite - só hoje à noite - e eu te mostrarei o porquê.
Hoje à noite! O calor inundou o útero de Patience. O coração bateu rápido no peito
enquanto ela tirava os olhos do dele. Deus ela o queria - t oàdesespe ada e te.àEàai daàassi …àEà
se tudo fosse um engano?
—Patience.
Ela examinou o olhar penetrante de Matthew.
—Um dia você cederá— ele disse suavemente. —E eu vou procurá-la até que você ceda.
Então por que adiar o prazer que pode ser seu hoje à noite?— Ele falou com razão casual. —Não
estou pedindo o seu amor, Patience. Nem a sua mão. — Ele deu um pequeno encolher de ombros.
—Eu só quero hoje à noite. — Ele se curvou para mais perto. —Dê-me hoje à noite.
Patience deu uma respiração trêmula. Ele estava certo. Um dia ela cederia. Ela apenas
desejava que ele não soubesse isto.
Matthew a girou para a extremidade da pista de dança e então apertou seu pulso.
—Venha— ele disse.
Ela ficou tensa e protelou.
—Ir com você aonde?
Escondidos nas dobras da saia dela, os dedos dele acariciavam a palma da mão dela.
— Aonde quer que eu diga.
Olhando fixamente em seus olhos escuros, a respiração dela acelerou e um calafrio correu
pelas costas. Não era a resposta que ela esperava. Ela queria ir com ele - desejava ir. Era como se
existisse uma corda invisível entre eles que a estava puxando. Mas, Deus a ajudasse, aonde isso a
levaria? Ela olhou para os pares ao redor deles e deu seu último protesto.
—Como eu poderia?
Ele se curvou para perto e a voz baixa era firme.
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—Você pode porque anseia por algo que não entende ou algo que tem até medo de
reconhecer. Mas vou fazer isto claro e simples para você, porque o que você precisa não poder ser
pedido; pode apenas ser tomado. E eu sou aquele que fará isso. — Ele recuou. —Eu sou o
escolhido. Agora, sem mais palavras. — Então ele apertou a mão dela contra sua cintura, e a
empurrou à frente dele, ele a guiou pela multidão com a simples pressão de sua palma contra suas
costas.
O sangue corria apressado nas veias de Patience. Os comandos tranquilos dele eram
surpreendentes. Ainda assim, a reação dela era ainda mais. Uma parte dela queria ficar livre e
recusá-lo. Mas a parte mais forte - ou talvez a mais fraca? - sentia uma excitação quente e uma
urgência em segui-lo.
Puxando o braço dela para o dele, ele a guiou de forma vagarosa e eles anuíam para as
pessoas à medida que passavam. Sorrisos, sobrancelhas erguidas e olhares especulativos os
seguiram. Ela pensou nas fofocas repugnantes e ergueu o queixo. Ela não tinha vergonha de ser
vista com ele. Na verdade, não havia nenhum homem com o qual ela preferisse estar. E por que
eles não deveriam ser vistos juntos? Ele era seu cunhado, afinal.
Mas quanto mais eles se aproximavam das portas largas do salão de baile, a batida do
coração de Patience ficou mais rápida. Dúvida e desejo, incerteza e confiança, todos lutavam pela
supremacia. As portas assomaram diante dela. O passo dela hesitou.
Matthew deu uma olhada rápida para ela abaixo e os olhos escuros relampejaram.
—Venha, Patience.
Nenhuma conversa doce, nada de bajular. Ele aumentou o apertou no braço dela e um
pulsar firme ocorreu entre as pernas dela. O comando firme dele sublimava a resistência dela de
um modo que nenhuma quantia de persuasão poderia. Quente e agitada, ela pisou além do
umbral.
Eles cruzaram o corredor largo e subiram os degraus que levavam ao terceiro andar.
Convidados mascarados subiam e desciam por eles, movendo-se para lá e para cá na galeria
superior que dava vista para o salão de baile. Enquanto as tensões de outra valsa flutuavam
através da galeria de música, eles subiram a escada e se moveram em direção ao corredor que
levava à ala da família. Lá eles pausaram.
Matthew soltou o braço dela e, enquanto mantinha a expressão casual, falou baixo.
—Seguindo o corredor além da sala de estar privada da sua irmã há uma mesa com uma
urna grande com flores. Você sabe de qual estou falando?
—Sim.
—Bom. Vá para lá e espere por mim. — Então ele curvou a cabeça como se estivesse dando
boa noite a ela.
Corando, Patience anuiu com a cabeça e seguiu pelo corredor. Candeeiros iluminavam seu
modo com luz bruxuleante, e o barulho do baile retrocedeu. Quanto mais quieto ficava, mais o
nervosismo dela aumentava. Ela considerou voltar, mas parecia covarde fazer isto agora. Além
disso, seu desejo por ele anulava seu nervosismo, então ela passou pelo corredor que levava ao
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seu quarto e continuou adiante. Ela tinha passado pelo caminho muitas vezes para visitar a irmã.
Masàhojeà à oite,àseuàdesti oàfi alàe a…ào de?
Ela passou pela sala de estar e logo alcançou a mesa com a urna, então Matthew apareceu
de uma porta logo atrás dela. Ela apenas teve tempo de puxar uma respiração surpresa antes de
ele tomar sua mão e a puxar contra ele. A pulsação dela acelerou enquanto ele a girava para um
segundo corredor indo para longe dos caminhos familiares. Ela nunca tinha estado nesta parte da
casa. Estava vazia e quieta. Ela não podia ouvir quase nada do baile e sua respiração soava alta.
Ela deu uma olhada rápida para Matthew. Uma das mechas mais longas de seu cabelo
ondulado caía adiante. Porém, seu perfil forte revelou nada além de um intento propositado. Ele
não disse nada. E então, enquanto eles giravam para outro canto, ele a puxou para frente dele e a
soltou. Patience olhava para uma parede decorada com uma tapeçaria grande. Apenas duas
portas enfrentavam o corredor pequeno.
Ela girou.
Tirando as luvas, Matthew a considerou com olhos escuros, encobertos. A boca sensual
estava separada, mas séria.
—Remova suas luvas, Patience.
Enquanto ela soltava o pequeno botão do lado de dentro do pulso, ela percebeu que não
havia parado para considerar se concordaria - o que ela tinha acabado de fazer. Tirando
suavemente as luvas de pelica branca dos dedos, ela soltou um braço e depois o outro das luvas
longas. Segurando-as em uma mão, ela de repente se sentiu um pouco nua com os braços nus. Ela
ficou de pé, parada no lugar, enquanto ele a considerava. Mas os dedos começaram a tremer
enquanto ele se aproximava lentamente.
Ela viu que a calça comprida dele estava armando barraca com sua ereção formidável. Um
rio de desejo correu por ela. Ela tragou a umidade que juntava na boca e tentou tranquilizar os
nervos enquanto ele parava diante dela. Ele não disse nada, mas estendeu a mão, a palma para
cima. Incerta, Patience colocou suas luvas lá. Ele as dobrou e colocou no bolso. Então andou para
mais perto e ergueu as mãos. Ela pensou que ele iria abraçá-la, mas em vez disso ele deslizou as
tiras da máscara dela e a tirou.
Patience puxava respirações rasas enquanto o olhar intenso dele lentamente se movia sobre
suas feições. Deus, ele havia esquecido algum detalhe dela? O ar parecia estático. Ele iria beijá-la,
abraçá-la? Ela ficou lá de pé, tensa.
Mas quando ele finalmente se moveu, foi só para se debruçar contra o umbral à sua
esquerda. Agarrando a maçaneta, ele a empurrou, abaixou e deixou a porta se abrir. Ela examinou
os olhos sombrios dele e então o cômodo escuro. Pouca luz enviava sombras escuras dançando na
parede. Mas, de pé no corredor iluminado, ela não podia ver mais do que isso.
Ela se lembrou de algumas das palavras dele. Devo escondê-la na minha sombra... acorrentá-
la ao meu lado... dar a você tudo o que desejar. O clitóris pulsou faminto.
Ela olhou fixamente de volta pelo corredor bem iluminado. Então era aqui - sua última
chance de mudar de ideia. Mas para o quê ela retornaria? Para conversas insignificantes com
homens que estavam muito ocupados olhando estupidamente para ela sem se importar com o
29
Patience
Tiamat World Lisa Valdez
que ela dizia? Para conversas infinitas com homens que estavam mais interessados em dizerem a
ela suas opiniões do que descobrirem as dela? Para associações insignificantes com homens que
apenas queriam ficar entre as pernas dela?
Ela deu uma olhada rápida para Matthew. Claro, ele também queria ficar entre as pernas
dela. De repente, ela pensou na irmã. Vestida como Afrodite19, o vestido reforçado quase não
escondia sua gravidez de cinco meses. Este baile e a caça seriam os últimos eventos sociais antes
de seu confinamento.
Patience colocou a mão sobre a própria barriga lisa. Ela não podia arriscar uma criança por
uma noite. Ela olhou de volta para Matthew. Os olhos bonitos pareciam provocá-la a ousar. Mas
ela não sabia se era para fugir ou para ficar.
Ela falou em uma respiração rápida.
—Eu sou virgem. E pretendo continuar desse modo.
Ele ergue as sobrancelhas.
—Para sempre?
—No momento.
Ele baixou os olhos e pareceu considerar por dois segundos completos antes de movimentar
a cabeça.
—Muito bem. Até que você me diga o contrário, concordo em deixá-la intacta.
Patience anuiu com a cabeça, mesmo enquanto pensava sobre sua outra preocupação.
—E se eu passar por esta porta, você realmente pode me assegurar de que qualquer coisa
que aconteça será entre nós? Você não estará pensando em Rosalind?
Matthew nem mesmo piscou.
—Rosalind? Quem?
—Muito engraçado, mas estou falando sério.
—Eu também.
Patience examinou o olhar direto dele, mas não viu a mínima sugestão de humor lá. Ela
voltou o olhar para a câmara escurecida. Ela havia recusado tantos e confiado em tão poucos.
Vá. Descubra o segredo que ele reivindica possuir.
É ape as u a oite…
Fechando os olhos, ela respirou fundo. Deus e São Mateus20 a protegessem. Então, com
determinação de olhos bem abertos, ela o passou e cruzou além do umbral da porta.
19
Afrodite - deusa grega da beleza e do amor.
20
Santa Efigênia teria sido filha de um rei da Etiópia. Sua família real teria sido convertida pelo apóstolo Mateus.
Quando o rei morreu, o príncipe reinante quis casar com Efigênia. Mas ela recusou tal pedido e fez voto de
permanecer virgem. Inconformado, o príncipe pediu a São Mateus para interceder. O apóstolo se recusou. E numa
grande solenidade, consagrou Efigênia a Deus (futuramente Santa Efigênia). O príncipe mandou executar São Mateus,
Efigênia, entristecida, vendeu todos os seus bens e mandou construir um suntuoso templo em honra do Apóstolo.
30
Patience
Tiamat World Lisa Valdez
A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace.
Cantares de Salomão 2:6
Enquanto a porta batia atrás dela, escurecendo o quarto, Patience girou com susto. De
repente Matthew emergiu, como um fantasma sombrio, vindo das sombras.
—Bem-vinda ao meu mundo dos criminosos, Perséfone.
Patience ofegou enquanto ele a puxava contra ele, o braço correndo firmemente ao redor
de sua cintura e a mão deslizando em seu cabelo. Ela apenas puxou uma respiração antes que a
boca dele descesse sobre a dela. Os olhos fecharam e o sangue correu apressado enquanto a
língua dele passava entre os lábios separados dela. A mão, embalando as costas da cabeça, não
permitia nenhuma retirada do beijo exigente.
Retirada não era uma opção. Esse momento havia passado.
Ela gemeu e o segurou mais apertado. O corpo estava duro contra o dela e a língua
acariciava o céu de sua boca e corria rapidamente em seus dentes. Ela sentiu um pouco de
conhaque, assim como o cheiro de vetiver, rico e âmbar, enchendo seus sentidos. Os braços a
sustentavam e sua presença poderosa parecia cercá-la.
Umidade gotejava sobre suas coxas úmidas, e ela podia apenas puxar respirações curtas
enquanto a língua dele ia mais profundamente em sua boca aberta. Como um rio, cada sensação
parecia correr do corpo dele para o dela, como uma onda, uma força que não podia ser parada,
indo até a fonte do pulsar do corpo dela.
Selvagem com desejo, ela surgiu contra ele, dando beijo após beijo. Nada importava além
deste abraço infinito. Nem mesmo respirar. A cabeça girava e, apesar do som alto que começava a
surgir nas orelhas, ela ouviu o gemido dele, baixo e profundo. A mão apertou em seu cabelo e
então a outra prendeu no queixo. Ele persuadiu a boca a abrir mais enquanto ele levava a língua
mais fundo, parecendo testar a profundidade. O sangue corria apressado para o clitóris pulsando e
o ar ficou rarefeito. Patience gemeu e então ofegou quando ele arrancou os lábios dos dela.
As respirações mornas e arquejantes o tocaram enquanto ele corria os dedos através dos
lábios trêmulos dela.
—Nunca deveria tê-la deixado ir embora antes— ele murmurou roucamente. —Nunca. —
Ele beijou a curva de sua mandíbula.
O coração de Patience saltou e então correu quando ele deslizou o dedo entre os lábios
separados. Instintivamente, ela o enrolou com a língua e chupou em uma exploração sensual.
—Oh, Patience, isto é bom— Matthew sussurrou, deslizando outro dedo. —Mostre-me o
quão morna e molhada sua boca pode ser. — Os quadris balançaram contra ela.
Patience tremia com excitação e o clitóris pulsava enquanto chupava faminta seus dedos
longos. Ela se lembrava das muitas vezes em que ela e as irmãs tinham espiado Wilson, o
mordomo, enquanto ele entregava diariamente a sua dose de ejaculação na boca de Mary, a
empregada do andar de cima. Fascinava e as excitava, mas ela havia sido a mais encantada. Ela
que realmente havia falado em ousar tomar o lugar da empregada. Era ela que havia começado a
31
Patience
Tiamat World Lisa Valdez
furtar pepinos jovens do jardim dos fundos para o quarto, onde elas tinham praticado rindo o ato
que tão avidamente assistiam.
Agora, enquanto Matthew empurrava os dedos nos intervalos úmidos de sua boca, ela os
chupou e sua excitação ofegante chamejou em uma necessidade ainda mais urgente.
Ele ergueu os olhos com cílios longos para ela e eles refletiam seu desejo feroz.
—Você entende o que eu quero, não é? De fato, você está com fome, não é?
Sim! Patience piscou devagar.
A voz dele era uma contradição baixa e suave para o olhar duro que ele dava a ela.
—Isto é bom. Mas eu me pergunto — ele deslizou os dedos mais fundo — como a filha
virgem de um vigário sabe tais coisas?— Ele trouxe a boca para perto da dela. —O que você andou
aprontando, minha virgenzinha? Você é mais impaciente do que paciente?
Ela o respondeu com uma lenta passada de língua ao longo do comprimento de seus dedos
enquanto ele os retirava. A boca dele, tão perto, cobriu a dela com um beijo profundo,
empolgante. O pulsar entre as pernas dela aumentou. Os joelhos ficaram fracos.
E apenas quando ela pensou que poderia desmoronar aos pés dele, ele quebrou o beijo, e
falou contra a boca ofegante dela.
—Você tem o tipo de beleza que deixa os homens duros, Patience. Diga-me, quantos paus
você já saboreou?— O fogo nos olhos desmentia a voz tranquila.
A boceta apertou. Com tantos pretendentes entusiásticos como ela tinha, a oportunidade
havia surgido muitas vezes, mas ela nunca havia tomado. Ela nunca tomaria porque ninguém fazia
com que ela se sentisse assim.
—Nenhum— ela respirou. —Nenhum, nunca.
As feições dele endureceram furiosamente e a mão apertou no cabelo dela.
—Não minta para mim. O que quer que aconteça entre nós, nunca minta para mim.
Ela encontrou o olhar escuro dele. —Não estou mentindo. — Ela sentiu as bochechas
corando. —Masàeuàj à i,à uitasà ezes.àNossoà o do o…àeàaàe p egadaàdoàa da àdeà i a…
A expressão de Matthew suavizou em um momento.
—Ah, os empregados. Eles são professores inestimáveis, não?— Ele beijou o canto de sua
boca. —Diga-me, a excitou assisti-los?— Ele murmurou contra os lábios dela.
—Sim. — Os quadris dela balançaram enquanto ele enchia sua boca com outro beijo que a
sondava e que acabou tão logo começou.
—Você sonhou em fazer isto?— Ele exigiu. —Você pensava nisso enquanto acariciava sua
doce boceta? Você gozou enquanto imaginava como poderia ser ter um bom pau duro entre os
lábios?
Patience gemeu. O broto de carne entre as pernas parecia que iria explodir.
—Gozou?
Ela olhava fixamente os olhos escuros de Matthew.
—Sim— ela admitiu em um sussurro. —Sim, tantas vezes.
—Bom. — A mandíbula dele apertou e, tomando as mãos delas, levou-as até seu pau. —
Você acha que pode envolvê-lo com a sua linda boca?
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Patience
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Patience ofegou quando Matthew apertou a mão dela em sua ereção. O pênis era duro e
pesado, e oh, tão espesso. Mais espesso do que o de Wilson, seguramente - mais espesso até do
que o de Jeremy Snap, o filho do oleiro, cuja grande alegria na vida era dar vislumbres de seu
pênis formidável a todas as jovens damas de Lincolnshire. Não, nenhum daqueles órgãos
masculinos se comparavam ao que ela estava sentindo agora. Umidade súbita encheu sua boca e
mais umidade gotejou de sua boceta enquanto ela avidamente o explorava.
A mandíbula de Matthew apertou e os quadris curvaram contra ela.
—Você quer?
—Sim. — Patience apertou um beijo urgente nos lábios dele. —Sim, por favor.
Ele suavemente deslizou a coroa de flores da cabeça dela enquanto a outra mão se movia
ternamente contra seu couro cabeludo.
—Como você responde educadamente — ele murmurou. —Mas, eu não a obrigarei.
—O quê?— Patience recuou em confusão. —Masàeu…àEuà ue o…
—Você quer?— As sobrancelhas escuras dele ergueram. —Minha doce Patience, nós não
estamos aqui pelo que você quer. Nós estamos aqui pelo que eu quero.
Patience piscou e tentou pensar além da barragem de sensações arrojadas que corriam por
ela.
—Mas você falou em sabe àosà eusàdesejos…
O sorriso mais suave e bonito brotou nos lábios dele.
—Sim, eu disse. — Ele deslizou a boca contra a dela. —Isto é como um quebra-cabeça, não
é?
Patience olhou para o rosto bonito dele e sentiu os mamilos formigarem.
—Eu não entendo.
Ele a trouxe diante do calor da lareira.
—Tudo bem. Você irá— ele murmurou suavemente. E colocou a coroa de flores no mantel e
então pôs as luvas lá também. Quando ele se voltou para ela, algo chamejava em sua mão. —Com
o tempo, tudo ficará claro para você. É tão simples, realmente. — Ele se aproximou dela.
Ela ergueu a boca para o beijo dele. Mas nenhum beijo veio. Em vez disso, ela sentiu um
puxão firme e descendente na frente de seu vestido. Ela ofegou enquanto o justilho caía de
repente e se soltava, deslizando dos ombros. Segurando-o, ela olhou para baixo e viu que
Matthew havia cortado as rendas de sua fantasia estilo provençal.
Os braços dele foram ao redor dela. Ela sentiu outro puxão rápido na cintura, e antes que
pudesse agarrar, a saia caiu em um monte espumoso.
Dando um passo para trás, ele fechou uma faca fina e a pôs no bolso do casaco. Então ele
ofereceu a mão para ela.
—Dê-me seu vestido— ele a ordenou tranquilamente.
Atordoada, Patience olhou para seu justilho deformado e o tecido da saia aos pés. Ela
pensou em recusar, mas o que ganharia com isso? Como estava, o vestido era inútil para ela.
Realmente, ela teria que inventar alguns consertos para poder deixar a câmara.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Tremendo, ela deixou o justilho escapar e passou por cima da saia. Pelo menos ela ainda
estava usando as roupas de baixo. Ela deu a pilha de roupa descartada para ele e então quase deu
um pulo quando ele jogou tudo no fogo.
Um pequeno grito escapou. O quarto imediatamente escureceu. Ela podia apenas ouvir a
própria respiração rápida. E então o fogo chamejou, mais alto do que antes, e Matthew estava lá.
As mãos a agarrando e, com um puxão duro, ele rasgou o tecido frágil de seu colete. Isto, também,
alimentou o fogo avaro.
Ela ficou lá de pé, chocada e escravizada, enquanto assistia seu lindo vestido de baile virar
cinzas. Mas quando ele agarrou suas pantalonas, ela as agarrou.
—Não— ela ofegou.
As sobrancelhas dele ergueram.
—Não?— Ele encontrou o olhar dela e o segurou. —Vo à oà eàdi à o',àPatie e.à“eàh à
algo que você verdadeiramente não pode aguentar, e estou falando de verdade mesmo, então
o àpodeàdize ,à o àde idoà e o so,à eu não posso desobedecê-lo desta vez’. Está claro?
—Sim— ela respirou, e então fez uma careta com a imediação de sua resposta. Ela não
deveria ter considerado antes de responder?
—Isto é bom— ele disse suavemente. Então, movendo as mãos para a racha de suas
pantalonas, ele rompeu em dois o tecido na costura do centro.
Ele amortizou a arfada surpresa dela com um beijo calmante. Era tão suave, tão gentil.
Parecia uma contradição completa ao que ele estava fazendo, e ainda assim parecia tão certo.
Patience gemeu, e os braços foram ao redor dele. Sem as camadas de suas saias, a ereção dele
apertou dura e firme contra ela.
—Sim, você vê?— Ele murmurou contra os lábios dela. —Tudo está bem. — Puxando de
volta, ele olhou fixamente para ela abaixo e acariciou os dedos através da bochecha. —Não está?
De alguma maneira estava.
—Sim— Patience admitiu.
Um pequeno e breve sorriso brotou nos lábios dele.
—Sim, claro que está. — Então, com a ajuda da faca, ele rasgou as pantalonas dela em
fragmentos.
Patience ficou de pé com assombro mudo e jogou as mãos no triângulo de cachos vermelhos
entre as pernas enquanto a sua última roupa de baixo era rasgada e jogada longe. Nada ficou além
de alguns pontos de tecido sob o colete. Ela ergueu olhos largos para Matthew quando ele cortou
as correias de seu chemise de forma que os montículos altos dos seios fossem expostos.
Enquanto ela olhava fixamente para ele, não podia deter uma careta de questionamento.
Entretanto o calor do fogo ardia em sua pele nua, ela estremeceu - não com frio, mas com desejo.
Parecia que cada coisa chocante que ele fazia apenas deixava seus desejos mais e mais apertados,
até que ela estava estremecendo como uma mola espiral.
Matthew foi para trás e olhou para ela. O rosto bonito estava tenso com desejo, e os olhos
escuros refletiam o fogo, fazendo-os parecerem queimar por dentro.
—Mova suas mãos— ele ordenou.
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Patience
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Patience sentiu o sangue subir até as bochechas e descer para o clitóris já inchado. Os dedos
tremiam protetoramente sobre o nó de carne pulsante. Ela não conseguia colocar os braços de
lado. Ninguém nunca havia ousado desaranjá-la, muito menos expô-la assim.
É por isso que você precisa dele. Ele ousa o que outros não fazem.
Eàai daàassi …
—Eu não posso. — A voz dela rachou. Ela não queria falar a recusa absoluta, mas não podia
se mover também.
Ele olhou para ela e seu olhar suavizou.
—Temo que deve, Patience, ou eu mesmo farei.
Patience apertou os olhos bem fechados. Ela devia gritar com ele com indignação íntegra.
Onde estava sua indignação? Ela tentou chamá-la, mas apenas achou paixão quente e inegável em
seu lugar. E ainda assim—ela olhou para as mãos abaixo—ela não podia se mover. Ela tremeu
enquanto corpo e mente, paixão e orgulho, batalhavam dentro dela.
Matthew andou para perto.
—É tão difícil?— Ele sussurrou.
Patience sentiu lágrimas súbitas. Deus, ela nunca chorava! Mas ela estava meio nua e
vulnerável. Não deveria ser uma sensação tão boa.
E ainda assim era.
Parecia perfeito e emocionante.
—Sim. — Ela ergueu o olhar para o dele e forçou as lágrimas de volta. —Sim, é difícil.
Um gemido baixo pareceu prender em sua garganta, e os olhos bonitos prenderam no rosto
dela com adoração extasiada. Fez com que ela perdesse o ar.
—Ah, minha doce Patience, eu adoro a luta nos seus olhos, e as lágrimas que você não
permite descer - o que eu mais estimo é o que não é dado facilmente. — Ele agarrou o pau na
calça comprida e lentamente se acariciou. O útero dela teve um espasmo com a visão, mas ela
ergueu os olhos de volta para ele à medida que ele continuava. —Cada emoção que você sente
com o sofrimento dos meus comandos me honra. Aprecio cada uma delas. Mas em última
instância—ele se soltou e deu um beijo gentil na sobrancelha dela—sua luta deve sempre ser em
direção à obediência. Agora, mova as mãos.
A boceta de Patience pulsou com desejo profundo, quase doloroso; o broto pulsante de
carne que sempre trazia seu prazer torturava-a agora com o desejo em chamas da liberação. Cada
palavra que ele articulava a inflamava mais, fazia com que ela quisesse mais.
O que havia de errado com ela? E por que ela devia obedecer? Por que ela queria obedecer?
As emoções guerreavam dentro dela, mas, de alguma maneira, a batalha só servia para exaltar sua
excitação.
Ela olhou abaixo para as mãos novamente e, com o maior dos esforços, forçou os braços
para os lados. Os músculos estavam duros e rígidos com tensão, e ela apertou os dedos contra as
coxas.
—Isso— ele sussurrou. —Isto é muito bom.
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Patience
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Patience
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—Submeter. — Matthew sussurrou a palavra na orelha dela, mas ela aumentou e ecoou na
mente dela. Ele deu a volta para encará-la. —A palavra é submeter— ele disse firmemente.
Sim. Ela olhou fixamente nos olhos dele enquanto piscava. Ela não entendia todas as
ramificações, mas essa era exatamente a palavra.
—Sim— ela respirou.
—Diga.
—Submeter. — A voz tremeu. —Eu desejo me submeter.
Um fogo quente iluminou o olhar escuro de Matthew. Os braços a envolveram, e ela ofegou
enquanto ele a beijava profundamente e faminto. Ela o saboreou e se agarrou a ele. Então o corpo
saltou quando, afinal, ela sentiu os dedos tocando o nó de carne expandido que pulsava
alimentado por seu desejo excessivo.
Ele puxou a boca da dela.
—Deus, o seu clitóris está tão cheio, e a boceta está tão molhada.
Ele a segurou firmemente ao redor da cintura enquanto uma vez, duas, uma terceira ele
deslizava os dedos sobre as dobras encharcadas. E então ele estava roçando nela. Em círculos
apertados e firmes ele manipulou seu broto tenro.
Um tiro de prazer abrasador passou pelo corpo de Patience. Ela gemeu enquanto olhava
fixamente o olhar inflexível de Matthew. Os dedos enrolaram nos cabelos curtos de sua nuca. Ela
mordeu o lábio enquanto os quadris começavam a balançar.
—Isso. Isso mesmo— ele persuadiu. —Goze para mim. — A coluna espessa de seu pau
estava empurrando contra ela, rápido e firme. A mandíbula dele cerrou enquanto ela começava a
estremecer. —Essa é a minha bela. Goze para mim - goze.
—Sim— ela arquejou. —Matthew!— Deus! Oh, Deus! O peito dela ergueu e a boceta cerrou.
O corpo de Matthew estava apertado contra ela. Os dedos dele acariciavam-na. Tudo parou
apertado dentro dela. Os músculos flexionaram. Ela ofegou para respirar. E então as paixões dela
quebraram.
Em um grito afiado, a cabeça foi para trás - e enquanto os quadris empurravam
convulsivamente contra os dedos dele, ela repentinamente se partiu em mil fragmentos
minúsculos. Fragmentos brilhantes de felicidade seguros nos nervos quebrados dela, onde
pulsaram e chamejaram com calor abrasador. Ofegando e estremecendo, ela se ergueu contra ele
enquanto ele parecia tirar cada brasa ardente e vapor com seu toque - até que não havia nada
remanescente.
Desmoronando contra ele, ela teria caído se não houvesse o braço forte dele em sua cintura.
Matthew a segurou por um momento, até que a respiração dela começou a diminuir a
velocidade. Então, curvando, ele a ergueu nos braços. Patience deitou a cabeça contra o ombro
dele enquanto eles se moviam de volta para o quarto. Ela se sentia maravilhada e assombra.
—Obrigada, Matthew.
Ele olhou fixamente nos olhos dela enquanto a deitava contra os travesseiros na cama. Ele
colocou os braços de cada lado dela.
—De nada, Patience. — A mandíbula dele estava apertada, mas a voz era suave.
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Patience
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Ele se curvou para beijá-la, e o beijo foi cheio de paixão como o primeiro deles. Patience
enrolou os braços ao redor dele enquanto a língua dele mergulhava profundamente. O coração
batia rápido e ela gemeu enquanto ele mordia o lábio inferior dela e o chupava. Então, tão
depressa quanto começou, concluiu. Ele foi para longe, deixando-a querendo mais.
Ela rolou sobre seu lado para assisti-lo cruzar o quarto. Como ele caminhava graciosamente.
Abrindo uma porta, ele desapareceu por um momento.
Patience esperou. Parecia ser seu quarto de vestir. Ele estava se despindo? A pulsação dela
começou a correr novamente.
Ele reentrou no quarto vestindo um roupão longo, escuro. Havia cachecóis ou gravatas
brancos pendurados em sua mão. Ele se dirigiu cheio de propósito a ela e se sentou ao seu lado na
extremidade da cama.
—Dê-me as suas mãos— ele ordenou suavemente.
Os olhos dela alargaram e o clitóris tenro pulsou dolorosamente. Ele iria amarrá-la? Ela
congelou.
Um pequeno franzir marcou a sobrancelha dele.
—Dê-me as suas mãos— ele disse novamente, desta vez mais firmemente.
Patience se sentou e o coração martelava no peito. Ela já estava confiando demais nele. Por
que retirar a confiança agora? Lentamente, ela juntou as mãos diante dele.
O franzir dele aliviou e ele apertou um beijo nas palmas dela.
—Boa menina.
Ele depressa amarrou as mãos dela. Ela começou a tremer enquanto sentia o conforto.
—Você está indo muito bem— ele murmurou.
Quando ele a amarrou sobre a cabeça, ela se encostou aos travesseiros e o assistiu amarrá-la
no suporte da cama de tal modo que ficasse consideravelmente frouxo.
O corpo de Patience ficou tenso e os mamilos endureceram contra o colete. Deus, o que ele
iria fazer?
Ela puxou a respiração e quase gritou enquanto via o chamejar da lâmina. Mas ela ofegou
enquanto ele se fixava no suporte da cama que ela estava amarrada. Sem uma palavra, ele se
moveu para os tornozelos dela e amarrou primeiro uma e então a outra canela na ponta oposta da
cama. Novamente, ele deixou consideravelmente frouxo. Mas enquanto ele olhava para ela, o
olhar quente e cheio de intenções, ela se contorceu com o desejo impotente que a enchia.
Ele ficou lá de pé por um momento, observando sua angústia, antes de se sentar com ela.
Ele deslizou a mão pelas pernas dela e acima do quadril, e então a deixou nos seus cachos
vermelhos.
—Um lindo anjo me disse uma vez que noites como essa favorecem segredos e magias. Devo
te contar um segredo?
A respiração de Patience parou.
—Sim.
Os olhos escuros reluziram com a luz do fogo.
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Patience
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—Você é uma maravilha e uma bela, há algo profundo em você que me chama. Eu nunca
quis nenhuma mulher mais do que quero você. — Um pequeno franzir enrugou sua sobrancelha.
—Você está me ouvindo? Nunca.
O coração de Patience acelerou.
Ele se debruçou para mais perto.
—Até quando eu estava comprometido com a outra, eu queria você. Mesmo enquanto
tentei ficar longe de você, eu a queria. — Ele pausou e deslizou o dedo lentamente pela
sobrancelha dela. —Você é a única mulher que eu vejo. É a única mulher que eu quero. — Ele se
debruçou para baixo e falou contra os lábios dela. —E sua submissão é poderosa. Não a tema.
Com um gemido suave, Patience o beijou e empurrou a língua em sua boca morna. As
palavras eram como um toque sensual e seu corpo se emocionava enquanto encanto e desejo a
rasgavam.
Ela suspirou em sua boca e a curvou contra ele enquanto a mão começava a deslizar entre as
dobras úmidas entre as pernas dela. A pressão dos dedos, o liso da umidade, fazia com que ela
pulsasse e tremesse.
Ele quebrou o beijo, mas os olhos escuros olharam fixamente nos dela enquanto ele
continuava a manipulá-la, mais e mais rápido.
—Veja, Patience. Aqui é onde você pertence. Arquejando e molhada na minha cama.
As palavras esporearam as paixões dela. Puxando as amarras, ela ergueu os quadris
enquanto ele trabalhava nela. Ela ofegou e ergueu contra sua mão. Os olhos nunca a deixaram.
Então, quando ela sentia a boceta começar a pulsar, ele parou.
Patience assistiu, muda, enquanto ele ficou de pé e cruzou para a porta da câmara. Ela se
torceu enquanto o clitóris e a boceta pulsavam com necessidade abortada. Então ela ficou branca
quando ele removeu o roupão e soltou-a sobre uma cadeira. Ele estava completamente vestido!
—Aonde você está indo?— Ela falou com a voz chorosa.
Ele a examinou e ajustou os punhos da manga.
—Estou indo ao andar de baixo jogar cartas. Você irá se submeter ao meu lazer e me
aguardará.
Patience ofegou enquanto ele colocava as luvas.
—Quando eu retornar— ele disse casualmente—devo esperar que você me satisfaça da
mesma maneira que a sua empregada satisfaz o seu mordomo.
Antes que ela pudesse responder, ele se foi.
A fechadura clicou atrás dele.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Matthew administrou apenas alguns passos antes de ter que pausar e se apoiar contra a
parede. Cristo, o coração estava batendo forte e o corpo inteiro estava tremendo. A respiração
vinha como se ele tivesse corrido, e ele estava tão duro, tão dolorido. Ele estremecia enquanto o
pênis distendido pulsava.
Ele queria voltar depressa para Patience, rasgar suas roupas, e se jogar nela. Ele queria
respirar o odor de gardênias que estava agarrado nela e afundar o pau em sua boca morna,
molhada.
Mas ele não podia fazer isto. Não ainda. Ele tinha que estar certo dela. Ele tinha que dar a
ela a oportunidade de rejeitar o que ele oferecia - rejeitar a ele.
Ele se endireitou e correu a mão pelo cabelo. Poderia levar algum tempo para que ela
percebesse isto, mas ele havia deixado a ela os modos de partir. Se ela tivesse ido embora quando
eleà eto asse,àe t o…
O peito dele apertou desconfortavelmente. Então, o quê?
Ela ficaria. Ela tinha que ficar.
Ele endireitou os ombros e começou a seguir pelo corredor. Patience precisava de sua mão
forte, e ele precisava da rendição dela. Mais do que com qualquer outra mulher, ele precisava que
ela se rendesse. Porque ela era como um prisma de cristal que penetrava em seus desejos
separados, distintos e lindamente delineados. Ele viu, em um momento, todos os modos que ele a
queria. E ele viu a totalidade do querer - possessão completa.
Ele se permitiu um pequeno sorriso confiante enquanto se lembrava dela amarrada à sua
cama. Deus, ela era atordoante. Os cachos vermelhos espessos eram como seda em sua mão e os
olhos verdes vívidos - olhos lindos e inteligentes - o seguravam cativo com suas expressões
inconstantes.
Ela era muito mais linda do que ele se lembrava de seus sonhos. Ele virou para o corredor
p i ipal.àMaisàli daàdoà ue…àinferno. Ele parou enquanto olhava fixamente para o olhar inquiridor
do meio irmão.
—Mark.
Os olhos do irmão desceram brevemente para ereção ainda proeminente de Matthew.
—Matt. — Cruzando os braços sobre o tórax, Mark debruçou o ombro contra a parede. —Eu
o vi partir com Patience. Onde ela está?
Matt enfiou as mãos nos bolsos e se debruçou contra a parede também.
—Eu a levei para cama.
—Para a cama dela ou a sua?
—Isto não é da sua conta.
Mark agitou a cabeça.
—Isto é burrice, Matt.
—E por que é?
—Porque a Patience não é uma mulher qualquer.
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—Eu sei que ela não é uma mulher qualquer. E é por isso que eu a quero, porque ela não é
uma mulher qualquer. — Matthew sentiu uma raiva indefinível subindo. —Cristo, devo me
defender até para você?
Mark fez uma careta.
—Não estou te pedindo para se defender. Estou meramente falando com você, de irmão
para irmão, como sempre fizemos.
Matthew esfregou o sulco de sua sobrancelha antes de olhar para Mark.
—Eu a queria desde a primeira vez em que a vi - antes até do escândalo. Eu a queria com
certeza inegável.
—Sim.
—Mas eu não podia tê-la então, não é?— Um músculo saltou em seu ombro. O corpo inteiro
pareceu apertar. —Então eu fiquei longe dela, porque temi que se eu falasse com ela, se eu até
mesmo me aproximasse dela, faria algo que me envergonharia com Rosalind. — Ressentimento
quente bateu nele. Ele olhou para Mark. —Mas Rosalind me envergonhou. — As mãos dele
agitaram com as emoções retidas. —Ainda assim eu fiquei longe dela. E você não tem nenhuma
ideia do quanto isso me custou. Na noite do seu casamento, eu poderia tê-la tido, mas fui embora.
—Por quê? Por que você foi embora?
Matthew pausou antes de encontrar o olhar azul de Mark.
—Porque eu não podia suportar o pensamento de querê-la tanto. Porque eu não queria
querer tanto uma mulher.
Mark anuiu com a cabeça lentamente.
—Ainda assim, aqui está você - querendo-a tanto quanto sempre quis.
A careta de Matthew aprofundou.
—Isso mesmo, porque nos últimos três meses, enquanto você tem vivido sua felicidade
apaixonada e conjugal com a mulher que o ama, eu vivi como um maldito eunuco. Cansei disso.
Patience está aqui, e eu estou aqui. E não há nenhuma Rosalind para me manter longe dela. Não
tente você fazer isso. — Ele cerrou os punhos nos bolsos. —Minha vida como eu conhecia pode
estar terminada, mas eu não estou morto. Um homem tem necessidades. Eu tenho necessidades.
Mark ergueu as sobrancelhas.
—Sim, eu sei a direção de suas necessidades. Você está certo de que ela se adapta as suas
necessidades?
Matthew se lembrou dos lindos olhos úmidos de Patience - a doçura lutando em seu rosto, e
então a felicidade adorável de seu orgasmo.
—Oh, ela é a personificação das minhas necessidades.
—Sério?
Matthew fez uma careta.
—Sim, sério. E se eu estou certo sobre ela, ela precisa de mim tanto quanto eu preciso dela.
Então apenas nos deixe em paz.
—Eu não posso fazer isto, Matt. Ela é irmã de Passion.
Matthew sentiu as rédeas em sua raiva deslizar um grau.
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***
Levou um tempo para Patience perceber que Matthew realmente havia partido. Ela
continuava pensando que ele estava apenas testando-a e retornaria depressa. Mas ele não o fez. E
enquanto os minutos passavam no relógio ao lado da cama, parecia cada vez mais provável que
ele tivesse falado a verdade completa - que ela deveria se submeter ao lazer dele e aguardá-lo.
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Patience
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Mas como ela poderia aguentar isto? O clitóris pulsava com tenacidade excruciante. E
quanto mais ela se contorcia mais ele a torturava. Ela o queria de volta e queria agora! Como ele
ousava deixá-la assim?
Ela se moveu na cama e puxou as amarras. Com um grunhido de frustração, ela jogou a
cabeça para trás para olhar novamente os nós. Era impossível se soltar. Ela ergueu o olhar para a
faca. Estava longe do alcance dela.
Ela olhou fixamente para tudo. Estava mesmo? Ela não tinha espaço suficiente? Se ela fosse
o t aàaà a e ei aàdaà a a…
Movendo o corpo para trás até onde era possível, ela agarrou a faca. Teve que se estirar
completamente, os braços e pernas puxando duro contra as amarras, mas os dedos acabaram
tocando a alça da amarra. Ela podia fazer. Ela apenas precisava puxar e poderia ficar livre.
Ela deixou as mãos caírem enquanto olhava fixamente para a lâmina que cintilava. Mas por
que ele a havia deixado? Ele queria que ela escapasse? Ela vasculhou o quarto. O roupão
aveludada preto dele estava lá sobre a cadeira. Ele havia deixado lá para que ela o colocasse?
E quanto a fechadura? Ela abriu os olhos na luz escura e, apenas quando achou que nunca
poderia dizer, o fogo chamejou. Na iluminação breve, ela viu o cintilar dentro da tranca.
Ela fez uma careta. Era tão simples assim? Por que ele havia deixado tudo tão fácil?
Uma decepção dolorosa a inundou. Ele queria que ela partisse.
Ela sentiu as lágrimas novamente. O que em nome dos céus estava acontecendo com ela?
Ela não era nenhuma estranha da decepção. E ela era perfeitamente capaz de cuidar de suas
próprias necessidades. Enviando as lágrimas para trás, ela começou a agarrar a faca. Mas
enquanto se movia, o clitóris inchado pulsava urgentemente. Ela apertou os olhos bem fechados e
esperou que o prazer dolorido passasse. Deus, era um tormento tão doce!
Os olhos dela abriram de repente. Tormento doce - era o que ele procurava. Ele disse que
estimava o que a maioria não dava facilmente. Escapar era fácil. Era ficar que a tentaria. Ela deu
uma olhada rápida para a faca e o roupão. Elas não eram ferramentas para sua fuga; eram testes
de obediência.
Alívio manchou sua decepção. Ele queria que ela ficasse. A pergunta era: ela queria?
Ah, talvez essa tivesse sido a pergunta desde o princípio. Ela olhou novamente para a faca.
Se ela quisesse ir, ele a deixaria.
Ela olhou fixamente para a lâmina fina. Se ela se soltasse com ela, poderia colocar o roupão
e desaparecer para seu próprio quarto, onde poderia se satisfazer e então prontamente ir dormir.
Todos estariam bem, e a vida retornaria ao normal.
Mas se ela ficasse, nada estava certo - nada além da promessa do órgão espesso de
Matthew em sua boca. A boceta cerrou com excitação. E quem sabia o que mais ele poderia
mostrá-la? Um calafrio de antecipação apertou os mamilos. O que quer que fosse, não seria fácil.
Não. Se o que ela queria fosse o fácil, o caminho era pegar a faca, colocar o roupão, e ir para
a porta. Ela tinha apenas que ir em frente.
***
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Matthew odiava o modo como os olhos das pessoas o seguiam. Enquanto ele passava no
meio dos convidados a caminho do salão de jogos, estava distintamente ciente das reações deles a
sua presença. Muitos olhavam, talvez temendo que ele pudesse querer entabular uma conversa -
algo que eles não corriam nenhum perigo. Mas muitos também encontravam seu olhar,
abertamente ou como tentativa, e permutavam um aceno com a cabeça ou uma saudação breve.
Indiferente, ele podia sentir os olhares curiosos e especulativos que o seguiam.
Ele fez uma careta. Um dia, a amizade dele, sua maldita presença, até o nome dele em uma
lista de convidados tinha sido estimado. Que diferença um pai fazia.
Enquanto ele passava por três jovens damas, ouviu o vento de seus sussurros atrás dele. A
careta aprofundou. Ele odiava que falassem pelas costas. Era quase pior do que o desprezo
sincero.
Ele ergueu o queixo e arrumou os ombros enquanto abordava o salão de jogos. Mas já que
ele não podia parar a maré inexorável de fofoca, ele tomaria vantagem dela. Ele realmente daria a
eles algo para falar - e ele nem precisava da presença de Benchley a fim de negociar seu primeiro
ataque. Ele estirou os dedos e a alegria inundou suas veias quando ouviu o bufar de riso de
Danforth. Ah, o vil arrogante estava exatamente onde deveria.
Andando a passos largos para o salão de cartas, o primeiro rosto que Matthew viu foi o de
Danforth. Acomodado na mesa de centro, o conde alto com ombros estreitos estava balançando
sobre as pernas de sua cadeira. Ao ver Matthew, ele se sentou adiante com uma expressão
arrogante e condescendente em suas feições avermelhadas.
—Bem, se não é o infame Sr. Hawkmore— ele disse, ruidoso o suficiente para reivindicar a
atenção do salão inteiro.
Parecia que todos os olhos haviam girado para ele. Matthew marcou a expressão com
indiferença suave enquanto se movia para a mesa de centro.
—Danforth. — Ele anuiu com a cabeça para os outros homens à mesa. —Cavalheiros. — Ele
estava na casa do irmão. Eles não ousariam fazê-lo recusar uma cadeira. —Posso me juntar a
vocês?
Lorde Hillsborough anuiu com a cabeça.
O envelhecido Lorde Rivers indicou a cadeira à disposição à frente da de Danforth.
—Claro. Sente-se, meu menino. O jogo é vinte e um.
—Muito bem. Dez mil, então— Matthew disse, tomando seu lugar. Seu balancete podia
dispôs de tal retirada pequena, e ele não devia mostrar nenhum sinal de fraqueza financeira. Ele
tinha que ganhar bonito.
Enquanto Lorde Rivers dava as fichas a ele e eles faziam a contabilidade no livro de apostas,
Danforth jogou a cadeira para trás novamente e acariciou seu longo bigode.
—Diga-me, Hawkmore, o que você fez com a Senhorita Dare? Você enfureceu Fenton
quando cortou a conversa dele, e então enfureceu cada homem no salão quando a levou para fora
da pista. E agora você volta. — Ele se debruçou adiante enquanto as cartas eram distribuídas. —
Mas e ela?
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Matthew sacudiu uma ficha sobre a mesa e então tomou um momento para examinar suas
cartas. Finalmente, ele deu uma olhada rápida para cima inexpressivamente.
—Desculpe, o que foi, Danforth?
Os olhos do conde estreitaram.
—Eu disse, onde está a Senhorita Dare?
Uma visão dos lábios suaves e cheios dela, inchados pelos beijos, relampejou na mente de
Matthew. Ela ficaria ou fugiria? Ele indicou que pediria outras cartas, e então encolheu os ombros.
—Eu não sei onde a Senhorita Dare está no momento. Ela reclamou de enxaqueca, então eu
a escoltei até a ala da família. — Ele colocou sua aposta de abertura e então encontrou o olhar frio
e fixo de Danforth. —Talvez ela teve um pouco demais da sua boa companhia.
Danforth ergueu a aposta sem nem mesmo olhar suas cartas. —Talvez ela não tenha
entendido em que companhia baixa ela entrou quando permitiu que você a escoltasse da pista.
O local ficou quieto enquanto o corpo de Matthew endurecia com raiva. Ele cerrou a
mandíbula e moveu uma pilha alta de fichas para o meio da mesa.
—Talvez ela preferisse a minha companhia baixa a seus modos palhaços. — Ele fez uma
careta por um momento. —De fato, se não me falha a memória, mesmo quando éramos meninos
na escola, as meninas não o favoreciam.
Danforth se debruçou adiante enquanto a multidão cercando a mesa espessava. O lábio
enrolou.
—Você acha que era o menino dourado então, é? Mas olhe para você agora— ele zombou.
—Agora você não recebe nem um convite para limpar os pratos nos jantares que costumava
presidir, e nenhum cavalheiro de honra fará negócios com você. — Ele jogou uma pilha de fichas
na pilha crescente. —Então quem é o favorito agora?
—Bom Deus, Danforth, pelo menos olhe as suas malditas cartas!— Um dos que estavam
olhando exclamou enquanto Lorde Rivers e Lorde Hillsborough se retiravam calmamente do jogo.
Eram apenas os dois agora.
O conde pegou as cartas e deu um olhar superficial nelas.
Matthew o assistiu cuidadosamente e então empurrou adiante outra pilha de fichas.
—Não sei quem é o favorito, mas não pode ser você, pois não tem nenhum charme, nem
talento. A falta do primeiro o torna ruim para as damas. E a falta do segundo o torna ruim para as
cartas. — Ele ergueu uma sobrancelha. —Por que você não desiste e admite sua derrota para
mim.
—Maldito Hawkmore! Se eu sou tão ruim para as damas, então como fiquei comprometido
com a sua antiga noiva?— Silêncio caiu no salão. —Isso mesmo— Danforth disse vitorioso, o
bigode estremecendo—a adorável Lady Rosalind será minha.
Matthew pensou sobre a nota dobrada em seu bolso. Danforth podia tê-la. Uma visão de
brilhantes olhos verdes flutuou em sua mente. Patience. Ele precisava apenas de ter Patience.
Danforth positivamente irradiou com o silêncio de Matthew.
—Então—ele empurrou suas últimas fichas na pilha—por que você não admite a sua derrota
para mim?
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Todos os olhos giraram para Danforth. O rosto se tornou uma máscara vermelha. Matthew
apenas teve um vislumbre de um dez e uma carta com uma figura enquanto o conde saltava.
—Seu bastardo maldito!
Vamos lá! Matthew jogou para trás a cadeira enquanto Danforth dava a volta na mesa.
—Eu devia ter sabido que não deveria jogar com gente como você— o conde disse furioso.
—Você não é nada além de um bastardo enganador, filho de uma mulher enganadora. Você não é
nada.
O punho de Matthew bateu na mandíbula de Danforth e interrompeu qualquer insulto que
viesse a seguir. O homem alto foi para trás, mas ninguém pareceu propenso a pegá-lo. Ele caiu
contra uma coluna de mármore onde havia uma estátua de bronze de Atena em cima. A deusa
grega da guerra oscilou e então bateu no piso com um tinido cacofônico.
No breve silêncio que seguiu, Matthew cerrou os punhos. Então o pandemônio apareceu
inesperadamente enquanto Danforth ia adiante, balançando de modo selvagem. Matthew
empurrou um surpreso Lorde Rivers para fora do caminho, mas pegou um soco de raspão contra o
queixo com o esforço. Girando, ele conseguiu afundar o punho na barriga de Danforth antes que
ele fosse contido por vários dos cavalheiros na sala. Danforth foi contido também, ofegante
enquanto o encarava desafiadoramente.
—Que diabo está acontecendo aqui?— Mark parou quando viu Matthew. Os homens que o
seguravam, deixaram-no ir.
Matthew girou os ombros e endireitou o casaco.
—Pergunte a ele— ele disse enquanto saía do local.
Mark fez uma careta para Danforth.
—Bem?
Danforth olhou para cima com os olhos aguados e o rosto vermelho.
—Seu meio irmão me enganou, Langley. — Ele se soltou dos homens que o estavam
sustentando e jogou o cabelo para trás. —Exijo que a minha aposta seja devolvida.
Matthew reconhecia a mandíbula brava do irmão.
—Meu irmão não trapaceia, Danforth— Mark disse firmemente. —Sua demanda está
negada.
Matthew deslizou a mão no bolso do peito e assistiu um chamejar de pânico nos olhos de
Danforth.
—Eu disse que ele me enganou!
—E eu digo a você que isto é impossível.
—Você toma a palavra de um filho de jardineiro acima da palavra de um conde?
—Eu tomo a palavra do meu irmão acima da palavra de um imbecil.
Isso foi bom. Matthew quase sorriu.
—Eu deveria saber que você ficaria ao lado dele— Danforth zombou. —Qualquer homem
que permite à esposa ficar festiva e fantasiada esperando um filho não é nenhum cavalheiro.
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—Festiva? Você está falando da minha dama?— Mark rosnou. —Minha esposa, que não foi
uma vez sequer para a pista de dança esta noite? Minha esposa gentil que é um anjo de virtude e
decência?
Oh-ou. Matthew olhou para o irmão e viu todos os tique e sinais de advertência brava na
bochecha, ombros erguidos e dois espasmos na mão direita.
—Sabe, Danforth, eu nem mesmo gosto de você. Por que você está aqui? Eu não o convidei.
— Mark girou para Matthew. —Você o convidou?
Matthew agitou a cabeça.
—Não. Eu não o convidei.
—Bom, eu não o convidei. — Mark passou para Danforth, que estava suando profusamente.
Até o bigode do homem parecia úmido. —Ah, sim. Deve ter sido a minha esposa quem o convidou.
Minha linda e cortês esposa, que eu insisti que deveria apreciar este último evento antes de sua
reclusão. — Ele se debruçou sobre o rosto brilhando de Danforth. —A mulher que eu jurei a Deus
que protegeria, seu filho da puta.
Danforth não teve chance. No momento seguinte, estava sendo arrastado através da sala
pelas lapelas. Uma multidão ruidosa os seguia enquanto Mark arrancava o homem do salão de
jogos e o arrastava degraus abaixo para a pista principal.
Matthew se debruçou no corrimão do andar para assistir Danforth ser expulso. Ele alisou o
bolso do peito onde a ação se juntava à nota de Rosalind. Ele se sentia exuberante. A noite tinha
sido muito melhor do que ele esperava.
Um toque leve em seu braço chamou sua atenção. Ele sorriu para o rosto bonito de sua
cunhada e girou-a suavemente da cena abaixo.
—Olá, Passion.
Ela deu uma olhada rápida por cima do ombro enquanto o puxava para longe.
—O que está acontecendo, Matt?
Ele puxou o braço dela no dele e a escoltou da multidão de pessoas olhando.
—Tudo bem. Seu marido está apenas expulsando uma erva daninha.
—Oh, que horror. Não havia percebido que convidamos ervas daninhas. — Passion sorriu e,
por um momento, era como se ele estivesse olhando para um reflexo vago de Patience.
Ele queria ir para ela. Ele deu uma olhada rápida para os degraus. Seguramente ele já havia
esperado por muito tempo.
—Matt?
Ele retornou sua atenção à Passion. Eles pausaram em um lugar quieto do lado de fora do
salão principal.
—Sim?
—Eu vi a minha irmã partir com você.
Ele a considerou atentamente enquanto o próprio pescoço endurecia.
—Sim. Eu a escoltei para a ala da família.
—Entendo. — Passion o considerou com olhos gentis. —Sabe, sempre senti que havia algo
entre vocês dois.
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—Eu também.
Os olhos castanhos seguraram os dele.
—Matt, apesar de Patience ser muito segura e capaz, e ter mantido inúmeros homens
bonitos a distância, o coração dela não é inquebrável. Ela esconde uma natureza profunda e
apaixonada - uma que sofreu perda e decepção. Então, seja cuidadoso com ela. Seja cuidadoso
com a minha irmã.
Matthew fez uma careta.
—Que perda? Que decepção? Alguém a machucou?
—Sim.
A careta de Matthew aprofundou.
—Quem? O que aconteceu?
O olhar de Passion suavizou e ela pareceu estudá-lo por um momento.
—Não direi mais. Patience não gostaria.
Matthew ficou tenso e se debruçou para perto.
—Quem era ele, Passion? Era o antigo mestre de música dela, não era?
—Isto não sou eu quem deve te dizer, Matt. — Passion ergueu uma sobrancelha castanho-
avermelhada. —Mas, se a Patience te disser, então você pode estar certo de que ganhou a
confiança dela.
Matthew puxou-a de volta. Ele queria saber tudo - agora mesmo.
Passion pôs a mão no braço dele.
—Apenas cuide dela, Matt. Ela precisa ser cuidada.
Lembrando da sensação do corpo de Patience, o pênis dele mexeu. Ele examinou os olhos
gentis de Passion.
—Marmelada ou geleia?
As sobrancelhas de Passion curvaram. —O quê?
—Sua irmã gosta de marmelada ou de geleia nos bolinhos?
Passion sorriu suavemente.
—Marmelada.
—Aí está você, Hawkmore. — Lorde Rivers abordou-o com sua bengala e se curvou para
colocar um beijo na mão de Passion. —Lady Langley, você é Afrodite21 encarnada.
Passion sorriu para o lorde envelhecido.
—Obrigada, Lorde Rivers. O senhor está se divertindo? Há qualquer coisa que eu possa
trazer para o senhor?
—Não seja por isso, minha dama. Eu meramente vim agradecer a Hawkmore por ter me
protegido no salão de jogos.
Passion deu uma olhada rápida para Matthew.
—Creio que meu cunhado é particularmente bom para cuidar das pessoas, Lorde Rivers.
—Bem, ele fez um bom trabalho comigo. Se não fosse por você, Hawkmore, eu
provavelmente estaria esparramado em vários pedaços no chão do salão de jogos.
21
Afrodite - deusa grega da beleza e do amor.
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movia para poder senti-las. Mesmo enfraquecida, era uma lembrança persuasiva do porquê ela
dever ficar.
Além disso, a verdade era que ela queria ficar. Então por que pensar em partir?
“i ples e teà po ueà elaà pe sa aà ueà de ia?à Que à dete i a aà ueà elaà de ia à deà ual ue à
maneira?
Ela suspirou. As amarras frouxas permitiam que ela curvasse braços e pernas. Os braços
descansavam no travesseiro diante dela. Ela olhava fixamente para os pulsos amarrados. A seda
branca estava apertada, mas não desconfortável. As mãos estavam deitadas relaxadas, uma sobre
a outra. Ela de repente percebeu que achava as amarras lindas, e quanto mais olhava, mais lindas
elas pareciam ficar para ela. Mas por quê?
Ela balançou os quadris e fechou os olhos enquanto o pulsar gentil do clitóris sussurrava a
resposta. Porque elas a contiveram. Porque removeram todas as decisões. Porque ela não precisa
fazer nada além de aguardar o homem que as havia posto lá.
Matthew.
O coração dela tremulou enquanto ela pensava no modo como ele olhava para ela. Escuros e
intensos, os olhos pareciam capturar cada emoção dela. Ele a assistia cuidadosamente enquanto
emitia suas demandas. Ele a estudava com atenção extasiada enquanto tocava seu corpo. Ele fazia
com que ela sentisse como se cada resposta que experimentava fosse importante e essencial para
ele.
O clitóris pulsava.
E aà uaseà o oàse…
… o oàseàeleàp e isasseàdela.
Ela olhou fixamente para suas amarras adoráveis, e uma languidez sensual a envolveu.
Onde ele estava? O que ele estava fazendo? Ele ainda estava nas mesas de jogo?
Ela não sentia nenhuma ansiedade do retorno dele, não invejava sua liberdade. Na verdade,
enquanto ela o imaginava se movendo no salão de baile lotado, ela puxou as mãos fechadas e se
aconchegou agradecidamente contra o travesseiro. Ela não precisava dançar com os lordes
Farnsby, Asher e Danforth, e a lista infinita de outros lordes e cavalheiros que encheram seu
cartão de dança. Ela não precisa responder as suas perguntas ou responder aos seus elogios. Ela
não precisava de seus sorrisos. Ela não precisava de suas risadas. Ela não precisava falar com eles.
Ela fechou os olhos e escutou a quietude do quarto.
Ela apenas precisava ficar - ficar e esperar - pelo único homem que importava.
Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito
a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar.
Cantares de Salomão 2:3
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Ele seguiu o caminho para o quarto, dobrando a mão dolorida no caminho enquanto
pensava em todos os modos que ele a faria se submeter.
Quando ele finalmente abordou a porta, uma corrida de ansiedade surgiu por ele. Ele a
pressionou furiosamente. Ela estaria lá, obediente e esperando. Ela devia estar.
Em vez de tentar a maçaneta, ele empurrou a chave na fechadura e girou-a. Ele não pausou
para registrar se ela havia clicado ou não. Ele simplesmente abriu a porta.
Ela estava lá.
Apoiada de lado contra uma pilha de travesseiros e com as costas viradas para ele - mas ela
estava lá.
Enquanto ele tomava várias respirações profundas, a raiva era substituída com uma feroz, e
ainda assim calmante, supremacia. Ele estava certo sobre ela.
Fechando a porta tranquilamente, ele removeu a jaqueta antes de cruzar o espaço e colocar
outro tronco cuidadosamente no fogo. Soltando a gravata, ele abordou a cama. O cabelo
vermelho espesso dela caía sobre as costas em uma massa de cachos. Sob a luz chamejante,
parecia fogo líquido, e a pele brilhava com a luminosidade pálida.
Tirando os sapatos e encolhendo os ombros para tirar o colete, ele deixou o olhar seguir a
linha do corpo dela, de seu ombro liso, para a cintura com o corselê e o quadril, e então desceu
para sua longa perna nua. Ele pausou para apreciar seu traseiro arredondado, e o pau pulsou
enquanto ele se lembrava da sensação firme dele. Como ele ficaria incrivelmente lindo e
avermelhado com uma bela surra.
Abrindo os botões da camisa, ele caminhou em torno da cama e acendeu a luminária ao lado
dela. O tórax apertou enquanto o brilho suave cercava Patience. Um pequeno cacho caiu sobre a
sobrancelha e as pestanas longas tremularam no sono. As bochechas estavam pálidas, mas os
lábios cheios e adoráveis estavam róseos e separados. E descansando diante dela estavam as
mãos, uma sobre a outra e ainda amarradas firmemente.
Matthew agitou a cabeça. Ela era tão primorosa que quase doía olhar.
Ele acariciou as pontas dos dedos suavemente contra ela. Que tipo de idiota poderia rejeitá-
la? E que diabo havia acontecido para fazê-la desistir completamente do amor e do casamento?
Ele queria saber tudo. Mas primeiro ele devia provar ser merecedor de sua confiança - sua total
confiança.
Erguendo a garrafa da mesa, ele despejou uma dose saudável de conhaque em um copo. Ele
bebericou enquanto continuava a estudá-la. Em repouso, havia uma vulnerabilidade tenra em sua
beleza que estava ausente quando ela estava acordada. Entretanto, mais cedo, ele teve um breve
vislumbre nos olhos cheios com lágrimas.
O pau pulsou enquanto ele se sentava cuidadosamente ao lado dela. Ele desvelaria aquela
vulnerabilidade, e então a ensinaria a abraçá-la. O coração dele trovejou. Quando ele conseguisse
isto, teria sua confiança - e mais.
Curvando-se devagar, ele deslizou os lábios contra os dela antes de deslizar a língua em sua
boca.
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Ele podia dizer o momento em que ela despertou. Ela endureceu brevemente e então
relaxou com uma arfada. A boca abriu mais e o corpo se debruçou contra o dele. Matthew gemeu
enquanto empurrava a língua mais fundo e utilizava sua respiração. Ela tinha gosto tão doce.
Ele correu a língua junto ao lábio inferior então falou contra a boca.
—Desperte, minha bela adormecida. Você me aguardou, exatamente como eu instruí, e
estou muito contente com você. — Ele a beijou novamente e então se afastou para olhá-la.
Os olhos verdes grandes refletiam desejo. Isso era bom.
Ele ofereceu a ela um gole do conhaque e assistiu a garganta mover enquanto ela engolia.
Ele tomou um gole antes de deslizar os dedos sobre os lábios dela e os esfregar.
—Foi difícil esperar?
Ela torceu um pouco e um rubor subiu às bochechas enquanto ele explorava as dobras
suaves.
—Sim— ela respirou. —E não.
Mais cedo, ele havia notado que o clitóris dela parecia ligeiramente maior do que da maior
parte das mulheres que ele conhecia. Agora parecia menor, mas quando ele levou a umidade de
entre as pernas para ele e o esfregou, pareceu crescer novamente.
—Como sim? E como não?
Patience ofegou e balançou os quadris. —Sim porque eu não podia me tocar. E porque, a
princípio, eu estava brava com você por ter me deixado. — Os quadris balançaram.
Ele a esfregou mais firmemente.
—E não?
Ela estremeceu.
—Eà o,àpo ue…àPo ue,àeuà ue iaàfi a à- e depois de um momento, eu fiquei agradecida.
—Ah. — O clitóris estava rechonchudo e cheio. O pau de Matthew pulsou. Um broto tão
suculento seria impossível que ela escondesse, tanto por prazer quanto por castigo. —É muito
bom que você sinta gratidão. Esse é um excelente início. Agora— ele disse, começando a esfregá-
la lentamente—exatamente como mais cedo, você deve sempre se esforçar para fazer
exatamente como eu te digo.
Um chamejar de orgulho relampejou atrás do desejo nos olhos dela.
—Por quê?
Ele imediatamente removeu a mão de entre as pernas dela. Era um pequeno castigo, e só o
início.
—Porque isso me dá prazer. E se eu estiver contente, então você deve ficar contente.
Patience deu uma olhada rápida para a mão dele e os quadris ergueram na direção dele.
Ele moveu a mão para o pau e começou a se acariciar através da calça comprida. O sangue
correu rápido, mas ele manteve a voz monótona. —Isso soa injusto para você?
Ela mordeu o lábio e caiu sobre o lado por um momento enquanto o assistia. Um franzir
dobrou a sobrancelha.
—Sim. Sim, soa.
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—Eu direi a você por que não é. — Ele se permitiu uma pequena exalação enquanto
apertava a cabeça dolorida do pênis. Patience puxou as amarras e ergueu os quadris, mas ele
ignorou seu apelo mudo. —Não é injusto porque tudo o que eu faço, inclusive te negar, deve ser
para o seu benefício. Eu usarei minha autoridade sobre você. Mas essa autoridade existe para
servi-la, e você deve se lembrar disso quando se submeter ficar difícil. — Ele podia ver a batalha
furiosa entre o orgulho e o desejo dela. —Diga-me o que você está pensando.
—Quando você se foi, pareceu fácil. Eu queria me submeter. — Ela olhou para ele
honestamente, tão honestamente. O coração dele trovejou. —Só que agora que você está aqui e o
momento chegou, eu me sinto incerta. Sinto como se eu devesse me ressentir do que você diz.
Mas por alguma razão, eu não consigo. Isso me deixa confusa. — Os olhos brilharam. —E apesar
destas emoções, eu me sinto como se pudesse morrer se você não me tocar. De fato, estou certa
de que eu faria quase qualquer coisa para ganhar o seu toque. Ainda assim, saber isso apenas me
tortura ainda mais.
Ele correu os dedos pela bochecha dela.
—Mas é uma ótima tortura, não é?
Um pequeno franzir dobrou a sobrancelha dela.
—Sim— ela respirou.
O pau dele pulsou com excitação.
—E você a suportará, para me agradar.
Os olhos dela pareciam grama molhada. Ele queria enterrar o rosto entre as pernas dela
enquanto empurraria o pau entre os lábios cheios e úmidos dela.
Em vez disso, ele ficou de pé ao lado da cama e se posicionou próximo às mãos dela. —Abra
a frente da minha calça, mas deixe a cintura fechada— ele a ordenou tranquilamente.
Patience pausou apenas brevemente antes de fazer como ele disse. Matthew bebericou seu
conhaque e assistiu um rubor nas bochechas dela enquanto ela abria seus botões. Ele cerrou a
mandíbula enquanto ela apertava contra sua ereção com os esforços. Então ele conteve um
gemido de alívio enquanto o pau saía pela frente da roupa de baixo e pela abertura da calça.
Patience retraiu a respiração. Livrado de seu confinamento, o pênis inchado estava
totalmente cheio. Largo e pesado, a cabeça avermelhada estava estirada em direção a ela.
Ela olhava fixamente para ele sem vacilar e lambeu os lábios enquanto se movia para mais
perto. Apenas a proximidade do rosto dela de seu pau fazia com que o sêmen dele vibrasse em
suas bolas.
Abaixando a mão, ele ergueu o saco apertado, inchado.
—Você gosta?
—Sim. — Ela olhou para ele com brilho de admiração nos olhos. —É tão espesso. — Ela
retornou o olhar para ele. —Eu não sabia que podia ser tão espesso.
O sangue correu apressado em Matthew com o entusiasmo dela, e pré-sêmen derramou da
cabeça dolorida de seu pau. Deixando o conhaque de lado, ele empurrou os quadris adiante e
colocou a mão sobre a amarra dela de forma que ela não o tocasse. —Está chorando— ele disse.
—Lambe-o.
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que ele permanecesse quieto. Lentamente, ele retraiu ar pelo nariz. Ele devia se retirar, mas não
conseguia fazer nada para se mover.
—Você gosta, não é?— Ele se achou perguntando. —Mostre-me como você gosta.
Patience fechou os olhos e abriu a boca para tomar mais dele. Matthew ficou tenso
enquanto assistia os lábios fecharem ao redor dele. Então ele vacilou e ofegou quando ela
empurrou mais fundo, acariciando o lado inferior de seu pênis com a língua.
Cristo! Ele empurrou para longe dela. Patience deu um gemido suave.
Agarrando o copo de conhaque, Matthew deu três goladas enormes. Onde diabo estava seu
controle? Ele precisava diminuir a velocidade.
Ele olhou para Patience. Ela também! Ele deslizou a mão atrás da cabeça dela e, pondo o
copo em seus lábios, desceu o remanescente do conhaque em sua boca.
—Beba— ele disse firmemente.
***
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—Bom. — Matthew puxou de volta e arrancou a faca da cabeceira da cama. —Agora, fique
quieta.
Patience tremeu enquanto ele rapidamente cortava as rendas de seu colete. Uma vez feito,
ele fechou a extremidade afiada, e soltou-a na mesa ao lado da cama. Ela puxou a respiração
enquanto tirava o colete dela e então arrancou as sobras de seu chemise.
Ela sentiu as bochechas mornas com um rubor imediato de desconforto. Ela tinha a
característica da família de mamilos espessos, expandidos. Eles só podiam ser escondidos atrás do
colete. Agora, com a excitação, eles esticavam a um grau embaraçoso. Ela se contorceu enquanto
ele os olhava fixamente.
Entretanto ele engoliu convulsivamente e ergueu os olhos escuros para ela.
—Não há nenhuma parte em você, Patience, que Deus não abençoou com beleza?
Uma excitação morna passou por ela, então ela estremeceu enquanto ele deslizava os dedos
ao longo das curvas exteriores de seus seios.
—Não existe nenhuma parte de você— ele murmurou —que Deus não fez para se adaptar
às minhas paixões?
Um ardor afiado vazou sob a pele de Patience enquanto ele deslizava os dedos firmemente
sobre seus mamilos endurecidos. Então ele desceu e, cobrindo um com sua boca morna, começou
a chupar firmemente. Ofegando e gemendo, as costas dela curvaram com o prazer intenso e
pulsante. Era como se ele estivesse puxando de algum lugar bem no fundo dela. E quanto mais ele
a sugava, mais ela ficava cheia. Ela estremeceu e puxou contra ele, ainda assim, ele sugou seu
mamilo banhado e então o chupou mais antes de finalmente deixá-lo deslizar para fora de sua
boca. Estava mais espesso e maior do que nunca. Indo para o outro seio, ele depressa deixou o
outro mamilo no mesmo estado de excitação.
Patience gemeu e puxou contra as amarras. A boceta cerrou firmemente. A sensação era
maravilhosa. A boca voraz dele fazia com que ela desejasse que ele pudesse, de alguma maneira,
verdadeiramente consumi-la. Ela puxou a respiração enquanto, como resposta aos seus
pensamentos, ele a mordeu firmemente, beliscou o outro e aumentou o mamilo enquanto fazia
isso. A dor leve enviou um choque de sensação deliciosa diretamente para o clitóris dolorido. Os
olhos de Patience alargaram e os quadris empurraram.
Recuando, Matthew esfregou o saco pesado contra a coxa dela. Grandes e expandidos, os
mamilos dela pulsavam.
—Olhe para eles. — Matthew lambeu os lábios e então ergueu os olhos para ela. —Eles
pedem castigo, não é?— E então ele deu um leve bofetão com os dedos em um mamilo e então
no outro.
Patience expeliu um grito suave. O contato afiado era como o choque quente de um raio. Os
mamilos estavam mornos e a pele formigava.
Matthew bateu em cada um novamente. Patience ofegou e suas costas curvaram, erguendo
os seios para ele. Os mamilos estavam inchando.
—Por favor— ela pediu, lutando contra as amarras e erguendo o tórax como podia. A
sensação era maravilhosa e incompreensível.
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—Sim. — A voz dele estava apertada. —Porque você implora tão docemente.
Erguendo o peito dela, ele bateu os dedos contra o nó expandido. Patience ofegou enquanto
ele fazia isto de novo e uma vez mais. Então ele ergueu o outro peito dela. O som de cada batida
leve a excitava mais do que antes, porque cada um enviava um sacudir mais poderoso de prazer
relampejando pelo corpo. Os quadris empurraram incontrolavelmente e ela sentiu uma umidade
pesada, lisa e quente entre as pernas.
Ela se ouviu arquejar enquanto Matthew pausava. Os olhos pareciam arder e a umidade
derramava liberalmente da cabeça cheia do pênis sobre a coxa dela.
—É o suficiente no momento— ele disse. Mas deu a ambos os mamilos inchados um
beliscão longo, duro.
Patience gemeu com a sensação dura dos nós dilatados sendo comprimidos. Ela puxou e
lutou embaixo dele. Os mamilos escurecidos pareciam quentes e enormes. O clitóris começou a
pulsar por liberação.
—Po àfa o ,àMatthe …
Ele esfregou o tronco do pau carnoso contra a perna dela.
—Implore melhor.
O coração dela trovejou e os quadris curvaram.
—Por favor! Por favor, Matthew, farei qualquer coisa. Prometo! Apenas toque-me. Toque a
minha boceta, eu imploro!
—Assim é melhor.
Então os dedos estavam entre as pernas. Ela gemeu e os quadris empurraram para cima. Ela
estava completamente molhada. Ela já havia desejado mais a liberação?
—Deus, seu desejo está despejando de você. Você vê, Patience? A submissão se adapta a
você. — Os olhos dele queimavam nela. —Eu te disse que sabia o que você desejava. Eu sou o
homem para você, Patience. Sou o único para você.
O coração de Patience corria. Ela gemeu e os quadris ergueram enquanto ele se esfregava
inteiro em sua carne lisa. Ela parou a perna livre e puxou as amarras. Então ele apertou a palma da
mão contra o clitóris torturado, e deslizou os dedos pelas dobras exteriores, e esfregou a abertura
de sua vulva. Quente, paixão pulsante que a abrasava. Ela surgiu contra ele.
—Matthew! Por favor!
Algo escuro e feroz radiou nos olhos dele.
—Por quê? Por que eu deveria?
Porque ela queria! Não, isso estava errado. Ela não podia pensar. Qual era a resposta?
—E-eu não sei!
Ele levou a mão para longe, e ela quase lamentou.
—Sim, você sabe— ele disse, curvando os quadris e zelosamente acariciando o pau chorão.
Os quadris dela ondularam e ela não conseguia pará-los. Ela fechou os olhos contra as
lágrimas súbitas. Qual era a resposta? Deus, ela faria qualquer coisa para que ele apenas a
deixasse a liberação!
—Você serve o prazer de quem, Patience?
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Os olhos dela abriram de repente e ela olhou diretamente no olhar feroz dele.
—O seu!
—E o que você consegue servindo ao meu prazer?
—O meu prazer!
—Sim— ele gemeu. E descendo para entre as pernas dela, ele abriu a boca sobre as dobras
lisas, molhadas.
Patience ofegou e vacilou para trás em surpresa e choque. Mas ele apertou mais, e um grito
quebrado saiu dela enquanto a língua passava famintamente - os lábios, nariz, e o roçar do queixo
contra o seu sexo aquecido. Patience olhava fixamente, mesmo enquanto os quadris empurravam
e o corpo tremia. Ela não podia fugir. Uma linda e encantadora falta de defesa inundava sua
mente e ela sentia o coração encher.
E então a boca de Matthew foi diretamente sobre o clitóris. Ela ofegou e os dedões dos pés
ergueram da cama enquanto mais sangue surgia no centro de seu sexo. Ela estremeceu e agitou,
e, enquanto ele a deixava implacavelmente, empurrou os dedos apenas dentro de sua boceta
molhada.
Todo pensamento desabou sobre si mesmo. Os quadris dela ergueram. Ela puxou em suas
amarras. A cabeça girou e o corpo apertou. E ainda assim ele a lambia e esfregava, e o corpo ficava
mais e mais apertado. Tenso como uma corda de arco, ela enrijeceu mais e mais rápido. Arquejou
e ofegou.
Nada importava além da liberação.
Nada importava além de Matthew.
O traseiro dela erguia da cama enquanto ela puxava em suas amarras e se esfregava contra
ele descaradamente.
E então tudo o que ele tinha feito com ela - acariciar e retirar, as afiadas e brilhantes batidas
nos mamilos, os beliscões deliciosos, e seu controle firme e inflexível - tudo se fundiu entre as
pernas dela em uma jubilação quente, gloriosa. Como o ribombar de um trovão, ela explodiu.
Os olhos dela apertaram bem fechados e os dentes cerraram, o sangue rugia nas orelhas
enquanto fissura atrás de fissura de euforia ofuscante a quebrava. E então rompeu os nervos dela
em pedacinhos infinitesimais de felicidade que flutuaram no alcance de seu corpo.
As pernas caíram lentamente e fracas na cama e - finalmente - as lágrimas caíram. Lágrimas
de alívio, elação e realização assustada.
Matthew ficou entre as pernas dela, chupando a região interna de sua coxa por um longo
momento antes de rastejar sobre ela. Enquanto ele examinava seus olhos, as feições duras e
lindas, ela viu a face de sua dominação. Mas em vez de fazê-la recuar, abasteceu seu coração com
alegria. E isso a fez chorar ainda mais, pois temia as emoções que não deveriam existir.
Matthew olhava fixamente para ela, puxando duro em seu pênis gotejando enquanto as
lágrimas dela caíam.
—Sim, Patience. Isto é bonito. Deixe as lágrimas virem. — Um brilho escuro pareceu acender
em seus olhos. —Não lute contra elas. Apenas através das lágrimas que você achará o caminho
pelo qual estou levando-a.
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Segura na consideração feroz dele, Patience não podia olhar. As palavras dele tanto a
confundiam quanto emocionavam, e fizeram mais lágrimas erguerem bem do fundo dela. E
enquanto elas derramavam, ela sentia como se algo profundo estivesse acontecendo, algo que ela
ainda não entendia, mas queria.
—Sim. Deixe-as caírem— Matthew respirou. Abaixando sobre ela, ele a ergueu mais alto
contra a cabeceira da cama e a envolveu em seu abraço. Os braços e as pernas a segurando, ele
apertou beijos em seu cabelo enquanto empurrava o pau sensualmente contra sua barriga.
Ela não podia retornar seu abraço; ela podia apenas recebê-lo - seu conforto, seus beijos,
seu corpo curvado e cobrindo a ambos possessiva e protetoramente. Ela estava impotente, ainda
assim de alguma maneira ela estava segura - completa e totalmente segura.
Gemendo, ela abriu a boca contra o pescoço dele e chupou e lambeu sua pele tensa.
Ele gemeu e segurou-a mais apertado. Entretanto ele a puxou de volta, os olhos ardentes
com luxúria.
—Você faz meu coração doer e meu pau pulsar.
Ele chupou um beijo fundo de sua boca enquanto escavava os dedos na abertura molhada
de sua vulva. Patience ofegou e os quadris empurraram, mas ele continuou na cama, levando os
dedos molhados sobre a língua enquanto a escarranchava. —É hora do que eu te prometi.
O sangue correu nas veias de Patience enquanto ele empurrava as mãos em seu cabelo e, se
abaixando, esfregava o pau carnoso e as bolas inchadas contra seu rosto marcado de lágrimas.
Um tremor quebrou pelo corpo dela, e, em seu despertar, uma paixão animal a queimou -
sem vergonha ou inibição. Ela se luxuriou ao sentir a coluna venosa de seu pênis duro e o aperto
suave de suas bolas contra suas bochechas, nariz, queixo. Ela o cheirou e saboreou enquanto abria
a boca.
—Isso mesmo, use sua língua— Matthew disse firme.
Patience obedeceu imediatamente e criou uma área molhada contra o comprimento inteiro
dele. Novamente ela o acariciou, selvagem com o gosto do fluido salgado que corria por sua seta,
e desesperada para envolver com os lábios a fonte.
Mas Matthew não a favoreceu. Em vez disso, livrou uma de suas mãos do cabelo dela, e
pegando em seu saco ergueu-o para sua boca.
—Lamba minhas bolas.
O clitóris de Patience pulsou com sua ordem tensa. Sem pausa, ela o lambeu.
Matthew a assistia, um brilho duro nos olhos.
—Isto é bom, agora os chupe.
Deus! A boceta de Patience apertou enquanto ela abria e puxava um testículo tenro em sua
boca. Ela gemeu e o sentiu tremer.
Matthew segurou o pau gotejando para o próprio corpo e olhou para ela abaixo enquanto
ela lambia sua carne. Ofegando, a mão dele movia vigorosamente no pau.
O clitóris de Patience queimava enquanto o sangue corria apressado nele. Deixando-o
deslizar em sua boca, ela retraiu o outro testículo. Ela o acariciou com a língua e então o chupou
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mais fundo, a visão de seu órgão espesso e gotejando sobre ela fez com que ela ficasse atordoada
com desejo.
—Isto é bom— ele a louvou, nunca tirando os olhos dela. —Isto é tão bom.
Ela o lambia com o firme passar da língua. A boceta estava quente e molhada. Ele movia os
quadris adiante e a apertou contra a cabeceira da cama enquanto bombeava o pau. Uma gota
morna de pré-sêmen espirrou na sobrancelha dela. Os quadris dela tiveram um espasmo. Mas o
que ela realmente queria era aquela cabeça vermelha e molhada dentro da boca.
—Eu sei o que você deseja, Patience— Matthew disse firme. —E vou te dar. — A mão dele
apertou no cabelo dela. —Agora, lembre-se do que eu te disse. — Então ele puxou o saco, e ela
apenas puxou uma respiração antes de ele rapidamente empurrar a cabeça vermelha escura
inteira de seu pênis em sua boca.
Patience fechou os olhos em avaliação sensual enquanto chupava a cabeça suculenta com
uma ânsia abastecida por anos de antecipação. Era tão suave e lisa como veludo. Ela amava a
sensação contra a língua. Ela amava a dureza sob a suavidade. E ela amava o fluido salgado que
chupava da abertura dilatada na ponta.
Matthew gemeu. Ela sentiu a torção das mãos dele em seu cabelo e então ele começou a se
mover em punhaladas breves. Da mesma maneira que ela havia visto Mary fazer com Wilson, da
mesma maneira como ela havia praticado com os pepinos do jardim, ela o segurou firmemente
com os lábios.
—Olhe para mim, Patience.
Patience ergueu o olhar. A boceta cerrou ansiosamente, os olhos dele tinham um fogo feroz.
Ele empurrou e então se retirou, apenas para empurrar novamente mais profundamente e ficar.
Patience gemeu ao senti-lo em sua boca e o clitóris pulsou com necessidade quente,
ardente.
—Isto é bom— ele ofegou. —Agora abra para mim. Abra mais.
As palavras e o som da voz agiam nela como um afrodisíaco. Ela piscou em completa
obediência sensual e abriu mais a boca.
Matthew fez uma careta enquanto empurrava devagar nela. Patience estremeceu e os
quadris ficaram tensos enquanto ela sentia mais da carne espessa empurrando em sua boca.
Apenas quando ela pensou que não podia tomar mais, ele se retirou. Ela ofegou para respirar, mas
ele empurrou novamente. Repetidas vezes ele fez isto, e a cada nova empurrada ela sentia a boca
umedecendo e a mandíbula relaxando. A cada nova empurrada, ela o sentia ir mais fundo. E então
a cabeça lisa tocou-a no fundo da garganta, e desta vez ele não se retirou.
Patience puxou a respiração pelo nariz. Os lábios estavam apertados ao redor do pau
corpulento, e ela podia sentir a passagem espessa que trazia o sêmen para sua língua. A boca
estava cheia dele, e ela ainda queria mais.
Ele retirou e o pau balançou enquanto ele erguia o rosto dela. Os olhos pareciam pretos com
luxúria, e sua expressão, dura e poderosa, fazia o coração tremer e a boceta cerrar.
—Isto é bom, Patience. — Os dedos dele deslizaram em sua boca, e então sobre os lábios. —
Isto é tão bom. Agora apenas um pouco mais.
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Ele prendeu o queixo dela, ergueu-o, estendendo a coluna da garganta. Então com uma mão
no cabelo dela e a outra ao redor de seu pau, ele empurrou de volta nela, apertando e seguindo
até que a cabeça estava empurrando contra a parte de trás da garganta dela.
Patie eà ge euà eà osà olhosà e he a à d gua,à e ua toà oà lit isà uei a aà eà aà o etaà
regava.
Matthew a segurou no lugar, murmurando:
—Sim, sim. — Então ele começou a mover os quadris, apenas ligeiramente, fazendo a
cabeça do pau esfregar firmemente contra a área sensível. Saliva gotejava na garganta dela, mas
quanto mais ele esfregava, mais acostumada ela ficava com a sensação.
—Essa é a minha bela— ele disse densamente. —Agora se lembre das minhas instruções. —
E então ele se moveu duro contra ela, forçando sua carne espessa na curva de sua garganta.
O corpo de Patience saltou e os quadris ergueram com luxúria ingovernável enquanto ele
empurrava firme e apertado.
Gemendo, Matthew retirou completamente, mas apenas o suficiente para ela tomar ar em
um ofego. Então ele afundou fundo e empurrou novamente.
A boca estava estirada e cheia dele. Os quadris balançavam e giravam, e o clitóris incendiava
com a necessidade de ser possuída.
Ele mergulhou mais rápido e mais fundo, o arquejo alto, o único som acima de suas próprias
respirações curtas. Ela não o segurou de volta. E a cada punhalada furiosa, o pau parecia ir mais
fundo, enchendo e estirando a totalidade de sua garganta. Os joelhos separados apertaram e os
quadris empurraram para cima. Era impiedoso e primoroso.
Então a respiração afundou e os grunhidos viraram um rosnar de fera. Os dedos apertaram
no cabelo dela, e abaixando como algum anjo caído, ele estremeceu sobre ela, empurrando seu
órgão de domínio nela com uma ferocidade selvagem e inflexível. E embaixo dele, ela se
contorceu e ondulou enquanto ele roubava sua resistência, sua inibição e seu orgulho, e
alimentava sua obediência, carnalidade e subserviência.
O grito selvagem de Matthew dividiu o ar. E em sua boca, Patience sentiu o sêmen pulsar de
seu pau antes de vomitar abaixo em sua garganta. E como as águas ígneas do rio Styx 22, seu sêmen
era uma maré feroz e corrente.
Mas isso não importava, porque ela já era criatura dele. Enquanto ele ejaculava sua semente
quente e grudenta, o sangue dela rugia e o coração trovejava. E apesar de ele não haver tocado
nenhuma vez seu clitóris, ela achou o êxtase enquanto bebia vorazmente da comunhão viril dele
que a alimentou.
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Um anjo a rasgou das mãos ávidas de seus admiradores que puxavam suas roupas e seu
cabelo a fim de mantê-la para eles. Os olhos girando e os gritos altos de frustração a assustaram,
então ela se agarrou ao anjo enquanto ele voava para longe com ela. Alto nos céus ele a levou, as
asas poderosas batendo no ar, até que tudo que ela podia ver eram planetas, luas e luzes
estrelares brilhantes.
Então a voz veio ao redor e dentro dela.
—Eu a tomei. Agora a quem você serve?
—Eu sirvo a você— ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto em seu abraço.
—E quem sou eu?
—Matthew. — Erguendo a cabeça, ela examinou seus olhos escuros.
—Sim. — Ele apertou os lábios suavemente nos dela. —E se você me servir bem, devo curá-
la.
—Curar?
O olhar dele era tenro.
—Pode machucar às vezes, mas você verá que a dor é para o seu próprio bem.
—Mas eu não estou ferida.
—Você está sangrando no coração, Patience.
Ela sentiu uma dor funda e súbita no peito. Era mesmo súbita? No momento seguinte, ela
sentiu que a reconhecia. Sim, a dor estava sempre com ela.
—Vê— Matthew disse. —Se não for parada, você murchará.
Patience estremeceu no abraço morno dele, mas segurou seu olhar.
Um pequeno franzir marcou a sobrancelha. —Só porque você se recusa a olhar, não significa
que não está sangrando. Olhe para a ferida.
Ela não olharia. Ela não podia.
A careta dele aliviou. —Tudo bem. — Ele tocou a bochecha dela. —Deixe tudo para mim. Eu
a farei olhar.
E tão ele a soltou de seus aços, e ela estava ai do…
Patience despertou com um pulo. Era como se ela tivesse saído diretamente do sonho para a
cama dela.
A cama dela? O sonho dela se dispersou enquanto ela se sentava e dava uma olhada rápida
ao redor do quarto. Ela havia adormecido nos braços de Matthew, e na cama dele. Agora ela
estava aqui - só.
Ela suspirou. Quando Matthew a havia levado para o quarto dela? As cortinas estavam
puxadas e ela podia ver a luz do dia cinza espiando entre elas. O relógio bateu. Eram onze e meia
da manhã. Ela olhou para o outro lado de sua cama. O lençol estava impecável. Ela desejou que
ele tivesse ficado com ela, ainda que apenas durante algum tempo.
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Retirando-se contra os travesseiros, ela se estirou enquanto uma languidez sensual vinha
sobre ela. Por que ele não havia ficado, para amarrá-la e tomá-la novamente? Ela estremeceu
enquanto se lembrava do modo como ele a havia forçado a ter um orgasmo atrás do outro - com a
mão, com a língua, e com as estocadas vigorosas do pau em sua boca. Balançando para trás, ela
to ouà aà ga ga ta.à áà o aà e heuà d guaà ape asà o à oà pe sa e to.à Ha iaà algoà so eà se ti à aà
carne firme dele enchendo sua boca que a deixava queimando.
Mas era o controle que ele exercia que fazia tudo pungente e perfeito.
Com um suspiro longo, ela virou de lado e olhou fixamente para a luz leve entre as cortinas.
Ela se sentia excitada. Como se ela de repente tivesse a chave para uma câmara de segredos
e prazeres impensáveis - uma câmara que sempre havia existido dentro dela, mas que era
acessível apenas a Matthew.
O coração dela estremeceu.
Deus, como uma noite - um homem - podia inspirar tal desejo?
Uma noite?
Ela franziu o cenho. Ele havia pedido apenas uma noite. Ainda assim as palavras dele haviam
implicado, repetidas vezes, e que a noite anterior havia sido apenas o início.
Ela se sentou novamente e, empurrando as mãos pelos cachos, fechou os olhos por um
momento. Uma noite- duas ou três - o que importava? Nada, afinal, era para sempre.
Nada.
Jogando os lençóis para trás, ela se ergueu da cama. Enquanto deslizava os braços nas
mangas do roupão, o olhar caiu sobre o violoncelo. Inclinado em sua frente em preparação para a
prática, enfrentava-a, os buracos superiores de som olhando para ela como dois olhos sem piscar.
Por um momento, ela foi atingia com a noção estranha de que ele a tinha assistido. Era um
pensamento tolo, mas o tremular de inquietação que movia por ela era palpável.
Normalmente, ela estaria praticando agora, especialmente já que deveria tocar aquela noite.
Ela mordeu o lábio inferior. Ela não sentia nenhuma urgência de tocar. De fato, enquanto ela
continuava a olhar fixamente o rosto em branco de seu instrumento, sua única emoção era um
tipo de ressentimento enfadonho.
Empurrando de lado seus sentimentos estranhos, ela deu uma olhada rápida novamente no
relógio. Apesar de estar tarde, ela ainda podia praticar umas duas horas antes de sua visita à irmã.
—Não se preocupe— ela murmurou para o violoncelo. — Logo estarei com você.
Indo para longe de seu instrumento, Patience fechou os botões minúsculos de seu roupão
enquanto cruzava até a lareira. Ela notou que sua cadeira de leitura confortável tinha sido puxada
diante do fogo, e ela se perguntou se a empregada a havia movido. Mas enquanto girava a cadeira
grande, deu uma parada súbita.
Na mesa ao lado do fogo recentemente alimentado estava uma bandeja de chá, um bule de
porcelana cheio de água e uma xícara pequena. Um pequeno açucareiro e um bule de leite
estavam ao lado de um prato com marmelada e manteiga. E próximo ao prato de chá havia
bolinhos dourados, e um papel.
De M para P
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Sem se mover, Patience olhou fixamente para a bandeja enquanto uma sucessão de
emoções caía por ela - primeiro felicidade, depois um desconforto rápido e crescente. Por que ele
havia feito tal coisa? Era completamente desnecessário. Só porque ele servia as suas paixões, não
significava que ele precisava servir o café da manhã. Ela mesma era perfeitamente capaz de cuidar
de tais coisas.
Realmente, ela preferia cuidar de tais coisas.
O fogo crepitou.
Ela empurrou um cacho solto atrás da orelha e então suspirou.
Os pensamentos dela eram nada graciosos.
Ela devia estar contente. A maioria das pessoas não ficaria contente? Ela ficou feliz por um
momento.
Chegando mais perto da mesa, ela viu que um delicado P, escrito exatamente como na nota,
tinha sido esculpido no topo da manteiga.
O peito dela apertou e os olhos arderam.
Deus, ela não tinha percebido que estava tão perto de chorar.
Erguendo a cabeça para prevenir as lágrimas de caírem, ela forçou uma respiração lenta e
profunda nos pulmões. Quando ela exalou, o estômago roncou. Ela apertou a mão no estômago
roncando e piscou os olhos para limpá-los.
O que havia de errado com ela? Ela voltou a olhar para a mesa. Tudo parecia delicioso e ela
estava com fome.
Ela se sentou devagar.
De qualquer maneira, era apenas café da manhã. Não queria dizer nada.
Erguendo o guardanapo, ela o abriu cuidadosamente sobre o colo. Então, apertando as
mãos, ela se debruçou adiante e deixou o olho vagar novamente sobre a pequena bandeja.
Hmm.
Ninguém nunca tinha escrito na manteiga dela antes.
E como ele sabia que ela preferia marmelada à geleia?
*** Tiamat-World***
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—Éà issu .à Nu à seià i da à uitoà so eà aà a tigaà Lad à Be hle .à Dis o i à ui à aà filhaà doà
Benchley é uma verdadeira paqueradora.
A careta de Matthew aprofundou.
—Sério?— Como ele nunca havia visto isto?
—“i ,à pa e i à ueàelaàgostaàdeà p o o àosà iadosà o àseusà ha esà fe i i us .àPedaçoà
de perna aqui, pedaço de seio ali.
As sobrancelhas de Matthew ergueram rapidamente em surpresa.
—“i ,àelaàdei aàapa e e àape asà pu a aso .àMasàosàe p egadosà eàdisse a à ueàelaàfi aà
a ide tal e teàseà ust a du àoàte poà todu .
Matthew riu amargamente enquanto abaixava a xícara de café. Cristo, se ele apenas tivesse
entrevistado os empregados do Solar Benchley antes de propor a Rosalind, poderia ter se poupado
de muita coisa. Ele correu os dedos pelo cabelo. Mas ele não tinha, e agora ele devia se defender
contra a vilania do homem que teria chamado de sogro.
Dando uma olhada rápida no número na parte inferior de seu livro-razão aberto, os ombros
ficaram tensos. Ele olhou através de sua escrivaninha para Mickey.
—Descubra tudo o que puder. Então me traga algo que eu possa usar que forçará o Conde
Benchley a ficar de joelhos. Você me entendeu? Ache as fraquezas dele - todas - mesmo que caiam
em sua filha. Porque, em algum lugar, devo achar uma falha fatal.
Mickey anuiu com a cabeça.
—Eu acharei, Sr. 'Awkmore. Acharei.
Houve uma batida sumária na porta, e Mark pendeu a cabeça.
—Ah, eu sabia que havia sentindo cheiro de toucinho. E onde há toucinho, lá está o meu
irmão. — Ele entrou, fechando a porta atrás de si. —E se não é o Sr. Wilkes. Você está muito
bem— ele disse enquanto ia até a bandeja de café.
Com a tigela ainda na mão, o rapaz ficou de pé e curvou a cabeça.
—ág adeço,à si h .
Matthew assistiu Mickey terminar rapidamente a compota. Mark estava certo. Não fosse
pelo bater da colher, e o som alto dos lábios, o garoto alto de dezessete anos pareceria
completamente respeitável. Com um corte de cabelo esportivo, um novo terno, e novas botas,
não era nenhuma maravilha que ele tivesse se arrumado tão depressa com os empregados do
Solar Benchley. Era uma aparência muito diferente do que ele apresentava seis meses atrás
quando havia chegado das ruas ásperas de Seven Dials. Era diferente até do modo como ele
parecia há meros quatro meses, quando Mark o havia empregado como um espião na casa de
Lawrence.
Ainda assim, ele ainda tinha os olhos inconstantes e se movendo depressa de quem está
acostumado a ser cercado por ladrões e assassinos. Mas agora, ele estava com os ombros um
pouco mais retos e olhava para Matthew com um olhar fixo. Isso era bom.
Mark cruzou para eles e, sentando na extremidade da escrivaninha de Matthew, olhou para
Mickey. —O Sr. Pinter sente a sua falta nos estábulos. Ele me disse que você sabe lidar com os
cavalos.
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Mickey sorriu amplamente enquanto abaixava a tigela. —“i ,à a hoà ueà te hu .à Volta eià
assi à ui à a à euàt a alho por Sr. 'Awkmore, aqui.
Mark bebericou seu café.
—Muito bem.
— Ce tu ,àe t o.à— Mickey olhou para Matthew. —Vouàsai à a h àdeà o o.
—Veja-me antes de ir.
Mickey anuiu com a cabeça e, arrancando o boné do bolso de jaqueta, fez uma saída
precipitada.
Mark olhou para a porta fechada e então para Matthew.
—Diga-me o que você está fazendo.
—Não.
—Droga, diga.
Matthew fez uma careta.
—Eu disse, não.
Mark baixou o café.
—Por Cristo, Matt, eu sou seu irmão. Deixe-me ajudá-lo.
A careta de Matthew afundou.
—Você é meu meio irmão, e eu não quero a sua ajuda. — Ele apunhalou uma salsicha com o
garfo. Droga! Isso foi rude. Ele encontrou a careta brava de Mark. —Obrigado, mas eu lidarei com
isto sozinho.
—Sério?— Mark cruzou os braços sobre o tórax. —Benchley já fez quase impossível para
você obter carvão. Você está pagando quase o dobro pelo carvão que pode conseguir. Você tem
máquinas estragando e materiais chegando tarde. E também precisa transportar mercadorias para
o oeste e está fazendo isto com as Ferrovias do Marchford. Quanto tempo você pode durar sob
estas circunstâncias?
Os ombros tensos, Matthew aumentou o aperto no garfo. Mark tinha um modo muito
aborrecedor de pôr o dedo em várias feridas de uma vez só.
—Eu resistirei. Resistirei, e ganharei— ele sibilou.
Mark agitou a cabeça.
—Você não pode continuar a compor as perdas da GEFO por conta própria. Você está
preparado para vender o Solar Angel se tiver que fazer? E se os seus acionistas partirem? Você
acha que a diretoria vai te sustentar se estes assuntos não forem resolvidos? E se eles votarem
para removê-lo como presidente? E se eles forçarem a sua resignação completa da GEFO?
—Inferno!— Matthew se debruçou adiante enquanto um músculo tinha espasmos dolorosos
em seu pescoço. —E se todos os meus investimentos falharem? E se a minha propriedade
queimar? E se o Benchley estiver me envenenado lentamente? Jesus Cristo, há outras
possibilidades de destruição que você gostaria que eu considerasse?
Mark encolheu os ombros enquanto se sentava na cadeira que Mickey havia desocupado.
—Estou certo de que poderia apresentar várias.
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Patience
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—Não me aborreça. — Matthew abaixou o garfo com força. —Apenas saiba que eu farei o
que for preciso para manter a Grande Estrada de Ferro do Oeste. — Não serei forçado a rastejar
para Benchley ou ninguém. —Fa eiàoà ueàfo àp e iso…
Mark anuiu com a cabeça enquanto erguia seu café.
—Bom. Vejo que você tem um plano - um que utiliza as habilidades do nosso jovem Sr.
Wilkes.
Matthew pausou. No passado, ele teria dito tudo a Mark. Mas essa era a sua própria briga e
ele queria empreendê-la só - na realidade, ele precisava empreendê-la só. Além disso, desde que
havia descoberto sua ilegitimidade, ele sentia como se existisse uma barreira invisível entre ele e o
meio irmão.
Ele alcançou o bolso no peito. Claro, havia algumas coisas que ele não podia manter em
segredo. Ele retirou a ação da mina e deslizou-a através da mesa.
—Se ninguém me vender carvão, eu mesmo o tirarei da mina.
Um pequeno sorriso brotou nos lábios de Mark enquanto ele agarrava a ação.
—Estava esperando que você dissesse algo do tipo. Todo mundo estava falando sobre a sua
vitória na mesa de jogo ontem à noite.
Matthew se sentou de volta em sua cadeira. Bom. Quanto mais conversa houvesse, melhor.
Sacudindo a cabeça, Mark deu uma olhada rápida sobre a ação, e então sorriu amplamente
para Matthew.
—Você pode imaginar o rosto do Benchley quando ele ouvir sobre isso? Não seja
surpreendido amanhã se o Times anunciar o assassinato do Danforth.
Matthew ergueu as sobrancelhas.
—Isso seria uma notícia agradável.
Mark dobrou a ação e deslizou-a de volta através da escrivaninha.
—Ouvi que seis bons homens colocaram suas assinaturas na legitimidade do jogo de cartas.
—Sim. — Matthew retornou a ação para o bolso. Ele havia contado cada uma das
assinaturas como vitórias. —E falando do Times, enviei um mensageiro para Londres cedo esta
manhã. Ele está levando uma carta para o meu solicitor23 e outra para o Times, anunciando que eu
adquiri a mina. Enquanto o Sr. Banks começa a papelada para registrar a aquisição de Gwenellyn,
estou esperando que o anúncio no jornal evite qualquer venda de ações.
Mark anuiu com a cabeça.
—Você sabe que Benchley vai contestar a sua propriedade.
Matthew endureceu.
—Ele terá que me processar então, e seria melhor que ele se apresse. Enviei uma terceira
carta para o Sr. Penworthy, um dos gerentes da GEFO. Eu o instruí para ir à Gwenellyn pegar os
livros, e ver o imediato carregando de carvão as máquinas da GEFO.
Mark sorriu enquanto o estudava por um momento.
23
Solicitor - na Inglaterra e País de Gales - membro do ramo da advocacia, cujos serviços consistem em aconselhar os
clientes, representando-os perante os tribunais inferiores, e em casos de preparação para que seus advogados entrem
nos tribunais superiores.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
—Você me disse que não quer a minha ajuda. Mas se você precisar de um investidor para a
sua mina, estou aqui.
Matthew anuiu com a cabeça e forçou os ombros a relaxarem.
—Obrigado. Sei pouco sobre isto, além de saber que é grande o suficiente para sustentar
uma aldeia. Saberei mais quando vir o livro-razão.
Erguendo a faca e o garfo, Matthew retornou a sua comida. Ele não podia evitar e sentia
excitação sobre os prospectos adiante. Os donos de ferrovia estavam à mercê dos donos de minas
por muito tempo. Ele iria mudar isto.
Mastigando sua salsicha, Matthew assistiu Mark beber seu café. Desde que havia se casado
com Passion, o rosto do irmão havia perdido a extremidade dura e a careta perpétua. Ele parecia
em paz, e feliz. O amor de Passion era bom para ele.
Matthew empurrou a invejou que se ergueu nele.
—Como a biblioteca está indo?
—Eles estão limpando o local. O edifício começará na primavera.
—Qual é a sensação de ser o arquiteto da próxima Biblioteca Nacional?
—Soberba. Especialmente já que a minha presença no local não será exigida até depois do
bebê nascer. — Os olhos de Mark suavizaram. —Quero estar com Passion quando a hora chegar.
—Ah, sim. — Matthew pegou outro pedaço de salsicha. O irmão tinha tudo o que um
homem podia querer - seu bom nome, sua honra, seu lugar no mundo, e uma mulher que fazia
com que tudo valesse a pena - uma mulher que o amava, estimava e carregava sua criança.
Matthew olhou fixamente abaixo em seu prato. Ele de repente teve a visão de Patience com
sua barriga cheia e redonda. O coração dele saltou. Ele sempre havia desejado filhos - filhos dele, e
uma esposa. Antes do escândalo, o papel de marido e pai tinha sido uma parte enorme de como
ele pressentia sua vida. Mas o que havia agora - quando o único nome que ele tinha a oferecer era
um roubado?
—Ela estava linda ontem à noite, não estava?— Mark perguntou suavemente.
Sim. Matthew deu uma olhada rápida para cima.
—Passion? Sim, ela estava. — Ele soltou o guardanapo na mesa. —Minha adorável cunhada
parece estar graciosamente bem.
—Sim, está. — Mark ergueu uma sobrancelha. —Mas diga-me, como está a minha linda
cunhada?
Matthew se lembrou de Patience quando a deixou - adormecida, os cachos brilhantes
derramando através do travesseiro e um braço gracioso curvado sensualmente sobre a cabeça. O
peito dele apertou. Ele a queria.
—Ela está magnificamente bem.
Mark curvou as mãos ao redor de sua xícara e escorou os pés na escrivaninha de Matthew.
—Ela é uma beleza. Montrose está louco por ela. Mas, francamente, há muitos que a
querem.
Matthew olhou para o irmão e uma forte possessividade abasteceu seu desejo.
— Ninguém pode tê-la.
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—Quando você tomou a Passion atrás do biombo no Palácio de Cristal24, sem a ideia de
quem ela era ou aonde isso levaria - por que fez isto? Você nunca havia feito qualquer coisa do
tipo antes.
—Po ue…à— O olhar de Mark ficou perdido em pensamentos. —Porque no momento em
que eu a toquei, no momento em que a cheirei e senti, eu a queria - mais do que jamais quis
alguém. — Ele pausou. —Eu não podia nem ver seu rosto a princípio. Mas ela olhou para mim, e
foi como se o mundo tivesse parado de girar. — Ele ficou quieto por um longo momento antes de
olhar para Matthew. —Eu tentei ir embora. Eu fui embora. Mas não pude me afastar. — Ele agitou
a cabeça. —Eu tive que tê-la.
—Exatamente. — Matthew soltou seu guardanapo na escrivaninha à medida que ficava de
pé. —Agora, se você me dá licença.
Ele quase tinha chegado à porta quando a voz do irmão o fez parar.
—Eu sei que você quer o amor dela, Matt. Talvez, você até saiba como consegui-lo. Mas
você apenas o manterá se a amar em retorno.
Amor. Matthew ficou tenso. Ele odiava que a palavra ainda o chamasse mais poderosamente
do que nunca.
Girando sobre os calcanhares, ele olhou fixamente para o irmão enquanto ressentimento
bravo corria por ele.
—Sabe, apesar do fato da deserção dos Benchleys terem abastecido a minha ruína social, eu
não sinto o fato de Rosalind ter cortado relações comigo. De fato, sou agradecido a ela – a ela e
seu odioso pai. O abandono dela me poupou de um casamento que eu teria abominado com o
tempo. E a rejeição fria dele me mostrou o que a tola ilusão do amor me causou. — A mandíbula
dele cerrou. —Amor? O amor não é para mim. — Não importa o quanto Patience me tente! —Não
fale sobre isto. — Ele se voltou para a porta.
—Por quê? Você não acha que é merecedor dele?
Matthew congelou e uma ira fervente o queimou enquanto ele lentamente enfrentava o
irmão.
—Foda-se.
Mark ergueu uma sobrancelha escura.
—Ah, vejo que toquei a verdade.
O corpo de Matthew começou a agitar, e ele olhou fixamente para o irmão através do
vermelho de sua fúria.
—Como ousa falar de mérito! Você, que tem tudo - nome, fortuna, lugar na sociedade. Você,
que sempre desdenhou do amor, mas agora tem tanto que pode se afogar nele!— Matthew
friccionou os dentes enquanto uma dor afiada apunhalava suas entranhas e deixava um amargor
em seu despertar. —Você, que, até quando éramos meninos, teve o amor bom e nobre do pai em
24
Palácio de Cristal - enorme construção em ferro fundido e vidro, erguido no Hyde Park, em Londres, para albergar a
Grande Exposição de 1851. Depois da exposição, o edifício foi trasladado para um novo parque numa zona mais alta,
saudável e rica de Londres chamada Sydenham Hill, onde permaneceu até à sua destruição, por um incêndio, em
1936.
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nossa casa. Você sabe qual é a verdade Mark? A verdade é que você sempre foi a pessoa que teve
tudo o que valia a pena.
Mark ficou de pé, uma careta profunda marcando a sobrancelha.
—O mérito não é medido por nome ou fortuna, Matt. O mérito é medido por honestidade
de caráter, decência, nobreza e a vontade de amar. Você me ensinou isso - você e Passion.
Matthew cerrou as mãos em punhos.
—Sim, foi fácil eu dizer quando ainda tinha o meu nome e a minha fortuna. E é fácil para
você dizer agora, não é? Ainda possuindo tudo isso.
Mark olhou fixamente para ele.
—Sim. Mas isso não torna isto menos verdadeiro. — Ele deu um passo. —Quero que você
seja muito feliz, Matt. Se Patience é a certa para você, quero que você a tenha e seja muito feliz.
— Ele agitou a cabeça. —Mas se você se recusar a amar, eventualmente a perderá.
—Chega!— Matthew girou e abriu a porta com força. —Eu não preciso amá-la para dominá-
la. E eu a dominarei!
O estrondo da porta tremeu os quadros nas paredes.
***
— Oàdis ípuloà oàest àa i aàdoà est e, nem o servo acima do seu senhor. Para o discípulo
astaà se à o oà oà seuà est e,à eà pa aà oà se oà se à o oà oà seuà se ho .à — Patience ficou tensa e
saltou para o versículo vinte e seis. — N oàte haisà edoàdeles,àpoisà oàh à adaàdeàes o didoà
que não venha a se à e elado,àeà oàe isteà adaàdeào ultoà ueà oà e haàaàse à o he ido 25. — ela
olhava para a irmã enquanto fechava a Bíblia. —O Evangelho de acordo com São Mateus.
Enquanto utilizava sua tela, Passion deu uma olhada rápida para ela.
—Como Cristo com seus discípulos, nós não devíamos temer o desdém e perseguição dos
outros que não entendem o que fazemos. Devemos simplesmente obedecer ao nosso Mestre e
servi-lo como ele nos guiar. Nisso está a salvação - não apenas a nossa própria, mas a salvação dos
outros.
Patience estudou a irmã. Meio sentada em um tamborete alto enquanto trabalhava, o longo
cabelo vermelho de Passion caía sobre o roupão verde pálido. Ela parecia linda e à vontade. E não
podia saber quais lugares suas palavras tocaram.
—Por que você escolheu este capítulo hoje?— Patience perguntou.
Passion continuou desenhando.
—Vi que você deixou o baile com Matthew.
O coração de Patience de repente começou a correr. A irmã a proibiria de dar sua atenção a
Matthew?
—Sim.
—E, tarde da noite, seu quarto estava vazio.
—Sim— Patience respirou.
25
São Mateus - 10:24-25-26.
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—Depois do Henri— Patience a interrompeu—eu ainda me deixei aberta a amar. Você sabe
que eu fiz isso. Deus, quantos pretendentes e propostas de casamento eu recebi?— Ela agitou a
cabeça. —Há horas em que as pessoas percebem que estão na direção errada. E assim que eu
desisti dessa indagação, me senti livre. Posso me dar inteira ao meu instrumento, e tenho sido
contente e feliz com a minha decisão.
—Você é feliz desde então? Ainda está feliz?— Um pequeno franzir marcou a sobrancelha
de Passion. —Você nunca me diz isso.
—Sim, estou.
—Não. — Passion agitou a cabeça. —Não, você não está.
—Bem, o que se há para dizer? Se eu não estivesse feliz com a minha decisão, não a teria
feito. E se não estivesse feliz com a minha vida, estaria vivendo-a de forma diferente.
Passion a considerou por um longo momento. —Só que você não parece feliz - não
verdadeiramente. Não, há muito tempo. E culpo Henri por isto.
Patience olhou fixamente para a irmã. —Você o culpa? —Ele não é o único que deve ser
culpado. Os olhos dela de repente abaixaram enquanto ela colocava o violoncelo e o arco de lado.
Uma dor funda pulsou em seu coração - a mesma dor do sonho.
Ela odiava esta discussão. Ela odiava o que ela estava inspirando. E odiava pensar em sua
tolice de adolescente. Ela olhou fixamente para a seda da saia violeta que usava.
—Por que nós devemos continuar falando do Henri? Pensei que esta conversa era sobre o
Matthew.
—Oh, bem, sinto muito. — Passion se moveu em direção a ela, e então Patience foi forçada
a examinar os olhos da irmã enquanto Passion erguia o queixo dela. —Sei que você está
acostumada a fazer seu próprio caminho na vida, e a segui-lo sozinha. Sei que você é forte, e sei
que pode tomar suas próprias decisões. — O dedo polegar da irmã deslizou suave contra a
bochecha de Patience. —Eu só... eu amo você, e não quero que nada dê errado. E você sabe o
ueàoàpapaiàse p eàdiz,à ua doàasàleisàdeàDeusàs oà ue adas... .à
— Oà u doà sof e .à — Patience terminou a oração que era o refrão regular do pai. Ela
apertou a mão de Passion e abaixou os olhos. Ela se sentia triste, e nem sabia o porquê. Ela
desejava que Matthew estivesse por perto. Onde ele estava?
Ela deslizou o dedo pelos ossos atrás da mão da irmã.
—Sei que este caso parece mal resolvido. Parece muito para mim, também. Mas também
posso te dizer que foi inevitável. Como você disse, existe algo entre Matthew e eu - algo que não
podemos evitar ou negar.
—É isso o que é, um caso?
De repente a palavra soou errada. Patience procurou por outra, mas nenhum veio à mente.
Tudo o que ela podia pensar era na luxúria escura de seus olhos, as mãos fortes, inflexíveis - e a
manteiga gravada e a marmelada. Ela olhou para a irmã.
—Eu não sei o que é. — Ela agitou a cabeça. —Mas o que você nos faria resolver? Casar para
o propósito exclusivo de descobrir? Eu não o amo, nem ele a mim. E prefiro cometer o pecado da
fornicação a sujar o sacramento do casamento com uma mentira.
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Passion a estudou por um longo momento e então alisou a própria mão sobre a barriga
arredondada.
—Sabe, papai nunca me perdoará se você retornar para casa se parecendo comigo.
Patience tocou a barriga da irmã e, pelo mais breve momento, desejou não ter negado sua
virgindade a Matthew. Mas tão depressa quanto o pensamento veio, ela o afastou.
—Não vou deixar que aconteça. — Ela se permitiu um pequeno sorriso. —Como você está
ciente, há outras estradas para o prazer.
O sorriso de Passion era suave.
—Ele a agrada então?
Patience ficou vermelha com a escolha das palavras de Passion. A pele formigou enquanto
ela pensava sobre Matthew - o gosto dele, a luxúria selvagem no olhar enquanto ele a forçava a
ter sua segundo liberação. Ela se sentiu aquecer enquanto erguia os olhos para a irmã.
—Ele me agrada maravilhosamente.
Passion empurrou um cacho perdido para trás da testa de Patience.
—Então obedeça ao seu coração, seja como o seu lorde deseja, e não fique intimidada pelas
dúvidas dos outros. — Passion puxou-a para perto.
Patience descansou a bochecha contra a barriga cheia da irmã e suspirou enquanto as
tensões aliviavam.
—Eu amo você, querida. — A voz suave de Passion acariciou o coração de Patience. —Estou
aqui se você precisar de mim.
Os olhos de Patience arderam novamente, e então ela os fechou. Era tão raro que ela se
deixasse ficar no abraço da irmã mais velha. Houve um tempo em que elas tinham sido
inseparáveis. Mas tinha sido há muito, muito tempo atrás. Antes da...
—Meninas! Onde vocês estão?— A voz familiar, mas nada harmoniosa da tia veio da sala
contígua.
Patience recuou da irmã com susto.
Passion sorriu.
—Ela chegou esta manhã - um dia antes, como sempre. Você ainda vai partir com ela daqui a
duas semanas?
Londres e seu novo treinamento de música a levariam para longe de Matthew. Ela engoliu o
remorso que se erguia nela.
—Claro que ainda vou partir com ela. — Ficando de pé, ela se apressou para a porta. —Tia
Matty!
Patience sorriu enquanto a irmã mais velha de seu pai, Mathilda Dare, se apressava adiante
com os braços estendidos. Seu chapéu de renda tremulou e as bochechas rechonchudas
balançaram. Ela tomou Patience no abraço com uma força que era sempre um pouco inesperada
de uma mulher de sua idade.
—Olhe para você!— Tia Matty exclamou, segurando-a a distância de um braço. —Bom Deus,
os cavalheiros devem estar se atropelando para chegarem a você, minha querida. — Ela olhou
para Passion. —Não é, Passion? Eles devem ficar selvagens por ela.
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Patience
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Passion sorriu cheia de remorso enquanto despejava uma xícara de chá para a tia.
—Temo que seja verdade. — Ela olhou para Patience. —No baile, vários cavalheiros e lordes
perguntaram por você, querida. E o Lorde Montrose parece particularmente cativado.
Tia Matty sorriu amplamente excitada e bateu levemente no braço de Patience enquanto
elas cruzaram o lugar.
—Isso, como imaginei!
—Claro— Passion continuou, —disse a eles tudo que você estava completamente dedicada a
sua solteirice, e que eles não precisavam aborrecê-la com propostas inúteis.
Tia Matty apertou a mão ao peito com uma arfada.
—Que horror, você disse isso?
Patience permutou um sorriso largo com a irmã.
—E por que não deveria, Tia Matty? É a verdade, afinal.
—Oh!— Tia Matty sentou-se na mesa de chá. —Não comece, Patience. Eu apenas acabei de
chegar. É extremamente cedo para você começar a me irritar.
Patience conteve um sorriso e deu um beijo na testa da tia.
—E não tente me amaciar com afeto. — Tia Matty mexeu o chá vigorosamente enquanto
Patience e Passion tomavam suas cadeiras. —Diga a ela, Passion. Alguém simplesmente precisa
dizer a ela. Oh, muito bem, eu direi. — Ela parou e girou para Patience. —Patience, minha querida,
você está passando da hora.
—Estou?— Patience bebericou seu chá.
—Sim, temo que esteja. E se algo não for feito logo, você se vai transformar em... Bem, vai
se transformar em um pêssego podre.
Patience se engasgou com o chá enquanto Passion ria atrás da mão.
Tia Matty recuou.
—Não é hora para rir. Você quer se transformar em um pêssego podre?
Patience ofegou e tentou não rir.
—Be ,à o.àMas…à e …à o à u aàseà asou,àTiaàMatt .àEà o à oàpa e eà adaà o àu à
pêssego podre para mim.
Passion fez um barulho amortizado enquanto os olhos moviam para a tia.
Os olhos de Tia Matty estreitaram.
—Não tente desviar a atenção de você, Patience. Claro que eu não sou um pêssego podre.
— Ela sacudiu um dedo. —Mas isto é porque eu nunca fui um pêssego para começar. Você, por
outro lado, é totalmente pêssego. — Ela anuiu com a cabeça como se tivesse dito tudo e em
seguida bebericou seu chá.
Patience permutou um olhar confuso com Passion, que ergueu as sobrancelhas e agitou a
cabeça.
—Além disso— Tia Matty continuou enquanto abaixava sua xícara—você tem uma
responsabilidade com a nossa grande nação de gerar crianças.
—Tenho?
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—Eu cantei seus elogios, minha querida. Cataloguei a sua beleza, observei casualmente seu
talento culinário com bolinhos, e o informei de sua caligrafia verdadeiramente notável. Oh, e disse
por alto que você rejeitou um número vasto de propostas de casamento, que agora que a sua irmã
era uma condessa você iria, sem dúvida, ficar atolada com pedidos mais merecedores de sua
consideração.
Patience sentiu o rosto incendiar.
—Isto é tudo, espero?
—Bem, não. Eu sugeri que se ele estivesse procurando por uma esposa, devesse pedi-la
imediatamente antes de perder a chance.
Patience gemeu e cobriu o rosto com as mãos.
—Bem não se preocupe minha querida — Tia Matty bateu levemente no braço dela—que eu
não disse uma palavra - nenhuma - sobre pêssego podre.
Patience puxou o roupão e foi apressada para a câmara de banho junta ao quarto. Uma
arfada surpresa escapou, e ela fechou o vestido enquanto registrava uma figura escura na cadeira
diante do fogo. Matthew!
Relaxado e com as pernas fixas bem separadas, ele se debruçava contra um braço da
cadeira, a cabeça sustentada na mão. Um copo com conhaque oscilava nos dedos de sua outra
mão. Os olhos escuros e bonitos a cativaram. Ela viu admiração neles - e desejo.
O coração deu um pulo e então começou a bater forte.
—Mande a empregada embora. — A voz era baixa, porém firme.
A pele de Patience aqueceu.
—Masàeuàp e isoà eà esti àpa a…à— a voz dela enfraqueceu com o abaixar das sobrancelhas
dele.
—Mande a empregada embora. — Ele repetiu o comando lentamente, enunciando bem
cada palavra.
Patience estremeceu embora não estivesse com frio. Movendo-se depressa para a porta, ela
abriu-a apenas metade e liberou sua empregada. Depois que a menina fez uma mesura e se foi,
Patience fechou a porta e a trancou. Ela girou para enfrentar Matthew. A pele formigava enquanto
ela se debruçava contra a porta e encontrava o seu olhar lindo e sombrio.
—Como você entrou aqui?— Ela perguntou. —A porta estava trancada.
Ele deixou o conhaque na mesinha ao lado da cadeira.
—Minha presença a ofende?
—Não. — Ela estava esperando por ele o dia todo!
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—Há um painel escondido na parede logo atrás de mim. Fica atrás da tapeçaria na frente do
meu quarto. Se você não quiser que eu a use, pode fechar apertando o cupido esculpido no
mantel da lareira. — Ele pausou. —Você a fechará?
Ela fecharia? Por que faria isso quando o queria tanto?
—Não, não creio que eu vá fechá-la.
Ele esticou as mãos e ajeitou sua calça comprida.
—Venha, Patience.
A respiração dela acelerou com excitação, e ela pausou apenas um momento antes de ir até
ele.
—Mais perto.
Ela parou a apenas um ou dois passos diante dele. Dando um passo, e então outro, ela parou
novamente quando estava de pé no v das pernas abertas dele. Sentindo-se corajosa, ela olhou
para ele abaixo. O ouro em seu cabelo refletia na luz do fogo.
—Tire o seu roupão e ponha os braços ao lado do corpo— ele ordenou.
Oh, Deus. O clitóris dela pulsava com excitação, a ousadia dela imediatamente atingiu uma
nota. Por que essa simples diretiva era tão difícil? Depois de ontem à noite, deveria ser fácil. Ainda
assim, não era. E ele não oferecia a ela nenhuma palavra gentil para deixá-la à vontade.
Forçando os braços a se moverem, ela lentamente deixou o tecido aveludado cor de creme
descer pelos ombros. Bateu suavemente aos seus pés. Patience cerrou a mandíbula enquanto
apertava as mãos relutantes ao lado do corpo contra as coxas.
Ela podia ver a subida e descida do próprio tórax enquanto olhava Matthew abaixo. As
narinas chamejavam enquanto os olhos se moviam sobre ela. Embaixo de seu escrutínio intenso,
os mamilos dela endureceram e a boceta ficou trêmula.
Ele deslizou os dedos na língua e, debruçando-se adiante, deslizou-os entre as pernas dela.
Patience ofegou e estremeceu enquanto ele vigorosamente a esfregava. Ela podia sentir a
umidade morna do próprio corpo enquanto ele alcançava entre as dobras e tocava a abertura de
sua vulva. Então ele moveu a mão adiante novamente, os dedos lisos manipulando depressa o
broto inchando.
Patience puxou a respiração e gemeu. Ela havia ansiado por isto o dia todo - ansiado por ele
o dia todo. Ela agarrou os ombros largos dele, prendendo para suporte. Os dedos dele se
moveram em círculos mais e mais apertados. O sangue corria apressado. Ele olhou para ela e ela
estremeceu com desejo com a ferocidade escura de seus olhos. Mais e mais rápido ele a acariciou.
Ela ficou tens e as coxas tremiam. Afinal. Afinal! Os olhos dele estreitaram. Os quadris dela
empurraram. Mais um pouco!
E então ele tirou a mão dela.
Patience ofegou e sufocou de volta um grito. Ela nem mesmo havia percebido que havia
movido as mãos para entre as pernas até que ele as agarrou e segurou-as contra as laterais de seu
corpo. Ela olhou para ele abaixo com os olhos de repente embaçados enquanto o clitóris pulsava
desesperado com tenacidade excruciante.
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Por que ela não sentia nenhuma ira? O corpo estava clamando por realização, ainda assim
ela sentia apenas ardor enquanto olhava para ele - ele, que estava prevenindo seu prazer.
Não, não prevenindo seu prazer - prevenindo a culminação de seu prazer.
O olhar dele suavizou enquanto ele ficava de pé. Vetiver flutuou no ar. Patience se debruçou
para perto, e as mãos dele se moveram novamente para as dela, segurando-as contra ela. Sem
mostrar oposição, ela apertou os quadris contra o cume duro da ereção dele enquanto ela erguia a
boca trêmula para a dele. Ele a daria a liberação - seguramente que ele iria.
Apertando os pulsos, ele colocou os braços ao redor dela e a segurou cativa com as mãos
contra as costas enquanto ele a beijava suavemente. Patience se debruçou nele. Os beijos suaves
apenas abanaram seu fogo. Se ele apenas a beijasse mais profundamente. Ofegando, ela
continuou a se esfregar contra a força espessa de seu pau.
Ele ergueu a boca apenas acima da dela.
—Isso— ele respirou. —Agora, da próxima vez que eu te disser para você mandar a sua
empregada para longe - da próxima vez que eu te disser para fazer qualquer coisa - espero a sua
obediência imediata.
Sim, claro. Patience suspirou enquanto ele deslizava os lábios ligeiramente contra os dela.
—Sim, Matthew— ele a iniciou, enquanto soltava suas mãos. —Diga, sim Matthew.
Patience levou os braços ao redor do pescoço dele e ficou na ponta dos pés.
—Sim, Matthew— ela disse contra os lábios dele.
Os braços a esmagaram contra ele e a língua empurrou profundamente em sua boca aberta.
Patience se curvou contra ele e deu seu próprio abraço apertado. Ela sentiu a mão dele deslizar
sobre seu traseiro e apertá-lo firmemente. Então os quadris balançaram em direção a ela e ele
empurrou o pênis contra ela enquanto varria a língua sobre seus dentes. Gemendo com desejo,
ela se ergueu contra ele - quase subindo em seu corpo enquanto curvava uma das pernas ao redor
de seu quadril.
Ela o sentiu tremer e então sentiu a mão morna sob a curva de sua coxa. Mas apenas
quando ela pensou que ele poderia finalmente estar além da restrição, a mão caiu longe e, indo
para trás, ele a separou firmemente dele.
Os olhos estavam escuros com paixão, mas enquanto ela olhava fixamente para ele via que o
resto de suas feições estava tranquila, composta. A respiração diminuiu de velocidade, e quando
ele soltou uma respiração profunda até o calor do olhar diminuiu. Mais um momento e ele a
considerou com controle sereno.
—Venha agora— ele disse casualmente. —É hora de se vestir para o jantar.
Ela olhou para ele em descrença, sem palavras. Mas ele apenas se aproximou e, colocando a
mão contra as costas dela, empurrou-a em direção ao armário dela.
A cada passo que ela dava, o clitóris pulsava. Torturava-aà eà ai daà assi …à aà se saç oà e aà
doce. Ela deu uma olhada rápida para Matthew. A expressão parecia ainda mais relaxada, e ela
ficou maravilhada com o controle dele.
Uma vez no quarto de vestir, Matthew acariciou o traseiro dela antes de girá-la para
enfrentá-lo. Olhando diretamente nos olhos dele, ela podia ver que um fogo ainda queimava sem
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Patience
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chamas lá, apenas contido. A voz dele era baixa, porém firme. —Agora, seja boa e mantenha as
mãos no lado do corpo. Se não fizer isso, devo castigá-la novamente.
A batida do coração de Patience acelerou. Ela tinha pensado em se tocar apenas para ver o
que ele faria - mas ela já estava dolorida entre as pernas e pensou melhor. Além disso, ela estava
curiosa para saber o que conseguiria com sua obediência.
—Sim, Matthew.
Ele anuiu com a cabeça em aprovação.
Ela o assistiu cruzar para a cama onde todos os seus artigos de vestuário já estavam
dispostos. Enquanto ele examinava as coisas dela, ela admirou sua ereção formidável. Fazia uma
barraca na calça comprida, mas ele parecia contente em desconsiderá-la. Será que atormentava
tanto quanto o clitóris inchado e atormentado? Ela engoliu enquanto se lembrava da sensação da
cabeça lisa em sua boca. Como ela queria tocá-la e saboreá-la novamente...
Patience deixou o olhar vagar sobre ele enquanto ele erguia as meias-calças de seda e ligas.
O peito apertou e o útero ficou pesado enquanto ela estudava seu perfil. Ele era tão bonito - as
feições lindas em ternura, e ferozes em luxúria. E, sempre, havia a intensidade escura de sua
consideração, como se ele estivesse tentando perceber cada pensamento e desejo dela.
Jogando as ligas e uma de suas meias-calças sobre o ombro, ele pegou a outra meia-calça
com os dedos enquanto se voltava para ela.
—Sente-se. — ele disse suavemente enquanto se ajoelhava diante dela.
Patience pausou brevemente. Ela estava acostumada a fazer a maioria das coisas sozinha.
Até a empregada que ela utilizava era para apenas apertar os laços e endireitar o quarto.
Mas ela não podia resistir. Então, sentando em seu tamborete em frente à penteadeira, ela
ergueu o pé. Com uma facilidade que sugeria prática, ele deslizou a meia na perna, alisando-a
posteriormente com as mãos.
Patience fez uma careta enquanto ele colocava a segunda. Quantas vezes ele havia se
ajoelhado aos pés de uma mulher para ajudá-la a se vestir? Ele tinha feito isso com Rosalind?
Um pouco de ciúme correu por ela. O que importava? Não deveria importar.
Ainda assim importava.
—Matthew?
—Sim?— Ele deslizou a meia-calça sobre os dedos dela.
—Qua tas…?àQue oàdize à o à ueàf e u iaà o àfaz…?—Ela não sabia como dizer.
Ele ergueu os olhos para ela e eles eram suaves.
Patience se sentiu corando.
—Bem, quero dizer quantas damas você...
—Não importa— ele a interrompeu suavemente. —Qualquer uma antes foi simplesmente
um prelúdio para você - uma preparação necessária para a magnificência que você é. — Os lindos
olhos a seguraram. —Nunca questione se eu a estimo acima de todas as outras, Patience. — Ele
bateu levemente na canela dela. —Agora fique de pé.
Patience olhou fixamente para ele abaixo por um momento antes de ficar lentamente de pé
com as pernas trêmulas. Ele tinha um modo de dizer as coisas mais espantosas quando ela menos
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Patience
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esperava. O estômago tremulava. Ela normalmente não apreciava elogios, mas isso era diferente.
Tais palavras, tão facilmente faladas, faziam com que ela sentisse algo suave e indescritível.
Orgulho e - talvez, felicidade?
Ela deslizou uma mão pelo cabelo espesso dele enquanto ele amarrava suas ligas. Os olhos
fecharam por um momento enquanto ela descia pela curva de sua orelha, então ele pousou a
boca na palma da mão dela e a beijou antes de se erguer.
Ele apertou suavemente os braços dela de novo contra a lateral do corpo. Deus, ela queria
tocá-lo - em todos os lugares. De pé diante dela, os olhos se moveram sobre as feições dela e
então desceram para seus seios. Patience retraiu a respiração e os mamilos apertaram. Sem
pensar, ela recuou os ombros e ergueu o peito. No momento seguinte, ela percebeu o que havia
feito e corou com embaraço. Mas apesar de seu desconforto, ela almejava tanto o toque dele que
segurou a postura erguida.
Os olhos de Matthew escureceram e um pequeno sorriso brotou em sua boca.
—Ah, isto é adorável. Essa é exatamente a resposta que quero de você, Patience. — Ele
deslizou as costas dos dedos sobre os mamilos duros e ela ofegou enquanto ele os comprimia
firmemente. —Você sempre deve demonstrar os seus desejos para mim desse modo, e se me
agradar, devo premiá-la.
Patience mordeu o lábio enquanto ele rolava seus mamilos entre os dedos. Era tão bom que
ela jogou os ombros mais para trás, pedindo mais. No momento seguinte ela puxou a respiração
enquanto ele dava três leves bofetões no mamilo direito e mais três no esquerdo. Uma sensação
ue teàdeàp aze àeàdo àe àpa tesàiguaisàaàto a a àeàaà o etaàe heuàd gua.àE t eta toàeleàseà
virou, e ela expeliu a respiração em uma arfada de desapontamento.
Matthew falou enquanto seguia até a cama dela.
—Da mesma maneira que você reagiu um momento atrás, você será ensinada a reagir todas
as horas a qualquer prazer que eu exija. — Ele ergueu as pantalonas dela. —E nada mais disso. Sua
boceta e seu traseiro devem ser acessíveis a mim a toda hora. — Ele jogou a peça de roupa de
lado e ergueu o chemise dela e o colete. —Você aprenderá a viver em um estado de prontidão
sensual apenas para mim. — Ele a segurou com seu olhar poderoso enquanto retornava a ela e
deixava suas coisas no tamborete. —Para isso é necessário treino e disposição. Mas não tenha
medo, serei completamente dedicado à sua educação.
Por que esta noção a excitava e confortava?
—Mas por que eu devo aprender isto?
Os olhos dele se moveram lentamente sobre as feições dela.
—Porque isso me dará prazer. — Ele tocou um dos longos cachos dela. —Mas, será
igualmente importante, porque vai te dar prazer. É essencial para a sua felicidade e realização,
Patience. Há uma parte forte em você que quer se submeter e obedecer. Uma parte de você que
gostaria que tudo não fosse tão fácil - tão atingível por sua própria vontade. Uma parte de você
que almeja ter um ombro mais forte do que o seu para se apoiar.
A garganta de Patience apertou e lágrimas brotaram de repente em seus olhos.
—Sim— ela sussurrou.
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A pele dela formigou e a mente começou a correr. Quanto mais agudo seu prazer poderia
ficar? Deixe-o tentá-la e recompensá-la agora. Ela mal podia esperar!
Patience ofegou enquanto ele comprimia a carne dura e espessada antes de finalmente
soltá-la. Ela deu uma olhada rápida abaixo para os mamilos expandidos. Os seios estavam pesados
e cheios e a boceta doía como se cada veia lá tivesse sido cheia. Ela pairava em algum pináculo
luxuriante de sensação. Era como se equilibrar em um precipício - terrível e maravilhoso ao
mesmo tempo.
Matthew ergueu o corselete dela.
—Erga os braços, minha bela.
Patience fez como ele pediu, e apreciou uma corrida de prazer em sua estima.
Colocando o corselete ao redor da cintura, ele prendeu os ganchos e olhou abaixo do painel
dianteiro. Enquanto ele o fazia, ela não podia evitar e olhou fixamente para a ereção dele, que
agora erguia a barraca de sua calça comprida a um grau de extremo. Apenas olhar fazia com que a
boca enchesse de água e a vulva ficasse empapada. Se apenas ela pudesse sentir a espessura
carnosa contra a língua. Ela ficou trêmula enquanto o clitóris pulsava com o pensamento.
—Vá para o suporte da cama— ele a ordenou suavemente.
Patience foi, luxuriada com o pulsar de prazer que vinha com cada passo. Ela podia sentir a
umidade lisa molhando as coxas. Deixando as pernas um pouco separadas, ela agarrou o suporte
da cama e sentiu as mãos de Matthew pegando as tiras. Com alguns puxões fortes, os espartilhos
estavam abraçando o torso com uma sensação confortável.
Quando ele se aproximou, ela sentiu o calor de seu corpo e o cutucar de sua ereção atrás
dela.
—Bom?— Ele murmurou na orelha dela. A respiração enviou um calafrio sobre a pele.
—Sim.
Ele acariciou o traseiro dela través do chemise e então tomou um momento para massageá-
lo firmemente. Inclinando a bochecha contra o suporte da cama, Patience curvou as costas com a
sensação maravilhosa do aperto firme dele.
Mas, novamente, ele depressa parou e se moveu para ir buscar a cobertura do corselete.
Patience suspirou exuberantemente. O traseiro formigava, os seios estavam quentes e
cheios, a boceta doía e o clitóris mantinha uma pulsação fixa.
—Venha, minha bela. — Matthew disse baixo.
Patience se moveu para ele e pôs os braços pela roupa delicadamente bordada. Antes de
fechá-la completamente, ele se curvou para perto e apertou um beijo no canto de sua boca
enquanto deslizava os dedos para dentro do topo do corselete. Patience gemeu e o beijou de volta
enquanto ele mordiscava o lábio e comprimia os mamilos inchados.
Ela empurrou os quadris contra o pênis dele. Tão duro quanto aço, mas, ainda assim,
novamente, ele depressa se retirou. Patience estremeceu. Enquanto ele fechava a cobertura do
corselete, os olhos dela continuaram indo para a ereção magnífica. Ela queria tocá-la pelo menos.
Mas apesar de seguramente ele ter notado onde o olhar dela vagava, não a liberou de qualquer
forma.
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Croquet - ou cróquete é um jogo de recreação, sendo posteriormente transformando-se em esporte, que constitui
em golpear bolas de madeira ou plástico através de arcos encaixados no campo de jogo.
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quadris balançaram para cima enquanto fortes pulsos de desejo estouravam por sua carne
inflamada.
—Deus, o seu clitóris está tão inchado— ele sussurrou. —Olhe para ele, Patience, olhe como
está cheio.
Arquejando, Patience olhou para baixo. Matthew apertou o tecido diáfano de seu chemise
contra ela e, então, ela podia ver o clitóris, rechonchudo e redondo. Ele apertou o dedo
suavemente contra ele e Patience empurrou - primeiro para trás e então adiante.
—Tão linda, Patience— ele sussurrou contra a orelha dela. A outra mão deslizando no topo
de seu corselete. —É assim que eu gosto de vê-lo - cheio e pronto para estourar.
Patience ofegou e moveu os quadris em punhaladas minúsculas enquanto ele continuava
pressionando e acariciando suavemente. Então, estremecendo, ela sufocou de volta um gemido
enquanto ele comprimia seu mamilo firmemente entre os dedos. Ele apertou e rolou o broto
espesso mais e mais duro enquanto ternamente afagava o coração de sua boceta.
A mente dela girou enquanto a sensação penetrante era um tiro no peito diretamente para a
vulva dolorida. Eles estavam conectados - a sensação de um se comunicando com o outro em uma
correnteza rápida de sangue.
—Este estado - este exaltado estado de prontidão voluptuosa - é o que você aprenderá a
manter em todas as horas, Patience. —A voz sussurrada de Matthew foi diretamente à orelha
dela, subjugando qualquer outro pensamento. —Devo ajudá-la, e logo você deverá se mover pelos
dias, fazendo todas as coisas que normalmente preenchem o seu tempo - apenas que você os fará
com o sexo inchado e uma mente pronta.
Sim! Deus, sim! Um tremor imparável começou no corpo de Patience enquanto a pressão
que ele fazia sobre o mamilo ficava aguda. Ela não tinha nenhuma ideia de como tinha erguido as
pernas, mas agora ela as puxava para mais distante enquanto ela erguia os olhos para o espelho.
Ela puxou uma respiração firme com a imagem de Matthew ao redor dela como algum demônio
sombrio e bonito. Enquanto ela o assistia, a língua dele deslizou de sua boca e tocou a curva
exterior de sua orelha. De repente, ela pressentiu grandes asas douradas tremulando em suas
costas - não um demônio, mas um anjo. O anjo dela. E então as pálpebras dela caíram enquanto
ela escutava as palavras sussurradas.
—Hoje à noite, enquanto você janta, seus seios pulsarão e o seu sexo doerá. E enquanto
você sorrir e trocar amabilidades com os outros, estará ciente da fome do seu corpo. Dará prazer
porque você saberá que é o seu estado adequado. Dará prazer porque você sabe que me agrada.
Não é mesmo?
—Sim, Matthew— Patience respirou.
Ele apertou os lábios no pescoço dela, e então foi para longe dela, sustentando os braços
superiores dela de forma que ela não caísse do tamborete. Ela estremeceu e agarrou a
extremidade de sua penteadeira enquanto ele ia buscar a crinolinai e o vestido dela.
Enquanto ele retornava, ela notou uma pequena mancha molhada em sua calça comprida.
Escurecia a parte do tecido de pérola cinza que estava apertada sobre a cabeça de sua ereção.
Saliva enchia sua boca com a visão. Com certeza ele a permitiria saboreá-lo novamente.
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—Estou tão contente por você ter se recuperado de sua enxaqueca, Senhorita Dare. Fiquei
muito desapontado por não ter dançando com você na última noite. Realmente, creio que pelo
menos a metade dos cavalheiros no baile estava bastante apegada a você.
Patience ergueu as saias de seda cor de esmeralda enquanto descia os degraus com Lorde
Farnsby. Os convidados estavam devagar se movendo até o piso principal para jantar. Mas ela mal
os notou enquanto cada passo que dava enviava reverberações deliciosas por seu sexo inchado.
—Sinto muito por tê-lo desapontado, meu lorde.
Patience procurou discretamente pelos ombros largos e o cabelo dourado de Matthew. Ela
queria vê-lo - examinar seus olhos e sentir o toque de seu olhar sombrio e possessivo.
—Bem, você está perdoada, claro. — Farnsby jogou o cabelo fino para trás. —Ah, ali está
Asher. Eu já te disse, Senhorita Dare, que Asher e eu somos primos?
—Não, meu lorde, você não disse.
Patience viu Lorde Asher conversar com outro cavalheiro no pé dos degraus. Mas onde
estava Matthew? Os seios dela estavam pesados. Ele participaria do jantar? Os mamilos estavam
apertados e formigavam. E quanto à soirée musical que viria depois? Ele viria para ouvi-la tocar?
—Ei, Asher!— Farnsby chamou acima do estrondo da multidão. —Olhe com que eu tive a
sorte de esbarrar: a Senhorita Dare.
Erguendo a voz, Farnsby pareceu conseguir a atenção de cada homem na vizinhança
imediata. Os olhos giraram em direção a ela e permaneceram. Realmente, parecia como se a
multidão inteira de machos houvesse dado um passo coletivo em direção a ela de uma vez. Ela
pausou, mas ergueu o queixo. Onde estava Matthew? Com ele, ela se sentia protegida.
Mais alto, mais magro e mais bonito do que o primo, Asher sorriu para ela e estendeu a mão
à medida que a abordava.
—Senhorita Dare, você tornou esta noite radiante. Apesar de eu saber que é quase
impossível, mas está mais bonita hoje do que ontem à noite. — Ele pairou um pouco acima da
mão dela antes de girar para seu companheiro. —Creio que você foi apresentada ao Lorde Fitz Roy
no baile.
Patience sorriu para o homem que também parecia a estar observando atentamente. Apesar
da maioria dos cavalheiros que ela havia conhecido na noite anterior estar obscurecida em sua
memória, ela se lembrava de Lorde Fitz Roy por causa de seu cabelo preto e olhos azuis
extraordinariamente pálidos.
—Boa noite, meu lorde.
—Boa noite, Senhorita Dare— o homem disse lentamente. —Não posso dizer o alívio que é
vê-la. Você está ciente de que há apenas um punhado de damas aqui hoje à noite que pode
reivindicar alguma compreensão de estilo e sutileza?— Fitz Roy ergueu a sobrancelha para um
grupo de jovens mulheres em transcurso dando risadinhas antes de se voltar para Patience. —Que
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pestilência repugnante tomou as mentes das damas para adornarem um único vestido com renda
e passamanaria suficiente para, facilmente, uma dúzia de vestidos? Eu te pergunto—ele gesticulou
para a multidão em geral—você já viu tantas joias nas roupas, laços e adereços brilhantes?
O homem tinha a voz linda, mas falava com uma monotonia entediada que fez Patience
sorrir. Ela anuiu com a cabeça enquanto dava uma olhada rápida ao redor.
—Parece ser uma noite bastante forte para joias nas roupas, laços e adereços brilhantes. —
Ela se voltou para ele. —Pessoalmente, não me importo com um laço ou dois. São as joias nas
roupas e adereços brilhantes que não suporto.
O menor dos sorrisos brotou na boca do homem.
—Bom Deus, Senhorita Dare, você realmente tirou um show de dentes do nosso orgulhoso
Fitz Roy. — Lorde Asher girou para o primo. —Seguramente, esse é um incidente de valor para ser
registrado no seu Jornal de Eventos Extraordinários.
Farnsby anuiu com a cabeça.
—Devo tomar uma nota disto.
—Bem, enquanto está nisto— Lorde Fitz Roy disse lentamente—esteja certo de documentar
o fato de que Lady Humphreys realmente adornou sua forma sem graça com nada menos do que
setecentos e cinquenta e dois babados hoje. Céus, eu mal reconheci a dama em um vestido tão
simples.
Sorridente, Patience deu uma olhada rápida por sobre o ombro enquanto três mulheres
passavam atrás dela. A dama grande no meio usava um vestido com pelo menos uma dúzia de
babados de renda da cintura até o chão, e mais nas mangas. Patience se voltou para seus
companheiros e abaixou a voz.
—Acho que setecentos e cinquenta e dois pode ser um leve exagero, meu lorde.
—Só esta noite, Senhorita Dare. Só esta noite.
Exatamente quando Patience começou a sorrir, ela ouviu a voz inconfundível de uma das
fofoqueiras da noite prévia.
—Hawkmore não sabe que a sua presença é um embaraço? Ninguém sabe o que dizer para
ele. As pessoas pensariam que ele se ausentaria por causa do irmão, pelo menos.
Quando Farnsby começou a falar, Patience o parou com uma mão em seu braço.
—Eu não podia concordar mais— veio a resposta. —O que você me diz de um homem cuja
ilegitimidade é anunciada em cartas - de uma maneira tão escandalosa? E quanto a mãe? Nascida
nobre, mas com os pés na sarjeta. Se a minha mãe se provasse tão baixa e repugnante quanto ela,
nunca mais mostraria meu rosto em público.
Patience sentiu a raiva crescendo enquanto seus companheiros compartilhavam olhares
desconfortáveis. Como estas mulheres ousavam falar de Matthew ou de suas circunstâncias com
tal sarcasmo!
—Bem, ela é a mãe do nosso anfitrião também— disse uma terceira voz.
—Sim, mas ela claramente favoreceu o filho ilegítimo. Como deve ter sido para o jovem
conde tolerar isso por todos esses anos? E então quase para perder o amor de sua vida, tudo para
proteger um irmão bastardo. É injusto, eu te digo.
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Patience
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As mãos de Patience cerraram em suas saias. Fitz Roy deu um passo para ela, mas ela deu
uma sacudida com a cabeça.
—Sim. E o que se diz de um filho de jardineiro que anda em nosso meio como se fosse igual
a nós?
—Vo à diz,à Pe doe-me, mas você pode me dizer como consigo livrar as minhas rosas dos
fu gos? .à
Mais risadinhas.
—Oh, Mildred! Você é uma sem vergonha.
Patience ouviu o suficiente. Em fúria, ela girou em torno da coluna que a separava das
fofocas sórdidas.
—Sim, Mildred, você é uma sem vergonha. Sem vergonha e cruel.
Ela encarou as três damas, que recuaram em surpresa ao vê-la. Elas não eram nada menos
do que Lady Humphreys e suas duas companheiras. As duas pequenas mulheres pareciam
espantadas. Lady Humphreys, que devia ser a Mildred, parecia altiva. Foi a altivez que fez o sangue
de Patience ferver. Usando toda a sua restrição, ela manteve a voz baixa.
—Como ousa? Diga-me, você é uma mulher cristã?
—Claro— Lady Humphreys retrucou.
—Então você se esqueceu das palavras do nosso Senhor?— Quando elas olharam para ela
inexpressivamente, ela tomou um passo para mais perto. —Muito bem, apesar de eu ser apenas a
filha de um vigário comum, devo lembrá-las.à Masàeuà osàdigoà ueàdeàtodaàpala aàf í olaà ueàosà
homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo. Porque por tuas palavras serás justificado e
po à tuasà pala asà se sà o de ado 28. — Patience respirou fundo. —Vocês humilham ninguém
além de si mesmas com sua fofoca maliciosa. Tenho pena de vocês, e vou rezar pela redenção de
suas almas. — Ela começou a se virar, apenas para voltar. —E para que vocês não fiquem tentadas
a não tomarem parte em mais especulações enganadas, digo a vocês que o conde ama seu irmão,
e minha irmã o ama, também. Matthew Hawkmore é bem-vindo nesta casa sempre que escolher
agraciá-la com sua presença.
Apesar de ter tentado manter a voz baixa, Patience percebeu que seu tom chamou a
atenção da vizinhança imediata. Certo. Deixe-os ouvirem.
—E quando forem falar com ele - façam como sempre fizeram. Porque ele é o mesmo
homem que sempre foi.
Enquanto as outras damas ficavam em silêncio atordoado, Lady Humphreys avançou com
um clarão, as saias empurrando contra as de Patience.
—Você sabe com quem está falando, Senhorita Dare?— Ela era uma mulher de tamanho
formidável, e não restava nenhuma dúvida de que estava acostumada a intimidar as pessoas
apenas com sua presença.
Mas Patience era mais alta do que suas irmãs, e olhou fixa e diretamente nos olhos da
mulher mais velha. Recusando a andar para trás, ela ergueu o queixo e as sobrancelhas.
28
São Mateus 12:36-37.
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—Apesar de, claramente, você já saber o meu nome - eu apenas acabei de aprender o seu,
Lady Humphreys.
Os pequenos olhos de Lady Humphreys estreitaram.
—Eu sou a Marquesa de Humphreys, e serei tratada com o respeito que meu título merece.
E a única razão pela qual eu a conheço, Senhorita Dare, é por causa de sua aparência distinta. E
não quero dizer isso como um elogio. — Ela encarou Farnsby e Asher e a pequena multidão de
outros cavalheiros que pausaram atrás de Patience, mas pareceu desculpar Fitz Roy. Ela ergueu o
queixo forte. —Qualquer mulher que é tão constantemente cercada por homens não podem ser
uma mulher de qualidade ou dignidade. Eu tenho pena de você, Senhorita Dare. E tenho pena de
seu cunhado baixo, Sr. Quem-quer-que-seja.
Patience tremeu com fúria.
—Pena de mim? Tenha pena de si mesma. Qualquer mulher que seja tão constantemente
cercada de seu próprio orgulho maligno não pode ser uma mulher de qualquer generosidade ou
decência. E se você for o que exemplifica boa linhagem, então o Sr. Hawkmore deveria se sentir
abençoado por não ser um membro da sua ilustre sociedade. — Patience se debruçou adiante. —
Ele é bom e honrado, e eu agradeceria se você não falasse o nome dele a menos que possa fazer
isso com respeito aos méritos do caráter dele.
O rosto de Lady Humphreys ficou vermelho escuro.
—Respeito? Devo respeitar um homem que na noite passada atacou Lorde Danforth sobre a
mesa de jogo - por malícia e ciúme?
Patience endureceu e sentiu as mãos fechando em punhos. Matthew tinha estado em uma
briga?
—Como a violência é obviamente lamentável, se o meu cunhado atingiu Lorde Danforth,
então Lorde Danforth deve tê-lo provocado para que ele fizesse isso. E quanto a ciúme, que
possível razão meu cunhado poderia ter para ter ciúmes de Lorde Danforth? Na verdade, penso do
modo contrário, o Sr. Hawkmore tem muitos atributos invejáveis.
O tom entediado de Fitz Roy soou ao lado dela.
—Realmente, Lady Humphreys, foi Lorde Danforth quem atacou o Sr. Hawkmore.
Patience ergueu o queixo.
—Isso mesmo, viu.
Lady Humphreys jogou um olhar rápido para Fitz Roy mas caso contrário o ignorou. O lábio
enrolou enquanto ela considerava Patience.
—Talvez você não esteja ciente, Senhorita Dare, que Lorde Danforth acabou de ficar
comprometido com Lady Rosalind Benchley, a ex-noiva de seu cunhado.
Um tremor pequeno, mas resolutamente desagradável moveu pela espinha de Patience.
—E você declara que ele não tem nenhuma razão para ter ciúme? Realmente, Senhorita
Dare, acho que você está sendo um pouco tola. Se há uma coisa que todo mundo sabe, é o quanto
o Sr. Hawkmore era completamente apaixonado, e provavelmente ainda é, por Lady Rosalind.
Lady Rosalind que, posso acrescentar, é uma mulher de beleza elegante e linhagem impecável.
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—Você sabe muito bem que isso não significa nada. Danforth não pode amarrar a própria
gravata, muito menos cuidar de uma das minhas minas. Agora a devolva!
—E por que diabo eu deveria fazer isto?— Ele mal era capaz de sibilar as palavras.
Benchley andou para mais perto e apontou o dedo acusadoramente.
—Porque você me deve!
O calor inundou a cabeça de Matthew enquanto ele se debruçava adiante e plantava as
mãos na mesa.
—Eu devo a você?— Ele repetiu devagar. Os braços tremiam com o esforço de não se jogar
sobre Benchley. —Eu não te devo nada exceto a sola da minha bota.
O rosto do conde ficou avermelhado.
—Seu bastardo! Você sujou a mim e a minha filha com suas mentiras e sua tentativa baixa
de se passar por um homem de sangue puro e nobre. Você nos enredou em seu escândalo
horroroso e então nos envergonhou e embaraçou com sua tentativa de ver Rosalind, mesmo
depois de eu ter dito a você que ela já não queria vê-lo mais!— Ele bateu a palma da mão na
escrivaninha. —E graças a nossa associação com você, na qual embarcamos de boa fé, fomos
manchados a tal grau que agora o único marido que posso conseguir para a minha filha - minha
filha que pode localizar sua linhagem pura e perfeita até o Conquistador30 - é um viciado em jogo
sem dinheiro! E é por isso que você me deve.
Matthew ouviu os documentos ondulando em sua escrivaninha enquanto os dedos
fechavam em punhos. O corpo inteiro estava duro com ira suprimida.
—Nunca menti para você porque nunca soube— ele grunhiu, apertando os dentes. —Mas
apesar desse fato, você me abandonou - adicionando derrisão e insultos ao seu público ao me
denunciar. Você jogou dúvidas sobre mim com as suas mentiras sobre a minha paternidade até
que, estou certo, portas me foram fechadas baseadas somente nisso. E como se não fosse o
suficiente me perseguir pessoal e socialmente, você tem o fel e a vilania de tentar me arruinar
financeiramente também!— Ele moeu as juntas no topo da escrivaninha. —Então, graças a minha
associação com você, na qual eu embarquei de boa fé, sofri perdas decuplas do que teriam sido
sem você!— Matthew ergueu um longo abridor de carta de prata, e com a força cheia do braço o
apunhalou na mesa. —Eu devo a você? Não te devo nada!— Ele rugiu.
As mãos de Benchley cerraram sobre um grande peso de papel de mármore. A respiração
ficou dura e rápida.
—Por que você não devia sofrer financeiramente, seu filho da puta? Eu estou sofrendo!
Danforth está praticamente sem dinheiro, ainda assim é o melhor que posso conseguir para
Rosalind agora. O condado é a única coisa que ele deve trazer para este casamento, mas a
pequena consolação é o título de condessa quando eu tiver que financiar a vida da minha filha
completamente enquanto mantenho o marido jogador dela longe das porras das dívidas!
Matthew recuou. Ele devia deixar Benchley fazer um movimento com aquele peso de papel.
30
Conquistador - Guilherme I, cognominado o Conquistador, foi Duque da Normandia (1035-1087) e Rei da Inglaterra
(1066-1087). Era filho ilegítimo de Roberto I, Duque da Normandia e de Herleva, filha de um senhor local.
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—Perdoe-me se eu não choro por você— Matthew zombou. —Se você tivesse ficado do
meu lado, você e Rosalind teriam o benefício de todo o meu dinheiro. Você escolheu o seu
caminho, agora lide com o que há nele.
Benchley começou a tremer.
—Eu juro, você se arrependerá do dia em que mentiu para mim.
—Eu nunca menti para você!— Matthew berrou.
—Você mentiu! Você sabia!— Os dedos de Benchley embranqueceram em torno do
mármore. —Que homem pode considerar uma criança bastarda - a encarnação da traição de sua
esposa - sem fazer o bastardo sofrer o conhecimento de seu próprio nascimento baixo?— Ele
agitou sua cabeça cinza. —Não. Com a vagabunda da sua mãe como a raiz das coisas - o modo
como ela sempre o favoreceu. Nenhum homem poderia tolerar. Então, não me diga que você
nunca soube.
A fúria de Matthew escalou com a menção de sua mãe. Um músculo teve um espasmo em
seu ombro. Ele odiava ser o filho dele, e ele odiava Benchley por lembrá-lo quem ele era. Ele
cerrou a mandíbula.
—Saia.
—Dê-me de volta o que é meu!
—Vá para o inferno!
Os olhos de Benchley estreitaram para rachas.
—Por Deus, eu vou arruiná-lo.
Matthew se debruçou adiante, o sangue correndo.
—A única ruína a vir será a sua.
—Você se esqueceu?— Benchley puxou de volta, a boca torcendo em um zombar. —Você
não é mais o filho de um conde. E da última vez que eu ouvi, ninguém fará negócios com você.
Arruinar-me? Você não tem os recursos.
O coração de Matthew bateu com uma determinação mortal.
—Eu vou sepultá-lo.
Benchley ergueu o queixo pesado.
—Você acha que eu vou tremer com as ameaças vis de um bastardo desprezível? Elas não
querem dizer nada. Você não quer dizer nada!— Ele andou a passos largos para a porta e abriu-a
antes de olhar de volta por sobre o ombro. —Você está acabado, Hawkmore. Você me ouviu?
Acabado!— A porta bateu atrás dele.
Um silêncio pesado encheu o cômodo.
—Bom, então— Matthew rosnou. —É guerra.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Patience levou o arco através das sequências de seu violoncelo com concentração tranquila.
Elaà to ouà La go à deà Vi aldi31 para o concerto de Inverno. Apesar de a obra ser designada para
violino, ela gostava do som fundo e ressonante no violoncelo.
Enquanto ela tocava, via a música na cabeça - cada nota e deixa aparecia diante dela, uma
levando à próxima. Ela executou cada uma perfeitamente, e cada uma completava a medida do
triunfo. Perfeita e justamente, ela moveu pela obra até o fim. E enquanto ela tocava as últimas
notas, se sentia vitoriosa.
Erguendo a cabeça para o aplauso do público, Patience sorriu para as filas de convidados
que enchiam a grande sala de música. Havia sempre duas facções no meio das pessoas que a
assistiam tocar. Havia aqueles que realmente admiravam música e apreciavam a sua habilidade. E
havia aqueles que vinham apenas para olhar estupidamente porque ela tocava um instrumento
i deli ado à ueàe igiaàaàa e tu aàdeàsuasàpe as.àElaàpodiaà e à aàface de cada convidado qual
caía em qual grupo. Muitas das damas, inclusive a odiosa Lady Humphreys e suas seguidoras,
olhavam para ela com censura mal reprimida. Muitos dos cavalheiros, inclusive Lorde Fenton e os
outros que haviam dançado com ela na noite anterior, olhavam para ela com apenas luxúria
reprimida.
Como ela abominava os olhares astutos que se passavam entre estes denominados lordes e
damas. Ignorando qualquer desdém ou a satisfação do desejo sexual, ela anuiu com a cabeça
apreciativamente para aqueles que mostraram prazer genuíno. Ela sorriu para Mark, Passion e Tia
Matty, que se sentavam juntos na fila dianteira de cadeiras. Seu sorriso alargou enquanto ela via
os Lordes Farnsby e Asher de pé no fundo da sala, batendo palmas entusiasticamente ao lado de
Lorde Fitz Roy, que anuiu com a cabeça e ergueu as mãos enluvadas para três pequenas batidas de
palmas.
Então, afinal, ela achou Matthew. O coração deu um salto. Onde ele tinha estado a noite
toda? Ele estava de pé sozinho, debruçado contra o umbral da porta aberta da sala de música. O
sangue correu apressado e o clitóris pulsou em reconhecimento à sua presença. Ele era
incrivelmente bonito, e usava seu traje de noite como se tivesse nascido nele. Mas, como sempre,
seu olhar fixo sombrio fazia com que a respiração dela acelerasse e seu corpo tremesse.
Ele olhava para ela com orgulho admirado e, de repente, o que qualquer outra pessoa
pensasse não tinha importância. O desdém de certas damas, a obscenidade de certos lordes não
queriam dizer nada. Matthew era o único que importava - ele que a havia amarrado à sua cama de
noite e trazido seu chá de manhã.
No silêncio após o minguar dos aplausos, a voz alta de tia Matty ecoou através da sala.
—Oh olhe, é o Sr. Hawkmore. Por que você não o pede para se juntar a você, minha
querida? Adoro duetos.
31
La go à deà Vi aldià I e o à - As Quatro Estações é um conjunto de concertos para violino de Antonio Vivaldi,
composta em 1723 e é sua obra mais conhecida, está entre as peças mais populares da música barroca. A textura de
cada concerto é variada, assemelhando-se a cada estação respectiva. Por exemplo, "Inverno" é salpicada com notas
staccato, chamando a atenção da chuva gelada. Largo quer dizer que o tempo é muito lento (40-60 bpm).
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Patience ficou branca e olhou para a tia, que havia girado em sua cadeira e estava
gesticulando para Matthew. Patience atirou um olhar de pedido a Passion, mas a irmã enviou a ela
u àolha à ueàdiziaà o-que-posso-faze ? àe ua toàMa kà iaà alada e te.àMu ú iosàe gue a ,àeà
as pessoas deram uma olhada rápida alternadamente entre a tia dela e por sobre seus ombros
para Matthew.
Patience sentiu o sangue correr apressado para as bochechas enquanto via o rir silencioso e
o olhar desacreditado que passava entre muitos dos convidados, inclusive, claro, Lady Humphreys
e seu círculo. Patience ergueu o queixo. A tia dela poderia ser um pouco não sofisticada, mas ela
tinha o coração de puro.
Matthew tomou um passo na sala e a estava olhando cuidadosamente. Patience ficou tensa.
Ela não queria tocar com ele. A última vez em que ela havia tocado com um homem que havia
significado algo para ela, não foi bom. E apesar de ela não amar Matthew, ela definitivamente...
Ela definitivamente o quê?
A voz baixa de Matthew foi através da câmara.
—Obrigado pelo seu entusiasmo, Senhora Dare, mas eu não sonharia em intrometer a
apresentação de sua sobrinha.
Patience pegou Lady Humphreys erguendo as sobrancelhas altivas para suas companheiras,
e a grandiosidade da situação ficou clara para ela. Esse não era o momento para inseguranças
absurdas. Esse era o momento de ela demonstrar sua ligação, tanto à tia quanto a Matthew.
Ela olhou para ele, e, apesar de seu coração bater nervosamente, ela ergueu a voz de forma
que todos pudessem ouvir.
—Por favor, Sr. Hawkmore. Vou tocar o Prelúdio da Suíte nº 1 para violoncelo de Bach 32
como bis. — Ela deu uma olhada rápida para o violoncelo dele debruçado em sua tribuna. —Seu
ótimo instrumento está aqui, e eu ficaria honrada se você se juntasse a mim.
Matthew manteve os olhos firmes nela e, por um momento, ela pensou que ele poderia
recusar. Entretanto ele avançou.
—Muito bem, Senhorita Dare. — Ele falou enquanto removia as luvas e subia no altar entre
as cadeiras. —Com você, estou mais do que contente.
O estômago de Patience tremulava, e ela ouvia os sussurros emanando do público. Eles se
aquietaram enquanto Matthew tomava uma cadeira ao lado dela e aceitava seu instrumento, um
lindo Domenico Montagnana33, do criado. As mexas de ouro de seu cabelo pareciam brilhantes
contra as escuras, enquanto a mais sutil nota de vetiver se movia pelo ar. Ele posicionou seu
violoncelo entre as pernas e então deslizou os dedos longos quase sensualmente subindo do
espelho para a caixa das cravelhas.
Ele olhou para ela e os olhos eram suaves.
32
As seis Suítes para Violoncelo de Bach foram compostas por volta de 1720 (desconhece-se a data exata das
composições). Embora Bach não tenha sido o primeiro compositor a escrever para violoncelo solo, o compositor
germânico conseguiu, como mais ninguém até então, criar no violoncelo a ilusão do contraponto, da polifonia e da
progressão harmônica (ao estilo do baixo cifrado do barroco) através de uma escrita idiomática para violoncelo em
uma única linha melódica.
33
Domenico Montagnana (1686-1750) foi um fabricante de instrumentos italiano conhecido por seus violinos e
violoncelos, especialmente os violoncelos. Viveu e trabalhou em Veneza.
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Patience
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Ela não merecia. Voltando-se para ele, fez em uma mesura baixa. O que havia no modo dele
tocar que o fazia melhor do que ela?
Ela ergueu os olhos e o achou olhando para ela abaixo. Uma sobrancelha escura ergueu, e
então ele ofereceu uma mão e a ergueu de pé.
Enquanto o aplauso morria, ele discretamente acariciou a palma dela antes de soltá-la. A
pele formigava com o toque dele e o sangue corria apressado, mas ela não tinha tempo para
apreciar as sensações adoráveis, porque Tia Matty a estava apressando.
A tia sorria amplamente.
—Isso foi maravilhoso, minha querida. Apenas maravilhoso. Ela não é maravilhosa, Sr.
Hawkmore?
Patience corou enquanto Matthew olhava para ela.
—Ela está além de maravilhosa, Senhora Dare.
O sorriso de tia Matty afundou e um cintilar sabedor iluminou os olhos cinza.
—Oh…àsi ,àelaàest à es o.àMeuàDeus,àa osàto a à a a ilhosa e teà e àju tos.àCla o,à
eu sabia que iriam. Muito raramente erro sobre estas coisas. — Ela ergueu as sobrancelhas
prateadas para Matthew. —Que coincidência feliz você e a minha linda sobrinha tocarem o
mesmo instrumento, Sr. Hawkmore. Acho que damas e cavalheiros que compartilham uma coisa
em comum, frequentemente compartilham muitas coisas em comum. E você sabe o que dizem
sobre damas e cavalheiros que compartilham tantas coisas em comum.
Matthew considerou Tia Matty com uma expressão que mostrava grande interesse.
—Não, o que dizem?
Tia Matty encolheu os ombros e abriu seu leque com um sacudir.
—Bem, eu não sei exatamente o que dizem. Mas posso te dizer que muitas pessoas casadas
compartilham menos em comum um com o outro do que você e a minha bela sobrinha.
Patience olhou para a irmã pedindo ajuda, mas Passion e Mark tinham sido interceptados
por um casal de aparência sofisticada e não parecia provável que se movessem tão cedo. Então,
deslizando o braço pelo da tia, ela deu um aperto de advertência.
—Creio que é o bastante, Tia Matty.
Tia Matty bateu na mão de Patience com seu leque e então o apontou para ela.
—Pêssego podre. Isto é tudo o que eu tenho que te dizer, jovenzinha. — E com isto, ela se
voltou para Matthew, que parecia capaz de considerá-la com seriedade completa. —Não ligue
para ela, Sr. Hawkmore. Ela é realmente uma boa menina. — Ela abaixou a voz e se debruçou para
mais perto dele. —Ela apenas não sabe sempre o que é de seu melhor interesse.
Patience ficou eriçada.
—Peço desculpas, mas sempre sei exatamente o que é do meu melhor interesse.
Tia Matty olhou para ela simpaticamente, mas deu a Matthew uma pequena sacudida
conspirativa com a cabeça.
—Oh, francamente!— Patience exclamou.
Os lábios de Matthew tiveram um espasmo nos cantos.
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Patience
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—Talvez nós devêssemos continuar esta conversa mais tarde, Senhora Dare. Parece estar
afligindo a sua sobrinha.
Tia Matty anuiu com a cabeça.
—Você está certo, Sr. Hawkmore. Melhor discutir o futuro dela fora de sua presença -
especialmente quando ela é tão contrária ao seu curso adequado. — Tia Matty deu a Patience um
clarão breve antes de se voltar para Matthew e bater levemente em seu braço. —Devemos
continuar esta pequena conversa outra hora, Sr. Hawkmore. Mas não se preocupe—ela piscou—
sou a seu favor, senhor.
Matthew curvou e apertou a mão de Tia Matty.
—Meu obrigado, Senhora Dare.
Patience agitou a cabeça enquanto Tia Matty sorria com adoração para Matthew.
—Sabe— a tia disse com um suspiro—devo insistir que você me trate como Tia Matty, Sr.
Hawkmore. Afinal, nós já somos parentes pelo casamento, graças ao bom senso do seu irmão, que
não podia ter mulher melhor no mundo do que a minha sobrinha primogênita. Apesar de ser
nascida em uma família comum, Passion tem nobreza e graça de espírito incomparáveis - exceto
por suas irmãs, claro, que são igualmente agraciadas — Tia Matty deu uma olhada rápida para
Patience e conseguiu sorrir e fazer uma carranca ao mesmo tempo antes de se voltar para
Matthew—ainda que elas nem sempre mostrem isto.
Matthew sorriu.
—Muito bem, Tia Matty. Se você insiste em tal familiaridade, então devo insistir no mesmo.
Por favor, chame-me de Matt.
Tia Matty realmente rebateu as pestanas enquanto se abanava.
—Matt querido. Podia dizer esta manhã no passeio da estação que você e eu nos daríamos
muito bem. Não me importo com o que as pessoas dizem, eu gosto de você.
Patience ficou tensa e deu uma olhada rápida para Matthew, mas se ele tomou a ofensa
pelo elogio ambíguo da tia dela, não mostrou.
—Obrigado, Tia Matty. Gosto de você, também.
Tia Matty corou como uma menina.
—Matt querido.
Patience ergueu a sobrancelha para a tia enquanto um silêncio breve resultou.
Tia Matty suspirou e então teve um ligeiro susto enquanto encontrava o olhar fixo de
Patience.
—Oh. — O olhar adorador dela enfraqueceu. —Bem, se me dão licença, vou buscar um
pouco de refresco. — Ela ergueu as sobrancelhas. —Um pouco de ponche quente, talvez, parece
que ficou um pouco frio aqui. — Logo depois que começou a sair, ela se voltou. —Não a deixe
intimidá-lo, Matt querido. Ela tem um modo extremamente aborrecedor de fazer isso com os
homens.
Enquanto os olhos de Patience alargavam com a audácia da tia, Matt deu uma olhada rápida
para ela e o canto de sua boca enrolava.
—Não se preocupe, isso eu não permitirei.
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Patience
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Patience encontrou o olhar dominante dele, e seu coração saltou enquanto a tia anuía com a
cabeça aprovadoramente e finalmente se movia para longe.
Um breve silêncio caiu entre eles enquanto o zumbido das conversações múltiplas flutuavam
ao redor. Com as costas para a sala, Matthew a segurou com seu olhar firme.
Patience soltou uma respiração e sorriu.
—Você realmente devia tirá-la da noção errônea de que você está interessado em
casamento. Ela o perseguirá sem perdão se você não o fizer.
Matthew a considerou por um momento, movendo os olhos sobre suas feições.
—Sabia que você me deixa duro apenas em olhá-la?
Os mamilos de Patience apertaram com uma sensação afiada e ardente.
Deslizando as mãos nos bolsos, ele se massageou discretamente.
—Aqui está o que você vai fazer— ele disse, tranquilamente. —Depois da próxima
apresentação, quero que você se despeça pela noite. A caça é amanhã, então ninguém achará
estranho se você se recolher cedo. Vá diretamente para o seu quarto, remova toda a sua roupa, e
me aguarde. Você me entendeu?
—Sim— Patience respirou.
—Sua boceta está molhada?
Ela estremeceu.
—Sim.
Os olhos dele estavam muito escuros.
—Bom. — Ele deu uma olhada rápida depressa por sobre o ombro. —Agora sorria. Farnsby e
Asher estão vindo.
Patience deu uma respiração funda e sorriu enquanto os dois lordes se apressavam. Farnsby
estava movendo duas taças de champanha e um prato de queijo com uvas açucaradas. Asher
vinha depressa atrás dele, tentando não derrubar champanhe das taças que carregava.
Com a respiração vindo depressa, Farnsby estendeu uma das taças para Patience.
—Aí está você, Senhorita Dare, um pouco de refresco depois de sua apresentação
maravilhosa.
Patience tomou seu oferecimento.
—Ora, obrigada, meu lorde.
Enquanto Asher dava uma taça para Matthew, Farnsby anuiu com a cabeça de modo
vitorioso para o primo.
—Eu a alcancei primeiro - carregando duas taças e um prato. — Ele agitou a cabeça. —E não
deixei cair uma única uva. — As sobrancelhas de Asher ergueram como se dissesse, qual é o
problema com você? —Você pode me pagar as minhas cinco libras mais tarde.
Ignorando Farnsby, Asher ergueu sua taça.
—Um brinde à adorável Senhorita Dare. Você toca magnificamente.
Patience sorriu.
—Obrigada, meu lorde, mas é o Sr. Hawkmore quem toca magnificamente.
—Certo, e para o seu acompanhador também. Bom trabalho, Hawkmore.
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Enlevaste-me o coração, minha irmã, minha esposa; enlevaste-me o coração com um dos
teus olha es …
Cantares de Salomão 4:9
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—Eu disse, não. — Ela saiu de perto dele, apenas para voltar. —Eu disse a você desde o
início - meu violoncelo vem primeiro.
O franzir de Matthew aprofundou e uma faísca de raiva acendeu nele. Ele cruzou os braços
sobre o tórax.
—Por quê? Por que você põe a sua música antes de tudo - antes do casamento, antes de
filhos, e até mesmo antes de você? Por que tudo deve ser sacrificado pela sua perseguição
musical?
Patience se moveu, e ele viu as mãos dela tremerem enquanto ela as apertava contra as
saias.
—Você toca, deveria entender.
—Não. — Ele agitou a cabeça. —Realmente não entendo. Adoro o meu instrumento.
Realmente, tocar foi a única coisa que o meu pa...— ele pausou em seu deslize—que George
Hawkmore me admirou.— Ele encontrou o olhar sem jeito dela. —Mas agora mesmo eu jogaria o
meu violoncelo no fogo em vez de desistir do que há entre nós.
A declaração dele não o surpreendeu. Era a verdade. Ele faria qualquer coisa para mantê-la.
Por que ela não sentia a mesma coisa? Maldição.
—Por que, Patience? Por que o seu maldito instrumento decide a sua vida? Você aspira aos
palcos?— A voz estava crescente mais dura, mas ele não podia evitar. —É fama o que você quer?
Você irá viajar o mundo - você e o seu violoncelo - mudando de lugar para lugar em uma
apresentação perpétua?
—Não!— As mãos de Patience fecharam em punhos. —Por que as pessoas sempre devem
assumir que a fama e a fortuna são as razões da minha dedicação?
—Diga-me, então! Quais são as suas razões? Por que o seu violoncelo é tão importante?—
Ele gritou.
—Porque ele é todo meu!— Ela gritou de volta. —E contanto que eu o ame o suficiente, ele
nunca, jamais me deixará!
O quê?
A raiva de Matthew derreteu, apenas para ser substituída por uma proteção feroz.
Patience puxou a respiração e então apertou os olhos com força. Quando ela finalmente os
abriu novamente, a expressão era de tranquilidade forçada.
—Meu violoncelo é importante porque me desafia, e nunca me desaponta. — A voz dela era
apertada, mas calma, e os olhos brilhavam. —E apesar do fato de ser apenas madeira e cordas,
conforta e me satisfaz.
Cruzando para ela, ele olhou fixamente em seu rosto primoroso. O lábio inferior estava
tremendo, mas ela não permitiu que uma única lágrima caísse.
O coração dele constringiu.
Eu nunca a deixarei.
Descansando as mãos na cintura esbelta, ele curvou e apertou os lábios suavemente nos
dela. A boca era tenra e a respiração doce. Uma vez mais e mais duas vezes, ele a beijou antes de
puxar de volta. Uma trilha molhada brilhava em sua bochecha, e ele a podia sentir tremendo. Isto
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Patience
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era sobre mais do que algum mestre bastardo de música. Ele deslizou o polegar através da sobra
de sua lágrima.
—Pelo menos considere o meu pedido.
Patience o segurou em seu olhar verde por um longo momento mudo.
—Sim, Matthew.
Ele anuiu com a cabeça e a trouxe para seu abraço.
Mas enquanto ele apertava a cabeça dela em seu tórax, ele sabia que não perderia a chance.
Ele faria o que quer que fosse necessário para mantê-la.
Oà ueàfosseà e ess io…
*** Tiamat-World***
Patience tirou o roupão e ficou de pé diante do fogo. As chamas brilhantes aqueciam seu
corpo nu, ajudando-a a resistir à vontade de se cobrir. Várias vezes ela já havia colocado o roupão
de volta; era estranho caminhar sem nada. Mas ela estava determinada.
A demanda de Matthew tinha sido clara. Se despir e esperar por ele.
Mas e quanto ao pedido dele?
E quanto as palavras dela, palavras que brotaram tão furtivamente. Girando para enfrentar o
fogo, ela olhou fixamente as chamas. Eram verdade? A dedicação dela ao instrumento era
baseada em alguma necessidade desesperada, patética? O pensamento era repugnante.
Diferente da realização de suas paixões físicas, que Matthew agora a estava tendendo, ela se
sentia como se tivesse tudo que precisava na vida. Ela não era uma mulher fraca que ficava se
lamentando por que queria ser amada. Ela era forte e seus dias estavam cheios.
Compassando diante do fogo, ela enrolou os cachos longos ao redor do dedo. Sim, ela havia
experimentado o coração partido, mas o havia recuperado graciosamente. Ela não sentia
nenhuma cicatriz, nenhuma necessidade torturada. Realmente, havia pouco que ela precisava.
Isso tinha sido uma de suas descobertas durante sua indagação do amor - que ela realmente não
precisava de ninguém. Ela podia cuidar de si mesma. E já que o amor fugia dela, por que casar?
Então, ela girou completamente para seu instrumento, que amava.
Além disso - ela continuou a compassar - todo mundo deve ter alguma paixão, algo a
perseguir. E por que procurar uma coisa que não vai em direção à perfeição? Claro, a perseguição
da perfeição exige enfoque e disciplina, o que o amor romântico invariavelmente rouba de uma
pessoa.
Soltando o cacho trançado, ela anuiu com a cabeça. Sim, todas as decisões dela pareciam
soar perfeitamente bem.
Dando as costas para o fogo, ela fez uma careta e mordeu o lábio. Então por que ela sentia
que algo estava errado? Por que ela sentia tal tristeza no momento em que as palavras
surpreendentes escaparam dos lábios? Ela não tinha nenhuma razão para se lamentar.
A careta dela aprofundou. Ela desejou poder voltar com as palavras.
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Patience
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Com um suspiro frustrado, ela esfregou as mãos nas coxas e deu uma olhada rápida para o
relógio. Quase onze. Onde estava Matthew? Os mamilos apertaram e o estômago tremulou
enquanto ela despejava o conhaque da garrafa que ele havia deixado.
O pedido dele que ela desistisse de sua oportunidade com Cavalli tanto a agradou quanto
afligiu. Ela não podia negar que estava contente por ele não querer que ela se fosse. Mas ela não
podia desistir do prospecto. Violoncelistas por toda parte da Europa competiam pela chance de
estudar com Cavalli. Ela e Matthew podiam continuar sua relação mais tarde.
Mas quando seria mais tarde?
Os músculos dela ficaram tensos enquanto ela pensava sobre a alternativa que ele a havia
oferecido - ele mesmo ensiná-la. Com arrepios, ela tomou um gole do conhaque. Ela não podia
permitir isto. Estudar com Cavalli era uma coisa. Ela não sentia nada por ele exceto admiração por
sua perícia como um mestre do violoncelo. Matthew, por outro lado, inspirava suas paixões e fazia
o à ueàelaàse tisse…à oisas…
…Coisasà ueàpode ia ài fe ta àoà odoàdelaàdeàto a àseàelaàoàpe itisseàfi a àt oàpe to.
E ainda assim, ela não podia evitar em pensar no modo como ele tocava - fácil, fluidamente.
Ela fez uma careta. Melhor do que ela.
E se ele pudesse fazê-la melhor?
E se ele pudesse arruiná-la?
Ela estremeceu.
Não. Ele podia tocar o corpo dela, mas não podia tocar sua música. Além disso, e se ele
realmente não tivesse se recuperado da perda de Rosalind? O estômago dela apertou. Tomando
outro gole do conhaque, ela começou a compassar novamente. Esse pensamento a estava
assolando desde seu encontro com a repugnante Lady Humphreys.
EàseàMatthe àai daàdesejasseà‘osali d?à‘osali dà ueàe aà u aà ulhe àdeà elezaàelega teàeà
li hage ài pe el .à— ‘osali d,à ueà todoà u doàsa ia àMatthe àti haàsidoà o pleta e teà
apai o ado .
Ele estava pensando em Rosalind quando estava com ela? Ele a estava comparando a
Rosalind? O quão íntimo ele havia sido de Rosalind?
Deus... Patience parou de compassar. Ela tinha que parar com esta tolice. Ela não tinha
nenhuma reivindicação sobre Matthew, então nenhum direito para ciúme. E por que ela estava se
permitindo que algumas palavras de uma mulher tão vil a infectasse? Matthew havia mostrado
seu desejo - desejo por ela. Nunca questione se eu te estimo acima de todas as outras, Patience.
Foi isso o que ele disse. E ela acreditava nele.
Ela não permitiria que as palavras da vil Lady Humphreys superassem as de Matthew.
Matthew não havia feito nada para merecer sua desconfiança. Ele não havia dito a ela sobre a
briga com Lorde Danforth - e daí? Ele estava tentando sobreviver ao escândalo com nobreza e
honra, e, claramente, muitas pessoas eram contra ele. Ele não precisava da falta de confiança dela
também. — U àp ofetaà oàfi aàse àho aàse oà aàsuaàte aàeà aàsuaàp p iaà asa 34, ela citou
as palavras tranquilamente como uma repreensão para si mesma.
34
São Mateus 13:57.
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Tomando o último gole do conhaque, ela colocou a taça na lareira para aquecer. Enquanto
ela se curvava, sentiu o peso dos peitos. Eles se esticaram e formigaram com o puxar gentil da
gravidade.
Ela se endireitou devagar. Ela nunca havia notado o peso agradável dos próprios seios antes.
Mas agora a sensação fez com que ela pensasse em outras sensações mais deliciosas - como
os bofetões afiados dos dedos de Matthew em seus mamilos, o aperto firme da mão de Matthew
contra sua vulva, e o pau inchado de Matthew em sua boca.
Lentamente, ela caminhou para o longo espelho chevalii ao lado da janela. Ela conhecia seu
corpo bem. Mas hoje à noite, ela o via com novos olhos. Hoje à noite, ela via um corpo cujo
segredo tinha sido revelado a ela - um corpo que de repente se conhecia propriamente.
Ela viu membros longos que ansiavam por restrição. Viu a pele pálida corada com os
beliscões firmes e as palavras fortes. Os mamilos, espessos e erguidos, não mostravam nenhum
sinal dos bofetões afiados que haviam suportado na noite anterior. Mas enquanto ela suavemente
tocava a contusão escura no interior da coxa, ela quase desejou que eles mostrassem. Talvez
então, ela ainda pudesse sentir um pouco de sobra daquela sensação esplêndida. Oh, sentir
aquele peso quente novamente seria o céu.
O clitóris, tenro com desejo, pulsou em acordo ávido. Ela apertou os dedos na carne
pulsante, necessitada. Ela podia trazer a própria liberação agora. Mas ela não tinha nenhum
desejo de fazer isso. Ela deixou a mão cair para longe.
Ela queria Matthew.
Com um suspiro, Patience voltou para a lareira. Apesar de o clitóris estar doendo, uma
tranquilidade confortável a enchia. Era semelhante à sensação que ela teve na noite anterior,
quando estava só, amarrada à cama. Mas hoje à noite era mais forte e profunda. Hoje à noite, ela
tinha alguma compreensão, alguma experiência. Hoje à noite, ela sabia seu lugar adequado.
Ela ficou de joelhos diante do fogo.
Seu sexo estava inchado.
Onde estava Matthew?
***
Matthew se debruçou de volta em sua cadeira da escrivaninha e leu a carta que tinha
acabado de escrever.
Maestro querido,
Você frequentemente me perguntou se não havia um modo de poder me reembolsar
pela ajuda financeira que lhe dei ao longo dos anos. Acho que, afinal, ele existe.
Você recentemente concordou em tomar sob sua tutela minha cunhada, Senhorita
Patience Dare. Porém, estou pouco disposto a me separar dela neste momento. Então devo
te pedir que envie a ela uma carta detalhando a sua mudança de ideia quanto ao assunto de
seu treinamento musical.
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Desejo que esta carta seja tão gentil quanto possível, então gostaria que você a
informasse que, depois de conferir com a sua esposa, você percebeu que ensinar a uma
jovem e linda mulher não seria no melhor interesse do seu casamento, e com isto,
pesarosamente, você deve rescindir com a sua oferta de instruí-la.
Obrigado, Maestro. Incluí um cheque com a quantia de quinhentas libras, que devem
mais do que compensar a perda da Senhorita Dare como aluna, e deve encher bem a sua
carteira. Espero que a Senhorita Dare receba a sua carta em seguida.
Cumprimentos,
M. M. Hawkmore
Matthew olhou fixamente para a carta um momento mais. Estava errado. Ele não devia
enviá-la. Mas não podia tolerar o pensamento de Patience o deixando. Fitz Roy estava certo
quando chamou a missiva de Rosalind de um ato de desespero. Essa também era.
Tirando a consciência do caminho, ele depressa dobrou a carta e o cheque em um envelope
e o endereçou ao Maestro Fernando Cavalli. Amanhã, ele a daria para Mickey Wilkes entregar.
Então o reformado ladrão, vigarista e patife poderia retornar ao Solar Benchley - mas apenas
depois que ele entregasse uma mensagem para Rosalind.
Colocando a carta para Cavalli em sua gaveta superior da escrivaninha, o olhar aterrissou na
nota de sua antiga noiva. Na ponta, quase como uma seta, estava o canto de outra carta que veio
em sua pilha de correio daquela manhã. Naquele canto estava a escrita um pouco grande e
enrolada que ele imediatamente reconheceu.
Um sentimento amargo se moveu por ele enquanto ele puxava a carta de sua mãe da pilha.
Desde o escândalo, ele havia recebido apenas três cartas dela. Tinham vindo para bajular, para ser
indiferente, para ser brava. E cada uma tinha sido associada a ela - suas razões, suas aflições, suas
necessidades - ela, ela, ela. Ela apenas colocava duas linhas no fim de cada carta em referência a
como ele poderia estar indo. Uma vez ela tinha colocado no pós-escrito. O que mais ela tinha a
dizer para ele? E por que ele devia se importar?
Ele a abominava. Ele virou a carta enquanto as memórias de juventude dela bajulando sua
atenção relampejavam por sua mente. Ela parecia favorecê-lo tanto, mas a verdade era, apesar
dos shows pródigos que ela mostrava, sua atenção tinha sido realmente rasa e incompatível.
Ele se lembrava muito bem de como ela desapareceria por dias, semanas, ou até meses,
sempre que adquiria um novo amante. E então ela reapareceria com presentes caros para ele que
não frequentemente não tinham nenhuma relação com os interesses dele de infância. E com que
frequência ela parecia mimá-lo em excesso diante dos outros, especialmente diante de Mark e de
seu marido, e como o tratava com afeto apenas aprazível quando eles estavam a sós? Havia horas
em que ele a odiava, mesmo então. Mas, apesar de ele periodicamente despejar sua ira nela, ele
deixava tudo acontecer.
Ele tinha deixado acontecer porque ela dizia a ele, repetidas vezes e sempre, que o amava.
Eàelaàe aàaà eàdele…
…E t oàeleàa edita aà ela.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Ele olhou fixamente para as chamas na lareira então, ficando de pé, cruzou para a lareira e
jogou a carta no fogo. Ele a assistiu virar cinzas. Essa parte de sua vida estava terminada.
Enquanto o último pedaço da carta de sua mãe queimava, ele retornou a sua escrivaninha.
Seu livro-razão ainda estava aberto. Ele olhou fixamente para os cálculos. Em três meses, o
montante tinha sido reduzido a quase dois terços. Apesar de seus investimentos externos
continuarem a ganhar, os pagamentos enormes que ele fazia para manter a GEFO ativa tinham de
longe ultrapassado sua renda mensal. Mas ele não havia construído a Grande Estrada de Ferro do
Oeste sendo conservador. Por mais perigoso que pudesse ser, agora não era a hora para fechar os
bolsos. A percepção era até mais importante do que a realidade. Para ganhar sua guerra com
Benchley, ele precisava inspirar confiança. Ele precisava dar a impressão de que seus bolsos não
tinham fim. Ele precisava gastar.
E ele precisava se mover adiante com sua vida. Enquanto ele fechava seu livro-razão e o
colocava na gaveta, a carta para Cavalli olhava fixamente para ele. Ele deu uma respiração funda.
Ele não iria aguardar, como sempre, e deixar a vida apenas acontecer. Ele a colaria e a enviaria
pelo caminho que havia escolhido.
E Patience não era nenhuma exceção. Ele não poderia permiti-la ir para longe dele. Ela era
sua esperança e seu desejo.
O olhar dele se moveu para a nota de Rosalind. Tão diferente dela. Ele ergueu o papel e a
abriu com um sacudir.
Matt, querido, eu sei que você deve me odiar…
Sim.
…então talvez vá te agradar saber que eu estou sofrendo.
Sim.
Mas, quero que você saiba que eu penso em você todos os dias enquanto meu Pai
desfila pretendente atrás de pretendente diante de mim, nenhum tão bonito ou tão
ê.
Mas da mesma maneira cegos.
Querido, se você lamenta nossa separação tanto quanto eu
Agradeço a Deus todos os dias por nossa separação.
…então me envie algumas palavras.
Só em um dia frio no inferno.
...mas só porque nós não podemos casar, não significa que não possamos ficar juntos.
Sua, R.
Ele olhou fixamente para aquela última frase. Se a verdade de sua ascendência nunca tivesse
sido revelada, ele teria se casado com ela. Então, um dia, ela poderia muito bem enviar uma nota,
com a mesma frase, para algum outro homem. Talvez até para um dos criados de sua própria casa.
Nesse dia, ele se tornaria um chifrudo, exatamente como o homem que ele sempre havia
ha adoàdeà pai .à— Talvez, como o último conde, ele até teria criado uma criança que não fosse
sua. E assim, sua vida teria sido um círculo completo.
116
Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Deus, por que ele não havia visto antes como Rosalind era parecida com sua mãe? O
intestino dele cerrou. O pensamento era vil.
Empurrando a nota de volta em sua gaveta da escrivaninha, ele a fechou com força e
começou a compassar. Ele não queria nada a ver com sua antiga noiva. Ainda assim, sua
sobrevivência financeira e social dependia de botar os Benchley abaixo. Ele devia usar toda
vantagem à disposição - até Rosalind. Ele a contataria. Então veria como poderia usá-la.
Ele parou de compassar e esfregou a sobrancelha dolorida. Ele desejou que tudo estivesse
terminado. Desejou poder saltar adiante no tempo, e achar Benchley derrotado e ele
restabelecido à sua antiga estatura.
Mas ele não podia. Ele tinha que fazer tudo. Ele tinha que ter Patience.
Patience.
Ela nunca o trairia.
Matthew sentiu os ombros relaxarem lentamente. Patience tinha a decência e bondade da
família Dare. Encobriam-na como um capote e eram claros a todos que olhassem. Ele pensou no
queixo perfeito dela erguendo orgulhosamente quando o convite alto de Tia Matty para ele tocar
ergueu sobrancelhas e causou murmúrios. Ele se lembrou de sua réplica ígnea para Fenton e seu
comportamento orgulhoso quando ela caminhou com ele pelo salão de baile no masque. Ela era
leal e verdadeira. Honrada e forte.
Ele olhou fixamente através do quarto para as chamas do fogo.
Ela iria ser sua esposa.
O coração trovejou e então bateu rápido.
Ele tinha acabado de se decidir, ou ele sabia desde o princípio?
Ele suspeitava que fosse a opção posterior. Eles eram feitos um para o outro. Deus a havia
feito para se ajustar a sua mão, e Deus o havia feito para tomá-la nas mãos. E já que ele não tinha
nenhuma intenção de compartilhá-la, ou deixá-la ir, então o casamento era apenas lógico.
Além disso, naquela manhã ele se lembrou do quanto ele queria uma família. Ele queria
crianças de um pai que nunca precisaria questionar de sua paternidade, com uma mulher que
nunca o daria esse motivo.
Patience era essa mulher - quer ela soubesse, quer não.
Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada.
Cantares de Salomão 4:12
Matthew ficou de pé quieto perto da lareira enquanto assistia Patience vir até ele. A luz da
lâmpada em seu quarto e a luz escura do fogo douravam sua nudez linda com um brilho dourado.
Os músculos longos das coxas erguiam à medida que ela caminhava. Os cachos entre as pernas
refletiam, e a barriga lisa e o umbigo delicado atraíam seu olho para a curva de sua cintura, e
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
então para seus seios surpreendentes, perfeitamente coroados com mamilos espessos que
fize a àaà o aàe he àd guaàeàasà osàest e e e e .
O pau encheu e ergueu enquanto ela dava os últimos passos e parava diante dele. Ele olhou
fixamente a beleza atordoante de seu rosto e deslizou os dedos contra sua bochecha suave.
—Obrigado por me defender de Lady Humphreys.
Um franzir marcou a sobrancelha dela.
—Quem disse a você?
—Fitz Roy - justo quando eu estava a caminho daqui. — Ele cerrou a mandíbula contra sua
raiva e embaraço, e manteve os olhos em Patience. —Por um lado, odeio que as minhas
circunstâncias exijam que eu me defenda. Mas por outro—ele deslizou a mão no cabelo dela—o
pensamento de você tomar meu lado tão abertamente me faz sentir forte e invencível.
Ela descansou a mão no peito dele.
—É mesmo?
—Sim.
—Bom, porque eu faria novamente. — Ela deitou a outra mão contra o músculo tenso da
mandíbula dele. —E eu não estava defendendo-o contra as suas circunstâncias, Matthew, pois não
há nada para se defender. Estava defendendo-o contra a malícia daquela mulher ruim, pelo que
você não tem nenhuma responsabilidade.
Matthew olhou fixamente no olhar claro e sério dela e seu coração doeu com sua bondade,
honra e nobreza. Como ele a mereceria - ele que era evitado e estava na beira da ruína - ele que
havia escrito cartas desesperadas para seu mestre de música? Ele que era impuro.
—Você me oferece conforto— ele murmurou —quando eu que deveria estar confortando-a.
A cabeça de Patience balançou.
—Por que, Matthew?
Ele apertou as mãos no cabelo dela.
—Minha briga com Danforth não teve nada a ver com Rosalind. — Ele fez uma careta para as
pestanas abaixadas dela, escondendo os olhos. Droga, ele devia ter percebido como seu duelo
com Danforth pareceria para as pessoas - as damas especialmente. Ele agarrou os cachos
espessos. As pálpebras dela ergueram. —Patience, eu não me importo com que Rosalind se case -
com Danforth ou com a porra do Rei de Sião - eu não me importo. Você é a única mulher que
importa para mim. A única. — Ele vasculhou os olhos dela. —Você acredita em mim?
O olhar verde dela não vacilou.
—Sim, Matthew. Eu acredito em você.
Ele soltou a respiração e deu um beijo em sua boca suave.
—Há mais uma coisa— ele disse contra os lábios dela. —Sinto muito por não ter me juntado
a você para o jantar. Fitz Roy me disse que Montrose tomou a cadeira que eu deixei vazia ao seu
lado. — Montrose, que era popular, rico e legítimo. Montrose, que nunca precisaria ser defendido.
—Sim—Patience deslizou as mãos pelos ombros dele—e a companhia dela foi uma fraca
substituta da sua. — Ela pausou. —Senti a sua falta, Matthew - da sua presença.
As palavras doces dela e a pressão de seu corpo anularam a amargura que se erguia nele.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
—Sinto muito— ele disse novamente. —Preferia ter estado com você, do que onde estava.
—Você não devolveu para ele, não é?
Matthew ficou tenso e recuou.
—O quê?
—A mina. Lorde Montrose disse que estava certo de que você a daria para Lorde Benchley.
Mas os lordes Rivers e Fitz Roy me disseram que você ganhou em um jogo justo, então por isso
você não deveria.
Matthew examinou o rosto bonito e inteligente dela. Ela teria conhecimento da mesma
fofoca que todo mundo mais. Ele precisava estar certo de que ela fosse toda favorável.
Patience de repente pareceu incerta.
—Você não devolveu, não é? Você não devia, Matthew.
Deus, ela fazia com que ele se sentisse bom - e protetor. Ele desceu o dedo junto à
mandíbula dela.
—Não, eu não devolvi. — E não a devolverei, também.
Um pequeno sorriso abriu nos lábios.
—Bom. Justo é justo.
As entranhas de Matthew apertaram enquanto ele descia para cobrir os lábios dela com os
dele. Enquanto ele a beijava, ele pensou sobre a declaração aflita que ele havia forçado dela na
biblioteca. Qualquer coisa que havia acontecido para machucá-la, ele descobriria. Ele derrubaria
cada barreira que ela havia construído, até que seu coração estivesse nu para a sua visão como
seu corpo estava agora.
Quebrando o beijo, ele olhou fixamente para ela, os olhos verdes reluzindo - tão cheios de
expectativa urgente. Ele a manteria e protegeria, seria um escudo das feridas do mundo. Ele
cuidaria dela e daria a mão forte que ela almejava. Então ela verdadeiramente seria sua.
Ele acariciou o dedo polegar através de seu lábio inferior cheio.
E e eto o…
Ele abaixou a cabeça, e ela fechou os olhos.
… Ela podia ape as e da …
… Algo.
Ele parou a apenas centímetros de sua boca.
Algo importante.
A exalação suave dela pareceu morna e trêmula contra seus lábios. Levou toda sua força
para não a beijar. Então, ele falou baixo, a boca apenas próxima a dela.
—Mais cedo, eu a ajudei a se vestir para o jantar. Agora você me ajudará a me despir. — Ele
deslizou os lábios contra o canto de sua boca, e então junto de sua bochecha. Fechando os olhos,
ele respirou o cheiro dela - gardênia suavizada pelo odor tenro de sua pele. Ele acariciou os lábios
contra a orelha dela e sentiu seu calafrio. —E ao longo de seu cuidado comigo, você me tocará e
demonstrará, dócil e submissamente, a extensão de seu desejo por minhas atenções. — Matthew
recuou devagar e olhou fixamente para o rosto de Patience virado para cima. Os lábios estavam
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Patience
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separados e as bochechas vermelhas. O pau dele pulsou enquanto os lindos olhos chamejavam
abertos. —Certo?
Uma piscadela lenta e um pequeno tremor precederam a resposta.
—Sim, Matthew.
Com um gemido, ele correu os braços ao redor dela e, erguendo-a para ele, ele empurrou a
língua possessivamente em sua boca. O som de seu gemido suave reverberou em suas orelhas
enquanto ele a saboreava e empurrava o pau contra sua pélvis. Com um braço apertado ao redor
de sua cintura esbelta, ele acariciou a curva de seu quadril, apertando sua nádega enquanto ele a
apertava mais duro contra si.
Deus, ela era suave e firme, e ele queria fodê-la tanto. Ele queria beijá-la, abraçá-la
empurrar em sua boceta apertada. Ele queria quebrar a barreira até seu útero, banhar o pau em
seu sangue de virgem, e então colocar sua semente profundamente dentro dela. Gemendo, ele
apertou as nádegas firmemente enquanto empurrava duro contra ela. Ela tremeu e os dedos
correram por seu cabelo.
Mas ele precisava ser paciente - paciente e, ainda assim, exigente.
***
Patience ondulou no abraço exigente de Matthew. Os beijos dele roubavam sua respiração e
a imprensa dura de seu pênis espesso fazia sua boceta gotejar com desejo. A mão apertou em seu
traseiro, os dedos em sua carne. Doía e era bom ao mesmo tempo. O aperto aliviou e então
apertou novamente. Gemendo em sua boca, ela enrolou os dedos em seu cabelo espesso.
Ainda assim, de repente, ela sentiu os braços dele relaxando e a pressão do beijo aliviando.
Ela ofegou e tentou segurá-lo enquanto ele puxava a boca da dela. Mas ele era mais forte do que
ela. Prendendo as mãos em seus braços superiores, ele a sustentou enquanto ele a segurava longe
dele.
Patience estremeceu enquanto olhava em seus olhos escuros. Eles estavam cheios de fogo,
ainda assim seu comportamento parecia completamente controlado.
—Isso foi adorável— ele disse suavemente. A sobrancelha erguida. —Mas você ainda não
ganhou o seu prazer.
Patience olhou fixamente para ele. As palavras a irritaram e excitaram. Ele tinha que saber
que ela estava ansiando por liberação. Ela tinha sido obediente. Por que ele deveria fazê-la
esperar? A pulsação correu e o clitóris pulsou. E por que o corpo dela deveria se excitar com a
negação que a atormentava?
O olhar dela desceu para as lapelas dele. Por alguma razão inexplicável, ela achou o
comando dele de sua ajuda para se despir ainda mais difícil do que concordar com seu comando
de sua submissão sexual. Ela estava perfeitamente disposta a tomar o pênis dele em sua boca,
mas não queria tirar sua jaqueta. Ela franziu o cenho. Não fazia nenhum sentido. Especialmente
quando tal obediência relativamente fácil provavelmente daria a ela o orgasmo que ela ansiava.
—Diga-me o que você está pensando, Patience.
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Patience
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A voz baixa de Matthew fez com que ela tivesse um calafrio. Ela encontrou os olhos escuros
dele.
—Não sei por que, mas acho sua demanda por ajuda difícil.
—Você achará o seu castigo muito mais difícil— ele disse calmamente.
As palavras, resolutas e sem remorso, enviaram uma faísca chamejando ao longo dos nervos
de Patience que foi apressada para a carne inchada entre suas pernas. Ele a inflamava e queimava
sua resistência, substituindo-a com rendição. Como ele fazia isto? Como ele inspirava tal rendição
apenas com suas palavras e seu tom?
Andando ao redor dele, a umidade manchava suas coxas. Ela alcançou os ombros dele e
cuidadosamente o ajudou com sua jaqueta. Ela escovou o tecido bom com a mão enquanto o
deitava na cadeira.
—Não. — Matthew anuiu com a cabeça através do quarto. —Leve para seu quarto de vestir.
Patience se eriçou, mas forçou a sensação abaixo. Pelo amor de Deus, por que isso era tão
difícil? Cruzando para o quarto de vestir, ela podia sentir os olhos dele em suas costas,
aumentando sua nudez. Ela se sentia com vontade de se apressar, ainda assim era forçada a
caminhar devagar, cada passo que dava estimulava seu sexo dolorido.
Cuidadosamente, ela deitou a jaqueta sobre um tamborete. Os olhos nunca a deixaram
enquanto ela retornava para ele. A sensação dolorida entre as pernas piorou. O caminhar dela
parecia antinatural? Ela parecia sem graça? Corando ferozmente sob sua consideração fixa,
Patience finalmente parou diante dele. Olhando fixamente para sua gravata, ela fez uma careta
enquanto suas emoções mudavam para uma direção diferente. Ela odiava a ideia de poder
parecer desajeitada. Ela odiava o fato de sentir embaraço por sua própria nudez. E odiava o fato
de ela estar achando difícil fazer tarefas simples. Ela deveria se esforçar para a perfeição.
—Patience.
Ela viu a advertência no tom de voz.
A sobrancelha estava marcada com um franzir.
—Estou esperando.
Patience ousou dar um suspiro frustrado. Ela nunca havia se importado de ajudar quando
era necessário. Mas esse não era caso de necessidade.
—Por que você deve exigir algo de mim que pode tão facilmente fazer por si mesmo?
A expressão nos olhos dele mudou, e sua careta aliviou um pouco.
—Porque me agrada.
—Sim, mas por quê?— Ela agitou a cabeça. —Eu nunca peço ajuda - a menos que não possa
evitar.
—Sério?— Ele olhou fixamente para ela atentamente por um longo momento. —Por quê?
A careta dela aprofundou.
—Por quê?— Pareceu uma pergunta sem sentido. —Por que não?
A careta de Matthew teve um espasmo, e Patience se moveu desconfortavelmente
enquanto ele olhava fixamente para ela.
—Diga-me, Patience— ele disse baixo. —Você apreciou o seu café da manhã?
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Patience
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Ela corou com o desconforto aumentando, e com embaraço, também. Ela havia se
esquecido de agradecê-lo.
—Tudo estava bastante delicioso. — Ela anuiu com a cabeça. —Obrigada.
Matthew agitou a cabeça.
—Eu não perguntei se estava delicioso. Perguntei se você apreciou o gesto. Agradou a você?
O desconforto de Patience aumentou.
—Bem, se estava delicioso, devo ter apreciado, certo?— Ela ergueu o ombro para aliviar a
tensão lá e deu uma olhada rápida para o chão um momento antes de retornar o olhar para o
dele.
—Éà ueàeuà o al e teàp ati oàdeà a h àe…
As sobrancelhas dele ergueram.
—Oh, você não toma café da manhã?
Patience fez uma careta.
—Bem, claro que eu tomo café da manhã. — Ela podia ouvir a frustração na própria voz. O
olhar de Matthew a inquiria casualmente, ela puxou uma respiração funda, e quando olhou de
volta para ele, conseguiu dar um sorriso pequeno.
—É só que você não precisava ter se dado ao trabalho.
—Trabalho? Que trabalho é esse, Patience?— Os olhos dele desceram para sua boca. —Você
não vê? Não é nenhum trabalho para mim. — Ele ergueu o olhar de volta para o dela. —E ainda
que fosse, eu iria aos confins da Terra para ter trabalho por você.
Patience retraiu uma respiração, e deve ter feito isso muito depressa ou muito
profundamente porque sentiu uma dor afiada no peito. Os olhos arderam. Desviando o olhar, ela
exalou e piscou de volta as lágrimas. Puxando respirações rasas, ela tentou aliviar a dor em seu
peito, mas ela não aliviava. Ela ergueu o olhar de volta para Matthew. Ajudava olhar para ele?
Ou só piorava?
—Sou um problema para você, Patience?— Os olhos dele eram suaves como o amanhecer.
Lágrimas afluíram novamente.
—Não. — Ela abaixou os olhos e passou a mão na jaqueta dele. —Claro que não. —
Erguendo as mãos para sua gravata, ela soltou o laço. Enquanto ela lentamente desatava o longo
pedaço de seda, sentiu uma lágrima deslizar pela bochecha. Ela a ignorou, pois não tinha nenhuma
ideia de por que estava chorando.
Matthew a assistia tão ardentemente quanto sempre. Ela podia sentir seu olhar. Ele parecia
apreciar suas exibições de emoção, ainda que ela não gostasse. Ela deu uma olhada rápida nele.
—Deus, mas você é linda— ele sussurrou. E abaixou a cabeça e se aninhou em seu cabelo.
Soltando sua gravata, Patience deixou os olhos úmidos fecharem enquanto ele apertava os
lábios na sobrancelha dela.
—Ser cuidado por você é ótimo— ele disse entre beijos. —Gosto de te ver nua diante de
mim. Gosto de ver as suas mãos me tocando. — Ele foi para trás para olhar para ela e ela viu
aquele desejo infundido com suavidade que havia visto apenas alguns momentos antes. —Dê-me
a gravata.
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Patience
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Ele a amarraria novamente? Senhor, seria tão mais fácil - tão mais fácil do que ter que fazer
todas estas coisas - estas coisas difíceis, íntimas. Ela a soltou em sua palma.
—Levante seu cabelo.
O cabelo? Ela fez como ele pediu. Mas ele ergueu o braço e pôs a gravata ao redor do
pescoço dela. Ela ficou completamente quieta enquanto ele amarrava e dava um nó no tecido
suave ao redor de seu pescoço - justo, mas não muito apertado.
Ele ergueu a sobrancelha.
—Melhor?
Ela olhou abaixo para o gravata que caía entre seus seios. Um fio longo deslizava até a coxa.
Como suas amarras na noite prévia, a visão e o conforto ao redor do pescoço, era como um
calmante mágico sobre ela.
Ela olhou para ele com um pequeno franzir.
—Sim. Não sei o porquê; mas, sim, é melhor.
Os lábios dele enrolaram ligeiramente.
—Há muitos níveis de submissão, Patience. — A voz era gentil mas ainda assim, firme. —O
primeiro é passivo. Isto é o que você experimentou ontem à noite. Amarrada, você se submete
enquanto eu dou e tiro de você. É relativamente fácil porque você não deve fazer nada além de
reagir e responder.
Sim. Foi tão mais fácil.
Ele umedeceu os lábios.
—O próximo nível, porém, é ativo. Neste caso, eu não a amarro, e exijo que você faça as
coisas que me dão prazer - coisas que podem ou não envolver sexo. Como você descobriu, pode
ser mais difícil. Mas—ele acariciou o polegar através do lábio inferior dela—apenas a princípio -
até que você reconheça que o seu orgulho extraviado é um impedimento para sua felicidade e
realização. Quando você aprender a ter orgulho em sua submissão e obediência, tudo ficará bem.
No momento—ele tocou a seda no pescoço dela—pense neste colarinho como trampolim. Você
não está amarrada, mas serve para lembrá-la do seu lugar, e o fato de que eu posso amarrá-la a
qualquer hora que eu escolher.
Patience escutava atentamente. Ela achou tudo o que ele havia dito fascinante e
estimulante.
—Vo àdisseà ueà osà í eisàs oà uitos .
Algo chamejou nos olhos dele. Luxúria? Excitação?
—Os próximos níveis contem submissão aos seus castigos. — O olhar dele sondava. —Você
fará porque descobrirá que o castigo serve para você. O castigo a manterá suave, segura e
obediente. Mas o castigo também a fortalece - da mesma maneira que aquecer fortalece o aço. —
Ele acariciou o cabelo dela. —Você aprenderá a amar seus castigos tão afetuosamente quanto
ama seus prazeres.
Patience se lembrou, da noite anterior, ele parou de acariciá-la quando ela deu a ele
respostas insatisfatórias. O clitóris pulsava.
—Eu não já experimentei castigos?
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—Os castigos vêm pequenos e grandes. O que você experimentou foi um mero bofetão da
mão, minha querida. — Ele ajustou a ereção em sua calça comprida. —Quando você sofrer um
castigo adequado, saberá.
O coração de Patience bateu forte no peito e a vulva cobriu com umidade. O que eram estes
castigos?
—Chega de conversa. — Matthew ofereceu a mão e os olhos escureceram. —Ponha sua guia
na minha mão. E saiba, enquanto faz isso, que está se sujeitando aos meus desejos e caprichos.
Patience ergueu o pedaço de tecido, e então olhou para a mão aberta de Matthew. Um
calafrio desceu por suas costas. Então ela deitou a seda através de sua palma.
—Bom. — Ele a puxou para ele e apertou um beijo suave nos lábios. —Agora, meu
conhaque, por favor.
Patience quase se esqueceu de que o havia deixado na lareira. Enquanto ela começava a
curvar os joelhos, Matthew puxou a seda. Ela deu uma olhada rápida para ele. A expressão tinha
uma intensidade dura.
—Curve na cintura. E não gire de onde está de pé agora.
Patience sentiu o rosto corando. Ela olhou o copo abaixo e desejou não tê-lo colocado lá.
Antes que ela pudesse considerar mais, se curvou depressa. O tecido ficou livre e, tão rápido
quanto ela alcançou o copo, Matthew estava atrás dela, as mãos acariciando e apertando seu
traseiro. Enquanto ela começava a se endireitar, ele apertou suas costas. Então, com o pé, ele
deslizou a banqueta delicada diante dela.
—Fique.
Patience mordeu o lábio e relutantemente colocou as palmas sobre o pequeno tamborete
baixo. Os dedos longos de Matthew amassavam sua carne, apertando-a duro e agarrando. Era tão
bom, mas a posição fazia o rosto dela queimar com embaraço. Ainda assim, ele esfregou e alisou
seu traseiro, seguindo as curvas externas e internas.
Puxando a respiração, ela tentou se endireitar novamente.
Novamente, a mão de Matthew se moveu nas costas dela.
—Eu disse, fique. — A voz soou apertada. Então ele apertou o traseiro dela novamente,
arrancando um gemido dela com a força de seu aperto. —Isso é bom, Patience?
—Sim— ela ofegou.
—Mas você se sente envergonhada. — Ele a soltou, apenas para agarrá-la novamente. —
Vulnerável.
—Sim!
—Você não tem nenhuma necessidade de sentir embaraço, porque acho lindo cada parte
sua. E não há nenhuma indignidade em me agradar, sempre. — O aperto dele aliviou, e, fechando
os olhos, Patience tentou relaxar. —Sua vulnerabilidade, porém, é algo que você deve aprender a
abraçar. — As mãos correram sobre as curvas dos quadris e o traseiro. —A vulnerabilidade a fará
suave e a fortalecerá. Sem mencionar que—ele se curvou sobre ela e beijou a curva de suas
costas—é incrivelmente bonito de se ver. — As mãos deslizaram sobre as omoplatas dela
enquanto ele apertava outro beijo junto de suas vértebras. —E aqueles que podem ser
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vulneráveis, apesar de seus medos, são, oh, tão raros. — Ele a puxou de volta, as mãos correndo
firmemente junto da lateral de seu corpo. —Agora, não se mova.
Os olhos de Patience abriram de repente e alargaram enquanto Matthew se abaixava atrás
dela. Apesar de suas palavras, ela sentia como se seu rosto estivesse queimando.
—Oh, Patience— ele disse densamente. —Minha doce, Patience. — As mãos dele agarraram
seu traseiro novamente, empurrando-a até melhor expor sua vulva. —Você está tão inchada e
molhada.
Gemendo, Patience ergueu a cabeça por um momento. O sexo inteiro parecia que estava
inflando como um balão.
—Deus, nunca vi uma boceta tão graciosamente necessitada. Faz o meu pênis doer apenas
ao olhar.
As mãos a deixaram, e olhando de volta para baixo, ela via a ponta dos joelhos dele no chão
e ele soltar os botões inferiores de sua calça. Então ele retirou seu pau e o escroto magnífico. O
tronco espesso era duro, enquanto a cabeça era escura e vermelha, e molhava continuamente. As
bolas pareciam apertadas e cheias.
Patience ergueu a cabeça e engoliu a saliva que encheu sua boca. Ela clamou enquanto
Matthew apertou sua parte inferior com uma mão e se empurrou vigorosamente com a outra.
Mas da mesma maneira que depressa, ele se soltou e agarrou a outra nádega dela firmemente.
Então Patience se assustou quando sentiu o golpe largo de sua língua próxima ao interior de suas
coxas. Ofegante, ela tremeu enquanto ele lambia a umidade de suas pernas, então mordiscava e
chupava a pele. O calor de sua boca fez o embaraço fugir em face ao desejo.
Suavizando os cotovelos, ela se curvou. Mantendo as pernas retas, ela empurrou os quadris.
O cabelo dela deslizou no chão, os músculos atrás das coxas estiraram, e os seios ficaram pesados.
Enquanto ele fluía contra sua outra coxa, os quadris dele ergueram em direção a ela e seu pênis
parecia seduzir maciçamente. Ela não podia resistir. Puxando a respiração, ela alcançou entre as
pernas e enrolou a mão ao redor dele.
Matthew gemeu e então, como que em recompensa, deitou a língua entre as dobras largas e
molhadas de sua boceta dolorida e inchada. Patience gemeu e estremeceu, então empurrou
contra ele enquanto ela apertava e acariciava seu pau parecido com um cassetete. Era tão pesado
em sua mão, e ela adorava as cordas de veias que alimentavam sua magnificência. Deus, como
seria ser penetrada por tal órgão?
A boceta cerrouà eà e heuà d gua.à Oà o aç oà esta aà ate doà fo teà eà elaà seà se tiaà uaseà
frenética pela liberação. As mãos de Matthew aliviaram brevemente em suas nádegas, apenas
para se mover e agarrá-la duro novamente enquanto ele empurrava a língua entre os lábios
inferiores dela, correndo sobre a umidade que ela não podia parar. E o tempo todo, o clitóris,
escondido e intato, pulsava sempre mais dolorosamente.
Arquejando, e quase chorando, Patience empurrou contra ele, tentando revelar mais de si
mesma. A língua dele empurrou profundamente e ela podia sentir firmemente seu queixo, mas
não era o suficiente. Os quadris resistiram, e as lágrimas começaram a cair novamente. De repente
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ela se sentiu cheia de desejo - desejo desesperado, antigo, novo, que ela nunca soube que tinha. E
o clitóris escondido, inacessível representava tudo isso.
Ela lutou e se contorceu, e tentou empurrar contra ele, mas ele correu a língua sobre a curva
de sua nádega. Gemendo com angústia, ela o estava acariciando freneticamente quando ele de
repente mordeu firmemente a carne de seu traseiro. Patience puxou a respiração e deixou o ar
sair com um gemido enquanto o tiro afiado de dor ia diretamente para o coração dolorido de seu
sexo, fazendo-o pulsar violentamente fazendo-o responder apesar de ele não poder ser tocado.
Ofegando, ela pensou que a sensação a levaria à liberação, mas, em vez disso, deixou-a pendurada
suspensa no limite enquanto Matthew abria a boca e chupava duro a carne de sua nádega.
Patience estremeceu, e lágrimas de desespero continuavam a cair enquanto Matthew de
repente foi para longe. Ficando depressa de pé, ele agarrou o traseiro dela um tempo mais e
então chutou a banqueta para mais perto do fogo.
—Fique sobre ele— ele ordenou bruscamente.
Ela quase esqueceu do conhaque, mas o ergueu à medida que se endireitava. As pernas
tremiam com a tensão de ter sido estirada e seu traseiro formigava com uma chaga deliciosa. Ela
podia sentir, quase como se ele estivesse inchado e grande. Ela olhou para Matthew por suas
pestanas molhadas enquanto entregava o conhaque. Os olhos eram fogo escuro. Enquanto ela
subia cuidadosamente na banqueta, ele depressa colocou o conhaque no mantel.
Assim que ela subiu, as mãos dele estavam debaixo dos braços dela.
—Salte— ele comandou.
Saltar? Ela mal podia ficar de pé. Toda a energia estava prisioneira entre as pernas. Ela
agitou a cabeça.
—Eu não posso.
—Faça— ele rosnou.
Patience sentiu mais lágrimas caírem. Ela não podia pará-las, mesmo enquanto seu coração
batia com antecipação. Reunindo forças, ela saltou, e no mesmo momento, Matthew a ergueu.
O traseiro dela aterrissou sobre o mármore largo do mantel suavemente. Matthew a
sustentou por um momento e então a soltou. As pernas dela oscilaram, mas o fogo queimava tão
baixo que ela não sentiu nenhum calor excessivo, e o mantel era largo o suficiente para ela não ter
nenhum perigo de cair. Secando as lágrimas, ela tremeu enquanto olhava fixamente para ele
abaixo.
Ele compassou um pouco, acariciando o pau com golpes pequenos, rápidos.
—Espalhe suas pernas e coloque os pés nas extremidades do mantel— ele ordenou.
Patience queria se revelar, mas ela de repente não sabia se podia. Mas ela deveria, certo?
Tremendo incontrolavelmente, ela obedeceu.
As narinas de Matthew chamejavam enquanto ele olhava fixamente para ela.
—Traga seu traseiro para mais perto da extremidade e encoste as costas contra a parede.
Deus! Patience se posicionou cuidadosamente. Novamente, um rubor aqueceu seu rosto. As
pernas estavam abertas, os quadris erguidos, e a boceta completamente exposta - ela estava
sentada no mantel, como uma obra de arte posicionada para a visão dele.
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Apesar de ele agir como se a dispensasse, a ereção linda provava que ele não o fazia. Erguia-
se sólida e orgulhosa diante dele, e quando ele caminhou de volta em direção a ela, mal se movia
de tão espessa e dura.
Enquanto ele se aproximava, Patience balançou os quadris e ergueu a vulva em um
oferecimento e apelo mudos. Ela gemeu com sua proximidade, mas ele não a tocou.
Erguendo seu conhaque, ele ficou de pé em frente dela, bebericando enquanto olhava
fixamente para seu sexo inchado e gotejando.
—Nunca tinha visto uma virgem no cio antes. — Ele umedeceu os lábios. —O clitóris está tão
cheio, como uma framboesa madura pronta para ser comida.
Patience se contorceu e ondulou, ofegando com as respirações que escapavam enquanto ela
demonstrava o que sua carne inchada já indicava - desejo desesperado, frenético.
—Isto é bom, minha bela. — As feições de Matthew estavam duras com luxúria. —Mostre-
me. Mostre-me agora mesmo que a única coisa que importa é o que está entre as suas pernas.
Coloque o mundo de lado, e me mostre Eva.
Ele acariciou o pau entusiasticamente, e Patience sentiu as lágrimas começarem a cair
novamente enquanto os quadris empurravam e erguiam.
—Por favor, Matthew.
Ele ergueu os olhos enegrecidos com luxúria para ela.
—O que foi isso?
Ela piscou de volta as lágrimas e brevemente ergueu os quadris completamente para fora do
mantel.
—Por favor, Matthew!
Os golpes dele aceleraram.
—Por favor, o quê?
Ela agitou e mordeu o lábio inferior. Ele disse que a faria implorar. —Por favor, me ajude!
Matthew olhou fixamente para ela embaixo com as sobrancelhas abaixadas.
—Por que eu deveria?
—Porque você é o único que pode!
Ele tomou um passo em direção a ela, e os olhos eram como fogo.
—Diga-me que você precisa de mim, Patience.
Patience endureceu e fechou os olhos bem apertados. Ela se rendia ao desejo ou à
necessidade? Não podia ser necessidade. Ela não precisava de ninguém. Entretanto - ela abriu os
olhos e olhou fixamente para Matthew - por que parecia uma mentira agora? O peito doía.
—Diga-me— ele persuadiu.
—Sim— ela respirou.
Aproximando, Matthew deslizou o conhaque sobre o mantel. Ele ficou de pé logo diante do
sexo exposto dela mas o olhar segurava o dela.
—Sim, o quê?— Ele murmurou.
Os olhos de Patience encheram com lágrimas quentes e ardentes e tudo de uma vez, ela se
sentia como se pudesse se partir em mil pedaços. Ela era tão frágil?
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***
Matthew estremeceu sob o fardo de sua própria luxúria. O coração trovejava e o pau estava
duro como aço. A rendição feroz e selvagem de Patience era muito deliciosa. O gosto dela, o
cheiro, os sons que saíam dela, brotavam uma carnalidade forte e primitiva nele.
Engolindo sua última liberação apaixonada, ele foi para trás. As bolas bateram à vista dela.
Um cacho pesado e espiral caía adiante sobre sua sobrancelha, enquanto o resto de sua juba
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vermelha deliciosa caía em desordem indomada ao redor de seus ombros pálidos. As bochechas
estavam listradas com lágrimas e os lábios úmidos. As pernas estavam penduradas, soltas e
abertas. E logo embaixo daquele cacho rebelde, os olhos, meio fechados, estavam iluminados com
um fogo ainda assim sensual. O sangue de Matthew correu. Ela era uma vista de submissão
feminina. Mas ele não estava acabado com ela.
Rosnando baixo, ele agarrou o tecido do pescoço e a puxou adiante. Ela ofegou enquanto
caía em seu ombro, e a luxúria de Matthew ferveu enquanto ele levava seu corpo longo e nu
através do quarto.
Com um hasteamento, ele a liberou sobre a cama. Enquanto o grito surpreso dela ainda
estava passando pelos lábios, ele saltou nela, prendendo seu corpo bonito com o dele. Os olhos de
Patience alargaram e um protesto suave escapou, mas Matthew o ignorou. Agarrando seus pulsos,
ele correu o pau contra suas coxas suaves enquanto ele dava beijos quentes e apertados em seu
pescoço com aroma de gardênia.
A sensação do corpo de Patience lutando contra o dele despertou algo escuro e perigoso
nele. O suor brotou em sua sobrancelha enquanto ele lutava contra o desejo súbito de tomá-la
contra sua vontade. E reconhecer o desejo apenas o deixava pior.
Engolindo um grunhido, ele parou e prendeu os braços dela sobre a cabeça. —Fique
quieta!— Ele ganiu.
Patience ficou quieta imediatamente e olhou fixamente para ele, os olhos verdes brilhando e
o peito erguendo.
Ela era tão linda, e ele queria tanto estar dentro dela. Mas ele havia feito uma promessa. Ele
cerrou a mandíbula.
—Fique quieta e cruze os tornozelos— ele disse nitidamente.
Patience olhou fixamente para ele. Ele podia ver o pulsar rápido em sua garganta e então ele
sentiu o movimento das pernas. Segurando os pulsos dela com uma mão, ele deslizou e empurrou
seu pênis dolorido entre suas coxas úmidas. Enquanto o comprimento do pau apertava
firmemente contra as dobras quentes e molhadas dela, ele gemeu.
Patience estremeceu embaixo dele e os lábios separaram em uma arfada suave. Soltando os
pulsos dela e apoiando os cotovelos de cada lado de sua cabeça, Matthew se moveu mais alto,
aumentando a pressão de sua ereção contra seu sexo inchado.
—Oh, Matthew. —Patience mordeu o lábio e fechou os olhos.
Jesus, uma retirada leve, algumas punhaladas de guia, e ele podia reivindicá-la. Ele enroscou
os dedos em seus cachos suaves, espessos. Mas isso não era como ele queria. As pestanas dela
tremularam.
—Você sabe que eu podia tomá-la agora mesmo. — A voz veio apertada e tensa enquanto
ele empurrava entre suas coxas, roçando seu comprimento pesado e duro contra ela. —Eu podia
empurrar o meu pau na sua pequena boceta apertada e acabar com a sua virgindade. — Patience
puxou a respiração e os olhos chamejaram abertos enquanto os quadris balançavam para cima.
Matthew apertou os dedos no cabelo dela. —Mas quando o momento chegar, não é assim que eu
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vou fazer. — Ele bombeou lentamente contra ela. —Vou fazer gradual e cuidadosamente, porque
um presente tão magnífico não pode ser apressado.
Patience olhava para ele com atenção extasiada, e ele podia sentir as coxas dela ficando
tensas. O pau pulsava em advertência, mas, friccionando os dentes, ele se segurou.
—Eu vou penetrá-la lentamente, Patience, de forma que eu possa apreciar cada momento
esplêndido de estirá-la e enchê-la. Não acabará em um instante. Vou fazer de forma que você
nunca se esqueça, e de forma que você veja o quanto isso quer dizer para mim.
Patience olhava para ele e seus quadris empurravam. Luxúria e submissão faiscavam nos
olhos, mas havia qualquer outra coisa lá - algo pungente e tenro.
O coração de Matthew bateu e ele ofegou com a corrida súbita de umidade quente que
banhou as coxas de Patience. Deus, ele não podia se conter mais. Senti-la era bom demais.
—Acostume-se a me sentir— ele murmurou densamente. —Logo você estará aguentando o
meu peso frequentemente.
E enquanto Patience gemia e curvava os braços ao redor dele, Matthew deixou suas paixões
irem. Abaixando, ele pegou a boca em um beijo duro, empurrando a língua nela enquanto
bombeava o pau entre suas pernas.
Patience arquejou e ofegou, mas ele se recusou a liberá-la do beijo. Os braços apertaram ao
redor dele e os quadris começaram a mover. O sangue correu apressado e um zumbir brotou nas
orelhas. Com cada onda forte embaixo dele, Patience o inflamava ainda mais. Ele podia sentir a
umidade suave de sua vulva inchada enquanto ele dirigia contra ela, mas seu corpo e sua mente
gritavam por mais - pela supremacia e pela dominação - pela penetração.
Ele rasgou a boca da dela da mesma maneira que a submeteu ao orgasmo. O corpo
estremeceu e então seu grito suave roubou o final do controle dele.
—Merda!— Ficando de joelho, Matthew agarrou os quadris de Patience e a girou de barriga
para baixo. Acomodando o pau urgente contra os globos firmes de seu traseiro, ele o segurou lá
com os dedos polegares enquanto ele empurrava em um frenesi de desejo voraz e possessivo. O
coração batia e as orelhas soavam. Logo - logo ele a teria toda! Logo ela seria dele, corpo e alma! E
enquanto ele olhava fixamente para a marca do mestre que havia deixado em seu traseiro, e
assistia o pau deslizar contra suas nádegas altas e redondas, o poder de seu intento o superou
afinal.
Jogando a cabeça para trás, Matthew gritou sua liberação enquanto seu esperma vinha
rugindo de suas bolas e explodia de seu pênis em um estouro quente e triunfante. Grunhindo seu
domínio e prazer, ele deixou a cabeça cair adiante enquanto continuava a derramar sua possessão
acima das costas curvadas de Patience.
***
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algum nível baixo, inaudível. A seda da colcha parecia suave contra sua bochecha. Ela podia ouvir a
respiração estremecida de Matthew enquanto sentia as pernas dele de cada lado das dela. Ela
suspirou enquanto ele alisava a mão sobre seus quadris. Ela estava completamente contente. Tão
contente, de fato, que percebeu que não se lembrava de já ter se sentido assim.
Ela fez uma careta. Como podia ser verdade? Ela tinha vivido uma vida muito contente.
Não é?
—O que foi, Patience?
Ela abriu os olhos com o som da voz gentil de Matthew. Ela podia senti-lo se movendo e,
dando uma olhada rápida para trás, o viu ficar de pé e ir buscar sua camisa.
—Eu não sei— ela murmurou. —Euàape as…àTudoàpa e eàdife e te.
Retornando a ela, Matthew usou sua camisa para enxugar seu sêmen das costas dela. Então
ele ficou ao lado dela e, segurando a cabeça com uma mão, puxou-a contra ele com a outra. As
pestanas chamejavam.
—Tudo parece diferente, você diz?
—Sim.
Ele acariciou os dedos sobre a bochecha dela.
—Tudo parece diferente, Patience, porque você está diferente. E a cada dia você deve estar
um pouco mais diferente.
Ela fez uma careta - não porque ela discordasse, mas porque sabia que ele falava a verdade.
O coração trovejou, duro e pesado.
—Mas no que eu estou me tornando?
Matthew a considerou pelo que pareceu um momento muito longo. Então piscou.
—Seu verdadeiro eu, Patience. Você está se tornando seu verdadeiro eu.
Ela olhou fixamente para ele, o peito tão apertado que ela não parecia capaz de puxar uma
espi aç oàfu da.à“eàelaàesti esseàseàto a doàseuà e dadei oàeu àe t oà ue àelaàe aàago a?àEà
quem ela tinha sido?
Matthew deitou a mão sobre o coração dela batendo forte.
—Você não deve se preocupar— ele disse, acalmando-a imediatamente com seu toque
suave e voz. —Pode parecer estranho no momento, mas quanto mais diferente você se tornar,
mais deve se reconhecer.
Patience segurou seu olhar fixo e cobriu a mão dele com a dela.
—E quanto a você, Matthew? O que você está se tornando?
O olhar dele ficou tão tenro que os olhos bonitos pareciam aveludados.
—Arrebatado. — Ele lentamente abaixou a boca para a dela. —Estou ficando arrebatado.
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Patience
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Matthew despertou devagar de um sono profundo e agradável. Antes até de abrir os olhos,
ficou ciente do corpo morno ao seu lado e o cheiro lânguido de gardênias.
Patience. Minha doce Patience.
Apertando o braço ao redor de sua cintura esbelta e forçando as pálpebras a erguerem, ele
olhou fixamente para o rosto de sua bela adormecida. Mas apesar de ainda estar escuro, ele podia
vê-la bem o suficiente com o brilho escuro da luminária a óleo que ele havia deixado queimando
na mesa ao lado da cama. Deitada de barriga para baixo, a cabeça estava girada em direção a ele,
a bochecha descansando sobre seus cachos brilhantes. As pestanas tremulavam como leques
delicados, e ele se perguntou com o que ela poderia estar sonhando. Uma das sobrancelhas cor de
ouro vermelho ergueram e desceram, e então um suspiro suave passou pelos lábios cheios.
O peito de Matthew encheu com satisfação profunda. Isto era o que ele queria - sempre
acordar ao lado dela.
Ele puxou uma respiração longa e a soltou lentamente. Ele queria dançar mil vezes com ela.
Ele queria tocar ao lado dela em cem musicais. Ele queria permanecer ao lado dela como seu
companheiro reconhecido. E acima de tudo, ele queria protegê-la e cuidar dela, de forma que ela
nunca tivesse que temer que ele um dia a deixasse.
Ele ergueu um de seus cachos espessos para o nariz. Ele precisava saber o que havia
acontecido com o maldito mestre de música. Ela o havia amado?
Ele odiou o pensamento e o empurrou para fora de sua mente.
Não importava. Quem ele era, ou quem ele foi. O que importava era que ela tomava as
decisões em sua vida baseadas no que quer que ele tenha feito a ela - decisões erradas.
Até o modo dela tocar estava errado. Apesar de tecnicamente perfeita, era destituído de
emoção, e isso era assombroso considerando o quão veementemente ela reivindicava amar seu
instrumento e sua música. Não fazia sentido. O maldito mestre de música era seguramente
responsável por isto, também.
Ele olhou para a expansão pálida de sua pele suave revelada sobre o lençol, e então
retornou seu olhar para as pestanas chamejantes. Ela era a Bela Adormecida. E apesar de ele
ainda não ter as respostas para o enigma de seu cativeiro, ele teria. Ele estava disposto a
despertá-la e reivindicá-la.
Excitação chiou em suas entranhas. Batalhar com as defesas dela seria um grande prazer. Ele
seria tanto seu conquistador quanto seu emancipador.
Cuidadosamente, Matthew se apoiou em um cotovelo. O sangue corria enquanto ele olhava
para ela abaixo.
—Eu terei você, Patience— ele sussurrou baixo. —Eu terei você.
***
O anjo dela sussurrou em seu ouvido, ainda assim tudo o que ela podia ouvir eram partes de
palavras silenciadas. O som baixo foi cortado pelo movimento de suas asas, virando fragmentos
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Patience
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indecifráveis. Mas não parecia importar porque seu abraço e as linhas de sua voz carregavam sua
mensagem - você está segura e eu nunca a deixarei.
—Eu sei— Patience respirou.
Ela embrulhou os braços ao redor dele e apertou a bochecha contra seu ombro. Quanto
tempo tinha sido desde que ela havia se sentido tão abrigada? Ela não sabia. Mas um dia, há
muito tempo, ela estava em um abraço que lembrava este aqui - morno, protetor, perfeito.
Ela suspirou enquanto sentia um beijo em sua sobrancelha, e ela queria lamentar porque até
o beijo o lembrava de algo há muito esquecido.
Mas, os braços fortes de seu anjo começaram a ir para longe devagar. Ela se agarrou a ele e
tentou mantê-lo para ela.
—Não, ão vá… — ela pleiteou.
Mais sussurros quebrados. Mas ainda assim ele foi para longe. Ela sentiu um toque
prolongado, e então, assim como aquele abraço de há muito tempo, ele se foi. E apenas como há
muito tempo, todo seu conforto e felicidade se foram com ele.
Os céus desapareceram ao redor dela. Ela ficou de pé, só, em uma colina estéril. Uma brisa
soprou e ela se sentiu fria.
Mas não havia nenhum abraço morno para ela.
Então ela se envolveu firmemente com os próprios braços.
***
Matthew colocou o colarinho de seu casaco com mais firmeza ao redor do pescoço
enquanto olhava o céu do amanhecer. A respiração dele e daquela grande baía ao seu lado,
emitiam fumaças com o ar frio. Felizmente, a Mansão Hawkmore e Gillyhurst, a residência Filbert,
estavam relativamente próximas, com as terras se estirando em direções opostas. Ainda assim,
tinha sido um longo passeio de mais de uma hora para a propriedade de Lorde Filbert. Matthew
verificou seu relógio. Um pouco depois das seis. Eram três horas da manhã quando ele se forçou a
sair do doce abraço de Patience.
O coração dele apertou. Ela havia pedido a ele que não fosse, mas ele decidiu que era
melhor deixá-la então, do que ter que deixá-la mais tarde. Ele tinha planos para mais tarde. Além
disso, se ele pudesse incomodar Rosalind, tanto melhor.
Rosalind. Ele enfiou as mãos nos bolsos do casaco. Seria melhor conseguir algo útil dela,
porque ele preferia nunca mais vê-la novamente. Ainda assim, ele estava tentado a mudar de ideia
e partir.
Atrás dele, corvos gralharam. Girando, Matthew os achou empoleirados na roda do antigo
moinho, decaindo, ao lado de uma parede desintegrando. Um rio um dia havia alimentado o triste
prédio de pedra, mas Lorde Filbert o havia desviado há muito tempo. Mato agora escovava os
sarrafos inferiores, sempre tocando e empurrando, mas para sempre ineficaz em trazer o moinho
de volta à vida.
Matthew olhou fixamente para a roda desintegrando.
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Patience era seu rio. Sua presença o trouxe à vida - sua força, lealdade, bondade e coração
defensivo. Ela o movia e enchia com o desejo de ter sucesso. É por isso que ele não podia deixar
esta reunião. Ele iria fazer Patience sua esposa, e precisava dar tudo de si que pudesse - riqueza,
condição e segurança. Não pobreza, desprezo e preocupação.
Ele recuou os ombros. Ela nunca lamentaria escolhê-lo. Ele daria a ela uma vida brilhante. E
ninguém, menos ainda Archibald Benchley, o impediriam.
Ainda quieto, Matthew ouviu o barulho amortizado dos cascos dos cavalos. Os corvos
voaram com gralhadas altas. Ele girou enquanto os cavalos faziam a curva - Mickey Wilkes na
frente e Rosalind a seguir.
Puxando as mãos dos bolsos, Matthew cruzou os braços sobre o peito e esperou. Era
estranho. Antes de ele receber sua nota recente, Rosalind tinha retrocedido tanto em sua mente
que ele dificilmente pensava nela. Ainda assim, seu pai havia se tornado seu inimigo mais feroz.
Mas enquanto ela montava em direção a ele, um sorriso no rosto, ele percebeu o quanto ele
realmente a odiava. Não porque ela o havia deixado - isso ele estava contente. Mas por causa de
como ela o havia deixado. Por causa de como ela o havia vilipendiado depois de tê-lo deixado. E
pelo modo como ela estava tentando voltar sorrindo tolamente para ele.
Mickey e ela pararam. O menino desmontou e então se moveu para ajudá-la quando ficou
claro que Matthew não iria. Rosalind não disse nada, mas manteve o sorriso enquanto aceitava a
ajuda de Mickey e dava ao rapaz as rédeas.
Apesar da timidez de Matthew, ela fechou a distância restante entre eles. O cabelo escuro
estava amarrado atrás livremente no pescoço e mechas soltas caíam ao redor de suas bochechas,
que estavam avermelhadas do frio. Os olhos escuros mantinham uma satisfação coquete, e seu
sorriso afundou quando ela parou diante dele.
Ele um dia a havia achado bonita, mas agora tudo o que ele via era uma fraude egoísta, rasa.
Ele desejou poder voltar para a cama com Patience. Ele não deveria tê-la deixado para isso.
Rosalind ficou muda enquanto Mickey pegava o cavalo de Matthew e então se movia para
longe. Matthew deixou os braços caírem para os lados enquanto se lembrava da última vez em
que a havia visto. Tinha sido em sua casa em Londres. Ela havia dado as costas para ele, antes de
tranquilamente desaparecer atrás de uma porta fechada. O pai dela tinha estado furioso com ele -
e então ele tinha sido expulso. Ainda assim, esta manhã, não havia nenhuma tristeza ou remorso
em sua expressão por aquele dia. De fato, ela estava olhando para ele como se ele a devesse algo.
—Eu sabia que você viria até mim— ela disse.
Matthew friccionou os dentes.
—Sério? — Ele se entreteve com pensamentos de arrancar o sorriso convencido dela
imediatamente do rosto. —Como sabia?
Ela tomou um passo para mais perto dele.
—Porque você me amou, Matt. E o amor não desaparece em quatro meses. — Ela olhou
para ele pelas pestanas. — O que significa que você ainda me ama.
Ele se impediu de soltar a verdade - ela estava certa, o amor não desaparecia em quatro
meses. O que provava que ele nunca a havia amado. Ele cerrou as mãos em punhos. Apenas o
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deixou mais bravo do que ele pensou que faria - que até quando ele sabia melhor, ele havia se
agarrado à ilusão de que a amava - e a ilusão de que ela o amava.
Ele examinou os olhos marrons e falou ao redor de seu ódio.
—E quanto a você, Rosalind? Você ainda assim me ama?
Ela apertou a mão no próprio peito.
—Sim, meu querido.
Mentirosa. Mentirosa de uma figa.
—Olhe. — Ela abriu o pescoço de seu capote. —Olhe o que estou usando.
Matthew olhou fixamente para o colar de safira enquanto ignorava parte do seio que ela
ardilosamente havia revelado quando abriu o capote. Ele havia dado o colar a ela como presente
de compromisso. Ele queria arrancá-lo de seu pescoço. Rosalind estava usando safiras - safiras que
ele havia comprado para ela - enquanto Patience usava imitações.
—Isto deveria provar algo?— Ele não pôde impedir o lábio de curvar. —Porque temo que
não prove. Você já falhou no seu último teste de amor, Rosalind. — Ele ainda podia se lembrar do
rosto horrorizado dela quando ele disse que era um bastardo. —E então você fechou a conta por
escrito.
—Você sabe que o meu pai me fez escrever aquela carta. Eu não queria fazer isto.
—Ainda assim, você fez.
A sobrancelha de Rosalind franziu.
—Você não está sendo justo. Eu estava em estado de choque, Matt. — O franzir afundou. —
A notícia foi devastadora e eu fiquei muito ferida. Que mulher não ficaria?
Patience.
—E, sim, admito que fiquei brava com você.— Ela agitou a cabeça. —Mas você realmente
pode me culpar? Minha linhagem é antiga e pura, e teve sua dignidade manchada por este
escândalo. —O lábio inferior dela tremeu. —Ainda assim, apesar da triste verdade da sua
ascendência, e apesar das consequências terríveis que foram forçadas em mim como resultado -
ainda assim, estou aqui. Eu estou aqui, Matt.
Cristo, ele a odiava mais a cada palavra.
—Repito, isto deveria provar algo? Devo me sentir agradecido por você ter me dignificado
com sua presença?
Lágrimas afluíram dos olhos dela.
—Oh, pare com isto— ele retrucou.
A expressão dela parecia verdadeiramente arrependida. Ela apertou a mão entre as deles e
então as embrenhou ao peito.
—Mas querido, eu sei que o machuquei. Mas lamento. De verdade. — Ela se debruçou para
perto, os olhos cheios até a borda. —Ninguém me ama como você, Matt. Ninguém me trata como
você. Como eu podia ter sabido que o que nós tínhamos era tão especial, quando eu nunca tinha
experimentado algum amor além do seu? Oh, Matt—ela soltou a mão e se apertou contra ele—
por favor, eu sinto tanto a sua falta.
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Matthew continuou sem se mover. Ela não havia sentido falta dele. Ela havia sentido falta de
como ele fazia com que ela se sentisse. Ela pensou que ele seria facilmente substituível, e agora se
sentia muito arrependida por si mesma.
Ele se forçou a não jogá-la para longe dele.
Ela olhou para cima, os olhos escuros brilhando com sensualidade súbita.
—Beije-me, Matt. Beije-me como costumava fazer - com toda sua força e paixão. Apenas
beije-me e tudo ficará bem.
—Não. — Nunca. Os beijos dele eram apenas para Patience agora.
Ela olhou fixamente para ele por um longo momento antes de abaixar os olhos.
—Está tudo bem. Sei que você está bravo comigo. Mas sei também que você ainda me ama.
— Ela pausou e olhou para ele por suas pestanas. —E sei que você está furioso com o meu
compromisso com o Danforth. Ouvi sobre a briga, querido. — O menor dos sorrisos brotou nos
lábios. —E devo admitir que pensar em você lutando por minha causa me excita, você nunca,
jamais, deverá ter ciúmes dele. Prometa-me que não sentirá.
Matthew não estava certo se queria rir ou cuspir no rosto dela. E não fez nenhum dos dois.
—Muito bem, prometo.
O pequeno sorriso dela enfraqueceu apenas para ser substituído por uma careta ressentida.
—Danforth é muito estúpido. Mas logo serei uma condessa por meu próprio direito, e farei o
que quiser.
Ele olhou fixamente para ela por um momento e não pôde resistir a forçá-la a se mostrar de
verdade.
—Ou, nós podíamos ir a Gretna Green agora mesmo.
Um flash de choque e então desânimo mostrou em seus olhos.
Matthew conteve um sorriso sardônico.
—Mas…à— Ela olhou para baixo, e quando olhou de volta para ele a expressão estava cheia
de remorso. —Desejava que pudéssemos, Matt... na verdade eu desejo. Mas meu pai é
completamente contra você. Ele me deserdaria. Eu não conseguiria um centavo. — Ela tocou na
bochecha dele. —E quem sabe o que seu futuro trará.
—Sim, quem sabe? — Patience.
—Mas se eu me casar Danforth, por mais repugnante que seja, conseguirei seu título. E
manterei meu dinheiro. — Rosalind deu a ele um pequeno sorriso esperançoso. —Querido, posso
até achar um jeito de ajudá-lo se você precisar. Sabe, financeiramente. — O sorriso dela
aprofundou. —Isso não atrairia a ira de meu pai. Claro que eu nunca poderia deixá-lo saber.
—Claro que não. — Porque você é uma tremenda mentirosa.
—Mas a coisa importante é que nós estaremos juntos, querido - juntos para sempre. — Ela o
puxou para perto. —Oh, Matt, será tão maravilhoso e excitante. Meu pai e Danforth nunca
saberão.
—Não, nunca. — Porque fará frio no inferno antes de eu me tornar seu amante.
Ela foi para trás e cobriu uma risadinha com a mão.
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—Meu pai está tão bravo por Danforth ter perdido para você. Você deveria ouvir. Ele ainda
está furioso.
Finalmente.
—É mesmo?
—Sim. Sabe, ele praticamente jogou Danforth através da sala quando ele descobriu, sabe?
Ele o chamou de i e il,àeàoàa usouàdeà a ui a àtudo .à
Matthew ficou tenso.
—Sério?
A expressão de Rosalind mudou para uma de preocupação.
—Oh, eu sinto muito, querido. — Ela o puxou para perto. —Eu não deveria estar falando
sobre isso. — Ela agarrou os braços dele e deslizou a bochecha contra seu peito. —Mas quero que
você saiba que se meu pai tiver sucesso em assumir o comando da GEFO, eu não me importo. Não
i po taàoà u ,à ue oàesta à o à o àpa aàse p e.àEà ue o…
Matthew ficou congelado enquanto a voz de Rosalind enfraquecia.
Assumir o comando da GEFO? Benchley queria assumir o comando da GEFO? Benchley
queria assumir a porra do comando da Grande Estrada de Ferro do Oeste?
O corpo de Matthew endureceu com ira. Sim, claro que ele queria, o maldito filho da puta!
Benchley precisa apenas privar a GEFO e esperar. Afinal, barrando qualquer fuga brilhante, teria
sido apenas uma questão de tempo antes de Matthew não poder mais sustentar as perdas da
Estrada de Ferro. Os acionistas teriam suas ações no vermelho, e ele, um falido, teria sido
arrancado da diretoria. Então Benchley, e provavelmente os outros donos de grandes minas
também, teriam aparecido para salvar o dia. E com isso, Matthew teria sido completamente
arruinado, enquanto Benchley teria adquirido a GEFO por uma fração de seu valor.
Matthew sentiu como se seu sangue estivesse fervendo. Benchley era para ter sido seu
sogro, pelo amor de Deus. Ainda assim o homem não estava apenas conspirando para a ruína de
Matthew, mas, simultaneamente, sua própria ascensão - pelas costas de Matthew para pegar seu
trono!
Matthew cerrou a mandíbula em uma tentativa de conter a ira. A vilania de Benchley, ao que
parecia, não tinha limite. O que mais o homem era capaz? Matthew enrolou os dedos em punhos.
Ele não tinha condições de descobrir. Ele devia destruir Benchley completamente. Ele tinha um
futuro para proteger - um futuro com Patience.
—Matt, querido, você está me escutando?
Matthew olhou fixamente para Rosalind abaixo, e sua raiva era quase tanto por ela quanto
por seu pai.
—Tenho que ir logo.
A expressão de Rosalind ficou marcada por surpresa.
—Mas eu apenas acabei de chegar. Eu pensei... Bem, pensei que poderíamos passar algum
tempo juntos.
Matthew a girou em direção ao caminho do moinho.
—Outra hora, talvez. Eu não posso fi a àhoje…
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Patience
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***
Um sorriso brotou nos lábios de Patience enquanto ela lia a última frase, e então ela leu a
nota toda de novo - e de novo. Tal nota sumária, ainda assim baniu completamente o seu humor
doente.
Sentando, ela viu a bandeja do café da manhã na lareira. Uma cúpula de prata escondia o
conteúdo. Considerando sua ingratidão pelo café da manhã do dia anterior, ela ficou surpresa por
ele ter trazido outro. Mas ela também se sentia sumamente feliz por ele ter feito isso. Feliz e - e,
bem - feliz.
Fugindo às pressas da cama, ela cruzou para a lareira e espiou embaixo da cúpula. Um ovo
poché, torrada e salsichas minúsculas estavam lindamente organizados ao lado de uma maçã
assada. O prato ainda estava muito morno. Ele não podia tê-lo deixado lá há muito tempo.
Ela inalou o cheiro de canela. Ele teria ficado e tomado café da manhã com ela se ela tivesse
acordado com seu beijo? Isso teria sido bom.
Colocando a tampa novamente, ela cruzou para seu quarto de vestir. Enquanto ela abria a
gaveta pequena à esquerda, leu a nota mais uma vez, pausando nas palavras - por saber que sou
seu príncipe.
O coração dela tremulou.
Seu príncipe?
Seria?
Ele claramente achava.
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Patience
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Ainda assim ela tinha estado certa de que não existia nenhum príncipe para ela. Ela tinha
estado certo de que reinaria sobre sua vida só - certa de que não precisava de ninguém.
Ela deslizou o polegar através das cartas enquanto um pequeno franzir marcava sua
sobrancelha. Somente ontem à noite ela havia admitido que precisava dele. E ele confessou sua
necessidade dela. O franzir dela aumentou. Mas o que eles precisaram um do outro? Prazer e
realização física? Claramente, era isto.
Mas havia mais. Ela sentia nos momentos mais profundos de sua submissão - uma paz e
conforto profundos. E felicidade - doce e não diluída.
Ela a havia sentido em outros tempos, muito - enquanto eles dançavam juntos, e quando ela
o viu debruçado contra a entrada na soirée musical. E quando ele dizia coisas. Aquelas coisas
surpreendentes e maravilhosas que ela nunca se esqueceria. E agora, quando ele nem mesmo
estava com ela - mas estava pensando nela.
Ela deslizou a nota na gaveta junto com o papel dobrado que tinha agraciado sua bandeja do
café da manhã na véspera. Erguendo o olhar, ela olhou para o reflexo de seu torso no espelho da
penteadeira. Trazendo uma mão para o peito, ela alisou a outra ao longo da curva de sua cintura.
Eles eram destinados um para o outro - para uma vida juntos? As mãos dela tremiam e a batida do
coração ficou rápida com o pensamento. Isso era o inevitável que ela havia sentido no primeiro
momento em que o viu?
Isso significaria que todas as certezas dela estavam erradas. Como podia ser? Como podia
ser quando ela tinha estado tão certa, tão decidida?
Dando as costas devagar, ela deixou o olhar vagar pela curva abaixo de sua cintura para seu
traseiro. Os olhos alargaram e, examinando sobre o ombro, ela girou mais. As pequenas e pálidas
contusões pontilhavam a pele de suas nádegas, e uma mordida maior e mais escura de amor
estava na curva de sua nádega esquerda. O clitóris pulsou e um suspiro passou pelos lábios. A
visão deixou-a contente e excitada. Como a mordida de amor desvanecendo na coxa, era uma
pequena marca de sua submissão - a prova tangível de algo doce, ainda assim secreto - a prova
tangível do toque forte de Matthew nela.
Ela alisou a mão no traseiro, suavemente apertando as contusões pálidas. Ela mal as sentia,
e se perguntou por que estava desapontada. Enquanto ela continuava a olhar fixamente para as
pequenas marcas, percebeu que a visão delas fazia com que ela se sentisse orgulhosa e protegida.
Mas por mais que ela pudesse reconhecer seus sentimentos, não podia explicá-los.
Ela suspirou enquanto um franzir marcava sua sobrancelha. Essa era a mulher que ela estava
se tornando? Uma com emoções estranhas e inexplicáveis que não faziam nenhum sentido?
Ela girou e olhou fixamente para o estojo de seu violoncelo. Como ela podia confiar em tais
emoções estranhas? Ela estava sendo cegada pela experiência intensa de sua submissão?
Ela fez uma careta. Ou melhor, eram os olhos que estavam sendo abertos?
Ultimamente, tudo parecia estar trabalhando em opostos. A submissão era poder. A
vulnerabilidade era força. As amarras a estavam livrando. Havia prazer no castigo.
A careta afundou enquanto ela olhava fixamente para o estojo do violoncelo.
E antigas verdades pareciam mentiras.
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***
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…ei-lo aí, que já vem saltando sobre os montes, pulando sobre os outeiros.
Cantares de Salomão 2:8
—O céu está tão escuro hoje, minha querida. Acho desaconselhável você sair para assistir a
caça. Por que você não fica em casa conosco?
Patience girou da janela de onde olhava para as nuvens. Ela cruzou para Tia Matty e Passion,
que estavam sentadas confortavelmente diante do fogo da sala de visitas da família tomando café
da manhã. Patience despejou para a tia uma xícara de chá fresco.
—Eu ficarei bem, Tia Matty. O que é um pouco de água, afinal?
—Minha querida, se fosse apenas água, eu não teria nenhuma preocupação. Mas com
certeza será uma tempestade. E se você pegar um resfriado? E se o seu cavalo ficar arredio e jogá-
la para longe? Oh—os olhos de Tia Matty se arregalaram. — E se você for atingida por um raio?
Passion, diga a ela o que aconteceu à minha boa amiga, Sra. Nobhew.
Passion sorriu para a tia.
—Mas, Tia Matty, eu não sei o que aconteceu com a Sra. Nobhew. Eu nem sei quem é a Sra.
Nobhew.
Tia Matty olhou preocupada para Passion, mas bateu levemente em sua mão.
—Querida, temo que a sua condição delicada tenha começado a afetar a sua memória, pois
estou bastante certa de que contei tudo sobre a minha boa amiga, Sra. Nobhew.
Passion anuiu com a cabeça.
—Estou certa de que me disse. Perdoe-me.
—Sempre, minha querida. E, claro, não devo dizer uma palavra para a Sra. Nobhew sobre
você ter se esquecido completamente de sua história horripilante. — Tia Matty bebericou seu chá.
—E se eu disser uma palavra, deve estar certa de que explicarei que a razão para o seu
esquecimento, é, afinal, completamente compreensível.
Patience agitou a cabeça e permutou um olhar exasperado com a irmã. Nesta taxa, seria
meio-dia antes de elas descobrirem o que havia acontecido a Sra. Nobhew.
—Bem por bondade, Tia Matty, diga-nos o que aconteceu.
Tia Matty fez uma careta para ela.
—Realmente, Patience, você deveria exercitar o atributo que te dá nome. Céus, deixe-me
respirar um momento, sim?
Patience cruzou os braços sobre o tórax enquanto a tia fingia limpar a garganta. Passion
escondeu o sorriso atrás de uma colherada de maçã assada.
—Deus, olhe o tempo— Patience disse casualmente. —Suponho que eu deva ir.
—Então — Tia Matty continuou imediatamente —como eu estava dizendo sobre a Sra.
Nobhew. No mês passado ela acompanhou o filho e a família a um piquenique no parque. Eles
estavam se divertindo muito até que uma tempestade súbita surgiu. Bem, em sua pressa de partir,
ninguém considerou as ramificações perigosas de colocar a louça de prata sob o banco da Sra.
Nobhew.
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—Bom Deus. — Patience ergueu as sobrancelhas para a irmã, insegura se a história de sua
tia iria para um caminho sério ou divertido.
—Bom Deus, realmente— Tia Matty disse dramaticamente. —Imagine o choque e desânimo
quando um raio feroz desceu logo atrás da minha boa amiga, Sra. Nobhew, eletrificando os
utensílios de piquenique a tal grau, diante dos olhos horrorizados da família inteira, que todo o
cabelo da Sra. Nobhew enrolou!— Os olhos alargaram. —Inclusive das sobrancelhas!
Patience e Passion ambas olharam para ela por um momento breve antes de caírem na
gargalhada.
Tia Matty fez uma careta para elas severamente.
—Isto não é caso para rir, meninas. É terrível. Vocês deveriam ver: cachos esticando em
todas as direções possíveis. Ela não podia fazer nada com eles. E da última vez que ela me
convidou para o chá, meu olho estava constantemente atraído por suas sobrancelhas, e, não
importava o quanto eu tentasse dizer a mim mesma o contrário, pareciam duas lagartas
penugentas rastejando através de sua sobrancelha. Distraíam terrivelmente.
Sufocando com riso, Patience segurou a lateral do corpo dolorido e se debruçou sobre a
parte de trás de uma cadeira enquanto a irmã cobria o rosto com as mãos, os ombros agitando
com hilaridade muda.
Tia Matty bebericou seu chá enquanto esperava que elas se contivessem, o que elas fizeram
bastante depressa apesar de algumas recaídas.
Tia Matty ergueu as sobrancelhas prateadas.
—Se as duas tiverem terminado, devo retornar ao meu ponto principal.
—Que é? — Patience perguntou, tentando parar de rir.
—O raio pode ter um efeito horroroso no cabelo, e possível contatos devem ser evitados a
todo custo.
Patience engoliu o riso.
—Mas Tia Matty, meu cabelo já é enrolado.
—Exatamente. Então por essa razão o raio pode ter o efeito oposto em você, fazendo seus
cachos magníficos ficarem completamente lisos e sem-graça. Isso não seria um desastre?— Ela
bebericou seu chá. —Eu te digo, Patience, você simplesmente deve ficar em casa.
Exatamente quando Patience estava preparando sua refutação, Passion falou.
—Talvez Tia Matty esteja certa, querida. — A irmã pausou. —Claro, Matt ficará bastante
desapontado. Creio que ele estava desejando montar com você. — Passion encolheu os ombros.
—Mas acho que Tia Matty tem razão. A segurança dos seus cachos é muito mais importante.
Tia Matty derrubou a xícara com ruído e limpou a garganta.
—Deus, Passion, você realmente não deve mimá-la tanto. — Ela girou para Patience. —Eu te
digo, minha querida, você simplesmente deve ir à caça. O que você quer dizer em estar pensando
em não ir?— Ela fungou. —O que é um pouco de água, afinal?
Patience fez uma careta. Ela apreciava a ajuda da irmã, mas ficou aborrecida pela
determinação cega da tia de empurrá-la para Matthew.
—Mas e quanto ao tal raio?
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Tia Matty olhava para ela como se ela tivesse perdido a cabeça.
—Não creio que você colocará utensílios de piquenique em sua sela, consequentemente
você não terá com o que se preocupar, minha querida. Vá, e se divirta maravilhosamente.
Patience descansou as mãos na cintura.
—Matthew e eu não vamos nos casar, Tia Matty.
—Não vão? Então com quem você vai se casar?
—Eu não vou me casar com ninguém - nem com Matthew, nem com ninguém! A senhora
deve colocar isso na cabeça imediatamente.
Tia Matty agitou a cabeça.
—Sinto muito, mas simplesmente não posso fazer isso tão depressa. Você terá que esperar.
—Estou falando sério, Tia Matty.
—Bem, eu também!— Tia Matty empurrou de lado seu chá e fez uma careta. —Não entendo
você, Patience. Por que persiste em evitar os papéis que Deus traçou para você? Você pensa que
sabe melhor do que Ele o que a fará feliz? Você pensa que o coração e o útero da mulher são
irrelevantes?
Patience permaneceu rígida diante de sua tia.
—Você não pode negar que algumas mulheres são doentiamente adequadas para o
casamento e a maternidade.
—Não nego isto. Mas o que essas criaturas desgraçadas têm a ver com você? Você será uma
mãe excelente. Olhe para as crianças na escola da igreja. Elas a admiram e respeitam porque você
é justa e firme. E quanto ao casamento - bem, eu disse ontem mesmo que você, minha querida, é
como um pêssego. — Tia Matty pausou e então ergueu as sobrancelhas. —Um pêssego é suave,
doce e suculento. Um pêssego é feito para se comer. E porque é tão suave, doce e suculento, é
uma grande tragédia quando um pêssego não é comido. Apenas sendo comido segue
verdadeiramente seu propósito - que é ser amado e adorado por ser suave, doce e suculento.
Patience olhava fixamente para a tia e o peito estava um pouco apertado. Apesar de seu
comportamento rígido com as crianças na escola da igreja, ela se importava profundamente com
elas. Porém, na maior parte do tempo, ela não se sentia muito suave, doce ou suculenta. Ela deu
uma olhada rápida para a irmã e achou Passion observando-a atentamente. Ela se voltou para a
tia.
—Mas e se você estiver errada? E se eu não for um pêssego, Tia Matty?
—Humph, acredite em mim, você é. E Matthew Hawkmore está desesperado para arrancá-la
da árvore. Ouço sinos de casamento sempre que ele se aproxima.
Casar com Matthew? O coração de Patience saltou e então correu nervosamente. Ele
poderia querer que ela ficasse com ele por um tempo, mas ele tinha dito especificamente que não
estava interessado em sua mão. Ela agitou a cabeça.
—Matthew Hawkmore não está mais interessado em casamento do que eu.
—Oh, claro que ele está. Céus, Patience, para uma menina tão brilhante, você pode ser
muito obtusa.
Patience fez uma careta e contou com a irmã.
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O coração de Patience saltou com excitação, mas no momento seguinte sua petulância
chamejou. Ela estava lá, sem se mover, enquanto seu impertinência lutava com seu desejo. Então,
aborrecida com sua própria indecisão, ela ergueu os ombros e girou para fechar a porta.
Quando ela se voltou, Matthew estava caminhando para sua escrivaninha. Sentando contra
a extremidade do revestimento, ele cruzou as pernas longas nos tornozelos e cruzou os braços
sobre o peito. Apesar de a sala estar escura devido ao cinza do dia, ela podia ver, como sempre,
seu olhar escuro lentamente se movendo sobre ela. As pontas dos dedos dela formigaram.
—Você é bonita— ele disse suavemente. —Plutão nunca poderia resistir a uma Perséfone
como você. — Ele pausou. —Venha aqui.
Patience estremeceu com o som de sua voz, e ela avançou antes de poder se parar.
Entretanto ela parou, dura com o esforço de permanecer arraigada. Ela não tinha que obedecer.
—Você que venha até mim— ela disse rígida.
A linda boca de Matthew aumentou um pouco nos cantos, e ele agitou a cabeça.
—Realmente, Patience. Essa é uma pequena frente a se fazer, não é?
Ela fez uma careta e de repente se sentiu um pouco tola, o que apenas serviu para vexá-la
mais.
—Todavia, é minha frente.
—Você frequentemente permanece contra seus próprios desejos tão simples?
Patience cerrou a mandíbula e odiou por ele estar falando a verdade.
Quando ela não respondeu, as sobrancelhas dele ergueram.
—Sei que você quer vir até mim. Olhe para você, toda tensa e rígida com o esforço de não se
mover. Não me agrada vê-la assim, Patience.
Deus, ela começou a temer que houvesse iniciado uma batalha perdida.
—Então ponha fim a minha tensão e venha até mim.
Ele apoiou as palmas contra a extremidade da escrivaninha.
—Você sabe que eu não farei isto.
—Por que não?— A voz dela soou tão apertada. —Como você disse, é apenas uma frente
pequena. Seguramente você pode favorecer um pedido tão insignificante, não?
—Não. — Ele a segurou com seu olhar firme. —E não tente me manipular comparando
pequenez com insignificância. Você está me testando, sobre algo pequeno e insignificante, mas o
teste propriamente dito não é insignificante.
Patience se eriçou com as palavras pequeno e insignificante.
—Você pensa que se eu for até você, terá ganhado uma batalha. Você pensa que se sentirá
melhor sobre as emoções que estão se rebelando em você. Talvez até prove que as últimas duas
noites estavam erradas.
Sim! Patience engoliu o amontoado em sua garganta.
—Mas a verdade é que a batalha que você está lutando não é comigo; é com o seu orgulho e
com suas antigas noções confusas. Eu não sou seu inimigo. Sou o aliado de seu verdadeiro eu. Mas
seàeuà ede àaoàseuà pedidoài sig ifi a te',àte eiàteàdese tado.àVo àse ti àu aà it iaàpassagei a,à
apenas para ser seguida por uma decepção monumental.
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Deus, isso era verdade? Ela olhou fixamente em seu olhar escuro, que não oscilava.
—Não se preocupe— ele murmurou. —Eu não falharei com você.
Patience puxou uma respiração sufocada de alívio, e a realização do que aquele alívio queria
dizer inundou-a no mesmo momento. Deus do Céu, o que estava acontecendo com ela?
—Agora—ele plantou os pés separadamente e deitou as mãos sobre as coxas musculosas —
salve esta desobediência para algo que realmente a irrite e venha até mim.
Ela pausou enquanto sua última resistência fazia uma frente fraca.
Ele lentamente estendeu a mão, palma para cima.
O coração de Patience bateu forte no peito. Apenas vá para ele. Você quer.
Em apenas um momento, a mão dela estava na dele e ele a colocou entre suas pernas
longas. Ela olhou fixamente para seus olhos escuros com muitos cílios. Assim era melhor. Era tão
bom estar perto dele.
—O que você está pensando agora?— Ele perguntou.
—Estou pensando no quão melhor é estar perto do que longe de você.
A expressão dele suavizou.
—Beije-me, Patience.
Patience sentiu a facilidade do corpo inteiro enquanto deslizava uma mão na nuca dele e
curvava a outra junto à mandíbula de Matthew. Balançando a cabeça, ela apertou os lábios
separados avidamente contra sua boca. Entretanto ele permaneceu quieto e não a beijou de volta,
ela sabia que ele logo cederia. Novamente ela tocou a boca na dele, saboreando-o e mordiscando
a abundância de seu lábio inferior. Ela viu os olhos fecharem, e ele suspirou suavemente enquanto
a cabeça caía para trás. O desejo chamejou e Patience apertou a boca aberta e flexível junto ao
seu queixo e mandíbula. O cheiro de sua pele com aroma de vetiver a intoxicou.
Finalmente, com um gemido baixo, ele trouxe a boca para a dela, capturando-a em um beijo
profundo, possessivo. A língua punhalou e os braços a puxaram firmemente contra ele. O sangue
de Patience correu apressado para seu núcleo e encheu o pequeno coração necessitado que
pulsava entre suas pernas.
Ela enrolou os dedos no cabelo curto da nuca dele e se debruçou nele enquanto ele
acariciava a língua na dela. A mão apertou contra as camadas de suas saias em uma tentativa de
puxar os quadris para mais perto. Isso - este abraço urgente - era o que ela havia ansiado desde
que havia despertado.
Ela ofegou em sua boca enquanto sentia a mão dele em seu peito. Os mamilos apertaram e
os espartilhos atrás de suas costas deram arrepios contra a imprensa de sua roupa.
—Toque-me— Matthew disse contra os lábios dela. —Toque-me e sinta o quanto eu a
quero.
Alcançando entre eles, Patience apertou a mão contra a coluna espessa de sua ereção. Ele
gemeu contra o canto de sua boca, e o clitóris dela pulsou enquanto uma corrida súbita de
umidade molhava as coxas. Deus, ela amava a sensação dele. Ele era tão duro e grande que ela se
perguntou como podia ter tomado essa espessura com a boca. Enrolando os dedos firmemente ao
redor dele, ela ficou mais molhada enquanto ele empurrava repetidamente contra sua mão ávida.
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A respiração dela acelerou, e, ainda assim novamente, ela se achou se perguntando como
seria senti-lo empurrando entre suas pernas. A boceta cerrou e pulsou.
O braço dele apertou ao redor dela e a voz veio em sua orelha.
—A sensação do meu pau a deixa molhada e faminta?
—Sim— Patience ofegou. Ela envolveu as bolas inchadas dele e se curvou contra ele.
Matthew gemeu e apertou mais duro contra ela enquanto apertava seu seio.
—A sensação a faz ansiar pela liberação?
—Sim. Sim!— Patience torceu enquanto o clitóris começava a pulsar seriamente.
Matthew continuou a empurrar contra sua mão. A respiração dele fazia cosquinha nela
enquanto ele a mordia ternamente, e ainda assim firmemente, no lóbulo de sua orelha.
—Você quer que eu te dê a liberação agora?
O corpo dela tremia com desejo.
—Sim.
—Você está desesperada por ela agora?
—Sim!
Patience mordeu de volta um grito enquanto Matthew de repente a girava e curvava suas
costas contra a escrivaninha. Ele estava entre suas pernas e, apesar das muitas camadas de saias,
ela podia sentir a marca de seu corpo contra sua necessidade mais tenra. Os quadris balançaram e
ela agarrou as lapelas da jaqueta dele. Sim!
Curvando sobre ela, as feições lindas estavam apertadas.
—Mas eu digo não.
Levou um momento para as palavras dele serem registradas na mente de Patience. Ela
congelou.
—O quê?
Os olhos escuros a consideraram atentamente.
—Eu disse não. Temo que você deva ser castigada por sua pequena explosão de
desobediência.
Os olhos de Patience alargaram em descrença.
—Você não está falando sério.
—Claro que estou falando sério. Você pensou que não haveria nenhuma repercussão?—
Matthew ergueu as sobrancelhas enquanto recuava dela. —Minha doce Patience, sua
desobediência sempre será castigada. Eu fui indulgente com você ontem à noite, mas é hora de
você começar a aprender suas lições.
Patience arremessou para uma posição cômoda enquanto raiva quente rugia por ela. Ela
podia ver sua ereção, espessa e forte. O clitóris batia.
—Eu exijo satisfação— ela disse ferozmente.
Matthew endireitou sua jaqueta.
—Você não exigirá nada. Porque se o fizer, não conseguirá nada.
Patience sentiu as bochechas queimarem com fúria e ressentimento.
—Muito bem— ela retrucou enquanto agarrava as próprias saias. —Devo me satisfazer.
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***
Com seu chapéu debaixo do braço, Matthew ergueu o queixo e endireitou sua gravata
enquanto descia os degraus para o andar principal. Ele sorriu enquanto pensava em Patience - sua
doce resistência, sua rendição breve, e sua saída mal-humorada. Coitadinha, ela realmente estava
em falta de algum castigo sério. O sangue dele correu apressado. Hoje, ele a provaria. Hoje, ele
teria tempo com ela. O coração dele estava cheio. Hoje eles teriam tempo juntos.
Saindo sobre o pórtico dianteiro, Matthew achou o caos selvagem que sempre precedia uma
caça. Pessoas e cavalos estavam em todos os lugares. Metade dos convidados estava montada,
metade não, enquanto os meninos dos estábulos se apressavam para fornecer a montaria
apropriada àqueles que não trouxeram sua própria. Os cavalos cabriolavam e relinchavam em
excitação, enquanto os cães de caça latiam ruidosamente para o orgulhoso mestre dos
foxhounds36. O treinador estava de pé ao lado do terrier e berrava ordens afiadas para os fox-
terriers vivazes, que se mantinham a uma distância curta. Servos de caça, já montados, se moviam
nos fundos da multidão. Usados para ajudar os cavaleiros menos experientes e abrirem os portões
de modo a oferecer caminhos, eles também ajudavam os cavaleiros a ficarem em curso. Todavia,
apesar dos melhores esforços dos servos de caça, muitos convidados se perdiam. Era uma
circunstância que se ajustava aos planos dele perfeitamente. Ele achou Patience na multidão e
deixou um pequeno sorriso vir aos lábios. Ela estava bem montada na égua que ele havia instruído
Jimmy a selar para ela. Ele colocou suas luvas. Será um ótimo dia.
36
Foxhound - qualquer uma das várias raças de cães de porte médio treinadas para caçar raposas e que possuem pelo
brilhante com combinações de marrom, preto e branco.
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—Sim, mas o homem é considerado por todos um bundão incoerente, então não será bom
para mim me envolver.
—Você está me dizendo que eu não devia tê-lo pedido para partir?
—Não, ter chutando o bundão dele para fora daqui é realmente bastante perfeito - e eu
amo a ironia.
Mark riu.
—Senti a sua falta.
Matthew deu uma olhada rápida para os olhos azuis do irmão e sorriu.
—É bom estar de volta ao caminho certo.
Mark sorriu amplamente.
—Falando em caminho, por que você não faz Farnsby e Asher se juntarem a nós na frente?
Matthew agitou a cabeça.
—Não quero ser responsável pelas mortes deles. Além disso, pretendo me perder hoje.
Mark fez uma careta.
—Você pretende se perder?
—Sim, junto com certa jovem mulher.
A careta de Mark afundou.
—Droga, Matt— ele disse tranquilamente. —Não posso permitir isto. Já que Patience está
aqui, está sob a minha tutela.
Matthew quase sorriu com a noção do irmão como guardião da virtude de uma mulher. O
amor e o casamento realmente mudavam as coisas.
—Eu não tinha que dizer a você os meus planos.
—Mas você disse.
Matthew encontrou o olhar duro do irmão.
—Você não pode me manter longe dela, Mark, mais do que eu pude mantê-lo longe de
Passion. A única pessoa que me manterá longe de Patience é ela mesma.
Naquele momento, Jimmy subiu com Dante. Matthew depressa montou o grande cinza
enquanto Mark se sentava atrás em sua sela. O irmão olhava fixamente para ele, e Matthew podia
ver que ele estava refletindo sobre suas opções. Mas a menos que Mark o trancasse e enviasse
Patience para casa, havia pouco que ele pudesse fazer.
—Aonde você planeja levá-la?
—Gwyn Hall.
—Cristo, por que tão longe?
—Não quero quaisquer interrupções.
Mark olhou o céu nublado.
—Se esta tempestade ficar feroz, você será pego.
—Isto é exatamente o que estou desejando. — Matthew piscou. —Cubra-nos, certo?
Mark fez uma carranca sob a borda de seu cartola.
—Por que você não apenas se casa com ela, e então eu não terei que cobri-los? — ele
rosnou.
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—Realmente, eu acabei de decidir fazer isto. — Girando Dante, Matthew deu uma olhada
rápida para o irmão com os olhos largos e se permitiu um pequeno sorriso. —Não diga nada. A
dama é espinhosa sobre o assunto.
Enquanto Matthew montava para longe, o riso de Mark ecoou atrás dele. E isso fez o sorriso
dele aumentar. Ele não tinha a intenção de contar os planos ao irmão, mas agora ele estava
contente por ter feito. Além de fazer seu namoro com Patience muito mais fácil, dizer as coisas
para Mark sempre fazia parecê-las mais reais.
Matthew voltou na direção de onde havia visto Patience pela última vez. Ele a achou
facilmente e, parando, estudou-a de longe. Sua postura adorável e seu cabelo brilhante, mesmo
preso com um laço, fazia com que ela se distinguisse na multidão. Ela se sentava lateral e
graciosamente em sua sela e o véu de seu chapéu tremulava contra sua bochecha na brisa. Ele fez
uma careta quando notou Montrose e dois outros homens conversando com ela. Ela não podia
estar em qualquer lugar sem a companhia de admiradores. Ele odiava isto. Ela deveria estar ao seu
lado, e o mundo inteiro deveria saber que ela era sua.
Logo…
—Ei, Hawkmore, você está aí! Viu, Asher, eu te disse que ele viria.
Farnsby e Asher pararam na frente dele, bloqueando sua visão de Patience.
Matthew anuiu com a cabeça.
—Cavalheiros.
—Asher estava certo de que você o ignoraria. Mas apostei dez libras que você não iria. E
aqui está você. — Farnsby deu uma olhada rápida para Asher. —Você pode me pagar mais tarde.
Asher se moveu desconfortavelmente em sua sela.
—Tudo bem, Asher. — Matthew bateu levemente contra o ombro musculoso de Dante. —Eu
poderia ter apostado contra mim, também. Não tenho sido muito social ultimamente.
Asher sorriu justamente quando a voz de Mark ecoou sobre a assembleia. Matthew escutou
o irmão dar as boas-vindas aos seus convidados para a caça e disse a direção geral do percurso.
Então a bebida da despedida foi servida.
Enquanto todo mundo bebia cordialmente, Matthew deu uma olhada rápida na direção de
Patience. O coração bateu um pouco mais rápido quando ele viu que ela estava olhando para ele.
Oh, que dia ele tinha esperando por ela.
Ele anuiu com a cabeça e tocou a borda de seu chapéu. Um rubor escureceu as bochechas
dela, mas ela não desviou o olhar. Realmente, seus olhos verdes quase pareceram o desafiar. Mas
no momento seguinte, ela foi bloqueada de sua visão enquanto a chamada para a caça soava, e
todo mundo começava a sair. Indo para os fundos com Farnsby e Asher, ele localizou Patience à
sua frente e então parou em sua sela para aguardar a perseguição.
Pareceu a Matthew que os cães de caça levaram um tempo interminavelmente longo para
pegarem o odor da raposa. Durante isso, Farnsby e Asher entabularam uma conversa inativa e
aparentemente infinita. Outra hora ele teria apreciado mais a companhia deles, por serem
companheiros realmente decentes e divertidos. Mas ele estava ansioso para a caça, e manteve o
olho no cabelo brilhante e nas costas retas de sua presa pessoal.
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Quando a corneta finalmente soou, seu coração saltou e o sangue correu apressado.
Finalmente! Com um toque de suas botas, ele persuadiu Dante adiante. Ele queria montar com
tudo enquanto assistia o grupo principal de cavaleiros depressa se separar do resto. Mas hoje ele
precisava ser paciente.
Em momentos, eles se foram, saindo grupos dispersos de cavaleiros para seguirem em sua
caça. Sua presa adorável montava firme e forte, em um grupo em direção ao meio. Mantendo um
passo fácil, Matthew ficou com Farnsby e Asher, que fizeram seu melhor para acompanhá-lo. Ele
os favoreceu por algum tempo enquanto assistia a distância entre Patience e ele crescer mais. Mas
quando ela finalmente desapareceu em uma extensão do bosque, ele tomou sua decisão de se
separar deles.
Uma sebe alta assomou ao longe. Seus companheiros teriam que ir. Ele falou por sobre o
ombro para eles. —Preciso dar a Dante uma corrida. Até mais.
Farnsby e Asher ergueram as mãos em despedida, e Matthew saiu. Sob o céu escurecendo,
ele se curvou sobre o pescoço de Dante e persuadiu o cavalo a um galope. O cinza arremessou, e
Matthew sentiu o coração acelerar enquanto o grande cavalo achava seu passo largo. A sebe ficou
mais e mais perto. Os cascos de Dante batiam na terra com um trovejar poderoso que ecoou no
coração de Matthew. Ele ouviu trovões a distância. Dante galopou mais e mais rápido. A sebe
ficou mais perto, até que parecia uma grande parede diante deles.
Matthew puxou a respiração, e então eles saltaram. De repente, tudo ficou mudo enquanto
eles voavam pelo ar, cascos e coração estirando e puxando. Então, quase assim como começou, o
voo terminou enquanto o chão se rebelava para encontrá-los. E uma vez mais, cascos e coração
bateram juntos.
Sebe atrás de sebe, portão atrás de portão, Matthew se aproximou de sua presa. Seu sangue
corria apressado enquanto ele atravessava um pequeno bosque e a viu por um momento no topo
da crista diante dele. Enquanto os cães de caça uivavam ao longe, ele deu um grito de vitória.
***
Patience podia ouvir a corneta ao longe. Mergulhando em uma colina íngreme em um denso
arvoredo de carvalho e árvores de vidoeiro, ela seguia seu chamado. Aqueles com quem ela
montava apareciam e desapareciam entre as árvores. As damas eram sombras passageiras, os
flashes de cavalheiros eram brilhantes com cor. Mas menos experiente do que eles, ela era
forçada a diminuir a velocidade consideravelmente enquanto fazia sua passagem pelas arvores
espessas. Não demorou muito para ela se perguntar se de alguma maneira tinha sido deixada para
trás.
O vento moveu o pálio lotado de folhagem sobre ela. As folhas e galhos sussurravam e
sussurravam, mas ficaram quietos e um silêncio pesado seguiu. Apesar do baque amortizado dos
cascos da égua no piso folhado, ela estava distintamente ciente da quietude. Rastejava pela
vegetação quieta e pairava no ar estático.
156
Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Patience persuadiu seu cavalo adiante, procurando por uma abertura nas árvores
escurecidas. Foi então que ela ouviu - o som de um trovão. Rolou por detrás dela, e pareceu ficar
mais e mais alto.
Um calafrio correu por sua espinha enquanto ela batia as botas na lateral de sua égua. As
árvores começaram a afinar e ela aumentou seu passo. Mas o trovão se tornou um tambor em
suas orelhas. Ecoava com o bater dos cascos de sua égua. E quanto mais rápido ela montava, mais
rápido parecia segui-la. Ela ofegou graças a Deus quanto viu uma abertura nas árvores. Mudando
de direção à direita, ela levou sua égua acima de um toco largo e saltou na expansão de um prado
vazio.
O alívio a inundou, mas em dois passos largos ela clamou em susto quando um cavalo e um
cavaleiro enorme bateram no chão ao lado dela. Ofegando com medo e esporeando seu corcel,
ela olhou brevemente em olhos escuros, predatórios.
Matthew!
O coração bateu forte, mas apesar de seu medo ter virado uma excitação perigosa, ela não
diminuiu a velocidade. Mais ainda, persuadiu sua montaria a uma velocidade maior. O corpo da
besta embaixo dela se tornou uma extensão de seu corpo. O vento frio chicoteou o rosto de
Patience, mas o trovão dos cascos era muito alto para ser apenas de seu cavalo. Dando um olhar
por sobre o ombro, ela ofegou ao ver Matthew a apenas meio metro atrás dela. A expressão era
feroz e totalmente séria, e, Deus, seu enorme cinza nem parecia estar cansando.
Com um pequeno grito, Patience bateu os sapatos na lateral da égua, mas a besta adorável
estava em seu limite. Trovão ribombava acima dela, trovão ribombava atrás dela. Ambos pareciam
que a tomavam. De repente ela viu a cabeça gigante do cinza ao lado dela, sua juba preta
esvoaçando. Ela mudou de direção, mas ele a seguiu. O sangue batia nas orelhas enquanto ela
tentava evadir. Mas ele era tão inabalável quanto seu cavaleiro, que ela podia sentir ao seu lado.
Ela ficou tensa. Girando, ela olhou fixamente diretamente nos olhos ígneos de Matthew.
Um trovoar ribombava enquanto ele a pegava de seu cavalo.
Favos de mel manam dos teus lábios, minha esposa! Mel e leite estão debaixo da tua
lí gua…
Cantares de Salomão 4:11
Patience ofegou enquanto Matthew a puxava firmemente contra ele. Vermelha com a
excitação da perseguição, ela de repente ficou superada por uma alegria profunda e primitiva em
ser capturada. O braço de Matthew era forte ao redor de sua cintura e seu tórax duro contra as
costas. Ela podia ouvir sua respiração, rápida e rasa, e podia sentir seu poder. Envolvia-a como um
capote morno.
Aqui era onde ela pertencia - com ele.
157
Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Ele não disse nada, mas girando seu cavalo, ele cavalgou de volta para as árvores.
Lembrando-se de sua égua adorável, Patience deu uma olhada rápida por sobre o ombro.
Surpreendentemente, a beleza de olhos suaves os estava seguido.
A voz de Matthew veio em sua orelha.
—Beatrice é a companheiro de Dante no estábulo. Ela o segue aonde quer que ele a guie.
Patience estremeceu ao sentir a respiração de Matthew. Um raio relampejou atrás de
nuvens e um trovão ribombou acima. O céu estava cada vez mais escuro. Eles reentraram nas
arvores e esperaram Beatrice parar ao lado deles. Uma vez que ela o fez, Matthew amarrou as
rédeas dela na parte de trás de sua sela.
—A tempestade pode assustá-la— ele disse, voltando-se para Patience e juntando-a
firmemente contra ele. —Ela se sentirá mais assegurará amarrada ao seu companheiro.
—Sim— Patience respirou enquanto se debruçava no calor do corpo de Matthew.
E então eles estavam montando depressa pelas árvores densas - mais rápido do que ela
havia montado antes. Mas ele não seguiu o caminho que ela tomara. Em vez disso, eles estavam
viajando mais fundo na floresta. Uma excitação formigou logo abaixo da pele. Onde ele a estava
levando?
Ela se apertou mais aconchegada no abrigo de seus braços enquanto um vento afiado
começou a esbofetear as árvores. Trovões caíam e raios brilhavam, mas ainda assim eles seguiam
seu caminho. Afinal, a chuva começou a cair. Fria e pesada, penetrava o pálio denso acima deles.
Diminuindo a velocidade apenas ligeiramente, Matthew curvou a cabeça próximo a dela.
Exatamente quando Patience começou a se perguntar se eles alcançariam seu destino, teve um
vislumbre de luz através das árvores. Um momento mais tarde, eles saíram do bosque. Sob um
círculo de céu aberto estava uma casa Tudor37. Com seu exterior de tijolos e luzes suaves
brilhando de um par de janelas mais baixas, parecia morna e convidativa.
Montando em torno da lateral da casa e através de um pátio largo, Matthew os parou
diretamente em um estábulo aberto. Estava escuro, mas seco.
O aperto de Matthew nela diminuiu enquanto ele saltava. Mas ele a agarrou. As mãos
envolveram sua cintura, e ele a puxou contra ele enquanto a abaixava para o chão. Ela podia sentir
sua tensão.
—Fique— ele ordenou.
Ela retraiu a respiração. O clitóris pulsava. Mas exceto por remover seu chapéu e colocá-lo
sobre um barril, ela não se moveu.
Dando as costas a ela, Matthew levou seu cavalo e sua égua para as sombras e acendeu uma
luminária. A luz suave o iluminou. Ele pendurou a luminária em um gancho anexado em uma viga
no centro entre duas baias, que agora eram ocupadas pelos cavalos.
37
Tudor - o estilo Tudor, em arquitetura, é o último desenvolvimento da arquitetura medieval durante o período
Tudor (1485–1603) e até mesmo além, por patronos conservadores. Seguiu o estilo perpendicular e, embora seja
substituído pela arquitetura elizabetana na construção interna, o estilo Tudor ainda se manteve no gosto inglês,
incluindo colégios, como os de Oxford e Cambridge, em que continuam a ser realizadas obras no estilo Tudor que
coincida com os primeiros tempos do neogótico.
158
Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Enquanto Patience assistia, ele removeu o chapéu e a jaqueta de montar antes de cuidar
primeiro de seu cavalo e então do dela. Ele nem mesmo olhou na direção dela enquanto removia
as selas e equipamentos da égua e do grande cinza. Devia haver água e comida fresca no cocho,
porque as bestas imergiam as cabeças repetidamente. Lá fora, a chuva continuava a cair forte.
Apesar de estar molhada, Patience estava completamente quieta. Mas enquanto assistia
Matthew colocar um cobertor sobre as costas da égua, uma inclinação inevitável de desobedecer
começou a superá-la. Borbulhava sob o calor de uma excitação nascente, e seu orgulho
contundido anteriormente erguia sua cabeça e dizia, Sim, faça isto.
Tensa, ela esperou que ele terminasse. Ele cobriu o grande cinza com um manto e
murmurou algumas palavras para as bestas. Então agarrou a luminária e trancou as portas das
baias antes de finalmente girar para ela.
Patience encontrou seu olhar escuro através da distância. O coração acelerou. Então ela deu
um passo grande para trás.
As sobrancelhas de Matthew abaixaram.
—Eu disse, fique.
Ela estremeceu com o som agourento de sua voz, mas o sangue estava correndo apressado
nas veias. Ela deu outro passo grande para trás.
Sob a luz da luminária a seu lado, ela podia ver o pênis dele inchar sob a calça de equitação
ape tada.àáà o aàe heuàd gua.
O franzir dele ficou feroz enquanto ele pendurava a luminária em um gancho fora da baia e
então lentamente removia as luvas.
—Dê mais um passo e farei com que você se arrependa.
Ela olhou fixamente para ele. A vulva umedecia. Não havia nenhum lugar aonde ir. Aonde
quer que ela fosse, ele a pegaria. Mas ela já havia começado, e algo - algo mais do que apenas
orgulho - não a deixaria se submeter tão facilmente. Então ela se virou e fugiu para a chuva.
O sangue corria enquanto ela erguia as saias e voava através do pátio largo para o piso
coberto de folhas que limitava a casa. Gotas frias a molharam, mas ela mal as sentiu enquanto
fazia sua corrida selvagem. Deus, era mais distante do que ela havia pensado. Ela deu uma olhada
rápida para trás. O raio relampejou, e ela ofegou quando viu Matthew correndo para ela a toda
velocidade.
O coração saltou e ela tentou correr muito mais rápido, mas as saias molhadas eram pesadas
e incômodas. Ela girou a curva em direção à frente da casa. Ela podia ver os degraus largos e finos
da entrada. Quase lá! Ela olhou para trás novamente e gritou ao achar Matthew logo atrás dela.
Então seus braços envolveram a cintura dela e ele a puxou contra seu corpo.
Sob o barulho da tempestade a respiração quebrada dele estava em sua orelha, e uma
excitação quente correu pelas veias dela ao ser capturada novamente. Mas ele a estava
arrastando, não para a casa, mas através do passeio largo para o jardim dianteiro circular. Uma
parede na altura da cintura de tijolo a circundava, e Patience ofegou quando ele vigorosamente a
curvou sobre o topo.
Deus, ele realmente iria fazer isto!
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Alegria a lavou, seguida por um choque de mortificação enquanto ele erguia as saias dela
sobre suas costas e rasgava suas pantalonas em fragmentos. A parede baixa estava apertada
contra o abdômen dela, e ela se sentia fria e molhada no traseiro e nas pernas. O rosto ficou
quente mesmo enquanto o clitóris começava a pulsar. Ela pensou em tentar fugir mais uma vez,
mas o braço de Matthew estava firme ao redor de sua cintura, e com a chuva caindo sobre seu
traseiro nu, ela sentiu a primeira batida afiada e ardente da mão dele.
Ela puxou a respiração e o corpo sacudiu, mas Matthew imediatamente bateu nela
novamente, e então de novo. Os flashes de calor estouram através de sua carne. Cada batida
rápida caía em um lugar diferente, acendendo um novo fogo. O calor se espalhava rapidamente
através da totalidade de seu traseiro. A boceta pulsava. A chuva caía e trovões ribombavam sobre
eles. Patience se achou empurrando contra o corpo de Matthew - debruçando contra a força dele
mesmo enquanto ele dava mais pancadas ardentes. Lágrimas afluíram. Não por causa da dor, mas
por causa da promessa. Cada batida parecia cheia dela. Poderosa e sedutora em sua beleza,
chamava-a e atraía-a sempre para mais perto de sua fonte. Matthew—
Patience ganiu e suas lágrimas afluíram mais enquanto a mão de Matthew descia com muito
mais força. A dor súbita da batida pesada da mão difundiu pelo corpo e subjugou seus
pensamentos. Ela ficou tensa por mais, mas não veio.
Enquanto Matthew a puxava e girava para longe da parede, ela sentiu um chamejar de
decepção. Mas quando examinou seu rosto bonito, a chova gotejando nos planos e ângulos fortes,
ela estremeceu com a paixão sombria cauterizada em suas feições - uma promessa sombria.
Ele ainda não tinha acabado com ela.
Sem uma palavra, ele agarrou as lapelas de sua jaqueta aveludada e as abriu com força. Os
botões voaram e Patience ofegou quando ele a puxou bruscamente de seus braços e a jogou na
parede. A blusa e o colete seguiram, cada um rasgando mais rapidamente do que ela imaginou ser
possível e então jogando sobre a jaqueta dela.
As árvores os cercando balançavam com as rajadas de vento. Patience estremeceu, mas
Matthew não pausou. Ele e os elementos eram um - poderosos e primitivos. A boca era uma linha
apertada, e as narinas chamejavam enquanto ele arrancava suas rendas e então desenganchava
seu colete. Ele o jogou com suas outras roupas e Patience estremeceu com a realização de que
logo estaria nua.
Um grito suave escapou dela quando ele rompeu seu chemise e o puxou para a cintura. A
chuva atacou seus seios nus, e os mamilos espessos, endurecidos. Matthew não deu nenhuma
importância enquanto a girava e arrancava suas saias e crinolina. Patience ficou tensa enquanto as
sentia se soltarem, e os dedos agarraram como reflexo nas camadas encharcadas de tecido
enquanto elas começavam a cair. Mas Matthew as pegou, e então rasgou as sobras de seu
chemise e pantalonas.
Arrepios corriam na pele. Ela podia sentir a força e o intento inexorável de Matthew
enquanto ele se movia ao redor dela, rasgando sua última peça de roupa. E então ela ficou lá de
pé com nada além de suas meia-calças e botas de montaria. A chuva fria caía em seu corpo nu.
Patience olhou para si mesma. Não havia nada entre a pele dela e as lágrimas de Deus. As gotas
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
caíam sobre ela, limpando-a da inibição e enchendo com uma necessidade antiga e pura de
possuir e ser possuída.
Ela piscou contra a chuva enquanto erguia o olhar para Matthew. Ele ficou diante dela, o
cabelo molhado emoldurando seu rosto e as lindas feições esculpidas nas linhas impiedosas e
predatórias. As roupas estavam emplastradas no corpo e o pau magnífico inchava espesso e
pomposo embaixo de seu calção. Os últimos fragmentos de seu chemise ainda estavam
pendurados em seus punhos, mas ele os deitou no chão e então começou a caminhar devagar ao
redor dela.
Ela o seguia com o olhar, o corpo congelado com antecipação tensa. Os seios ergueram e as
coxas ficaram trêmulas. Entre as pernas, ela sentia um calor feroz. Assim era como Perséfone se
sentiu? No momento de sua captura, ela olhou fixamente nos olhos ígneos de Plutão e soube que
sua vida nunca mais seria a mesma? E naquele momento ofegante, ela regozijou?
Matthew se moveu de volta para ela. Uma arfada surpreendida saiu dela enquanto ele a
agarrava e a erguia de sua pilha de saias.
A voz era um grunhido baixo em sua orelha enquanto ele a arrastava de volta para a parede.
—Você me pertence. Você é minha e apenas minha. E não vou mais tolerar a sua
desobediência insignificante.
Patience engoliu um grito enquanto, uma vez mais, Matthew a empurrou. A pilha de roupas
dela a protegeu do contato com o tijolo duro, mas ela estava intensamente ciente do peso dos
seios oscilantes e da lavagem da chuva em seu corpo nu.
O braço de Matthew fechou ao redor de sua cintura. Ela sentiu a imprensa de seu quadril
contra o dela. Então a mão aterrissou e uma explosão quente de dor estourou através de seu
traseiro. Patience empurrou para cima e mordeu de volta um grito enquanto as lágrimas saltavam
dos olhos. Matthew empurrou as costas para baixo e deu outra batida pesada nela. Patience
gemeu e sua boceta cerrou. A mão de Matthew foi lentamente a sua nádega, acariciando, e então
a ergueu. Outra batida dura veio, e outra. As lágrimas tomaram Patience enquanto as batidas
fortes continuavam - cada uma era outra erupção chocante que reverberava por ela e nela. E
enquanto Matthew batia duro e pesado, os trovões ribombavam em acompanhamento com o
som molhado das batidas de sua mão e os gritos que ela não podia mais conter.
Ela chorou e se contorceu contra ele - contra a força de sua vontade e a força de sua mão,
nenhuma podia ser parada ou difundida. O braço era um círculo de ferro ao redor dela, e a mão
chovia fogo. Ela lutou para escapar. Mas sabia que não iria. E sabia que não devia. E enquanto
Matthew empurrava o pênis contra seu quadril e batia em seu traseiro em chamas, ela de repente
sentiu como se estivesse se partindo - como se, a cada batida pesada, Matthew estivesse
causando uma fissura irreparável a cada centímetro dela. Ela chorou e chorou. Ainda assim,
mesmo enquanto ansiava que cada batida fosse a última, ela esperava por outra. O que
aconteceria se ela se quebrasse completamente?
Patience clamou ruidosamente quando a mão de Matthew desceu mais forte do que nunca.
O pau empurrou contra o quadril dela. Ela chorou enquanto outra batida feroz aterrissou. Mas ele
estava acariciando e apertando sua carne aquecida. Ela gemeu ao redor de suas lágrimas. O
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
traseiro parecia quente e enorme, ainda assim ela tremia com um desejo diferente de qualquer
coisa que já havia sentido - um desejo por Matthew.
Um desejo que estirava tanto adiante quanto para trás desta vez.
Um desejo que alcançava o eterno.
O peito apertou e novas lágrimas saltaram aos olhos. Não havia volta. Ele era o que ela
quereria para sempre. Antes de ela tê-lo conhecido, ele era o escolhido. No momento em que ela
o viu, ele era o escolhido. Ele sempre seria.
Deus, como ela viveria sem ele?
As lágrimas caíram, indistinguíveis da chuva que descia pelos declives e fendas de seu corpo
curvado. O toque de Matthew era tão inflexível quanto a água. Patience puxou a respiração
enquanto os dedos dele deslizavam entre suas pernas, e então ela gemeu e se contorceu quando
sentiu a umidade quente e lisa que estava fluindo de sua boceta.
Matthew estremeceu contra ela, e então a puxou para cima. Ela caiu em seus braços, e
quando ergueu os olhos para ele, seu corpo tremeu com o olhar apaixonado que ele deu a ela.
Porque havia naquele olhar certeza absoluta - possessão absoluta.
Pisando para trás, ele ergueu as saias dela e tirou suas coisas da parede. Então ele voltou
para ela e, curvando, jogou-a sobre seu ombro. A respiração de Patience a deixou rápido, e a
alegria correu por ela enquanto eles seguiam em direção à casa. O braço dele estava apertado em
torno das partes de trás dos joelhos dela, e o ombro forte embaixo de seus quadris - e ainda, a
tempestade continuava furiosa.
De seu ângulo estranho de cabeça para baixo, Patience assistiu as pernas longas de Matthew
enquanto ele andava a passos largos através do passeio e subia os degraus largos. O coração batia
forte enquanto ele abria a porta e a levava além da porta. Então, da mesma maneira que
depressa, a porta bateu. No silêncio súbito, as respirações ofegantes soavam altas. Um tapete
vermelho e dourado apareceu abaixo dela e então retrocedeu enquanto Matthew cruzava o hall
de entrada largo e se movia por um corredor com longos passos largos, cheios de propósito.
Patience escutou o som das botas dele no chão de taco e o som a atormentou, a cada passo
que ele dava a deixava mais perto de alguma nova realização - ou castigo.
Os mamilos apertaram.
Talvez realização e castigo fossem um e o mesmo.
Eles entraram em um quarto bem iluminado, e Matthew soltou suas roupas encharcadas
sobre uma cadeira de madeira antes de cruzar para a lareira. Patience esperou ser derrubada, mas
em vez disso, ele deu uma batida afiada em sua nádega esquerda. Ela ofegou e então puxou a
respiração quando ele bateu na nádega direita. Mordendo o lábio, ela enrolou os dedos em sua
camisa, mas a batida não era tão dura quanto da última vez, o traseiro dela estava dolorido e
sensível.
Ela sentiu os lábios dele contra seu quadril, e então ele a abaixou diante do fogo. As pernas
tremeram e ela tragou enquanto encontrava o olhar duro dele.
—Há um bootjackiii ao lado da lareira. — A voz era baixa e como um veludo. —Tire as suas
botas e meia-calças. E seja rápida.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
A umidade derramou sobre as coxas de Patience e seu coração bateu de modo selvagem.
Imediatamente, ela foi para o jack e o usou para remover as botas de montar. Enquanto ela
voltava apressada para diante do fogo, deu uma olhada rápida brevemente em torno da sala. Eles
estavam em uma biblioteca grande, confortável por causa da iluminação de luminárias a óleo e
mobília de aparência confortável. Mas ela não teve nenhum tempo de admirá-los. Ela podia sentir
o calor no seu núcleo à medida que se movia, então ela retornou o olhar para sua tarefa e, tão
depressa quanto podia, começou a desatar as ligas.
Enquanto ela as desatava, a atenção continuou sendo atraída para Matthew. Ele desfez sua
gravata. Então abriu o topo de sua camisa e, lenta e deliberadamente, ergueu as mangas - como
se tivesse muito trabalho a fazer. O pau parecia enorme e duro sob a calça molhada. E, o tempo
todo, ele a segurou com seu olhar escuro, que de alguma maneira conseguia ser suave e duro ao
mesmo tempo.
Patience ficou agitada enquanto soltava as ligas e então abria as meia-calças. Apesar de
saber ser impossível - e ela não queria fugir - ela não pôde evitar e deu uma olhada rápida em
direção à porta.
—Nem pense nisto.
Os mamilos imediatamente endureceram com o tom tranquilamente ominoso. Ela
encontrou o olhar dele enquanto se endireitava. Ela almejava algo naquele tom - talvez a
qualidade forte e inflexível. Mesmo enquanto a ameaçava, fazia com que ela se sentisse segura.
Dizia que o que ela fazia importava - que ela importava, e que ele não a deixaria ir. Deixando as
meia-calças caírem, ela ficou diante dele, nua e com arrepios de tensão.
Matthew soltou sua gravata.
—Solte o cabelo.
Patience assistiu a seda preta oscilar de sua mão. Deus, ele iria amarrá-la? Ela queria isso ou
não?
Ela saltou enquanto ele de repente a girou e curvou. Então ela estava ofegando e se
contorcendo enquanto ele a segurava contra ele e esmagava seu traseiro com força, batendo mais
de algum lugar de baixo do que de cima. As arfadas dela viraram gritos, enquanto cada uma
parecia um pouco mais dura do que a anterior. Também, ela sentia o poder de sua mão mais
contra sua pele seca do que tinha sido antes na chuva. Calor rapidamente tomou o lado inferior
tenro de seu traseiro. Mas apesar deste novo tormento, a boceta estava pesada e o clitóris doía.
As lágrimas vieram facilmente agora, e ela lamentou com mortificação enquanto sentia seu desejo
correndo pelas pernas.
Matthew girou as costas dela e falou cada palavra lentamente.
—Solte o cabelo.
Com o traseiro pulsando e o peito erguendo, Patience depressa puxou os alfinetes de seu
laço e os deitou no mantel com as mãos apertadas. Enquanto ela esticava a mão para remover
mais, secou as lágrimas.
—Não— Matthew disse baixo. —Deixe-as.
Patience juntou as sobrancelhas em perplexidade.
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Patience
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—As lágrimas. Deixe-as. Quero que você as sinta em seu rosto. Você esconde uma parte de
si mesma quando as seca, e não aceitarei isto. — Ele ergueu o queixo dela com o dedo. —Como
posso tocá-la onde você precisa ser tocada se você se esconde de mim?— Os olhos dele
investigaram os dela. —Agora. Solte - o - seu - cabelo.
Patience tremeu enquanto olhava Matthew. Não havia nenhuma parte dela que ele não
insistia em ver? Ele estava olhando para partes e lugares dela que nem ela mesma via. O que ele
acharia? O coração dela apertou e mais lágrimas afluíram.
Agora não era a hora para tais perguntas. Ela ergueu as mãos para seus alfinetes e,
enquanto removia o último, os olhos caíram para ereção linda e formidável de Matthew. Tão
trêmula e tensa quanto estava, ela adorava a forma e espessura de seu órgão cheio - adorava o
modo como ele se erguia diante dele, um símbolo orgulhoso de seu poder masculino.
Removendo seu laço, ela deixou os cachos úmidos caírem nas costas. Não havia nada mais
para ela tirar; e quando ela retornou o olhar para Matthew, ela de repente sentiu sua nudez.
Impulsivamente, ela se envolveu com os braços.
Matthew fez uma careta.
—Ponha as mãos ao lado do corpo, e mantenha-as lá até que eu te diga o contrário.
Oh, Deus! Apertando os olhos bem fechados, ela forçou as mãos contra as coxas.
—Olhe para mim— ele disse firme.
OsàolhosàdeàPatie eàa i a àdeà epe te,àeàelaàosàse tiuàe he e àd guaà o a e te.àMasà
ela não sentia nenhuma tristeza ou remorso, apenas um desespero feroz.
—Sua nudez é para o meu prazer— ele disse mais suavemente. —Você não a cobrirá. Na
verdade, você se abrirá para a minha visão sempre que eu comandar. E quando o fizer, olhará para
mim com o conhecimento agradecido de que tudo que eu a comando é para o meu prazer - e
então, para o seu.
O clitóris de Patience doía com abundância.
—Ainda assim o que eu comando é o seu castigo, e você o suportará para o meu prazer. E
olhará para mim e me pagará o tributo de suas emoções, não importa que seja difícil. Está claro?
Eu não posso obedecê-lo desta vez. Elaàpodiaàdize àasàpala asàse p eà ueà uisesse…
A careta dele aprofundou.
—Eu disse, está claro?
Ela mordeu o lábio enquanto uma de suas lágrimas derramava.
—Sim, Matthew.
O olhar dele pareceu seguir o caminho de sua lágrima.
—Bom. — Ele se curvou para perto, e o trovão caiu do lado de fora enquanto ele apertava
um beijo com os lábios abertos na trilha molhada em sua bochecha. Ela tremeu com desejo
enquanto ele ia para longe. Os olhos escuros, com cílios longos estavam duros e cheios do reflexo
do fogo. —Agora, erga seu cabelo.
Patience o fez imediatamente, e enquanto Matthew girava ao redor dela, ela respirou o
cheiro dele - água da chuva e vetiver. Ele olhou para ela abaixo enquanto puxava a seda
lentamente através de sua nuca. Os olhos pareciam olhar dentro dela e ele pausou.
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Patience
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—Acima de tudo, Patience, lembre-se de que você correu do celeiro porque confia em mim.
Você correu porque anseia por uma mão forte, e confia que eu sei como fazer isso. Não é mesmo?
Ainda segurando seu cabelo, ela olhou fixamente em seus olhos iluminados e as lágrimas
afluíram. Era verdade.
—Sim— ela admitiu suavemente. Mas por quê? Ela baixou o olhar. Por que ela almejava o
que a maioria acharia intolerável?
As lágrimas caíram enquanto a chuva também caía. Ela podia sentir cada uma, descendo
pelas bochechas e deslizando pelos seios. Mas ela não podia secá-las ou escondê-las. Ela não
podia ir embora para que elas não pudessem ser vistas. E ela não podia fingir que elas não
existiam.
Porque ele não deixaria.
Ela ergueu o rosto molhado para Matthew.
—Isso— ele disse suavemente. O olhar se moveu sobre o rosto dela como uma carícia. —
Essa é a minha bela.
O sangue de Patience correu, e de repente seu coração se sentiu cheio.
Matthew acariciou os dedos suavemente junto a sua mandíbula.
—Suas lágrimas me fazem quente e duro, e eu nunca me cansarei delas. Mas, claro, elas não
são uma moratória.
Tremendo de emoção e necessidade, ela não podia explicar, Patience esperou enquanto
Matthew amarrava a seda firme ao redor de seu pescoço. Um raio brilhou. Ela respirava
acelerado. O ato de ser atada oferecia algum conforto, mas não como na noite anterior. Tudo era
exaltado agora - tudo era mais do que ela pensava que poderia aguentar. Ainda assim, ao mesmo
tempo, não era o suficiente.
Segurando-a logo abaixo do laço, Matthew trouxe-a para perto e deslizou os lábios
ternamente sobre os dela. Mantendo as mãos ao lado do corpo, Patience se apertou contra ele e
tentou conseguir um beijo mais fundo, mas ele foi para trás apenas o suficiente para mantê-la se
agarrando para mais. Ela se ergueu na ponta dos pés, mas ainda assim ele recuou, dando apenas o
mais leve dos beijos.
—Deixe os pés separados— ele disse contra os lábios dela.
Patience expeliu uma arfada frustrada, mas concordou. O clitóris pulsava enquanto Matthew
andava para seu lado e acariciava seu seio e abaixo de sua barriga. Então ele alcançou entre suas
coxas separadas, e ela ofegou enquanto ele acariciava suas dobras molhadas.
—Ah, minha bela desobediente— ele disse próximo a orelha dela. —Veja o quão molhada
está - e com tal pequeno castigo. Eu mal comecei a te dar o que você merece.
Mal começou?! Patience tremeu enquanto o sentia a abrindo. Então ela gemeu quando ele
deslizou dois dedos dentro de sua vulva, e suavemente massageou o interior liso.
—Você pensou que eu deixaria a sua partida insolente do meu escritório esta manhã passar
impune?— Ele esfregou um pouco mais rápido e um pouco mais fundo. Patience estremeceu e os
quadris começaram a balançar, para frente e para trás. Entretanto ela clamava e o corpo sacudia,
Matthew deu outra bofetada afiada em seu traseiro.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
—E o que foi essa sua tentativa despreocupada de escapar de mim na Beatrice?— Outra
batida ardente na outra nádega. Mas, ainda assim, ele estava roçando em sua abertura molhada.
Patience balançou e suas pernas curvaram e ela se endireitou enquanto tentava aliviar sua
necessidade. O traseiro estava quente e dolorido, mas de alguma maneira o desconforto ampliava
seu desejo. Ela estava selvagem pela liberação, mas Matthew não estava tocando o clitóris, e ele
não estava fundo o suficiente dentro dela. Ela gemeu e sacudiu os quadris provocantemente.
Como que em resposta, ele deslizou outro dedo dentro dela, mesmo enquanto dava uma
batida firme na outra nádega inflamada. Patience ganiu e a vulva apertou.
—Isso— ele murmurou em sua orelha. —Você vê como a dor e o prazer são conectados?
Patience arquejou por suas lágrimas enquanto tentava empurrar mais a boceta em seus
dedos. Ela não podia falar, podia apenas arquejar e empurrar os quadris.
—Você vê o quão pouco existe— ele insistiu— entre um e outro?
Outro bofetão rápido caiu em sua nádega tenra.
—Sim— ela falou com a voz chorosa. —Sim!
Patience se movia ferozmente contra os dedos de Matthew. Ela podia sentir a barreira de
sua virgindade. Os quadris balançavam e as lágrimas caíam. E justamente quando ela sentia o
clímax chegando, ele puxou a mão e andou para longe dela.
Patience chorou, e os quadris ondulavam incontrolavelmente. Ela lamentou com um desejo
frustrado que era, de alguma maneira, mortificante e excitante. As bochechas estavam quentes
sob as lágrimas. O traseiro estava dolorido e ardido. E a boceta estava molhada e pesada.
Matthew a assistia, os olhos brilhando com luxúria e admiração. Então antes de ela poder
pensar o que ele faria a seguir, ofegou quando ele deu um bofetão leve em cada um de seus
mamilos. A sensação ardente, como uma seta, foi diretamente no clitóris pulsante. Estremecendo,
Patience recuou os ombros enquanto ele dava um tapa e mais outro. E quanto mais ele dava a ela,
aisàosà a ilosàpulsa a àeàes u e ia ,àeà aisàsuaà o etaàe hiaàd gua.àOsàjoelhosàde ilita a à
e a cabeça caiu para trás enquanto ela empurrava os mamilos quentes e inchados adiante. Eles
estavam enormes, mas cada tapa leve apenas fazia com que ela almejasse outro. Os quadris
giravam e o clitóris pulsava e estirava. As lágrimas caíram e as coxas tremiam, mas ela não podia
alcançar o orgasmo!
Ele evadia, deixando-a suspensa em algum cume inexorável. Ela gemeu e se estirou, mas as
batidas pararam e tudo se aquietou. Não tudo, o corpo inteiro dela estava vivo e zumbindo com
consciência sensual exaltada. Atordoada e desesperada pela liberação, ela endireitou a cabeça e
encontrou o olhar ígneo de Matthew.
—Às vezes a pior parte do castigo não é a dor, Patience. É a necessidade—ele andou para
perto dela—o desejo excessivo que não pode ser suavizado. — Pressionando as mãos sobre ela,
ele lentamente esfregou a ereção contra sua pélvis. —O seu orgasmo não é mais seu. Pertence a
mim tanto quanto eu pertenço a você. —Patience empurrou contra ele, selvagem para sentir sua
carne firme. —E você não o terá até que eu diga que sim. — Então ele andou para longe dela.
Patience pendeu a cabeça com um soluço. O corpo estava pulsando, e os mamilos espessos
estavam escuros e incrivelmente expandidos. Formigavam com uma sensação quente, elétrica que
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Patience
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era torturante e atormentante, porque ecoava com a sensação de seu traseiro castigado. Umidade
gotejava em sua coxa e o clitóris doía. Era maravilhoso e insondável.
—É assim que eu gosto de vê-la: quente, vermelha e completamente espancada. O castigo
se torna você, Patience.
Levou toda energia dela para erguer a cabeça. Matthew se reclinou no sofá e a encarando,
as pernas longas abriram e a ereção enorme ficou à mostra. A boca regou e sua vulva apertou
enquanto ela olhava fixamente para ele.
—Você não pode saber o quão linda está. — As mãos dele se moveram para sua calça e ele
se desfez dela. —Toda flexível do castigo. — Ele revelou o pau espesso e então, esticando a mão,
ergueu as bolas inchadas. —Toda molhada com lágrimas e necessidade.
Patience tragou e seu coração saltou. O pênis estava vermelho escuro e a cabeça parecia
púrpura e inchada. Ele demonstrava tal controle, mas claramente estava tão desesperado para ter
a liberação quanto ela.
—Venha— ele disse firmemente, indicando o chão entre suas pernas.
Ela praticamente voou para ele, mas quando apoiou os pés e meneou em uma tentativa de
aliviar seu clitóris pulsante, Matthew se sentou adiante depressa e a agarrou por seus braços
superiores.
—Não. — Ele agitou a cabeça. —Joelhos bem separados.
Enquanto Patience concordava, ele comprimiu os mamilos tenros dela firmemente. Ela
ofegou e recuou imediatamente os ombros.
—Bom— ele murmurou. Então, puxando seu seio, ele chupou o mamilo escuro e espesso em
sua boca, enquanto provocava e rolava o outro entre os dedos.
Patience estremeceu enquanto fluía contra ele e comprimia sua carne excitada. Ela ergueu e
se curvou contra ele. Ele soltou seu seio, apenas para envolvê-lo com a boca. Os dedos deslizaram
para dentro de sua coxa. Ela gemeu e, apertando as mãos contra suas coxas, balançou os quadris
em uma tentativa de coagir sua carícia. Se ele apenas tocasse o coração pulsante entre suas
pe as.à“o e te…
Ele a soltou e puxou devagar.
—Oh, Deus…à— Ela encontrou o olhar duro e escuro dele. —Por favor!
A mandíbula de Matthew cerrou enquanto ele se debruçava contra as costas do sofá.
Prendendo a mão no tronco espesso de seu pau, ele o empurrou em direção a ela.
—Mostre-me um pouco de apreço, e eu pensarei sobre isto.
Patience foi adiante, o clitóris pulsando, mas ele a segurou. Ela olhou para ele, o desespero
crescente.
Ele olhou de volta para ela por cílios abaixados.
—Mantenha as mãos nas coxas. E se você gozar sem minha permissão, lamentará.
Patience anuiu com a cabeça, então o levou em sua boca com urgência faminta. A umidade
de sua boceta estava no gosto e na sensação da carne espessa dele enchendo sua boca. Ela
chupou o fluido salgado que fluía dele fixamente, e varreu a língua através de sua glande
acetinada.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
A sensação e o gosto dele deixaram-na selvagem com luxúria. Ela sentiu um poder arrojado
enquanto afundava mais profundamente sobre ele, apertando a língua firmemente contra o lado
inferior espesso de seu pênis. Com uma longa e lenta passada ela se moveu de cima a baixo,
ordenhando regatos de pré-sêmen de seu membro inflamado.
Matthew gemeu e deslizou as mãos em seu cabelo enquanto os quadris balançavam,
empurrando mais da espessura carnosa em sua boca. Patience se abriu para ele e tomou o que ele
dava a ela. Então os dedos apertaram em seu cabelo e ele começou a empurrar, contínua e
profundamente. Patience gemeu quando ele moveu a cabeça do pau contra a parte de trás de sua
garganta. O clitóris pulsava perigosamente. Ela ouviu Matthew retrair a respiração, e então ela
segurou a sua enquanto ele dava várias punhaladas duras e rápidas contra a virada apertada de
sua garganta. Ele se retirou a tempo para ela respirar e então a puxou novamente. Mas desta vez
ele não empurrou. Ele simplesmente passou sua espessura carnosa lenta e profundamente nela
até que ela estava completamente cheia. Então ele a segurou para ele enquanto balançava os
quadris em movimentos curtos, apertados que suavemente e, ainda assim, inexoravelmente
forçavam cada vez mais seu órgão pesado abaixo em sua garganta.
As costas de Patience curvaram. O clitóris inchava e os quadris empurravam. A liberação
correu por ela.
Mas, antes de poder entrar completamente, Matthew puxou de volta. Com a cabeça leve,
ela puxou uma respiração rota em preparação a entrada dele novamente. Mas ele não o fez. Ele a
ergueu e a colocou de pé.
—Não!— Ela falou com a voz chorosa. Ela estava muito perto! Puxando o pulso de seu
aperto, ela se jogou em seus braços e se esfregou desesperadamente contra ele. Ela podia sentir
seu falo forte, seu corpo morno. —Por favor, não novamente, Matthew!
Agarrando-a, ele a girou para enfrentar o fogo. Ele a segurou contra o fogo e chutou suas
pernas separadamente enquanto empurrava o pau contra as costas dela.
—Sim, novamente!— Ele disse firme próximo a sua orelha. —E de novo e de novo, se me
agradar, Patience.
Então ele andou para o lado e as batidas vieram duras e rápidas. Ela lutou e se segurou.
Entretanto ele estava atrás dela novamente, empurrando contra sua pele quente.
—Não há nenhum prazer para você, mas para mim, Patience. — Ela gemeu enquanto
agarrava seus mamilos, apertando-os mais firmemente entre os dedos. —Então, não pense em
nada além de me satisfazer, e saiba que tudo o que você sofre para o meu prazer trabalha para
trazê-la mais perto da sua própria realização. Se submeta— ele sussurrou.
Ele soltou os mamilos inchados, e Patience soltou a respiração em uma arfada. Ela sentiu um
desejo desesperado de se submeter. A palavra propriamente parecia sinônimo de alívio e
liberdade.
—Quero me submeter. — Ela falou ao redor de suas lágrimas. —Eu quero. Mas meu corpo
está doendo - eàoà euào gulho…
Matthew deslizou um toque de pluma pelos braços dela.
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—Quero que seu corpo doa. Quero que você sinta cada sensação que é capaz. Quero que
você experimente cada castigo e cada prazer com a consciência de que sou eu quem os está
dando para você. — Ele apertou o traseiro dolorido dela. —Eu sou o escolhido, Patience. Sou o
único que pode te dar esta dor linda, feliz. — O aperto na carne dolorida fez com que ela ofegasse.
—É uma felicidade, não é?
—Sim. — Mesmo enquanto ela ansiava pela liberação, a recusa rígida dele de se curvar
confortava alguma parte funda de sua alma. E a dor, havia algo não compreensível que satisfazia
nela também.
—Acho que você ama isto. — Ele beijou a curva da orelha dela. —E amará cada vez mais, até
que não possa ficar sem. — Ela ofegou quando o aperto dele diminuiu e então aumentou
novamente. —Mas está tudo bem, porque eu estarei com você - para sempre.
As lágrimas de Patience deslizaram por suas bochechas.
Era verdade?
Deus, que seja verdade.
Os lábios de Matthew tocaram em sua orelha.
—E quanto ao seu orgulho — os quadris de Patience balançaram e, por detrás, ele acariciava
as dobras molhadas e inchadas de sua boceta—logo você deve descobrir um novo orgulho - o
orgulho de sua submissão feminina. —A pele dela formigava enquanto ele beijava seu ombro. —
Você deve sentir orgulho quando me dá prazer. Deve sentir orgulho quando suporta seus castigos
graciosamente. Deve sentir orgulho quando eu recompensá-la com o orgasmo. E deve sentir
orgulho quando reconhecer que a sua submissão a faz mais forte, não mais fraca. — As mãos dele
deslizadas lentamente dela. —E quando tudo isso acontecer, você saberá uma nova verdade.
Patience tremeu enquanto Matthew parava na frente dela. O pênis erguia poderosamente
avermelhado e escuro de sua base impossivelmente larga, e a cabeça ia para cima e para baixo
enquanto gotejava um fluido claro. Era lindo. Erguendo os olhos molhados para os de Matthew,
ela achou suas órbitas escuras iluminadas com um brilho ilegível.
—Você está tão molhada— ele disse suavemente. —E eu estou tão duro. Eu poderia fodê-la
graciosamente.
A boceta de Patience apertou e um gemido sufocado quebrou dela. Deus, ela queria isso -
ela o queria! As pernas começaram a agitar. Sim, tremia em seus lábios.
Mas ela os mordeu para segurar a palavra. Se ela desse essa parte de si mesma, não teria
nenhuma defesa. As lágrimas de aflição afluíam enquanto ela examinava os olhos de anjo de
Matthe .àNe hu aàdefesaà es o…
—Muito bem— ele respirou. —Vá para a cadeira à frente do fogo, deixe as pernas separadas
e apoie os antebraços nos descansos para o braço.
A pulsação de Patience acelerou. Ele iria castigá-la por recusá-lo? O clitóris pulsava
dolorosamente enquanto ela se movia para a cadeira que parecia pesada e fazia como ele pediu.
—Isto é adorável, Patience. Você tem pernas longas, e o traseiro está corado graciosamente.
Patience saltou enquanto sentia as mãos dele deslizarem suavemente sobre sua carne
aquecida. Mas ele não a espancou. Na verdade, ele deslizou as mãos em seus quadris. —Um dia,
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Patience
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logo, eu a tomarei assim. Baterei no seu pequeno traseiro atrevido até que ele esteja quente e
vermelho, e então—ela segurou a respiração enquanto sentia a cabeça do pau dele tocando em
suas dobras molhadas—e então empurrarei meu pênis na sua doce e apertada boceta e a foderei,
rápido e forte. E não pararei. Mesmo quando meu pau estiver gotejando seu sêmen, eu não
pararei. Até quando você me implorar porque não pode gozar mais, eu não pararei. — As mãos
dele apertaram nos quadris dela. —Ainda assim, eu a foderei e foderei até que não exista nada
remanescente em você além da Eva - Eva pura, não diluída, que não sabe nada além do propósito
perfeito de sua criação. E então encherei o seu útero, como ele foi feito para ser cheio - e apenas
então, tudo será como deve ser.
Patience estremeceu enquanto sua resistência fluía para fora. Mas quando ela empurrou de
volta, ele não estava lá. Ele se moveu. Abaixando um pouco atrás dela, as mãos estavam
deslizando entre suas pernas e alcançando adiante ao redor de seus ossos pélvicos.
—Não se preocupe— ele disse. —Não a deixarei cair.
Cair? Patience clamou enquanto ele depressa a erguia por seus quadris. A cabeça abaixou e
os pés voaram no ar. Ela se agarrou a ele, a bochecha contra sua coxa, mas ele tinha um aperto
firme nela, e, erguendo-a por seus quadris, colocou as coxas dela em seus ombros.
De cabeça para baixo, Patience ofegou. Ela estava bem na frente do pênis molhado de
Matthew, e podia sentir a respiração dele entre suas pernas. O braço estava apertado ao redor de
sua cintura enquanto a outra mão apertava seu traseiro dolorido e inflamado. Patience gemeu, e
então a língua de Matthew estava acariciando suas dobras molhadas. Ela estremeceu enquanto
ele empurrava os quadris em direção a ela em uma demanda muda. Ela respondeu imediatamente
e tomou o pau espesso em sua boca.
Ele gemeu contra sua boceta e a respiração quente a tocou enquanto ele beijava e lambia
seu sexo inchado. Patience gemeu enquanto ele empurrava mais com seu órgão. O sangue correu
apressado e os dedões do pé enrolaram no ar. Era dar e sentir prazer, mas ela não podia distinguir
os dois. Pareciam ser o mesmo, e ela não podia dizer o que aumentava mais seu desejo.
Ela balançou os quadris enquanto ele dirigia a língua em sua boceta e ela o pênis em sua
boca. A cabeça girou enquanto ele empurrava mais e mais rápido. O cabelo dela balançava e o
corpo apertava. Ela sentia seu prazer aflorando.
Entretanto ele a estava erguendo para longe. Ela se ouviu gemendo—Nããããoo!— Enquanto
ela deslizava abaixo por seu corpo para o chão.
Fraca e trêmula de necessidade, ela ficou de quatro no chão. Ela balançou. Então clamou
quando a batida veio novamente, afiada e impiedosa em seu traseiro em chamas. Lágrimas
ardentes caíram, mas quanto mais Matthew batia fortemente, mais o clitóris pulsava, até que o
traseiro e o sexo pulsavam com demanda igual.
Agarrando a guia, Matthew a puxou para cima de forma que ela ficasse de joelhos. Ofuscada
com desejo, ela conseguiu examinar seu olhos escuros e saqueadores. Ele era Plutão. Era seu
príncipe e seu anjo. Ele era Adão - e ela era sua Eva. Enquanto um tremor quebrava em seu corpo,
ela gemeu, baixa e longamente, em um apelo desesperado e mudo pela liberação.
Matthew envolveu sua bochecha, e a voz era como pedra.
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—Sim. Agora você pode. — E então ele puxou a guia à direita. —Use a minha perna.
Patience quase saltou sobre ele. Apoiando nos pés, ela se escarranchou com os joelhos
separados. Ela abraçou a coxa dele e moveu os quadris. Ela ofegou e arquejou, e moveu o clitóris
inchado contra o couro liso de sua bota. Mais e mais rápido ela zumbiu contra ele, batendo o
pequeno nó torturado de carne que segurava sua liberação.
A mão de Matthew cerrou em seu cabelo, e ela apertou a bochecha na coxa dele.
—Isto mesmo, Patience. Faça. Faça!
Puxando a respiração, ela martelou contra ele. Cada músculo dela apertou. A boceta puxou
e o útero ergueu. E então ela apertou os olhos bem fechados, e com um grito longo e gutural, o
clitóris roto, encheu a totalidade de seu corpo com o néctar quente e suculento da submissão.
Chorando e convulsionando com a doçura, ela se moveu contra ele até que seu rapto
acabou. Então, muito fraca para ficar na vertical, ela deslizou para o chão e então de barriga para
cima. Através das lágrimas, ela olhou para Matthew enquanto ele se movia para ficar de pé entre
suas pernas. O tapete era áspero em seu traseiro dolorido mas ela não se importava, porque ele
estava olhando fixamente para ela abaixo e furiosamente acariciando seu falo inflamado.
—A quem você pertence?— Ele exigiu.
O coração de Patience trovejou enquanto o sangue corria apressado.
—A você.
E com os joelhos abertos e as lágrimas caindo, ela assistiu enquanto ele empurrava um
salpico quente e molhado de sêmen sobre o clitóris palpitante dela e sua boceta.
Ela ofegou e estremeceu, mas os joelhos recuaram, revelando mais de sua vulva virgem.
—Sim— ele gemeu. E grunhindo duro, ele ordenhou cordas espessas de sêmen sobre seu
sexo inchado, abdômen e seios.
O clitóris pulsava embaixo do cobertor quente de sua ejaculação, Patience estremeceu e
chorou, lágrimas mudas com a paz completa que a enchia.
Matthew olhou fixamente para ela abaixo, a respiração vindo rápida. Um brilho escuro ainda
chiava nos olhos.
—Essa é a minha bela.
A estima fez com que ela gemesse suavemente. Ela não tinha palavras.
Andando ao lado da cabeça dela, ele abaixou então e tocou seus joelhos. Correndo a mão
em seu cabelo, ele a ergueu e empurrou o pênis meio duro em sua boca.
—Chupe— ele a ordenou suavemente.
Os mamilos apertando e formigando com este novo comando, Patience obedeceu. Ela o
chupou faminta, puxando e acariciando seu membro suavizado profundamente em sua boca. Mas
quando ele alcançou entre suas pernas e começou a roçar o clitóris dolorido, os quadris dela
empurraram e ela gemeu sua angústia ao redor de sua carne endurecida. Era demais - ela não
podia aguentar. Mas ele continuou, e ela gemeu enquanto ele empurrava seus dedos encharcados
de sêmen dentro dela. E enquanto ele se retirava e empurrava novamente, ele manipulou o
clitóris ferido continuamente com seu dedo polegar.
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Com a boca cheia, ela gemeu e torceu enquanto tentava carregar sua angústia. Mas olhando
fixamente para ela abaixo, ele apenas apertou o pênis mais fundo e esfregou mais duro. Ela
soluçou e chupou enquanto ele trabalhava nela, forçando seu nó vermelho a encher e estirar. E o
tempo todo, ele a considerava com uma expressão que era tenra e inflexível.
Ela queria fechar as pernas. Os músculos tremiam para fazer isso. Mas ela não o fez. Ela as
forçou a abrir mais. Porque esse era o prazer dele e ela deveria suportar o que o desse prazer,
graciosa e agradecidamente. O coração bateu e o sangue foi apressado enquanto ela desistia de si
mesma. E no momento em que o fez, a angústia enfraqueceu e o desejo ergueu.
Os quadris ergueram e o clitóris encheu. Isto era felicidade. E essa era quem ela era - esta
mulher - com o pau de Matthew em sua boca e os dedos de Matthew em sua boceta.
E enquanto ela chorava lágrimas quentes de rendição, e clamou vorazmente em seu pênis
empurrando, ela gozou. E enquanto gozava, ele a louvou e encheu sua boca com um ejacular
lânguido e aguado.
Tremendo, Matthew descansou sobre os pés. Ele olhava fixamente abaixo para a vista linda
de Patience. Os olhos fechados, os lábios separados e uma corar brilhante marcando suas maçãs
do rosto altas. Ele havia trabalhado duro nela. Mas tudo tinha sido para seu benefício, para que
ele visse a totalidade da rendição dela nos olhos, observado no puxar do corpo, e sentido no
entusiasmo com que ela havia dado sua boca molhada, suculenta.
Mas ele queria mais do que sua boca.
Inclinando adiante, ele acariciou os cachos brilhantes para trás em sua testa. As pestanas
tremularam, então ela ergueu os olhos vívidos para ele. Ainda assim cintilantes com lágrimas não
derramadas, cheios de adoração pacífica e submissa.
O peito dele encheu com um orgulho fundo e primitivo. Logo. Logo ela seria incapaz de
recusar qualquer coisa. Ele tomaria sua virgindade, e tomaria sua mão. E, mais importante, ele
tomaria seu coração.
Sim, seu coração era o que ele queria acima de tudo.
Esticando a mão, ele apertou a mão dela. Trazendo-a para os lábios, ele beijou a pele suave,
fragrante acima do pulso dela. Os dedos suavemente envolveram seu rosto. Ele olhou para ela - a
ternura nos olhos, a suavidade na expressão - e algo afiado e quase doloroso perfurou seu tórax.
Ele olhou fixamente para ela abaixo por um longo momento, esculpindo a imagem dela em
sua mente. Então ele apertou outro beijo em sua palma antes de trazer a mão de seu rosto e
deitá-la no peito dela.
—Fique— ele murmurou.
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Ela não se moveu enquanto ele ficou de pé. Cruzando para a lareira, ele deslizou o pênis em
seu calção e então o abotoou. Usou o jack para remover as botas de montar e então tirou as meias
e removeu a camisa. Patience ficou parada, quieta, ele podia sentir o olhar dela enquanto ele
puxava uma cadeira de madeira diante da lareira. Ele colocou mais lenha no fogo. Os olhos dela o
seguiram enquanto ele pegava suas roupas e então as jogava sobre a cadeira para secarem.
Voltando-se para ela, ele se abaixou ao lado dela e desatou a guia. Então ele a ergueu.
Enquanto ele ficava de pé, o cheiro de gardênia e sexo flutuou dela. Ela era tão suave e flexível. A
sensação dos braços ao redor dele e os olhos nele fizeram com que ele sentisse um tremor nas
entranhas e que o coração batesse um pouco mais rápido.
Ele a levou para o hall de entrada e subiu os degraus largos de Gwyn Hall. A tempestade
ainda estava batendo na casa. Ele agradeceu a Deus por isto. Quanto mais tempo ela caísse, mais
tempo ele poderia mantê-la com ele. O relógio no corredor bateu doze e quinze.
Ele a levou para o pequeno banheiro e ficou satisfeito ao ver que, graças a um braseiro de
carvões, a tina de cobre ainda estava emitindo fumaça. Ele teria que pôr uma nota ou duas de
libra extras no bolso do criado. O homem havia seguido todos os pedidos de Matthew, e em curto
espaço de tempo.
Ele permaneceu ao lado da tina.
—Toque a água e diga-me se está muito quente.
Patience estendeu uma perna longa e imergiu os dedos do pé na água.
—Perfeita.
Matthew abaixou as pernas dela, e então assistiu enquanto ela se abaixava na tina. Ela
retraiu a respiração quando seu traseiro entrou na água, os olhos verdes, normalmente muito
sabedores e avaliadores, ardiam com uma docilidade tranquila. Uma vez que ela estava
acomodada, se debruçou contra a tina com um suspiro longo. Mas ela nunca fechou os olhos para
a consideração dele.
O coração saltou enquanto ele se movia para uma mesa pequena que tinha um copo e uma
garrafa de conhaque. Espirrando um pouco do líquido âmbar no copo, ele deu para Patience.
Enquanto ela bebericava, ele admirou o modo como seus peitos flutuavam na água, os mamilos
espessos apenas acima da superfície. A boca regou e uma sensação ardente se moveu por suas
bolas. Ela tinha seios tão bonitos com mamilos que floresciam em magnificência com uma surra.
Ele encontrou o olhar firme dela.
—Seus mamilos almejam castigo.
O peito dela ergueu ligeiramente com as palavras dele.
—Sim.
O sangue dele acelerou enquanto ele pensava no traseiro avermelhado dela.
—Seu corpo inteiro almeja castigo.
Os lábios úmidos se separaram.
—Sim.
O pau dele pulsou.
—Isto é muito bom.
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possessivamente. A cabeça girava enquanto ele a saboreava e saqueava. Deus, ela era tão morna
e doce, e os lábios agarravam aos dele muito apaixonadamente. Se um vigário ainda frequentasse
a capela minúscula atrás do jardim. Ele a arrastaria para lá agora.
Sim, agora!
Patience gemeu enquanto ele quebrava o beijo. Ele andou para trás. E sentiu o joelho
começar a dobrar. E congelou, pois assim como foi em relação a ela, um pequeno franzir lento e
confuso estava começando a se formar. Jesus Cristo, o que ele estava fazendo? Enquanto o franzir
dela afundava e a cabeça pendia, ele endireitou a curva de seu joelho. Na perseguição de
Patience, impaciência era sua inimiga.
Ele puxou uma respiração lenta e então ergueu as sobrancelhas.
—Naturalmente, qualquer acordo necessitaria do cancelamento de certos planos de viagem.
Sempre me considerei satisfatoriamente dotado, e posso assegurá-la de que o meu pau, mesmo
em seus dias mais turbulentos, é incapaz de alcançar Londres daqui.
O franzir de Patience aliviou e um pequeno sorriso brotou brevemente nos lábios. Então ela
estremeceu e os mamilos esticaram enquanto os dedos de Matthew fingiam ajustar sua calça
comprida.
—Você está com frio?— Ele perguntou casualmente.
—Sim... não. — Patience agitou a cabeça. —Quero dizer, não sei.
Matthew conteve um sorriso e, avançando, ensaboou as mãos novamente.
—Vamos ver, onde eu estava?
—A empregada— Patience disse.
Ele encontrou o olhar dela.
—Eu queria dizer, onde estava no seu corpo?
As pestanas de Patience tremularam.
—Oh.
—Vire-se.
Patience obedeceu, o pau de Matthew pulsava fortemente enquanto ele olhava para o
traseiro avermelhado dela. Estava brilhante e bonito, mas não mostrava nenhum sinal de castigo
sério, estava corando vivamente tanto em cima quanto embaixo. O contraste contra o resto de
sua pele pálida era dramático e atraente.
—Ah, Patience, você está adorável.
Ela deu uma olhada rápida por sobre o ombro para ele, e ele podia ver que um rubor estava
marcando as maçãs do rosto também. Avidamente, ele alisou o sabão em seu traseiro. Ele podia
sentir o calor irradiar dela, mas isso apenas o deixou com vontade de colocá-la sobre seu joelho e
a espancar uma vez mais. A voz prendeu um pouco em sua garganta de repente seca.
—Acho, minha bela, que você achará muito fácil de ganhar castigo. — Patience suspirou
enquanto ele dava uma série de beijos junto ao seu ombro. —Sem dúvida, a mimará
terrivelmente— ele respirou. —Mas como posso resistir a tal tentação? Especialmente quando te
serve tão bem. — As costas dela se curvaram e ela gemeu suavemente enquanto ele agarrava seu
traseiro e apertava os dedos em sua carne firme, apertando e massageando.
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Cristo, apesar de ele ter gozado duas vezes e estar exausto pela falta de sono, o pau estava
meio erguido. Ele precisava parar, ou se acharia fazendo mais uma vez com ela. Ele alisou as mãos
no alto das costas e então abaixo nos braços dela.
—Vire-se— ele murmurou.
Patience o enfrentou, e ele podia ver nos olhos que as palavras dele remexeram seu desejo.
Ele deslizou os dedos com sabão sobre ela, e tomou um momento para admirar os ossos longos e
bons de suas mãos. Eram mãos adoráveis, mãos de violoncelista.
—Você vai terminar de me contar sobre a empregada?
Matthew ergueu os olhos para ela e suspirou com sua persistência.
—Não há muito para dizer. Mais tarde, descobri que ela estava fazendo oral no Mark antes
da ceia. Pensamos que éramos os jovens mestres até que descobrimos que ela tinha seu horário
diário de fodas e chupadas que incluíam o chefe da cozinha, o criado, o segundo criado e o
mordomo. — Ele encolheu os ombros. —De qualquer maneira, eu tinha apenas doze anos quando
estes prazeres matutinos começaram, então suponho que isso explica a minha preferência em
chupar sobre foder. Embora, se eu for exato, realmente prefiro irrumatio38 à felação. — Ele
enxaguou as mãos na água. —Você pode se sentar.
Um franzir curioso marcou a sobrancelha de Patience enquanto ela se sentava de volta e
jogava água sobre os ombros com sabão.
—O que é irrumatio?
Matthew a considerou por um momento enquanto o pau pulsava. Ele podia estar exausto,
mas realmente não podia resistir a dar a ela uma educação breve. Desabotoando a calça, ele a
removeu junto com sua roupa de baixo. Meio duro, o pênis balançou e pareceu pesado. Ele
encontrou o olhar ávido de Patience.
—Venha.
Ela tragou imediatamente e se debruçou contra o lado da tina. A língua sacudiu sobre os
lábios enquanto ela enfrentava seu pênis que ia para cima e para baixo. O sangue corria.
—Vá em frente.
Sem pausa, ela agarrou a extremidade da tina e o levou para sua boca úmida. Ele retraiu a
respiração enquanto assistia os lábios cheios deslizarem repetidamente sobre sua seta e glande.
As pernas ficaram tensas, mas ele não se moveu. A língua suave acariciou em torno da cabeça, e
então apertou firmemente contra o lado inferior de sua seta inchada. Erguendo os grandes olhos
verdes para ele, ela começou a deslizar os lábios de um lado para outro em seu membro
crescente. Como sempre, um de seus cachos vermelhos pesados caiu sobre sua sobrancelha,
saltando enquanto a cabeça ia para cima e para baixo em seu pau já espessando.
Matthew mordeu de volta um gemido com a linda deferência com que ela o dava prazer.
Mas seus músculos começaram a tremer e suas mãos estavam com espasmos. Ele puxou de volta
dela e tocou um dedo em seu lábio inferior cheio.
38
Irrumatio (por falta de palavra correspondente em português está no original inglês) não seria apenas a troca do
ângulo da visão do ato sexual, mas converter em ativo o que na outra atividade é o passivo e vice-versa; irrumare (na
o ige àlati a à oàsig ifi aàape asà dei a -seàfela à asà iola ào al e te .àU àdosà astigosàdoàdeusàP iapoà itadoà
pela autora no cap. 07). Mais informações: http://www2.dlc.ua.pt/classicos/priapo.pdf
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
—Isto é felação. Agora—ele deixou as pernas afastadas — vamos começar novamente, sim?
Patience debruçou adiante avidamente, mas, desta vez, ele enrolou os dedos em seu cabelo
e a segurou imóvel enquanto ele empurrava em sua boca morna. Ele gemeu e retirou ligeiramente
antes de empurrar de volta mais profundamente. Então, com um tremor, ele começou a bombear
nela em golpes longos, lentos até que ele podia sentir a parede de sua garganta.
Puxando a respiração, ele pausou, e examinou os olhos de Patience cheios de luxúria, ele a
segurou cativa enquanto se retirava e empurrava, retirava e empurrava, cada vez sentindo a
pressão contra sua glande ávida enquanto ele empurrava mais distante abaixo no corredor
apertado de sua garganta. Ele grunhiu nas profundidades deliciosas a que ela o levava - deglutindo
sua espessura carnosa tão profundamente que as bolas batiam e ferviam com a sensação. Deus,
ele podia gozar novamente. E podia sentir pela boca cheia de saliva que ela queria isto. Mas ela, e
ele, teriam que esperar. Isto era, afinal, apenas uma lição de vocabulário. Apertando mais a mão
no cabelo dela, ele se permitiu dar algumas punhaladas fundas antes de se retirar.
Patience puxou uma respiração rota. Ele ergueu o rosto. Estava corada e as pestanas longas
tremulavam sobre os olhos brilhando.
—E isto é irrumatio— ele disse, a voz áspera. Ele localizou a curva de sua sobrancelha de
ouro vermelho. —Duas palavras, referindo ao mesmo ato, mas separadas pela distinção muito
significante de quem se move. — Ele localizou as curvas cheias de sua boca larga. —Poucas
pessoas sabem o que irrumatio é. Eles amontoam toda a variação linda e sutil de coitos sob o
termo sexo oral. Eu, porém, sou um conhecedor. E você, como uma artista francesa por
excelência, também deve saber as condições adequadas de algo que faz tão magnificamente.
Enquanto ele recuava, Patience sorriu para ele.
—Sério? Faço magnificamente?
Oà o aç oàdeàMatthe àa ele ouà o àoà ilhoà oàso iso.àE aàge uí oàe…àfeliz.àEleàa houàaà
própria boca aumentando enquanto ele puxava o tamborete ao lado da tina e se sentava.
—Você, minha bela, é uma mestre. — Ele tocou o lábio inferior dela. —Sua boca é larga e
sua garganta é funda. Mas mais importante, você verdadeiramente aprecia. E é isso que a faz
extraordinária. — Ele a deu a ela uma pequena toalha. —Para seu rosto, minha dama.
Patience tomou-a, e seu sorriso alargou.
—Eu aprecio. E acho que toda a prática realmente me tornou boa.
—O quê?— Matthew ficou tenso, e em um momento, ciúme chamuscante o inundou. —
Você me disse que nunca tinha feito isto antes.
Patience anuiu com a cabeça.
—Isso mesmo. Mas fiz mais felação em pepinos do que você possa imaginar.
As sobrancelhas de Matthew ergueram rapidamente.
—Pepinos?— O corpo dele relaxou, e sentiu o riso subindo.
—Sim. — Patience ensaboou uma esponja. —E por isso me tornei perita em não marcar a
pele.
Ela parecia tão adorável e orgulhosa de si mesma. Matthew sentiu um morno tremular em
suas entranhas e riu alto.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
—Bem, isto é muito bom, senhorita. — Ele falou ao redor do riso. —Você deve me mostrar
este truque algum dia. De fato, estou muito ansioso para ver.
—Sim. — Patience ergueu as sobrancelhas atrevidamente. —Estou certa de que está.
Matthew riu enquanto ela erguia a esponja e esfregava o rosto. Mas seu riso enfraqueceu
quando, uma vez mais, uma onda de algo, tão gentil, e ainda assim inevitável e maravilhoso afluiu
dentro dele. Ele olhou para ela com seus cachos vermelhos adoráveis caindo ao redor dos ombros
e pelas costas. O fim molhado de uma mecha estava junto ao seio, logo acima de seu mamilo
delicioso. Fez com que o coração doesse de olhar para ela.
Deus, eu quero você, Patience.
Ela espirrou água em seu rosto bonito.
Quero estar com você cada momento do dia e da noite. Quero conhecer cada centímetro de
você, corpo e espírito.
Ele pôs uma toalha na mão dela.
Quero te dar bebês. Quero envelhecer com você. Quero dar meu último suspiro nos seus
braços.
Ela bateu levemente nas bochechas secas e então ergueu seu rosto com um sorriso doce
para ele.
Eu amo você, Patience.
Ele olhou fixamente nos olhos cor de grama bem verde. O coração parecia que iria estourar
no peito. Ele podia respirar?
O sorriso de Patience lentamente enfraqueceu. —O quê?
Eu amo você.
Mas que inferno - eu amo você.
Matthew puxou uma respiração instável.
E quero que você me ame.
Patience olhava fixamente para ele, e os olhos pareciam com um copo polido.
—O que foi, Matthew?— Ela falou em um sussurro.
Abaixando os olhos, ele se debruçou até ela e deslizou os lábios suavemente contra os dela.
—Nada— ele sussurrou.
Então ele entrou na tina e, afundando na água morna, puxou-a para seus braços.
—Nada.
… eu o ação velava…
Cantares de Salomão 5:2
—Isso— o anjo dela sussurrou em sua orelha — veja como seu coração sangra.
Patience olhava fixamente nos olhos escuros de sua pomba para que não poder olhar para o
próprio coração.
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Ela puxou os braços mais firmemente ao redor de Matthew e, respirando o cheiro dele,
apertou um beijo prolongado em sua testa. Com a bochecha apertada no peito dela, o braço
aquecido ao redor de sua cintura, e a perna sobre as duas dela, ele a capturava mesmo enquanto
dormia. Uma lágrima de felicidade dela deslizou no cabelo dele. Era a prisão mais confortante que
ela já sentiria.
Como seria...?
Ela fechou os olhos contra mais lágrimas. Ela não devia pensar sobre isto. Mas, Deus, ela não
podia evitar. Como seria sentir esta satisfação morna - este sossego doce - o tempo todo?
Abrindo os olhos, ela estudou as curvas e ângulos do rosto de Matthew. Como seria se dar
para ele? Pertencer a ele - para sempre?
No momento, nada parecia tão importante, ou significante. No momento, seu plano de vida
cuidadosamente construído parecia mal concebido e inventado - Cavalli, uma obstrução, não uma
oportunidade. Com Matthew apertado ao peito, sonhos de uma vida completamente diferente
encheram a cabeça dela - sonhos de um marido e uma casa, sonhos de crianças e risos. Ela olhou
para ele e suavemente alisou seu cabelo espesso cor de ouro para trás de sua sobrancelha. Sonhos
de prazer e castigo.
Mas diferentemente de antes, os sonhos dela agora tinham forma e substância. Ela acariciou
os dedos através da bochecha de Matthew. Agora, seus sonhos tinham olhos de pomba, o rosto
de um anjo, e a mão forte de um deus pagão.
—O que você está fazendo comigo, Matthew?— Ela sussurrou suavemente. As pestanas
escuras dele tiveram um espasmo. —Você é realmente o meu príncipe?
Ele estava deitado quieto e quieto enquanto a pergunta ecoava na mente dela. Poderia ser
verdade? O coração dela desejava acreditar, mas ela ousaria? Ela mordeu o lábio para impedir que
ele tremesse. O que aconteceria se ela o fizesse?
***
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firmemente com uma tira de felicidade. Apenas uma coisa podia erguê-lo mais alto - o amor dela
em retorno.
Ele a assistiu por um longo momento e sorriu enquanto um franzir minúsculo brotava em
sua sobrancelha. Deus, ela sabia que - podia ela saber - o quão linda era?
—Tenho apenas uma pergunta— ele disse suavemente, trazendo sua atenção imediata. —O
que é este aroma divino?
Patience sorriu e puxou o cacho.
—Bolinhos de limão.
Matthew olhou fixamente para ela e seu coração oscilou. Havia algo novo em seus olhos.
Uma suscetibilidade tenra, talvez. Sim. Era tentativo e frágil, como o vislumbre de luz de uma
porta entreaberta. Mas estava lá. Ele engoliu.
—Bolinhos?
—Você disse que sempre desperta faminto. — Ela alisou as mãos na frente de seu avental.
—Eàesta aàdo i doàt oàp ofu da e te…à— Os dedos cerraram no tecido e então deixaram ir. —
Além disso—ela encolheu os ombros—está quase na hora do chá e você me trouxe café da manhã
duas vezes. Era o mínimo que eu podia fazer.
Oh, não - nada de banalidades.
—Mesmo?— Matthew deslizou as mãos nos bolsos e pendeu a cabeça. —Então você fez os
bolinhos a fim de me pagar de volta os cafés da manhã que eu levei para você?
Patience olhou para ele por um momento, e então um pequeno franzir marcou sua
sobrancelha.
—Não— ela disse suavemente. —Não é por isso.
Matthew ficou muito quieto.
—Então, por quê?
Ela olhou para baixo por um longo momento e um cacho caiu contra sua têmpora. Quando
ela finalmente ergueu os olhos de volta para ele, o coração de Matthew torceu. Atrás de um véu
de lágrimas brilhantes não derramadas, o olhar dela parecia assustado, com esperança e medo.
Matthew ficou tenso com a antecipação e o desejo de tomá-la nos braços, mas ele se forçou
a permanecer quieto. Se ele se movesse, poderia afugentar as palavras que ela parecia na beira de
falar. As entranhas apertaram. O som da chuva e o estalo do fogo da cozinha encheram o silêncio.
Patience liberou uma respiração longa, trêmula.
Matthew segurou a dele.
—É apenas que você tem— a voz dela tremeu assim como os lábios. —Você me fez tão feliz,
sabe. E-e, eu não estou certa, mas acho que não fico tão feliz há muito tempo. — As lágrimas
derramaram, e ela depressa as enxugou. —Então, e-eu queria fazer algo por você. Algo que iria
agradá-lo. — Ela engoliu e o peito ergueu com uma respiração rápida. —Fiz os bolinhos porque
queria agradá-lo. — A voz diminuiu e ela permaneceu rígida, os dedos cerrados no avental.
Matthew sentiu como se seu coração fosse estourar. Ele queria ir para ela e a segurar contra
ele. Ele queria descobrir todas as razões de sua infelicidade, e então queria banir aquela
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Patience
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infelicidade para sempre. Queria dar seu amor a ela e dar tudo de si - coração, casa, família e
fortuna.
Mas ele tinha que prosseguir em um tipo de gangorra delicada de puxar e soltar, puxar e
soltar. Patience era como um pássaro ferido. Embora ele a persuadisse a comer na sua mão, se ele
tentasse a agarrar muito cedo, ela seguramente o bicaria e fugiria para longe.
Então ele cruzou até ela lentamente. Tomou suas mãos suavemente, e puxando os dedos
para os lábios, os beijou reverentemente. Então, segurando a mão dela em seu coração, examinou
seu olhar úmido.
—Você me faz intensamente feliz. Obrigado.
As pestanas de Patience tremularam e então sua boca adorável ergueu nos cantos.
—De nada.
***
Patience sentiu o coração de Matthew tremular sob sua mão. Então ele sorriu para ela com
tal luz despreocupada e feliz nos olhos escuros que fez o próprio sorriso dela aumentar.
Eles ficaram lá por um momento, e de repente Patience percebeu que eles estavam sorrindo
amplamente um para o outro como um casal - bem, como uma dupla de crianças apaixonadas.
Com uma sacudida de cabeça, ela puxou a mão para longe. Mas enquanto cruzava para a lareira, o
sorriso permaneceu. Pegando os bolinhos, ela retornou para colocá-los em uma prateleira na
mesa.
Os olhos de Matthew alargaram.
—Deus, eles parecem absolutamente maravilhosos. — Umedecendo os lábios, ele se sentou
em um dos bancos e esfregou as mãos juntas entusiasticamente. —Estou morto de fome.
Patience não podia suprimir seu prazer, e riu ligeiramente enquanto se sentava em frente a
ele. O traseiro estava um pouco dolorido, mas ela estava agradecida pelo enchimento que sete
camadas de anáguas ofereciam, e ela já havia descoberto que gostava bastante da sensação tenra
e dolorida. Enquanto se movia, curvava e se sentava, era uma lembrança constante do que havia
acontecido entre eles - e que ainda que apenas no momento, ela pertencia a Matthew.
—Estou contente por você estar com fome. — Ela agarrou a bandeja de chá. —Mas os
bolinhos precisam esfriar um pouco.
—Muito bem. Mas você deve sabe que quando a questão é comer, e você sabe, odeio
esperar. — Ele se debruçou e apoiou o queixo na mão com um sorriso, mas enquanto a assistia
colocar o chá, um franzir minúsculo arruinou sua sobrancelha.
Patience pausou.
—O que foi? Você não gosta de chá?
—Não, sou bastante ávido por chá. — O franzir dele aumentou. —Apenas estou me
perguntando: o que você está fazendo sentada aí?
—Oh. — Patience deu uma olhada rápida na expansão larga de mesa que os separava. —
Bem, é habitual se sentar através da mesa quando se está conversando, não é?
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—Minha doce Patience, nada entre nós é habitual. Como posso cobiçá-la e afagar com uma
distância tão grande? Mal posso vê-la através desta mesa vasta e imensa, e certamente não posso
tocá-la.
Patience sorriu amplamente.
—Nenhuma maravilha você e Tia Matty se darem tão bem. Você é tão propenso ao exagero
quanto ela.
—Sim, agora pare de protelar e venha imediatamente se sentar ao meu lado.
Patience começou a se mover, mas a sensação do traseiro dolorido a fez parar. A submissão
dela ao castigo tinha feito com que ela ganhasse alguma indulgência? Seguramente tinha. O
coração dela bateu mais rápido enquanto encontrava o olhar de Matthew.
—Você podia vir aqui.
Os olhos de Matthew pareceram escurecer ligeiramente, mas a expressão permaneceu
aprazível.
—Ah, minha doce Patience. Vejo que você precisa de certeza.
Ela precisava? O que exatamente ela precisava ser reassegurada - de que ele se renderia, ou
de que ele não se renderia?
Um pequeno sorriso surgiu na boca de Matthew.
—Amo seus desafios, Patience. Eles me dão algo para seguir. Dão um propósito especial.
Patience balançou a cabeça.
—Que propósito?
—Trazê-la para seu lugar adequado - que, neste momento, é ao meu lado. Ajudá-la a ficar
obediente. Ressegurá-la e confortar. — Ele se ergueu e o pau era uma protuberância dura,
espessa em sua calça comprida. —Fazê-la feliz, minha bela.
O coração de Patience trovejou e o coração minúsculo entre as pernas respondeu com um
eco.
—Esse é o seu propósito, Matthew? Fazer-me feliz?
—Mas é claro. — Matthew a considerou enquanto começava a arregaçar sua manga. —Sua
felicidade é um de meus maiores desejos. Agora, venha até mim imediatamente e curva-se sobre
a mesa.
Os olhos de Patience alargaram e a boceta pulsou.
—Você quer dizer que vai me castigar? Novamente? Apenas por uma pergunta?
Matthew ergueu as sobrancelhas enquanto puxava a outra manga.
—Oh, venha agora, Patience. Pare de agir tão surpresa. Eu te disse esta manhã que não
toleraria este tipo de desobediência insignificante. — Ele descansou as mãos nos quadris magros,
e a atenção dela foi novamente para sua ereção proeminente. —Ou você pensou que eu pouparia
seu traseiro dolorido?
Ela voltou os olhos para os dele. Sim! Isso era exatamente o que ela tinha pensado.
Ele agitou a cabeça com um pequeno sorriso.
—Se você pensa que se submeter ao castigo é um passo para a desobediência, está
dolorosamente enganada. — Ele ergueu uma sobrancelha. —Nenhum trocadilho pretendido.
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Patience tentou diminuir a velocidade de seu pulso enquanto descansava o queixo na mão.
—Hmm. — Ela sabia que estava sendo atrevida. —E se eu me recusar a obedecer?
Matthew a considerou por um momento, e então seu sorriso ergueu lentamente de um
lado.
—Eu não faria isso, se fosse você.
Patience sentiu o bico dos mamilos endurecendo. Ela seguramente estava escalando a
situação, mas não sentia nenhuma inclinação para parar. Ela encolheu os ombros.
—Po à ueà o?àEuàse p eàpossoàfala à asàpala as'àseàeuà uise .
Matthew cruzou os braços sobre o peito com um suspiro.
—Você pode, mas isso seria um engano. As palavras de recusa não são realmente para
serem faladas, Patience. Elas existem para te confortar. São a fuga que você sempre pode fazer,
mas que nunca faz.
E aà e dade.àV iasà ezesàelaàpe souàe àdize à asàpala as à asà oàti ha.àE aàoàsufi ie teà
ela saber que podia. Mas e se ela realmente as falasse? Ela balançou a cabeça.
—E t oàseàeuàfalasseà asàpala as'à o à oàasàda iaàate ç o?
—Claro que eu daria. Mas é um ponto discutível, porque se eu servi-la bem o suficiente,
o à u aà fala à asà pala as .à — Matthew debruçou as mãos sobre a mesa. —Lembre-se,
Patience, não é submissão se você apenas a faz quando quer. Não é submissão se você apenas faz
quando é fácil. E certamente não é submissão se você começa a evitá-la falando uma simples
frase. — Ele a segurou com seu olhar escuro. —Certo?
O clitóris pulsava enquanto ela olhava fixamente nas profundidades dos olhos bonitos.
—Não.
Ele ficou quieto por um momento e então sua voz veio, suave de tão aveludada.
—Você se submeterá a mim quando te agradar e quando não agradar. Você se submeterá a
mim quando for fácil e quando for difícil. Você se submeterá a mim por prazer e por dor. E você
definitivamente se submeterá a mim apesar da existência de certas palavras contrárias. — Ele se
endireitou devagar. —Venha.
Patience o considerou apenas por um momento antes de se achar ficando de pé e
caminhando devagar em torno da mesa. O coração batia rápido e ela se sentia um pouco
intranquila quanto ao seu traseiro dolorido. Ainda assim, quanto mais perto ela chegava de
Matthew, mais molhada ela se sentia entre as pernas. Que estranho sentir medo e desejo ao
mesmo tempo.
Ela pausou ao lado dele e se sentiu corando enquanto encontrava seu olhar determinado.
—Curve-se adiante— ele disse tranquilamente—antebraços na mesa.
Patience fez como ele disse. A posição era bastante confortável, mas no momento em que
ela sentiu as anáguas serem erguidas, ficou tensa enquanto ansiedade e excitação escalavam.
—Ah, Patience—Matthew alisou a mão pelas curvas nuas dela—o seu lindo traseiro ainda
está rosa. Porém, você pode suportar esta pequena lembrança.
Patience mordeu de volta um ganido surpreendido enquanto a mão dele descia rápida e
firme em sua carne dolorida. Apesar de tudo que ele havia dito, ela realmente esperou sentir uma
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reprimenda mais gentil. Mas não foi o caso, e num instante ela estava ofegando e se contorcendo
enquanto Matthew aquecia a totalidade de seu traseiro dolorido com batidas afiadas.
No momento em que ele parou, ela se soltou completamente sobre a mesa. Com a nádega
apertada na madeira lisa, ela puxou respirações rasas e arquejantes que depressa diminuíram a
velocidade e aprofundaram. O traseiro estava quente, dolorido e pulsando. A sensação pulsava
por seu corpo como uma delícia estranha e sensual que a massageava de fora para dentro. Ela se
sentia completamente relaxada e em paz. Mas mais fascinante de tudo, ela sentia uma funda e
intensa sensação de satisfação de que ela era de Matthew - que ela pertencia a ele e que ele
cuidaria dela.
Uma inundação de alívio e gratidão opressiva lavou por ela. Os olhos encheram com
lágrimas frescas.
Deus…
Por quanto tempo ela tinha se sentido abandonada? Quanto tempo?
Matthew a puxou, e ela imediatamente envolveu os braços ao redor dele. Ela respirou em
sua pele, e apertou beijos suaves e urgentes contra a coluna morna de sua garganta e a linha lisa
de sua mandíbula.
Ele a segurava totalmente. O corpo a abraçava, os braços a cercavam, os dedos ternamente
a apertavam e a cabeça estava curvada sobre a dela. Ela estava envolta em seu abraço protetor, e
se sentia completamente segura - completamente feliz.
Ela aconchegou o rosto contra a curva de seu pescoço. Queria que tais sentimentos
pudessem durar para sempre.
—Obrigada, Matthew.
Os braços dele apertaram ao redor dela e sua boca girou para a dela.
—De nada— ele sussurrou contra seus lábios. Então ele a beijou com uma gentileza lenta
que fez com que ela se sentisse fraca.
… ost a-me a tua face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face
graciosa.
Cantares de Salomão 2:14
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—Eu apenas sei. Mas por que nós não fazemos um teste?— Matthew tocou suavemente o
cacho espesso que havia caído adiante de seu cabelo preso. —Concorde em ficar comigo, e
provarei a minha teoria.
Patience o considerou por um momento longo e mudo. O olhar bonito era tenro.
O coração de Matthew acelerou. Lentamente, ele fechou o pequeno espaço entre eles.
—Diga que sim, Patience— ele murmurou contra os lábios dela. Quando ela não falou, ele
tomou a boca com a intenção de ser um beijo breve. Mas os lábios eram tão suaves, e o cheiro
dela encheu sua cabeça.
Diga que sim, meu amor - diga…
Por um momento, ele lutou para se afastar do beijo que se tornava exigente. Mas os braços
foram ao redor dela, e ele a segurou firmemente enquanto mergulhava a língua em sua boca
doce. A cabeça dele girou enquanto Patience gemia, e ele podia sentir seu abraço, firme e
apertado. Com uma arfada, ele quebrou o beijo e apertou a testa na dela enquanto tentava
tranquilizar a corrida do pulso.
A respiração de Patience veio em arfadas rápidas, rasas.
—Oh, Matthew—a mão dela curvou contra sua bochecha—você não está jogando limpo.
Apertando a mão dela, ele deitou um beijo em sua palma.
—Eu sei. — Ele apertou a mão dela em seu coração à medida que recuava. —Mas não há
nada que eu não farei para mantê-la, Patience. — Agora, Cavalli provavelmente já havia recebido
sua carta. Um calafrio de dúvida correu por suas costas, mas ele o afastou. —Não há nada que eu
não farei.
A boca aumentou em um sorriso suave.
—Você não gostaria da minha resposta sem coerção?
Sim.
—Oh, eu não sei. Gosto tanto de coagi-la.
O sorriso de Patience aumentou.
—E eu gosto de ser coagida por você. — O sorriso dela suavizou enquanto o considerava. —
Masà esteà aso…
—Sim. — Ele olhou fixamente em seus olhos verdes claros. —A resposta é sim. — Ele a
estudou por um longo momento antes de liberar sua mão e expelir o que ele sabia ser um suspiro
que parecia petulante. —Mas eu odeio esperar.
Patience sorriu amplamente.
—Ora, você apenas me perguntou ontem. — Envolvendo a cintura com os baços, ela apoiou
a cabeça embaixo de seu queixo. —Você mal esperou.
O coração de Matthew ergueu com o abraço espontâneo dela. Ele a puxou o quanto podia,
de forma que até suas pernas estavam descansando sobre sua coxa.
—Bem, parece que foi uma eternidade— ele murmurou.
Patience apertou um beijo gentil no lado inferior de sua mandíbula, mas não disse nada. No
silêncio, o fogo da cozinha retrucou e a chuva tamborilava contra as janelas. Contente, Matthew a
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segurou. Ele respirou o odor de seu cabelo e acariciou as curvas de suas costas e cintura. Ele podia
sentir o deslizar ocasional das pestanas dela contra seu pescoço.
—Matthew?
—Sim?
Houve outra pausa breve, e então:
— A quantas mulheres você ensinou o que está me ensinando?
Matthew apertou um beijo na sobrancelha dela.
—Nenhuma, Patience. Você é a minha primeira, minha primeira e única.
Patience recuou, a expressão incrédula.
—Como pode? Você deve ter feito antes. Você sabe tudo.
Matthew pausou. Era inevitável que ela fizesse a pergunta. Ele encontrou o olhar dela.
—Há casas, Patience, especializas na realização de desejos específicos. Quando atingi a
maioridade, não levei muito tempo para achar um lugar onde pudesse explorar meus interesses
particulares.
—Estasà asas'às oà asasàdeàp ostituiç o?
—Sim.
Um pequeno franzir marcou a sobrancelha de Patience.
—Então eu não sou sua primeira. Sou apenas a primeira que você não está pagando. — As
palavras eram calmamente faladas, mas ele ouviu tristeza nelas.
—Não. — Matthew ergueu o queixo dela e olhou fixamente em seus olhos verdes fundos. —
Você é a minha primeira - primeira e única — ele repetiu. —Há um universo de diferença,
Patience, entre o que nós estamos construindo juntos, e o que eu paguei na casa do Sr. Stone. Lá,
as jovens mulheres são treinadas para se submeterem a qualquer cliente. Então, sua submissão
raramente alcança além do físico. Elas precisam da disciplina e da realização regular, e apesar de
terem seus favoritos, geralmente não importa quem introduz - ou de que modo é feito - contanto
que as regras do Sr. Stones não sejam quebradas. As submissas conseguem o que querem, o
cliente consegue o que quer, e a noite está terminada. É tudo muito superficial- e é assim como
deve ser.
Ele acariciou a mão na curva suave da bochecha dela.
—Mas o que você e eu temos é muito mais profundo. O que eu faço para você é apenas com
você. Você é minha única estudante, e meu único desejo. Minha devoção é total a você. E a
rendição que eu quero de você é total. De forma que se eu estou com você, ou a quilômetros de
distância, você será minha - em todas as coisas e em todos os modos, e te fará feliz se submeter a
mim. — Os olhos bonitos nunca deixaram os dele. Deus, eu amo você. E vou apenas amá-la cada
vez mais. —Devo ser mestre de ninguém mais além de você, Patience. — Ele apertou os lábios no
canto de sua boca. —E você pertencerá a ninguém mais além de mim - para sempre.
Patience liberou sua respiração em um suspiro suave. Os lábios separaram e o franzir
pequeno, quase aflito que marcava sua sobrancelha enviou uma pulsação forte ao pênis dele. Ela
queria o que ele oferecia. A rendição estava perto. Ele podia sentir.
Patience. Ele devia ter Patience.
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que é estranho sobre o desejo feminino de se submeter e o desejo masculino de dominar? Estes
não são os papéis que nós mais frequentemente vemos agimos na natureza? Não são estas, nos
níveis mais básicos, as propensões naturais dos sexos?
—Sim. — Patience ergueu as sobrancelhas. —Conheço vários homens que podem gostar de
receber uma surra. A Sra. Hawkings, a esposa do comerciante de aves, bate no marido a distância
toda até o comércio e depois de volta para casa.
Matthew riu.
—Sempre há exceções, não é? Mas as exceções desmentem a verdade geral? As exceções
nos desmentem?
—Bem, não. Mas não posso evitar e me sentir como se nós fôssemos a exceção.
—Talvez nós somos, pois poucos realmente entendem e vivem esta vida em sua plenitude -
o que é uma pena. Mas isso significa que nós não deveríamos?
Patie eà oà esta aà e taà deà ueà eal e teà e te diaà oà ueà i e à estaà idaà e à suaà
plenitude àsig ifi a a,à oà o te toàdaàsu iss oàeà oà o te toàdeàsuaà elaç o.àMasàsa iaà o oàseà
sentia agora mesmo - despertada, repleta, feliz e querida. Como seria se sentir deste modo o
tempo todo? E qual a profundidade de sentimentos que ela descobriria se ficasse com Matthew?
—Eu te direi algo, Patience. — A voz de Matthew chamou sua atenção de volta para ele. —
Penso que esta vida, compartilhada entre um homem e uma mulher em acordo verdadeiro e
profundo com suas predisposições naturais, deve ser muito mais perto do que Deus designou para
as nossas vidas.
Patience ergueu uma sobrancelha.
—Você está trazendo Deus nesta conversa a fim de me balançar?
Matthew sorriu amplamente, entretanto disse:
—Não por isso. Acho que existe mérito na noção. — Ele desceu o dedo à toa junto a sua
clavícula. —Deus não criou Eva em resposta às necessidades e desejos de Adão?
Patience estremeceu com o toque.
—Talvez. Mas alguns estudiosos acreditam que eles foram criados juntos.
Matthew acariciou a mão do braço ao pulso dela. —Se eles eram foram criados
individualmente ou juntos — erguendo a mão dela, ele a segurou contra a sua maior— Deus não
criou Eva mais delicada, mais suave, porque ela não devia resistir a Adão, mas se submeter a
ele?— Ele deslizou o nariz contra a pele acima do pulso dela. Os olhos fecharam brevemente,
então ele girou seu olhar escuro de volta para ela. Patience sentiu o coração acelerando. —De
fato— ele continuou—Ele não a criou de forma a ser cheia com a semente da vida, ela não deveria
se submeter à penetração de Adão?— Patience retraiu a respiração enquanto ele descia a mão e
apertava sua ereção espessa. —Os homens carregam seu domínio entre as pernas, Patience. —
Ele segurou a mão dela e deu uma estocada contra sua palma. —Que prova maior pode existir que
a submissão feminina é vontade de Deus?
Patience enrolou os dedos ao redor dele e o clitóris pulsava enquanto ele continuava a
empurrar suavemente contra sua mão.
A expressão dele permaneceu relaxada.
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Restauração da Monarquia na Inglaterra ocorreu em: 29 de maio de 1660.
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Além disso - ela ergueu o modelo pesado de um motor preto brilhante - que possível efeito
um escândalo de ilegitimidade podia ter sobre uma companhia de ferrovia com o tamanho e a
estatura da GEFO? Especialmente quando essa ilegitimidade não tinha nenhuma consequência
real ou prática em qualquer coisa.
Matthew se juntou a ela.
—Esse é o modelo do nosso primeiro motor.
—Parece diferente do motor do trem que me trouxe de Lincolnshire. — Patience disse,
retornando-o cuidadosamente à estante.
—Sim. — Matthew assinalou outras máquinas negras que eram muito maiores e mais
pesadas. —Essa é a besta que a trouxe. É chamado Dragão Negro - por sua força e velocidade. —
Ele ergueu as sobrancelhas. —E seu apetite insaciável pelo carvão.
—Bem, felizmente você possui seu próprio carvão. A propósito, li o artigo no jornal desta
a h .àEst àteàda doà ditosàpo à uda àaàfa eàdeàduasài dúst iasà o u e tais .à — Ela sorriu.
—Isto é muito excitante, Matthew. Parabéns pelo sucesso.
—Obrigado. — Os olhos escuros de Matthew a estudaram por um momento. —Sabe,
quando eu fui jogar cartas, não tinha nenhuma ideia de que o Danforth estava carregando a ação
da mina de carvão no bolso. Eu podia ter saído sem nada.
—Quando frequentei o baile, não tinha nenhuma ideia de que você estava levando a ação de
meus desejos no seu bolso. Deus frequentemente envia benções quando menos esperamos,
Matthew.
Puxando-a para seus braços, ele a beijou profunda e completamente. Patience gemeu e se
apertou mais firmemente contra ele enquanto as mãos dele apertavam seu traseiro dolorido.
Quebrando o beijo, ele falou contra os lábios dela.
—Você está certa de que quer continuar a conversar sobre trens?— Ele a segurou para ele
enquanto se esfregava devagar contra ela. —Porque creio que tenho algo no meu bolso para você
agora mesmo. — Ele sorriu. —Algo que creio que você devia ver.
Patience riu enquanto ia para trás.
—Creio que já estou familiarizada com o que está no seu bolso, senhor.
—Ah, mas está longe de ser o suficiente, senhorita.
Patience agitou a cabeça com um sorriso.
—Você vai me contar qualquer coisa mais sobre os seus negócios ou não?
Matthew suspirou.
—O que você quer saber?
—Bem, que tal esta nova mina de carvão? Sabe, apesar das leis, condições em minas e
aldeias de mineração são tipicamente horríveis. Você tem planos de visitá-la?
Matthew a considerou pensativamente por um momento.
—Você é realmente filha de um vigário, não é?
Patience sorriu amplamente e se sentiu corando novamente.
—Bem, pode não parecer sempre, mas sou.
Os braços dele foram ao redor dela.
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—Estou ciente que as condições dos mineiros são tipicamente pobres. — Ele apertou beijos
em sua sobrancelha e têmpora. —E, sim, planejo visitar.
Ela suspirou e se debruçou contra ele.
—E se for terrível?
Ele mordiscou a orelha dela.
—Então eu a consertarei.
Patience sorriu em seu pescoço e o segurou mais apertado.
—Você é o melhor dos homens, Matthew. — Ela estremeceu. —O melhor dos homens.
—Então me diga, Matt, querido. Como as coisas estão progredindo?— Tia Matty se sentou
em uma cadeira ao lado de Matthew no terraço grande com vista para o jardim. A tempestade da
véspera tinha ido e, enquanto a festa do outono e a caça haviam terminado, a maior parte dos
convidados tinha partido naquela manhã depois do café. A casa estava pacífica. —Podemos
esperar um anúncio para breve?
Sim. Matthew pendeu a cabeça em direção a ela.
—Bem, você conhece a Patience, Tia Matty.
Estreitando os olhos e franzindo os lábios, a mulher puxou uma respiração ruidosamente
pelo nariz.
—Certamente conheço.
Matthew conteve o sorriso e agitou a cabeça.
—Não há como apressá-la.
—Oh!— A palavra veio em uma exalação frustrada. —Aquela menina - eu podia apenas —
Tia Matty cerrou as mãos enquanto olhava através do jardim de rosas para Patience.
Ela estava caminhando nos caminhos de pedra com Passion, e o sol do final da manhã fazia
com que seu cabelo parecesse fogo.
A mão de Tia Matty segurou seu braço.
—Você deve tê-la na mão, Matt.
Matthew encontrou o olhar da mulher mais velha.
—Sério? Você acha?
—Acho. — Tia Matty disse definitivamente. —Para o seu próprio bem, alguém precisa fazer
isto. A menina tem se rebelado contra Deus e o bom senso por muito tempo. É hora de por um fim
nisso.
—O que você recomenda que eu faça?
Mathilda Dare ergueu as sobrancelhas de prata.
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—Você quer dizer além de colocá-la de joelhos, que é o que ela realmente precisa?
Matthew considerou a mulher com novo respeito. Com toda sua excentricidade, ela
entendia as coisas perfeitamente.
Ela agitou a cabeça.
—Se apenas o pai tivesse feito isso há mais tempo, estou certa de que nós não estaríamos
tendo esta conversa. Claro que—a irritação pareceu tomar seu rosto—estou tão contente por
estarmos tendo esta conversa, porque sei que não teria gostado de qualquer outro se casando
com ela tanto quanto gosto de você. — Ela bateu levemente no braço dele.
—Obrigado, Tia Matty.
Ela sorriu.
—De nada, Matt querido. Agora—o olhar irritado retornou—o que fazer com ela? — Ela
bateu os dedos em seu braço. Ela suspirou e bateu um pouco mais. —Sabe, esse é o problema que
eu sempre enfrentei. Nunca posso apresentar um plano executável porque nada dá certo nela. Ela
vê tudo. Resiste a tudo. E é positivamente incorrigível.
Matthew anuiu com a cabeça no que esperava ser uma forma de empatia.
—Parece que nós temos de ser pacientes com nossa Patience.
Tia Matty ergueu os olhos pra o céu.
—Deus sabe como tenho exercitado minha paciência com Patience por anos. Tantos anos,
que estou completamente sem paciência. Eu a gastei toda, Matt. — Ela estalou os dedos e fez tsc.
—Eu não sei onde a paciência fica guardada, mas se você pudesse olhar lá, veria que a minha se
foi completamente. É realmente trágico, como ela consumiu toda a minha paciência - e sendo tal
virtude.— Não parecendo toda trágica, ela deu uma olhada rápida através do jardim mas voltou o
olhar depressa para ele. —Quero dizer, como irei adquirir mais? Eu nem sei é possível. É?
Completamente entretido, Matthew anuiu com a cabeça.
—Creio que ouvi falar de algum tipo de reservatório para paciência. Apenas quando se pensa
que não tem mais, borbulha vindo de lugar algum.
—Sério?
—Sim. Acho que é verdade.
—Bem, graças a Deus. Mas não vamos dizer a Patience. Afinal, é por causa dela que estou
atualmente roubada de uma virtude tão importante. Acho que ela devia sofrer por meu estado
atual. — Ela apertou a mão no peito como se estivesse doendo. —Quero dizer, Matt, você não
tem nenhuma ideia de como é ter a paciência totalmente testada.
Ha! Naquela manhã ele havia acordado com um desejo tão feroz de foder sua Bela
Adormecida que teve que deixar a cama ou teria o risco de tomá-la. Então, enquanto ele dava a
ela uma surra matutina leve, seu desejo chamejou tudo de novo. A surra não era um castigo, mas
um meio de ela começar o dia em estado adequado - suave, sensual e submissa. Com o tempo, as
surras ficariam mais firmes. Mas no momento, a leve servia muito bem. O pau pulsou com a
memória - o traseiro erguido e a boceta molhada. Deus, se ele não a fodesse logo, ficaria sem
paciência e aflito.
As sobrancelhas de tia Matty juntaram em uma expressão preocupada.
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—Você é a minha última esperança, Matt querido. Diga-me que não desistirá. Diga-me que
será firme e forte na perseguição de minha sobrinha teimosa. Diga-me que, não importa o que
seja preciso, ela estará destinada a se casar com você - antes do Natal seria bom.
Matthew sorriu e então olhou através do jardim para Patience. Ela e Passion pararam de
caminhar e Patience tinha a mão na barriga da irmã. Logo, Patience - logo vou foder sua linda
boceta e você ficará com a barriga tão grande quanto a da sua irmã. O pau de Matthew pulsou.
—Não desistirei, Tia Matty. Serei firme e forte. Farei o que for preciso para levar a sua linda
sobrinha para o lado dos casados.
—Oh, Matt! Matt querido!— Tia Matty agarrou seu braço. —Hmm, ah - antes do Natal? —
Matthew olhou para ela.
—Be ,à Natalà à u aà dataà deà fa ília,à eà falta à ape asà t sà eses.à “e iaà o …à — Os olhos
dela estavam úmidos e o sorriso ficou trêmulo. —Perdoe-me. É que eu a amo muito. E tenho
medo de que —os olhos faiscaram com lágrimas— temo que ela fique sozinha.
Matthew sentiu uma onda de ternura pela mulher enquanto dava seu lenço a ela.
—Eu não a abandonarei, Tia Matty. Prometo.
—Obrigada, Matt. — Ela tocou de leve as lágrimas. —Solteirice tem muitas coisas boas, mas
não é para ela. Por mais que ela tente ser uma maçã, simplesmente não há como negar que ela é
um pêssego.
Matthew tentou deduzir o que ela queria dizer, porque estava começando a pensar que ela
tinha mais senso do que as pessoas davam crédito. Talvez ela estivesse se referindo ao fato de que
maçãs eram duras e que os pêssegos eram suaves? Incerto, ele apenas anuiu com a cabeça.
Ela olhou através do jardim para suas duas sobrinhas.
—Olhe para elas juntas. Sabe, Matt, antes de a mãe morrer, as duas eram inseparáveis -
risos e risadinhas o tempo todo e em todos os lugares. Não se podia achar uma e não achar a
outra. Elas eram muito próximas.
—Eram próximas? Elas parecem que ainda são assim.
—Oh, sim - de muitas formas. Mas não como eram quando crianças.
Matthew se debruçou para mais perto.
—Por quê?
Tia Matty suspirou. —Porque tudo mudou quando a mãe delas morreu. Penelope, que
descanse em paz, era uma mulher extraordinária. Todo mundo era afetado pela passagem dela.
—Claro— Matthew respondeu. —Mas por que a morte da mãe deveria ter mudado
ual ue à oisaà e t eà elas?à Qua doà euà pai…à Qua doà Geo geà Ha k o eà o eu,à Ma kà eà euà
ficamos muito mais próximos. Precisamos mais um do outro.
—Sim, bem, há apenas os dois. E perdoe-me, Matt querido, mas acho que você ou seu irmão
não tiveram as preocupações urgentes e práticas de uma casa que não tem pessoal grande. — Tia
Matty olhou ao redor. —Quantos trabalham aqui na Mansão Hawkmore?
—Incluindo jardineiros e trabalhadores estáveis, mais ou menos setenta e cinco— Matthew
admitiu.
Ela ergueu as sobrancelhas prateadas para ele.
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Robin Hood - herói mítico inglês, um fora-da-lei que roubava dos ricos para dar aos pobres, aos tempos do Rei
Ricardo Coração de Leão. Era hábil no arco e flecha e vivia na floresta de Sherwood.
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Matthew fez uma careta enquanto imaginava uma Patience com dez anos de idade, só,
enquanto Passion cuidava de Primrose. Nenhuma criança deveria ficar só. Com toda sua educação
problemática, essa era uma coisa que ele não sofreu. Mark sempre tinha estado lá para ele. Mark
ainda estava lá para ele.
—E quanto ao pai? Qual a parte dele nisso tudo? Seguramente ele podia ver que uma de
suas filhas estava mais só do que as outras.
—Mais só?— Tia Matty balançou a cabeça enquanto parecia considerar a pergunta. —Não.
Sabe, era assim que era, Matt. Tudo aconteceu tranquilamente e sem incidente. Passion nunca
reclamou ou chorou sobre sua infância perdida. E Patience nunca reclamou ou chorou. Quero
dizer, como ela podia quando via a irmã mais velha trabalhando tão duro.
Matthew de repente se lembrou das palavras de Patience na noite em que ele tinha dormido
em seu quarto: eu nunca peço ajuda - a menos que não possa evitar. Ele pensou no desconforto
dela com o primeiro café da manhã que ele havia deixado para ela, e sua reticência óbvia sobre
permitir que ele a vestisse para a soirée musical. E então ele se lembrou de sua admissão
pungente sobre seu violoncelo: … o ta to ue eu o a e o sufi ie te, ele u a, ja ais e
deixará!
Matthew olhou fixamente através do jardim para Patience.
Oh, meu amor. Começo a ver os porquês em você. Não é nenhuma maravilha que você tenha
escondido seu coração.
Tia Matty seguiu seu olhar.
—Você não deve pensar que haja qualquer discussão entre elas, Matt. Não há. Três irmãs
mais amorosas e leais você não achará. E, sabe, de muitas formas Passion e Patience foram
exclusivamente predispostas aos papéis que empreenderam. Passion, a mãe substituta, e Patience
de mente forte e independente. Não é assombroso que as coisas tenham acontecido do modo
como foram.
Matthew fixou o olhar em Patience. Ela podia ter a mente firme e ser independente, mas ela
havia sofrido - e muito. E ele estava começando a pensar que ninguém sabia disso.
Nem mesmo Patience.
Tia Matty sorriu suavemente.
—Eles são as versões dos pais, Matt. Passion é muito como a mãe, tanto em aparência
quanto temperamento. Havias breves momentos quando, com Prim nos braços, parecia que
Pe elopeàesta aàdeà oltaà o os o.àQuase…à— Ela suspirou. —E Patience—apesar de ter os cachos
da mãe, a cor ígnea veio do pai. Ela é muito como ele - forte e estoica, mas com um coração tão
profundo quanto o oceano. Sendo tão profundo, eu às vezes o acho intocável, mas sei que está lá.
“eàeuàfosseàape asàu aà adado aà elho …à— a voz dela enfraqueceu com a consideração.
Matthew olhou para ela.
—Acho que você é uma nadadora melhor do que pensa.
Tia Matty irradiou para ele.
—Sério? Você sabe o que eu acho, Matt querido?
—O que você acha, Tia Matty?
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Patience
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—Acho que você é o melhor nadador que já encontrei. Acho que é tão bom que pode ser um
daqueles surpreendentes mergulhadores de pérola do Mar do Sul que eu li recentemente. — Ela
anuiu com a cabeça e os olhos cinza faiscaram com excitação determinada. —Mergulhe fundo,
Matthew. Mergulhe fundo, ache a pérola, e traga-a para a superfície. Se você realmente quer se
casar com Patience, terá que fazer isto.
Ele olhou fixamente através do jardim para Patience. Ela olhou em direção a ele, quase como
se ele a tivesse chamado. Então ela sorriu e ergueu a mão em um aceno. Ela havia feito com tal
imediação. Não havia pausado para pensar.
Matthew sorriu e seu coração ergueu enquanto ele acenava de volta.
—Eu terei a pérola, Tia Matty. Eu a terei antes do Natal.
*** Tiamat-World***
—Olhe para Tia Matty. — Patience assistiu a tia conversando excitadamente com Matthew.
—Ela é como uma criança no Natal quando está com Matthew.
Passion sorriu.
—E ele realmente gosta dela.
—Oh, eu sei. Eles são muito parecidos, aqueles dois. — Patience agitou a cabeça. —Mas o
que eles têm em comum, não posso te dizer.
Passion olhou para ela com sobrancelhas erguidas.
Patience ergueu as sobrancelhas em retorno.
—O quê?
—Você é o que eles têm em comum, querida. — Passion deslizou o braço pelo de Patience, e
elas continuaram a caminhada. —Tia Matty quer que Matthew se case com você. Matthew quer
se casar com você. — Patience voltou os olhos para a irmã, mas Passion apenas sorriu. —Isso os
tornam aliados na batalha contra seu castelo formidável de solteirice.
O coração de Patience bateu um pouco mais rápido.
—Mas Matthew me disse que não estava interessado em casamento.
Um franzir perplexo marcou a sobrancelha de Passion.
—Quando ele disse isto?
—Na noite do masque.
—Então ele mascarou o coração naquela noite, em vez do rosto. — Passion parou de
caminhar e girou para enfrentá-la. —Bem, sei que estou certa. Vejo como ele olha para você. Da
primeira vez, vi como ele olhou para você. — Ela balançou a cabeça e os olhos castanhos mornos
pareciam tão certos. —Sei o que aquele olhar significa porque é o mesmo modo como Mark olha
para mim. E falando do meu lindo marido, ache outro que negou ter desejo de casar?
—Seu lindo marido?
Passion sorriu e anuiu com a cabeça.
—E eu, também, disse que não me casaria novamente. Ainda assim, aqui estou eu - e com
um filho, que também acreditei ser impossível. — Passion apertou as mãos de Patience. —Na
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ocasião, nós entendíamos mal a nós mesmos, ou havíamos perdido a fé. Qualquer que fosse o
caso, dissemos coisas que pensamos ser a verdade, apenas para ver que não eram. — Uma
sobrancelha castanho-avermelhada de Passion ergueu. —Talvez, até você seja capaz de estar
errada?
—Você sabe como eu odeio estar errada— Patience murmurou.
—Eu sei.
Patience olhou fixamente no olhar suave da irmã.
—Mas neste caso, acho que eu poderia ficar muito feliz em estar errada.
Os olhos de Passion alargaram.
—Sério?
Patience sentiu uma vertigem nervosa com o prospecto de tomar a decisão que tinha
crescido cada vez mais irresistível.
—Oh, Passion, você acha que eu seria terrivelmente tola se desistisse de Cavalli?— Soltando
as mãos da irmã, ela apertou os dedos contra as têmporas. —Não posso acreditar que estou até te
fazendo esta pergunta. Mas Matthew me pediu para não ir. E, agora mesmo, eu - eu realmente
não quero ir.
—Então não vá.
—Mas como eu não poderia ir?— Ela abaixou as mãos. —Quem diz não a Fernando Cavalli?
Passion encolheu os ombros.
—Acho que você.
—Como eu poderia fazer isto? Estou louca? Quero dizer, sério, será que perdi o juízo?
Passion balançou a cabeça, e seu olhar era tenro e observador.
—Eu não sei. Você sabe?
Patience agitou a cabeça lentamente.
—Eu não sei. Parte de mim acha que sim.
—E o que a outra parte de você pensa?
Patience fechou os olhos, e a memória da surra que Matthew havia dado a ela naquela
manhã encheu sua mente e imediatamente aliviou sua tensão. Ele havia batido nela não porque
ela o havia desobedecido, mas porque o agradava, e porque ela precisava. Enquanto o excitava,
de alguma maneira a agradava, também. E talvez ela precisasse disto, embora doesse, a deixava
molhada; e posteriormente ela havia se sentido suave, sensual e feliz.
Patience abriu os olhos. Os mamilos estavam duros, e o clitóris estava dolorido. Ela tomou
uma respiração lenta e funda antes de encontrar o olha da sua irmã.
—A outra parte de mim pensa que ficar com Matthew é tudo o que importa. Que ficar com
Matthew é tudo que importa—ela tragou—ou que importará.
Passion anuiu com a cabeça lentamente.
—Então fique, Patience. Fique.
Patience tremeu com o eco inconsciente da sua irmã às palavras de Matthew.
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—Ficar?— Lentamente, ela girou a cabeça para olhar para ele. E não ficou surpresa em achar
seu olhar escuro nela. Mesmo com a distância ela podia sentir seu intento poderoso. Deus, ela o
queria tão desesperadamente.
—Ficar— ela repetiu mais para si mesma do que para Passion. —Deixar o agora de lado pelo
momento, e viver a possibilidade do para sempre?
—Sim.
Patience se voltou para a irmã.
—Embora não existam promessas entre nós?
—Acho que a promessa dele está nos olhos.
—Sim. Ele tem olhos lindos, não é? E ele diz coisas, Passion. Coisas maravilhosas.
—Então tenha fé nele.
—Euà ue o.àÉàape asà ueà pa aàse p e àte à eàiludidoà uitoàf e ue te e te.à“e p eà ueà
penso que eu o tenho, acho que estou errada. E, desta vez, eu— Patience piscou de volta as
lágrimas súbitas. —Bem, nestes últimos dias, sinto que mudei - ou talvez, como Matthew diz, eu
esteja apenas retornando ao meu verdadeiro eu. Não estou completamente certa. Mas o que
estou certa é de que não sobreviverei se estiver errada novamente - não agora. Não agora que me
sinto tão viva.
Passion olhou em direção a Matthew. Tia Matty havia retornado à casa e ele estava só,
olhando fixamente através do jardim para elas. Passion o considerou pensativamente por um
momento e então olhou de volta para Patience. Dando um beijo na bochecha de Patience, ela
sorriu suavemente.
—Fique.
Levou apenas um momento para a palavra adorável inspirar sua resposta.
Sim!
Patience sorriu e jogou os braços ao redor da irmã. O coração floresceu com felicidade e
confiança súbitos.
—Devo ficar. Ficar e ter fé no para sempre.
Patience ouviu o riso de Passion e isso a fez rir. Ela apertou mais a irmã.
—Amo você. Senti sua falta.
Passion foi para trás com um sorriso perplexo.
—Sentiu minha falta?
—Sim. Senti falta da parte de você que costumava ser minha. — Patience olhava fixamente
nos olhos castanhos da irmã - olhos tão parecidos com os de sua mãe. —E senti falta da minha
parte que costumava ser sua.
A cabeça de Passion pendeu.
O sorriso de Patience aumentou.
—Amo você— ela disse novamente. Então, beijando a irmã na bochecha, ela girou e correu
para Matthew.
***
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Matthew assistiu Patience correr em sua direção. Um sorriso magnífico no rosto, os cachos
vermelhos saltavam e suas anáguas se moviam como espuma do mar sob suas saias azuis
esverdeadas erguidas. O coração bateu com carinho e antecipação. Ela parecia tão exuberante,
tão cheia de felicidade. O que ela estava vindo dizer a ele?
Exatamente quando ela girou em direção ao caminho que a levaria aos degraus do terraço,
parou. Um criado apareceu e a deu uma carta. Matthew ficou tenso enquanto assistia seu sorriso
enfraquecer. De quem era?
O Correio Real era tão famoso por sua velocidade que as pessoas frequentemente o usavam
mais como um serviço de mensageiro, devolvendo as notas através da cidade no mesmo dia. Se
Mickey Wilkes houvesse feito seu trabalho, então era completamente possível que uma carta de
Cavalli estivesse agora sendo entregue nas mãos de Patience.
Segurando o corrimão de pedra, Matthew se moveu em direção a ela. Ela estava olhando
fixamente para a frente do envelope sem abri-lo. Medo surgiu nele enquanto ele lentamente
descia os degraus. Ela virou o envelope e o abriu. Ele pausou, e suas entranhas apertaram quando
ela tirou e desdobrou uma única folha de papel. Enquanto ela a lia, ele se forçou a continuar a
descer os degraus, assistindo-a em busca de qualquer sinal de angústia.
Apesar de o rosto dela estar ligeiramente abaixado, a expressão não pareceu mudar.
Matthew saiu do último degrau e se moveu em direção a ela.
—O que foi, Patience?
Ela olhou para ele, a expressão um pouco confusa, mas sorriu.
—É do Maestro Cavalli. Ele rescindiu sua oferta de me tomar como aluna. Parece que a
esposaà fi ouà p eo upadaà o à aà atu ezaà í ti a à daà asso iaç oà p ofesso -aluna. — Patience
encolheu os ombros. —Ela não quer o marido ensinando uma mulher.
Matthew olhou fixamente para ela, a respiração rasa.
—Você não está chateada?
Patience pausou e mentalmente pareceu se certificar. Quando o olhar retornou a ele, ela
sorriu.
—Não. Não estou.
O quê? Um alívio tentativo chamejou sob a pele de Matthew.
Ela andou para mais perto dele, e ele respirou o odor de gardênias.
—Você sabe por quê?— Ela perguntou.
—Não. — Apesar do sorriso dela, ele segurou a respiração. —Por quê?
—Porque eu já tinha decidido ficar.
Ele soltou a respiração em um jato de ar.
—Você tinha?
Ela balançou a cabeça e os cantos de sua boca curvaram oh, tão docemente.
—Sim, estava vindo para te dizer isso agora mesmo.
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Com um grito jovial, Matthew a ergueu nos braços. Ela riu enquanto ele a girava. O som de
seu riso, o cheiro de sua pele, e a sensação do corpo dela, tudo fez com que ele se sentisse
e tigi oso.àElaàe aàdele!àElaàe aàdeleàeàeleà u aàaàdei a iaài .àNu a…
Diminuindo a velocidade até parar, ele correu uma mão em seu cabelo enquanto a segurava
firmemente.
—Estou tão feliz por você ficar— ele sussurrou contra a têmpora dela. Porque eu amo você.
—Porque eu... eu preciso de você.
Os braços dela apertaram ao redor dele.
—Eu também preciso de você.
Sim! Ela precisava dele. Por isso ela nunca deveria descobrir a fonte da carta. Por que diabo
ele a havia enviado? Ele deveria ter confiado em si mesmo - devia ter confiado nela.
Mas era muito tarde - e o que importava? Ela ia ficar. Por si mesma, ela ia ficar.
Matthew puxou-a de volta para poder olhar para ela.
—Quero que você venha para o Solar Angel - você e Tia Matty.
O sorriso de Patience alargou.
—Você quer? Quando?
—Assim que possível. Tenho alguns negócios para resolver, primeiro em Londres e então na
mina. Depois disto, quero poder encontrá-la lá.
—Oh, Matthew, adoraria conhecer a sua casa. — Ela riu. —Tia Matty ficará extasiada.
Apenas preciso escrever para o meu pai para pedir sua permissão.
—Escreva a carta, então. Por mais que eu tenha muito que fazer, quero você comigo.
Segurando-a apertado, Matthew apertou os lábios contra sua sobrancelha e então fechou os
olhos e respirou o cheiro de seu cabelo.
—Estou contente que a carta não a tenha ferido.
Ela recuou o olhar para ele.
—Antes de você, teria. Mas não agora. — Ela envolveu a bochecha dele com as mãos. —
Agora é apenas a confirmação - uma confirmação linda e inesperada de Deus de que a minha
decisão de ficar está certa. — Ela ergueu sobre seus pés e tocou em sua boca suave. —Como eu
poderia ficar chateada com isto?
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Ele se lembrou de Patience usando imitações. Ela merecia joias verdadeiras - joias que
combinariam com sua beleza e qualidade. Se apenas ela concordasse em se casar com ele, ele
poderia adorná-la corretamente.
Fechando uma caixa, Matthew percebeu que o aprendiz do joalheiro ainda estava diante de
sua escrivaninha. Ele já o havia agradecido e dado sua gorjeta.
—Obrigado— ele disse novamente. —Elas são adoráveis. E ficarei com elas.
O jovem aprendiz parecia nervoso.
—Meu mestre estava certo de que ficaria contente, Sr. Hawkmore. A única coisa é, ele
lamentava esta inconveniência, mas insistiu que eu deveria dar-lhe isso. — Ele tirou um pedaço de
papel do bolso e o estendeu com uma mão trêmula.
Franzindo o cenho, Matthew tomou o papel e o desdobrou.
Era a conta!
Calor subitamente se ergueu de seu colarinho. Nunca, em todos os seus anos de patronato,
ele tinha sido cobrado na entrega. Nunca!
Furioso, ele ergueu os olhos para o aprendiz de joalheiro.
—Meu crédito é impecável. Nunca falhei em pagar pelo que ordenei.
—Sim, Sr. Hawkmore! É verdade. Eu sei que é. — O jovem estava vermelho com embaraço.
—Mas meu mestre sentiu que... bem, que desta vez, por causa do número de peças, esta coleção
em particular, que desta vez, apenas esta vez, que ele devia, bem, que ele simplesmente devia se
assegurar - se assegurar do pagamento. Apenas - apenas esta vez. Dadas as circunstâncias. — A
voz trêmula do jovem diminuiu.
—Que circunstâncias?— Matthew sibilou.
O aprendiz empalideceu.
—E-eu,à h …à — Ele correu a mão através da testa. —Sr. Hawkmore, você sabe que Lorde
Benchley também é protetor do meu mestre. Bem, Lorde Benchley, ele... está insinuando coisas.
As mãos de Matthew cerraram em punhos.
—Que coisas?
—Que ele não poderia fazer mais negócios com a Smithfield e Filhos. E que ninguém mais de
qualidade como o meu mestre está —o aprendiz tragou convulsivamente—servindo a você.
Matthew de repente teve uma compreensão visceral de por que os imperadores romanos
frequentemente matavam os mensageiros. Ele queria jogar a caixa no rosto do aprendiz.
Mas onde mais ele poderia esperar este tratamento? Archibald Benchley patrocinava os
mesmos artesãos e comerciantes que ele. A humilhação e ira de Matthew cresceram enquanto ele
imaginava Benchley infectando a todos. Hoje seu crédito era negado. Amanhã ele poderia ter
serviços recusados completamente.
Ele olhou para a caixa preta aveludada.
Se ele a devolvesse, Patience não teria nada.
Tremendo de fúria, ele retirou seu livro-razão e, com uma mão dura, escreveu um cheque da
quantia cheia da conta. A mandíbula cerrou enquanto ele ficava de pé e oferecia a nota, que o
aprendiz de repente pareceu relutante em tomar.
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Patience
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Mas ele a tomou, puxando a mão para trás depressa assim que ela estava entre seus dedos.
—Obrigado, Sr. Hawkmore.
—Não quero o seu obrigado— Matthew retrucou. —Diga ao seu mestre que ele não precisa
se preocupar em perder seus clientes de qualidade, porque esse é o último cheque que ele verá de
mim.
O homem se curvou enquanto andava através do escritório.
—Muito bem, Sr. Hawkmore. Eu sinto muito, Sr. Hawkmore. — Então ele girou e correu
porta afora.
Matthew agarrou a extremidade de sua escrivaninha enquanto olhava fixamente a caixa
preta aveludada abaixo. Ele forçou as mãos a abri-la.
Ele deixou o olhar vagar sobre as joias cintilantes.
Era um conjunto primoroso. Mas agora não o dava nenhum prazer.
Não o dava nenhum prazer porque era, sem dúvida, a coisa mais cara que ele já havia
comprado.
Não por causa da soma exorbitante que ele havia pagado.
Mas por causa da medida profunda de orgulho que custou.
Ele fechou a tampa.
Apenas por Patience.
***
—Oh, Patience, quando você vai partir? Você escreveu para o papai? Que diz a Tia Matty?
Patience sorriu através da mesa para a irmã.
—Sim, escrevi para papai. Assumindo que ele aprove, partimos em dez dias. E Tia Matty está
fora de si com excitação.
Passion sorriu amplamente.
—Aposto que está. Queria poder assistir o assalto matrimonial inflexível que com certeza ela
está empreendendo nos dois. Estou certa de que será imensamente divertido.
—Oh, ela já está agindo como se fosse um fato certo. No momento em que eu disse a ela
que não iria para Cavalli e que estávamos indo para a casa de Matthew em vez disso, ela ergueu os
olhosàpa aàoà uàeàag ade euàaàDeusàpo à espo de à sàsuasào aç esàeà eàfaze à e àaà az o'.àE t oà
ela começou a planejar o casamento.
Passion riu enquanto erguia sua xícara.
—Você disse que Cavalli cancelou sua instrução?
—Isso. Ela disse que isso provava que as muitas forças do universo estavam se movendo
para assegurar que eu me case com Matthew. — Patience ergueu a sobrancelha. —O que, ela
disse,àe aà uitoàafo tu ado,àj à ueàeuà oàpossoàse à o tadaàse p eàpa aàsa e àoà ueà àpa aàoà
meu pr p ioà e .àEla,àpo ,à eàlou ouàpo àfi al e teàa eita à ueàsouàu àp ssego.
Passion sorriu suavemente e bebericou seu chá antes de retornar a xícara ao pires.
—Você parece reconciliada com as ambições dela para você.
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Patience
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—Tia Matty pode ter quaisquer ambições que quiser. — Patience olhou para baixo e ajustou
o guardanapo no colo. Matthew disse que não estava interessado em casamento. Ainda assim
tudo o que ele fez, e tudo que disse desde então, pareceu negar essa declaração. Até Passion
acreditava que ele tinha intenções em relação a ela. Patience tentou conter a exuberância feliz
que parecia brotar nela continuamente. Um passo de cada vez. Com um suspiro e o restante de
um sorriso, ela encolheu os ombros enquanto olhava para a irmã. —As ambições dela não
decidirão as nossas vidas.
—Verdade. — Passion debruçou o queixo na mão. —Mas eu às vezes fico imaginando se ela
não tem algum tipo de poder único que provoca casamento em quem escolhe como alvo. Ela
estava tentando casar o papai quando ele encontrou a mamãe. Estava tentando me casar quando
encontrei o Mark. Introduziu a filha do vizinho ao marido dela agora, e no verão anterior, creio
que ela trabalhou no matrimônio mágico das sobrinhas gêmeas das irmãs Swittley. — Passion
ergueu as sobrancelhas. —Talvez você devesse começar a planejar o seu casamento.
Patience sorriu enquanto agitava a cabeça.
—Acho, que apesar de Tia Matty parecer ter poderes, Matthew é a força que me move. Não
farei nenhum plano até que ele me dê uma razão.
Passion a considerou suavemente.
—Você realmente confia nele, não é?
—Sim. — A resposta veio imediata e inequivocamente. —Sempre confiei nele.
Passion balançou a cabeça.
—Que incomum. Normalmente sua confiança é difícil de ganhar.
—Eu sei. — Patience olhava fixamente para o vapor que subia de sua xícara. —Acho que é
por causa do modo que ele sempre me olhou - como se visse todas as partes escondidas de mim.
— Patience olhou para a irmã. —Partes que até eu não ousei olhar.
Passion estendeu a mão através da pequena mesa de chá e apertou a mão de Patience.
—Como a dor de Henri?
—Não sei. — Patience olhou de volta para baixo em seu chá e enrolou os dedos contra a
palma de Passion. —Talvez a dor de você.
O silêncio estirou. Finalmente, Patience ergueu os olhos.
Um franzir fundo marcava entre as sobrancelhas da irmã e a expressão era completamente
confusa.
—O quê? Que dor eu te causei?
Com a pergunta, uma corrente de dor afluiu em Patience. Os olhos ardiam.
—Que dor? Você me deixou. Você me deixou, e nós nunca mais fomos as mesmas.
Passion a olhava fixamente e seu lábio tremia.
—Patience, do que você está falando?
Patience sentiu as lágrimas deslizarem pelas bochechas, mas ela não se importava.
—Estou falando de como costumávamos ser. Como éramos próximas. Como costumávamos
fazer tudo juntas. Você não se lembra?— Patience apertou a outra mão ao redor da mão da irmã.
—Oh, Passion, você não se lembra?
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fazer isso. Fiquei fora do caminho para que você pudesse dar a Prim o que ela precisasse. Pensei
ueàe aàfo te,àpe feitaàeài tei a.àMasàago a…à— Mais lágrimas afluíram, e ela não podia continuar.
Inclinando adiante, Passion a puxou em seus braços.
—Oh, minha Patience, minha irmã. — A voz estava sufocada. —Sabe, nós éramos tão
menininhas quando a mamãe morreu. Eu tinha doze e você dez. Havia tantas vezes que eu queria
estar apenas com você. Tantas vezes que eu ansiei por você, e pela alegria e liberdade que
compartilhávamos. Mas não disse porque temi que apenas aumentaria o que não tínhamos mais.
Então eu apenas... eu curvei a minha cabeça e fiz o que pensei que tinha que fazer. — Ela puxou
de volta, as mãos em volta da cabeça de Patience. —Mas quando fiz isto, a perdi de vista, não é?
Patience agitou a cabeça.
A careta de Passion afundou.
—Sim. Sim, eu fiz. E quando finalmente olhei para cima novamente, era muito tarde. Você
não parecia precisar de mim. Mas não vi a minha parte nisto. — As lágrimas caíam livremente. —
Você pode me perdoar, Patience? Pode?
Patience não podia aguentar o pesar no rosto da irmã. Ela a amou com o amor da infância
delas.
—Não há nada para perdoar. Nada. Há apenas compartilhar e corações para remendar.
Passion a puxou firme novamente.
—Eu amo você— ela murmurou.
As lágrimas ainda fluindo, Patience deslizou sobre o chão com a irmã enrolada em seu
abraço.
Passion a balançou suavemente.
—Eu amo você. Amo tanto.
As palavras encharcaram a pele de Patience; e tocaram fundo, confortando-a
completamente como tinham feito quando elas eram crianças.
—Eu te amo, também.
Outra lágrima deslizou por sua bochecha. Mas apesar de haver um pouco de tristeza, havia
alívio também - e até uma felicidade peculiar.
Matthew fez uma careta através da escrivaninha enorme e opulenta no antigo escritório de
Benchley em Gwenellyn.
—Diga-me.
Mickey Wilkes empurrou o cabelo preto da sobrancelha e se sentou em sua cadeira. Ele
parecia relutante e, o mais inquietante, ele estava quieto.
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Dor!
A respiração de Matthew o deixou em uma arfada quebrada enquanto todas as emoções de
quando ele descobriu a verdade de seu próprio nascimento o lavaram novamente. Os olhos
arderam, e ele puxou ar. A respiração encheu os pulmões, mesmo enquanto razão e realização
ferozes enchiam seu coração. Sangue bastardo nos Benchley.
O papel amassou enquanto suas mãos fechavam em punhos.
Os Benchleys reivindicavam ser uma das linhagens mais puras na Inglaterra. Eram mais
ingleses do que a Família Real, e todos eram de nascimento nobre. Era seu argumento de venda,
seu ponto de orgulho. Mesmo quando os negócios de Archibald Benchley adicionaram riqueza à
sua condição de família, era a bandeira de sua linhagem que acenava acima de tudo mais.
Mentiras?
Decepção e deslealdade?
O sangue de Matthew fervia com ira.
Hipocrisia. Maldita hipocrisia dos infernos!
Vilania!
Matthew ergueu o olhar de volta para Mickey.
—Continue.
Mickey recuou horrorizado em sua cadeira.
—Euàdisseà ueàoà si h à au àgosta iaàdisto.
—Continue— Matthew sibilou entre dentes cerrados.
—Nessa hora, Biddle i kà ta a à uitoà adaàeà uaseà ai u .àMasàfizà ui àelaà o ti uasse.à
Elaà eàdisseà o u à oà lo deàfi ouà iole toà ua doà dis u iu .à Queà aà lad à u aà disseà ue à e aà
seuà a a ti ,àeà o oàelaà o euà dispois .à— Mickey tirou o cabelo dos olhos. —Eu p egu tei àaà
“ a.à Biddle i kà seà e aàpo à issoà ueàoà Be hle àha iaà udadu àtodoà oà a tigu à pessoal.à Elaàdisseà
ui àsi .àEàoà si h à sa i àoà ueà àdi e tido?— Ele ergueu as sobrancelhas. —O Benchley manteve
a pessoa que sabia mais. O amante da Lady Benchle àe a,àdeàfato,à adaà e osàdoà ui àoà p i u à
daàBiddle i k.à Co he idu ,à o oà o he u àdosàBe hle .àMasà ua doàaàlad àfi ouà o àaà ia ça,à
elesàde idi a à ui àeleàde e iaàpa ti .àOàlo deà dis u iu à ua doàpegouàaàesposaà es e e u àpa aà
o homem. Só ui à u àha iaà e hu à o eà aà a taà- apenas meu querido.
Uma carta. Sempre havia uma carta.
—Mas você tem um nome.
—Eu sei, Sr. 'Awkmore. O homem é Roger MacQuarrie.
—E você sabe onde ele pode ser achado.
—B toogle.à Pi ue a àaldeiaà oà o teàdaàEs ócia.
—Vá lá. — Matthew forçou as palavras através da mandíbula firmemente fechada.
—Vá. Ache o homem e traga-me uma prova.
—Sim, senhor, Sr. 'Awkmore.— Mickey ficou de pé.
—Sr. Wilkes.
Mickey olhou para Matthew.
—Sim, senhor?
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—Elaà sa i ?
—Essa foi a últi aà oisaà ueà pe gu teià a tesàdaà Biddle i kà dis ai à deà ada.à Lad à ‘osà
'lind sabe?— Mickey agitou a cabeça. —Elaà u à sa i .
Não, ela não podia. Sua vaidade era muito genuína. Mas Benchley - ele sabia. O filho da puta
estava vilipendiando Matthew por ele ser bastardo e mentiroso quando ele tinha protegida sua
própria bastarda em sua própria casa por anos.
Maldição, ele não culpava Benchley por proteger Rosalind da verdade. Porém, a malícia e o
vício que ele jogava contra Matthew por essa mesma verdade, a difamação de seu caráter, a
tentativa de ruir suas finanças, e o roubo de sua companhia - por tudo isso, Archibald Benchley
deveria pagar. O maldito vilão mentiroso!
Alcançando a escrivaninha, Matthew retirou várias contas e jogou-as através da escrivaninha
para Mickey.
—Vá. Vá e consiga a prova.
O menino pegou o dinheiro e o colocou no bolso.
—“i ,à si h .à— Com um aceno com a cabeça, ele ajeitou o chapéu sobre a cabeça e partiu.
Matthew se sentou, sem se mover, por um longo momento. Então ergueu com tudo de sua
cadeira e, com um grito enfurecido, jogou uma luminária da escrivaninha através da sala.
No silêncio pesado depois do impacto, ele estava duro com fúria. Fúria por Benchley, e fúria
com as forças da circunstância.
Apesar de seu ódio por Rosalind, ele não sabia se poderia fazer a ela o que ela tinha feito a
ele.
***
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—Por que você não registra o fato de que estalou as juntas não menos do que duas vezes
entre a estação e aqui? Isto, seguramente, deve ser algum tipo de recorde - e um muito
aborrecedor, te digo. E o advirto, faça isto mais uma vez e vou bater nelas com força.
Farnsby ergueu as mãos diante de Asher e, puxando os dedos para baixo com o dedo
polegar, os estalou.
Uma briga resultou enquanto Asher agarrava o primo corpulento e, apesar de Farnsby estar
resistindo rindo, conseguiu bater com o dorso da mão várias vezes. Farnsby retaliou dando vários
cutucões na barriga de Asher. O dois ainda estava assim empurrando e puxando um ao outro
enquanto se aproximavam de Patience e Fitz Roy.
Fitz Roy olhou para eles abaixo pelo nariz.
—Crianças. — Então girou e a puxou pelos degraus largos para a casa.
Os primos seguiram.
—Eu digo, Asher, Fitz Roy acabou de nos chamar de crianças. O que vamos fazer sobre isto?
—Eu não vou fazer nada. Ele estava se referindo a você, e não a mim.
—N o,à euà defi iti a e teà ou ià u à s à oà fi à daà pala a.à — Pequena pausa. —Você se
importaria de apostar nisto?
O sorriso de Patience afundou, mas enquanto andava para a entrada do Solar Angel, a casa
roubou sua atenção. O corredor da entrada era enorme, e as vozes de sua companhia,
especialmente Tia Matty, ecoavam fora do chão de pedra e subiam o degrau pesado para o
telhado abobadado. Lá, grandes instalações para luz de ferro estavam suspensas, e embaixo de
cada luminária, um fragmento de luz apontava descendente. Por mais que realçassem a forma e
linha dos lustres, o primeiro pensamento de Patience foi ser empalada devido a uma queda.
Empurrando a imagem sangrenta de lado, ela se repreendeu pela atitude. Qual era o
problema com ela? Essa era a casa de Matthew - e, realmente, era decorada perfeitamente. Uma
tapeçaria gigante pintada estava presa em uma parede. Paisagens enchiam a outra. A mobília era
esplêndida e objetos de arte atraíam o olhar em torno do espaço expansivo, e janelas de vidro
altas e espelhadas deixavam a luz solar afluir dos fundos da casa. Sim, o Solar Angel era
impressionante e magnífico.
O que não havia para gostar?
Além da ausência de Matthew.
Antes de deixar a Mansão Hawkmore, ele havia dito a ela que tinha a intenção de estar em
casa a tempo de sua chegada. Negócios, claramente importantes, o mantiveram em Gwenellyn.
Ela sentia falta dele.
Fitz Roy apresentou o Sr. Simms, o mordomo. Então todos foram levados para cima, Tia
Matty foi exaltando poeticamente as virtudes do chá o caminho inteiro.
—Ordenei que o chá fosse servido na sala de estar principal na próxima meia hora— Fitz Roy
disse enquanto todos pausavam no corredor.
—Meu lorde, você é um santo— Tia Matty disse.
—Sério?— Fitz Roy ergueu as sobrancelhas. —Se soubesse que a santidade vinha tão
facilmente, teria aspirado a ela há muito tempo.
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Patience sorriu enquanto os cavalheiros partiam em direção a uma ala diferente da casa. Ela
e a tia seguiram os criados para seus quartos, que estavam a um corredor largo do outro.
—Lembre-se, minha querida, chá em meia-hora— Tia Matty disse antes de desaparecer em
sua câmara.
Patience anuiu com a cabeça enquanto cruzava para seu quarto. A entrada abaixo era
enorme - e bonita. Decorada com sombras cor de malva, violeta e cinza acastanhado, tinha os
tetos sumamente altos e uma fila de janelas grandes. Uma jovem empregada foi para cima e para
baixo em uma mesura e se apresentou como Annie enquanto os quatro criados levando os baús
de Patience os colocavam no quarto de vestir contiguo.
—Posso desempacotar as suas coisas, senhorita?— A empregada perguntou.
Patience assistiu outro criado levar seu estojo de violoncelo e a valise. Ele colocou ambos na
área de estar que ficava entre as janelas.
—Sim, Annie. Obrigada.
Enquanto a menina ia trabalhar no quarto de vestir, Patience se moveu para seu
instrumento. Matthew disse a ela que o trouxesse para poder começar a dar aulas particulares a
ela.
Ela olhou fixamente para o estojo. Por que ela tinha sido tão obediente?
Ela deveria tê-lo deixado para trás. Não pertencia a ela no momento.
Ela o havia abandonado.
Mas Matthew não.
Ele voltaria para casa amanhã?
Ela havia suportado dez dias sem sua presença, mas agora estava ficando mal-humorada. Ela
precisava de uma surra - e um orgasmo. Mas mais do que isso, ela apenas precisava dele. Ela
precisava cheirá-lo e tocá-lo.
Ela suspirou miseravelmente enquanto olhava o quarto gigante.
Deus, como ela sentia falta dele.
***
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Ela apagava a raiva amarga dele pela deslealdade de Benchley, sua hipocrisia e malícia. Ela
equilibrava sua escuridão com luz - ira com alegria. Ela fazia com que ele se sentisse limpo e
renovado. Ela era sua Perséfone - seu amor.
Enquanto ele se aproximava da sala de jantar, se forçou a diminuir a velocidade. Ele ouviu
vozes baixas masculinas e então ouviu a voz de Tia Matty.
—Sabe, meu lorde, é muito perigoso para um homem viver sem casamento.
—É, Senhora Dare?— Era a voz gentil de Lorde Rivers.
—Sim. Todos os tipos de enfermidades podem ser atribuídas à deficiência matrimonial.
Furúnculos, unhas inflamadas e peste.
—Oh,à f a a e te,à Tiaà Matt à à peste .à — Lá estava ela, a voz ligeiramente aborrecida e
terna de seu amor.
—Sim, a peste. — Matthew quase podia ver Tia Matty encarando Patience. —Que é por que
e tasà jo e sà ulhe es,à aisà espe ial e teà a uelasà o à elezaà e ep io al…à aha …à te à aà
obrigação de se casar.
—O que a beleza tem a ver com prevenir a peste?— O amor dele, novamente, soou
ligeiramente mais aborrecida.
—Realmente, Patience. Você já viu uma vítima de peste linda?
—Eu nunca vi uma vítima de peste.
—Bem nem eu, porque aqui na Inglaterra, graças a Deus, sustentamos a saudável instituição
de casamento. Mas, te asseguro, não se chama de peste à toa. Estou certa de que a doença vem
com todos os tipos de pestes como inchaços, caroços e manchas.
—Tia Matty, a peste não tem nada a ver com deficiência matrimonial. É sabido que ela vem
da sujeira e dos ratos.
—Exatamente. E como todo mundo sabe, perdoem-me, meus lordes, homens são criaturas
naturalmente sujas. Considerando que as mulheres são naturalmente limpas. Então quando um
homem se casa com uma mulher, ela manterá a casa limpa e organizada. E então você a tem, a
prevenção da peste. — Pequena pausa, muda. —Quero dizer, é tão simples, realmente.
Pausa longa, muda.
Sorridente, Matthew entrou na sala.
—Boa noite, senhoras - meus lordes.
Ele diminuiu a velocidade, e as saudações de seus convidados se mesclaram enquanto ele se
embebia com a vista de seu amor. Os cachos vermelhos estavam presos mas uma mecha espessa
estava caindo contra a curva sutil de um seio. Os lábios se moveram em uma exclamação audível
de seu nome. Um rubor tocou suas bochechas. E enquanto ele segurava o olhar dela, os olhos - os
olhos lindos e inteligentes - brilharam com um desejo terno e urgente.
—Patience.
Ele avançou, o coração batendo forte. Ele havia dito o nome dela em voz alta? Tomando sua
mão, ele inalou gardênias enquanto se curvava e apertava os lábios em sua suave luva de pelica.
Ainda segurando sua mão, ele encontrou seu olhar úmido.
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—Senhorita Dare, sempre que tenho o infortúnio de estar longe de sua presença, nunca
pareço ser capaz de vê-la tão bonita quanto verdadeiramente é.
Os lábios de Patience separaram e suas lindas narinas chamejaram.
O pau de Matthew pulsou enquanto ele imaginava beijá-laàe…
—Ei, Asher— Farnsby disse tranquilamente, mas ainda assim alto o suficiente para todos
ouvirem — é uma boa frase, não é? Teremos que nos lembrar.
Matthew sorriu para os olhos brilhantes de Patience, e então ela tossiu uma risadinha que se
transformou em uma risada, que fez todo mundo rir. Até Fitz Roy sorriu.
Com um aperto gentil, e um olhar apaixonado, Matthew liberou sua mão. Ele a viu tremer
antes de ela as colocar em seu colo.
—Melhor você anotar— Asher disse ao primo. —Caso contrário, com certeza irá dizer tudo
errado.
—Boa ideia— Farnsby respondeu, e realmente puxou um caderno e um pequeno lápis de
seu bolso no peito.
Fazendo seu caminho para o lado de Tia Matty da mesa, Matthew se curvou sobre sua mão.
—Senhora Dare, está particularmente adorável hoje à noite.
—Obrigada, meu querido. Mas como ousa ser tão formal. — Ela apertou a mão dele na dela.
—Eu sou afinal, sua... sua — ela contou com Patience—o quê? Tia-por-casamento?— Ela fez uma
careta. —Existe tal coisa como uma tia-por-casamento, Patience?
Matthew esperou que Patience refutasse a tia. Mas, em vez disso, ela apenas sorriu.
—Não sei, Tia Matty. Mas se não existe tal coisa, seguramente deveria existir. — Patience
ergueu uma sobrancelha linda. —Talvez você tenha acabado de inventar o termo.
—Será?— Tia Matty soltou a mão e de Matthew positivamente irradiou. —Bem, quem teria
pensado que eu inventaria um termo? Quero dizer, agora que fiz isto, posso ver como vem
facilmente para mim. Eu poderia inventar cem termos.
—Ou mil— Fitz Roy disse ironicamente.
Tia Matty anuiu com a cabeça.
—Ou mil.
Matthew sorriu e tomou sua cadeira na cabeceira da mesa. Fitz Roy, Tia Matty e Farnsby
estavam sentados ao seu lado direito, Lorde Rivers, Patience e Asher à sua esquerda. Enquanto Tia
Matty continuava a falar sobre seu novo termo, e enquanto um criado colocava a sopa em sua
tigela, Matthew olhava fixamente para Patience. Sua bela estava usando um vestido cor-de-
pêssego que tinha pequenas pregas ao redor dos ombros e através do decote. Os pentes de
concha de tartaruga estavam aconchegados em seus cachos vermelhos, e havia um camafeu
pendurado com uma tira de cetim marrom ao redor de seu pescoço.
Ela parecia com o outono.
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Matthew olhou para Patience. Sentada relaxada em sua cadeira no gramado ela assistia o
jogo de tênis de Farnsby e Asher. Ela usava um chapéu de aba larga de palha preta e um vestido
azul. Um lenço de pregas de organdi branco estava amarrado ao pescoço com uma tira preta. Os
punhos da manga de organdi branco estavam amarrados nos pulsos. Os cachos longos estavam
puxados para trás, e caiam em uma cascata sob o chapéu. A luz do sol os enchia com reflexos
vermelho e ouro.
Matthew suspirou. Em sua semana desde a chegada ao Solar Angel, as noites tinham sido
felizes. Passadas quase completamente com ela, ele podia, por algumas horas, esquecer seus
problemas. Infelizmente, não havia nenhuma passagem secreta no Solar Angel, então ele era
forçado a ir para o quarto dela tarde e a partir cedo. Mas ele toleraria qualquer coisa para estar
com ela - qualquer coisa, até apenas dormir ao seu lado.
Os dias eram menos pacíficos. Ele trabalhava para fortalecer a posição da GEFO com uma
produção organizada, e organizar os horários de remessa e carregamentos da Gwenellyn - que
estava se provando logisticamente desafiadora. Além disso, não importava o quanto ele fizesse as
contas, estava sendo incapaz de evitar dar a GEFO outra infusão de seu próprio dinheiro. Ele não
podia fazer isto novamente - não uma soma tão grande. E havia boatos de que Benchley estava se
preparando para lutar por sua propriedade da mina.
Onde diabo estava Mickey? Ele precisava da prova que Mickey estava procurando. Quando
ele a tivesse, faria Benchley completa e eternamente irrelevante. Porque ele estaria em uma briga
para a morte.
Ele olhou para Patience.
E ele tinha razão demais para viver.
Ele a assistiu beber sua limonada, e deixou a vista dela acalmar sua tensão. Eles tinham um
horário de lição de música para aquela tarde. Ele deu a ela três na última semana, mas ela estava
se provando uma aluna difícil. Ela era muito resistente, e continuava a reivindicar que não queria
tocar - o que era um sentimento curioso para alguém que antigamente tocava todos os dias. Não
fazia sentido. Nada sobre o modo dela tocar fazia sentido, e era por isso que ele tinha que chegar
ao âmago da questão. Além disso, ele não queria que ela ficasse sem instrução, já que ele era a
razão pela qual ela havia desistido de Cavalli.
E então havia sua virgindade. O desejo dele de reivindicá-la estava se tornando quase
impossível de controlar. Quando ela se daria toda para ele? Ele se voltou para a partida de tênis.
—Então, você realmente vai ao baile da Lady Millford?— Fitz Roy perguntou sem tirar os
olhos do jogo.
—Sim— Matthew respondeu, seguindo a bola.
Fitz Roy girou para ele.
—Os Benchleys estarão lá.
Matthew anuiu com a cabeça enquanto continuava a assistir.
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—Você é um doce— Tia Matty disse enquanto aceitava a ajuda de Patience com seu casaco.
—Mas não é melhor você ir para a sua lição? Não deve se atrasar.
Patience tomou seu tempo organizando o colarinho da tia.
—Você está certa de que não quer que eu vá para a cidade com você e os cavalheiros?
Tia Matty recuou, parecendo chocada.
—Absolutamente não! Minha querida, é vitalmente importante que você passe tempo com
Matthew em atividades mutuamente satisfatórias. Esse é o tipo de coisa que faz um casal se
aproximar mais.
Patience suspirou. Ela e Matthew tomavam parte em atividades mais mutuamente
satisfatórias do que Tia Matty poderia imaginar. Mas as lições de música não eram tão
satisfatórias quanto as outras coisas que eles faziam juntos.
—Sabe, eu realmente preciso de algumas fitas azuis novas para meu gorro aveludado.
—Trarei fitas para você, querida— Tia Matty disse, empurrando-a em direção à porta.
—Azul real — Patience adicionou.
—Sim, querida. — Tia Matty abriu a porta do quarto e esperou.
Franzindo o cenho, Patience saiu. Ela olhou de volta para a tia.
—Cetim. Devem ser de cetim, e não muito finas.
Tia Matty anuiu com a cabeça.
—Sim, querida. Agora vá. — Ela fez um movimento para enxotá-la.
Relutantemente, Patience girou e seguiu pelo corredor quieto. Ela olhou de volta mais uma
vez, mas a tia havia ido. Apertando as mãos atrás do corpo, ela continuou em direção à sala de
estar de cima. Não era que ela não apreciasse os esforços de Matthew para ensiná-la - ela apenas
não entendia seus métodos. Na primeira lição, ele tinha passado o tempo inteiro tentando
reposicioná-la. Ela não havia tocado uma nota. Na segunda lição, ele havia tentado fazê-la tocar
sem pensar. Impossível. E na terceira lição, ele a pediu que tocasse fora de tempo. Igualmente
impossível.
Ela pausou em uma janela para assistir Tia Matty partir. Fitz Roy ia à frente para a
carruagem. Lorde Rivers caminhava ao lado de sua tia, e Farnsby e Asher vinham na retaguarda.
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Um por um, eles embarcaram, e o transporte partiu. Foi para cima e para baixo e balançou
enquanto eles ganhavam velocidade e então finalmente desapareceu ao redor de uma curva no
passeio longo.
Exceto pelos servos, ela e Matthew tinham o Solar Angel para eles. Talvez ela pudesse
suavemente coagi-lo a uma troca mais excitante do que um musical. Ela sorriu para si mesma e o
coração bateu um pouco mais rápido enquanto ela se apressava o resto do caminho para a sala de
estar.
Ela achou Matthew a aguardando em uma janela, os braços cruzados sobre o peito.
—Você está atrasada.
Patience anuiu com a cabeça.
—Estava me despedindo de Tia Matty.
Ela imediatamente notou o Montagnana de Matthew e outra cadeira tinha sido colocada ao
lado de sua cadeira e instrumento.
Cruzando a sala para a cadeira dela, ele deitou as mãos nas costas dela.
—Venha.
Patience obedeceu imediatamente, mas em vez de se sentar, ficou de pé perto de Matthew.
Ele tinha um cheiro tão bom. Correndo a mão sobre a protuberância semirrígida sob sua calça
comprida, ela ergueu o olhar para ele e sorriu.
—Está um dia tão bonito, Matthew. E nós estamos a sós.
Os olhos escuros afundaram nos dela mas sua intensidade não pareceu mudar ou suavizar.
—Sim, estamos. Tire a roupa.
Os olhos de Patience alargaram. Isso estava um pouco fácil demais. Um calafrio de excitação
apertou os mamilos enquanto ela erguia as mãos para a fila de botões minúsculos de seu justilho.
Andando para longe, Matthew tirou sua jaqueta e deixou-a sobre a parte de trás de sua
cadeira. Os ombros largos e a cintura estreita eram ainda mais aparente com ele usando apenas
camisa e jaleco. Ela o assistia enquanto ele se movia para a lareira e colocava mais carvão. Graças
a Deus, porque apesar de o dia estar fora da estação e ensolarado, havia um vento frio no ar.
—Obrigada, Matthew.
—Para mantê-la morna— ele disse e, girando da lareira, o olhar impenetrável se moveu
sobre ela.
Encolhendo os ombros para tirar o justilho e a cobertura do colete, Patience os deitou em
outra cadeira antes de soltar sua saia e crinolina. O clitóris pulsava enquanto Matthew olhava ela
dar um passo além de suas saias. Por causa da regra dele, ela não havia colocado nenhuma
pantalona; e ele havia rasgado vários de seus chemises para a noite. Então ele precisava apenas
levá-la para um canto privado, ou reivindicar um momento sumário, porém privado, para se
aproveitar com o corpo dela. Apenas aquela manhã, ele a havia trazido para a beira do orgasmo
três vezes - e isso enquanto seu pessoal e convidados tinham estado em proximidade bastante
íntima. E na véspera, ele havia dado a ela uma surra firme durante um passeio pela porção
arborizada do jardim dos fundos.
Patience deitou as saias com suas outras coisas.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
O olhar dele se moveu devagar sobre a meia-calça dela enquanto ele cruzava a sala. Girando,
ele fechou as portas duplas.
—O pessoal de cima ficará embaixo esta tarde— ele disse, removendo os botões do punho à
medida que retornava.
Eles ficarão? Um pequeno tremor de antecipação se movia por ela. Não era nenhuma
maravilha tudo parecer tão quieto. E nenhuma maravilha ele ter sido tão rápido para tê-la
despida. Ele tinha outros planos para ela desde o princípio.
Alcançando atrás dela, ela puxou as rendas de seu colete e então desenganchou a frente.
Enquanto ela o tirou e pôs de lado, Matthew começou a puxar suas mangas. A tensão sensual de
Patience cresceu, aquele ato simples, que revelava seus antebraços bonitos, era maravilhoso.
Cruzando os braços, ela pegou seu chemise encurtado e, puxando-o sobre a cabeça,
adicionou-o à pilha de roupas. Ela via Matthew a assistindo. Os olhos pareceram escurecer
enquanto ele olhava fixamente para ela com nada além de suas botas, meia-calças de seda preta,
e ligas azuis. A ereção dele estava cheia e proeminente.
Quando ela se curvou para desatar a liga, ele disse:
—Não. Deixe.
Patience ficou parada e deixou as mãos caírem para os lados. A boceta apertava. Ela estava
ganhando conforto maior com a nudez, mas era diferente estar usando sapatos e meia-calças. Era
diferente estar diante dele sob a luz do dia. E ele a estava observando diferentemente.
Ele estava preso em pensamentos. Abaixo de sua excitação óbvia e seu olhar poderoso, ele
esta aà pesa doà eà o side a do…à algo. Ela olhou para ele atentamente e quando os olhos
eto a a àaosàdela,àelaà iu…
O quê?
O coração dela bateu um pouco mais rápido enquanto ele se movia, mas foi apenas para
andar em direção à cadeira que estava ao lado do violoncelo dela.
—Sente-se.
Patience fez uma careta enquanto olhava primeiro para a cadeira e então para ele. O que ele
queria que ela fizesse? Ela se moveu devagar para a cadeira e se sentou. Então ela assistiu
Matthew enquanto ele se sentava ao lado dela.
—Agora, comece a estudar o seu violoncelo— ele disse, colocando o próprio instrumento
entre suas pernas.
Surpresa, Patience olhava fixamente para ele.
—Vo à aià eàda àaula?àMasàeuàpe sei…
Matthew olhou para ela.
—Você pensou o quê?
Patience ergueu as sobrancelhas e então, expelindo uma maldição exasperada, agitou a
cabeça.
—Eu não posso tocar nua, Matthew.
O olhar dele ficou gentil.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
—Mas deve. — Ele deslizou os nós dos dedos suavemente contra o braço dela. —Porque eu
desejo isto.
O toque produziu um calafrio ardente que deu arrepios na pele e endureceu os mamilos.
—Confie em mim, Patience.
Os olhos eram tão profundos.
Com um suspiro enfadado, ela separou as pernas e colocou o instrumento diante de si.
—Confio em você.
—Bom. — Os olhos dele se moveram lentamente sobre ela enquanto ele abria mais os
joelhos. Seu Montagnana caiu para mais perto. O espelho do violoncelo descansava contra seu
ombro. —Agora— ele disse com a voz baixa—quero que você traga seu violoncelo para mais
perto, como eu tenho o meu. Então quero que você o toque. Quero que você o toque como se ele
fosse o seu amante. Assim.
Colocando as mãos de cada lado de seu instrumento, ele o acariciou lentamente ao longo do
corpo curvo - ombro abaixo, na cintura, e de volta para cima. Então ele afundou novamente, os
dedos desce doà asà e t e idadesà deli adasà eà de o adasà a tesà deà desliza à pa aà osà F s.à Osà dedosà
esfregaram os buracos superiores, deslizaram ao longo das curvas elegantes, e então apertaram os
buracos inferiores. De cima para baixo e de baixo para cima, e então novamente.
A boca de Patience ficou seca. Ela sabia o que era sentir aqueles dedos longos apertando o
clitóris, correndo junto de suas dobras e empurrando em sua boceta.
Ela ergueu o olhar para o rosto de Matthew e o achou olhando para ela, os olhos escuros
cheios de fogo. Segurando o olhar dela em seu olhar fixo, ele moveu as mãos para baixo e,
descendo-as sobre a barriga inferior, puxou o violoncelo para muito mais perto. As pernas abriram
mais, e então os quadris começaram a balançar.
O sangue de Patience correu apressado para o útero enquanto ela o assistia estocar
sensualmente contra a parte de trás do instrumento. Os olhos fecharam e ele girou o rosto em
direção ao espelho. A bochecha apertou nele. Os lábios separaram. Os dedos acariciaram sobre as
cordas.
E então ele parou.
Os olhos abriram e capturaram os dela. —Mostre-me isto, Patience.
Patience olhou fixamente para ele, escravizada e inflamada - dolorida e desolada.
—Não posso.
—Por quê?
Lágrimas afluíram dos olhos dela.
—Eu apenas não posso.
Matthew fez uma careta enquanto deixava seu violoncelo em sua tribuna. Quando ele se
voltou, descansou os cotovelos nos joelhos e apertou as mãos. A cabeça caiu adiante. Um silêncio
pesado encheu a sala.
—Você o amou, Patience?— Ele ergueu a cabeça, e havia tensão em cada linha de seu rosto.
—Você amou este mestre de música que encheu a sua cabeça com mentiras?
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Patience,
Eu te peguei me assistindo ontem, e percebi imediatamente por que sua apresentação
ultimamente tem sido tão desagradável. Mas você tentou esconder, mas eu vi amor nos os
olhos. E fiquei com repulsava. Seu amor por mim contaminou a sua música. Seu toque ficou
suave e insípido, e eu não posso mais suportar ouvi-la.
Eu te disse quando você se tornou a minha aluna que a perseguição da arte e a
perseguição de amor são antíteses. Pensei que você havia entendido isto. Ainda assim, olhe o
que você fez. Arruinou o seu talento, e roubou quase um ano da minha vida, durante o qual
eu poderia ter ensinado alguém mais merecedor.
Eu devia ter pensado melhor em vez de ter colocado a minha confiança em uma
menina de quinze anos. Cometi o engano de acreditar que você estava acima das respostas
sentimentais tão comuns para as fêmeas. Claramente, eu estava errado - vocês são todas
iguais.
Já que você se provou incapaz da perfeição, e, portanto, de grandeza, você faria bem se
apenas deixasse de tocar completamente e casasse com um desses jovens ávidos que estão
sempre te perseguindo. Sim, dê seu amor para um deles, e tome as suas alegrias das buscas
mais simples atribuídas ao seu sexo - casamento e procriação.
Henri Goutard
Matthew abaixou a mão e olhou para ela, os olhos estavam escuros com raiva.
—Isto é lixo.
É?
Outra lágrima caiu.
Os lábios dele enrolaram.
—Por que você a guardou?
Por quê?
—Como uma lembrança.
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Patience
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—Do quê? De que você teve um filho da puta como professor? Porque essa é a única
verdade que posso tirar desta carta.
—É?
—Escute-me, Patience. A perseguição de arte e a perseguição do amor estão eternamente
ligadas. Uma pessoa que nega o amor nunca será um grande artista. Uma pessoa que rejeita o
amor nunca será uma grande pessoa. Uma pessoa que repudia o amor, repudia Deus. E quanto a
casar e criar filhos, não conheço nenhum objetivo maior.
Patience tremia, tanto com as palavras dele quanto o fato de que ele as estava dizendo.
—É isso o que você acredita, Matthew?
—Isso é o que eu sei, Patience. — Ele se debruçou para perto. —A pergunta é: por que você
não sabe isto?
Patience abaixou o olhar.
—Euà ue oàsa e .à“ à ue…à— Ela agitou a cabeça.
—O quê?— Matthew ergueu o queixo dela, forçando-a a olhar para ele. —Patience, se não
foi amor o que este Goutard viu nos seus olhos, então o que ele viu?
—Eu não sei. Dor, talvez. É ridículo esperar que ele pudesse acalmá-la. — Ela encolheu os
ombros e sorriu, era estranho porque as lágrimas caíam ao mesmo tempo.
A careta de Matthew afundou.
—Que dor?
—Eu não sei, Matthew. Apenas dor. Quero dizer, às vezes há apenas dor, não é?— Fechando
os olhos, ela suspirou e descansou a cabeça contra o braço por um momento. Então ela voltou a
olhar para ele. —Eu tinha quinze e era impressionável. Ele me dava atenção, mas não do tipo
superficial que os outros homens davam. De fato, ele apenas realmente olhava para mim quando
eu tocava. E quando eu tocava, ele mal olhava para qualquer outra coisa. Então eu tocava e
tocava. E confundi sua atenção com carinho. — Patience pausou. —Fui tola.
—Você era jovem e só?
—Só. — Patience repetiu a palavra. Ela havia se sentido sozinha por muito tempo. Ela
pensou em sua última conversa com Passion. Na época de Henri, Passion tinha acabado de
começar a ser cortejada por seu primeiro marido, Thomas Reddington. Foi então que Patience
percebeu que a irmã logo partiria - partiria para fazer uma vida dela. Foi então que ela começou a
cuidar de sua família. Uma parte dela queria ser cortejada, também. Então depois do fracasso
doloroso com Henri, e depois de muitas noites acordadas, ela decidiu procurar um amor - um
amor de verdade - para ela.
Ela olhou para Matthew.
Ele olhou para ela.
—Saiba o que eu sei, Patience. — Ele ergueu a carta. —E renuncie às mentiras deste homem.
Patience olhava fixamente para o papel. Ela queria.
Matthew se ergueu e caminhou para a lareira. Ele ergueu a carta e então a soltou no fogo.
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E então ele a puxou abaixo e ela estava caindo - caindo em seu colo. Ela lutou e bateu, mas
ele era muito forte. O braço era firme ao redor de sua cintura, prendendo-a. Então a mão desceu
em seu traseiro como o ribombar do trovão. Ela clamou e o corpo endureceu enquanto um tiro de
dor corria por ela, mais feroz do que qualquer coisa que ela já houvesse sentido antes. Outra
pancada caiu e outra, cada uma tão forte quanto a que a precedeu. A dor crescia
exponencialmente, e ela não podia escapar. Ela chorou e empurrou contra o corpo de Matthew,
mas ele continuou - batendo e batendo nela. E enquanto ela lamentava e se contorcia, parecia
que a dor que ele causava alcançava algo dentro dela, tocando e liberando uma dor interna. Uma
dor que era antiga, profunda e que sangrava. Uma dor que era muito terrível para olhar.
Ela lamentou e apertou os olhos fechados, mas não havia nenhum lugar para ir, e em
nenhuma parte ela podia se esconder. A dor estava se espalhando e Matthew continuava, a mão
batendo inflexível em sua carne repetidas vezes, e novamente, quebrando suas últimas barreiras -
as últimas de sua resistência.
E então aconteceu.
A porta final acima de seu coração abriu e quebrou, e não havia nada além de um remoinho
de dor diante dela - e Matthew embaixo dela, segurando-a e sustentando. Soluçando, ela
desmoronou sobre seu colo. O braço dele soltou ao redor de sua cintura. As mãos acariciavam as
costas. Os lábios tocavam sua coluna.
Cegada por suas lágrimas e ensurdecida por seus gritos, Patience deixou as pernas
deslizarem para o chão. Mas ela esperou por Matthew, por ele ser seu porto seguro na
tempestade de suas emoções. Ávida por sua coxa, ela se enrolou no v de suas pernas e chorou em
seu colo. Ele se curvou ao redor dela, protegendo-a com seu corpo e seu toque, da fúria cheia de
sua dor.
Então a voz veio suavemente em sua orelha e suas palavras alcançaram-na além dos gritos.
—Diga-me, Patience. Diga-me, o que aflige o seu coração?— A mão alisava o cabelo dela. —
Por que você não toca o instrumento que diz amar?
Meu instrumento. A raiva e a abominação girando na tempestade de dor de Patience
flutuavam diante dela, claras e distintas.
Ela ergueu a cabeça e, examinando o topo da coxa de Matthew, encarou seu violoncelo
através das lágrimas. Estava com a face para baixo, onde ela o havia jogado. E quanto mais ela
olhava fixamente para ele, mais brava ficava.
—Por que você não pode tocá-lo como um amante, Patience?— Matthew perguntou baixo.
—Porque você é o meu amante— ela falou com a voz chorosa, espessa com lágrimas. —Não
aquela coisa!— Ela cuspiu a palavra, e a raiva ficou maior.
Matthew curvou para mais perto dela.
—Você não o ama, não é, Patience?
—Não!— Um fogo violento chamejou nela.
—Você o odeia? É por isso que você não o tocará, ou o deixará tocá-la?
—Sim, eu odeio!— Os dedos de Patience enrolaram no tecido da calça de Matthew. —
Odeio!— Ela ficou de pé com um pulo, e saltando para seu violoncelo agarrou-o pelo espelho.
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Com um grito de ira, balançou-o sobre a cabeça e jogou-o no chão. Ele gemeu enquanto os filetes
rachavam. Repetidas vezes ela o balançou, desabafando a ira e o ressentimento de anos no
instrumento de seu vazio. As lascas de madeira e cordas soltas voaram para todos os lados. E
enquanto ela expelia gritos ofegantes, jogou o espelho no chão e pisou nas lascas que haviam
sobrado, afundando o sapato na voluta e nas cavilhas. Ela pisou e chutou, e chorou e girou,
diminuindo a velocidade apenas quando o fogo dentro dela começou a queimar propriamente. E
quando a última faísca morreu, ela estava lá, o peito erguendo, e as sobras de seu violoncelo ao
redor.
Ela não se moveu enquanto a realização do que havia feito afundava.
Oh, Deus…
Ela realmente havia feito isto?
Ela olhou para os fragmentos quebrados e as cordas trançadas. Chocada, ela começou a
tremer. Ela olhou para Matthew. Ele estava de pé perto de sua cadeira, sem se mover, as feições
marcadas nas linhas tensas, os olhos escuros fixos nela.
Oh, Deus…
As lágrimas afluíram e derramaram.
—Olhe o que eu fiz. — Ela ficou de joelhos enquanto o medo vinha da tempestade. —Agora
não tenho nenhum lugar para me esconder. Aonde eu irei se você me deixar?— Tremendo, ela se
curvou e juntou alguns dos pedaços quebrados de seu violoncelo.
Mas era inútil.
Agachando sobre os pés, ela cobriu o rosto com as mãos e chorou.
—Patience. — Matthew puxou as mãos dela do rosto. Ele estava sentado diante dela, uma
perna dobrada embaixo dele e a outra curvada contra o peito. O ouro em seu cabelo cintilava com
a luz do sol. —Eu nunca a deixarei. Você e eu somos para sempre.
As palavras fizeram os olhos dela arderem ainda mais. As lágrimas caíam.
—E se não houver nenhum para sempre na Terra, Matthew? E se o para sempre existir
apenas no Céu e em contos de fadas?— Ela puxou a respiração estremecendo. —E se o nosso para
sempre, não for realmente para sempre?
Os olhos escuros de Matthew a acariciavam.
—O amor é eterno, Patience.
O coração dela tremeu, e a tristeza assomou.
—Eu sei— ela choramingou. —Assim como a perda. E, para mim, os dois nunca andam
separados. — Ela tocou uma das lascas de seu violoncelo. —É por isso que eu preciso de um lugar
vazio, um olho na tempestade.
—Não. Você não precisa. É por isso que você o quebrou
Ela olhou para ele através das lágrimas.
—Você não pode viver no olho de uma tempestade, Patience. Não há nada lá. É tranquilo e
vazio, mas não há vida. A vida está no vendaval. — O olhar dele era tão sério. —O amor e a
felicidade estão no vendaval.
—E a tristeza.
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Patience
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—Sim, a tristeza também. — Ele envolveu o rosto dela com a mão. —E as lágrimas. — O
dedo polegar deslizou em sua bochecha molhada. —Mas não há nenhuma tristeza que não possa
ser suportada, Patience, contanto que não estejamos sós.
Só.
A palavra e tudo que ela queria dizer - dor, tristeza, medo, raiva, ressentimento, e,
finalmente, vazio - reverberaram por suas memórias. Ecoaram de volta no tempo para definir o
momento que tinha sido seu início, e de toda a solidão nascida dele - a morte de sua mãe.
O momento apareceu na mente dela como uma imagem visualizada por um estereoscópico,
tridimensional e real. Ela olhou para ele pela primeira vez em doze anos. A dor ricocheteou por
ela. Apertando a mão de Matthew, ela apertou o rosto nela enquanto um choramingo alto vinha
de algum lugar bem no fundo ela. O braço dele foi ao redor dela. Ele a puxou para seu colo, e os
lábios tocaram sua sobrancelha. E então, enquanto sua memória começava a se mover, ela
apertou contra ele e disse tudo em sussurros ofegantes e soluços sufocados.
—Na noite em que a minha mãe morreu todos nós estávamos lá - papai, Passion, Prim e eu.
Estávamos lá o dia todo, porque ela tinha ficado mais fraca ao longo das horas e sabíamos que ela
logo iria embora. Ela estava tão pálida e frágil, e não sabíamos se a ouviríamos falar novamente.
Entretanto, em aproximadamente nove horas, ela abriu os olhos. Ela sorriu para nós, e então
olhouàpa aà i .àEà o àoà ueàpa e euàu àesfo çoà o u e tal,àdisse,à to ueàpa aà i ,àpomba.
Assim eu corri. Corri para pegar meu violoncelo. Corri muito rápido porque tinha medo de que ela
pudesse morrer enquanto eu o estava pegando. Mas quando retornei, os olhos dela ainda
estavam abertos como quando parti. Então me sentei e toquei a Sarabande de Handel. Era sua
peça favorita. E eu a toquei e toquei, e continuei olhando para ela para ver se a agradava, mas os
olhos dela nunca se moveram ou piscaram. Toquei até o fim. E foi só então que percebi - quando
meu pai fechou as pálpebras dela - que eu não havia corrido rápido o suficiente. — Ela colocou o
rosto no pescoço de Matthew. —Meu pai desmoronou sobre a minha mãe. Prim foi para os braços
daàPassio ,àeà o eçouàaà ha a ,à a e!àMa e! àEàeuà oàsa iaàoà ueàfaze ,àouàpa aà ue ài ,à
porque não havia nenhum braço disponível - nenhum abraço para mim. Não havia nada para mim.
Então eu fiquei lá de pé. — Ela olhou para Matthew através das lágrimas de angústia e remorso. —
Se eu apenas já estivesse com o meu violoncelo lá. Algumas notas, ou alguns compassos - teria
sido o suficiente para escoltá-la para o céu. Ela queria isto. E havia me pedido isto.
Soluçando no pescoço de Matthew, Patience se rendeu a sua dor.
Tudo o que ela podia sentir era dor. Tudo o que ela podia ver, tocar e sentir o gosto eram
lágrimas. Tudo o que ela podia ouvir era o seu soluço.
Mas ela se deixou sentir tudo.
E não se escondeu.
Quanto tempo ela chorou antes de começar a se tranquilizar, não sabia dizer.
Matthew sussurrou em sua orelha, ainda assim tudo o que ela podia ouvir eram sussurros de
palavras. As asas do anjo batendo cortaram a mensagem em fragmentos indecifráveis. Mas não
importava porque seu abraço e as linhas de sua voz carregavam uma mensagem - você está segura
e eu nunca te deixarei.
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Matthew estremeceu enquanto agarrava o arco. Ele deslizou a crina junto a sua perna e
então sobre a coxa. Os olhos dela abriam.
—Tome— ele disse suavemente.
O momento em que ela tomou o arco, Matthew puxou as mãos juntas aos braços dela.
—O Montagnana não é fácil— ele murmurou. —Exige articulação forte e vibrato da mão
esquerda. Mas quanto mais você exigir dele, mais ele te dará, então não se segure. — Ele acariciou
os ombros dela, então foi pelo lado dela e ao redor de sua cintura. —Agora toque, Patience; e não
pense em nada além deste momento. — Ele beijou o lugar de cheiro doce atrás de sua orelha. —
Estou com você.
Ela pausou. Ele a sentiu inalar e exalar. Então, sem quaisquer preliminares, o Prelúdio da
Suíte nº 1 para violoncelo de Bach - a peça que eles tocaram juntos na soirée musical - começou a
fluir, cheia e potente.
Matthew fechou os olhos. Ela a estava tocando um pouco mais lenta do que era tipicamente
tocada. Ele deslizou os lábios contra o ombro dela à medida que escutava. Cada nota era expressa
com profundidade. Ela diminuía a velocidade mais em alguns lugares e acelerava mais em outros.
Ele sentia o movimento do corpo dela, e podia antecipar o caráter da próxima métrica - tão linda,
tão cheia de sensações. Ele se debruçou com ela nas notas finais enquanto elas enfraqueciam.
Então um calafrio tremeu por ele enquanto as notas baixas da abertura da Sarabande de
Handel suavemente enchiam o silêncio. Ele abriu os olhos. Ela começou quieta e tentativa, mas a
música cresceu. Era forte e frágil - frágil em sua força, e forte em sua fragilidade. Eram ambas as
coisas de uma vez, o que de alguma maneira dava grandiosidade um ao outro. Era Patience.
Matthew fechou os olhos, porque não precisava mais olhar para ela para ver. Ela estava em
cada nota, e em todo o resto. Ela estava diante dele, apertando de volta contra ele. Mas ela
também estava ao redor dele. Em todo seu poder e vulnerabilidade - em toda sua beleza e
sublimidade - em toda sua imperfeição perfeita.
Enquanto a música o enchia - enquanto ele a segurava perto, lentamente empurrando para
encontrar a oscilação gentil de seus quadris - seu amor por ela alagava seu coração e despejava
sobre ela em um dilúvio de querer e desejo que era tão forte, frágil e palpável quanto sua música.
Quando ela parou? Quando ela girou o olhar para ele, e quando ele havia aberto os olhos?
Extasiado, ele olhava fixamente nos olhos verdes brilhantes dela. As lágrimas estavam em suas
bochechas. Mas não havia nenhuma tristeza nos olhos, apenas uma alegria brilhante, radiante.
—Quero me deitar com você, Matthew.
O sangue correu e os nervos saltaram em um rastro de desejo sobre o corpo. Mas ele
mordeu de volta seu amor e sua luxúria - ele os mordeu de volta tão duro que o esforço o deixou
com a cabeça leve. Ele agitou a cabeça e as palavras pareceram obscurecer.
—Você passou por muita coisa hoje. Não quero nenhum remorso amanhã.
Ela suavemente deixou o Montagnana dele e seu arco no violoncelo no suporte. Então ela
girou, o quadril apertando a ereção dolorida dele. Ele estremeceu com a tortura feliz.
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—Não é assim, Matthew. — A voz era suave e baixa. —Não estou me rendendo porque me
sinto vulnerável. Estou me rendendo porque me sinto forte. — Ela deitou as mãos contra as
bochechas dele e os olhos estavam brilhantes. —Estou me rendendo porque estou apaixonada.
A boca de Matthew ficou seca e o coração começou a bater - muito duro e muito rápido.
Patience se debruçou na direção dele.
—Amo você, Matthew. — Ela apertou os lábios tenros nos dele. —Sempre o amei. — Ela o
beijou novamente. —E sempre irei amá-lo. Então não tenha nenhuma preocupação pelo
amanhã—ela o beijou novamente—porque eu te amo para sempre.
O coração dele havia parado de bater? Ele não podia senti-lo.
Paraíso - cada palavra era o paraíso.
Ela recuou e sorriu - e que sorriso.
—Matthew, amo você.
Ele puxou a respiração em um ofego enquanto olhava fixamente no olhar amoroso dela. O
coração dele não havia parado. Mas, o coração, o corpo, e a alma todos tinham se tornado uma
pulsação - uma alegria.
A o ! A o e ga oso…
O amor de Patience - um presente para mim.
O amor apaixonado e puro de Patience - é meu, afinal.
—Eu— a voz dele rachou. —Tenho esperado a vida inteira para ouvi-la dizer essas palavras.
—As mãos tremiam enquanto ele as erguia para o rosto dela. —E agora que você as disse, acho
que querem dizer até mais do que pensei. — Ele tocou os lábios dela. —Diga novamente.
O olhar dela, ávido e sério, o segurou.
—Eu amo você, Matthew.
Ele sorriu e riu, apenas para sorrir novamente. Finalmente, ela havia dado voz às palavras
que ele havia falado repetidas vezes em sua mente.
—Eu amo você, Patience. Amo você.
Os olhos dele ardiam, então ele os fechou. Ele os fechou e a beijou com toda a fome e
paixão fervente do amor libertado.
Então, as bocas tocando, inalando o amor dela e exalando seu próprio, ele respirou as outras
palavras que tinha desejo dizer.
—Case-se comigo.
***
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Deixando a sala de estar, ele os girou em direção ao seu quarto. Os passos largos eram
longos e rápidos. Patience corria para acompanhá-lo. O quão diferente era este momento da
primeira noite em que Matthew a havia levado para seu quarto. O quão diferente ela era.
Sem diminuir a velocidade, ele olhou para ela.
—Eu amo você.
O sorriso de Patience afundou e seu coração bateu forte.
—Eu amo você.
Alguns passos mais e ele olhou para ela novamente, o olhar lendo seu corpo rapidamente.
—Nosso compromisso não será longo.
—Muito bem, meu amor. — Exuberante, ela quase saltou ao seu lado.
Matthew apenas pausou enquanto agarrava a porta da câmara. Abrindo-a, ele a puxou com
ele, e então a fechou com um movimento fluido. Puxando-a através do quarto enorme, os passos
largos e longos trouxeram-nos diretamente para seu lado da cama. Apenas então ele parou e a
encarou.
Apesar de sua respiração estar vindo rápido, tudo ficou quieto enquanto ele soltava a mão
dela. O olhar correu sobre ela e seus braços ergueram em direção a ela, entretanto ele foi para
trás. Correndo a mão pelo cabelo, ele expeliu a respiração e fechou os olhos.
Aproximando, Patience deitou a mão em seu tórax. —O que foi, meu amor?
As pestanas dele ergueram e o fogo escuro que tão frequentemente iluminava os olhos
queimava mais ferozmente do que nunca.
—Eu sonhei com este momento— ele disse suavemente. —Imaginei repetidas vezes. Cada
manhã, pelos dez dias que ficamos separados, eu gozava nos meus lençóis pensando nisto.
Deitava de barriga para baixo e empurrava meu pau contra o colchão enquanto sonhava foder sua
doce boceta.
Patience estremeceu e o clitóris pulsava.
—Mas agora que o momento chegou— ele disse —não acho que posso comandar meu
controle habitual. — Ele ergueu as mãos, e elas estavam tremendo. —Eu não o tenho hoje,
Patience. E não posso dizer o que acontecerá sem ele.
—Não importa, meu amor. — Patience alisou as mãos no peito dele.
Ele cobriu as mãos dela com as suas e segurou-as contra ele.
—Não posso te dizer o que acontecerá sem ele, Patience, porque nunca estive sem ele.
Nunca?
Patience examinou o olhar ardente dele, e seu coração doeu com carinho.
—Então somos ambos virgens de alguma forma. — Ela ficou na ponta dos pés e o beijou. —
Confio em você, meu amor.
A respiração de Matthew estava acelerada e suas feições se moveram de alguma maneira
como se ele fosse Plutão e um anjo ao mesmo tempo - luxúria sombria e amor brilhante. Ou era
luxúria brilhante e amor sombrio.
Era ambos. Ele era ambos.
—Eu amo você— ele murmurou.
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Matthew rasgou as próprias roupas - jogando gravata, jaleco, e camisa em todas as direções.
Patience estava deitada com sua juba vermelha ao redor da cabeça e seu rosto estava
corado com carinho e desejo. O corpo pálido e longo, acentuado por mamilos erguidos e os cachos
brilhantes entre as pernas parecendo dourados sob a luz do sol vespertino.
Enquanto Matthew chutava suas botas e arrancava as meias, ela ergueu a primeira perna
esbelta e então a outra para remover as botas. Ambas as vezes ela parou em um joelho, o olhar
dele foi atraído para a mostra breve de sua carne feminina.
Ele rasgou a calça comprida, um barulho sem palavras escapando enquanto ele abaixava as
roupas de baixo. Patience tirou uma meia-calça preta. Antes de ela poder remover a outra, ele se
jogou sobre ela - prendendo-a, pernas abertas, embaixo dele.
Foda!
Pele quente e doce, braços e pernas o agarrando.
Olhos de grama verde e cabelo com aroma de gardênias.
Patience - amor.
Porra!
—Deus, eu amo você— ele gemeu. Ele empurrou a língua em sua boca, as mãos em seu
cabelo, e o comprimento do pau contra suas dobras molhadas - se lubrificando com a paixão do
corpo dela. —Eu te amo e vou transar com você - ele respirou contra os lábios suculentos dela
antes de tomá-los em outro beijo fundo.
Puxando a língua dele, Patience gemeu e se moveu - os quadris ondulavam com o chamado
para acasalar que já existia desde muito antes da fala.
Ele sabia como responder.
Ele queimava para responder.
Alcançando entre eles, ele agarrou seu pênis inchado e esfregou a cabeça contra a abertura
lisa dela.
Rasgando os lábios dos dela, ele examinou olhos verdes dela - cheios de amor e querer. Eva
tivera tais olhos? Luxuriante com desejo, e verde como o jardim no qual havia nascido?
—Sinta-me— ele gemeu, empurrando a cabeça dentro dela. —Sinta-me.
Patience retraiu a respiração, e os quadris ergueram.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
—Sim, Matthew.
Ela estava tão quente e molhada. Apertando mais em torno da base do pau, ele se agitou
duro e rápido. O comprimento pesado inteiro tremeu e se moveu enquanto ele ia mais fundo em
seu amor.
As pestanas dela tremularam, ela gemeu, os quadris tensos e erguidos.
—Você gosta assim?— Ele murmurou. Apertando mais, ele agitou sua carne novamente.
Os olhos apertados fecharam e os lábios separaram.
—Sim—sim.
Porra, ela era tão apertada. Ele foi mais fundo.
E então ele sentiu - a barreira da virgindade.
Os olhos de Patience abriram de repente.
—Oh,àMatthe …
Ele olhava fixamente nela, o olhar escurecendo com luxúria. Mais sangue correu apressado
para o pau, enchendo-o com o desejo de foder, mesmo enquanto sua mente esvaziava de
quaisquer pensamentos exceto esses mais primitivos.
Ele aliviou a mão de entre eles e, nivelando seu peso, se colocou mais firmemente, mais
inamovível, contra sua carne resistente.
Patience retraiu a respiração.
—Matthe …
—Você sabe por que eu desperto toda manhã com o meu pau duro?— A voz veio de algum
lugar bem no fundo dele. —Porque foi assim como Adão despertou do sono que deu a luz à Eva.
Agora me diga—apoiando nos cotovelos, ele lentamente deslizou as mãos embaixo dos ombros
dela—uma vez que a viu, quanto tempo você acha que Eva permaneceu virgem? Uma hora?— Ele
levou os quadris adiante. Patience ofegou. —Um minuto?— Ele foi mais duro e assistiu ela
começar a se contorcer. —Quanto tempo, meu amor?— Olhando fixamente nos olhos brilhantes
dela, ele friccionou os dentes. —Quanto tempo antes com Adão, duro com desejo, moveu-a para
seu propósito - fodeu-a e encheu seu útero com sua semente. — Ele a olhava. —Quanto tempo!
Patience mordeu de volta um grito.
—Segundos - agora!— Lágrimas faiscaram em seus olhos. —Me tome agora!
Matthew estremeceu. —Quem e o que você é?
O corpo dela se curvou embaixo do dele e lágrimas vazaram dos olhos.
—Eu sou Eva, e sou sua.
—Minha!— Matthew gemeu e empurrou o corpo para cima. Irrompível, Patience clamou e
lutou embaixo dele, mas ele não sentiu nenhuma piedade por sua angústia apaixonada. Ele
apenas inflamava mais assim. Porque ela era dele, e era assim que devia ser.
—Minha— ele afirmou para os olhos cheios de lágrima dela, e empurrou novamente. O
choramingo alto dela estava cheio de desejo, e ele gemeu enquanto ela começava a se dar, a
adorável submissão brilhando por detrás dos olhos úmidos. O coração batia com carinho. —
Minha— ele suspirou ternamente.
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Patience
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Então, com uma grande estocada, ele a rompeu e, se banhando em seu sangue, encheu-a
com sua carne espessa.
—Para sempre minha.
***
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
Rasgando os lábios dos dele, ela arquejou e piscou de volta as lágrimas enquanto ele
empurrava novamente, o corpo poderoso a levando mais alto.
A mão dele apertou o peito dela. O mamilo endureceu.
—Sinta-me, Patience— ele rosnou. A mandíbula ficou cerrada e os olhos ficaram ferozes
enquanto ele dirigia nela, novamente. —Sinta o poder do meu amor.
Patience mordeu de volta gritos e arranhou suas costas. Era a felicidade e a agonia - a
felicidade de ser cheia, a agonia de ser rasgada. Dois lados da mesma moeda em um intercurso
perfeito e eterno, e tecido junto com a completude perfeita do amor.
E era inflexível, porque, enquanto ele dirigia nela - empurrando seu falo duro em sua carne
de virgem, os músculos e membros puxando.
—Tão apertado. — Ele gemeu. —Mas eu devo fazer você se ajustar a mim, Patience. —
Apertando seu cabelo com uma mão, ele moveu a outra para o quadril dela, prendendo-a. A alça
era mais perfeita do que quaisquer amarras poderiam ser, porque ela podia sentir o peso e a força
de seu intento. Os olhos capturaram os dela. —Euà ouàfode à o …à— ele disse em um sussurro
severo, empurrando nela. Os peitos dela saltaram e o som severo da voz dele suavizou-a do
avesso. Ele empurrou mais fundo. —Eàfode à o …à—A voz dele fazia com que ela se derretesse
como cera. O osso púbico dele batia contra o dela. —até que você se ajuste a mim. — Ele gemeu
com um exalar.
Patience puxou uma respiração grande e pesada. Então, arquejando curto e raso, ela olhou
para ele através das lágrimas. Ele estava verdadeiramente dentro dela - bem no fundo dela -
tocando a porta de seu útero. Não era como nada que ela já houvesse sentido - sua espessura,
enchendo sua boceta e estirando-a firmemente em torno de seu pau. Era como uma luva poderia
ser ao redor de uma mão, ou um corpete ao redor de uma cintura. E enquanto ela olhava
fixamente para o rosto de seu amado, soube que essa era sua base e seu maior propósito divino.
Ser cheia - com a semente, com um homem, com um bebê.
O corpo, o coração e o espírito ficaram trêmulos ao mesmo tempo.
—Matthew— ela respirou, —foda-me, por favor.
—Sim. — Ele gemeu. —Repetidas vezes, e de novo e de novo. — Ele segurou os quadris dela
imóveis, e começou a girar.
Segurando-o com as pernas, Patience gemeu enquanto o pênis a mexia, e a cabeça circulava
na abertura de seu útero e pressionava em seus recessos mais profundos. Como sempre, ele a
tocava onde ela não podia. Mas ela não mais resistiu, porque era dele para ser possuído. Então ela
balançou os quadris para cima em oferecimento, e ofegou quando ele a alcançou mais fundo.
—Oh,à euàa o .à“i …
As feições duras, ele olhava fixamente para ela abaixo. A pressão do movimento era
constante. Nunca liberando, nunca cedendo, aquecia com uma fricção deliciosa que arrebatou
seus nervos.
Patience tremeu e sua boceta cerrou. Ela ouviu Matthew gemer, mas tudo o que ela podia
pensar foi que pela primeira vez ela não estava vazia. O cerrar não era um chamado, era uma
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
resposta - uma resposta total e potente que enviava desejo erguendo por dentro para seu útero
tanto quanto externo para o clitóris.
—Oh, Deus, Matthew!— Ela olhou fixamente em seu olhar feroz enquanto ela o agarrava
nos ombros.
Quanto mais ele se movia, mais ele a feria. Tudo se juntava dentro dela - como se todo seu
sangue e fluidos do corpo estivessem rodando e espiralando juntos em direção ao seu útero. Ela
estremeceu e encolheu. Matthew se moveu mais rápido, erguendo até o topo as águas de seu
desejo, mesmo enquanto o remoinho de água afundava - e o puxava, e ele, no centro de seu corpo
até que, com uma arfada sufocada, ela foi sugada no remoinho de sua própria luxúria.
Tudo ficou escuro e mudo enquanto ela girava e girava para o ponto onde a vida, a luxúria e
o amor se fundiam. E o lugar era ao mesmo tempo tão pequeno e tão grande que ela não podia se
ajustar nele ou enchê-lo - então ela estourou, os nervos explodindo. E girando em mil pedaços de
felicidade, ela flutuou com as águas de seu útero, pequeno o suficiente para caber em um dedal,
expansivo o suficiente para encher um universo.
Ela ficou deitada quebrada e leve. Mas Matthew estava se movendo - empurrando agora.
Movendo a maré com seu membro, juntando os pedaços dela de novo - empurrando e
empurrando. E de repente ela podia ouvir seus gemidos e seus próprios gritos sem palavras.
Prendendo suas nádegas e balançando os quadris, ela podia sentir a dor de sua carne sendo
rasgada e, inchando embaixo dela, um prazer penetrante e afiado.
Ela abriu os olhos e olhou fixamente em seus olhos pretos e ardentes.
—Posso cheirar o seu sangue — ele grunhiu enquanto o corpo erguia contra o dela. —Seu
sangue que é meu. Seu sangue que me diz para gozar. — As punhaladas urgentes aceleraram. —
Eu quero você. Amo você.
Patience mordeu o lábio enquanto o pau dele batia nela, forçando seu desejo em uma onda
que ficava mais alta a cada punhalada. De novo, e mais e mais rápido ele a levava.
Patience lamentou. Ela não precisava esconder o rosto ou prevenir as lágrimas. Então,
enquanto Matthew arquejava e punhalada, ela as deixou cair - lágrimas de dor e de paixão.
Lágrimas pelo vazio finalmente banido. Lágrimas de alegria, e lágrimas de amor - o amor batizado
com sangue, e o amor que despejava dos olhos de Matthew enquanto ele clamava e a enchia,
afinal, com o fluido da criação.
Ele era dela.
Para sempre dela.
***
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Patience
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vermelhos em desordem selvagem. Os cachos espirais e longos caíam em suas costas e ao redor
de seus ombros, enquanto cachos pequenos caíam em sua sobrancelha e espiralavam sobre os
olhos verdes brilhantes. Os lábios estavam inchados dos beijos e as bochechas vermelhas com o
resíduo de sua paixão. Uma meia-calça preta ainda estava em sua perna esquerda, e a nudez
pálida exibia seu traseiro ainda lindamente corado. Deus, ele a amava tanto.
Ele limpou o sangue de suas coxas - seu doce sangue de virgem, o sangue que ainda
manchava seu pênis. E enquanto fazia isso, agarrou suavemente o lado inferior de seu traseiro
com a mão livre. Ela era tão linda, e ele amava a intimidade de limpá-la - mesmo as dobras
delicadas.
Ele apertou a esponja na bacia e, erguendo uma toalha espessa, bateu levemente cada gota
enquanto acariciava seu traseiro. Finalmente, quando não podia adiar mais, foi para trás.
—Pronto.
Ela baixou a perna e, sorrindo para ele, pressionou contra o lado de seu corpo.
—Obrigada, meu amor.
Então, erguendo a esponja, ela prosseguiu para lavar o pau dele - muito bem - bem demais.
Quando ela afagou as bolas e deslizou de volta seu prepúcio pela sexta ou sétima vez, ele estava
mais do que meio duro.
—Espero que você esteja preparada para abrir as pernas novamente, meu amor. Se fizer isso
mais algumas vezes, serei forçado a fazer mais uma vez com você.
Patience sorriu e corou enquanto torcia a esponja e agarrava a toalha. Ele tomou dela e
passou em si mesmo enquanto ela assistia.
A língua dela escapou para molhar os lábios.
—Como posso evitar se você é tão magnífico?
Puxando-a para perto, Matthew deu um beijo úmido em sua boca.
—Obrigado.
—De nada. — Com os braços ainda ao redor dele, ela deu uma olhada rápida para a água na
bacia e então de volta para ele com um sorriso orgulhoso. —Bem, fui fodida de uma vez por todas.
Matthew jogou a cabeça para trás e riu.
—Você está fodida para sempre, certo. Mas te asseguro, não será apenas uma vez. — Ele
arrastou os dedos sobre o quadril dela para a curva de sua cintura e então na curva de seu peito
adorável. —De fato, acho que você achará que devo entrar em sua boceta apertada de maneira
frequente. — Ele comprimiu o mamilo, produzindo uma arfada dela, e então deslizou os dedos
sobre o umbigo delicado.
Enquanto ele olhava fixamente para seu estômago tenso, de repente pensou que podia
muito bem ter acabado de dar um bebê a ela. O coração saltou e ele apertou a palma contra a
barriga lisa.
Patience colocou a mão sobre a dele.
—O que foi, meu amor?
Matthew examinou os olhos verdes.
—Estava apenas pensando que você pode estar esperando um bebê.
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Patience
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Um rubor escureceu as bochechas de Patience e ela olhou para a própria barriga. Quando
ela olhou de volta para ele, seus olhos estavam brilhantes. —Antes de você, não pensei que seria
mãe. Mas agora, serei mais cedo ou mais tarde e acho extraordinário porque pensei que não
aconteceria.
Matthew sorriu.
—Precisamos nos casar logo. Sugiro dezembro.
Patience balançou a cabeça.
—Mas Matthew, dezembro é uma hora muito ocupada para um casamento.
—Eu gosto de dezembro.
—Por quê?
Ele encolheu os ombros.
—Bem, à parte o fato de que prometi a Tia Matty que estaríamos casados pelo Natal, gosto
do Natal. E já que não há nada eu quero mais do que você como presente, acho que o Natal é o
tempo perfeito para nosso casamento.
Patience olhou para ele através das sobrancelhas abaixadas.
—Você prometeu a Tia Matty.
—Sim, prometi a Tia Matty.
Patience olhou para ele descrente. —Quando?
—No dia seguinte à caça.
Patience agitou a cabeça.
—Deus do Céu, vocês dois são realmente um par de jarras.
—Bem, quando a questão é a nossa determinação mútua de você se casar comigo, sim,
somos. Agora, o que me diz de dezembro?
Patience deixou as sobrancelhas erguerem e então caírem.
—Até você pedir a permissão ao meu pai para se casar comigo, não posso falar de
dezembro.
Matthew tomou a mão dela na dele, lembrando de sua visita ao Reverendo Dare. Não tinha
sido fácil agradar o homem alto, estoico. Ele tinha uma presença formidável e os mesmos olhos
avaliadores de Patience.
—Eu já pedi ao seu pai, meu amor.
Patience fez uma careta com choque.
—Você já— Ela cortou. —Quando?
—Quando deixei a Mansão Hawkmore.
Patience parecia perplexa.
—O que ele disse? Não, espere, o que você disse?
—Disse a ele que caí louca e inequivocamente apaixonado por você. Disse a ele que não
podia viver a minha vida sem você, e que, ainda que levasse a vida toda, te cortejaria e a ninguém
mais. — Ele curvou a mão contra a bochecha suave dela. —Disse a ele que você me dá esperança
e alegria, e que amo apenas estar em sua presença. Disse que te admiro por sua força de caráter,
lealdade e intelecto. — Ele apertou a mão contra o coração dela. —E disse que você faz meu
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Patience
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coração bater forte e a minha respiração acelerar. Disse ainda que, sempre que estou com você,
sinto que tenho asas.
Olhos de Patience brilhavam.
—E o que ele disse?
—Disse que não sabia como conseguiria ficar sem você, mas que nunca a impediria de
conseguir a sua felicidade. Então ele ficou pensativo e quieto por um longo momento. Finalmente,
ele disse que amava você. Então, depois de outro momento, ele se ergueu por sobre a
escrivaninha e agitou a minha mão.
—Então ele te deu a bênção?
—Na verdade, ele me disse boa sorte. Quando eu perguntei a ele se isso significava que eu
tinha sua aprovação, ele me disse que a sua aprovação seria muito mais difícil de adquirir do que a
dele. Se, porém, eu ganhasse a sua aprovação, então eu podia contar com a dele também.
Sorridente, Patience se jogou em seus braços.
—Então é dezembro, meu amor!
Matthew segurou-a firmemente contra ele, o coração batendo rapidamente.
—Tenho algo para você— ele murmurou em sua orelha.
—Sim. — Ela balançou os quadris contra ele. —Posso sentir.
Sorrindo amplamente, Matthew puxou-a de volta e a levou para seu quarto de vestir.
—Não é exatamente a isso que estava me referindo, mas teria muito prazer em te dar mais
tarde. — Ele alcançou na gaveta superior da cômoda e retirou a caixa aveludada preta que havia
pagado tão afetuosamente. Girando, deitou-a nas mãos dela. —Para você, Sra. Matthew Morgan
Hawkmore.
A sobrancelha de Patience franziu com surpresa e incerteza.
—O que é isto, Matthew?
—Abra.
Deslizando a mão sobre o topo da caixa aveludada, ela a abiu lentamente e ergueu a tampa.
Os olhos alargaram em uma arfada.
—Oh, Matthew! São lindas!— Ela deitou a caixa em sua cômoda e suavemente passou os
dedos sobre o colar de joias cintilantes, brincos, pulseiras, anéis, cinto e pentes. Ele pensou que
ela tentaria o anel primeiro, mas ela agarrou os pentes.
Tirando-os de suas mãos, ele puxou de volta os cachos pesados e colocou um pente e então
o outro, antes de levá-la para o espelho longo em seu armário embutido. Girando e virando, ela os
admirou.
Ele a admirou. Ela estaria excepcional no baile da Millford. Ele mal podia esperar para exibi-
la - e estar em público com ela como seu escolhido.
Os diamantes faiscavam em seu cabelo como estrelas, mas seu brilho não era nada
comparado aos olhos dela quando ela olhou para ele através do espelho. —Nunca tive nada tão
bom, meu amor.
Matthew sorriu.
—Não pude pensar em nada que se adaptasse melhor a você do que diamantes.
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Patience
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Gwenellyn
—Ela parece ser bastante popular entre os seus trabalhadores— Fitz Roy comentou.
Matthew sorriu enquanto assistia Patience conversando com a esposa de outro mineiro.
—Ela realmente é.
Ele a considerou orgulhosamente. Ela usava um vestido simples de lã cinza escuro com um
colarinho e punhos de manga pretos aveludados. Um gorro preto aveludado cobria a cabeça
brilhante. Forrada com renda preta e amarrado com uma larga faixa escarlate embaixo de seu
queixo, era uma armação perfeita para seu rosto magnífico.
—Você acha que eu levarei aquela diabinha conosco para casa? Ela não parece nada
disposta a soltar a Senhorita Dare qualquer hora cedo— Fitz Roy disse.
Matthew considerou a criançinha que os acompanhava calada e viu seu aperto firme na saia
de Patience pela aldeia inteira. A menininha mal tirava os olhos azuis largos do rosto de Patience,
e, até agora, se movia com Patience para a casa da mulher com a qual ela estava conversado.
Matthew suspirou.
—A coisinha provavelmente nunca viu gente como a Senhorita Dare.
—Mas que inferno— Fitz Roy disse lentamente—eu nunca vi gente como a Senhorita Dare.
—Não. — Matthew ajustou seu chapéu. —Nem eu tinha.
Os dois estavam sentados contra uma grande pedra cinza.
Apesar de o dia estar sem sol e frio, eles caminharam pela aldeia inteira. Enquanto a
presença deles se espalhava, pessoas vieram de todas as direções. Não era apenas por que ele
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
tinha vindo - seu rosto já havia se tornado familiar. E não era a presença esmerada de Fitz Roy.
Eles vieram por Patience - pela beleza elegante de gorro escarlate. Mas quando vieram para vê-la,
ficaram porque ela tinha muito mais a mostrar. Ela havia falado com os residentes de Gwenellyn
com interesse e respeito genuínos. Ela os fez perguntas e escutou cuidadosamente suas respostas.
Ela aceitou convites para entrar em suas casas dilapidadas, e não se negou a sentar nos bancos
lascados ou cadeiras ásperas que foram oferecidos a ela. Ela não afastou uma única criança,
embora elas pegassem em suas saias com as mãos imundas. E ela sorria para todo mundo com
prazer genuíno.
—Ela será um recurso real—Fitz Roy examinava suas unhas—mas acho que ela te custará
também. Porque se estou observando sua noiva e suas perguntas corretamente, ela está
compilando uma longa lista de melhorias para a pequena aldeia.
Matthew ficou tenso. Ele sabia que Fitz Roy estava certo.
—Quando uma pessoa se compromete com a filha de um vigário honrado, deve estar
preparado para se tornar um filantropo. Fitz Roy deu uma olhada rápida abaixo para a rua estreita
com casas periclitantes. —Sem ofensa, Hawkmore, mas levará muita filantropia prodigiosa para
transformar este lugar em qualquer coisa apresentável. — Ele cruzou os braços sobre o peito
enquanto enviava outro olhar avaliador na outra direção. Erguendo as sobrancelhas, ele se voltou
para Matthew. —Possivelmente, mais filantropia do que um homem dispõe.
Mais filantropia do que ele podia dispor. —Possivelmente— Matthew disse, inspecionando a
rua ele mesmo. Estava sem pavimento e, apesar do frio, as crianças se vestiam com trapos
enquanto brincavam na poeira entre os buracos e caldeirões. Um pônei aposentado estava preso
em uma carroça raquítica descansado em três pernas na frente de um estábulo decaído. A quarta
perna estava erguia delicadamente como que em aversão ao chão áspero. As casas, pequenas e
geminadas, estavam em variadas fases de abandono. Como mendigos velhos e tristes, elas
pareciam se debruçar umas as outras para suporte - as paredes cinza rachadas e sapés ralos eram
testamentos da vida dura de seus ocupantes.
Claramente, Benchley não gastava nada de seus lucros prodigiosos para manter a moradia
que era oferecida aos mineiros com suas famílias. E ainda assim—Matthew girou o olhar abaixo
para a outra ponta da rua—apesar da condição pobre das casas, mulheres estavam varrendo suas
calçadas inclinadas e quebradas e arrumando pequenos jardins escassos. Um homem velho,
ajudado por um menino, estava tentando arrumando uma porta com correias de couro. Duas
menininhas estavam colhendo frutos de uma horta com arbustos espinhosos.
Matthew girou para Fitz Roy.
—Podia ser pior.
As sobrancelhas de Fitz Roy ergueram rapidamente. —Ele deu uma olhada rápida cheio de
dúvida pela rua abaixo, então encolheu os ombros.
—Se você diz.
Os dois ficaram de pé enquanto Patience saía da casa. Ela se despediu da esposa do mineiro
e saiu apressada, seu pequeno apêndice ainda firmemente preso a ela.
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—Oh, Matthew—ela apertou sua mão—obrigada por me permitir vir aqui hoje. Estou tão
contente por ter visto este lugar, e ter encontrado estas pessoas boas. Há tanto que pode ser feito
por elas, Matthew. — Ela ergueu as sobrancelhas. —Tanto que precisa ser feito.
Eu não disponho do dinheiro. Matthew dobrou o braço de Patience no seu e os três - ou
melhor, os quatro - passearam em direção à rua principal.
—Como?
—Primeiro, eles não têm nenhuma igreja e nenhum vigário. Se qualquer serviço religioso for
exigido, inclusive casamentos, batismos e enterros, eles devem viajar para Gwenderry, que está a
onze quilômetros de distância. E quanto a direção espiritual - bem, desnecessário dizer, as pessoas
daqui muito mais provavelmente buscam conselhos na taverna do que no vigário em Gwenderry.
—Meu amor, ainda que tivéssemos um vigário aqui, é mais provável que as pessoas
buscassem conselho na taverna.
—Talvez— Patience admitiu. —Mas se tivéssemos uma igreja, podíamos também ter uma
escola nela. Oh, Matthew, muitas das crianças mais velhas aqui me lembram como era trabalhar
no subterrâneo antes das reformas serem passadas. Por anos, eles não conheceram nada além de
trabalho físico e escuridão. Nós não devemos a eles uma quantia pequena de saber - em
recompensa, ao menos por suas infâncias perdidas? E as jovens? Comecei a tocar o violoncelo
quando tinha cinco anos. — Ela deitou a mão na cabeça da menininha que caminhava ao seu lado.
—Será que um dia ela virá um instrumento, e o que dirá tocá-lo?
Matthew examinou o olhar sério de Patience.
—Nós nem temos uma igreja, meu amor.
—Sra. Jones, a mulher com quem eu estava falando da última vez, me disse que há uma
construção antiga de pedra no fim da rua principal que leva à cidade.
Matthew anuiu com a cabeça.
—Sim, há. Está cheia de ferrovia antiga, trenós rachados, e outros equipamentos.
—É uma igreja— Patience afirmou.
Matthew fez uma careta.
—Como você sabe?
—Sra. Jones. Ela disse que há um cemitério atrás e um sino velho pendurado em algumas
vigas expostas. — Patience sorriu enquanto abraçava mais o braço de Matthew. —Claro, nós
teríamos que renová-la, reabilitá-la e construir uma casa modesta e dependências para quem vier
atender às almas daqui.
Eu não disponho do dinheiro.
Os dedos tamborilavam em seu braço.
—Sabe, estou pensando em um aluno de teologia que estudou por um tempo com o meu
pai. É um galês grande e forte - e ficava tão confortável em uma cervejaria quanto em um altar. Ele
já deve ter sido ordenado agora. Quero dizer, ele provavelmente deve ter sido atribuído a uma
pa uia…àMasàtal ez,àpo à ausaàdestasàpessoas,àeleà i ia.
Fitz Roy realmente riu.
—Eu te disse— ele disse ironicamente.
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Merda.
Patience se debruçou adiante para olhar ao redor de Matthew.
—O que você disse a ele, meu lorde?
Fitz Roy ergueu uma sobrancelha preta.
—Eu disse a ele que suas aspirações para este lugar seriam caras.
—Meu lorde, pelo que ouvi, frequentemente é gasto mais dinheiro em mesas de jogo em
uma noite do que se levaria para consertar, caiar e recolocar sapé em todas as casas nesta aldeia.
Porra.
Fitz Roy enfiou as mãos nos bolsos do casaco.
—Bem, ela nos pegou, não é?
O pescoço de Matthew pareceu duro.
—Realmente, sim.
Patience sorriu para ele.
—Sei que você já instituiu aumento de salário, Matthew. É tão bom de sua parte.
Matthew juntou as sobrancelhas.
—Minha decisão não tem nada a ver com bondade. Aumentei os salários porque estavam
abaixo do padrão. Fiz isso porque preciso que estes mineiros queiram trabalhar para mim. Preciso
da lealdade deles, e o melhor jeito de pegá-la rapidamente é comprando-a.
Patience anuiu com a cabeça. Então um momento mais tarde:
—Ouvi dizer que você colocou luminárias de segurança para todo e qualquer trabalho
subterrâneo, e que você está abastecendo estas luminárias. Também ouvi que você vai mandar
instalar ventiladores centrífugos para ventilar as minas.
Maldição. Matthew parou de caminhar e examinou os olhos inteligentes dela.
—Patience, estou fazendo essas coisas porque não posso deixar de fazer. Uma mina segura é
uma mina produtiva. E eu preciso de uma mina produtiva.
Patience sorriu para ele enquanto eles continuavam a caminhar.
—Você é um homem de negócios muito sábio, meu amor. Não é nenhuma maravilha que
você seja tão bem sucedido.
Matthew fez uma careta e o estômago parecia instável.
Ela parecia tão completamente feliz.
—Sabia, meu amor—ela olhou além dele para Fitz Roy—e meu lorde, que aquelas amoras-
pretas crescem selvagens por toda esta região?
Matthew anuiu com a cabeça.
—Elas são bastante deliciosas.
—São mesmo— Patience concordou. —E, aparentemente, existe um velho pomar de maçã
perto também. Não seria maravilhoso se os moradores pudessem aprender a cultivar as maçãs e
amoras? Como uma comunidade, eles podiam desenvolver e sustentar duas colheitas. — Ela
suspirou enquanto dava uma olhada rápida ao redor. —E você não acha que embelezaria a cidade
se plantássemos árvores e flores? Apenas pense o quão mais alegre pareceria.
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Matthew olhou para ela abaixo, e seu coração saltou em face de seu sorriso entusiástico. Ela
queria tanto, para pessoas que tinham tão pouco. Ele forçou a tensão a sair do corpo. Assim que
ele conseguisse ter a GEFO de volta a pleno vapor, ele a faria ter o que queria - a igreja, a escola,
as casas caiadas e as flores.
—Eu amo você.
Patience corou e seus olhos brilhantes suavizaram.
—Eu amo você.
Deus, ele queria beijá-la.
E fodê-la.
Os olhos dela escureceram enquanto ela mordia o lábio inferior cheio.
Fitz Roy se debruçou para perto, ganhando sua atenção.
—Continue olhando para ele assim, Senhorita Dare. E ele te dará tudo o que você quiser. —
Então ele trotou os degraus acima para os escritórios da Gwenellyn.
Patience sorriu atrevidamente para Matthew enquanto eles seguiam.
—Isto é verdade?
—Bem, não sei— ele respondeu. —Sou, afinal, um homem muito exigente.
O sorriso dela ficou coquete.
—Felizmente, estou preparada para me submeter a tudo que você exigir.
Fitz Roy segurou a porta para eles e enquanto ela passava na frente de Matthew, a parte de
trás de sua mão deslizou em seu pau.
Matthew ficou tenso e então agitou a cabeça quando Patience piscou para ele por sobre o
ombro.
—Farei você pagar por isso mais tarde— ele disse suavemente.
Ela olhou para ele por sob as pestanas.
—Promete?
O sorriso de Matthew aumentou e seu coração pareceu cheio.
—Garota abusada.
—Aqui estão eles!— Tia Matty anunciou ruidosamente.
Patience sorriu amplamente antes de seguir o som da voz da tia no escritório dianteiro.
Matthew e Fitz Roy pausaram para retirar seus casacos antes de segui-la também.
—Venham tomar chá vocês dois. — Sentada em uma mesa diante do fogo com Lorde Rivers,
Tia Matty gesticulou para eles. —Vão acabar morrendo, por aí neste dia frígido.
Enquanto Matthew cruzava a sala, ele assistiu Patience remover seu gorro e luvas. Uma vez
que ela pôs os artigos no mantel, tocou o ombro da criança.
—Sente-se e beba um pouco de chá, Lucy.
Com as bochechas encardidas, e o vestido com a bainha alargada e o suéter muito pequeno,
a criança parecia completamente fora de lugar. Mas Patience e Tia Matty agiam como se não
houvesse nada incomum com a diabinha despenteada em sua mesa de chá.
Depois de Patience se sentar ao lado da criança, Matthew tomou a cadeira restante ao lado
de Fitz Roy. Ele assistia seu amor. Ela passou casualmente um guardanapo umedecido sobre as
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bochechas e mãos da menininha enquanto Tia Matty despejava o chá e tagarelava sobre as
maravilhas da Loja Geral.
—Lorde Rivers e eu a achamos extremamente bem provida. Não é, meu lorde?— Ela
empurrou uma xícara de chá em direção Patience e outra na frente da criança.
—Realmente achamos, Senhora Dare— Lorde Rivers concordou.
—Atrevo-me a dizer que tem tudo que um mineiro possa precisar— Tia Matty continuou.
Patience anuiu com a cabeça com interesse enquanto colocava açúcar no chá de Lucy e a
servia um bolinho.
—E quanto aos artigos domésticos?— Ela perguntou à tia, pondo um guardanapo através do
colo da pequena menina.
—Oh, sim. — Tia Matty despejou o chá para ele e Fitz Roy. —Creio que tem a maior parte
dos artigos domésticos necessários. Embora, eu, por exemplo, simplesmente devo ter alcaçuz na
minha casa, e não é necessário mais nada - nadinha sequer.
Matthew permutou um sorriso com Patience antes de Tia Matty capturar sua atenção.
—Matt querido, temo que a loja tenha pouquíssimos doces.
—Sério, Tia Matty?
—Hmm, sim - eà pa aà u aà aldeiaà o à ta tasà ia ças…à “eà o à oà seà i po ta,à eà
conformaria com uma bala de limão. Mas não há nenhum desses também. — Ela suspirou. —
Apenas menta - que eu detesto.
Fitz Roy virou os olhos pálidos para Matthew.
—Você devia estar anotando isto— ele disse lentamente. —Alcaçuz e balas de limão - nada
de menta.
Matthew virou o olhar para ele.
Patience sorriu amplamente atrás de sua chávena.
—Mas eu adoro uma boa menta— Lorde Rivers comentou.
Tia Matty recuou.
—Sério, meu lorde?
—Alcaçuz, balas de limão e mentas— Fitz Roy emendou.
Matthew o chutou debaixo da mesa, que trouxe uma expressão surpreendentemente
aturdida do lorde imperturbável.
Patience deu uma risadinha e Lucy a assistia, cuidadosamente colocando as mãos em sua
chávena de forma a imitá-la.
—Sim, Senhora Dare. De fato—Lorde Rivers alcançou o bolso do casaco e tirou uma pequena
lata—sempre mantenho algumas comigo. — Ele abriu a tampa. Dentro estavam pequenas balas
vermelhas e brancas.
Tia Matty olhou para elas e então de volta para Lorde Rivers.
—Meu lorde, creio que esse é o primeiro assunto em que discordamos.
—Espero que não vá afetar a nossa amizade, Senhora Dare— ele disse com a voz gentil.
—Não por isso, meu lorde. — Tia Matty bateu levemente em seu braço. —O que é uma
preferência de menta, ou a falta dela, entre dois indivíduos maduros como nós?
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Matthew sorriu, e Patience riu. Ele amava assistir sua risada. Amava assisti-la fazer qualquer
coisa.
Ela agitou a cabeça e então considerou Lorde Rivers com uma gentileza nos olhos que estava
se tornando cada vez mais consistente.
—Minha irmã Primrose concordaria com você, meu lorde. Ela há muito dizia que as crianças
veem o mundo com uma claridade que os adultos são incapazes. Ela diz que se a pessoas
realmente quer um bom conselho, deve pedir a uma criança.
—Ela diz mesmo— Tia Matty declarou. —E ela tem um jeito com crianças. Se—ela de
repente se fixou em Fitz Roy—você a encontrasse, meu lorde, a acharia a jovem dama mais doce e
encantadora. Ela tem o temperamento de um anjo, e sua beleza é incomparável, exceto por suas
irmãs, claro.
Fitz Roy nivelou os olhos pálidos em Tia Matty.
—Senhora Dare, sou o filho mais jovem em uma família de dez crianças, seis meninos. Esta
circunstância afortunada significa que eu não tenho nenhuma obrigação de me casar. Estou livre e
pretendo ficar desse modo, então não desperdice seus esforços casamenteiros em mim.
Tia Matty olhou para ele com pena.
—Falo de uma família sua, meu lorde - com crianças.
—Tenho vinte e oito sobrinhas e sobrinhos, Senhora, todos parecem sofrer, em graus
variados, de um ou outro, ou de extrema falação ou de uma viscosidade extrema. Se fosse por
mim, vários seriam devolvidos.
Sem mostrar oposição, Tia Matty sorriu.
—Sei que não queria dizer isto, meu lorde. Além disso, um homem sempre tem mais afeto
pelos próprios filhos do que pelos de outro homem. Você sabia que um leão frequentemente
mata os filhotes de outro macho, mas que é tão gentil quanto um cordeiro com os próprios
filhotes?
Fitz Roy considerou Tia Matty desconfiadamente.
—Eu não sou um leão.
—Oh, realmente, meu lorde. As crianças são uma grande alegria.
Enquanto Fitz Roy protestava, Matthew debruçou o queixo na mão e falou com Patience.
—Sabe, acho que vou sentir falta de ser o objeto de suas atenções.
Patience sorria calorosamente para ele.
—Eu sei. Logo estaremos comprometidos.
—Eu ouvi isso, vocês dois— Tia Matty inseriu. —E não pensem que estão livres de mim
ai da.àát à ueàesteja à asados,à o sà oàest oà asadosàe…
A expressão jovial dela enfraqueceu enquanto sua atenção era atraída para algo logo atrás
de Matthew. A sala ficou quieta. Matthew girou.
Um homem alto e magro estava de pé na entrada. Sério, ele usava um longo sobretudo
preto e carregava uma pasta. O chapéu fazia com que ele parecesse muito mais alto e magro - e
dava um mau pressentimento.
—Estou procurando pelo Sr. Matthew Morgan Hawkmore.
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***
—Estou indo para Londres. — Matthew empilhou vários arquivos em sua escrivaninha. —
Vou entrar com um processo e fazer uma apelação por uma decisão rápida.
—Benchley tentará arrastar — Rivers observou. —Ainda que a decisão seja para o seu lado,
ele seguramente apelará.
Fitz Roy, que estava debruçando contra o painel de madeira das janelas dianteiras, cruzou os
braços sobre o tórax e permaneceu mudo.
Rivers estava certo. O processo estipulava que Matthew cessasse e desistisse de todas as
operações na Mina Gwenellyn até que uma decisão relativa à propriedade legal fosse tomada.
Benchley não tinha nem que ganhar. Ele apenas tinha que continuar lutando. Em uma questão de
semanas, a GEFO seria incapacitada e Matthew estaria arruinado.
Onde diabo estava Mickey?
Ele compassou atrás da escrivaninha.
—Preciso chegar ao tribunal para diminuir a proibição da produção. Ainda que tenha horas
reduzidas, eles devem permitir que algumas operações continuem aqui. Meus motores podem
sobreviver por algum tempo sem combustível.
Ele pausou na janela atrás da escrivaninha. Ao ar livre no prado abaixo, Farnsby e Asher
estavam jogando futebol com alguns meninos da aldeia. Enquanto ele assistia, Farnsby e um rapaz
alto de cabelo loiro quase branco fizeram uma corrida para o gol juntos. Passando a bola, eles
evitaram os defensores. E então o menino deu um chute brilhante que pareceu o arco em torno
do arqueiro. Farnsby saltou no ar enquanto gritos estouravam dos meninos com o gol do time. O
rapaz de cabelos claros, aparentemente não impressionado com a própria habilidade, recebeu as
aprovações de seus companheiros de time com passos largos. A simplicidade honrada da infância.
—Por que as pessoas de Gwenellyn devem sofrer enquanto Benchley e eu duelamos?— Ele
perguntou alto. —O inverno está vindo. Como eles sobreviverão sem trabalho? Terão que partir -
ir para outra mina. — Ele assistiu os meninos moverem a bola pelo campo. —A maior parte das
crianças desta aldeia nasceu aqui. Viveram suas vidas inteiras aqui. — Ele girou para enfrentar
Rivers e Fitz Roy. —Quantos passarão fome? Quantos serão forçados a ir para os abrigos para
pobres?
Rivers anuiu com a cabeça enquanto se debruçava adiante em sua cadeira.
—Esse é o argumento que você deve usar no tribunal. Apele para a humanidade e decência
comum - sua preocupação Cristã com o destino de um membro da raça humana. — Rivers ficou de
pé lentamente. —Devo deixar sua apreensão clara para o povo de Gwenellyn, quanto mais a
opinião pública ficar do seu lado, melhor. — Ele se apoiou em sua bengala. —A maioria das
pessoas, em algum ponto, pensou para si mesmo: são coisas que acontecem, não há como evitar.
Matthew assistiu o homem delicado cruzar a sala.
—Obrigado, meu lorde— ele disse enquanto Rivers saía.
O homem girou e piscou um olho aguado.
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Hawkmore, e o fazem. — Ele pausou, os olhos pálidos avaliadores. —Você é um bom homem,
sabe - sempre foi. Você merece derrotá-lo. E se eu puder te ajudar - bem, então talvez isso me
faça um bom homem, também. — Ele ergue a sobrancelha. —Por associação pelo menos.
Matthew olhou fixamente para Fitz Roy. Eles se conheciam há muito tempo - mas nunca
assim. Ele entendia o sentimento de se sentir merecedor de algo - de alguém.
Erguendo o arquivo, ele o estendeu.
—Obrigado, meu amigo.
O baile da Millford
—Você já se sentiu como o porco do prêmio na feira da cidade?— Patience perguntou. —Eu
me sinto assim.
Matthew sorriu para seu amor enquanto ele a girava na valsa.
—Sério? Você não se parece nada com uma porca. Um prêmio, sim. Uma porca, não.
Patience sorriu amplamente, e o coração de Matthew inchou. Ela era um prêmio - o prêmio
dele. Ele deixou o olhar se mover sobre ela uma centena de vezes. Ela estava usando um vestido
de tafetá dourado. Tinha decote baixo e os ombros tinham pregas invertidas e estreitas com um
corte invertido minúsculo com renda dourada. A projeção ondulada saía delicadamente de dentro
de seu justilho, dando a ilusão de que era um pedaço da roupa de baixo revelada. Fazia com ele
quisesse deslizar os dedos para o lado de dentro. Luvas de pelica abraçavam seus braços graciosos,
e os cachos gloriosos estavam presos no alto, mostrando o colar de diamante, brincos e pentes
que ele havia dado a ela.
Ela era uma beleza, e era sua. E, afinal, cada homem no salão sabia disto, pois o
compromisso deles tinha sido anunciado. Ele a havia ganhado - ele, que todos desprezavam. Ele,
que todos assumiriam, e até desejaram, que estivesse fugido e se enfiado em um buraco em
algum lugar enquanto era despojado de seu dinheiro e poder. Ele, o bastardo.
Olhando no rosto de Patience, ele a puxou para mais perto. Ela não se importava com quem
o pai dela era, ou não.
—Eles a olham fixamente porque nunca viram uma mulher mais linda do que você. O que
eles não sabem é que o que te torna uma beleza tão grande são coisas que correm mais fundo do
que a aparência externa. Sua compaixão e força. Sua moral e honestidade. Sua lealdade e paixão.
Seu amor.
O olhar de Patience era tenro.
—Nós devemos ficar aqui por muito mais tempo?
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mercado. Durante a semana, Benchley havia desistido do processo. Matthew era agora o dono da
Gwenellyn. E por isso era a hora perfeita para enfrentar Benchley. Ele deu boas-vindas à
oportunidade.
Os ombros elegantes de Patience ergueram em um pequeno encolher.
—Talvez Lorde Benchley nem venha hoje à noite. Então teremos ficado para nada. — Os
olhos verdes pediram graciosamente a ele, e os dedos tocaram sua nuca. —Vamos, meu amor.
Matthew olhou fixamente nos olhos primorosos de Patience, tão cheios de amor e promessa
sensual. Os lábios úmidos e separados imploravam um beijo, e o corpo debruçou para o dele.
Ela sussurrou
—Eu o amo.
O tagarelar da multidão de repente aumentou, suprimindo as palavras sussurradas dela.
Franzindo o cenho, Matthew olhou para cima.
Através da pista de dança, ele olhou fixa e diretamente no rosto arrogante de Archibald
Benchley.
***
Virando, Patience viu Lorde Benchley, Lady Benchley e Lorde Danforth. Eles estavam de pé
em linha, o patriarca entre sua filha e o futuro genro. O som pareceu enfraquecer e o tempo parar
enquanto todos avaliavam um ao outro - o olhar de Lorde Benchley chocando com o de Matthew,
enquanto o ela e Lady Rosalind mediam uma a outra.
Patience virou, e no momento seguinte, o som retornou e o tempo voltou a andar. Os
Benchleys e Danforth viraram à direita, enquanto Matthew a valsava à esquerda.
O salão de baile zumbia como uma colmeia agitada.
Uma parte dela ainda queria partir, mas o resto dela estava se preparando para a ocasião.
Ela não era, afinal, do tipo de se curvar à intimidação - exceto por Matthew. Ajustando os ombros,
ela sorriu para ele.
—Bem, isso não foi tão ruim.
Apesar de ela sentir tensão no ombro dele, a expressão estava tranquila e ele respondeu ao
sorriso dela.
—Eu amo você.
Ela deixou o sorriso aumentar.
—Não mais do que eu amo você.
Duas horas mais tarde, Patience estava se sentindo muito menos flexível. Ela estava
acostumada a ser olhada, estudada até. Mas hoje à noite era diferente. Cada olhar parecia
descansar neles com uma espécie de expectativa. Era mais do que interesse ou curiosidade. Era
como se…à o oàseàelesàfosse àoàe t ete i e to.àEàdesdeàaà hegadaàdosàBe hle sàeàdeàLo deà
Danforth, o show havia definitivamente começado.
Não que qualquer coisa dramática tivesse acontecido, porque ambas as partes pareciam
apenas estar continuamente circulando em torno uma da outra - passando nos rastros um do
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outro, mas nunca se encontrando. Deixava-a tensa, porém, pois todos pareciam estar assistindo
avidamente, esperando - não, antecipando - algum grande drama.
Matthew tocou em seu braço. Tendo acabado de dar uma volta pelos cômodos públicos,
eles estavam de pé com Tia Matty do lado de fora do salão de baile.
—Preciso ir falar com Lorde Wollby, meu amor. Você e Tia Matty me dão licença?
—Claro. — Patience anuiu com a cabeça, embora não gostasse de ficar longe dele por muito
te po.àMasàtal ezàelaàpudesseàto a àaàopo tu idadeàpa aàseà ef es a …à—Devemos subir para o
aposento das damas, Tia Matty?
—Você sabe que eu nunca me aposento, minha querida. Por que alguém quereria se
aposentar - mas para o chá, claro que - eu simplesmente não sei. Quero dizer, como adivinhar a
excitação que se pode perder ao se aposentar. — Ela sacudiu, abriu o leque e se abanou. —
ápose ta ?àF a a e te.àU àdia,àte eiàaàete idadeàpa aà eàapose ta .àMasàat àl …
Matthew sorriu para ela.
—Tia Matty, sei que você não exige nenhum descanso para si mesma, mas poderia fazer o
favor de acompanhar Patience? Ela precisa de um repouso breve desta multidão.
—Oh! Claro, Matt querido. — Fechando seu leque com um estalo, ela ergueu seu monóculo,
que estava pendurado com uma gargantilha ao redor do pescoço, e perscrutou Patience. —Por
que você apenas não me disse que estava exausta, minha querida?
—Porque não estou exausta — Patience insistiu.
Soltando o monóculo, Tia Matty puxou seu braço pelo dela e bateu levemente em sua mão.
—Claro que está. Agora venha comigo para o aposento das damas. Não há nenhuma
vergonha em uma dama ocasionalmente precisar se aposentar. Apenas porque eu tenho mais
energia do que você, não é nenhuma razão para você tentar esconder a sua própria fadiga.
Dando uma olhada rápida por sobre o ombro, Patience permutou um sorriso de partida com
Matthew. Ela deixou os olhos descerem lentamente. Ele estava incrivelmente bonito em seu traje
de noite. Ela se luxuriou com seu olhar morno e escuro. Então Tia Matty puxou-a para uma
esquina, e ele desapareceu.
Deus, ela o amava tanto.
—Diga-me, minha querida, o que você pensa desta casa?— Tia Matty perguntou enquanto
elas subiam os degraus para o segundo pavimento. Ela estava falando no que era, para ela, um
tom discreto. —Acho que ela não é nem de perto perfeitamente desenhada como o Solar Angel ou
a Mansão Hawkmore. Não é?
Patience sorriu enquanto anuía com a cabeça para os convidados que desciam pelo degrau.
A tia nunca achava que qualquer coisa fosse tão boa quanto o que ela ou a família dela tinham.
Elas podiam ter estado no Palácio de Buckingham41 e ainda assim Tia Matty seguramente
declararia que não o achava tão confortável quanto a sua própria casa, e os tapetes, as flores ou
as armações das pinturas não eram mais perfeitos do que na casa de sua sobrinha, a Condessa de
Langley.
41
Palácio de Buckingham - residência oficial da monarquia britânica em Londres, Inglaterra.[1] Somado ao facto de ser
a residência onde a rainha Isabel II mora, o Palácio de Buckingham é o local de entretenimento real, base de todas as
visitas oficiais de chefes de estado ao Reino Unido, e uma grande atração turística.
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Patience deu uma olhada rápida para o lustre magnífico que reluzia sobre o hall de entrada
principal.
—Acho que é uma casa elegante, Tia Matty.
A tia agitou a cabeça enquanto dava uma olhada rápida para o mesmo lustre.
—Não, prefiro o lustre no hall da entrada da Mansão Hawkmore. E os degraus no Solar Angel
são muito maiores do que estes aqui. Até o corrimão não parece tão confortável sob a minha mão.
Patience puxou a tia em direção ao aposento das damas e falou tranquilamente.
—Talvez devêssemos parar de comentar estas coisas até que estejamos no isolamento de
nossa carruagem.
—O quê? Mas, meu Deus, Patience, eu estava sussurrando— ela disse alto. —Senhor, nem
eu mesma podia me ouvir, então não sei como qualquer outra pessoa possa ter me ouvido. Eu
nem sei como você podia ter me ouvido— ela afirmou ruidosamente enquanto elas entravam no
aposento quieto.
Apenas algumas damas, principalmente de idade avançada, estavam na sala vagamente
iluminada, mas com o som da voz de Tia Matty, todas olharam para elas com susto. Patience
sorriu e anuiu com a cabeça cortesmente enquanto levava a tia para o canto mais distante da sala.
—Você quer a poltrona ou a cadeira, minha querida?— Tia Matty sussurrou ruidosamente.
Patience deu uma olhada rápida pelas portas francesas que levavam a uma sacada privada.
Devido ao frio, ninguém estava lá. A cadeira estava próxima a ela.
—Tomarei a cadeira— ela sussurrou de volta.
—Oh, muito bem. Tomarei a poltrona. Mas não estou cansada. A única razão de eu não ter
insistindo para que você a tome é que eu ainda tenho mais duas danças com Lorde Rivers, e eu
realmente devia colocar meus pés para cima.
—Ssshhhh!— Uma dama reclinada ao lado do fogo as encarou.
—Bem!— Tia Matty sussurrou tão ruidosamente quanto sempre, então se esticou na
poltrona da mesma maneira que uma jovem poderia.
Patience teve que sorrir enquanto ajudava a tia a ficar de lado e se cobrir com as peles.
Então, tomando sua mão, Patience sentou na cadeira ao lado dela. Sob a luz escura, o cabelo prata
refletia e todas as rugas do rosto estavam suavizadas. Ela parecia tão tenra.
—Você quer conversar?— Ela sussurrou mais tranquilamente do que Patience já a havia
ouvido falar.
Patience apertou a mão da tia suavemente.
—Não, obrigada.
Tia Matty anuiu com a cabeça e acariciou o dedo polegar sobre a mão de Patience.
—Apenas quero dizer que você está se saindo maravilhosamente bem hoje à noite. Você me
deixa orgulhosa de ser sua tia, Patience.
O coração de Patience inchou.
—Você me deixa orgulhosa de ser sua sobrinha.
Tia Matty sorriu, e então abafou um bocejo.
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—Não estou sonolenta— ela murmurou. —Mas já que você quer ficar quieta, apenas vou
fechar meus olhos um pouco.
—Muito bem, Tia Matty. — Ela apertou sua mão novamente. —Eu amo você.
—Eu a amo, também.
Meio minuto mais tarde a tia estava roncando suavemente.
Ficando de pé, Patience extraiu cuidadosamente sua mão da mão da de sua tia e a dobrou
sob a pele. Então ela beijou o topo de sua cabeça e, depressa abrindo e fechando as portas
francesas, saiu feliz para a sacada vazia.
O ar da noite fria era tonificante. Ela inalou uma respiração funda e purificadora. Finalmente,
um momento sozinha - um momento para reformar seu equilíbrio. Ela soltou a respiração e
assistiu-a virar vapor.
Ela estava agradecida pelo elogio de Tia Matty. Ela apenas esperava que a opinião da tia
fosse compartilhada no geral - pelo menos por aqueles que eram bons. Porque apesar de muitas
das pessoas que Matthew a havia apresentado fossem corteses e gentis, havia também muitos
que abertamente os desprezavam. Não menos do que Lady Humphreys, que, seguida por uma
linha de damas barulhentas havia rudemente parado entre Tia Matty e a mesa de refrescos.
A chegada de Rosalind Benchley apenas fez as coisas piores. Ela era claramente bastante
popular entre muitas das damas, inclusive Lady Humphreys e suas subordinadas, a presença de
Lady Rosalind escalou o grau de hostilidade feminina na direção de Patience. Aqueles que os
haviam ignorado mais cedo naquela noite estavam agora enviando seus clarões óbvios e olhares
desdenhosos. Ela havia ignorado pacientemente toda a malícia dirigida nela, mas ainda assim
tinha sido exaustivo.
Inclinada contra a grade, ela olhou para fora sobre o jardim vazio abaixo e puxou um cacho
que tinha deslizado sobre sua sobrancelha. Graças a Deus por Matthew. Sua presença forte e
protetora ao seu lado era como um escudo. Sua confiança era palpável, e não apenas as damas
rancorosas ousavam menos quando ele estava perto dela, como ele também sabia como ser
receptivo a uma introdução e uma conversa agradável. Esse era, afinal, o círculo em que ele se
movera antes do escândalo. Então ele sabia o que abordar e o que evitar, e várias pessoas
realmente os abordaram.
Andando de volta da grade, ela agitou as saias. Era como estar em uma gangorra. Ela
desejou poder sair dela, mas aceitou que Matthew sabia o que era melhor - tanto para eles
quanto para seus negócios.
Deslizando as mãos no justilho, ela puxou uma respiração purificadora. Com o tempo, toda
essa tolice passaria. Mas no momento, ela era forte o suficiente para aguentar a tempestade.
Voltando em direção às portas, Patience começou a andar quando de repente abriram a
porta e Lady Rosalind entrou na sacada.
Um calafrio correu a pele de Patience enquanto a mulher mais jovem fechou as portas e
então girou para enfrentá-la.
Elas ficaram lá por um momento, mudas. Era interessante - a expressão de Lady Rosalind,
que tinha sido tão doce e cheia de riso abaixo, estava com linhas mais frias e malignas do que
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Patience teria pensado que suas feições adoráveis eram capazes. Ela era uma linda mulher, com
cabelo escuro e olhos cintilantes - mas agora, o rosto de boneca era uma máscara imprópria.
—Vim para te dizer algo que você deve saber— ela silvou.
Usando sua altura, Patience olhou para a mulher menor através do nariz e não disse nada.
A careta de Rosalind mudou, e ela deu um passo para mais perto.
—Matt não a ama. Ele me ama. — Ela se debruçou adiante. —Ele sempre me amou. Então
não importa o compromisso público de vocês, eu sou aquela que possui o coração dele.
Impassível, Patience agitou a cabeça.
—Pobrezinha.
— Pobrezinha?— Rosalind grunhiu. —Você é a pobrezinha.
Patience suspirou então e nivelou o olhar no de Rosalind.
—Lady Rosalind, este comportamento juvenil não é adequado. Você abandonou o meu amor
em sua hora de maior necessidade, e então sumiu enquanto seu pai continuava a caluniá-lo.
Como, em mil anos, você poderia acreditar que ele confiaria em você, muito menos a amaria?—
Ela assistiu os olhos bravos de Rosalind encherem com lágrimas, mas a única condolência que ela
sentiu foi pela dor em Matthew que Rosalind havia causado. —Você está comprometida com
Lorde Danforth agora. Por que você não volta ao andar de baixo e começa a mostrar a lealdade
que falhou em mostrar a Matthew? Talvez esteja lá para sua felicidade. Agora, se me dá licença,
meu amor está me esperando. — Passando por Rosalind, ela agarrou a porta.
—Nós nos encontramos secretamente.
Patience congelou. O que ela dizia era uma coisa; implicar Matthew era outra muito
diferente.
—Não acredito em você.
—Aproximadamente as cinco da manhã no dia da caça na Mansão Hawkmore, ele veio me
ver. Eu estava em Gillyhurst, a propriedade vizinha. Nos encontramos no antigo moinho. Foi um
jovem servo com o nome de Mickey quem me levou até ele.
Patience se voltou para Rosalind, um tremor de medo se movendo em suas costas. Era por
isso que Matthew a havia deixado tão cedo. Na manhã em que ela se encontrou com Mickey no
escritório de Matthew. Mas não podia ser.
—Disse que não acredito em você.
O queixo de Rosalind estava erguido e os olhos estavam brilhando. Não havia nenhum rastro
de equívoco nela.
—Ele admitiu que me amava, e me pediu para ir com ele para Gretna Green.
Dor perfurou o coração de Patience. Não podia ser verdade! Matthew a amava. Os joelhos
dela começaram a tremer.
—Não.
—Quando eu o disse não, ele confessou quanto ciúme tinha do meu compromisso. Foi
quando concordamos em nos tornar amantes secretos - para sempre.
Para sempre. Pequenos pontos brancos começaram a brotar na frente dos olhos de
Patience.
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—Não.
—Pergunte a ele, pergunte ao seu amor— Rosalind zombou, os olhos relampejando atrás
das lágrimas. —Você pode estar comprometida com ele, mas eu sempre serei seu primeiro e único
amor.
Não!
—Você é uma mentirosa— Patience conseguiu dizer, a voz rachando.
—Realmente, ele é o mentiroso por não ter dito a você. — Rosalind se debruçou para mais
perto. —Claro, eu o perdoarei por isto. — A cabeça dela balançou. —Mas você irá?
***
—Você deve admitir, ela é como uma grande barcaça, arrastando atrás sua flotilha de
pequenas barcaças— Fitz Roy comentou em referência a Lady Humphreys e suas companheiras. —
Cada uma delas se decora mais do que a outra, mas nenhuma tanto quanto o grande navio na
frente.
Matthew riu. Elas se assemelhavam mesmo a uma armada.
—E quem disse a ela que ela pode usar penas de avestruz? Meu Deus, a mulher é uma
monstruosidade absoluta.
Matthew riu novamente, e várias pessoas deram uma olhada rápida em sua direção. Ele não
se importou. Deixe-os vê-lo rindo. Ele se sentia acima do mundo. Apesar da presença dos
Benchleys e um pequeno número de caluniadores, ele estava certo de que havia ganhado a noite.
Gwenellyn era sua e o carvão estava devagar alimentando a GEFO. Ele e Lorde Wollby haviam
conversado, o segundo maior acionista da GEFO não tinha nenhuma intenção de vender suas
ações e estava, de fato, interessado em investir na mina. Vários de seus antigos conhecidos o
abordaram, quase como se nada tivesse acontecido. Ele tinha Fitz Roy e Rivers em suas costas e, a
um grau menor, Farnsby e Asher. E, ao seu lado, ele tinha Patience.
Apesar do escrutínio constante e a censura não reprimida, ela se erguia nobremente. Ele
sabia que ela iria. Mas vê-la, tão elegante e graciosa, deixava-o intensamente orgulhoso. Assim
que ela retornasse, eles teriam uma dança ou duas, se ela quisesse, e então eles se preparariam
para partir. Ele tinha realizado o que precisava, e estava na hora de dar a ela o que ela queria -
casa.
—Você estará pronto para ir logo?— Ele perguntou a Fitz Roy.
As sobrancelhas pretas do homem ergueram e os olhos pálidos reviraram.
—Estou tão pronto para ir que já estou no dia de amanhã.
Matthew riu e girou em direção aos degraus.
—Assim que Patience e—o sorriso dele enfraqueceu— Tia Matty... — Ele franziu o cenho.
Fitz Roy olhou para cima. —Algo errado?
—Sim. — Matthew dirigiu-se aos degraus. Patience estava descendo, andando lenta e com o
queixo bem alto, mas os olhos estavam suspeitosamente brilhantes e a expressão fixa, quase
como se ela racharia se ela a mudasse. Tia Matty, menos capaz de esconder as emoções, estava
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franzindo o cenho com preocupação e continuava dando olhadas rápidas e preocupadas para sua
sobrinha.
O que havia acontecido?à“eàalgu àaà a hu ou…
Matthew acelerou o passo e a encontrou antes de ela descer o último degrau. Ele olhou
quase diretamente nos olhos dela enquanto tomava suas mãos frias.
—Meu amor, o que houve? O que há de errado?
Patience olhou abaixo e girou o ombro para longe dos convidados no hall de entrada.
—Preciso falar com você reservadamente.
O decoro desaprovava o isolamento, e eles eram assistidos a todo o momento. Ele precisava
de um lugar público, mas privado.
—O ninho para inquilinos— Fitz Roy ofereceu.
Matthew puxou o braço de Patience para o dele.
—Venham conosco— ele disse a Fitz Roy e a Tia Matty. Então ele levou Patience para a
alcova alta e funda embaixo dos degraus. Algum antigo conde a havia esculpido de forma que
quando fosse exigido se encontrar com seus inquilinos, a esposa não precisasse ser ofendida por
sua presença áspera no hall de entrada imaculado. Em bailes, tendia a ser usado como retiro para
os tímidos. Mas felizmente, um grupo de matronas estava apenas saindo de lá.
Todos entraram, mas Tia Matty e Fitz Roy pausaram na entrada enquanto Matthew puxou
Patience para os fundos do lugar.
—O que foi, meu amor?
Patience ergueu o olhar para o dele. Os olhos estavam nadando com lágrimas.
Ele ficou tenso com raiva.
—Alguém a machucou?— Retirando um lenço, ele o apertou em sua mão. —Danforth?
Benchley?
Patience apertou o linho com as mãos.
—Espero que você me perdoe pela pergunta, mas tenho que perguntar. — A voz era
ofegante.
Uma pergunta?
—O quê? Perguntar a mim?
Os lábios dela tremiam.
—Na manhã da caça, você se encontrou secretamente com a Rosalind?
Gelo correu na espinha de Matthew.
O rosto de Patience desintegrou.
—Oh, Deus!— Ela ofegou. As lágrimas derramaram.
—Patience. — Ele tentou tomar as mãos dela, mas ela as empurrou de volta.
Os olhos estavam cheios de angústia.
—Você a pediu para ir a Gretna Green com você?
O coração de Matthew começou a bater forte.
—Não.
—Não?— Ela fungou, descrente. —Seu rosto me diz o contrário.
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Ele ergueu o punho e o jogou adiante apenas para ser empurrado para trás. Gritos agudos
de alarme ecoaram ao redor deles. Fitz Roy e Farnsby lutaram para contê-lo. Matthew lutou
contra eles.
—Maldito, ele terá prenderá por agressão física— Fitz Roy silvou, apertando sua alça. —
Você não vai querer isto.
Respirando duro, Matthew foi adiante e olhou fixamente para Benchley através da névoa
quente de sua ira.
—Havia meninos naquela mina, seu filho da puta! Um está morto! E mais seis estão
provavelmente perdidos com ele!
Benchley o considerou, os olhos indiferentes.
—Não sei do que você está falando.
Danforth, que estava debruçando à toa ao lado de seu futuro sogro, riu silenciosamente.
Matthew lutou adiante novamente. Danforth e as damas vacilaram, mas Fitz Roy e Farnsby
ainda assim o seguraram.
—Agora não é a hora— Fitz Roy murmurou.
Porra! Ele lentamente aliviou de volta enquanto encarava os olhos azuis glaciais de
Benchley.
—Eu ainda vou afundá-lo. — Matthew grunhiu.
—Você não pode— Benchley disse, placidamente. E se debruçou para mais perto. —Porque
eu o afundei primeiro.
Patience permaneceu rígida na janela do escritório de Matthew. Pela luz da lua minguante,
ela assistia uma névoa descer no pátio central do Solar Angel. A névoa branca rolava sobre o
jardim com formas cuidadas e furtivamente abordava a casa. O relógio no mantel bateu meia-
noite.
—Obrigada por descer— Matthew disse. —Você nem mesmo vai olhar para mim?
Patience fechou os olhos. Estavam doloridos de chorar. Apesar da presença de Lorde Asher
na carruagem, ela não pôde conter as lágrimas. Ela chorou tranquilamente, apertando a mão de
Tia Matty por quase o percurso inteiro da volta. Matthew devia ter deixado o baile logo depois
deles, porque assim que ela se sentou com Tia Matty no isolamento de seu quarto, a empregada
entregou a convocação de Matthew.
—Dói olhar para você.
—Por favor, Patience. Eu preciso explicar.
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Abrindo os olhos, ela assistiu a névoa rastejar sobre a janela antes de girar e enfrentar
Matthew. Sem a jaqueta, ele estava de pé ao lado do fogo, o olhar escuro tenso e sombrio. O
cabelo estava separado e jogado adiante contra as têmporas. O coração dela constringiu, ela o
amava tanto - ainda assim, ele havia mentido para ela, a traído. Os olhos doloridos afluíram e
então ela ergueu o queixo para impedir as lágrimas de caírem.
Mas ela não conseguiu. Algumas escaparam.
O rosto de Matthew suavizou e ele andou em direção a ela.
—Meu amor...
—Não!— Ela advertiu, saltando para trás.
A mandíbula dele cerrou, mas ele parou.
Graças a Deus. Apesar do coração ferido, o corpo e a alma dela ainda ansiavam por ele. Ela
engoliu mais lágrimas, e essa realização apenas aumentou sua miséria. —Diga-me o que você tem
a dizer— ela persuadiu.
—Patie e…à— Matthew a considerou por um momento mudo. —Archibald Benchley está
tentando me destruir. — A raiva estava nos olhos e havia uma extremidade dura na voz. —Na
manhã da caça, eu me encontrei com Rosalind para obter informações. Ela me mandou uma nota,
implicando que queria se reunir comigo. Então eu a usei como a razão de nossa reunião. Eu não fui
porque a amo. Eu não fui porque queria ir embora com ela para Gretna Green. E com toda a
certeza não fui porque tive, ou tenho, qualquer intenção de me tornar amante dela.
Patience o considerou. Algo estava fervendo sob sua pele - ela podia sentir sua tensão. De
fato, ela a sentiu no momento em que ele entrou na sala. Ela fez uma careta.
—Mas como você podia dizer essas coisas?
Matthew começou a compassar diante do fogo.
—Eu disse o que tinha que dizer, Patience. E para seu conhecimento, nunca disse a ela que a
amava, ou que seria seu maldito amante. — Ele cuspiu na lareira. —O pensamento me enoja.
—Sim, a mim também. — Ele parou de compassar e olhou para ela. Ela cruzou os braços. —
Mas, para a sua informação, você a pediu para ir com você para Gretna Green.
Matthew fez uma careta e descansou as mãos nos quadris.
— Para a sua informação, não, eu não a pedi. Disse que podíamos ir lá. E disse isto
simplesmente para mortificá-la, o que aconteceu. Ela não pôde me recusar rápido o suficiente. —
Girando em direção ao fogo, ele esfregou a sobrancelha como se ela doesse. —Maldição,
Patience, o tempo inteiro que eu estava com ela, estava pensando em você. Antes de ela vir, eu
estava pensando em você. Eu não queria estar lá. Apenas fiquei para ter a chance de tirar algumas
informações dela. — Ele se voltou para ela, a sobrancelha curvada com remorso. —E, depois, eu
me senti sujo - sujo por não dizer exatamente o que penso dela, e sujo até por ter me encontrado
com ela, quando o meu coração, meu corpo e minha alma já pertencem a você. — Os olhos
escuros a seguraram. —Ela me escreve desde então, Patience. Joguei fora cada nota sem abrir -
como deveria ter feito com a primeira. —A boca era uma linha dura. —No masque, eu te disse que
você era a única mulher que eu procuro. Era verdade então. É verdade agora. Sempre será
verdade. — Ele pausou. —Eu amo você, Patience. Perdoe-me.
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***
Ele tinha muito mais para dizer a ela - e não tinha muito tempo.
—Talvez, se você soubesse a extensão da malícia do Benchley, entenderia melhor por que eu
me encontrei com Rosalind.
—Talvez— Patience concedeu. —Essa é uma grande parte que ainda me deixa confusa sobre
isso tudo, Matthew. — Ela agitou a cabeça.
—Que necessidade havia de você se encontrar com a sua antiga noiva em segredo com o
propósito de extrair informações sobre o pai dela?
Matthew fez uma careta e sua fúria, tão próxima à superfície, ergueu.
—Você faz soar tão abominável, mas não fui eu quem começou. Archibald Benchley é o
imoral - o desprezível. — Ele cuspiu a palavra. —Eu apenas me defendi, como qualquer homem
tem o direito de fazer, seja ele bastardo ou não!
O franzir de Patience afundou e agora era uma sombra de preocupação.
—Matthew, o que está acontecendo exatamente?
Um exalar zombador escapou dele, ele passou a mão pelo cabelo. Onde ele devia começar -
pelo princípio ou pelo fim horroroso?
—Ouvi boatos, Matthew. Mas pensei que fossem apenas isso - boatos.
Ele olhou para ela sarcasticamente.
—Sempre há um fundo de verdade nos boatos, Patience. É por isso que são tão perniciosos -
a fundação da verdade empresta suporte às mentiras que brotam dela, mentiras vistas pelas
pessoas más que buscam se elevarem à custa dos outros.
—Sei de tudo isso, Matthew. E é por isso que os boatos devem ser ignorados.
—Sim, mas esse é o problema, Patience. — Ele começou a compassar. —Ignorar não os faz
desaparecer. De fato, deixa-os piores. As pessoas tomam o silêncio como admissão de culpa.
—Talvez. Mas a verdade aparecerá eventualmente, Matthew. Deve-se ter paciência.
Ele parou de compassar e olhou para ela.
—Paciência, Patience?— Por Deus! —Eu fui paciente. — Ele cruzou para ela. —Fui
completamente paciente enquanto Benchley alimentava a verdade da minha ilegitimidade com a
mentira que sabia sobre ela. — Ele começou a compassar novamente. —Permaneci paciente
enquanto as pessoas me desprezavam nas ruas. Fui paciente enquanto os que eu chamei de
a igosà eà a a do a a .à Eà e ua toà euà esta aà agi doà o à todaà essaà pa i ia',à o à sa eà oà
que aconteceu, Patience?— Ele parou e apoiou as mãos contra os quadris. —A malícia de
Benchley contra mim aumentou. E suas mentiras abasteceram uma onda de má vontade em
minha direção, e, creio, que até as pessoas que poderiam ter sido propensas ao meu favor foram
levadas pela maré malévola do Benchley. E é assim que as coisas vão de mal a pior na minha
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pequena parábola de paciência. Com um consórcio de desdém contra mim, Benchley agora usou a
sua influência repugnante para infetar meus associados nos negócios. Em pouquíssimo tempo,
estou perdendo quantias volumosas de dinheiro.
O franzir estava cauterizado profundamente na sobrancelha de Patience e ela estava muda.
Mas ele não tinha terminado.
—Va osà o ti ua à o à aà i haà eu i oà se eta à o à ‘osali d,à o deà euà e t aio'à asà
informações de que Benchley quer muito mais do que a minha ruína - ele também quer a minha
companhia. E por que não? Enquanto eu estou tentando viver como se nada tivesse acontecido,
se doà pa ie te àeà ig o a do'àosà oatosà - ele está agindo. Antes que eu saiba, ele e todos seus
camaradas das minas de carvão estão também se recusando a vender para mim, ou estão me
cobrando demais. E o que eles concordam em me vender, de repente está atrasando, diminuindo
ouà at à seà pe deuà oà t a spo te .à Co oà algu à pe deà dezà malditas toneladas de carvão,
Patience?— Ele esperou pela resposta dela.
Patience estava muda, o único sinal de sua agitação era o subir e descer rápido do tórax. Os
diamantes em sua garganta faiscavam.
Matthew girou para a lareira e chutou a grelha pesada. Os troncos faiscaram e as faíscas
voaram na direção dele. Segurando o mantel com ambas as mãos, ele olhou fixamente para as
chamas que refletiam sua raiva. Então, forçando-se a abaixar a voz, ele continuou.
—Quando eu ganhei a mina de Danforth, pensei que meus problemas tivessem sido
resolvidos. Eu minaria meu próprio carvão, alimentaria os motores da GEFO, e enviaria para os
clientes de navio quando temêssemos sermos incapazes do serviço. Era perfeito. Mas Benchley
não podia permitir que eu me salvasse - arruinaria seus planos para minha ruína, e ele faz o
impossível para roubar a minha companhia. Então ele competiu sobre a minha propriedade, nas
esperanças de que uma decisão demorasse o suficiente para me quebrar. E quando isso não deu
certo, ele agiu com seu último recurso. — Matthew girou para Patience. —Ele explodiu a mina.
Patience puxou a respiração e os olhos alargaram com alarme horrorizado. Ela tomou um
passo hesitante.
—Quando?
—Esta mesma noite - oito e vinte e seis, para ser exato.
—Alguém estava— Ela apertou a mão no peito. —Alguém ficou ferido?
—Nove meninos desciam no poço. Dois saíram. Um está morto. Seis estão desaparecidos.
—Há esperança para os desaparecidos?
—Não muita.
Os olhos de Patience afluíram e, abaixando a cabeça, ela cobriu a boca com a mão.
Apesar de sua própria ira e dor, o coração dele doía pela tristeza óbvia dela. Cruzando para
ela, ele a tomou em seu abraço.
—Saberei mais amanhã, quando eu mesmo avaliar a situação. Obviamente, me assegurarei
de que todo o esforço seja feito para achá-los. Vivos ou mortos.
Ela anuiu com a cabeça contra seu tórax e, depois de um momento, ergueu os olhos
molhados para os dele.
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—Não, não estou. E não estou comparando você ao Benchley. As ações dele têm sido mais
do que desonrosas, têm sido criminosas. Mas essa é mais uma razão ainda para buscar a justiça
pela lei.
—Certo. — Matthew jogou as cartas na escrivaninha. —Diga-me o que você quer que eu
faça então, Patience. Qual é o seu plano?
Ela cruzou os braços sobre o peito.
—Eu não finjo ter todas as respostas, Matthew. Mas é quando o mal parecer mais justificado
que mais devemos resistir. — Andando para mais perto dele, ela apertou suas mãos. —Sei que
nada parece fácil, Matthew, ou certo. Mas juntos podemos achar as respostas. Tenho fé na
retidão.
—Esse é o seu plano? Ter fé na retidão?— Matthew agitou a cabeça. —Aqui está o que eu
vou fazer, Patience. Vou expor Benchley por ser um maldito hipócrita. Assim que eu fizer isto, a
opinião pública virará ao nosso favor. E assim que a maré virar, os outros donos de minas voltarão
a fazer negócios comigo. A GEFO será salva e, lenta, mas seguramente, retornará à sua antiga
estatura.
Patience cruzou os braços de volta no peito.
—E quanto a Gwenellyn? Como ela se ajusta nos seus planos?
O tórax de Matthew apertou novamente.
—Não se ajusta. Não posso salvar Gwenellyn. Se o relatório é apenas meio preciso, não
posso salvá-la. Tenho que me focar na GEFO agora. É a nossa única esperança para sobrevivência
financeira e social.
Patience olhou para ele como se ele tivesse perdido a cabeça.
—Como você pode abandoná-los? Sem a mina não há nenhuma aldeia. O que eles vão
fazer?
—Terão que buscar emprego em outro lugar.
—Não posso acreditar que você não vai ajudá-los.
Porra!
—Não posso acreditar que você não entenda a situação. Não tenho mais quase nada,
Patience! Devo gastar a minha última nota de libra na Gwenellyn? Para quê?— Abrindo o livro-
razão, ele o girou para que ela o visse. —O que eu tenho não é o suficiente para fazer a diferença.
E nós precisamos de dinheiro para viver. Tudo custa, Patience - esta casa, as joias que você ama
tanto. Vamos encarar, eu mal posso imaginar você morando em uma das choças de Gwenellyn.
Patience ergueu os olhos para ele e eles estavam cheios de raiva e dor. Ela apontou para o
livro-razão.
—O que é isto?
Matthew olhou e as entranhas apertaram enquanto ele olhava fixamente para a entrada
Cavalli. Ele ficou mudo por um momento. Então:
—Patience, eu...
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—Creio que esta data foi a noite da soirée musical— ela interrompeu. Os olhos estavam
furiosos e brilhantes. —Por que você enviou quinhentas libras para Cavalli na noite da soirée
musical?
Eu tinha medo.
—Eu não queria que você fosse embora.
—Essa era a minha decisão, Matthew! Você não tinha que usurpar a minha vontade! Deus,
agora vejo aonde seu dinheiro vai. — Erguendo a mão para a nuca, ela soltou o colar e então
removeu os brincos. Ela os bateu sobre o livro-razão, e então retirou os pentes. Ela olhou para eles
com desejo por um momento antes de deitá-los com as outras peças. —á eià ta to àestasàjoiasà
porque foi você quem me deu. Teria usado bijuterias com igual orgulho. E quanto a esta casa - ela
olhou a sala - eu nem mesmo gosto dela. Nunca gostei. — Os olhos dela encheram com lágrimas.
—E não entendo por que é chamada de Solar Angel, não há anjos aqui.
—Patie e…
Girando sobre os calcanhares, ela andou a passos largos em direção à porta.
—Patience!
Ela agarrou a maçaneta e a abriu.
—Patience, fique!— Matthew rugiu.
Ela congelou e então girou lentamente.
Ela olhou para ele através do espaço que os dividia, e ergueu o queixo bem alto. As
bochechas estavam molhadas e ela nunca tinha parecido tão fria e ainda assim tão desafiante.
—Não, Matthew— ela disse —eu não posso obedecê-lo desta vez.
A respiração de Matthew o deixou com um gemido.
Ela girou e partiu.
Tremendo incontrolavelmente, ele ergueu a pequena luminária a óleo da escrivaninha e a
jogouà oàfogo.àElaà olidiuàeàe t oàe plodiuà o àu aàe plos oàdeà ha a…
Deixando-o de pé em um mundo escuro, iluminado apenas pelo fogo.
Matthew olhou fixamente para os sete montículos de Terra enquanto escutava padre
Dafydd falar as palavras do salmo vinte e três42. O dia estava frio e o ar estava cheio com a
42
Salmo 23 - [Salmo de Davi] O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me
mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o
teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com
óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e
habitarei na casa do Senhor por longos dias.
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respiração da cidade, enquanto cada residente de Gwenellyn tinha vindo para o antigo cemitério a
fim de honrar os meninos mortos.
O rico tom de barítono do padre Dafydd era tranquilizador, e Matthew estava agradecido
por ele ter se disposto a vir fazer os serviços do enterro, sua presença parecia ser um grande
conforto para as pessoas de Gwenellyn.
Patience estava certa sobre ele. Ele teria sido perfeito para estas pessoas fortes, robustas.
E ela também teria sido. Por que ela não havia retornado a ele?
***
Quando ela retornaria para ele? Matthew desviou a vista de sua janela do escritório. Mark
se juntou a ele.
—Eu te disse para não machucar minha esposa, Matt. Passion está chateada e preocupada -
com vocês dois. — Ele pegou no ombro de Matthew. —Eu também. O que quer que tenha
acontecido entre você e Patience, deixe de lado, faça as pazes, faça o que tem quer fazer, mas não
a deixe ir.
O que quer que ele tivesse que fazer?
O que era? Ele nem mesmo sabia.
***
Ele estava certo de que ela retornaria - quando ela pensasse sobre isto, quando considerasse
todas as ramificações. Além disso, ninguém poderia dar a ela o que ele dava.
Ele suspirou enquanto assistia a bola de tênis passar das raquetes de Farnsby para a de
Asher e voltar. Mark, Fitz Roy e Rivers todos pareciam tão chateados quanto ele se sentia. Até
Farnsby e Asher não estavam com seus modos divertidos habituais.
Realmente, estava muito frio para jogar tênis.
O inverno estava chegando.
***
Matthew deixou a mão cair pela voluta de seu Montagnana. Fechando os olhos, ele evocou a
memória de Patience tocando enquanto se debruçava contra ele. O coração saltou loucamente
por um momento, então se acalmou.
Sentando, ele puxou o instrumento para suas pernas. Ele o acariciou como havia ensinado a
ela. Então ele tocou a Sarabande - lentamente.
Quando ele terminou, os olhos estavam ardendo. Ele olhou a sala vazia e então olhou seu
violoncelo abaixo. Ele pôs os braços ao redor dele.
Se todo o Solar Angel pegasse chamas, ele salvaria apenas ele. Ela e a meia-calça preta de
seda que Patience havia deixado em seu quarto no dia mais feliz de suas vidas.
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***
—Você parece infeliz, Sr. Wilkes. — Matthew se sentou ao lado do menino no banco situado
no meio do pátio central do Solar Angel. A casa os cercava.
Mickey olhou para ele.
—Euàape asà ta a àpe sa doàoà ueàpode iaàte à a u ti idu àseàeuàti esseà sidu à aisà pido,à
seà euà pode iaà te à feitu à algu aà oisa.à “a e,à a tis à daà e plos o.à — Os olhos encheram com
lágrimas. —Éà ueàeuà u àseiàle à- e t oàle eià p a àu àa igoàle .à“a e,à pu ue àseà u àti esseà
nada nelas... —Ele colocou a cabeça entre as mãos. —“ouàt oà estúpidu !
—Não. Você não é. — O tórax de Matthew estava apertado. Ele sabia o que Mickey estava
sentindo. —Não faça isso consigo mesmo. A explosão não foi culpa sua. E você não pode saber o
que poderia ter acontecido se qualquer coisa tivesse sido diferentemente.
Ele se lembrou do rosto sincero de Patience e então olhou para Mickey.
—Nós podemos apenas lidar com que é, Sr. Wilkes, não com o que poderia ter sido.
Mickey anuiu com a cabeça.
Matthew bateu levemente seu ombro.
—Essas palavras podem não ajudar agora mesmo, mas irão.
Ele se ergueu e olhou as paredes volumosas do Solar Angel - todo revestido por dentro e
com janelas de vidro laminado que refletiam uma a outra. Como eram confinadoras.
Este era realmente quem ele era? Um homem com uma face enorme de si mesmo sempre
olhando para dentro, e ainda assim não se vendo realmente?
Ele correu para casa.
Ele não parou de correr até que alcançou seu quarto de vestir. Lá, ele ficou de pé,
arquejando, diante de seu espelho longo. Com as mãos ao lado do corpo, ele andou para mais
perto, de forma que pudesse ver apenas a si mesmo. Porque ele de repente não estava certo de
como era sem um fundo. Quem ele era sozinho - com nada atrás de si?
Ele se observou com seu próprio olhar escuro.
Quem e o que você é, Matthew Morgan Hawkmore?
Pinte o seu próprio fundo.
Ele de repente teve uma visão de sua infância. Ele estava na frente de um espelho longo e
estava cuidadosamente imitando o homem atrás dele que estava se barbeando. George
Hawkmore sempre se barbeava. O homem alto sempre estava lá de pé com sua lâmina e
tranquilamente fazia caretas divertidas e exageradas, e Matthew o imitava. Eles nunca
conversavam, ele apenas se barbeava.
Nós podemos apenas lidar com que é, e não com o que poderia ter sido.
Ele era um bastardo, sim. Mas não como Benchley que tinha sido castigado por sua
nascença. Não, ele havia recebido de George Hawkmore elogio e afeto. Apesar de o homem não
havê-lo feito, havia ajudado a formá-lo.
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Matthew assistiu as próprias lágrimas caírem do rosto. Ele não as secou ou tentou preveni-
las porque elas eram de gratidão pelo que havia sido, e não pelo que poderia ter sido.
E de repente tudo estava simples e claro. O coração ergueu com felicidade e seu espírito se
sentia leve.
Ele sabia o que fazer.
Porque ele sabia quem e o que ele era.
Ele era filho de George Hawkmore, e era um homem honrado.
As muitas águas não podem apagar este amor, nem Rivers afogá-lo…
Cantares de Salomão 8:7
Um mês depois
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Giuseppe Guarneri - foi rival de Antonio Stradivari (o mais famoso dos luthier) no que se refere ao respeito e
reverência concedido aos seus instrumentos, e chamado de melhor fabricante da linha de violino Amati.
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—Sim, adoro o Guarneri. Obrigada por tê-lo enviado. Toco todos os dias. — Ela apertou as
mãos contra as saias. —E você?
Ele agitou a cabeça.
—O Montagnana ficou mudo ultimamente. Tenho estado muito ocupado.
Patience ergueu as sobrancelhas.
—Mesmo?
—Sim. — Os olhos dele se moviam lentamente sobre as feições dela. —É por isso que não
pude vir para você antes.
Patience anuiu com a cabeça enquanto dobrava os braços sobre o tórax.
—E como seu esquema está progredindo? Ainda não vi nenhuma das cartas no jornal.
—Fiz Mickey devolver as cartas, Patience.
Ela lentamente desdobrou os braços.
—Você fez isso?
Matthew anuiu com a cabeça.
—Sim, todas.
Um choque feliz desceu pela espinha dela.
—Mas e quanto a GEFO? Como você a segurará sem destruir Benchley?
—Eu não irei. Vendi todas as minhas ações da GEFO para Lorde Wollby.
Patience agitou a cabeça para limpá-la. Ele realmente tinha acabado de dizer que tinha
vendido suas ações?
—E-eu não entendo.
Um sorriso chamejou na esquina da boca de Matthew enquanto ele enfiava as mãos nos
bolsos.
—Informei Lorde Wollby do plano de Benchley de assumir o comando da GEFO, de forma
que ele pudesse implementar um plano próprio, e então renunciei à diretoria. A Grande Estrada
de Ferro do Oeste não é mais minha preocupação. — Matthew encolheu os ombros.
—E comigo fora da cena, Benchley terá problemas em convencer os outros donos de minas a
ficarem do lado dele. Recusar vender para o filho bastardo de um jardineiro é uma coisa. Recusar
vender para um dos lordes mais poderosos do reino é outra bem diferente.
Patience tentou tranquilizar a batida do coração.
—Mas eu pensei que a GEFO fosse tudo para você.
—Eu também. — Matthew segurou o olhar dela, e era tão tenro. —Mas com os
acontecimentos percebi que não era nem perto de significar tudo para mim. — Ele tomou um
passo para mais perto dela e então outro. As pestanas tremularam. —Devo dizer a você o que
significa tudo?
Patience puxou respirações rasas enquanto esperança a enchia e apertava contra seus
pulmões.
—Sim.
—Ser merecedor de você.
Patience puxou uma respiração estremecendo.
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Patience abriu a caixa. Dentro estavam seus pentes de diamante embrulhados em uma tira
de cetim cor de creme. O coração balançou e ela não pensou ter mais lágrimas ou mais felicidade.
—Vendi o resto das joias, Patience. O dinheiro está no envelope.
Patience olhou o lado de dentro. Há centenas de libras.
—Isto é o dinheiro para seu sapé, sua cal e suas árvores e flores.
Patience embreou a caixa e o envelope no peito. Então curvou a mão dele contra sua
bochecha.
—Por que demorou tanto, meu amor? Estava esperando por você.
Matthew olhou fixamente em seus olhos e seus próprios olhos estavam molhados.
—Estou aqui agora. — Ele deslizou a mão em seu cabelo e ela a sentiu trêmula. —Você está
preparada para me dar o que eu quero?
Ela sorriu.
—O que é que você quer?
As lágrimas caíram, mas a luz dominante estava em seus olhos.
—Eu quero você, Patience, para iluminar meu mundo escuro.
Patience se aproximou e beijou suas lágrimas.
— Então me roube e leve às escondidas sob sua sombra, meu amor. Acorrente-me ao seu
lado e exija a minha submissão. — Ela beijou sua boca doce. —Tome tudo de mim e, ao fazer isso,
dê-me tudo o que eu desejo.
Matthew a esmagou em seu abraço.
—Para sempre, meu amor—para sempre!
Epílogo
16 de janeiro de 1852.
Minha querida Henrietta,
Eu te disse que ficasse na Inglaterra pelo inve ! ã ?E ã , ‘H ,
fique na alegre e velha Inglaterra onde você pertence'? Mas você me escutou? Não!
Honestamente, em mil anos eu não poderia ter inventado uma história tão chocante quanto
a verdade que está se desdobrando.
Eu te perguntaria que verdade poderia ser, mas você nunca (adivinharia), então eu te
contarei tudo. Não deixe de ter uma xícara de chá forte por perto a fim de se fortalecer,
z …
Bem, então é isto: Lorde Benchley foi preso por suspeita de conspiração e assassinato!
É verdade, minha querida! É realmente verdade! Você se lembra do acidente horrível
com o carvão das minas do Sr. Hawkmore - em que pobres meninos foram mortos? Bem,
não foi acidente mesmo! Descobriram que o Lorde Benchley contratou alguns vilãos para
explodir a mina de forma que o Sr. Hawkmore, sem fonte de carvão para a GEFO, fosse
forçado à bancarrota e absoluta ruína. Aparentemente, Lorde Benchley até mesmo pretendia
assumir o comando da GEFO assim que conseguisse deixá-la completamente na lama. Você
consegue imaginar maquinações tão desprezíveis?
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Claro, a vingança nunca é uma seta direta, não é, minha querida? Lorde Benchley não
podia ter sabido que seu esquema tomaria a vida de inocentes. Mas deve ter sabido que era
horrivelmente perigoso - que alguém poderia ter saído machucado, ou morto. E que todas
aquelas pobres pessoas dependiam da mina para seus sustentos. Eu te digo, Henrietta,
tínhamos uma serpente no nosso meio em Lorde Benchley.
A propósito, você deve estar se perguntando como tudo isso veio a se iluminar. Parece
que Benchley admitiu tudo para seu novo genro, Lorde Danforth, que, incapaz de viver com
o pensamento de manter um segredo tão vil, foi às autoridades. E se, ele apenas tivesse
sabido antes do acontecido, poderia ter prevenido a morte dos meninos. Mas pelo menos
pôde fornecer certos detalhes e até alguns dos nomes dos reais perpetradores contratados
por Benchley (que também foi preso).
Entretanto Lorde Danforth está, é claro, chocado e desanimado por se achar casando
em uma família manchada com tal maldade, e é oportuno que, como marido de Lady
Rosalind, ele possa assumir o comando da administração da propriedade do Benchley e seus
interesses financeiros que agora passaram completamente para seu controle. Entretanto,
apenas entre nós, Henrietta, não posso evitar e pensar que não demorará muito antes da
fortuna do Benchley ser muito reduzida pela propensão lamentável de Lorde Danforth a
jogar - e gastar. Desde a prisão do Benchley, ele já fez inúmeras compras extravagantes, e
Lady Rosalind parece estar com o mesmo fervor. Noutro dia, ouvi dizer que ela está
comprando um novo guarda-roupa inteiro, e que está planejando um suntuoso baile de gala
de uma semana que será no Benchley Hall no verão que vem. Lorde Tuttleworth e eu
estamos incertos se devemos ir.
Mas chega de Lorde e Lady Danforth. O casal excitante do momento continua a ser o
Sr. e a Sra. Matthew Morgan Hawkmore. Eu te disse que obteria os detalhes do casamento
muito privado, e então eu os tenho - e de ninguém menos do que a tia da noiva! Sim,
Henrietta, eu a encontrei completamente por acaso quando me choquei com Lorde Rivers e
ela na casa de chá em St. James. Então aqui você recebe, minha querida, praticamente de
primeira mão:
Os dois se casaram na capela minúsculo de sua nova casa em Gwyn Hall. O dia estava
cinza e frio, e apenas a família e os amigos próximos estavam presentes.
Assim como o casamento do Conde de Langley, o pai da noiva apresentou a
formalidade com licença especial. A irmã mais jovem da noiva cantou (sim, aparentemente
há mais uma destas irmãs Dare), e o Conde e a Condessa de Langley estavam do lado de
seus irmãos respectivos.
A noiva (que é uma grande beleza, posso te dizer) usou um vestido simples de seda
cor de creme e translúcido. Além disto, usava uma jaqueta ajustada com mangas longas e
um capuz em vez do véu. Ela levou um buquê de folhas e romã florescidas, aparentemente,
era algo como peônia e da cor de seu cabelo vermelho claro. O noivo, como você sabe, é
sombriamente bonito e pelo que dizem não podia tirar os olhos da noiva enquanto ela
recitava e jurava -amar, apreciar e obedecer.
Depois da formalidade, uma neve leve atacou o casal e seus convidados enquanto eles
caminhavam para casa (não é romântico?). Oh, e a noiva removeu sua jaqueta para o
banquete do casamento e exibiu um justilho elegante tomara-que-caia. Tinha uma cintura
aguçada e uma camada pregueada com linhas de ouro e pérolas em torno do decote. O
outro adorno que ela usava era uma tira cor de creme no pescoço e pentes de diamante no
cabelo.
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Patience
Tiamat World Lisa Valdez
O banquete do casamento foi uma refeição de inverno, e servida no jantar com todos
acomodados em torno da mesa. O bolo de casamento tinha especiarias e Madeira (estou
tentando obter a receita).
Finalmente, a noiva e o noivo dançaram, junto com alguns convidados e a família e,
com o acompanhamento de Lorde Fitz Roy ao piano. Aparentemente ele é muito bom, ainda
assim ninguém que eu pergunto já o ouviu tocar. E então a noite terminou com todo
mundo cantando canções Natalinas alegremente.
Isso não soa como um casamento adorável, Henrietta? Todo mundo que ouve falar,
acha. Certamente é um total contraste com as núpcias grandes e suntuosas de Lorde e Lady
Danforth, que você e eu fomos privilegiadas em frequentar. Mas saiba, Henrietta, apesar da
magnificência daquela ocasião, acho que preferiria um pequeno casamento no bosque.
, …
Alguns estão dizendo que o casamento do Hawkmore começará uma nova tendência.
Realmente, parece que os Hawkmores podem influenciar muitas tendências novas, inclusive
um interesse renovado em reforma, e a noção de bons trabalhos sendo bom negócio. Eu te
digo, Henrietta, ninguém pode acreditar que Matthew Hawkmore foi embora da GEFO e
vendeu praticamente tudo que possuía para salvar a mina Gwenellyn.
Mas até aqueles que não entendem ou concordam com sua decisão o admiram por
isto. E ele parece que já está fazendo progresso com a aventura. Um poço temporário está
sendo cavado, e ele empreendeu investidores. Enquanto isso, a Sra. Hawkmore está vendo
melhorias na cidade, e até reabilitou uma igreja lá. Ela também teve sucesso em levantar
dinheiro para o estabelecimento de bolsas de estudos musicais e educacionais para as
crianças da aldeia. De verdade, Henrietta, eles liberam todos os seus esforços e recursos
pessoais em direção à salvação e a melhoria desta aldeia aparentemente pequena e
incoerente - quando todo bom senso dita que eles vão embora. Desejo que eles sejam
recompensados pessoal e financeiramente. E não sou a única a torcer.
O Sr. e a Sra. Hawkmore já foram colocados em várias listas de convidados
importantes - e, agora, desde a prisão do Benchley, a maré social girou completamente a
favor deles. Todo mundo os quer. O único problema é que o novo casal recusa mais
convites do que aceitam, e parecem ser muito seletivos quanto a seus amigos - o que está
apenas fazendo com que sejam ainda mais procurados.
E então há jantares que eles dão, que dizem ser alegres e informais. Henrietta, a
Rainha e o Príncipe foram convidados na casa deles! Foi completamente não premeditado, e
vieram com Lorde Fitz Roy. Dizem que eles se divertiram, e que decidiram comprar uma
casa no bosque também - Balmoral, que eles têm visitado.
Então, aí está, minha querida. Quem poderia ter imaginado, apenas meses atrás, que as
coisas terminariam tão bem para Matthew Morgan Hawkmore? Ele parecia então condenado
a um mundo sombrio.
…
… , ê á
jantar na velha casa Tudor na floresta. A festa será pequena, mas os amigos são próximos. E,
mais importante de tudo, o anfitrião e a anfitriã são pessoas de qualidade e do caráter mais
…
Sua,
Augusta
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i
Crinolina - armações usadas sob as saias para lhes conferir volume, sem a necessidade do uso de
inúmeras anáguas.
ii
Espelho cheval.
iii
Bootjack - pequeno instrumento que ajuda na retirada das botas. É composto de uma
boca em formato de 'U' que agarra o salto da bota, e uma área chata à qual o peso deve ser aplicado. Para que
funcione, o usuário coloca o salto da bota na boca do bootjack, pisa na base no dispositivo com outro pé, e puxa o pé
livre para frente. O processo então é repetido até que ambas as botas sejam retiradas.
Comunidade: http://www.orkut.com.br/Community?cmm=94493443&mt=7
Grupo: http://groups.google.com.br/group/tiamat-world?hl=pt-BR
Blog: http://tiamatworld.blogspot.com/
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