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Habilidades:
1. Analisar, no âmbito da Agenda 21, o reconhecimento da importância em se preservar formas alternativas
de reprodução da vida praticadas pelas comunidades locais, opinando sobre a relevância em proteger seus
saberes e fazeres da biopirataria
2. Avaliar as políticas públicas nacionais de combate à pobreza e busca do desenvolvimento sustentado sob
a ótica das recomendações propostas pela Agenda 21
3. Identificar as medidas para a conservação dos ambientes naturais expostos na Agenda 21 e analisar as
políticas públicas que compõem o Programa Nacional da Biodiversidade
A elaboração e lançamento da Agenda 21 Global aconteceu na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento Humano, conhecida como ECO-92, realizada em 1992, no Rio de Janeiro. O documento é considerado inovador,
abrangente e ousado porque propõe, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de
proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Rompendo com o desenvolvimento dominante, onde predomina o
econômico a qualquer custo, a Agenda 21 propõe a sustentabilidade, em que os fatores sociais e ambientais formam uma união
indissolúvel entre si e com a necessidade de se enfrentar a degradação ambiental e o problema mundial da pobreza. Nesse
sentido, o documento considera como questões estratégicas: a geração de emprego e renda; a diminuição das disparidades
regionais e interpessoais de renda; as mudanças nos padrões de produção e consumo; a construção de cidades sustentáveis e a
adoção de novos modelos e instrumentos de gestão baseados no planejamento participativo. Desse modo, o documento é uma
importante referência porque traduz em ações o conceito de desenvolvimento sustentável. A inserção do tópico Agenda 21 como
conceito-chave nos estudos geográficos do ensino fundamental vem de encontro à necessidade de construir com o educando uma
“cultura de sustentabilidade”, preparando-o para participar ativamente do processo de elaboração da Agenda 21 Local.
A Agenda 21 é uma tentativa abrangente de promover, em nível planetário, um padrão de desenvolvimento que considere ao
mesmo tempo mecanismos de proteção ambiental, eqüidade social e eficiência econômica. O enfoque da Agenda leva em conta
estratégias para a geração de emprego e de renda, a diminuição de disparidades regionais, as mudanças nos padrões de
consumo e produção, a construção de cidades sustentáveis e a adoção de novos modelos de gestão. Considere o conhecimento
prévio dos alunos sobre os seguintes temas da Agenda 21:
a) Cidades Sustentáveis: gestão urbana (normas de respeito ao meio ambiente e à comunidade, ordenamento do solo urbano,
violência, segurança e cidadania, qualidade ambiental das cidades); planejamento e orçamento participativos; modelos para
atender as carências em habitação, saneamento e transporte urbano; migração campo/cidade; impactos da industrialização e dos
serviços, tais como o turismo, lazer, cultura e serviços modernos derivados das novas tecnologias.
b) Agricultura Sustentável: impactos da passagem de um modelo agrícola químico-mecânico para um modelo baseado
agroecologia e ecosilvicultura; agricultura familiar; reforma agrária e extensão rural.
d) Gestão dos Recursos Naturais: solos; águas; florestas (manejo sustentável e conservação); biodiversidade (bioproteção,
biotecnologia, conservação), fauna (caça e comércio ilegal); recuperação e proteção de ecossistemas degradados; controle da
poluição ambiental; extrativismo.
e) Redução das Desigualdades Sociais: formas de combate à pobreza; emprego e mercado de trabalho; redução das
disparidades na distribuição de renda; direitos humanos (indígenas, crianças e adolescentes, negros e deficientes);
universalização da cidadania;
Esta atividade é uma avaliação diagnóstica, inicial. Isso significa que é necessário estar atento e registrar as intervenções dos
alunos; suas perguntas curiosas, não para respondê-las de pronto, mas para tomá-las como referência essencial na organização
das trilhas de pesquisa que compõem a largada do desenvolvimento do tópico.
O que ensinar
•O etnoconhecimento e a etnodiversidade do povo brasileiro: importância dos saberes e fazeres (conquistas tecnológicas)
elaborados e acumulados por populações tradicionais em seus diversos campos, como a botânica, a medicina, a astronomia, a
filosofia e a literatura, bem como suas especificidades sociais e territoriais. Por se tratar de um patrimônio humano, artístico e
científico brasileiro é relevante conhecê-los e protegê-los com medidas eficazes de combate à biopirataria. Elas vivem em todos os
biomas brasileiros. São os povos indígenas, seringueiros, quilombolas, quebradeiras de coco, ribeirinhos e extrativistas.
• Políticas públicas nacionais de combate à pobreza e busca do desenvolvimento sustentado: avaliação do Programa Fome Zero
em escala local e análise do Programa Biodiesel como alternativa sustentável de fonte de energia.
• Entre as medidas de conservação dos ambientes naturais destaca-se a criação de reservas extrativistas. Nessa abordagem
colocar-se-á em questão a importância do manejo sustentável dos recursos florestais amazônicos e o Programa Nacional da
Biodiversidade e a biopirataria, ou seja, saque indevido das riquezas naturais, que movimenta por ano no mundo cerca de US$ 60
bilhões, segundo estimativas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Como ensinar
1. Revisão bibliográfica do tema: VIANA, Gilney et al (orgs). O desafio da sustentabilidade. São Paulo. Editora Fundação Perseu
Abramo.
2. Paradidáticos: MISSÃO TERRA: O resgate do planeta. São Paulo: Melhoramentos; PACHA MAMA: Missão Terra 2. Ações para
salvar o planeta São Paulo: Melhoramentos;
b) POPULAÇÕES TRADICIONAIS: www.socioambiental.org e obras de DIEGUES, Antonio Carlos, entre elas, “O mito moderno da
natureza intocada” São Paulo: Hucitec. Contato: http://www.usp.br/nupaub/
d) RESERVAS EXTRATIVISTAS:
•http://www.comciencia.br/entrevistas/almeida.htm
• Leitura de duas obras de referência que fundamentam a abordagem: MISSÃO TERRA: O resgate do planeta e PACHA MAMA:
Missão Terra 2. Ações para salvar o planeta. É a Agenda 21 elaborada por crianças e jovens. Ambas da Editora Melhoramentos.
• Organização de banco de dados sobre AGENDA 21. Por se tratar de um tema novo, os livros didáticos ainda não incorporaram
o tema ao seu temário de forma satisfatória. Daí, a importância da construção deste banco de dados. Textos diversos estão
disponíveis em páginas eletrônicas da Internet.
• Trilhas de pesquisa a partir das perguntas curiosas levantadas pela turma no momento da apresentação do tema e diagnose
acerca dos saberes e fazeres dos alunos; identificação de interfaces interdisciplinares;realização do tratamento da informação.
• Júri Simulado colocando-se em questão o que é social e economicamente mais vantajoso sob a ótica da sustentabilidade: as
reservas extrativistas ou a pecuária e a soja? O que estará em jogo é a descoberta, por eles, de que a floresta “de pé” e protegida
é uma fonte quase que inesgotável de bens, inclusive, a biodiversidade;
• Mesa Redonda para avaliação dos resultados em processo do Programa Fome Zero em nível local, com proposição de ações
estratégicas de políticas sustentáveis de inclusão social, emprego e geração de renda, moradia, lixo e água;
• Palestra seguida de debate sobre o Programa Nacional da Biodiversidade e ações estratégicas de combate à biopirataria em
nível local e nacional; visita de estudos a uma comunidade tradicional próxima ao espaço de vivência, planejando a coleta de
dados. O tratamento da informação, que inclui a análise dos dados coletados, registros diversos, e a organização e produção do
conhecimento escolar. Programe uma atividade de APRESENTAÇÃO.
Como avaliar
A avaliação formativa acompanha as aprendizagens, desde a diagnose dos conhecimentos dos alunos à produção do
conhecimento escolar. Sugere-se um documento intitulado Contribuições para a elaboração da AGENDA 21 do nosso município,
que deverá ser encaminhado aos setores competentes. O banco de itens disponibiliza várias atividades de verificação das
aprendizagens. A auto-avaliação é outro instrumento necessário ao acompanhamento do processo formador, bem como um
valioso instrumento de compromisso do aluno com seu auto-desenvolvimento.