Você está na página 1de 10

A terapia cognitivo-comportamental: bases

históricas e teóricas

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) foi desenvolvida, aprimorada e


extensamente difundida na Europa e nos Estados Unidos a partir da década de
1980. É caracterizada por ser estruturada, orientada para o momento presente,
direcionada à resolução de problemas e à modificação de pensamentos e compor-
tamentos disfuncionais. Achados clínicos conduzidos por meio de vários estudos
controlados, apoiam a eficácia desta forma de tratamento.
A Terapia Cognitivo-Comportamental teve como uma das suas predecessoras a
Terapia Comportamental, que se converteu em um movimento conhecido no
início da década de 1960. Ela, a terapia comportamental, é composta por diferentes
conceitos teóricos, estratégias e técnicas. Seu início foi sustentado por muitos
trabalhos, como os de Pavlov sobre o condicionamento clássico, os de Thorndike
sobre a aprendizagem e os de Skinner sobre o condicionamento operante.
(CABALLO, 1996)

Figura 3.1 - Thorndike and Ivan Pavlov. Disponível em: <https://www..amazon.com.FIvan -Pavlov-
Exploring-Mysteries-Behavior>. Acesso em: abr. 2018.

CAPÍTULO 3■
70
As variáveis externas, das quais o comportamento é função, dão margem ao que pode ser
chamado de análise causal ou funcional. Tentamos prever e controlar o comportamento de um
organismo individual. Esta é a nossa “variável dependente”- o efeito para o qual procuramos
causa. Nossas “variáveis independentes”- as causas do comportamento - são as condições
externas das quais o comportamento é função. Relações entre as duas - as “relações de causa
e efeito” no comportamento - são as leis de uma ciência. Uma síntese destas leis expressa em
termos quantitativos desenha um esboço inteligente do organismo como um sistema que se
comporta. (SKINNER, 1994)

H7 OBJETIVOS
• Compreender a origem da abordagem da TCC;
• Desenvolver a capacidade de discriminar entre o behaviorismo, a origeme os procedimentos teóricos
e práticos da abordagem da TCC;
• Entender as semelhanças e as diferenças entre behaviorismo e a TCC;
• Relacionar a ideia do comportamento condicionado ao pensamento condicionado.

Análise funcional como instrumento do terapeuta comportamental

SD ^ R ^ SR, em que: SD (antecedentes), R (resposta) e SR (consequências).

“Não considere nenhuma prática como imutável. Mude e esteja pronto a


mudar novamente. Não aceite verdade eterna. Experimente.”
B. F. Skinner. Disponível em: <https://s-media-cache-.
pinimg.com/originalsc.jpg>. Acesso em: abr. 2018

A ideia central da Terapia Comportamental é o de que


os comportamentos são aprendidos e podem ser
desencadeados por estímulos internos e externos associados a eles. Essa abordagem
tem como meta auxiliar o indivíduo a modificar a relação entre a situação que está
associada ao comportamento “desadaptativo” e sua reação emocional
desencadeando-se consequentes à circunstância do evento estressor, portanto
procura essa modificação do comportamento inadequado
mediante a aprendizagem de uma nova modalidade de reação. Essa nova
aprendizagem é conseguida por meio do uso de técnicas apropriadas a cada caso,
com as quais o terapeuta irá lidar, dependendo da aprovação de cada uma delas
segundo a inadequação apresentada.
Conforme cita Caballo (1996, p.11), Kazdin (1978) destacou que as carac-
terísticas mais importantes da Terapia Comportamental respondem ao olhar do
técnico dando:
1. Ênfase nos determinantes atuais do comportamento, em vez dos deter-
minantes históricos;
2. Ênfase na mudança do comportamento manifesto (aquilo que é visto,
ou se apresenta) como o principal critério pelo qual se avalia o tratamento;
3. Ênfase à especificação (objetivação) do tratamento em termos objetivos,
de modo que seja possível a réplica do mesmo;
4. Ênfase na confiança da investigação básica em psicologia, com o obje-
tivo de gerar hipóteses gerais sobre o tratamento e as técnicas terapêuticas
específicas;
5. Ênfase naquilo que é específico nas definições e explicações do trata-
mento e de seu controle e medição dos resultados.

Mais recentemente, a Terapia Comportamental passou a considerar a com-


binação de procedimentos verbais e de ação, enfatizando ainda os determinantes
atuais, embora de maneira alguma descarte os determinantes históricos. Assim ela
também foca a solução de problemas, a construção científica e as investigações de
laboratório.
Você deve saber que ela se constitui em uma abordagem que se aplica a todas
as classes de transtornos, de situações ou lugares, mas não se pode considerar, de
maneira alguma, que ela seja tida como um remédio total. (CABALLO, 1996)

O modelo de Albert Ellis

Para que você, discente, compreenda o modelo terapêutico do TER (Terapia


Racional Emotiva) criada por Albert Ellis é preciso que você parta do entendimen-
to do que ele usa para sua tese de que “a perturbação emocional não é criada pelas
situações, mas pelas interpretações dessas situações.” (EPICTETO, séc. I d.C.)
EF CURIOSIDADE
Epicteto, nascido escravo e só liberto depois de adulto, foi uma das vozes mais influentes da
filosofia da Antiguidade. Ele viveu nos primórdios da era cristã, de 40 a 125 a.C. Para ele, o passo

CAPÍTULO 3■
72
básico da vida feliz é aceitar as coisas como elas são. Revoltar-se contra os fatos não altera os fatos, e
ainda traz uma dose de tormento desnecessária. “Não se deve pedir que os acontecimentos ocorram
como você quer, mas deve-se querê-los como ocorrem: assim sua vida será feliz”.
Disponível em:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/aceitar-os-
<
fatos-e-um -passo-essencial-para-a-felicidade/>. Acesso em:
abr. 2018.

Voltando à tese de Albert Ellis, a sua Terapia Racional Emotiva (TER) tem base
na ideia de que tanto as emoções como os comportamentos são produtos das
crenças de um indivíduo, ou seja, do modo como ele interpreta a realidade. Sua
meta, como terapeuta, é o de ajudar seu paciente na identificação de seus pensa-
mentos irracionais, também chamados de disfuncionais e substituí-los por outros
mais racionais e efetivos, que lhe permitam atingir suas metas.
Ellis desenvolve um esquema chamado por ele de ABC, em que A é a situação,
B o sistema de crenças, valores e princípios e C as consequências. Por meio des se
esquema, utilizado pelo TER (Terapia Racional Emotiva), parte do princípio de que
a compreensão dos problemas emocionais e as intervenções terapêuticas adotadas
estão pautadas na forma de pensar do indivíduo e nas crenças que serão
desenvolvidas sobre si mesmo, sobre as outras pessoas e do mundo em geral. Se
estas crenças forem ilógicas, portanto pouco empíricas, elas dificultarão atingir as
metas, sendo, portanto, chamadas de irracionais. Porém, se ao contrário elas
promovem o adequado, são chamadas de racionais.
raciocínio

SISTEMA ABC
i A = situação

SISTEMA ABC
i B = sistema de crenças e valores

SISTEMA ABC C = os resultados ou consequências

O funcionamento deste esquema ABC mostra que não são os eventos no pon to
A (situação) que causam a reação no ponto C (local das consequências), mas sim são
responsáveis os pensamentos que surgem no ponto B (como o conjunto de sistema
de crenças, valores e princípios) gerados a partir do que ocorre em A, ou seja, os

CAPÍTULO 3■
73
indivíduos não são perturbados pelos fatos, mas sim pelas suas próprias opiniões
acerca deles. Sendo assim, com base nas avaliações das situações que o indivíduo
realiza sobre si mesmo, este pode estabelecer distorções cognitivas.

^ CONCEITO
As distorções cognitivas são basicamente maneiras erradas de processar uma informação, ou
seja, interpretações erradas do que ocorre ao nosso redor, gerando múltiplas consequências negativas.
https://amenteemaravilhosa.com.br/distorcoes-
Disponível em: <
cognitivas >. Acesso
em: abr. 2018.

As distorções cognitivas mais frequentes são:


PENSAMENTO O pensamento que define as situações nas alternativas do é “tudo
DICOTÔMICO ou nada”

PENSAMENTO O pensamento que busca adivinhar o futuro


ADIVINHATÓRIO
NEGATIVIDADE O pensamento que tende a se centrar no negativo

DESQUALIFICAÇÃO O pensamento que tende a desqualificar o positivo

DESVALORIZAÇÃO O pensamento de visar minimizar (diminuir) os fatos


RACIOCÍNIO
EMOCIONAL O pensamento tomado pelo raciocínio emocional

ROTULAÇÃO O pensamento que busca rotular e supergeneralizar fatos

O pensamento que procura personalizar, trazer para si mesmo,


PERSONIFICAÇÃO tudo o que acontece

Além desses pensamentos ilógicos descritos anteriormente, deve-se ainda ex-


plorar o “catastrofismo” (“tudo sairá errado, será um desastre”), os “não posso-su-
portar” (é muito pesado pra mim”) e as “condenações” (“sou culpado, vou ter que
responder a isso; ou porque não fiz assim, por exemplo”) que são provenientes da
questão “devo” (ou da “tirania do dever”).

CAPÍTULO 3■
74
Quando se processam mudanças em B, no modelo ABC, por meio da utilização
da refutação ou da contraposição cognitiva dos componentes presentes em B, as
distorções tenderão a ser corrigidas, dando-se então a substituição de crenças
irracionais por crenças racionais e eficazes. A exploração da conexão de B ^ C (B
que provoca um resultado em C) por meio da uma nova interpretação, a partir do
entendimento da consequência, facilita uma mudança cognitiva.

O modelo de Aaron Beck

O primeiro trabalho que Aaron Beck desenvolveu foi a Terapia Cognitiva da


Depressão. A partir daí o modelo evoluiu e tem sido aplicado ao tratamento de
todas as síndromes clínicas, em todas as idades e utilizada em uma variedade de
contextos. Seu modelo traz a seguinte tese: importantes estruturas cognitivas estão
categórica e hierarquicamente organizadas. As principais teorias contemporâneas
da estrutura e desenvolvimento cognitivos estão coerentes com essa formulação.
A principal colocação e a mais básica do modelo da Terapia Cognitiva é de que
são as categorias atributivas (as qualificações) as que constituem a principal fonte
de afeto e conduta disfuncionais em adultos, em vez de categorias motivacionais ou
de resposta. Isso quer dizer que a maneira como uma pessoa avalia uma situação
geralmente se apresentam as suas cognições, isto é, em pensamentos e imagens
visuais de cada sujeito. As cognições como circunstâncias verbais ou pictóricas têm
base em atitudes ou suposições desenvolvidas a partir de experiências prévias. O
paciente aprende a dominar problemas e situações anteriormente considerados
insuperáveis, por meio da reavaliação e correção de seu pensamento. A abordagem
cognitivista consiste em experiências de aprendizagem destinadas a ensinar ao pa-
ciente as seguintes operações:
1. Observar e controlar seus pensamentos negativos automáticos;
2. Reconhecer os vínculos entre: cognição, afeto e comportamento;
3. Examinar as evidências a favor e contra seus pensamentos automáticos
distorcidos;
4. Substituir as cognições tendenciosas por interpretações mais orientadas
para a realidade;
5. Aprender a identificar e alterar as crenças disfuncionais que o predis-
põem a distorcer suas experiências;
6. Estabelecer consigo processos de autoquestionamento.

CAPÍTULO 3■
75
^ CONCEITO
Por pensamentos automáticos você deve entender aquelas ideias que brotam em sua mente
sem que haja nenhuma reflexão ou deliberação acerca das mesmas. Costumam ser considerados
como verdades incontestáveis para quem os têm, mesmo antes de qualquer avaliação.

Continuando por essa abordagem, se entende que as alterações no conteúdo de


estruturas, ocultas da própria pessoa, afetam seu estado afetivo e seus padrões
comportamentais. Também se afirma que quase toda experiência pode propor-
cionar a oportunidade para um experimento relevante e pode corrigir as visões e
crenças distorcidas do paciente. Por meio da terapia, o paciente pode tomar
conhecimento de suas distorções cognitivas. E a correção desses constructos dis-
funcionais falhos pode levar à melhora clínica.

Se nossos pensamentos forem simples e claros, estaremos melhor preparados para alcançar
nossos objetivos.

Aaron Beck. Disponível em: < https://s3.amazonaws.com/ebah-static/jpg >.


Acesso em: abr. 2018.

Segundo Aaron Beck, a depressão apresenta um modelo cognitivo, e este é


causado pelos seguintes elementos que ele chamou de substratos da depressão. São
três conceitos específicos usados para explicar o substrato psicológico da depressão:
TRÍADE
Desamor, desvalor, desamparo.
COGNITIVA
É uma estrutura mental que representa algum aspecto do mundo e
são usados para organizar o conhecimento atual e providenciar uma base
ESQUEMAS para compreensão futura. Têm-se como modelos os estereótipos, papel
social, visão de mundo.

ERROS São os processamentos defeituosos da informação segundo os es


COGNITIVOS quemas de valor desenvolvidos pelo sujeito.

A tríade cognitiva é composta por três tipos de pensamentos decorrentes de


erros cognitivos, frutos de esquemas desenvolvidos no sujeito:
• O paciente crê que “por causa” dos seus supostos defeitos é indesejável e sem
valor. Tende a subestimar e criticar a si mesmo. Acredita não ter os atributos que
considera essenciais à obtenção da felicidade e do contentamento, erro cognitivo
desencadeado pelo esquema do desamor.

CAPÍTULO 3■
76
• O paciente percebe o mundo como lhe fazendo solicitações absurdas, ou lhe
colocando em obstáculos insuperáveis para atingir de seus objetivos de vida.
Interpreta mal suas interações com seu meio circundante, sendo este um outro erro
cognitivo. Tem demonstrações de derrota ou privação, esquecendo-se das in-
terpretações alternativas mais plausíveis, decorrente do esquema de desvalorização.
• O paciente, quando faz projeções a longo prazo, antecipa que suas dificul-
dades ou sofrimentos presentes se prolongarão indefinidamente, prevê sofrimentos,
frustrações e privações incessantes, outro erro cognitivo. Quando considera a
possibilidade de encarregar-se de uma tarefa específica no futuro próximo, espera
falhar, fruto do esquema de desamparo.

Os sinais e sintomas típicos da depressão são consequências da ativação destes


padrões cognitivistas negativistas. O modelo cognitivo pode explicar estes sintomas
da depressão como resultado da crença do paciente de estar condenado ao fracasso
em todos os seus esforços. Uma visão negativista do futuro (um sentimento de
inutilidade) pode levar a “inibições psicomotoras.”.

O modelo de Jeffrey Young

De acordo com o ponto de vista que enfatiza o componente cognitivo da per-


sonalidade, a visão de J. Young tem como uma de suas possíveis origens a herança
filogenética do indivíduo e, portanto, de sua espécie. Isso significa que as estraté-
gias “geneticamente” determinadas, as quais poderiam facilitar a sobrevivência e a
reprodução seriam, presumivelmente, favorecidas pelo processo de seleção natural.
Essas estratégias dependem, entre outros fatores, da avaliação que o indivíduo
realiza acerca das demandas de uma situação, que precede e desencadeia uma
estratégia específica, seja ela adaptativa ou não. Além disso, a maneira pela qual
esta avaliação se configura vai depender, em grande parte, de crenças que são im-
portantes para o indivíduo, com as quais ele se identifica. E essas crenças se encon-
tram, por sua vez, inseridas em outras estruturas cognitivas relativamente estáveis,
denominadas “esquemas”, cujas funções são selecionar e sintetizar as experiências
do indivíduo e desencadear uma excitação afetiva. De acordo com Beck (2005):

(...) ao atribuir significado a eventos, as estruturas cognitivas iniciam uma reação em cadeia
que culmina nos comportamentos manifestos (estratégias) que são atribuídos aos traços de
personalidade. Padrões comportamentais a que comumente atribuímos a traços ou
disposições de personalidade representam, consequentemente, estratégias interpessoais
desenvolvidas a partir da interação entre disposições inatas e influências ambientais. (2005, p.
31)

CAPÍTULO 3■
77
Para Jeffrey Young, assim como já o era para Aaron Beck, o conceito de es-
quema é central e se refere a uma estrutura cognitiva básica, fundamental da per-
sonalidade, cujo conteúdo é composto por dados fornecidos pela experiência do
indivíduo, junto com seus aspectos constitucionais, e se referem aos fatores mais
importantes que ele desenvolve, os quais norteiam a sua compreensão de si mesmo,
do mundo e de suas vivências. Tais esquemas, ao serem construídos ao longo da
vida, tendem a nortear não somente a avaliação cognitiva, como também as reações
emocionais e estratégias comportamentais manifestadas pela pessoa no seu
cotidiano. Nesse sentido, os chamados traços de personalidade poderiam ser
considerados a expressão manifesta dos esquemas cognitivos. Citando Beck nova-
mente, ele afirma:

A personalidade pode ser conceitualizada como uma organização relativamente está vel,
composta por sistemas e modos. Sistemas de estruturas interligadas (esquemas) são
responsáveis pela sequência que se estende da recepção de um estímulo até o ponto final de
uma resposta comportamental. (2005, p. 39)

Seguindo uma linha de raciocínio semelhante, Young (2003) propõe que os


esquemas sejam entendidos como apresentando temas que modelam as interpre-
tações que o indivíduo faz de suas experiências. Eles resultam de características
inatas mais as experiências vividas pelas pessoas em seus primeiros anos de vida.
Assim, os esquemas são construídos a partir das experiências da criança com os
membros de sua família e, posteriormente, com outras crianças e adultos. Dessa
forma, a noção de esquema implica a consideração da forma como a criança lida
com as suas “tarefas e desenvolvimentos primários” (tarefas com que ela se depara
ao longo do seu desenvolvimento) que, posteriormente, se transformam nos
chamados “domínios básicos dos esquemas”, ou seja, os temas dos primeiros es -
quemas que apresentam uma relação direta com as tarefas citadas anteriormente,
que são:

CAPÍTULO 3■
78
Refere-se à noção de ser amado e aceito pelos outros. É
DESCONEXÃO - REJEIÇÃO desenvolvida a partir da experiência de cuidados parentais
seguros.

AUTONOMIA - Refere-se à noção da capacidade de poder funcionar de forma


DESEMPENHO autônoma. É desenvolvida a partir do estímulo dos pais da

PREJUDICADO independência.

LIMITES Refere-se à noção de ter a capacidade de se controlar, levando


em conta as limitações da realidade e as necessidades dos
PREJUDICADOS outros.

Refere-se à capacidade de expressar as próprias necessidades


ORIENTAÇÃO PARA O e afetos sem medo. Para isso, a criança precisa ser encorajada
OUTRO desde muito cedo pelos pais, sem que esta sua expressão seja
punida com a retirada do afeto ou atenção.

Complementa o domínio anterior, no sentido de a pessoa poder


SUPERVIGILÂNCIA E
se expressar sem pensar que pode estar cometendo um erro
INIBIÇÃO ou uma falha.

Além dos domínios do esquema, o autor propõe também que estes, ao serem
ativados, levam ao surgimento de estratégias cognitivas e comportamentais que
atuam no sentido de fazer a pessoa estruturar sua vida, seus relacionamentos e sua
forma de interpretar o que lhe acontece de maneira rígida e, portanto, pouco
adaptativa e saudável. Estas estratégias são:
a) Estratégias de manutenção do esquema: reforçam o esquema, manten-
do-o intacto e atuante.
b) Estratégias de evitação do esquema: evitam ativar o esquema, protegen-
do a pessoa de entrar em contato com o mesmo.
c) Estratégias de compensação do esquema: implicam, aparentemente,
estilos (cognitivos ou comportamentais) opostos ao esquema ativado, de
forma que a pessoa novamente não se dá conta da existência do esquema.

CAPÍTULO 3■
79

Você também pode gostar