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Pós-graduação em Educação

Financeira - Metodologia DSOP EaD

Disciplina
Mudança de Hábitos Financeiros

Fábio Fusco

Outubro/2020

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SUMÁRIO

Introdução ........................................................................................................................... 03
Conteúdo da disciplina ...................................................................................................... 07

Módulo 1 - Autoconhecimento e o Estado de Fluxo ....................................................... 08

1.1. O que é autoconhecimento? ............................................................................. 08


1.2. Autoconhecimento – se autoconhecendo ....................................................... 09
1.3. Estado de Fluxo ................................................................................................. 10

Módulo 2 - Como um hábito é formado. Os sete hábitos das pessoas eficazes ......... 12

2.1. O Que São Hábitos? .......................................................................................... 12


2.2. Hábitos x Paradigmas ........................................................................................ 17
2.3. Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes ......................................... 20
2.4. Os caminhos para mudar de hábito ................................................................. 30

Módulo 3 - Os hábitos de poupar e investir. Por que erramos tanto ao decidir?


Como decidir melhor ...................................................................................... 35
3.1. Tornando-se um investidor rumo a Independência Financeira ..................... 35
3.2. Por que erramos tanto ao decidir? ................................................................... 37
3.3. Como decidir melhor ......................................................................................... 38

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Mudança de Hábitos Financeiros
Introdução
A palavra "hábito" vem de uma palavra latina que significa ter ou possuir. É, no seu sentido
mais geral, a propriedade de conservar as modificações recebidas.
É necessário, porém, precisar a natureza do hábito. Ela não se reduz absolutamente à inércia
e à passividade. O hábito tem por fim dar-nos maior facilidade de agir. É o que queremos
dizer quando nos desculpamos de não ser bem sucedidos num trabalho novo, com palavras
deste gênero; "Eu não estou habituado". O hábito pode ser então definido, no sentido próprio,
como uma aptidão adquirida, para reproduzir certos atos com tanto mais facilidade quanto
mais tenham sido executados.
Hábito e costume — O hábito não deve ser confundido com o costume. Sabe-se que os
seres vivos são capazes de se acomodar, até certo ponto, ao meio e às circunstâncias em
que vivem, tais como clima, temperatura, alimentação e outros. São esses fenômenos de
adaptação passiva, muitas vezes chamados de hábitos passivos, que se dá o nome de
costume.
O costume não é ainda o hábito propriamente dito. Ele cria a capacidade e permite ao ser
vivo adaptar-se às circunstâncias.
Automatismo e dinamismo do hábito - o hábito é dinâmico e também automático. Nos é
familiar o desenvolvimento mecânico de um ato habitual em que, a partir de um sinal dado,
todos os movimentos se encadeiam sem parar, e por si mesmos, do principio ao fim. A
consciência não apenas não tem por que intervir, mas ainda, o mais das vezes, na intervenção
corre o risco de perturbar o desenvolvimento do ato habitual. Deste ponto-de-vista, o hábito
será definido como um impulso automático para continuar até o fim um ato ou um conjunto
de atos a partir do sinal que os desencadeou.
Assim, o hábito é, ao mesmo tempo, automatismo e dinamismo. O automatismo é o meio de
que dispõe a natureza para realizar ato mecânico para dele se libertar.
Espécies do hábito - Os hábitos são categorizados em três grandes classes, que são:
• os hábitos intelectuais, que interferem nas faculdades de conhecimento;
• os hábitos motores, que são aptidões a executar, por meio de mecanismos
adquiridos pelo exercício e desenvolvendo-se de uma, forma automática atos mais ou
menos complexos;
• os hábitos morais, que interferem na vontade (as virtudes e os vícios).

Finalidade do hábito - o hábito é condição da continuidade o de progresso.


a) Continuidade. O hábito dá à nossa vida uma coesão pela qual os atos que realizamos
formam, não um conjunto de episódios isolados na nossa existência, mas uma trama cerrada
e contínua em que o presente se liga ao passado e prepara o futuro. Uma vez
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formados, os hábitos se desenvolvem por seu próprio exercício, e permitem conservar os
frutos dos esforços anteriores. É por isso que a vida adquire essa unidade e essa continuidade
que dela fazem uma espécie de obra de arte, em que todos os elementos estão solidários e
se organizam em torno de uma ideia central.
b) Progresso. Pelo hábito, por um lado, os resultados adquiridos são mantidos e acrescidos.
O pianista que possui a necessária habilidade manual pode, a partir daí, aprender
indefinidamente novos trechos. — Por outro lado, o hábito é uma função de economia: reduz
ao mínimo o dispêndio de esforço exigido pela ação. É assim que o mecanismo da escrita,
exercendo-se por assim dizei "sozinho", permite aplicar inteiramente a atenção às ideias que
se quer exprimir por escrito. — Enfim, o hábito se torna criador quando acrescenta às aptidões
naturais modos novos de exercício, técnicas novas que, dotando o ser vivo de habilidade
original, abrem à sua atividade perspectivas de desenvolvimento infinito.

Efeitos dos hábitos


a) O hábito reforça os órgãos e as faculdades. Desenvolve os órgãos, conferindo-lhes
força, resistência e agilidade. Ao contrário, a inatividade os atrofia. É nesta constatação que
se baseia a cultura física.
b) O hábito diminui a consciência. É bem o que exprime a linguagem corrente, para a qual
"agir por hábito" significa "agir maquinalmente". Se a atenção foi necessária para adquirir
hábitos, estes, uma vez formados, tendem a dispensar a atenção. Muitas vezes, a atenção
se torna uma fonte do erro, porque, fixando-se nos elementos de um conjunto, que funciona
como um todo, arrisca-se a separá-los e daí a desorganizar o sistema.
c) O hábito reforça as necessidades. Se o hábito não cria necessidades, propriamente, não
deixa de reforçar as tendências que o colocaram a seu serviço. Age, então, como uma
segunda natureza, enquanto que as tendências e os instintos que coloca em ação adquirem,
através dele, uma força cada vez maior e cada vez menos contrariada, até o ponto em que o
hábito pode tornar-se, por vezes, uma verdadeira tirania.
Formação e desaparecimento dos hábitos
Condições de formação dos hábitos. — O hábito depende, pora sua formação, de
condições biológicas, fisiológicas e psicológicas.
• Condições biológicas. o hábito é um meio de superar a natureza, acrescentando-lhe
algo novo. Mas essa própria superação está latente em nossa natureza, que se
submete às servidões da matéria, mas que é também espírito de liberdade: O hábito
é, assim, o efeito e o sinal da dualidade de nossa natureza, que é a um tempo corporal
e espiritual. Biologicamente, o hábito não tem outra condição que não seja a de
responder de alguma forma aos desígnios da natureza, o que significa que a natureza
apenas exclui os hábitos que a contrariam ou negam.

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• Condições fisiológicas - os elementos que compõem o hábito formam um todo
reproduzir, desde que a condição inicial (ou sinal) seja dada. É assim que a lição
aprendida de cor se desenrola por si mesma, desde que se possuam as primeiras
palavras. Inversamente, o bloco ou o sistema tenderá a se desagregar quando as
condições de sua execução estiverem modificadas. Assim, a recitação é bruscamente
interrompida, quando uma palavra é trocada. Fisiologicamente, a condição essencial
do hábito será, então, de um lado, a criação de vias nervosas, facilitando a passagem
do influxo nervoso (fenômeno do franqueio), — e, de outra parte, a agilidade e a
disciplina do sistema muscular (cada vez que se trate de hábitos motores). Invoca-se
muitas vezes também a repetição. Com efeito, esta se torna indispensável, desde que
se trate de vencer uma resistência orgânica. O número das repetições, como a solidez
do hábito, será por outro lado extremamente variável segundo as espécies e os
indivíduos. Mas, de qualquer forma, o hábito é ao menos esboçado desde o primeiro
ato, e, por vezes, este primeiro ato, completado por uma intensidade ou uma aplicação
extrema, pode gerar um hábito perfeitamente constituído.
• Condições psicológicas - Estas condições podem resumir-se na inteligência, que
toma consciência dos mecanismos exigidos pelo hábito e lhe compreende o sentido
exato, — e no interesse, que dirige a atenção. É a atenção que exerce o papel principal
na formação dos hábitos. É ela que escolhe os movimentos úteis e elimina os
movimentos inúteis, — que coordena os diversos movimentos entre si, — e intensifica
os atos terminados, concentrando-se inteiramente neles. Deste ponto-de-vista, as
experiências que se relacionam com as condições da aprendizagem são
particularmente interessantes. Todas elas mostram claramente o papel preponderante
que exercem os fatores conscientes no progresso da aprendizagem, a qual se resume
na aquisição de um sistema de hábitos.
Condições de desaparecimento — Os hábitos se adquirem e podem perder-se, mesmo os
mais inveterados. As leis de desaparecimento (ou desuso) são exatamente contrárias ás leis
da formação.
• A abstenção. A abstenção, ou não cumprimento dos atos habituais, pode admitir duas
formas, ou dois graus, sendo um a diminuição progressiva do número de atos
habituais, o outro a sua supressão radical repentina. Em qualquer dos casos, é a
vontade que deve intervir para inibir o efeito normal do sinal, e da mesma forma o
rompimento e o desdobramento dos movimentos, gestos ou palavras, que constituem
o mecanismo habitual. É o caso do fumante que, para vencer sua paixão, se abstém
de carregar consigo a carteira de cigarros, cujo contato no seu bolso determina
automaticamente (como um sinal) o gesto de apanhar um cigarro e de acendê-lo.
Pouco a pouco, quando o esforço de inibição se mantém (de qualquer forma que seja),
o hábito desaparece, por não ser exercido.

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• A desorganização. Observa-se por vezes que o hábito pode ser destruído por
substituição, quer dizer, pela aquisição de um novo hábito contrário ao que se quer
destruir. É certo que, na ordem natural, sobretudo, esse processo é dos mais eficazes,
pois dá um objetivo positivo à atividade. Mas isto se aplica muito mais à tendência
ou à paixão do que ao próprio hábito. Para vencê-lo, o meio mais eficaz, com a
abstenção, consiste em desorganizar o sistema por ele constituído.

Inconvenientes e perigos dos hábitos


O hábito tem o seu reverso: comporta certos inconvenientes e certos perigos, e muitos são
classificados como nefastos.
Todos nós temos algum mau hábito. Seja enrolar para sair da cama pela manhã, postergar a
leitura daquele livro, deixar para amanhã para malhar na academia, evitar marcar uma
consulta no médico, dentre muitos outros. E quando somos obrigados a fazer, a gente sabe
o trabalho que dá para mudar, mesmo aquelas coisinhas pequenas, mas que atrapalham a
vida. O que nem sempre temos em mente é a diferença que quebrar os maus hábitos pode
fazer na nossa vida.
A maioria das pessoas ainda é resistente a mudar hábitos e comportamentos, pois ficam
presas a um lugar chamado “Zona de Conforto”.

A vontade é permanecer na “Zona de Conforto”.


Muitas pessoas questionam:
“Por que mudar algo que estou acostumado a fazer e acho que sei fazer bem feito, para algo
que não sei fazer e não conheço?”
A resposta é bem simples: Porque se você não mudar seus hábitos e comportamentos para
a busca do crescimento, continuará a fazer sempre as mesmas coisas e ficará no mesmo
lugar. Não crescerá. Ficará estagnado.

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Os hábitos financeiros
Os maus hábitos financeiros são piores, porque trazem consequências em nossas finanças
pessoais e familiares. E estas consequências, geralmente, trazem muitos problemas sobre
os quais, não temos mais controle.
A Disciplina “Mudança de Hábitos Financeiros” tem como objetivo tratar deste assunto de
uma maneira muito prática, através de reflexões sobre o tema. Vamos abordar a importância
da mudança de paradigmas, para mudar os hábitos financeiros nocivos para hábitos
financeiros saudáveis. Estes nos trarão bem estar pessoal e o atingimento de resultados
desejados, como a realização de objetivos e sonhos.

Conteúdo da disciplina
A Disciplina “Mudança de Hábitos Financeiros” está estruturada em três módulos, os quais
são descritos:
a. Autoconhecimento e o Estado de Fluxo - Levar o aluno a entender a importância do
autoconhecimento e da prática da concentração para se dedicar a um foco específico
de seu interesse.
b. Como um hábito é formado. Os sete hábitos das pessoas eficazes - Conhecer as
estratégias para promover mudanças nos hábitos, adotar e praticar hábitos saudáveis
para a conquista de objetivos financeiros.
c. Os hábitos de poupar e investir. Por que erramos tanto ao decidir? Como decidir
melhor. Praticar os hábitos de poupar e investir, evitando os principais erros dos
investidores iniciantes.

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Módulo 1 - Autoconhecimento e o Estado de Fluxo
1.1. O que é autoconhecimento?
Não há uma definição fixa para autoconhecimento. O autoconhecimento proporciona a
descoberta do que gostamos de fazer e aquilo que temos mais aptidão, nos traz mais
segurança, melhora a traz realização pessoal.
Por isso nós, às vezes, trocamos de emprego para ganhar mais achando que ganhar mais é
a solução, mudamos de cidade achando que o problema é onde estamos ou entramos em
relacionamentos por achar que a outra pessoa vai trazer aquilo que falta em nós.
Outras vezes trocamos de carro, comprando um modelo importado, de luxo, esperando ser
reconhecido como importante e não atingimos o objetivo.
O resultado dessas ações trás, geralmente, infelicidade. Mais cedo ou mais tarde você
percebe que tudo o que espera encontrar nas coisas externas e nas outras pessoas não é
capaz de satisfazer aquilo que falta em você. Por isso podemos afirmar que a busca deve ser
interna. Autoconhecimento. Como a própria palavra diz, é conhecer-se a si mesmo. Quem é
você?
Vamos praticar seis ações para melhorar seu nível de autoconhecimento. Lembrando que
isso só funciona se colocado em prática. É preciso prática e comprometimento.
a) Aprenda a se questionar.
Ao invés de procurar conselhos ou respostas externas, comece a se perguntar. Ao invés de
querer apenas "desabafar" com outras pessoas e ouvir consolos ou ouvir coisas que não
quer, aprenda a se fazer perguntas. Questione todas as coisas que julga serem verdades
absolutas até agora.
Existe até uma frase que diz "aquele que faz perguntas, não pode evitar as respostas".
b) Faça coisas diferentes.
Estude coisas diferentes. Uma das formas de se fazer o que se gosta e se conhecer melhor,
é fazendo várias coisas. Estudar várias coisas diferentes também vai te levar a perceber
aqueles assuntos que acha mais interessante.
c) Livre-se de qualquer tipo de julgamento e faça-se uma pergunta:
"o que eu faria se não precisasse de dinheiro?" Imagine que não houvesse nenhum tipo de
restrição de nada na sua vida. O que você faria? Essa pergunta pode te conectar ao que você
tem de missão na vida, pois vai te conectar ao que você gosta no nível mais profundo. A partir
da resposta dessa pergunta, que pode ser a resposta aparentemente mais impossível que
existe, você começa a transformar em objetivo, analisando a viabilidade e as possibilidades.

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d) Escreva sempre o máximo que puder.
Coloque em um papel todas essas informações e mais. Defina-se: qual o seu nome? Quantos
anos? Qual a sua profissão? Você é pai ou mãe? Você é irmão/irmã? Como você se definiria?
Pergunte a três pessoas próximas a você três palavras que elas usariam para definir quem é
você.
Pergunte a pessoas próximas a você: o que você me chamaria para fazer caso precisasse de
mim? O que você não me chamaria para fazer? Assim você vai ter uma ideia da perspectiva
do outro em relação a você.
e) Perceba seu Ambiente:
Além de se conhecer, você precisa conhecer também o ambiente onde vive. Isso inclui seu
ambiente de trabalho, seu ambiente familiar e seu ambiente social. Analise como que cada
um deles influencia sua vida. Como eles facilitam ou atrapalham sua forma de viver? Por
exemplo: se você é uma pessoa tranquila, irá sofrer mais se tem um trabalho agitado, ou uma
família ou amigos muito agitados. Da mesma forma que uma pessoa mais agitada irá sofrer
se tiver que viver em ambientes muito tranquilos.
f) Analise seus Pontos Fortes e seus Pontos Fracos:
Pegue um papel e escreva nele tudo o que você já fez na vida e acha que fez muito bem, ou
que você faz hoje. Esses são seus pontos fortes. Você poderia aproveitá-los de alguma forma
que não vem fazendo hoje?
Depois anote tudo aquilo que você tem dificuldade de fazer hoje ou que já teve um dia e ainda
não superou. Esses são seus pontos fracos. Como eles te afetam? Como eles te atrapalham
em sua vida profissional ou pessoal? Qual deles se você superasse traria maiores resultados
para sua vida hoje?
Identifique seu pior ponto fraco e trabalhe em cima dele, através do desenvolvimento pessoal.

1.2. Autoconhecimento – se autoconhecendo


Para complementar seus conhecimentos sobre autoconhecimento, leia o e-book “7 passos
para o Autoconhecimento - Informação, consciência e transformação”, de Heloísa Capelas,
disponível em “Materiais de Estudo”

Outra sugestão que faço é responder o questionário “Questionário de Autoconhecimento”. As


respostas são pessoais e, muitas vezes, íntimas. Não é necessário entregar para avaliação.
Responda da forma mais sincera possível, mesmo que seja politicamente incorreto. Reserve
um tempo em que você esteja só e com a consciência tranquila. Responda as questões e
medite a respeito de suas respostas. Você conseguirá descobrir características pessoais que
não conhecia

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1.3. Estado de Fluxo
O que é o estado Flow, ou de Fluxo?
O estado Flow, ou de Fluxo, é um estado emocional positivo. Ao experimentar esse estado,
a pessoa se encontra totalmente absorta em uma atividade de seu próprio prazer, na qual o
tempo voa, e as ações, pensamentos e movimentos acontecem um atrás do outro, sem
sequer parar para planejá-los.
Geralmente a pessoa entra no Estado de Flow / Estado de Fluxo quando ela está fazendo
aquilo que ela mais gosta de fazer. Pessoas entram em fluxo dançando, cantando, correndo,
praticando esportes, desenhando, pintando, escrevendo, meditando e até trabalhando.
Quando você faz aquilo que mais gosta de fazer, você tem mais motivação, se concentra com
mais facilidade e fica tão profundamente envolvido e absorvido na atividade que nem percebe
o tempo passar. Naquele momento, você não pensa em mais nada, não pensa nos problemas
que ocorreram antes, nem no que terá de fazer depois, fica inteiramente focado no presente
– no aqui e no agora.
O conceito de Flow foi desenvolvido na década de 70 pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi,
PhD e professor da Universidade de Chicago, para designar as experiências ótimas de fluxo
na consciência.
Quando acontece?
O Estado de Flow acontece quando as capacidades e habilidades com as quais contamos se
encontram em equilíbrio com os objetivos e desafios que a atividade apresenta. As metas, no
entanto, serão realistas quando nos encontrarmos em harmonia com nossas próprias
habilidades, e a tarefa não será mais fácil, nem mais difícil.
Podemos experimentar este estado emocional positivo ao realizar qualquer tipo de atividade,
como por exemplo, a pintura, a escrita, praticando algum esporte, ou conversando com
alguém.
Esta felicidade pode ser experimentada por qualquer pessoa, sempre e quando se reúnam
os requisitos explicados anteriormente, relacionados com a manutenção do equilíbrio entre
as habilidades e a complexidade da atividade. No entanto, é importante encontrar ou detectar
aquelas atividades que nos permitam experimentar o estado Flow em nossas vidas, já que
serão elas as que nos permitirão a excelência, assim como a satisfação de dar um maior
sentido e valor a vida.
Quais são as características deste estado?
• Diminuição da autoconsciência;
• Equilíbrio entre o desafio e as habilidades da pessoa;
• União da ação e do pensamento;
• Eliminação do medo do fracasso;

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• Sensação contínua de prazer diante da realização da atividade;
• A atividade é o objetivo por si só;
• Faz-se o que quer com segurança;
• Distorção do tempo;
• Eliminação das distrações.

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Módulo 2 - Como um hábito é formado. Os sete hábitos das pessoas eficazes
2.1. O Que São Hábitos?
Muitas ações que você realiza são impensadas, não necessitam de um raciocínio ou um
planejamento prévio. Tenho certeza que você não precisa pensar para encontrar o banheiro
na sua casa. Da mesma forma, você não precisa pensar sobre onde está a geladeira quando
fica com fome, ou sobre qual o caminho que faz todos os dias para o seu trabalho.
Você também não precisa parar para pensar sobre o que deve fazer quando o semáforo fica
vermelho, ou sobre qual pé deve calçar primeiro, ou como desbloquear seu celular.
O motivo pelo qual isso acontece é que todas essas pequenas atividades que fazemos ao
longo do dia são hábitos.
Em outras palavras, todos nós executamos algumas atividades automaticamente, sem parar
para pensar, por pura força do hábito.
De acordo com pesquisadores, hábitos correspondem a pelo menos 40% dos nossos
comportamentos. Dessa forma, podemos falar que nossa vida, essencialmente, é a soma dos
nossos hábitos.
Como está sua forma física? É resultado dos seus hábitos. Você de sente feliz ou infeliz?
Resultado dos seus hábitos.
O que repetidamente fazemos, em última análise, se torna a pessoa que somos, as coisas
que acreditamos e a personalidade que aparentamos.
Esse processo, no qual o cérebro converte uma série de ações em uma rotina automática
padrão é a base da formação de hábitos. Segundo os cientistas, ele é um dos principais
mecanismos utilizados pelo cérebro para economizar esforço e energia.
Através deles, precisamos pensar menos a respeito de comportamentos básicos, como
andar, comer e dirigir, dentre outros. Esta característica é uma grande vantagem evolutiva,
porque através desse processo, podemos nos dedicar menos a tarefas cotidianas, e focar
mais nas tarefas cognitivamente exigentes, como inventar lanças, sistemas de irrigação,
aviões e até mesmo os vídeos games.
Como Hábitos Funcionam?
Em primeiro lugar, vem o gatilho, capaz de disparar o comportamento. Ele é o responsável
por avisar o cérebro de que um comportamento automático, ou um hábito, pode começar.
Em segundo lugar, existe a rotina, a qual pode ser um processo físico, mental ou emocional.
Por último, temos a recompensa, a qual ajuda o cérebro a formar um ciclo. Caso a
recompensa seja instantaneamente boa, você sentirá o desejo de repetir a mesma ação
várias vezes. Caso seja instantaneamente ruim, você desenvolverá maior resistência à
execução do comportamento.
Dessa forma, podemos resumir a criação de hábitos como o ciclo de repetição entre um
gatilho, que através de um comportamento, leva sempre a uma boa recompensa.
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Os 5 Tipos de Gatilhos
O gatilho é uma das partes mais importantes na formação de hábitos, já que é ele quem avisa
seu cérebro qual padrão automático deve iniciar a cada momento. Importante discutir os 5
tipos de gatilhos que nossa cabeça comumente utiliza. São eles:

1) Horário - Existem hábitos que seguem sempre uma mesma rotina de horários. Você
provavelmente almoça todos os dias aproximadamente no mesmo horário e prefere tomar
banho sempre de manhã, ou talvez sempre a noite, não é mesmo?
2) Lugar - Alguns outros hábitos são puramente dependentes do ambiente em que você se
encontra. Por exemplo, algumas pessoas não conseguem utilizar o banheiro quando estão
fora de casa. Da mesma forma, algumas pessoas apenas sentem fome quando chegam em
casa depois do trabalho.
3) Sentimento Particular - Sentimentos particulares também são utilizados como gatilhos
em diversas situações. Hoje em dia, é muito comum as pessoas abrirem a geladeira quando
estão ansiosas, ou navegarem pelas redes sociais quando se sentem entediadas.
4) Presença de Certas Pessoas - Por acaso você conhece alguém que só de lembrar já te
deixa irritado? Ou talvez você já parou para pensar que acaba comendo mais quando está na
presença de algumas pessoas, como a sua mãe ou a sua avó?
5) Comportamento Anterior – Todos os hábitos podem ser disparados por nossos
comportamentos anteriores. Existem pessoas que escovam os dentes sempre depois do
banho. Outras, arrumam a cama assim que acordam. Outras pessoas que abrem o e-mail
assim que chegam no escritório.

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Hábitos Angulares
No livro “O Poder do Hábito”, o autor Charles Duhigg traz o conceito de hábitos angulares.
Esses são hábitos que muitas vezes são pequenos, mas que possuem uma imensa
capacidade de mudar a visão que temos de nós mesmos.
Por exemplo, o autor coloca que diversas pessoas possuem maior facilidade para mudar a
alimentação depois que começam a se exercitar. Não só isso, mas elas tendem a se tornar
mais produtivas no trabalho, fumam menos e demonstram mais paciência com amigos e
colegas. Elas também usam seus cartões de crédito com menos frequência e reportam se
sentir menos estressadas.
Como Identificar seus Hábitos Angulares?
Uma hipótese que vem crescendo cada vez mais na literatura científica é a de que hábitos
angulares estão necessariamente vinculados a um elemento emocional. Dessa forma, se
você é uma pessoa que já pratica exercícios há anos, e está confortável com sua forma física,
então o exercício físico provavelmente não será um hábito angular para você.
Contudo, se você passou a maior parte da sua vida sem praticar exercícios, então começar
a se exercitar é algo um pouco assustador para você.
Formação de hábitos a partir do “zero”.

Passo 1: Identifique seu Hábito Angular


Como primeiro passo, precisamos identificar qual é o hábito que no momento atual possui
maiores chances de alavancar nossos resultados.
Dessa forma, inicie o processo refletindo por algum tempo sobre uma atividade ou
comportamento que você tem medo de passar vergonha fazendo. Um hábito que talvez você
esteja procrastinando a algum tempo, e que poderia mudar consideravelmente a sua
qualidade de vida.
Por exemplo, para muitas pessoas o exercício físico cumpre essa função. Para outras
pessoas, desenvolver uma disciplina financeira também pode ser um hábito angular.
Cada pessoa tem medo de uma coisa diferente, sendo importante que você tire um tempo
para pensar em qual é o seu.

Passo 2: Escolha um Gatilho


Previamente, eu descrevi 5 tipos diferentes de gatilhos que nossa mente utiliza para formar
novos hábitos. Dessa forma, independentemente de qual hábito você quer começar, você
precisa primeiro escolher qual é o gatilho que passará a utilizar.
Para melhorar a fixação dessa informação na sua mente, escreva seu gatilho como nos
exemplos abaixo.
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✓ Horário: “Eu começarei a meditar todos os dias, sempre às 8:00”
✓ Lugar: “Eu começarei a priorizar minhas tarefas, assim que chegar ao escritório”.
✓ Sentimento Particular: “Eu começarei a anotar meus afazeres em um papel, sempre
que me sentir sobrecarregado”.
✓ Presença de Outras Pessoas: “Eu começarei a jogar tênis três vezes na semana,
sempre com meu professor”.
✓ Comportamento Anterior: “Eu começarei a tomar um copo de água, sempre que eu
acordar”.

Passo 3: Comece Devagar


Embora isso possa ser um pouco contra intuitivo, as partes mais importantes na criação e
consolidação de um hábito, são o gatilho e a recompensa.
Dessa forma, ao menos no início, o melhor plano que você pode ter para desenvolver um
hábito é fazer com que esse hábito seja extremamente pequeno, tão pequeno que você não
precise de motivação para fazê-lo.
Ao invés de fazer 50 flexões de braço por dia, comece apenas com 5. Ao invés de tentar
meditar por 10 minutos todos os dias, comece meditando por apenas 1 minuto diariamente.
Isso permitirá que você comece a testar a eficiência do seu gatilho no disparo do seu
comportamento.
No início, é bem provável que você precise alterar algumas vezes o gatilho até achar algo
que funcione bem para você.
Além disso, começar devagar também permite que você teste o quão eficiente a sua
recompensa está sendo. Mesmo começando devagar, seu comportamento ainda precisa
fornecer alguma recompensa para você. Talvez você se sinta um pouco orgulhoso por ter
iniciado um novo hábito. Talvez você se sinta mais no controle da sua vida por estar dando
um passo à frente.
Independentemente do hábito, tire um tempo para perceber como se sente logo após finalizar
o comportamento. Lembre-se que o hábito somente se consolidará se a recompensa for
imediatamente boa após a sua finalização.

Passo 4: Aumente seu Hábito Pouco a Pouco


Melhorias de 1% todos os dias somam-se surpreendentemente rápido. O mesmo é válido
para declínios de 1%.
Ao invés de aumentar a frequência ou intensidade do seu hábito de uma só vez, procure
aumentar pouco a pouco, sempre tomando o cuidado de refletir sobre como está se sentindo
ao completar seu hábito.
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Passo 5: Projete o seu ambiente para o sucesso
A maior parte de nós reconhece que as pessoas a nossa volta influenciam o nosso
comportamento. O que muitas vezes não percebemos, contudo, é que os objetos colocados
no ambiente também possuem um grande impacto sobre nossas decisões.
As propagandas que vemos ao navegar na internet, os itens que estão sobre a nossa mesa
no trabalho, os quadros que estão pendurados na parede, tudo isso é capaz de disparar
diferentes gatilhos na nossa mente, que por vezes nos levam a antigos padrões de
comportamento.
Dessa forma, se você realmente deseja criar um hábito que permanecerá com você no longo
prazo, é importante que você tire um tempo para refletir sobre quais itens no seu ambiente
podem acabar te ajudando ou te atrapalhando.

Passo 6: Quando você pisar na bola, volte o mais rápido possível


Ao longo dos dias, é relativamente comum que pisemos na bola e deixemos de executar
nosso hábito um dia ou outro. Na maior parte das vezes isso não é um problema. Isso porque
deixar de executar seu hábito uma única vez não possui um impacto mensurável no longo
prazo.
Contudo, deixar de realizar seu hábito em dias subsequentes pode te levar novamente à
estaca zero.
Dessa forma, eu recomendo que passe a utilizar a regra “Nunca falhe duas vezes seguidas”.
Sempre que você falhar em executar seu hábito um dia, faça algo para garantir que não
falhará no próximo dia.
Se na última refeição você comeu pizza inteira, então programe uma próxima refeição
saudável. Se você não foi para academia hoje, o que fará para ir amanhã? Se você deixou
de meditar de manhã, como fará para tirar alguns minutos a noite?

Passo 7: Seja paciente e permaneça no ritmo que você consegue sustentar


Aprender a ser paciente talvez seja a ponto mais crítico do processo. Isso porque você
conseguirá progredir muito caso consiga se mantiver consistente e paciente no longo prazo.
Se você está aumentando pesos na academia, você provavelmente precisará fazer isso em
um ritmo mais lento do que imagina. Se você está adicionando mais ligações diárias de
vendas à estratégia da sua empresa, então você deve começar com um número menor do
que acha que consegue lidar.
Progrida lentamente, e em um ritmo que você consegue sustentar. Se você se manter
consistente, os resultados eventualmente começarão a aparecer.

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2.2. Hábitos x Paradigmas
Antes de compreendermos os Sete Hábitos é preciso entendermos nossos “Paradigmas” e
aprendermos a fazer uma “mudança de paradigma”.
Conceituando Paradigma
• Paradigma significa padrão de referência, modelo, teoria, percepção ou
pressupostos.
• Os paradigmas criam lentes através das quais vemos o mundo.
Identificando e Mudando Paradigmas
Quando identificamos e mudamos paradigmas, conseguimos enxergar uma mesma situação
de outra forma.
Preste a atenção na atividade que segue:
Esta foi uma enquete feita por Spephen Covey em uma de suas palestras:
Descreva cuidadosamente o que você está vendo.
• Você vê uma mulher?
• Qual é a idade dela?
• O que diria de sua aparência?
• O que ela está vestindo?
• O que ela deve fazer?

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Grande parte dos participantes respondeu assim:
Respostas.
• Você vê uma mulher? Sim
• Qual é a idade dela? Em torno de 60 anos.
• O que diria de sua aparência? Nariguda, desdentada.
• O que ela está vestindo? Um véu e um casaco.
• O que ela deve fazer? Deve ser aposentada.

Quando identificamos e mudamos paradigmas, conseguimos enxergar uma mesma situação


de outra forma.
Mantenha a atenção nesta imagem por alguns instantes:

18
Compare agora o que você viu anteriormente com o que você passa a ver.
Paradigmas podem bloquear nosso potencial e nossa habilidade de redefinir os problemas e
obtermos soluções diferentes. Veja novamente a imagem sob o novo paradigma.

19
2.3. Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes
De Dentro pra Fora
Quando escreveu o livro “Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”, Stephen Covey
interessou- se especialmente pelo modo como a percepção se forma e como ela determina a
maneira como vemos as coisas, e, portanto, nosso comportamento, consequência do modo
como observamos o mundo.
Identificou que precisamos olhar para as lentes que usamos para ver o mundo, bem como
para o mundo propriamente dito, e que estas lentes influenciam nossa interpretação do que
vemos.
O grande objetivo é mudarmos esta maneira de vermos o mundo. Termos consciência de que
estes modelos mentais podem não ser os únicos modelos. Devemos confrontá-los com a
realidade, examiná-los, testá-los, ouvir opiniões e percepções de outras pessoas.

O contínuo da maturidade
Como os sete hábitos se relacionam uns aos outros
Resumo das principais ideias
1. Maturidade é um processo, não uma condição.
Nascemos bebê e crescemos até a maturidade. Nossas dimensões físicas, mentais,
emocionais, sociais e espirituais crescem lado a lado, mas não necessariamente no mesmo
ritmo. Uma pessoa pode ser fisicamente madura mas emocionalmente imatura, por exemplo,
ou vice-versa.
A maturidade é um processo que nunca termina. Sempre existe progresso a ser feito em uma
dimensão ou na outra. Crescemos estando dispostos a tentar resolver o processo, não
resistindo ao mesmo.
Introduzimos aqui uma representação do processo de maturidade que chamamos de
Contínuo da Maturidade.
2. O primeiro estágio do Contínuo da Maturidade é a dependência.
Iniciamos a vida como bebês dependentes. De certa maneira continuamos dependentes,
mesmo quando adultos. Podemos depender de outras pessoas para tomar determinadas
decisões, por exemplo, ou podemos procurá-las visando a confirmação de que somos aceitos.
O fato de sermos dependentes tende a impedir que causemos resultados. Podemos esperar
que os resultados sejam causados para nós. Podemos culpar outros quando as coisas dão
errado.

20
Podemos tentar mudar as pessoas fazendo-as sentirem-se culpadas. Podemos ser infelizes
com a qualidade geral de nossa vida e buscar a felicidade em atividades improdutivas e até
mesmo prejudiciais. Tudo isso nos impede de sermos eficazes.
3. O segundo estágio do Contínuo da Maturidade é a independência.
Passamos para um estágio mais próximo da eficácia quando aprendemos a ser
independentes.
Agora não esperamos mais que outros nos façam felizes ou cuidem dos nossos desafios.
Chegamos a um senso interior de Segurança e autovalor e descobrimos que o fato de viver
produtivamente nos deixa felizes.
4. O terceiro estágio do Contínuo da Maturidade é a interdependência.
O fato de sermos independentes não é totalmente satisfatório ou nos permite sermos
plenamente eficazes. Na vida existem aspectos sociais e políticos e há metas que não
conseguimos atingir sozinhos. Quando descobrimos estes limites da independência,
começamos a passar para o terceiro estágio do Contínuo da Maturidade, que é a
interdependência.
Quando somos interdependentes, trabalhamos em cooperação com outras pessoas.
Buscamos o bem-estar delas e o nosso. Descobrimos que pessoas trabalhando juntas
multiplicam suas capacidades de um modo que não pode ser explicado matematicamente.
Experimentamos a
riqueza emocional dos relacionamentos interpessoais e também as recompensas práticas do
trabalho em equipe. A interdependência completa o Contínuo da Maturidade porque nos
permite sermos eficazes e realizados em todas as áreas da vida.

Os Sete Hábitos nos levam à interdependência através dos estágios da maturidade.


Os Sete Hábitos são uma sequência ordenada de crescimento. Eles representam, primeiro,
uma Vitória Particular e em segundo, uma Vitória Pública.
Os Hábitos 1, 2 e 3 levam a Vitórias Particulares, as vitórias que nos permitem atingir o
autodomínio.
• O Hábito 1 é "Seja Proativo", quando reconhecemos que somos livres para escolher.
• O Hábito 2 é "Comece com o Objetivo em Mente", quando identificamos nossa missão e
metas pessoais.
• O Hábito 3 é "Primeiro o Mais Importante", quando agimos de acordo com nossas
prioridades.
Os Hábitos 4, 5 e 6 levam a Vitórias Públicas, as vitórias que nos permitem alcançar sucesso
com as pessoas.

21
• O Hábito 4 é "Pense em Vencer - Vencer", quando procuramos alternativas que permitem
que todos vençam.
• O Hábito 5 é "Procure Primeiro Compreender", que é uma atitude e uma habilidade de
escutar atentamente para compreender totalmente.
• O Hábito 6 é "Sinergize", quando descobrimos a criatividade que as pessoas podem
vivenciar quando exploram suas diferenças em conjunto.
• O Hábito 7 é "Afine o Instrumento", o hábito que traz à tona os outros. São simples
atividades diárias que implementam os princípios da eficácia em nossas mentes.
Os hábitos formam um contínuo, pois a Vitória Particular deve ocorrer antes da Vitória Pública.
Até que tenhamos desenvolvido o autodomínio, é difícil, senão impossível, atingir o sucesso
com outras pessoas. Em conjunto, os Sete Hábitos cultivam o caráter pessoal, que é a base
da eficácia.

Hábitos 1, 2 E 3
Os hábitos da eficácia pessoal
Os primeiros três hábitos das pessoas muito eficazes são:
Hábito 1: Seja Proativo
Hábito 2: Comece com o Objetivo em Mente
Hábito 3: Primeiro o Mais Importante
Juntos, formam os hábitos da eficácia pessoal. Eles levam as pessoas da dependência para
a independência.

HÁBITO 1 - SEJA PROATIVO


O hábito da visão pessoal - Pro atividade x Reatividade
Resumo das principais ideias
1. Pro atividade é o poder de escolher nossas próprias respostas.
O primeiro Hábito das Pessoas Muito Eficazes é Pro atividade.
Sua característica essencial é a seguinte:
Quando somos proativos, vemos que as circunstâncias não nos controlam. Pelo contrário,
nós as controlamos. Nossa pro atividade nos permite ver que podemos modificar nossas
circunstâncias e que podemos usá-las como matéria prima para criar as coisas que
desejamos.

22
2. Escolhas proativas são orientadas por valores.
Obtemos o controle das circunstâncias usando valores fortes como orientação e âncora. As
circunstâncias mudam constantemente; os valores são fixos. Portanto, quando nos baseamos
em nossos valores e fazemos escolhas que os representam, obtemos o poder de sermos
constantes apesar das circunstâncias mutantes..
3. Quando somos proativos, aceitamos a responsabilidade por sermos quem somos,
pelo que temos e pelo que fazemos.
Quando somos proativos, nossa tendência é não culpar pessoas ou circunstâncias pelo que
nos acontece. Acreditamos que, mediante análise final, o que somos, possuímos ou fazemos,
é o que nós escolhemos. Podemos explicar porque não tivemos sucesso, porque não
completamos uma tarefa dentro do prazo, ou porque nosso relacionamento está se
deteriorando. Quando somos proativos, entendemos que, até certo ponto, tudo que nos
aconteceu é produto de nossas escolhas.
4. Pro atividade não é o mesmo que agressividade.
A força da pro atividade não é uma força agressiva. É uma força interna. a força da
integridade, ou um simples compromisso com valores e princípios. Gandhi é novamente um
bom exemplo. Homem educado, ele não era agressivo ou desagradável. Mas não se deixava
comprar ou afastar de seus princípios.

HÁBITO 2 - COMECE COM O OBJETIVO EM MENTE


O hábito da liderança pessoal - Valores e Reformulação
Resumo das principais ideias
1. Todas as coisas são criadas duas vezes: primeiro mentalmente e depois fisicamente
Um construtor começa por uma planta. Escritores trabalham com base em um esboço escrito
ou mental. Compositores colocam no papel sons que existem em suas mentes. Toda a
criação física começa como criação mental-como ideia, plano, intenção-e então obtém a
forma física através de ação ou esforço.
2. Começar com o Objetivo em Mente inclui definir valores para orientar nossa pro
atividade.
Começar com o Objetivo em Mente é mais do que apenas pensar com clareza sobre produtos
acabados. Além de examinar metas e planos específicos, este hábito envolve examinar os
valores e princípios que nos dão a orientação geral.
A ligação entre os Hábitos 1 e 2 ocorre neste nível geral. O Hábito 1 é "Seja Proativo", que
significa escolher nossas respostas com base em nossos valores. O Hábito 2, "Comece com
o Objetivo em Mente" envolve definir esses valores. Portanto, este hábito é geral e também
específico: geral a nível dos valores e princípios, específico a nível das metas e projetos que

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resultam dos valores. De fato, é um processo de passagem do geral para o específico, de
usar princípios gerais para gerar planos específicos.

3. Começar com o Objetivo em Mente é um processo de reformulação.


Para a maioria das pessoas, Começar com o Objetivo em Mente significa afastar-se das
raízes e tendências naturais. Nós chamamos este processo de "reformulação".
Este processo é a ''reformulação''. Conforme desenvolvemos nossos valores e
estabelecemos metas que os aplicam, estamos nos reformulando, substituindo padrões
ineficazes de pensamento e comportamento por outros eficazes. Isto não é fácil, porque
nossa tendência é voltar ao "automático". A reformulação precisa ser um processo
consciente, um hábito de conscientização e criação mental deliberada baseado em intenções
claras.

HÁBITO 3 - PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE


O hábito do gerenciamento pessoal - Matriz de Gerenciamento do Tempo e Atividade
Resumo das principais ideias
1. Obtemos controle do tempo e dos eventos vendo como eles se relacionam com
nossa missão.
As demandas por nosso tempo são importantes ou sem importância. urgentes ou não
urgentes.
Coisas importantes servem à nossa missão; coisas não importantes não. Coisas urgentes
têm um prazo premente; coisas não urgentes não o têm.
A combinação destas duas dimensões - importância e urgência - cria quatro categorias de
demanda de tempo:
Categoria l - coisas urgentes e importantes - problemas e crises. Exemplo: nosso carro
quebra quando estamos indo trabalhar.
Categoria 2 - coisas importantes que não são urgentes. Estas são oportunidades e atividades
CP que executamos antes da hora para prevenir problemas e crises. Exemplo: manutenção
preventiva de um equipamento.
Categoria 3 - coisas que acreditamos serem urgentes sem na realidade serem importantes.
Estas são as coisas que chamamos de imediatas, prementes e populares. Exemplo: um
telefone que toca.
Categoria 4 - coisas que não são nem urgentes nem importantes. Exemplo: leitura de "fuga"
ou televisão.
Estas quatro categorias formam a Matriz de Gerenciamento de Tempo que se encontra na
página seguinte.

24
2. Solucionamos problemas de gerenciamento de tempo dando prioridade às
atividades do Quadrante 2.
A Matriz de Gerenciamento de Tempo nos mostra os sintomas, a causa e a cura para os
problemas de gerenciamento de tempo.
O Quadrante 1 é o quadrante dos "sintomas". É o quadrante das coisas urgentes e
importantes, o quadrante do gerenciamento de crises, ou do apagar incêndios. Todos os
problemas de gerenciamento de tempo acabam aparecendo no Quadrante 1.
Os Quadrantes 3 e 4 são os dois quadrantes das "causas". Nós despendemos tempo
fazendo coisas urgentes, mas não importantes (Quadrante 3) ou fazendo coisas
desnecessárias (Quadrante 4).
O Quadrante 2 é o quadrante da “cura". No Quadrante 2 fazemos coisas somente porque
elas servem à nossa missão. Elas não têm outra urgência. Aqui mantemos nossos recursos
e desenvolvemos nossas oportunidades. Gerenciamos nosso dinheiro, cuidamos de nossa
casa e de nossos pertences, desenvolvemos nossas habilidades profissionais e
comunicamos de modo significativo com os que nos rodeiam.
Solucionamos problemas de gerenciamento de tempo transferindo tempo dos Quadrantes 3
e 4, que são as causas, para o Quadrante 2, que é a cura. Ao fazê-lo, prevenimos algumas
crises e problemas do Quadrante 1 e, portanto, passamos a controlar nossas vidas. A
habilidade que se aplica à cura é a capacidade de dizer "Não".

25
3. Passando dos Quadrantes 3 e 4 para o Quadrante 2, substituímos a reatividade pela
pro atividade.
As atividades dos Quadrantes 3 e 4 são respostas reativas - escolhas baseadas em
sentimentos temporários.
As escolhas do Quadrante 3 são respostas a um senso de urgência temporário. Muitas vezes
são escolhas "boas", em geral populares, mas não servem à nossa missão.
As escolhas do Quadrante 4 são agradáveis, mas improdutivas. Algumas atividades valiosas
- como leitura e recreação - podem se tornar atividades do Quadrante 4 se exagerarmos.
As escolhas do Quadrante 2 são proativas porque são baseadas em valores. Elas não são
urgentes. Urgência é a ressaca da bebedeira da reatividade, que provém de ignorarmos
valores. Pro atividade - ou a atenção aos valores - é a cura.

HÁBITOS 4, 5 E 6
Os hábitos da eficácia interpessoal
Os três hábitos seguintes das pessoas muito eficazes são:
Hábito 4: Pense em Vencer – Vencer
Hábito 5: Procure Primeiro Compreender. Depois Ser Compreendido
Hábito 6: Sinergize
Estes são os hábitos da eficácia interpessoal. Eles levam as pessoas da independência à
interdependência.

HÁBITO 4 – PENSE EM VENCER – VENCER


O hábito da liderança interpessoal - Criando Relacionamentos Vencer - Vencer
Resumo das principais ideias
1. Vencer - Vencer significa procurar soluções que permitem que todos vençam.
Vencer - Vencer significa que vivemos em um mundo interdependente, agindo
cooperativamente dentro dele. Isto significa que, para sermos bem sucedidos na maioria dos
setores da vida, temos que cooperar com outras pessoas. Quando consideramos nossa
interdependência, nós nos dedicamos a cooperar com outras pessoas de tal modo que
asseguramos sucesso mútuo e permitimos que todos saiam vencedores. Esta é a atitude
Vencer - Vencer. Ela facilita nossas interações com outras pessoas e produz acordos e
soluções a desafios que permitem a todos obter o que desejam.

26
2. Relacionamentos bem sucedidos se desenvolvem sobre uma base Vencer - Vencer.
Existe uma história sobre pessoas em um jantar que se encontram sentadas frente à frente,
com seus braços amarrados a colheres de cabo tão comprido que não podem levá-las à boca:
elas precisam alimentar uma à outra.
Esta analogia se presta à maioria das atividades mais significativas da vida. Temos que
"alimentar" uns aos outros. Somente relacionamentos Vencer - Vencer nos permitem
participar destas atividades interdependentes.
3. Temos que nos reformular para pensar em Vencer - Vencer.
A menos que as pessoas realmente passem por verdadeiras experiências Vencer - Vencer
com determinadas pessoas chave (modelos ou mentores), elas considerarão vencer - vencer
apenas um princípio abstrato. Poderão entender intelectualmente, mas na realidade não
acreditam.
Em seu íntimo, elas acreditam que de certa maneira Vencer - Vencer não é realista, que
vencer perder ou perder - vencer é a única postura realista. Elas têm dificuldade em confiar
na vida ou em serem felizes com o sucesso de outros, especialmente se se tratar de alguém
próximo ou de sua família.

HÁBITO 5 – PROCURE PRIMEIRO COMPREENDER, DEPOIS SER COMPREENDIDO


O hábito da comunicação - Diagnostique Antes de Prescrever
Resumo das principais ideias
1. Discussões são mais fáceis quando uma das partes está disposta a primeiro
compreender.
Onde começa a com preensão? A exigência de sermos compreendidos é uma maneira de
dizer “Abra sua mente para mim”, Desejar compreender a outra pessoa é uma maneira de
dizer “Abrirei minha mente para você”. As duas diferem tanto em tom e significado, que é
difícil usar ambas ao mesmo tempo. Portanto, em geral focalizamos uma ou a outra. A maioria
das pessoas deseja apenas ser compreendida.
2. Quando somos abertos, damos às pessoas espaço para se livrarem de suas
posições estabelecidas e considerar alternativas.
Quando estamos realmente interessados nos pontos de vista de outras pessoas, nossa
sinceridade cria um clima que lhes permite examinar as ideias - tanto as delas como as nossas
- sem serem ameaçadas. Sem se sentir ameaçadas, as pessoas se libertam mais facilmente
de suas posições e consideram outras que favorecem tanto a elas quanto a nós.
3. Procurando compreender, obtemos influência no relacionamento.
Quando despendemos tempo para compreender as pessoas, é mais provável que elas nos
permitam int1uenciá-Ias. Ficamos angustiados quando somos agredidos pela posição fixa

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de alguém, mas gostamos de ser compreendidos. O contraste entre ambos é tão forte que as
pessoas tendem a ser flexíveis e dispostas em relação aos que as compreendem e
resistentes aos que não o fazem.

HÁBITO 6 – SINERGIZE
O hábito da cooperação criativa - Valorize as Diferenças
Resumo das principais ideias
1. Sinergia significa que um mais um é igual a três ou mais.
Quando duas ou mais pessoas trabalham juntas para compreender algo, elas criam um
fenômeno denominado "sinergia". A sinergia permite descobrir em conjunto coisas que
provavelmente não descobriríamos sozinhos. A sinergia ocorre quando as mentes estimulam
uma à outra e ideias fazem surgir ideias. A sinergia pode ser um processo de criatividade
divertido, em que as ideias fluem quase que sozinhas e
nós ficamos mais atentos que normalmente. Este estado é um produto do trabalho conjunto
das mentes e é muito mais difícil de atingir quando pensamos apenas sozinhos.

2. Sinergia é o processo que reveja a Terceira Alternativa.


Quando duas pessoas discutem sobre uma divergência, provavelmente não a resolverão
porque uma está tentando provar que a outra está errada. Se, pelo contrário, abrandarem
suas atitudes e decidirem procurar uma solução mutuamente satisfatória, começarão a falar
de maneira cooperativa, trabalhando juntas em busca de um objetivo comum. Agora suas
ideias podem se tornar mutuamente estimulantes, levando a um número ainda maior de
ideias, em um ciclo auto reforçador. Isto é sinergia.

HÁBITO 7 - AFINE O INSTRUMENTO


O hábito da auto renovação
É o hábito de exercer atividades diárias para cultivar os outros seis hábitos e transformá-los
em um comportamento que acontece de modo natural e espontâneo.
Este hábito é dividido em quatro partes:
Parte 1: Dimensão Física;
Parte 2: Dimensão Mental;
Parte 3: Espiritual;
Parte 4: Dimensão Social-Emocional.

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Podemos dividir nossa compreensão de nós mesmos em quatro dimensões: (1) Física, (2)
Mental. (3) Espiritual e (4) Social-Emocional.

O eu físico é o corpo. Alimentamos sua força através de nutrição, exercício e descanso.

Exercemos nosso eu mental através do aprendizado - lendo, escrevendo, usando tempo


para pensar.

Exercemos nosso eu espiritual através da leitura de literatura que nos inspira, através da
meditação ou oração, e passando tempo junto à natureza.

Exercemos nosso eu social-emocional fazendo consistentemente depósitos diários nas


Contas Bancárias Emocionais de nossos principais relacionamentos.

Parte 1: Dimensão Física


Resumo das principais ideias
1. O segredo para Afinar o Instrumento é fazer pequenas coisas consistentemente.
2. O que comemos pode afetar nossa saúde.
3. O exercício expande os limites do corpo.
4. O maior benefício da preparação física é a autoestima.

Parte 2: Dimensão Mental


Resumo das principais ideias
1. É através do desafio que fortalecemos a mente.
2. Exercícios mentais não são necessariamente enfadonhos Leia livros, escreva um diário,
escreva criativamente, resolva palavras cruzadas, ocupe-se com um ''hobby, escreva
poesia, colecione citações, torne-se um estudioso independente, ouça música clássica,
dentre outros

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Parte 3: Dimensões social-emocional e espiritual
Resumo das principais ideias
1. A dimensão espiritual é a liderança da vida
2. Descobrimos nossa dimensão espiritual através de atividades que nos colocam em contato
com valores mais altos:
• Natureza;
• Boa literatura;
• Biografias;
• Meditação e oração
• Música e arte

3. Exercemos a dimensão Social-Emocional sempre que estamos com outras pessoas.


4. Exercemos nossa dimensão Social-Emocional sendo proativos em nossos contatos
sociais.

2.4. Os caminhos para mudar os hábitos


Alguns passos para chegar lá!

Revisão de Paradigmas
O objetivo de Mudar Hábitos Financeiros não é tarefa fácil, pois temos que romper com o
antigo modelo mental que aprendemos e utilizamos até hoje e iniciarmos um novo processo
de aprendizagem, uma nova forma de ver o mundo, com outras lentes, com outros modelos
mentais, que serão eficazes para utilizarmos na prática e atingirmos resultados consistentes
com as finanças pessoais.
30
• O Analfabetismo Financeiro infelizmente existe e por este motivo, muitas pessoas
aprendem e utilizam paradigmas ou modelos mentais pífios, que não geram resultados
positivos na vida prática em suas finanças pessoais. Isso caracteriza a ausência de
Educação Financeira.
• Quando revemos nossos paradigmas e identificamos esta situação, temos que estar
prontos para atingirmos um objetivo muito importante: nos educarmos financeiramente.
• O grande desafio é revisar estes paradigmas. Buscar lá do inicio o que foi aprendido
com as outras gerações: pais e avós.
• Direcionar as lentes para o nosso interior, promovendo a revisão de paradigmas.
• Iniciar então um novo processo de enxergar o mundo, visualizando um novo modelo
mental, um novo paradigma, através de uma nova percepção e interpretação do que
ocorre a nossa volta. Esse é o primeiro passo para a busca da mudança de hábitos
financeiros.
A Importância do Equilíbrio das 4 Dimensões (Inteligências) de Renovação
Depois da Revisão de Paradigmas, é muito importante que haja o equilíbrio das 4 dimensões
(inteligências) que vimos no Hábito7 de Covey. Estar preparado fisicamente, mentalmente,
espiritualmente e emocionalmente, é estar pronto para o início do processo de mudança de
hábitos financeiros.

Para se conscientizar da necessidade de mudar os hábitos financeiros é necessário


responder a alguns questionamentos de forma a convencer o seu subconsciente. Faça um
momento de reflexão e responda as seguintes questões:

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a) Que importância tem o dinheiro em minha vida ou de minha família?
b) Com que finalidade eu pretendo usar o resultado financeiro decorrente dos novos
hábitos adquiridos? (lembre-se do pilar “Sonhos” do método DSOP)
c) Para conquistar estes sonhos e ter uma vida financeira saudável no futuro, quais os
sacrifícios e os esforços que estou predisposto a encarar?
d) Meus hábitos atuais estão alinhados e colaboram para atingir o equilíbrio nas quatro
dimensões de renovação (físico, mental, emocional e espiritual)?
e) Se não estão, o que preciso mudar para conquistar o equilíbrio?
Tenha em mente que estas questões exigem uma reflexão muito profunda e para que possam
lhe trazer consciência da necessidade de Mudança dos Hábitos Financeiros. É necessário
que as responda com muita sinceridade. Uma primeira rodada de respostas nem sempre é o
mais adequado. Responda suas questões e revise-as regularmente a cada nova conquista.
Se julgar mais confortável, responda de forma íntima, sem revelar suas respostas a outras
pessoas.

Agora vamos tratar dos propósitos - A Importância de ter um Propósito


Por que ou para que guardar dinheiro? Por que ou para que investir? Precisamos de um
propósito para isso. Objetivos, desejos, sonhos, que serão o combustível para tudo ter
sentido.
• Esforço e Disciplina são imprescindíveis para chegar lá. Investir significa abrir mão de
algo hoje, para conseguir algo melhor no futuro.
• Passar de gastador para poupador exige renúncia. Abrir mão de coisas do presente,
muitas das vezes supérfluas, para ir a busca de um propósito claro, que lhe dá força
para não desistir enquanto não conseguir.

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Mudar exige Esforço, Disciplina e Tempo!
• Não é do dia para a noite que se consegue mudar hábitos financeiros. O caminho é
árduo e exigirá muito esforço, disciplina e tempo para livrar-se dos hábitos nocivos e
adquirir hábitos saudáveis
• É um grande desafio de transformar todo o conhecimento em prática. Será um caminho
de reaprendizagem, de reeducação financeira, de mudança de comportamento, em
busca não somente de aprender a guardar dinheiro e direcioná-lo para investimentos,
mas do verdadeiro propósito de atingir a independência financeira para realizar o que
mais importa realmente: objetivos, sonhos, bem estar com família e amigos.

Não adianta nada guardar dinheiro, investir,


mas não utilizá-lo para um verdadeiro
propósito.

33
Módulo 3 - Os hábitos de poupar e investir. Por que erramos tanto ao decidir? Como
decidir melhor.

3.1. Tornando-se um investidor rumo a Independência Financeira.


Após realizar as mudanças em seus hábitos financeiros, que lhe conduza a um padrão de
consumo consciente, você irá gerar saldos positivos em seu orçamento, que chamaremos de
poupança.
O passo seguinte após a poupança é a realização de investimentos. Aqui surge a pergunta:

Por que investir?


Antes de pensar em investir, você deve se fazer a seguinte pergunta:

“Para que vou aplicar meu dinheiro?”

Se você ainda não tiver a resposta, pare e reflita. Ter um objetivo é o primeiro passo para um
investimento de sucesso.

34
Sonhos – prazos para realização - DSOP
• Curto Prazo máximo de 12 meses;
• Médio Prazo até dez anos;
• Longo Prazo mais 10 anos.

Investir é diferente de poupar

✓ Investir é empregar o dinheiro poupado em aplicações


que rendam juros ou outra forma de remuneração ou
correção;
✓ O investimento é tão importante quanto a poupança,
pois todo o esforço de cortar gastos pode ser
desperdiçado quando mal investido;
✓ Investir é potencializar a realização dos sonhos.

35
Os hábitos de poupar e investir
Tornando-se um investidor rumo a
Independência Financeira
Metodologia tradicional

36
Os hábitos de poupar e investir
Tornando-se um investidor rumo a
Independência Financeira
Metodologia DSOP

Diagnost
icar Sonhar Orçar Poupar

3.2. Porque erramos

Para evitar “dor de cabeça” com investimentos mal planejados, vamos analisar alguns dos
erros mais comuns que cometemos em nossa vida diária.

Segundo o jornalista norte-americano Joseph T. Hallinan, em seu livro “Why we make


mistakes” (Porque cometemos erros), somos pré-programados para fazer lambanças –
não é propriamente uma questão de personalidade ou inteligência.

A forma pela qual pensamos, vemos e lembramos nos configura para errar, explica o
jornalista. Somos inconscientemente distorcidos, rápidos para julgar por aparências e
excessivamente confiantes quanto a nossas habilidades.

Alguns dos erros mais comuns listados pelo jornalista são abordados a seguir:

1) Trocamos palavras que estão "na ponta da língua".

2) Todos nós tendemos a lembrar nossas palavras e atos de maneira mais positiva e auto
elogiosa do que uma avaliação externa faria.

3) Quando fazemos várias coisas ao mesmo tempo, ficamos estúpidos. O cérebro reduz sua
velocidade quando tem de conduzir várias atividades simultâneas.
37
4) Nós olhamos, mas não vemos. Algumas vezes, uma pessoa pode olhar diretamente para
algo e ainda assim deixar de vê-lo.

5) Percebemos o mínimo necessário.

6) Relanceamos os textos quando não deveríamos. A percepção humana é, acima de tudo,


econômica. Notamos algumas coisas e não outras.

7) Pensamos que somos melhores do que na verdade somos.

“Herrar é umano”

Ninguém gosta de errar, principalmente quando o assunto for o seu dinheiro.

Erros de investimentos são comuns, mais frequentes para os investidores iniciantes.

Vamos analisar os seis maiores erros nos investimentos que geralmente acontecem, até
mesmo com investidores experientes.

3.3. Como decidir melhor

O mesmo autor relaciona as formas de evitar estes erros:

1) Pense pequeno. Pequenas coisas significam muito, de fato.

2) Examine as possibilidades negativas. Quando há uma grande decisão a tomar, pergunte-


se: "O que poderia dar errado?" Embora possa influenciar o resultado de um evento, o
pensamento positivo também torna as armadilhas invisíveis. Portanto, passe um pente fino
no cenário em busca de uma falha.

3) Pense diferentemente. Os hábitos nos permitem poupar tempo e esforço mental, mas
podem anular nossa capacidade de perceber novas situações. "Depois de algum tempo,
vemos apenas o que esperamos ver", diz Hallinan.

4) Baixe o ritmo. Fazer muitas coisas ao mesmo tempo divide nossa atenção e pode elevar
nosso índice de erros. Reduza a velocidade e faça uma coisa de cada vez.

5) Durma mais. As pessoas sonolentas fazem erros, e há um número espantoso delas


andando por aí, observa Hallinan.

38
6) Veja com cautela os testemunhos. Ao decidir, em geral damos a certas informações
vívidas (tais como testemunhos breves) mais credibilidade do que elas merecem. É melhor
recorrer a médias estatísticas do que apostar todas as fichas num testemunho isolado.

7) Adie decisões até seu humor melhorar. Bons sentimentos aumentam a tendência de
combinar material em novas maneiras e ver a conexão entre as coisas. As pessoas felizes
tendem a ser mais criativas e a errar menos.

8) Use fatores limitadores. Apoios mentais simples nos mantêm no rumo certo. O vermelho
funciona bem no trânsito porque seu forte impacto significa "pare".

“Quando tomamos uma decisão, enxergamos


apenas o que queremos, ignoramos possibilidades e
minimizamos riscos que enfraquecem nossas
esperanças. O pior é que muitas vezes somos
confiantes mesmo quando estamos errados”
Daniel Kanheman

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Análise, Planejamento, Investimento e Consultoria Financeira

Contato:
fabio.fusco@dsop;com;br

Redes Sociais
https://www.facebook.com/fabio.fusco.940
https://www.facebook.com/Prof.Fabio.Fusco/

Prof. Fábio Fusco


Educador e Terapeuta Financeiro

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