Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
As camadas nao tratadas dum pavimento sao em geral constituidas por materiais
provenientes da britagem de rochas, podendo nalgumas circunstancias serem constituidas
por solos seleccionados.E habitual designa-las por ``agregado britado de granulometria
extensa” e podem constituir a sub-base ou a base, dependendo do tipo de pavimento.
31
1.TIPOS DE PAVIMENTOS
1.1.Pavimentos Rigidos
1.2.Pavimentos Flexiveis
31
FIG.2 Pavimento asfaltico
1.3.Pavimentos Semi-Rigidos
Sub-leito:
É o terreno de fundação onde será apoiado todo o pavimento. Deve ser considerado e
estudado até as profundidades em que atuam significativamente as cargas impostas pelo
31
tráfego (de 60 a 1,50 m de profundidade).Se o CBR do sub-leito for <2% , ele deve ser
substituído por um material melhor, (2%£CBR£20) até pelo menos 1 ,00 metro.Se o CBR
do material do sub -leito for ³20% , pode ser usado como sub -base.
Leito:
É a superfície do sub - leito (em área) obtida pela terraplanagem ou obra de arte e
conformada ao greide e seção transversal.
Sub-base:
Camada complementar à base. Deve ser usada quando não for aconselhável executar a
base diretamente sobre o leito regularizado ou sobre o reforço, por cir cunstâncias
técnico-econômicas. Pode ser usado para regularizar a espessura da base.
Base:
Revestimento :
31
-a resistir aos esforços horizontais que nele atuam, tornando mais durável a superfície de
rolamento.
Acostamento:
31
4.MATERIAIS A EMPREGAR EM PAVIMENTAÇAO
4.1.BASES E SUB-BASES
31
– Especificado pela resistência à tração na flexão ou compressão
– Consistência seca
c) Macadame Cimentado:
Uma camada de brita é espalhada sobre a pista e sujeita a uma compressão, com o
objetivo de diminuir o número de vazios, tornando a estrutura mais estável. Logo após é
lançada uma argamassa de cimento e areia que penetra nos espaços vazios ainda
existentes. O produto assim formado tem característica de um concreto pobre.
d) Solo-Cimento:
31
FIG.5 . A preparação de um trecho em solo-cimento
g) Solo-Cal:
É uma mistura de solo, cal e água. Também pode ser acrescido a esta mistura uma
pozolana artificial, chamada fly -ash, que é uma cinza volante. Geralmente, solos de
granulometria que reagem com a cal, proporcionando trocas catiônicas, floculações,
aglomerações, produzem ganhos na trabalhabilidade, plasticidade e propriedades de
31
caráter expansivo. Estes fenômenos processam -se rapidamente e produzem alterações
imediatas na resistência ao cisalhamento das misturas. As reações pozolânicas resultam
na formação de vários compostos cimentantes que aumentam a resistência e a
durabilidade da mistura. A carbonatação é uma cimentação fraca.
É a mesma idéia do solo -cal, porém neste caso há predominância dos fenômenos que
produzem modificações do solo, no que se refere à sua plasticidade e sensibilidade à água,
não oferecendo à mistura características acentuadas de resistência edurabilidade. As
bases feitas desta maneira são consideradas flexíveis.
É uma mistura de solo, água e material betuminoso. A modalidade solo -betume engloba
mistura de materiais betuminosos e solos argilo -siltosos e argilo -arenosos. A presença do
material betuminoso vai garantir a constância do teor de umidade da compactação na
mistura, propiciando também uma impermeabilização no material. A obturação dos vazios
do solo dificulta a ação de água capilar devido à criação de uma película hidrorrepelente
que envolve aglomerados de partículas finas.
Nas chamada “areia betume” a função do material betuminoso égerar força de natureza
coesiva, uma vez que as areias não possuem estas características. Também encontramos
designações como Solo -alcatrão e Solo -asfalto.
31
k) Solo Estabilizado com Adição de Sais Minerais:
Assim como o cimento, a cal e o betume, a adiçãode sais minerais faz parte dos estudos
de estabilização química. O cloreto de sódio e o de cálcio podem sermisturados ao solo
com o objetivo de modificar alguns índices físicos, melhorando suas características
resistentes. No Brasil é utilizado o cimento com uma proporção de até 5% , conforme visto
anteriormente.
Nestes casos é adicionada ao solo uma resina para fazer a função de material ligante.
Como exemplo pode-se citar a lignina que é proveniente da madeir a, utilizada na
fabricação do papel. A utilização de resinas, assim como de sais minerais para fins de
estabilização são de pouco uso no Brasil.
m) Brita Graduada:
Também chamada de brita corrida. É uma mistura de brita, pó de pedra e água. São
utilizados exclusivamente produtos de britagem que vem preparado da usina (figura 5).
Este tipo de material substituiu o macadame hidráulico.Também encontramos a designação
“bica corrida” que é uma graduação da brita corrida, porém todo o material proveniente da
britagem é p assado através de uma peneira com malha de um diâmetro máximo, sem
graduação uniforme.
FIG.6. Britadeira
n) Solo Brita:
É uma mistura de material natural e pedra britada. Usado quando o solo disponível
(geralmente areno -argiloso) apresenta deficiência de agregado graúdo (retido na # 10). A
31
pedra britada entra na mistura para suprir esta deficiência, aumentando ascaracterísticas
de resistência do material natural. (figura 7).
FIG.7.Solo brita
o) Macadame Hidráulico:
Sua execução consiste no espalhamento de uma camada de brita de graduação aberta que
é compactada para a redução dos espaços vazios. Em seguida espalha -se uma camada
de pó de pedra sobre esta camada com a finalidade de promover o preenchimento dos
espaços vazios deixados pela brita. Para facilitar a penetração do material de
preenchimento, molha-se o pó de pedra (também pode ser usado solo de granulometria e
31
plasticidade apropriado) e promove -se outra compactação. Esta operação é repetida até
todos os vazios serem preenchidos pelo pó de pedra.Este tipo de procedimento foi
substituído pela pedra britada, que já vem preparada da usina. ( figura 8).
p) Macadame Betuminoso:
31
q) Alvenaria Poliédrica ou Paralelepípedo:
Já WOODS (1960) define agregado como sendo uma mistura de pedregulho, areia, pedra
britada, escória ou outros materiais minerais, usada em combinação com um ligante para
formar um concreto, uma argamassa, etc.
4.2.1.Produção de agregados
31
4.2.2.Operação na pedreira
31
maior que 1” (25,4mm) é colocado no britador de cone para britagem adicional. O material
menor que 1” (25,4mm) e maior que ¾” (19 mm) é estocado. O material menor que ¾”
(19mm) é levado para um segundo peneirador para separações futuras. O material maior
que ¾” (19 mm), que ainda aparecer é retornado ao britador de cone para nova britagem.
O material menor que ¾” (19mm) é peneirado e estocado em 3 pilhas separadas: material
entre 3/4” e 3/8” (9,5mm), entre 3/8” e # n °4 (4,8mm) e menor que 4,8mm. Esta é uma
descrição de operação de britagem muito simplificada que identifica os métodos que são
normalmente usados para britaragregados e separá-los em tamanhos comerciais. A
maioria das operações nascentrais de britagem apresenta maior complexidade que estas
descritas, ouapresentam procedimentos diferentes, porém a operação é sempre feita com
britadores e peneiradores. Outras centrais apresentam a capacidade de lavar os agregados
em certos pontos da operação.
31
minerais nocivos. Exigências em especificações devem serselecionadas para que os
agregados que tenham componentes minerais indesejáveis não sejam aceitos para uso.
Existem grandes evidências que indicam que alguns agregados parecem ter maisafinidade
pela água que pelo cimento asfáltico, e os filmes asfálticos nestas partículas de agregados
podem tornar-se destacados (separados) ou não aderidos d epois de exposto à água.
Estes agregados são chamados hidrofílicos e eles tendem a ser ácidos na natureza. Por
outro lado, agregados que tem afinidade com cimento asfáltico são chamados hidrofóbicos
e eles tendem a ser básicos na natureza. É comumente aceito que a natureza da carga
elétrica da superfície dos agregados, quando em contato com água, afete
31
significativamente a adesão entre o agregado e o cimento asfáltico e sua resistência ao
dano por umidade.
A maioria dos agregados silicosos tais como arenito, quartzo e cascalho tornam-se
negativamente carregados na presença de água, enquanto materiais calcáriosconduzem
carga positiva na presença de água.Muitos agregados contêm ambos tipos de carga
porque eles são compostos de minerais tais como sílica comcarga negativa e também
cálcio, magnésio, alumínio ou ferro com carga positiva. Agregados típicos que conduzem
cargas misturadas incluembasaltos e calcários silicosos. Dolomita é exemplo de caso
extremo de agregado eletropositivo e quartzo exemplo de agregado eletronegativo.
4.2.5.Propriedades mineralógicas
-Minerais
-Rochas ígneas
31
-Rochas sedimentares
-Rochas metamórficas
31
Tabela 1.Principais rochas e constituentes minerais
31
Tabela 2. Composiçao mineral media das rochas
Agregados para misturas asfálticas são usualmente classificados pelo tamanho como
agregados graúdos, miúdos e fileres mineral. A ASTM C294 “Nomenclatura descritiva dos
constituintes dos agregados minerais naturais” define agregado graúdo como partículas
retidas na peneira n °4 (4,8mm), agregado fino como aquele que passa na peneira n °4 e
filer mineral como o material com um mínimo de 70% passante na peneira n °200
(0,075mm). As especificações americanas SUPERPAVE do programa SHRP definem o
material passante na peneira nº 200 (0,075mm) como “dust”, podendo ser traduzido como
“pó” para diferenciar de termo filer. Outras agências usam a peneira n °8 (2,36mm) como o
31
Instituto de Asfalto ou a peneira n °10 (2,0mm) como a linha que divide os agregados
graúdos dos miúdos.
Agregado para misturas asfálticas geralmente deve ser: duro, tenaz, forte, durável (são),
bem graduado, ser constituído de partículas cúbicas com baixa porosidade e com
superfícies limpas, rugosas e hidrofóbicas. A adequação de agregados para uso em
misturas asfálticas é determinada pela avaliação das seguintes características:
1 –Tenacidade
2-Resistência Abrasiva
3-Dureza
4-Durabilidade
5-Sanidade
7-Textura Superficial
9-Afinidade ao asfalto
10-Porosidade e Absorção
11-Características expansivas
13-Tamanho e graduação
31
estocados,manipulados através de algum equipamento durante a produção de uma mistura
asfáltica, espalhadas no pavimento, compactados com rolos e quando solicitados por
caminhões (ROBERTS et al 1996).
A tenacidade e resistência abrasiva são tratadas por algumas normas brasileiras, mesmo
que indiretamente através das metodologias citadas abaixo. Nestes ensaios, os agregados
são submetidos a algum tipo de degradação mecânica e medida a alteração provocada,
principalmente na granulometria original, ao final dadegradação. Desta forma, as
características de tenacidade, resistência abrasiva e até mesmo de dureza dos agregados
são presumidamente avaliadas. Em virtude destas características de procedim entos serem
semelhantes nestes ensaios, foram assim agrupados:
“Agregado graúdo – avaliação da resistência mecânica pelo método dos 10% de finos”
31
Métodos de Ensaios de Características Mecânicas e Valores de Aceitação de Agregados
(IPR, 1998).
-Análise granulométrica
31
tamanho sobre uma escala aritmética, enquanto que a abscissa é o tamanho da partícula
plotada sob uma escala logarítmica. As peneiras que têm designação em polegadas (3/4,
3/8, etc.) significam que a abertura das malhas é aquela referida.
Quando a designação é por nº da peneira (nº 10, 4, 40, 80, 200, etc.) significa que existe
aquele nº de aberturas por polegada quadrada, levando-se em consideração a espessura
do fio usado na malha da peneira. A peneira nº 10, por exemplo, significa que em 25,4 mm
2 de malha existem 10 orifícios. O tamanho do orifício é menor que 1/10 de polegada, uma
vez que a espessura do fio deve ser descontada.
Usualmente as graduações são expressas como porcentagem passante total, que indica o
percentual total de agregado em peso que passa em cada uma das peneiras.
A percentagem retida total é o somatório do peso retido em cada uma das peneiras. A
porcentagem retida, de dois tamanhos sucessivos de peneiras ou porcentagem individual
de cada tamanho é o percentual retido em peso em cada peneira.
31
Para ROBERTS et al (1996) a melhor graduação para uma mistura betuminosa é aquela
que proporcione um arranjo das partículas mais denso. Com a máximadensidade ter-se -ia
aumento na estabilidade, através do aumento dos contatos interpartículas e se reduziria os
vaz ios no agregado mineral. Porém, deverão existir suficientes espaços vazios para
permitir que o cimento asfáltico seja incorporado para assegurar durabilidade e para evitar
exsudação e/ou afundamento. Misturas densas também são mais sensíveis a pequenas
variações do teor de asfalto.Têm sido propostas numerosas graduações ideais para
densidade máxima. Uma das mais conhecidas é aquela proposta por Fuller e Thompson
em 1907, conhecida por Curva de Fuller na qual a equação para a densidade máxima é a
seguinte:P = (d/D)nx 100 onde “d” é o diâmetro da peneira em questão, P é a porcentagem
total passante ou mais fina que a peneira, “D” é o tamanho máximo do agregado e “n” é um
coeficiente variável. Para se obter a densidade máxima de um agregado o coeficiente “n ”
deve ser igual a 0,5.
No início dos anos 60, a FHWA (Federal Highway Administration) introduziu um gráfico de
graduação de agregados que é baseado na Curva de Fuller mas usa o expoente 0,45 na
equação. Este gráfico é muito conveniente para determinar a linha de densidade máxima e
para ajustar a graduação do agregado. Usado este gráfico a linha de densidade máxima
pode ser obtida facilmente ligando através de uma reta a origem do gráfico (canto inferior
esquerdo) até o ponto da porcentagem total do tamanh o nominal máximo. O tamanho
nominal máximo é definido como o maior tamanho de peneira, acima do qual nenhum
material é retido. A FHWA recomenda que este gráfico seja usado como parte do processo
de dosagem de misturas asfálticas.
31
Exemplos desta forma de apresentação da granulometria pode ser vista nas figuras 27 e
28.
Outro problema, citado por ROBERTS et al (1996), frequentemente causado por graduação
não adequada de agregado é a produção de misturas fracas (sensíveis).
31
Estas misturas não podem ser compactadas de maneira normal, porque elas são lentas no
desenvolvimento de estabilidade suficiente para suportar o peso do equipamento de
compactação. Na curva granulométrica destas misturas nota -se uma “corcunda” perto da
peneira nº 40 e uma inclinação quase plana entre as peneiras nº 40 e nº 8. Isto é usual
quando se usam areias naturais mal graduadas.
31
pode ser designado pela abertura nominal de uma peneira pela qual a porcentagem
passante seja igual ou imediatamente superior a 95% em massa.
b) Módulo de finura:
Série Normal: 76 -38 -19 -9,5 - 4,8 -2,4 - 1,2 -0,6 - 0,3 -0,15
A granulação descontínua é aquela na qual existe uma fa lta ou deficiência de certa fração
de tamanho de partículas ( curva 3 daFigura 28).
Curvas de graduação densa (fechada): São aqueles que contém de forma adequada todas
as frações granulométricas (curva 1) e satisfa zem a equação de Fuller - Talbot :
31
onde:
Para valores de “n” abaixo de 0,4 , há excesso de finos (curva 5) e acima de 0,6 há
deficiência de finos (curva 2). Misturas densas apresentam pequena percentagem de
vazios e boa estabilidade.
Curvas de graduação aberta : são aquelas onde existe uma deficiência de finos, sobretudo
de material que passa na # 200. Satisfazem a equação de F.T. para n >0,6. (curva 2).
Curvas de graduação uniforme: são aqueles que apresentam curva granulométrica onde o
tamanho má ximo. é próximo do tamanho mínimo. (curva 4). Satisfazem a equação de F.T.
para n>0,6.
Os agregados cujo tamanho mínimo está acima da # 4 são chamados de agregados tipo
macadame (one size agregades).Outra maneira de estimar a graduação dos agregados é
através do coeficiente de curvatura (Cc) onde os agregados de graduação densa devem
apresentar um Cc compreendido entre 1 e 3 .
Onde :
31
Os exemplos citados neste item estão expostos no Quadro a seguir e na Figura 29 .
Tabela 4. Granulometria
CONCLUSAO
31
Tal como acontece na generalidade dos casos em que se usa um betao de cimento como
material de construçao, tambem na realizaçao de um pavimento rodoviario, as
caracteristicas que condicionam o seu desempenho devem ter uma atençao especial.
BIBLIOGRAFIA
31
CARVALHO, Carlos A.B. (1997). Estudo da Contribuição das Deformações Permanentes
das Camadas de Solo na Formação das Trilhas de Roda num Pavimento Flexível. Escola
de Engenharia de São Carlos, USP, São Carlos, SP. Tese de Doutorado.
31