Você está na página 1de 4

Larissa de Sousa Soares Rodrigues 6º Termo

Políticas Sociais de Atendimento às crianças e aos adolescentes


no Brasil

1- O texto aborda o percurso histórico do pensamento e atendimento em relação à


crianças e adolescentes. Esquematize, as principais conquistas e avanços
resumidamente.

-Até 1980 havia uma visão de proteção as crianças e adolescente distante de políticas
sociais de atendimento a estes grupos como direitos de cidadania
-este quadro só foi alterado com a implementação da Constituição Federal e do ECA
-Antes e depois do ECA: a delimitação desses dois períodos se encontram na
concepção/significado de infância e adolescência além de diretrizes implícitas no sistema
jurídico resultantes desta concepção.
-Com o Estatuto da Criança e do Adolescente, tornaram este grupo sujeitos de direitos –
trazendo grande mudança representada em termos legislativos, normativos, culturais e
conceituais para as diretrizes, políticas públicas e serviços destinados ao atendimento da
criança e adolescência no Brasil.
-Na década de 40 com o Departamento Nacional da Criança e com o Serviço de Assistência
ao Menor ocorre um avanço estatal no serviço social de atendimento infantil e na
organização da proteção à maternidade e à infância.
-Conquistas da década de 50 à 60: manutenção do aparato legal; regulamentação dos
serviços de adoção.
-Em 1920 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância

2- Os autores trazem as legislações a respeito da infância e juventude. Considerando


as três principais legislações voltadas às crianças e adolescente – Código de
Menores de 1927, Código de Menores 1979, ECA (1990) – faça um comparativo sobre
as mudanças de pensamentos e/ou atendimento entre essas legislações.

-Código de Menores 1927:


-Visão higienista, repressiva e moralista.
-Contribuía na questão da saúde da criança prevendo acompanhamento médico, mas por
outro lado intervinha no abandono físico e moral das crianças, retirando o “pátrio poder” dos
pais.
-No âmbito jurídico, um avanço promulgado por essa lei foi a proibição de contratação de
crianças menores 12 anos para trabalhos, além de colocar o tempo máximo de seis horas
diárias de trabalho para menores de 18 anos.
-1959: Declaração Universal dos Direitos da Criança - criança passa a ser sujeito de direitos
(pessoa em desenvolvimento) para a ONU
- menor como objeto do direito penal X menor enquanto sujeito de direitos.

-Código de Menores de 1979


-Se alinhava aos moldes do antigo código de menores (1927)
-“os menores são sujeitos de direito quando se encontrarem em estado de patologia social,
definida legalmente, fazendo-se da vítima um réu e tornando a questão ainda mais jurídica
e assistencial”
-Com o fim do período ditatorial, novos modelos de proteção à criança começaram a existir,
dando abertura ao pensamento de que a criança pode ser de fato sujeito de direitos.

-Estatuto da Criança e do Adolescente (1990)


-Década de 80: restituição de direitos (organização política, expressão individual e coletiva,
greve, voto, entre outros).
-Constituição Federal 1988: ECA (1990), Lei Orgânica da Saúde – LOS (1990), Conanda
(1991), LOAS (1993), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), Lei Orgânica
de Segurança Alimentar (2006) e SUAS.
- Novo padrão político, jurídico e social
- Institucionalização da infância e da adolescência como sujeito de direitos e objeto de
proteção integral
- Descentralização, municipalização, controle e participação social
-Substituição do caráter repressivo do código de menores por uma visão de proteção à
criança e adolescente como dever do Estado, da família e da sociedade.
-Estatuto passa a direcionar as políticas.
-Criação de Conselhos municipais, estaduais e nacionais com participação popular.
- Sistema de Garantia de Direitos (conjunto de instituições, organizações, entidades,
programas e serviços de atendimento infanto-juvenil e familiar): política de atendimento à
infância e adolescência que devem atuar de forma articulada nos moldes previstos pelo
ECA e pela Constituição Federal.
-Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) - 1996
3- Algumas discussões que se mantém até os dias de hoje são levantadas pelos
autores datando historicamente. Assim sendo, reflita os contextos, discussões,
avanços e retrocessos, considerando os marcos levantados nesse roteiro e os
cenários políticos que os perpassam e influenciam.

As formas de proteção social à criança e ao adolescente bem como o modo que


estas são enxergadas, variam drasticamente de acordo com cada contexto citado ao longo
do texto. O percurso até a criança chegar a ser vista como sujeito de direitos foi
extremamente longo e provido de obstáculos. Apesar de todas as conquistas, o modelo
atual de proteção à criança e ao adolescente ainda não é o ideal, quando colocado em
prática (se fosse seguido conforme escrito, certamente as políticas estariam atingindo seu
público-alvo). O Estatuto da Criança e do Adolescente resultou em diversos progressos com
tudo o que prevê, entretanto não abrange a maioria dos que necessitam e o caminho de
lutas para a efetivação desses direitos é e deve ser contínua.

Você também pode gostar