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VICTOR VINICIUS BATISTA MACHADO

COVID-19 E OS IMPACTOS TRIBUTÁRIOS

Atividade exigida para obtenção de nota


na disciplina de Direito Tributário II,
Turma 10A, noturno, sob a orientação do
Prof. Wander.

ANÁPOLIS – 2020
O ano de 2020, a mudança de um viés político, uma discreta retomada da
economia e dos empregos formais, que nos noticiários chegavam a quase 1 milhão de
novos empregos e a chegada da COVID-19. Tudo começou na China e em poucos
meses tomou o mundo de assalto, e o Brasil, também como vítima desse evento, se
encontra perplexo, diante do estado de calamidade, pânico e medo ora instalado nas
terras tupiniquins.
O Brasil não possui e nunca possuiu um sistema de saúde de 1º mundo (apesar
do programa ser considerado, por vários países do mundo, de excelência), talvez pela
falta racional dos recursos públicos ou talvez pela falta da gestão correta de tais
recursos, o certo é que, o sistema sangra (ou está em vias de sangrar) perante a falta de
leitos de UTI para os infectados da COVID-19.
Os governos estaduais e municipais, frente a tão preocupante situação,
impuseram restrições severas aos comércios, bem como ao livre trânsito das pessoas,
impedindo reuniões, aglomerações e etc, a fim de evitar a disseminação da COVID-19,
ao contrário do governo federal que vem incentivando as pessoas, os trabalhadores, os
comerciantes, os informais a voltarem para as suas vidas cotidianas.
O que vemos, atualmente, é uma tensão assustadora entre a vida e a economia,
como evitar a disseminação da COVID-19 sem paralisar a economia? Sem destruir os
empregos e falir os comerciantes? São questões difíceis de serem respondidas, porém há
saídas como o tão falado isolamento vertical, tão em voga nas falas do Presidente Jair
Bolsonaro.
Saindo um pouco da esfera política e partindo para as ações in concreto do
Governo Federal, visualizamos uma série de medidas para o enfrentamento das
consequências econômicas da COVID-19, tais como, a MP n.927, que permite ao
empregador adotar regimes de teletrabalho, antecipar férias, impor banco de horas e etc.
Isso permite que o empregador, mantenha os seus funcionários nesse cenário
catastrófico de fechamento dos estabelecimentos comerciais.
Por não possuirmos uma saúde pública preparada, foi necessário também, por
parte do Governo Federal, zerar o Imposto de Importação dos produtos médicos e
hospitalares necessários para o combate da COVID-19, tais como as máscaras de
proteção, álcool gel, óculos, termômetros e etc. Tal medida é pertinente visto que o
Imposto de Importação é um tributo extrafiscal que objetiva regular a setores da
economia, e a sua redução é capaz de aumentar a importação, suprindo as necessidades
internas.
Em relação as dívidas inscritas na Dívida Ativa da União, a portaria
n.7820/2020, da PGFN, trouxe a figura da transação extraordinária, para assegurar que a
cobrança dessas dívidas sejam feitas de/na forma menos gravosa para o contribuinte,
assegurando também, o parcelamento e pagamentos diferenciados, permitindo a saúde
financeiras dos contribuintes nesse época calamitosa.
A portaria em retro, veio acompanhada da portaria 7821/2020, também da
PGFN, que suspendeu, por 90 dias, os prazos processuais de impugnação e recursos dos
processos administrativos no âmbito da Procuradoria Nacional, e demais
procedimentos. Dando oportunidade para que os envolvidos tenham tempo para se
organizarem quanto aos seus processos, que tenham tempo para produzirem sem serem
excluídos de programas que lhe são benéficos, bem como evitando aglomerações no
seio dessa instituição.
Assim concluímos que o Direito Tributário influencia por demais a vida do
cidadão brasileiro, tanto no aspecto da sua saúde, como também no aspecto econômico
e trabalhista. É como um jogo de xadrez, saber mover essas peças, é saber atravessar
longos dilúvios, é saber mover o destino do nosso País.

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