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Aula 07

Arquivologia p/ Concursos - Curso


Regular (Com Videoaulas) 2021

Autor:
Ricardo Campanario
Aula 07

3 de Janeiro de 2021
Ricardo Campanario
Aula 07

Sumário

Arquivo Intermediário & Classificação Documental .................................................................................. 2

1 - Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 2

2 - Arquivo Intermediário ........................................................................................................................... 4

2.1 - Surgimento e importância ............................................................................................................. 4

2.2 - Principais características ................................................................................................................ 5

3 - Classificação, Avaliação e Seleção/Destinação


404730................................................................................ 8

4 - Instrumentos de Gestão de Documentos........................................................................................ 12

4.1 - Plano de Classificação ................................................................................................................. 14

4.2 - Tabela de Temporalidade ........................................................................................................... 26

5 - Comissões de Avaliação e massas documentais acumuladas ..................................................... 40

6 - Terminologia Arquivística Aplicada .................................................................................................. 44

7 - Considerações Finais .......................................................................................................................... 52

Questões Comentadas ................................................................................................................................. 53

Gabarito .......................................................................................................................................................... 80

Resumo ........................................................................................................................................................... 81

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ARQUIVO INTERMEDIÁRIO & CLASSIFICAÇÃO DOCUMENTAL

1 - Considerações Iniciais

Olá pessoal!

Vamos em frente pois já estamos em nossa segunda metade do curso.

Depois de praticamente esgotarmos os assuntos do Arquivo Corrente e da primeira idade do Ciclo de


Vida dos documentos, hoje começaremos a falar do Arquivo Intermediário, o que estamos acostumados a
chamar da segunda idade de acordo com a super cobrada Teoria das 3 Idades.

Relembrando nosso caminho, note que depois de estudarmos os conceitos básicos da Arquivologia,
dos documentos e dos órgãos de documentação, nas últimas aulas mergulhamos em diversos temas que
tratam do documento no início de suas vidas, a chamada primeira idade.

Estudamos as funções arquivísticas, os métodos de arquivamento, todo o processo de gestão de


documentos e as atividades do protocolo. Tudo em detalhe. Fomos a fundo em tudo o que ocorre no arquivo
corrente.

Agora é hora de caminhar um pouquinho mais para frente. O documento praticamente esgotou as
suas funções administrativas e devemos decidir o que fazer com ele. Será que ele pode ser eliminado? Se
puder, precisa aguardar mais quanto tempo? E, nesse caso, aonde será arquivado? E na hora de eliminar, o
que é preciso fazer? Alguém precisa autorizar e acompanhar o processo?

E se o documento não puder ser eliminado? Como vou saber disso? Nesse caso, como e aonde devo
guardá-lo?

Pois é. Parece que logo após cumprir suas funções administrativas (aquelas para as quais o
documento foi mesmo criado) tudo se acabou e não há mais nada a fazer, a não ser descartar o documento
que já não serve mais para nada. Mas não é bem assim...

Após esse primeiro período abre-se um novo mundo de possibilidades que englobam a análise da
destinação final do documento, seu arquivamento até este momento derradeiro, e os instrumentos e órgãos
que nos auxiliam nesse caminho.

O documento agora está mais "velhinho". Digamos que amadureceu. Cumpriu seu papel enquanto
jovem e agora precisa ser tratado com respeito e dignidade. Há um caminho a ser trilhado e, por mais que
alguém possa não querer - em função de eventuais custos e empregos de recursos vistos como
"desnecessários" - é também uma imposição legal.

Vamos nos aprofundar neste tema. Importante fazer essa introdução para que você se situe no
caminho que estamos percorrendo.

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Começaremos falando dos arquivos intermediários e, logo em seguida, vamos entender como
definimos o futuro (ou a destinação final) dos documentos.

Aprenderemos também a construir e usar instrumentos como Planos de Classificação e Tabelas de


Temporalidade, que já visitamos em aulas anteriores, mas ainda de maneira superficial.

Como sempre, ao final da aula trarei mais uma vez termos do DBTA, relacionados ao tema, para
debatermos e reforçarmos alguns conceitos, além de tocar em pequenos pontos que, eventualmente, não
tenham sido enfatizados ao longo da aula.

Relembro que ao longo da aula usaremos conceitos teóricos de estudiosos do tema, seguidos de
explicações e exemplos e, ao final das discussões, geralmente teremos questões específicas sobre o assunto
tratado, ajudando no entendimento e na fixação dos conceitos.

Tento sempre trazer as questões mais recentes disponíveis, mas, às vezes, por razões pedagógicas, é
necessário usar questões um pouco mais antigas para ilustrar alguns pontos específicos ou chamar atenção
de algum conteúdo ou formato de cobrança da banca, especialmente aqueles de maior incidência.

Abaixo seguem meus contatos para dúvidas e sugestões. Vamos em frente!

Instagram: https://www.instagram.com/ricardocampanario

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2 - Arquivo Intermediário

2.1 - Surgimento e importância

Até a primeira metade do século XX tínhamos apenas duas idades de arquivos: a administrativa e a
histórica. Dessa forma os documentos passavam diretamente de um estágio a outro, sem que houvesse
qualquer transição entre eles.

Dependendo da existência de espaço na instituição que mantinha a posse dos documentos, eles eram
guardados as vezes por longos períodos em locais e condições inadequadas para a correta preservação.

Quando esse espaço não existia, os documentos eram recolhidos de maneira intempestiva a arquivos
permanentes, mesmo antes de terem cumprido seu papel administrativo por completo, congestionando
esses espaços de custódia definitiva com documentos que ainda cumpriam seu papel primário.

Com o avassalador crescimento da produção documental sobretudo a partir de segunda metade do


século XX, a situação tornou-se insustentável. Nesse contexto surgiu a teoria da Idade Intermediária e a
proposta de locais de guarda transitórios (antes da guarda definitiva ou da eliminação), formados por
documentos que não estão mais em uso corrente.

Hoje os arquivos intermediários são de reconhecida importância para toda a comunidade arquivística.

A principal função do arquivo intermediário é propiciar um arquivamento transitório, ou


seja, assegurar a preservação de documentos que não são mais movimentados e
utilizados pela administração, mas que devem ser guardados temporariamente,
enquanto aguardam o cumprimento dos prazos estabelecidos para a eliminação ou
recolhimento definitivo a arquivo permanente.

As despesas com as construções de depósitos intermediários são bem menores, se comparadas às


dos depósitos tradicionais, isso porque não precisam ocupar locais nobres como os arquivos correntes e
tampouco precisam ter as condições de utilização e preservação dos arquivos permanentes, pois são
transitórios.

Dessa forma, o principal ganho desse sistema é a significativa economia de recursos material e
humano empregados, assim como a redução de espaço necessário, sobretudo em locais de alto custo por
metro quadrado.

O arquivo intermediário planejado nesse formato tem a vantagem dupla de centralizar e administrar
os documentos que perderam sua utilidade corrente para a instituição. Evita ainda a eliminação sem
controle, permitindo a implantação de uma verdadeira política de conservação de arquivos.

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2.2 - Principais características

Tão logo a conferência e transferência da documentação para o arquivo intermediário é realizada,


deve-se proceder com a sua limpeza e, quando necessário, com a respectiva desinfestação.

O documento ao ser transferido para o arquivo intermediário preserva a sua classificação, recebida
ainda no arquivo corrente e tudo o que for a ele imputado, como marcas e notações, servirão exclusivamente
para localização e consultas enquanto estiver temporariamente custodiado no arquivo intermediário.

Como o documento permanece sob propriedade da entidade que originalmente a produziu, só a ela
será permitido o acesso aos documentos, exceto no caso da autorização de terceiros.

O arquivo intermediário deverá ser técnica e administrativamente submetido ao arquivo


permanente, evitando a criação indiscriminada de depósitos e mantendo a uniformidade da política
arquivística adotada.

Considerando que a economia é a razão principal da criação dos arquivos intermediários, os custos
de construção e dos equipamentos utilizados não devem superar em investimento o que é demandado por
arquivos tradicionais.

Veremos esse tema com mais profundidade ao longo do curso, mas detalhes como terrenos afastados
do centro e de valor mais baixo, uso de equipamentos e/ou materiais simples e de custo não elevado devem
ser observados no planejamento e construção do arquivo intermediário.

Em relação à construção, suas linhas gerais devem prever conformidade com o volume estimado da
massa de documentos esperada, instrumentos adequados de segurança e acesso rápido e fácil aos usuários,
sejam eles os administradores, funcionários ou demais demandantes da informação custodiada.

Por último, vamos as definições que temos para o arquivo intermediário:

Para o DBTA:

Conjunto de documentos originários de arquivos correntes, com uso pouco frequente, que
aguarda destinação.

Para o DTA a definição é muito parecida e recebe um acréscimo ao final:

Conjunto de documentos originários de arquivos correntes, com uso pouco frequente, que
aguardam em depósito de armazenamento temporário, sua destinação final.

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Finalmente, para Ieda Pimenta Bernardes e Hilda Delatorre, os arquivos intermediários são:

Documentos originários do arquivo corrente, com pouca frequência de uso e que


aguardam cumprimento de prazos de prescrição ou precaução no arquivo destinado à
guarda temporária.

São consultados, com maior frequência, pelo órgão produtor.

Nessa fase, após o cumprimento dos prazos estabelecidos, executa-se a destinação final
procedendo-se à eliminação, coleta de amostragem dos documentos que serão
eliminados ou recolhimento ao arquivo permanente.

(FUNDEP/Pref. Lagoa Santa-MG/Analista Administrativo/2019) Considerando o tema gestão de arquivos,


analise o trecho a seguir.
Atualmente, o(s) arquivo(s) ______________ é(são) considerado(s) uma necessidade reconhecida por
administradores e arquivistas. Sua função principal consiste em proceder a um arquivamento, por tempo
determinado, assegurando a preservação de documentos que não são mais movimentados, utilizados pela
administração e que devem ser guardados por período conveniente, aguardando o cumprimento dos
prazos definidos pelas comissões de análises ou por processo de triagem, em que será decidido se o
documento será arquivado para fins de prova ou pesquisa ou se será descartado.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna anterior.
a) morto
b) correntes
c) funcional
d) intermediários
Comentário:
Trago esta questão por duas razões: primeiro porque o enunciado possui definição precisa do que acabamos
de estudar: o arquivo intermediário. Além disso, uma das alternativas traz pegadinha típica das bancas, o
uso da expressão "arquivo morto", que não mais existe. Não caia nessa!
A alternativa D é a correta e é o gabarito da questão.
Veja que o examinador traz na definição vários pontos que acabamos de estudar: necessidade reconhecida
atualmente na arquivística, arquivamento por tempo determinado (ou temporário), preservação do
documento enquanto aguarda o cumprimento do seu prazo de guarda e destinação final, entre outros.

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Na letra A o examinador usa justamente essa expressão que não mais existe na arquivologia atual: "arquivo
morto". Ao vê-la, saiba que a alternativa está errada. Exemplo semelhante, porém em outro tema, é o
emprego do termo "confidencial" para indicar grau de sigilo de documento (veremos isso mais adiante).
Também não existe. Fique atento!!
A alternativa B fala de arquivo corrente. Esse já estudamos bastante e sabemos que não é lá que os
documentos aguardam o cumprimento de seus prazos de guarda e decisões sobre sua destinação final.
Na letra C, por fim, o examinador usa o termo arquivo "funcional", que sequer é uma nomenclatura oficial
de arquivos. A essa altura não dá mais para ter esse tipo de dúvida.

(CESPE/CADE/Agente Administrativo/2014) Com relação ao gerenciamento da informação e à gestão de


documentos, julgue o item subsecutivo.
A existência do arquivo intermediário é justificada pelos altos custos de manutenção dos documentos nos
arquivos correntes
a) Certo
b) Errado
Comentário:
A afirmativa está CORRETA.
Lembre-se do que estudamos logo no comecinho da aula:
As despesas com as construções de depósitos intermediários são bem menores, se comparadas às dos
depósitos tradicionais. Isso porque não precisam ocupar locais nobres como os arquivos correntes ocupam
(junto aos locais de produção dos documentos) e tampouco precisam ter as condições de utilização e
preservação dos arquivos permanentes, pois são transitórios.
Dessa forma, o principal ganho desse sistema é a significativa economia de recursos material e humano
empregados, assim como a redução de espaço necessário, sobretudo em locais de alto custo por metro
quadrado.

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3 - Classificação, Avaliação e Seleção/Destinação

Encerrado o período de arquivamento na fase corrente, alguns documentos podem ser eliminados
imediatamente, desde que assim estabelecido pela Tabela de Temporalidade da entidade a qual pertence.

No entanto, mesmo entre esses documentos que deverão ser eliminados, uma boa parte deverá ser
conservada por período mais longo em função de razões legais ou administrativas.

Nesse caso, como já vimos, não se justifica a guarda junto aos órgãos produtores, a custos e emprego
geral de recursos muito superiores do que se transferidos a um arquivo intermediário.

Reforçando parte do que já vimos, os arquivos intermediários são responsáveis por:

• Atender consultas feitas pelos órgãos depositantes.


• Coordenar transferência de novos documentos aos seus depósitos.
• Proceder a aplicação de tabelas de temporalidade por meio da seleção de documentos para
eliminação ou recolhimento.
• Coordenar o recolhimento de documentos permanentes para o arquivo de terceira idade (ou
permanente).

Para que tudo isso possa ocorrer, é necessário que os documentos sejam aceitos para a custódia
intermediária somente quando tiverem seus conteúdos, prazos de guarda e data de eliminação e/ou
recolhimento devidamente conhecidos. Só isso permitirá que o correto trabalho seja executado pelo arquivo
intermediário.

Assumindo que tudo isto está ok, caberá ao arquivo intermediário executar algumas de suas
atividades de gestão de documentos que passam pela Classificação, Avaliação e Seleção/Destinação de
documentos, especialmente as duas últimas.

É nesse momento, e utilizando os instrumentos mais importantes que vamos estudar hoje (o Plano
de Classificação e a Tabela de Temporalidade), que os profissionais do arquivo intermediário definem o
destino final dos documentos, ou seja, para onde vão e quando.

Antes de partir para os instrumentos de gestão de documentos, vamos relembrar rapidamente essas
atividades pois já as estudamos:

CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

Análise e identificação do conteúdo de documentos, seleção da categoria de assunto sob


a qual sejam recuperados, podendo-se lhes atribuir códigos.

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Existem alguns métodos de classificação, que devem ser conhecidos. São os métodos de classificação
de Schellenberg. De acordo com o estudioso, há três elementos principais que devem ser considerados nesse
processo de classificação (resultando nos três métodos de classificação): a ação ou atividade a que os
documentos se referem (funcional), a estrutura do órgão que os produz (estrutural ou organizacional) e os
assuntos dos documentos (por assuntos) .

MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DE
SCHELLENBERG

FUNCIONAL ASSUNTO
ORGANIZACIONAL
(ações do (estrutura do órgão) (assunto do
documento) documento)

AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS

Processo de análise de documentos de arquivo, que estabelece os prazos de guarda e a


destinação, de acordo com os valores que lhes são atribuídos.

A tabela de temporalidade traz duas informações críticas para a atividade de avaliação, que estamos
estudando: o prazo de guarda e a destinação final do documento.

O prazo de guarda, em linhas gerais, é basicamente o período que o documento deverá ficar
arquivado nos arquivos corrente e intermediário, cumprindo seus prazos prescricionais e precaucionais
(falaremos disso com mais detalhes um pouco mais adianta). É a informação que diz exatamente quando
aquele determinado documento deve ser eliminado ou recolhido para guarda permanente.

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Atenção para não confundir a definição de prazo de guarda com a de prazo de eliminação que,
segundo o DBTA, é o "prazo fixado em tabela de temporalidade ao fim do qual os documentos não
considerados de valor permanente deverão ser eliminados". Veja que o prazo de guarda não prevê a
eliminação obrigatória, como o prazo de eliminação.

Essa diferença costuma ser cobrada em prova. Veremos em algumas questões mais adiante.

Já a destinação final é outra informação trazida também pela tabela de temporalidade que aponta
se o documento, após cumprido seu prazo de guarda, deverá ser eliminado (quando não tem valor histórico)
ou deverá ser permanentemente custodiado (quando, aí sim, possui valor histórico).

SELEÇÃO E DESTINAÇÃO DE DOCUMENTOS

SELEÇÃO - Separação dos documentos de valor permanente daqueles passíveis de


eliminação, mediante critérios e técnicas previamente estabelecidos em tabela de
temporalidade.
DESTINAÇÃO - Decisão, com base na avaliação, quanto ao encaminhamento de
documentos para guarda permanente, descarte ou eliminação.

- Eliminação: destruição após o cumprimento do prazo de guarda e não existência de valor


secundário.

- Transferência: envio dos documentos para arquivo intermediário para cumprimento do prazo de
guarda e espera de sua destinação final. A Transferência pode ser permanente (realizada em intervalos
irregulares) ou periódica (seguindo cronograma de intervalos regulares).

- Recolhimento: envio dos documentos para arquivo permanente considerando que já cumpriu seus
prazos de guarda e possui valor secundário, seja ele histórico, probatório ou informativo. O Recolhimento,
por sua vez, pode ser sistemático (de acordo com cronograma), regular (sempre que ultrapassado o limite
de uso primário) ou selvagem (sem qualquer critério).

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TIPOS DE DESTINAÇÃO

Eliminação Transferência Recolhimento

Permanente Sistemático

Periódica Regular

Selvagem

Bem, após recordar cada uma dessas três etapas, vamos estudar mais a fundo os instrumentos de
gestão de documentos que são utilizados nesse momento: o Plano de Classificação e a Tabela de
Temporalidade.

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4 - Instrumentos de Gestão de Documentos

O Plano de Classificação e a Tabela de Temporalidade de Documentos de Arquivo são instrumentos


eficazes de gestão documental e os dois mais cobrados em provas.

Estes dois instrumentos garantem a simplificação e a racionalização dos procedimentos de gestão,


imprimindo maior agilidade e precisão na recuperação dos documentos e das informações.

Além disso, permitem uma eliminação criteriosa de documentos desprovidos de valor que justifique
a sua guarda e a preservação dos documentos de guarda permanente.

O Plano de Classificação de Documentos de Arquivo resulta da atividade de classificação


que recupera o contexto de produção dos documentos de arquivo, agrupando-os de
acordo com o órgão produtor, a função, a subfunção e a atividade responsável por sua
produção ou acumulação.

A Tabela de Temporalidade de Documentos de Arquivo resulta da atividade de


avaliação, que define prazos de guarda para os documentos em razão de seus valores
administrativo, fiscal, jurídico-legal, técnico, histórico, autoriza a sua eliminação ou
determina a sua guarda permanente.

Por fim, os dois instrumentos permitem a padronização da organização física do acervo e a aplicação
da Teoria das Três Idades (ciclo vital dos documentos). Muitas vezes as bancas perguntam se a Tabela de
Temporalidade se baseia no ciclo vital dos documentos ou na Teoria das Três Idades e a resposta é sim!

Os dois documentos, aliados a sistemas informatizados são requisitos fundamentais para a gestão
documental. Veja a ilustração a seguir, que resumo o que falamos.

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Imagem extraída de "Gestão Documental Aplicada" - Ieda Pimenta Bernardes e Hilda Delatorre.

(COPERVE/UFSC/Arquivista/2016) Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE os principais


instrumentos de gestão documental.
a) Plano de eliminação e tabela de temporalidade de documentos.
b) Plano de destinação e inventário analítico.
c) Plano de classificação e tabela de temporalidade de documentos.
d) Tabela de temporalidade de documentos e plano de avaliação.
e) Plano de avaliação e inventário sumário.
Comentário:
Questão de fixação e apenas para demonstrar como as bancas cobram o simples conhecimento isolado dos
2 instrumentos, ainda em entrar nos seus detalhes e utilizações.
A alternativa C é a correta e é o gabarito da questão.
Vimos até aqui que os dois instrumentos estudados são os principais instrumentos de gestão documental: o
plano de classificação e a tabela de temporalidade. Essa questão não dá para perder. Mas, atenção, eles não
são os únicos instrumentos. Há ainda o plano de classificação de acesso e de segurança, vocabulário
controlado, tesauro e outros. Portanto, não se esqueça. Eles são os mais importantes, mas não os únicos!

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Na letra A o examinador tenta confundir o candidato usando o termo plano de "eliminação" no lugar de
"classificação".
A alternativa B traz plano de "destinação" e inventário analítico. O plano de destinação existe. Segundo o
DBTA é o "esquema no qual se fixa a destinação dos documentos". Porém, ambos estão errados e não
respondem a questão colocada. Não se esqueça que a informação sobre a destinação final do documento
vem da Tabela de Temporalidade.
Na letra D a banca usa o mesmo artifício. Agora substitui o plano de "classificação" pelo de "avaliação",
sempre jogando com palavras parecidas e relacionadas, para confundir mesmo. Fique atento!
Por fim, na letra E as duas possibilidades não fazem parte dos instrumentos de gestão de documentos.

4.1 - Plano de Classificação

A ausência de normas, métodos e procedimentos de trabalho provocam o acúmulo desordenado de


documentos, transformando os arquivos em meros depósitos de papéis, dificultando o acesso aos
documentos e a recuperação de informações necessárias para a tomada de decisões no âmbito das
instituições públicas e privadas.

Isso afeta a principal função dos arquivos que é disponibilizar a informação correta, no momento
correto para as pessoas corretas, ou seja, perde-se a eficácia do processo.

Diante dessa realidade, a elaboração do Plano de Classificação assume uma importância relevante
como ferramenta de gestão documental, exigindo, para sua elaboração, profundo conhecimento da
estrutura e funcionamento do organismo produtor.

O Plano de Classificação de Documentos de Arquivo apresenta os documentos


hierarquicamente organizados de acordo com a função, subfunção e atividade
(classificação funcional), ou de acordo com o grupo, subgrupo e atividade (classificação
estrutural), responsáveis por sua produção ou acumulação.

Avançando nos conceitos iniciais, veja qual a definição atribuída a plano de classificação pelo DBTA:

Esquema de distribuição de documentos em classes, de acordo com métodos de


arquivamento específicos, elaborado a partir do estudo das estruturas e funções de uma
instituição e da análise do arquivo por ela produzido. Expressão geralmente adotada em
arquivos correntes.
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Segundo Ieda Pimenta Bernardes e Hilda Delatorre os principais objetivos e benefícios da classificação
de documentos são:

• Organização lógica e correto arquivamento de documentos.


• Recuperação da informação ou do documento.
• Recuperação do contexto original de produção dos documentos.
• Visibilidade às funções, subfunções e atividades do organismo produtor.
• Padronização da denominação das funções, atividades e tipos/séries documentais.
• Controle do trâmite.
• Atribuição de códigos numéricos.
• Subsídios para o trabalho de avaliação e aplicação da Tabela de Temporalidade.

O SURGIMENTO DOS DOCUMENTOS

Vamos agora relembrar rapidamente um pouco do que já estudamos no início do curso sobre o
nascimento dos documentos e sua relação com a organização e com o seu contexto de criação.

Lembre-se que ao longo da função criação (que estudamos no protocolo), o documento é criado no
decorrer do exercício das funções e atividades de um órgão público ou empresa privada.

Nesse contexto os documentos são acumulados organicamente, de forma natural,


independentemente da natureza ou do suporte da informação. Além disso, os documentos de arquivo
caracterizam-se por sua unicidade e por serem provenientes de uma única fonte geradora, ou seja, do
organismo que os produziram.

O arquivo, portanto, é um conjunto indivisível de documentos que espelha a trajetória e o


funcionamento do organismo produtor.

Tudo isso é importante, nos prepara para os próximos passos e ajuda a revisar boa parte do que já
estudamos por aqui, especialmente nas aulas iniciais.

Indo adiante, o documento em seu contexto original de produção é pleno de significado, pois integra
um conjunto de documentos que possibilita compreender as funções e atividades executadas pelo órgão
produtor. Lembre-se do princípio da Organicidade! De acordo com ele os documentos de arquivo não têm
importância em si mesmos, isolados, ainda que contenham informações aparentemente valiosas.

Sendo assim, o profissional encarregado de realizar a classificação dos documentos deve conhecer
profundamente as funções, atividades e estrutura da empresa para a qual está prestando serviços.

A classificação de um documento de arquivo exige uma rigorosa análise documental que deve partir,
antes de qualquer coisa, da definição do objeto a ser analisado: o documento de arquivo e seu contexto.

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Os documentos de arquivo são registros de informação, em qualquer suporte, produzidas, recebidas


e mantidas por um órgão público ou empresa privada no exercício de suas atividades, que apresentam
características próprias:

• São produzidos, recebidos ou acumulados organicamente no exercício de funções e atividades de um


órgão público ou empresa privada.

• Já nascem com valor probatório. Primeiro, porque testemunham o exercício de uma função/atividade
e, segundo, porque podem asseguram direitos individuais ou coletivos.

METODOLOGIAS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE CLASSIFICAÇÃO

Considerando o volume da produção documental, recomenda-se que o trabalho seja realizado,


primeiramente, com os documentos resultantes do exercício das atividades-meio, pois nessas áreas já
existem trabalhos que podem servir de referência e a legislação que fundamenta prazos prescricionais está
mais disponível e é mais conhecida, ou seja, é mais simples e seguro começar a construir os planos de
classificação por aqui.

A atividade-meio é a ação, encargo ou serviço que um órgão leva a efeito para auxiliar e viabilizar o
desempenho de suas atribuições específicas e que resulta na produção e acumulação de documentos
comuns nos vários órgãos e entidades, documentos estes de caráter instrumental e acessório.

Exemplos de funções que podem ser consideradas atividades-meio: Organização e administração;


Comunicação institucional; Gestão de recursos humanos; Gestão de bens materiais e patrimoniais; Gestão
orçamentária e financeira; Gestão de documentos e informações; Gestão de atividades complementares,
entre outras.

Já a atividade-fim é a ação, encargo ou serviço que um órgão leva a efeito para o efetivo desempenho
de suas atribuições específicas e que resulta na produção e acumulação de documentos típicos, de caráter
substantivo e essencial para o seu funcionamento.

Exemplos de funções que agrupam as atividades-fim: Cultura, Educação, Meio Ambiente, Saúde,
Segurança Pública, Prestação de Serviços (médico, odontológico, consultoria, consertos...),Exploração de
atividade econômica (fabricação de móveis, restaurantes, supermercados).

MÉTODO ESTRUTURAL (OU ORGANIZACIONAL)

A classificação estrutural representa, de acordo com o organograma, os vários níveis de divisão


interna do organismo produtor: coordenadorias, departamentos, divisões, centros, setores e cada um
dentro da estrutura executa determinadas atribuições.

Se a atribuição de um setor for transferida para um outro ou, então, se um novo setor for criado e
suas atribuições forem redistribuídas, todos os documentos deverão ser reclassificados para acompanhar a
reestruturação.

Atenção pois esse é um enorme retrabalho que pode ser criado ao longo do processo e que traz
desvantagens ao método estrutural quando comparado ao método funcional.
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As maiores desvantagens da classificação estrutural são:

• estrutura muitas vezes não reflete na íntegra as funções da organização;


• a estrutura está sujeita a constantes alterações, gerando retrabalhos;
• um mesmo documento pode acabar tendo códigos distintos, bastando para isso estar
relacionado a uma mesma função, porém em departamentos diferentes.

Para exemplificar a classificação estrutural, vamos tomar como exemplo uma empresa que atua na
área da construção civil. Ao longo de seu desenvolvimento, a empresa foi organizada em três Diretorias:
Técnica, Comercial e Administrativa-Financeira. Essa foi a primeira divisão interna da empresa.

Com o tempo o trabalho cresceu e uma nova estrutura foi introduzida. As Diretorias foram
subdivididas em Gerências:

• Diretoria Técnica subdividiu-se em Gerência Técnica e de Obras e em Gerência de


Suprimentos.
• Diretoria Comercial subdividiu-se em Gerência Comercial, Gerência de Orçamentos e Gerência
de Contratos.
• Diretoria Administrativa-Financeira subdividiu-se em Arquivo Central, Gerência Financeira e
Gerência Administrativa e de Recursos Humanos.

A esta altura as Gerências constituíram a segunda divisão interna da empresa.

Mas, o volume de trabalho cresceu ainda mais, assim como a complexidade na gestão, e as Gerências
precisaram se subdividir em setores de trabalho ainda mais específicos, que constituíram a terceira divisão
interna da empresa.

Pois bem, quando os documentos de uma Diretoria, Gerência ou Setor chegam ao arquivo, é preciso
que eles sejam identificados de acordo com a sua origem (unidade produtora) para que não se misturem
com os documentos de outra Diretoria, Gerência ou Setor.

Por isso, o primeiro passo para se organizar corretamente um arquivo é o estudo da estrutura e do
funcionamento da organização responsável pela produção e acumulação de documentos. Esse estudo das
estruturas, funções e atividades é que permitirá elaborar um Plano de Classificação.

Observe a seguir o plano de classificação da empresa que descrevemos acima, após todas as suas
readequações de estrutura:

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Os exemplos utilizados neste capítulo foram inspirados ou extraídos de "Gestão Documental Aplicada" - Ieda Pimenta Bernardes e Hilda Delatorre.

O Plano de Classificação é a representação lógica da estrutura e do funcionamento da organização.


Por isso, o arquivo organizado de acordo com a classificação proposta assemelha-se a um espelho que reflete
a imagem da organização com toda fidelidade.

Observando o Plano, identificamos as funções de natureza técnica que desencadeiam a realização de


atividades-fim, ou seja, atividades que justificam a sua criação: edificação de obras públicas e particulares.

Identificamos também as funções que se relacionam com a administração interna da empresa. Essas
funções desencadeiam a realização de atividades-meio, pois constituem os instrumentos utilizados pela
organização para atingir os seus fins.

São as atividades auxiliares, comuns a todos os órgãos públicos e empresas privadas, geralmente
identificadas como Orçamento e Finanças, Recursos Humanos, Material e Patrimônio, Comunicação,
Atividades Complementares como transporte, manutenção, portaria, zeladoria, etc.

O objetivo da classificação dos documentos, portanto, é facilitar a recuperação da informação ou do


documento com economia de tempo e dinheiro.

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Para alcançar esse objetivo, apesar do grande volume de documentos que a organização produz e
recebe, torna-se necessário um Plano de Classificação que indique a família do documento, permitindo o
seu correto arquivamento.

A classificação permite a organização física dos documentos, mas também a sua organização lógica
por meio da atribuição de códigos numéricos de identificação das famílias, ou seja, das funções e atividades
geradoras dos documentos. Observe que no Plano os três primeiros números corresponderão sempre à
unidade produtora dos documentos.

Digamos que nos chegou ao arquivo um documento do Departamento de Pessoal. O código da


unidade produtora do documento será 3.3.1, não é? Mas o Departamento de Pessoal realiza inúmeras
atividades e produz vários documentos diferentes. Como organizá-los?

Além de identificar o setor, é preciso identificar também as atividades realizadas pelo setor e os
documentos produzidos em decorrência do exercício dessas atividades.

Bem, de forma geral o que faz um Departamento de Pessoal? Seleciona candidatos, controla a
frequência dos funcionários, promove cursos de treinamento, controla as férias e licenças, expede atestados
e certidões. Dessa forma, essas atividades é que serão responsáveis pela produção dos documentos desse
setor. Tomemos, novamente, o exemplo da Construtora.

Note que, para organizar o documento, é preciso saber qual a atividade responsável por sua
produção. Qual é o documento em questão? Digamos que seja a folha de ponto.

Devemos responder então por quem e para que são produzidas as folhas de ponto. As folhas de ponto
são produzidas pelo setor de Departamento de Pessoal para exercer a atividade de controlar a frequência
dos funcionários. Mas para cumprir essa atividade, apenas as folhas de ponto são produzidas? Evidente que
não.

Vejamos, abaixo, os documentos gerados pela atividade de controlar a frequência dos funcionários.

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Então, podemos afirmar: para arquivar corretamente as folhas de ponto e encontrá-las no arquivo com
rapidez, quando o setor de Departamento de Pessoal solicitá-las, devemos classificar.

as folhas de ponto com o código 3.3.1.2.6.

Esse é o método estrutural. Percorremos desde as razões da sua existência, características de sua
composição até exemplos práticos da alocação de documentos em sua estrutura proposta.

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O outro método que precisamos conhecer e que contrasta com o que estudamos agora em função das
premissas utilizadas é o Método Funcional. Vejamos a seguir.

MÉTODO FUNCIONAL

A classificação funcional é a representação lógica das funções, subfunções e atividades do organismo


produtor.

Por isso, ela independe da estrutura e de suas mudanças no decorrer do tempo, o que de cara já
confere uma vantagem em comparação ao método estrutural e seus previsíveis retrabalhos após cada
alteração de estrutura da organização.

A classificação funcional é a mais apropriada para órgãos públicos do Poder Executivo. Esses órgãos
sofrem frequentes alterações em sua estrutura, de acordo com as mudanças periódicas e previsíveis do
cenário político. Apesar de mais complexa, a classificação funcional é mais duradoura.

Considerando-se que as estruturas podem mudar com alguma frequência e que as funções e
atividades, em geral, permanecem estáveis, o Plano de Classificação funcional permite atualizações
periódicas sem comprometer os códigos numéricos de classificação atribuídos aos tipos/séries documentais.

Ao contrário da classificação estrutural, a classificação funcional tem grandes vantagens:

• as funções e atividades permanecem inalteradas;


• identifica a totalidade das funções e atividades do organismo produtor;
• as atividades e documentos comuns às várias unidades da estrutura do organismo constarão
uma única vez no Plano de Classificação.

Assim como vimos graficamente a confecção da classificação estrutural até chegarmos ao documento
referente a Folha de Ponto, veja a seguir como o mesmo processo acontece via classificação funcional.

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Note que por meio do método funcional chegamos à classificação da mesma Folha de Ponto porém,
seguindo um outro ordenamento lógico, baseado nas funções ou atividades da organização e não em sua
estrutura funcional, como já havíamos observado anteriormente.

Por fim, temos o método por Assunto, não muito utilizado, mas que é necessário conhecer.

MÉTODO POR ASSUNTO

Qualquer que seja o método de classificação adotado deve-se evitar a utilização do “assunto” tanto
na identificação da função e da atividade, quanto na identificação do tipo/série documental.

A identificação da função e atividade como “assunto” poderá causar dificuldades ao processo de


avaliação, que deverá incidir sobre conjuntos documentais e não sobre assuntos ou unidades isoladas.

Ainda, um mesmo tipo/série documental poderá ser associado a “assuntos” distintos, o que
ocasionará dificuldades no momento da classificação.

O “assunto” refere-se ao conteúdo informativo do documento e deverá ser identificado no momento


da descrição, que é uma outra atividade da gestão documental.

ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE CLASSIFICAÇÃO

O organismo produtor é a instituição ou entidade, pública ou privada, juridicamente constituída e


organizada responsável pela execução de funções e atividades.

Para cumprir a finalidade pela qual foi criado, o organismo produtor executa inúmeras atribuições.
Essas atribuições apresentam-se distribuídas entre suas diversas unidades internas (Coordenadorias,
Departamentos, Divisões, Centros, Setores).

Para estudar a estrutura e o funcionamento do organismo produtor é necessário localizar as fontes de


informação: documentos relacionados à sua criação e instalação, documentos de reformulação ou
redirecionamento administrativo, organogramas, leis, decretos, regimentos, regulamentos, estatutos,
relatórios de atividades, estatutos sociais, atas de reunião, planos de metas, projetos institucionais.

O estudo da estrutura e do funcionamento do organismo produtor permite identificar o conjunto de


atribuições relacionadas às atividades-fim e atividades-meio, e, a partir das atribuições identificar as funções,
subfunções e atividades das quais decorrem a produção dos documentos.
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ATRIBUIÇÃO DOS CÓDIGOS DE CLASSIFICAÇÃO

No Plano de Classificação, o órgão produtor, as funções, subfunções, atividades e documentos


apresentam-se hierarquicamente organizados e recebem códigos numéricos próprios.

“O código de classificação é a referência numérica que associa o documento ao seu


contexto de produção, e é composto das seguintes unidades de informação: órgão
produtor; função; subfunção; atividade e série documental”. - São Paulo (Estado). Decreto
estadual nº 48.897/2004, artigo 13.

Veja abaixo um exemplo de estrutura, adotada pelo Estado de São Paulo.

Como exemplo, no Estado de São Paulo o código de classificação da série documental é composto das
seguintes unidades de informação: órgão produtor, função, subfunção, atividade, série documental.

Órgão produtor: é o órgão público ou empresa privada juridicamente constituída e organizada


responsável pela execução de funções e atividades.

Função: corresponde ao conjunto das atividades que um órgão público ou empresa privada exerce
para a consecução de seus objetivos. As funções podem ser diretas ou essenciais (atividades-fim) e indiretas
ou auxiliares (atividades-meio).

As funções indiretas ou auxiliares são as que possibilitam a infra-estrutura administrativa, financeira,


de recursos humanos, de material e patrimônio, transporte e de comunicação, infra-estrutura necessária ao
desempenho concreto e eficaz das funções essenciais.

Subfunção: refere-se a um agrupamento de atividades afins, correspondendo cada subfunção a uma


vertente da respectiva função.

Atividade: ações, encargos ou serviços decorrentes do exercício de uma função.

Veja abaixo ilustração do Plano de Classificação de Documentos da Administração Pública do Estado


de São Paulo: Atividades-Meio, oficializado pelo Decreto nº 48.897/2004:

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(CESPE/TCE-PA/Assistente Ministerial Controle Externo/2019) A classificação de documentos de arquivo é


determinada
a) pelo tema do documento.
b) pelo assunto do documento.
c) pelas funções e atividades da instituição.
d) pelo ato de recebimento ou pela expedição.
e) pela pertinência do conjunto documental.
Comentário:
Vimos ao longo do estudo sobre Planos de Classificação que a classificação dos documentos de arquivo é
sempre determinada de preferência pelas funções ou atividades da instituição ou pela sua estrutura. E que,
de preferência, não devem ser determinadas em função dos assuntos que envolvem os documentos.
Sendo assim, vamos as alternativas:
Na alternativa A o examinador fala em tema do documento. Essa classificação se aproxima da classificação
por assunto e, definitivamente, não é a classificação indicada.
Na letra B, o mesmo contexto, agora com o assunto do documento. Também não é o indicado.

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A alternativa C é a correta e é o gabarito da questão. Consiste no uso das funções e atividades da instituição,
aplicando-se o método de classificação funcional dos documentos.
Na letra D o examinador "cria" novo critério, de recebimento ou expedição de documentos. Não faz sentido.
Finalmente, na letra E atribui-se a classificação à "pertinência" do conjunto documental. Também não tem
nada a ver com o que estudamos até aqui. Fuja disso.

(CESPE/TJ-AM/Analista Judiciário/2019) Julgue o item subsequente, relativo a funções arquivísticas.


De acordo com a literatura arquivística, os instrumentos de classificação de documentos devem ser
elaborados com base nas funções da instituição.
a) Certo
b) Errado
Comentário:
A afirmativa está CORRETA.
Esta questão reforça ainda mais o que vimos até agora. Os instrumentos de classificação (neste caso o Plano
de Classificação) deve se basear nas funções e atividades da instituição e nunca nos assuntos ou temas dos
documentos.

4.2 - Tabela de Temporalidade

O DESAFIO DA GUARDA OU ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS

É comum termos, mesmo em casa, um acúmulo desordenado e desnecessário de documentos e papéis


diversos em armários, escrivaninhas e gavetas. A pergunta que vem em seguida é: "Será que eu posso jogar
fora esses documentos ou vou precisar deles em algum momento? Será que ainda são úteis para alguma
coisa?"

Exatamente ao nos fazermos essa pergunta nos colocamos diante do grande desafio da avaliação de
documentos.

Existem documentos que não podemos eliminar jamais porque comprovam fatos ou atos
fundamentais para nossa existência civil e para nossa vida pessoal: certidão de nascimento, de casamento,
de óbito, diplomas e certificados, histórico escolar, cédula de identidade, título de eleitor, carteira de
motorista, carteira de trabalho, escrituras de imóveis, cartas, fotografias de família etc.

Ao perder ou eliminar tais documentos, uma pessoa não tem como provar sua existência ou
realizações, e, por isso, não pode exercer os seus direitos.

No entanto, determinados documentos cumprem uma função importante durante um certo tempo e
depois perdem o seu valor original e devem ser eliminados, sob pena de dificultarem o acesso a outros
documentos com valor informativo e probatório relevantes.
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Trata-se de documentos rotineiros que acumulamos em grande volume ao longo de nossa vida: notas
fiscais, contas de água, luz, telefone, gás, carnês de prestações, recibos de pagamento, notas fiscais, extratos
bancários, imposto de renda, convites etc. Por isso, de tempos em tempos, nos sentimos obrigados a realizar
uma “limpeza” nas gavetas e armários.

O grande desafio nesse momento é saber o que podemos e/ou devemos eliminar e quando, sem
prejudicar nenhum de nossos direitos e sem destruir nossas melhores lembranças.

Se você eliminar uma nota fiscal e depois desejar trocar ou consertar uma mercadoria, a loja não
efetuará a troca e nem o conserto. Por quê? Porque a nota fiscal prova que aquela mercadoria de fato foi
adquirida naquela determinada loja e sem essa prova, o seu direito de trocar ou consertar a mercadoria não
poderá ser exercido.

Em função disso, a nota fiscal somente poderá ser eliminada quando se esgotar o prazo de troca
(previsto no Código de Defesa do Consumidor) ou o prazo da garantia (definido no certificado de garantia do
produto).

Se você não conhecer ou não souber como exercer os seus direitos, precisará da colaboração de um
outro profissional que possa orientá-lo. Por isso, na Arquivologia, não decidimos sozinhos sobre os valores
dos documentos.

Nesse sentido, observamos que não é possível e nem desejável que todos os documentos sejam
preservados.

No entanto, a preservação e a eliminação dependem de uma análise prévia dos


documentos que possa nos orientar sobre quais deles e quando devem ser eliminados.

Esse trabalho de análise denomina-se avaliação de documentos e, nesse processo,


geralmente precisamos contar com a colaboração de outros profissionais, de outras áreas
do conhecimento.

Nas organizações, públicas e privadas, a situação é bastante parecida. Da mesma forma, nos
deparamos com documentos que devem ser preservados e outros que precisam ser eliminados quando seus
valores tiverem se esgotado, para que não prejudiquem o restante do trabalho de gestão documental.

Em geral devemos preservar tipos documentais relacionados ao funcionamento da instituição e as


suas atividades-fim, tais como contratos sociais e alterações contratuais, metas e programas, propostas
técnicas, projetos, etc. Esses documentos certamente precisam ser preservados para sempre, sob pena da
empresa perder a sua “memória”.

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Por outro lado, outros documentos possuem um valor fiscal que se esgota depois de cinco anos (de
acordo com o Código Tributário Nacional), tais como notas fiscais, comprovantes de pagamento,
comprovantes de recebimento, extratos bancários, etc.

Esses documentos que têm seu prazo de guarda definido no Código Tributário (denomina-se prazo
prescricional o prazo de guarda definido em lei), poderão ser eliminados, após os cinco anos, sem nenhum
prejuízo para a empresa.

O importante é perceber que a guarda do documento decorre do valor que ele possui.

Analisar os valores dos documentos é uma atividade técnica da gestão documental denominada
avaliação.

A Tabela de Temporalidade de Documentos de Arquivo é o instrumento resultante da atividade de


avaliação documental.

A AVALIAÇÃO DOCUMENTAL

A avaliação documental é um processo multidisciplinar de análise que permite a


identificação dos valores dos documentos, para fins da definição de seus prazos de
guarda e de sua destinação final (eliminação ou guarda permanente).

Importante salientar ainda que a avaliação contribui decisivamente para a racionalização dos arquivos,
para a agilidade e eficiência administrativa, bem como para a preservação do patrimônio documental.

Vale lembrar, como já estudamos, que os valores primários ou imediatos relacionam-se ao motivo que
determinou a produção do documento, considerando seu uso para fins administrativo, jurídico-legal e fiscal.

Já os valores secundários ou mediatos relacionam-se ao potencial do documento como prova ou fonte


de informação para a pesquisa em qualquer área do conhecimento (urbanismo, meio-ambiente, história,
clínica médica etc.)

Dentro desse contexto, a avaliação consiste fundamentalmente em identificar valores e


definir prazos de guarda para os documentos de arquivo, independentemente de seu
suporte material ser o papel, o filme, a fita magnética, o disquete, o disco ótico ou qualquer
outro.

Assim como a classificação, a avaliação deve ser realizada no momento da produção do documento,
para evitar a produção e acumulação desordenadas.
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A avaliação deve ser realizada dentro de parâmetros técnicos e jurídicos, a fim de se assegurar ao
processo de análise a maior objetividade possível.

Por isso, observa-se, de um lado, a legalidade (a conformidade dos prazos de guarda com a legislação
vigente) e, por outro, a legitimidade (a elaboração multidisciplinar e coletiva de critérios).

OBJETIVOS E BENEFÍCIOS DA AVALIAÇÃO DOCUMENTAL

Os principais objetivos do processo de avaliação documental, estão listados abaixo:

• Identificar os valores imediatos e mediatos dos documentos.


• Definir os prazos de guarda e a destinação dos documentos.
• Elaborar a Tabela de Temporalidade de Documentos.
• Agilizar a recuperação dos documentos e das informações.
• Reduzir a massa documental acumulada.
• Liberar espaço físico.
• Dar visibilidade e preservar os documentos de guarda permanente.
• Autorizar a eliminação criteriosa de documentos.
• Estimular a pesquisa e uso de dados retrospectivos.

RAZÕES PARA A CRIAÇÃO DA TABELA DE TEMPORALIDADE DE DOCUMENTOS

Vimos no início desta aula que com o Plano de Classificação garantimos a organização lógica e física
dos documentos, recuperamos as informações em seu contexto original de produção e visualizamos as
funções, subfunções e atividades do organismo produtor.

Por essas razões, o Plano de Classificação precede e orienta a elaboração da Tabela de Temporalidade
de Documentos.

Porém, mesmo com o Plano de Classificação, continuamos com os arquivos abarrotados de


documentos e sem espaço para acomodá-los, pois diante do volume não é possível guardar a totalidade da
produção documental.

Desta forma torna-se necessário fazer a avaliação de documentos e consolidar os resultados dessa
análise na Tabela de Temporalidade de Documentos, instrumento que autoriza a eliminação de documentos
rotineiros, sem valor para a administração ou para a coletividade e que, ao mesmo tempo, garante a
preservação de documentos com relevante valor informativo e probatório.

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O QUE É A TABELA DE TEMPORALIDADE DE DOCUMENTOS

A Tabela de Temporalidade é o instrumento de gestão, resultante da avaliação


documental, aprovado por autoridade competente, que define prazos de guarda e a
destinação de cada série documental, determinando sua preservação ou autorizando a
sua eliminação.

Para o DBTA a Tabela de Temporalidade é:

Instrumento de destinação, aprovado por autoridade competente, que determina prazos


e condições de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou
eliminação de documentos.

A oficialização e efetiva aplicação da Tabela de Temporalidade permitirá ao órgão ou entidade


preservar os documentos que possuam valor probatório e informativo relevantes e que sejam considerados
de guarda permanente, ou ainda, eliminar com segurança, de acordo com os procedimentos técnicos e
legais, aqueles documentos desprovidos de valor, sem que haja prejuízo à administração ou à sociedade.

Em se tratando de documentos públicos ou considerados de interesse público, a Tabela de


Temporalidade deverá ser encaminhada para aprovação da instituição arquivística pública em sua esfera de
competência, de acordo com o que determina o artigo 9.º da Lei Federal n.º 8.159/1991.

Veja abaixo:

Art. 9º - A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter


público será realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua
específica esfera de competência.

Por ser um instrumento dinâmico de gestão, a Tabela de Temporalidade deve ser atualizada
periodicamente: primeiro, porque com o passar do tempo, é provável que muitos documentos deixem de
existir e outros novos sejam produzidos, segundo, porque a legislação ou as razões administrativas ou
técnicas que justificaram alguns prazos de guarda podem sofrer alterações.

METODOLOGIAS PARA A ELABORAÇÃO DA TABELA DE TEMPORALIDADE

Vamos ver a seguir como é construída uma Tabela de Temporalidade de Documentos e em que tipo
de informação se baseia e regula cada um dos campos disponíveis na tabela.

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Tal análise segue as instruções do Manual "Gestão Documental Aplicada", do Arquivo Público do
Estado de São Paulo, escrito por duas das arquivistas que mais têm nos servido de fonte ao longo desta aula:
Ieda Pimenta Bernardes e Hilda Delatorre.

CAMPOS DE INFORMAÇÃO DISPONÍVEIS

Na Tabela de Temporalidade de Documentos deverão constar os seguintes campos de informação


(veja abaixo na ilustração):

• prazos de guarda (na unidade produtora e na unidade com atribuição de arquivo)


• destinação (eliminação ou guarda permanente)
• observações.

ETAPAS PARA A ELABORAÇÃO DA TABELA

As informações necessárias para preencher os campos da Tabela de Temporalidade serão obtidas por
meio da avaliação de documentos.

Para compreender melhor o que é avaliação de documentos vamos a seguir analisar cada uma das
seguintes etapas:

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1. Identificação dos valores dos documentos:

• Valor primário ou imediato (administrativo, fiscal e legal): O valor primário decorre da razão pela
qual o documento foi gerado pela instituição, no exercício de suas atividades, destacando-se os
valores administrativo, fiscal e legal.
• Valor secundário ou mediato (probatórios, informativos, históricos e culturais): Alguns documentos,
mesmo depois de esgotado seu valor primário, continuam tendo relevância probatória, informativa,
cultural ou histórica e, portanto tornam-se importantes fontes de pesquisa, tanto para a
administração quanto para a comunidade.

2. Análise do ciclo de vida dos documentos

Esta etapa compreende o estudo dos documentos desde a sua criação até a sua destinação final,
permite identificar os valores e definir o tempo em que o documento deverá permanecer na unidade
produtora (arquivo corrente) e na unidade com atribuições de arquivo (arquivo intermediário ou central),
bem como se a sua destinação será a guarda permanente (arquivo permanente) ou a eliminação.

3. Pesquisa da temporalidade dos documentos

• Considerando a legislação específica: O objetivo desta etapa de trabalho é identificar o prazo de


guarda do documento definido na legislação (prescrição).
Para tanto, o primeiro passo é o levantamento da legislação que determina eventuais prazos de
prescrição dos documentos produzidos/acumulados no exercício das atividades-meio e das
atividades-fim. Por exemplo: Leis, Decretos, Resoluções, Portarias e outros atos normativos.
• Considerando as necessidades administrativas: Para os documentos cujos prazos de guarda não são
regulamentados por legislação específica deverão ser consideradas as necessidades administrativas
do órgão/entidade, a fim de se definir os prazos de guarda (precaução) e a destinação dos
documentos.
Esse trabalho deverá contar com a colaboração dos representantes das áreas envolvidas, pois são
eles que, como produtores ou acumuladores dos documentos, melhor conhecem sua área de
atuação, suas normas, procedimentos, trâmites, rotinas e antecedentes.

4. Definição dos prazos de guarda dos documentos: vigência, prescrição e precaução

Realizada a pesquisa na legislação e o estudo das necessidades administrativas poderá ser


preenchido o campo PRAZOS DE GUARDA (em anos) na Tabela:

Com fundamento em legislação específica ou nas demandas administrativas para cada série
documental deverá ser indicado o correspondente prazo de guarda, ou seja, o tempo de permanência de
cada conjunto documental na unidade produtora e na unidade com atribuições de arquivo.

Unidade Produtora: deve ser indicado o número de anos em que o documento deverá permanecer
no arquivo corrente, cumprindo a finalidade para a qual foi produzido.

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Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que se conservam junto às unidades


produtoras em razão de sua vigência e da frequência com que são por elas consultados.

Quando utilizamos o conceito vigência, na unidade produtora, estamos nos referindo ao


intervalo de tempo durante o qual o documento produz efeitos administrativos e legais
plenos, cumprindo as finalidades que determinaram sua produção. Este intervalo de
tempo deverá, sempre que possível, ser definido em anos e quando não for possível,
recomenda-se o uso da palavra VIGÊNCIA.

O registro da informação que explica o término da VIGÊNCIA deverá ser inserido no campo
OBSERVAÇÕES, veja abaixo:

Unidade com atribuições de Arquivo: deve ser indicado o número de anos em que o documento
deverá permanecer na unidade com atribuições de arquivo cumprindo prazos prescricionais ou
precaucionais (documentos intermediários).

Consideram-se documentos intermediários aqueles com uso pouco frequente que aguardam prazos
de prescrição e precaução nas unidades que tenham atribuições de arquivo.

Os prazos considerados para a definição do tempo de guarda na Unidade com atribuições de arquivo
são os seguintes:

Prazo de Prescrição – intervalo de tempo durante o qual pode-se invocar a tutela do Poder Judiciário
para fazer valer direitos eventualmente violados. O tempo de guarda dos documentos será dilatado sempre
que ocorrer a interrupção ou suspensão da prescrição, em conformidade com a legislação vigente. Veja
exemplo abaixo:

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Prazo de Precaução – intervalo de tempo durante o qual guarda-se o documento por precaução, antes
de eliminá-lo ou encaminhá-lo para guarda permanente. Veja mais um exemplo na sequência:

O prazo de guarda do documento na unidade com atribuições de arquivo, frequentemente, coincide


com o seu prazo prescricional e precaucional e deve ser contado a partir do cumprimento do prazo de
vigência na Unidade Produtora.

É importante considerar que estes prazos podem ser interrompidos quando instaurada uma ação
judicial ou por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, passando a se contar o prazo, novamente, a
partir da data da decisão ou resolução do ato que a interrompeu.

Por outro lado, uma simples consulta ao documento não interrompe a contagem do prazo previsto na
unidade com atribuições de arquivo.

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5. Destinação final: eliminação ou guarda permanente

O último passo da avaliação é definir, em razão de seus valores, se a destinação de cada uma das séries
documentais é a eliminação ou a guarda permanente.

Entende-se por destinação a decisão decorrente da avaliação documental, que determina o seu
encaminhamento.

Eliminação: Os documentos destinados à eliminação são aqueles que já cumpriram seus prazos de
guarda na unidade produtora e na unidade com atribuições de arquivo e não apresentam valor secundário
que justifique a sua guarda.

Documentos de guarda temporária são aqueles que, esgotados os prazos de guarda na unidade
produtora ou nas unidades que tenham atribuições de arquivo, podem ser eliminados sem prejuízo para a
==62cfa==

coletividade ou memória do órgão público o empresa privada.

Guarda permanente: Os documentos destinados à guarda permanente são aqueles cujas informações
são consideradas imprescindíveis ao órgão produtor e para a comunidade.

Esses documentos, além do valor administrativo, legal e fiscal, encerram também valor de prova e
servem como fonte para a pesquisa e, portanto, devem ser definitivamente preservados.

São exemplos de documentos de guarda permanente os constitutivos e extintivos de direitos, os que


encerram orientações normativas, os que refletem a evolução social, econômica e administrativa da
instituição, os que emanam da direção superior, como planos, projetos, programas e relatórios anuais, os
que tratam de política de pessoal, dentre outros.

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6. Preenchimento do campo Observações

Este campo da Tabela é reservado para o registro dos atos legais e das razões de natureza
administrativa que fundamentaram a indicação dos prazos propostos ou ainda informações relevantes
sobre a produção, guarda ou conteúdo do documento.

Veja a seguir um exemplo completo de Tabela de Temporalidade, com todos os campos que estudamos
ao longo da aula:

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(NC-UFPR/FPMA/Auxiliar Administrativo/2019) Fazem parte da configuração da tabela de temporalidade


e destinação de documentos de arquivo, EXCETO:
a) Assunto.
b) Observações.
c) Prazos de guarda.
d) Tipo de arquivo.
e) Destinação final.
Comentário:
Veja que a banca cobra exatamente o conhecimento da configuração da Tabela de Temporalidade.
Vimos ao longo da aula que a Tabela traz todas as informações que derivam do Plano de Classificação e, na
sequência, as informações resultantes da atividade de avaliação (veja abaixo). Portanto temos as
informações do assunto do documento (resultado da classificação), os prazos de guarda, as informações
sobre a destinação final (após o cumprimento dos prazos de guarda) e a coluna de observações.

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Dessa forma a alternativa D é a correta e é o gabarito da questão. O "tipo do documento" é a única


informação que não consta na Tabela de Temporalidade, conforme podemos ver acima.
As alternativas A, B, C e E trazem exatamente os campos disponíveis na Tabela de Temporalidade, conforme
estudamos.

(CESPE/PGE-PE/Assistente de Procuradoria/2019) Acerca da gestão de documentos, julgue o item que se


segue.
O prazo de prescrição é estabelecido na tabela de temporalidade e é fundamentado em estimativas de
uso.
a) Certo
b) Errado
Comentário:
A afirmativa está ERRADA.
Ao olharmos a definição de prazo de guarda no DBTA encontramos a previsão para a utilização das
"estimativas de uso".
Vejamos "prazo de guarda" no DBTA: "Prazo, definido na tabela de temporalidade e baseado em estimativas
de uso, em que documentos deverão ser mantidos no arquivo corrente ou no arquivo intermediário, ao fim
do qual a destinação é efetivada".
Note portanto que a utilização do "tempo de uso" para o prazo de guarda estaria correta, mas não para o
prazo de prescrição (ou prescricional) que é o período em que ainda se pode tutelar direito junto ao Poder
Judiciário.

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Para o próprio DBTA a prescrição é: "Extinção de prazos para a aquisição ou perda de direitos contidos nos
documentos”, portanto não fundamentado em estimativas de uso.

(AOCP/UFPB/Arquivista/2019) Assinale a alternativa que apresenta o conceito de Tabela de


Temporalidade, conforme o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística.
a) Instrumento no qual consta o registro de informações sobre documentos eliminados após terem cumprido
o prazo de guarda.
b) Instrumento legal que define e formaliza o recolhimento de documentos ao arquivo permanente.
c) Instrumento legal que define e formaliza a transferência de documentos ao arquivo intermediário.
d) Instrumento de destinação, aprovado por autoridade competente, que determina prazos e condições de
guarda, tendo em vista a transferência, o recolhimento, o descarte ou a eliminação de documentos.
e) Listagem descritiva do acervo adotada em arquivos permanentes.
Comentário:
Veja nesta última questão de aquecimento que as bancas cobram também o conhecimento literal da
definição da tabela de temporalidade.
Segundo o DBTA a TTD é: instrumento de destinação, aprovado por autoridade competente, que determina
prazos e condições de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou eliminação de
documentos, ou seja, literalmente a definição trazida por uma das alternativas da questão.
Dessa forma a alternativa D é a correta e é o gabarito da questão.
A alternativa A fala em registro de informações sobre documentos eliminados. Não é isso que a TTD faz...
Na letra B fala-se de instrumento que formaliza o recolhimento de documentos. Também não é isso. A TTD
até indica o momento do recolhimento via prazos informados, mas não o formaliza.
Na alternativa C o examinador usa o mesmo cenário, mas agora atribui o mesmo papel à transferência de
documentos, no lugar do recolhimento. Também não é isso.
Por último, a letra E é ainda mais distante do que seria possível para confundir o candidato. Fala em listagem
do acervo. Longe disso.

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5 - Comissões de Avaliação e massas documentais acumuladas

Devemos começar esta parte da aula recorrendo ao Decreto 4.073/2002, que regulamenta a Lei 8.159
de 1991, conhecida por Lei Nacional dos Arquivos.

Além de regulamentar toda a composição e funcionamento do Conarq e do SINAR, como já estudamos,


o Decreto cria ainda as Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos, órgãos responsáveis por
orientar e realizar o processo de análise, avaliação e seleção da documentação produzida e acumulada no
seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação dos documentos para guarda permanente e a
eliminação dos destituídos de valor.

Veja abaixo o texto, na íntegra, do artigo 18, que trata especificamente deste tema:

Capítulo IV

DA GESTÃO DE DOCUMENTOS

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Seção I

Das Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos

Art. 18. Em cada órgão e entidade da Administração Pública Federal será constituída
comissão permanente de avaliação de documentos, que terá a responsabilidade de
orientar e realizar o processo de análise, avaliação e seleção da documentação produzida
e acumulada no seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação dos documentos
para guarda permanente e a eliminação dos destituídos de valor.

§ 1o Os documentos relativos às atividades-meio serão analisados, avaliados e


selecionados pelas Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos dos órgãos e das
entidades geradores dos arquivos, obedecendo aos prazos estabelecidos em tabela de
temporalidade e destinação expedida pelo CONARQ.

§ 2o Os documentos relativos às atividades-meio não constantes da tabela referida no


1o
§ serão submetidos às Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos dos órgãos
e das entidades geradores dos arquivos, que estabelecerão os prazos de guarda e
destinação daí decorrentes, a serem aprovados pelo Arquivo Nacional.

§ 3o Os documentos relativos às atividades-fim serão avaliados e selecionados pelos


órgãos ou entidades geradores dos arquivos, em conformidade com as tabelas de
temporalidade e destinação, elaboradas pelas Comissões mencionadas no caput,
aprovadas pelo Arquivo Nacional.

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O QUE SÃO AS COMISSÕES DE AVALIAÇÃO E QUAL O SEU PAPEL?

As Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos são grupos permanentes e


multidisciplinares responsáveis pela elaboração e aplicação, em suas respectivas áreas
de atuação, de Planos de Classificação e de Tabelas de Temporalidade de Documentos.

Devem integrar as Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos profissionais de diferentes


áreas como as áreas jurídica, administração geral, orçamentária e financeira, protocolo e arquivo,
informática e de áreas específicas de atuação do órgão, entidade ou empresa.

Às Comissões de Avaliação cabe, também, propor critérios para orientar a seleção de amostragens dos
documentos destinados à eliminação.

Para garantir a efetiva aplicação dos Planos de Classificação e Tabelas de Temporalidade de


Documentos, as Comissões de Avaliação deverão solicitar as providências necessárias para sua inclusão nos
sistemas informatizados utilizados nos protocolos e arquivos de seus respectivos órgãos ou entidades.

As Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos deverão receber orientação técnica na área


arquivística das unidades de Arquivo Central e, em se tratando de documentos públicos, também das
instituições arquivísticas públicas em suas respectivas esferas de competência.

Para executar a atividade de avaliação dos documentos as Comissões Permanentes de Avaliação de


Documentos poderão solicitar a nomeação de grupos de trabalho auxiliares ligados às diversas áreas de
atuação do organismo produtor, por ser um trabalho de grande complexidade e responsabilidade.

MASSAS DOCUMENTAIS

O grande desafio no momento de avaliar massas documentais acumuladas nos arquivos centrais ou
intermediários, especialmente nos do setor público, é que o critério predominante de arquivamento dos
processos administrativos ainda é o sequencial numérico/cronológico, de acordo com o número recebido
no protocolo no momento da autuação.

Essa prática resulta na mistura de documentos gerados no exercício de funções e atividades distintas,
tornando difícil a recuperação do contexto original da produção.

A avaliação de documentos arquivados em sequência numérica implica basicamente na análise de


documento por documento, o que é bastante trabalhoso face à massa documental acumulada com o
decorrer do tempo.

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É frequente, por isso, a eliminação sem critério ou mesmo o acúmulo de documentos por períodos
indefinidos, sem que ocorra o devido processo de eliminação. Ainda, e igualmente grave, muitas vezes é feita
a reprodução do acervo em outros suportes, sem a prévia identificação e avaliação dos conjuntos
documentais.

O que se busca, nessa visão de curto prazo é a liberação de espaço. Contudo, esse procedimento pode
representar um investimento inútil quando incidir sobre documentos rotineiros, repetitivos, desprovidos de
valor informativo ou probatório, que poderiam ser eliminados, conservando-se deles apenas pequenas
amostragens.

Por isso, a avaliação deve preceder qualquer processo de reprodução de documentos, seja pela
microfilmagem, seja pela digitalização.

Vale lembrar que documentos digitalizados, embora possuam valor legal de acordo com a
Lei 13.874/2019, precisam ter seus originais preservados quando de guarda permanente,
mesmo após a respectiva digitalização ou microfilmagem.

(DIRPS/UFU/Auxiliar Administração/2017) Com relação ao que dispõem as políticas de arquivos públicos


e privados, é correto afirmar que
a) à exceção das fundações públicas, todas as entidades da Administração Pública constituirão comissão
temporária de avaliação de documentos.
b) no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, cabe à comissão temporária de
avaliação de documentos identificar os documentos para a guarda permanente.
c) no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, cabe à comissão permanente de
avaliação de documentos identificar os documentos para a guarda permanente e eliminar os destituídos de
valor.
d) a fim de identificar e eliminar os documentos destituídos de valor, os órgãos e entidades públicas devem
constituir uma comissão temporária de avaliação de documentos.
Comentário:
A alternativa C é a correta e é o gabarito da questão.
É exatamente o que vimos até aqui. Na Administração Pública Federal, cabe à Comissão Permanente de
Avaliação de Documentos a identificação da destinação final dos documentos, com base na Tabela de
Temporalidade. A destinação, trazida pela alternativa da questão, pode ser a eliminação ou a guarda
permanente, como já estudamos.

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Na alternativa A, as fundações públicas não são uma exceção.

Na letra B o erro é que a Comissão não é "temporária", mas sim permanente.


Finalmente, na letra D o erro se repete. Novamente se fala em comissão "temporária", no lugar de
permanente. Atenção com essa pegadinha comum!

(CESPE/FUB/Arquivista/2015) A respeito das políticas públicas e da legislação aplicadas à arquivística,


julgue o item subsequente.
A avaliação de documentos dos órgãos da administração pública federal deve ser realizada pela Comissão
Permanente de Avaliação de Documentos, conforme exigência legal.
a) Certo
b) Errado
Comentário:
A afirmativa está CORRETA e basicamente resume boa parte do que estudamos.
Veja a definição das Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos estabelecida pelo Decreto
4.073/2002: "Em cada órgão e entidade da Administração Pública Federal será constituída comissão
permanente de avaliação de documentos, que terá a responsabilidade de orientar e realizar o processo de
análise, avaliação e seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação, tendo em
vista a identificação dos documentos para guarda permanente e a eliminação dos destituídos de valor".

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6 - Terminologia Arquivística Aplicada

Estamos caminhando para o final de mais uma aula.

A partir daqui vamos discutir termos ligados ao Arquivo Intermediário e seus instrumentos, tudo isso
diretamente ligado à Terminologia Arquivística.

Como você já está acostumado, traremos definições do DBTA, pois é muito comum termos ao menos
uma perguntinha de Terminologia Arquivística nas provas de Arquivologia.

Vamos aos termos!

ACUMULAÇÃO

Reunião de documentos produzidos e/ou recebidos no curso das atividades de uma entidade
coletiva, pessoa ou família.

Vimos que um dos grandes problemas enfrentados e "resolvidos" pelos instrumentos de gestão
de documentos (o Plano de Classificação e, especialmente, a Tabela de Temporalidade) é a
acumulação de documentos.

Com a aplicação dos prazos de guarda da TTD é possível ao profissional responsável pela gestão
arquivística da instituição realizar a seleção e eliminar os documentos desprovidos de valor
secundário, minimizando o volume documental acumulado.

ARQUIVO INTERMEDIÁRIO

Conjunto de documentos originários de arquivos correntes, com uso pouco frequente, que aguarda
destinação.

Um dos maiores focos de nosso estudo na aula de hoje.

É o arquivo característico da segunda idade documental onde, como se lê na definição, aguarda-


se a destinação final do documento após o cumprimento dos prazos de guarda, seja ela a
eliminação ou recolhimento ao arquivo permanente.

ARQUIVO PERMANENTE

Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor.

Apenas complementando o tema acima, quando o documento é provido de valor secundário


(prova, histórico, informativo ou cultural) é recolhido em caráter definitivo ao arquivo
permanente.

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ATIVIDADE-FIM

Atividade desenvolvida em decorrência da finalidade de uma instituição. Também chamada atividade


finalística.

Falamos bastante das atividades fim e meio (veja abaixo), especialmente no momento em que
discutimos as metodologias para a elaboração de um Plano de Classificação.

A recomendação, aliás, é que o desenvolvimento do plano se inicie pelas atividades-meio, onde


já existem trabalhos que podem servir de referência e a legislação que fundamenta prazos
prescricionais está mais disponível e é mais conhecida.

ATIVIDADE-MEIO

Atividade que dá apoio à consecução das atividades-fim de uma instituição. Também chamada
atividade mantenedora.

Complementando o comentário acima, alguns exemplos de atividade meio são: Organização e


administração; Comunicação institucional; Gestão de recursos humanos; Gestão de bens
materiais e patrimoniais; Gestão orçamentária e financeira; Gestão de documentos e
informações; Gestão de atividades complementares, entre outras.

AVALIAÇÃO

Processo de análise de documentos de arquivo, que estabelece os prazos de guarda e a destinação,


de acordo com os valores que lhes são atribuídos.

Das atividades de gestão de documentos que estudamos nessa aula a avaliação talvez seja a mais
importante delas.

É o "ponto de partida" para o processo de eliminação documental, que nos ajuda a lidar com o
acúmulo de documentos, como vimos acima.

CLASSIFICAÇÃO

1 Organização dos documentos de um arquivo ou coleção, de acordo com um plano de


classificação, código de classificação ou quadro de arranjo.

2 Análise e identificação do conteúdo de documentos, seleção da categoria de assunto sob


a qual sejam recuperados, podendo-se lhes atribuir códigos.

A classificação foi outra atividade sobre a qual falamos bastante ao longo da aula. Essas são duas
das três definições constantes no DBTA que se relacionam com o que estudamos hoje.

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A atividade de classificação não só gera o Plano de Classificação como depois, com base nele,
permite que os documentos sejam organizados de forma eficiente visando sua futura localização.

CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO

Código derivado de um plano de classificação.

Veja que há na própria definição do DBTA uma referência explícita ao código, que é retirado do
Plano de Classificação para ser atribuído ao documento em questão.

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO E DESTINAÇÃO

Grupo multidisciplinar encarregado da avaliação de documentos de um arquivo, responsável


pela elaboração de tabela de temporalidade.

Vimos que as Comissões Permanentes de Avaliação e Destinação de Documentos são os grupos


responsáveis em última instância pela avaliação dos documentos e a execução de sua destinação
final, seja ela a guarda permanente ou a eliminação.

Atenção com a pegadinha Comissão "Permanente" (certo!) versus Comissão "Temporária"


(errado!), assim como várias outras denominações que as bancas usam para embaralhar o
candidato.

CUSTÓDIA

Responsabilidade jurídica de guarda e proteção de arquivos, independentemente de vínculo


de propriedade.

Esse é um termo que temos usado bastante ao longo do curso e que, salvo engano, ainda não
trouxemos aqui para a área de Terminologia.

Nada mais é do que a própria guarda do documento. Exemplo: quando o documento é recolhido
do arquivo intermediário ou do corrente para o permanente, a sua custódia é alterada de um
para o outro.

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DESCARTE

Exclusão de documentos de um arquivo após avaliação.

É a conclusão do processo de eliminação. Após a avaliação que, neste caso, indica que o
documento deve ser eliminado após o cumprimento do seu prazo de guarda. Tão logo chegue
esse momento o documento deve ser descartado.

DESTINAÇÃO

Decisão, com base na avaliação, quanto ao encaminhamento de documentos para guarda


permanente, descarte ou eliminação. Ver também plano de destinação e tabela de temporalidade.

Outra palavrinha importante para a prova. Após a avaliação dos documentos com base nos
Planos de Classificação e, especialmente, na Tabela de Temporalidade de Documentos, é a hora
de se tomar a decisão final quanto a destinação do documento, seja ela a guarda permanente ou
a eliminação.

DIGITALIZAÇÃO

Processo de conversão de um documento para o formato digital por meio de dispositivo apropriado,
como um escâner.

Falaremos mais sobre digitalização em aulas mais adiante, mas hoje já vimos que, ao lidar com
massas documentais, caso não tenha inteiro conhecimento do valor e da classificação dos
documentos, o arquivista pode tomar decisões erradas.

Neste caso específico ele pode, inadvertidamente, duplicar os documentos em outros formatos
(cópias digitalizadas, microfilmes, etc.), de forma desnecessária, chegando a investir tempo,
dinheiro e espaço em documento que poderiam , por exemplo, serem simplesmente descartados.

EDITAL DE CIÊNCIA E ELIMINAÇÃO

Ato publicado em periódicos oficiais que tem por objetivo anunciar e tornar pública a eliminação.

Este é um documento importante e que você tem que conhecer para a prova.

Realizada a avaliação e decidida que a destinação final do documento é a eliminação, uma


listagem de eliminação (veja mais abaixo) será endereçada à Comissão Permanente de Avaliação
de Documentos que, após concluir que tudo está correto, efetuará a publicação de Edital de
Ciência e Eliminação, comunicando que a relação de documentos em anexo será eliminada.

Percorridos os prazos legais e não havendo qualquer manifestação em contrário ao processo de


eliminação, o processo poderá ser concluído, com o descarte definitivo dos documentos
relacionados.

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ELIMINAÇÃO

Destruição de documentos que, na avaliação, foram considerados sem valor permanente.


Também chamada expurgo de documentos.

É a conclusão do processo de avaliação que indica que a destinação do documento é a eliminação.

Como vimos acima, o ato final de eliminação deve acontecer somente após a publicação do Edital
de Ciência e Eliminação.

LISTAGEM DE ELIMINAÇÃO

Relação de documentos cuja eliminação foi autorizada por autoridade competente. Também
chamada lista de eliminação.

É exatamente a listagem que citamos acima, quando do cumprimento do processo de publicação


do Edital de Ciência e Eliminação.

PLANO DE CLASSIFICAÇÃO

Esquema de distribuição de documentos em classes, de acordo com métodos de arquivamento


específicos, elaborado a partir do estudo das estruturas e funções de uma instituição e da análise do
arquivo por ela produzido. Expressão geralmente adotada em arquivos correntes.

É a definição oficial de Plano de Classificação, que estudamos bastante ao longo da aula.

PLANO DE DESTINAÇÃO

Esquema no qual se fixa a destinação dos documentos.

Esse é o plano que deriva da decisão pós avaliação do documento, ou seja, a etapa que define se
o documento será arquivado de forma permanente ou será eliminado após o cumprimento de
seus prazos de guarda.

PRAZO DE ELIMINAÇÃO

Prazo fixado em tabela de temporalidade ao fim do qual os documentos não considerados


de valor permanente deverão ser eliminados.

Atenção para não confundir com o prazo se guarda. Embora tenham funções muito parecidas,
são diferentes em relação à definição.

Veja a seguir a definição de Prazo de Guarda e atente-se para a diferença em relação à


"necessidade" de eliminação.

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PRAZO DE GUARDA

Prazo, definido na tabela de temporalidade e baseado em estimativas de uso, em que documentos


deverão ser mantidos no arquivo corrente ou no arquivo intermediário, ao fim do qual a destinação
é efetivada. Também chamado período de retenção ou prazo de retenção.

É o prazo que tanto estudamos ao longo da aula, presente na Tabela de Temporalidade e que
leva em conta tanto a legislação como as necessidades e o uso interno do documento.

Note que não prevê a obrigatoriedade da eliminação, como o prazo de eliminação que vimos
acima.

PRESCRIÇÃO

Extinção de prazos para a aquisição ou perda de direitos contidos nos documentos.

Relacionado as demandas legais relativas ao documento.

Lembre-se que no cálculo dos prazos de guarda são considerados os prazos prescricionais (legais)
e precaucionais (uso e funções administrativas).

RECOLHIMENTO

1 Entrada de documentos públicos em arquivos permanentes, com competência formalmente


estabelecida.

2 Operação pela qual um conjunto de documentos passa do arquivo intermediário para o arquivo
permanente.

É a migração do documento para o arquivo permanente.

Acontece, por exemplo, quando após a atividade de avaliação conclui-se que o documento possui
valor secundário. Dessa forma não pode ser eliminado e deverá ser recolhido ao arquivo
permanente para guarda definitiva.

RELAÇÃO DE RECOLHIMENTO

Listagem descritiva do acervo adotada em arquivos permanentes.

É uma relação de documentos de valor secundário e que, por isso, estão custodiados de forma
definitiva em um arquivo permanente. Cuidado para não confundir com a relação de eliminação
que vimos mais acima.
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SELEÇÃO

Separação dos documentos de valor permanente daqueles passíveis de eliminação, mediante


critérios e técnicas previamente estabelecidos em tabela de temporalidade.

Outra importante atividade entre as que estudamos hoje.

A seleção ocorre após a avaliação, ou seja, após determinados quais documentos devem ser
eliminados e quais devem ser arquivados de forma definitiva.

O processo de seleção literalmente separa um grupo do outro, evitando eliminações não


programadas ou arquivamentos desnecessários.

TABELA DE TEMPORALIDADE

Instrumento de destinação, aprovado por autoridade competente, que determina prazos e condições
de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou eliminação de documentos.

Não podia faltar aqui justamente a definição oficial da Tabela de Temporalidade, talvez o tema
que tenhamos mais estudado ao longo desta aula.

TERMO DE ELIMINAÇÃO

Instrumento do qual consta o registro de informações sobre documentos eliminados após


terem cumprido o prazo de guarda.

Outro termo importante para a sua prova. É a formalização daquilo que é eliminado. Tudo isso
fica formalmente registrado em um termo de eliminação, para controle e eventual conferência
futura.

TERMO DE RECOLHIMENTO

Instrumento legal que define e formaliza o recolhimento de documentos ao arquivo permanente.

Mais um instrumento legal que, desta vez, lista e registra os documentos RECOLHIDOS ao arquivo
PERMANENTE em função de seu valor histórico detectado ao longo da atividade de avaliação.

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Preste atenção nos termos em maiúscula pois tudo daqui para baixo cai muito em prova.

TERMO DE TRANSFERÊNCIA

Instrumento legal que define e formaliza a transferência de documentos para o arquivo intermediário

Mais uma vez, um instrumento legal que, agora, lista e registra os documentos TRANSFERIDOS
ao arquivo INTERMEDÁRIO.

TRANSFERÊNCIA

Passagem de documentos do arquivo corrente para o arquivo intermediário.

É a migração do documento do arquivo corrente para o arquivo intermediário.

Essa é questão clássica de prova e a atenção deve ficar voltada para o termo "TRANSFERÊNCIA".

Quando a migração se dá entre o arquivo intermediário e o permanente, o termo correto é


"RECOLHIMENTO".

Isso cai sempre!

VALOR PRIMÁRIO

Valor atribuído a documento em função do interesse que possa ter para a entidade produtora,
levando-se em conta a sua utilidade para fins administrativos, legais e fiscais.

É o valor administrativo, como já vimos. Após esgotado, caso o documento não tenha valor
secundário (veja abaixo), deverá ser eliminado.

VALOR SECUNDÁRIO

Valor atribuído a um documento em função do interesse que possa ter para a entidade produtora e
outros usuários, tendo em vista a sua utilidade para fins diferentes daqueles para os quais foi
originalmente produzido.

É o valor que confere ao documento o direito de ser guardado de forma definitiva, após recolhido
a um arquivo permanente.

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7 - Considerações Finais

Pessoal, chegamos ao final de mais uma etapa.

Essa é uma aula que abusa de conceitos, explicações e ilustrações de processos, pois hoje fomos a
fundo na constituição de dois instrumentos importantíssimos para a Arquivologia: o Plano de Classificação
de Documentos e a Tabela de Temporalidade de Documentos.

Não tem como não conhecer bem esses dois instrumentos. É importante, inclusive, ser capaz de
identificá-los visualmente. De tudo que estudamos nesta aula, isso é o que tem a maior probabilidade de ser
cobrado.

Além disso, hoje certamente ficou muito clara aquela sensação de ida e vinda sobre a qual sempre
alerto você.

Natural, pois já falamos de classificação e avaliação anteriormente mas, não há como retomar a
conversa sobre esses dois instrumentos, sem relembrar e até mesmo aprofundar a discussão sobre esses
dois processos.

Como falamos na abertura da aula, estamos avançando na "cadeia" de gestão documental. Deixamos
o arquivo corrente (1a fase) e hoje entramos no intermediário. É aqui que se define o que vai acontecer com
cada um dos documentos e, para isso, sua classificação e avaliação são fundamentais. Vimos que é apenas
por meio da identificação dos valores desses documentos que essa decisão é tomada.

Bem, a partir daí vamos avançando cada vez mais. Na próxima aula falaremos do Arquivo
Permanente, ou seja, daqueles documentos que, com base em sua classificação e nos valores secundários
que possuem, acabam tendo como destinação final a custódia permanente, assim indicada na sua respectiva
Tabela de Temporalidade.

Tá vendo como os assuntos estão interligados?! Não tem jeito. É muito provável que na próxima aula
voltemos a falar de temas desta aqui também...

Antes que eu esqueça, falamos também das Comissão Permanentes de Avaliação de Documentos.
Importante saber o que são e quais os seus papéis. Vira e mexe temos uma perguntinha sobre isso.

Por último, no capítulo de Terminologia temos mais uma vez um apanhado de alguns dos termos que
estudamos hoje, da forma como o DBTA os define. Vale dar uma reforçada no conteúdo estudado com as
definições do Dicionário.

Bem, ficamos por aqui. Muito bom estarmos juntos mais uma vez. Nos vemos breve, na próxima aula.
Tchau!

E-mail: ricardo.campanario@gmail.com

Instagram: https://www.instagram.com/ricardocampanario

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QUESTÕES COMENTADAS

ARQUIVO INTERMEDIÁRIO

1. (NC-UFPR/ITAIPÚ/Secretária Executiva/2019) O prazo precaucional dos conjuntos documentais


deverá ser cumprido nos arquivos:

a) Correntes.
b) Intermediários.
c) Permanentes.
d) Correntes e Intermediários.
e) Intermediários e Permanentes.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. No arquivo corrente ficam os documentos que têm alta frequência de uso,
ainda vigentes e que, portanto, não estão cumprindo prazos precaucionais.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Vimos ao longo da aula que o prazo de precaução é o intervalo de tempo durante o qual guarda-se o
documento por precaução, antes de eliminá-lo ou encaminhá-lo para guarda permanente, diferentemente
do prazo de prescrição que é o intervalo de tempo durante o qual pode-se invocar a tutela do Poder Judiciário
para fazer valer direitos eventualmente violados.

Note que, no caso da precaução, as próximas etapas são ou o recolhimento para arquivo permanente ou a
eliminação, ou seja, esse tempo é mesmo cumprido no arquivo intermediário, onde ficam os documentos
consultados com menor frequência e que ainda não tem destinação final definida, justamente por ainda
estarem aguardando o cumprimento dos prazos precaucionais ou prescricionais, definidos na Tabela de
Temporalidade.

A alternativa C está incorreta. O arquivo permanente é sim a próxima etapa desses documentos e não a
atual. Isso caso tenham valor secundário, caso contrário sua destinação é a eliminação.

A alternativa D está incorreta. Isso porque o examinador traz o arquivo corrente para a resposta. Prazos
precaucionais são cumpridos no arquivo intermediário e não no corrente.

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A alternativa E está incorreta. Isso porque o examinador traz o arquivo permanente para a resposta. Prazos
precaucionais são cumpridos no arquivo intermediário e não no permanente.

2. (QUADRIX/CREF20-SE/Assistente Administrativo/2019) Com base nas noções de arquivologia,


julgue o item.

O arquivo intermediário guarda os documentos que, mesmo sem tramitação, precisam ser
mantidos por questões legais, fiscais ou administrativas.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


O arquivo intermediário abriga documentos que provém de arquivos correntes e passam a ter baixa
frequência de uso e consulta (tramitação). São mesmo mantidos por questões legais, fiscais ou
administrativas e aguardam sua destinação final (guarda permanente ou eliminação).

3. (VUNESP/UFABC/Assistente em Administração/2019) Aqueles documentos que aguardam para


que se tome a decisão sobre sua destinação final são os arquivos

a) correntes.
b) de primeira idade.
c) permanentes.
d) de terceira idade.
e) intermediários.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. No arquivo corrente os documentos ainda tem alta frequência de uso e
tramitação, além de ainda estarem vigentes. Não é lá que aguardam a decisão sobre sua destinação final,
mas sim no arquivo intermediário.

A alternativa B está incorreta. O arquivo de primeira idade é o arquivo corrente, repetindo-se portanto a
análise da alternativa A.

A alternativa C está incorreta. No arquivo permanente os documentos já receberam a decisão sobre sua
destinação final. Por possuírem valor secundário, foram recolhidos à guarda permanente.

A alternativa D está incorreta. O arquivo de terceira idade é o arquivo permanente, repetindo-se portanto a
análise da alternativa C.

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A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. É justamente no arquivo intermediário que os


documentos de baixa frequência de uso e consulta (tramitação) aguardam as decisões sobre o destino final.
São transferidos dos arquivos correntes até por uma questão de redução do custo de armazenagem e, no
arquivo intermediário, aguardam a decisão sobre a guarda permanente ou eliminação, ou seja, sobre sua
destinação final.

4. (CESPE/PGE-PE/Assistente de Procuradoria/2019) A respeito de princípios e conceitos


arquivísticos, julgue o item a seguir.

O arquivo intermediário armazena, por determinado intervalo de tempo, documentos que ainda
podem ser solicitados pelas unidades organizacionais que os acumularem.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


É verdade. Documentos do arquivo intermediário, embora tenham frequências de uso e consulta mais baixas
(tramitação), ainda podem ser solicitados para o tratamento de assuntos idênticos ou para retomar um
problema novamente focalizado. A permanência dos documentos nesses arquivos é, portanto, transitória e,
de lá, migram ou para guarda permanente ou para a eliminação.

5. (FGV/ALE-RO/Assistente Legislativo/2018) Um arquivista, ao transferir documentos para o arquivo


intermediário, adotou essa medida com o intuito de

a) descartar itens inutilizados.


b) economizar espaço e recursos.
c) facilitar o acesso ao arquivo terciário.
d) preservar documentos de valor permanente.
e) garantir a confidencialidade de informações.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Não há descarte de itens inutilizados no momento da transferência de


documentos do arquivo corrente para o intermediário. Tal movimento ocorre apenas quando é tomada a
decisão sobre a destinação final do documento e isso ocorre no próprio arquivo intermediário, após a
transferência relatada pelo examinador.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vimos ao longo da aula que um dos grandes ganhos
do arquivo intermediário é sua redução de custos. O arquivo intermediário apresenta despesas menores,
economia de recursos material e humano empregados e redução de espaço, sempre quando comparado ao
arquivo corrente.

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A alternativa C está incorreta. Não há qualquer vínculo em relação a eventual "facilitação" do acesso ao
arquivo terciário, o permanente.

A alternativa D está incorreta. A preservação de documentos de valor permanente é feita no arquivo


permanente e não no intermediário.

A alternativa E está incorreta. Em nenhum dos 3 arquivos: corrente, intermediário e permanente há maior
ou menor condição de se garantir a confidencialidade das informações. Na verdade ela deve ser preservada
em qualquer um dos três arquivos.

6. (IADES/Hemocentro-DF/Arquivologia/2017) A respeito dos arquivos intermediários, assinale a


alternativa correta.

a) Todos os documentos acumulados deverão passar pelo arquivo intermediário.


b) No último ano de guarda dos documentos nos arquivos intermediários, os documentos deverão ser
digitalizados.
c) O valor primário dos documentos dos arquivos intermediários vai diminuindo com o tempo até o completo
esgotamento.
d) Os documentos transferidos dos arquivos correntes deverão receber uma nova classificação.
e) Somente os documentos em suporte papel deverão ser transferidos para os arquivos intermediários.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Não necessariamente. Há documentos que são eliminados, por exemplo, logo
após a sua vigência, no próprio arquivo corrente, assim como podem ser imediatamente recolhidos ao
arquivo permanente, caso tenham valor secundário.

A alternativa B está incorreta. Não há esse norma, aliás, ao contrário. Qualquer documento só deve ser
digitalizado ou migrado para outra mídia após passar pela atividade de avaliação, sob pena da realização de
atividade desnecessária: digitalização, cópia ou microfilmagem de documentos sem valor secundário, por
exemplo, prestes a serem eliminados.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Com o passar do tempo e, tecnicamente, com o
cumprimento dos prazos de precaução e de prescrição, os documentos perdem os seus valores primários:
legais, fiscais e administrativos, até que se esgotam. Nesse momento, caso não tenham valor secundário,
deverão ser eliminados, caso contrário serão migrados para a guarda definitiva em arquivo permanente.

A alternativa D está incorreta. Ao contrário. Ao serem transferidos do arquivo corrente para o arquivo
intermediário os documentos mantém a sua classificação original.

A alternativa E está incorreta. Não há nenhuma vinculação entre o suporte e a transferência. Documentos
em qualquer suporte poderão ser transferidos ao arquivo intermediário, desde que haja razão para isso.

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7. (FUNDEP/Pref. Ibirité-MG/Técnico de Arquivo/2016) O conjunto de documentos originários de


arquivos correntes, com uso pouco frequente, que aguarda destinação, denomina-se:

a) arquivo permanente.
b) arquivo intermediário.
c) arquivo público.
d) arquivo municipal.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. No arquivo permanente os documentos já receberam a sua destinação final,
ou seja, possuem guarda permanente.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Essa é uma pergunta que traz basicamente a definição
do arquivo intermediário. Recebe os documentos transferidos do arquivo corrente, com uso pouco
frequente e, lá, aguardam a decisão sobre a destinação final.

A alternativa C está incorreta. Arquivo público não é uma das três idades documentais (corrente,
intermediário e permanente) e está aí apenas para confundir o candidato. Não caia nessa.

A alternativa D está incorreta. Mesma coisa. Arquivo municipal também não é uma das três idades
documentais (corrente, intermediário e permanente) e está aí apenas para confundir.

8. (FUNDEP/Pref. Ibirité-MG/Técnico de Arquivo/2016) Os responsáveis pelo depósito de


arquivamento intermediário, também denominados arquivos intermediários, devem desenvolver
as seguintes atividades básicas, EXCETO:

a) Coordenar as transferências de documentos aos seus depósitos.


b) Atender às consultas dos órgãos depositantes.
c) Proceder à aplicação de tabelas de temporalidade, selecionando documentos para eliminação ou
recolhimento.
d) Elaborar as fichas de protocolo, informatizadas ou manuais.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. A afirmativa está certa. O examinador usa inclusive o termo adequado:
transferência. Ou seja, fala da migração dos documentos dos arquivos correntes para o arquivo
intermediário.

A alternativa B está incorreta. Sim. Os arquivos intermediários devem atender as demandas dos órgãos
depositantes visto que seus documentos ainda tem eventualmente a necessidade de serem consultados
enquanto aguardam o cumprimento dos prazos estabelecidos para a eliminação ou recolhimento definitivo
ao arquivo permanente.

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A alternativa C está incorreta. Esta é mais uma atribuição do arquivo intermediário. Está certa a afirmativa.
A aplicação da tabela de temporalidade e a avaliação dos documentos para decidir sobre sua destinação final
é mesmo atribuição do arquivo intermediário, resultando na eliminação ou recolhimento do documento para
guarda permanente.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Aqui, como a própria alternativa diz, estamos falando
de uma atividade de protocolo e as atividades de protocolo (já estudamos isso!) são todas de arquivo
corrente e não do intermediário. Dessa forma a alternativa é a única falsa e, portanto, é a correta na questão.

9. (CESPE/Pref. São Paulo-SP/Gestão Administrativa/2016) No arquivo intermediário, considerado


uma extensão do arquivo corrente, predomina o valor

a) probatório.
b) histórico.
c) cultural.
d) informativo.
e) primário.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Valor probatório é um valor secundário. Documentos com esse perfil estão
predominantemente em arquivos permanentes.

A alternativa B está incorreta. Valor histórico é um valor secundário. Documentos com esse perfil também
estão predominantemente em arquivos permanentes.

A alternativa C está incorreta. Da mesma forma, valor cultural é um valor secundário. Documentos com esse
perfil estão predominantemente em arquivos permanentes.

A alternativa D está incorreta. Mais uma vez, valor informativo é um valor secundário. Documentos com
esse perfil também estão predominantemente em arquivos permanentes.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. No arquivo intermediário o documento ainda preserva
o seu valor primário, ou seja, administrativo, fiscal ou legal. Quando esse valor se esgota o documento precisa
ser avaliado para que se saiba se tem ou não valor secundário e, com base nisso, decide-se a respeito de sua
destinação.

10. (CONSULTEC/Pref. Ilhéus-BA/Assistente Administrativo/2016) Na organização dos arquivos, seus


documentos são divididos em três fases, em função da frequência e do tipo de utilização que é
feita deles.

Denomina-se de fase intermediária o conjunto de documentos

a) em curso, ou que, mesmo sem movimentação, se constituem objeto de consultas frequentes.

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b) de valor probatório, histórico e informativo, que devem ser preservados e destinados à guarda
permanente.
c) procedentes de arquivos correntes, constituindo-se objeto de consultas esporádicas, para efeito
administrativo e legal, que aguardam a sua eliminação ou recolhimento.
d) precedentes de arquivos sigilosos, sem constituir-se objeto de consultas para efeito legal, que aguardam
simplesmente a sua eliminação.
e) procedentes de arquivos correntes, constituindo-se objeto de consultas frequentes e que aguardam a sua
incineração.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. No arquivo intermediário não temos documentos de consulta frequente.

A alternativa B está incorreta. Documentos com esse perfil têm valor secundário e devem estar no arquivo
permanente.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Mais uma vez temos basicamente a definição dos
arquivos intermediários: documentos que provém de arquivos correntes, com consultas esporádicas e que
aguardam decisão sobre a sua destinação.

A alternativa D está incorreta. A presença dos documentos em arquivo intermediário independe de sua
origem de arquivos sigilosos ou de qualquer outro perfil.

A alternativa E está incorreta. Os documentos em arquivo intermediário não são objeto de consultas
frequentes, do contrário deveriam estar ainda nos arquivos correntes.

PLANO DE CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

11. (CESPE/PGE-PE/Assistente de Procuradoria/2019) Acerca da gestão de documentos, julgue o item


que se segue.

Os procedimentos para organização dos documentos devem obedecer à seguinte sequência:


primeiro faz-se a ordenação dos documentos e, em seguida, faz-se a classificação dos documentos
de arquivo.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


A ordenação dos documentos em uma atividade de organização de documentos e/ou de arquivos, só faz
sentido após a atividade de classificação.
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É a atividade de classificação (baseada no Plano de Classificação) que vai permitir que o profissional atribua
códigos aos documentos e, com base nisso, decida qual o melhor método e formato para a organização de
seus documentos.

12. (CESPE/PGE-PE/Assistente de Procuradoria/2019) Acerca da gestão de documentos, julgue o item


que se segue.

Plano de destinação é a denominação do instrumento utilizado na classificação de documentos no


arquivo corrente.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


O instrumento utilizado na classificação dos arquivos correntes é o Plano de Classificação e não de
Destinação.
Decisões a respeito da destinação final do documento são tomadas no arquivo intermediário e com base na
Tabela de Temporalidade de Documentos.

13. (NC-UFPR/UFPR/Assistente Administração/2019) Considerando o código de classificação de


documentos de arquivos, um documento referente aos direitos e obrigações dos servidores
lotados no órgão deve ser arquivado na classe administração geral, subclasse:

a) organização e funcionamento.
b) pessoal.
c) documentação e informação.
d) comunicações.
e) outros assuntos referentes à administração geral.

Comentários:

Essa é uma questão mais difícil, que exige a aplicação dos conhecimentos e tem alguma subjetividade para
chegarmos à resposta correta. Vejamos a seguir.

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A alternativa A está incorreta. Organização e funcionamento em um Plano de Classificação funcional se


parecem mais com uma outra classe, paralela à Administração Geral, que é a classe já escolhida para o
documento conforme enunciado da questão.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Considerando que o documento se refere a direitos e
obrigações dos servidores e olhando as alternativas disponíveis, a opção "pessoal" é certamente a que
melhor se encaixa ao enunciado.
Vale lembrar que o Plano de Classificação adotado, como se inicia com a classe administração geral é
certamente um plano funcional, ou seja, com base nas atividades da organização.
Dessa forma, atividades relativas a "pessoal" formam uma subclasse aceitável para o enunciado proposto.

A alternativa C está incorreta. Documentação e informação não aparente ser uma classificação aceitável sob
o ponto de vista funcional.

A alternativa D está incorreta. Comunicações parece ser uma subclasse possível dentro de um plano de
classificação funcional porém, certamente não abrangeria documentos a respeito de direitos e obrigações
de servidores.

A alternativa E está incorreta. Essa seria uma subclasse dentro de administração geral porém, como temos
a subclasse "pessoal", parece mais correto colocar os documentos nesta subclasse e não em "outros
assuntos", que seria uma opção possível caso não existisse a opção da alternativa B.

14. (NC-UFPR/UFPR/Assistente Administração/2019) Assinale a alternativa que apresenta uma rotina


relacionada às operações de classificação de documentos:

a) Ordenar os documentos sob um mesmo assunto.


b) Reunir os antecedentes em ordem cronológica decrescente.
c) Inspecionar o documento para verificar se possui anexo.
d) Fixar cuidadosamente os documentos em pastas suspensas identificadas.
e) Anotar o código na primeira folha do documento.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. A ordenação de documentos sob um mesmo assunto só ocorre após a devida
classificação dos documentos.

A alternativa B está incorreta. A classificação dos documentos independe da ordenação cronológica de seus
antecedentes.

A alternativa C está incorreta. A classificação dos documentos também é independente da checagem de seus
anexos que, embora importante, não tem relação com a atividade de classificação.

A alternativa D está incorreta. Essa é uma etapa da organização de documentos, o que ocorre após a
atividade de classificação.
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A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Essa é mesmo uma das etapas do processo de
classificação, chamada de codificação, ou seja, a aplicação do código correspondente ao assunto de que trata
o documento, identificado na operação de estudo.

15. (VUNESP/Pref. Sorocaba-SP/Técnico de Controle Administrativo/2019) Há diversas formas para se


classificar um documento. A classificação de documentos em corrente, intermediária e
permanente é conhecida como

a) Era documental.
b) Extensão da atenção documental.
c) Estágio de evolução documental.
d) Natureza do documento.
e) Efetividade documental.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Era documental não é uma denominação aceitável para a classificação dos
documentos.

A alternativa B está incorreta. Extensão da atenção documental também não é uma denominação aceitável
para a classificação dos documentos.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Esse é um dos nomes corretos atribuídos as conhecidas
classificações de arquivos. Estágios da evolução documental, assim como ciclo vital dos documentos ou
Teoria das 3 Idades são denominações aceitas pela Arquivologia.

A alternativa D está incorreta. Natureza do documento é outra forma de se classificar os documentos, mas
não em relação aos arquivos corrente, intermediário e permanente.

A alternativa E está incorreta. Efetividade documental também não se aplica a questão. Totalmente fora de
contexto.

16. (CESPE/STM/Técnico Judiciário/2018) A respeito da gestão de documentos, julgue o item.

O instrumento utilizado para a classificação de documentos de arquivo é o inventário analítico.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Já vimos que quando o examinador pergunta a respeito do instrumento utilizado para a classificação de
documentos ele muito provavelmente está falando do Plano de Classificação.
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O inventário analítico segundo o DBTA é "Instrumento de pesquisa que descreve, sumária ou analiticamente,
as unidades de arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação lógica
que poderá refletir ou não a disposição física dos documentos".
Dessa forma, não é ele que é usado para a classificação de documentos de arquivo.

17. (CESPE/EMAP/Assistente Portuário/2018) A respeito de gestão de documentos, julgue o item a


seguir.
A classificação dos documentos de arquivo é feita por meio do plano denominado plano de
destinação.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Semelhante a questão anterior.
Quando o examinador pergunta a respeito do instrumento utilizado para a classificação de documentos ele
geralmente está falando do Plano de Classificação.
O plano de destinação, como vimos no capítulo de Terminologia, segundo o DBTA é " Esquema no qual se
fixa a destinação dos documentos".
Dessa forma, também não é ele que é usado para a classificação de documentos de arquivo.

18. (FCC/CL-DF/Técnico de Arquivo e Biblioteca/2018) Entre os principais instrumentos utilizados


visando a apoiar operações e procedimentos técnicos da gestão arquivística de documentos
eletrônicos ou convencionais encontram-se:

a) plano de classificação e tabela de temporalidade.


b) manual de gestão e Classificação Decimal Universal.
c) vocabulário controlado e estrutura da organização.
d) sistema informatizado de gestão e tesauro.
e) normas de descrição arquivística e glossário.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Plano de classificação e tabela de temporalidade são
exatamente os dois instrumentos que mais estudamos até agora e que, certamente, são os que mais
aparecem em prova e são aqueles buscados pelos examinadores em suas questões mais genéricas, como
essa.

A alternativa B está incorreta. Manual de gestão e Classificação Decimal Universal não são sequer
instrumentos que possam gerar alguma confusão no candidato.

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A alternativa C está incorreta. Vocabulário controlado e estrutura da organização também são "invenções"
do examinador, apenas para tentar confundir o candidato.

A alternativa D está incorreta. Sistema informatizado de gestão e tesauro também não são os principais
instrumentos utilizados visando a apoiar operações e procedimentos técnicos da gestão arquivística de
documentos eletrônicos ou convencionais.

O tesauro é considerado um instrumento por alguns autores. mas certamente está distante da utilidade do
Plano de Classificação e da Tabela de Temporalidade.

A alternativa E está incorreta. Normas de descrição arquivística e glossário também não são os instrumentos
buscados pela banca na questão colocada.

19. (CESPE/PF/Escrivão de PF/2018) Acerca da gestão da informação e de documentos, julgue o item


que se segue.

A classificação de documentos de arquivo é realizada com a aplicação do código de classificação,


instrumento que é preparado a partir das funções e atividades que gerem os documentos.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Enunciado perfeito. O código de classificação é atribuído de acordo com as funções e atividades exercidas
pelo documento (nesse caso estamos falando de uma classificação funcional) o que, consequentemente,
gera a classificação dos documentos com base nas funções e atividades exercidas pela instituição.
Apenas relembrando, a classificação funcional é a representação lógica das funções, subfunções e atividades
do organismo produtor, o que a difere de maneira clara da classificação estrutural, que veremos a seguir.

20. (CESPE/PF/Papiloscopista PF/2018) A respeito de arquivologia, julgue o item seguinte.

A classificação estrutural, um dos tipos de classificação de documentos de arquivo, baseia-se na


estrutura orgânica da entidade.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Correto também. Note que agora falamos do modelo estrutural de classificação.

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A classificação estrutural representa, de acordo com o organograma, os vários níveis de divisão interna do
organismo produtor: coordenadorias, departamentos, divisões, centros, setores, etc. Nesse cenário, cada
um dentro da estrutura executa determinadas atribuições, ou seja, realmente representa a estrutura
orgânica da entidade.

TABELA DE TEMPORALIDADE DE DOCUMENTOS

21. (VUNESP/Pref. Itapevi-SP/Analista Arquivologia/2019) No que concerne ao plano de classificação


de documentos e à tabela de temporalidade, é correto afirmar que

a) o plano de classificação apresenta os documentos hierarquicamente organizados de acordo com a


atividade (classificação estrutural) ou de acordo com o grupo responsável por sua produção ou acumulação
(classificação funcional).
b) a tabela de temporalidade tem por objetivos: organizar de forma lógica e correta o arquivamento de
documentos, recuperar o contexto original de produção, controlar o trâmite e atribuir códigos numéricos.
c) o plano de classificação visa caracterizar os documentos por sua unicidade e individualidade focando-se
na importância em si mesmos e nas informações específicas que possuem.
d) a tabela de temporalidade, que autoriza a eliminação dos documentos rotineiros, precede e orienta a
elaboração do plano de classificação, garantindo a organização dos documentos em seu contexto de
produção.
e) a tabela de temporalidade é o instrumento de gestão, resultante da avaliação documental, aprovada por
autoridade competente, que define prazos de guarda e a destinação de cada série documental.
Comentários:

A alternativa A está incorreta. As justificativas das classificações estão invertidas. A classificação de acordo
com a atividade é a funcional e não a estrutural, enquanto a classificação de acordo com o grupo responsável
por sua produção ou acumulação é a estrutural e não a funcional.

A alternativa B está incorreta. As principais funções da tabela de temporalidade são indicar o correto prazo
de guarda do documento e a sua destinação final, isso justamente após o cumprimento deste prazo de
guarda.

A alternativa C está incorreta. O plano de classificação, independentemente da importância que os


documentos possuem em si mesmos e das informações específicas que possuem, os classifica sim de acordo
com as funções e atividades da organização (funcional) ou de acordo com a estrutura da organização
(estrutural).

A alternativa D está incorreta. É o oposto. A tabela de temporalidade é na verdade orientada pelo plano de
classificação, que a precede, não o contrário.

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A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Perfeito. Essa é uma bela definição de tabela de
temporalidade: instrumento de gestão, que deriva da atividade de avaliação e que define prazos de guarda
e destinação final dos documentos. Gabarito!

22. (ACEP/Pref. Aracati-CE/Técnico de Arquivo/2019) A avaliação é o processo de análise que


estabelece prazos de guarda e a destinação de documentos de arquivo, de acordo com os valores
que lhe são atribuídos. O instrumento arquivístico proveniente deste processo avaliativo é
denominado:

a) código de destinação.
b) tabela de temporalidade.
c) plano de destinação.
d) índice de temporalidade.
Comentários:

A alternativa A está incorreta. O código de destinação não é nem um instrumento arquivístico e nem deriva
do processo de avaliação.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Essa é mais uma boa definição de tabela de
temporalidade: instrumento arquivístico proveniente do processo de avaliação.

A alternativa C está incorreta. O plano de destinação é o "esquema no qual se fixa a destinação dos
documentos", conforme definição do DBTA. Não é disto que o examinador está falando.

A alternativa D está incorreta. Não existe um "índice" de temporalidade, mas sim a tabela de temporalidade.
É mais uma armadilha do examinador para atingir o candidato. Cuidado com a nomenclatura correta!

23. (VUNESP/CM Piracicaba-SP/Arquivista/2019) O prazo fixado em tabela de temporalidade ao fim


do qual descartam-se os documentos não considerados de valor permanente é chamado de

a) eliminação.
b) guarda.
c) precaução.
d) prescrição.
e) vigência.
Comentários:
Atenção pois esta é uma questão complexa que pode fazer o candidato se confundir. Fique atento
especialmente com as explicações das alternativas A e B abaixo.

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Segundo o DBTA o prazo de eliminação é o "prazo
fixado em tabela de temporalidade ao fim do qual os documentos não considerados de valor permanente
deverão ser eliminados". Note que na própria definição temos a menção clara à eliminação do documento,
que é exatamente o que o examinador procura no enunciado.

A alternativa B está incorreta. Segundo o DBTA o prazo de guarda é "o prazo, definido na tabela de
temporalidade e baseado em estimativas de uso, em que documentos deverão ser mantidos no arquivo
corrente ou no arquivo intermediário, ao fim do qual a destinação é efetivada. Também chamado período
de retenção ou prazo de retenção". Veja que neste caso, encerrado o prazo de guarda há apenas a indicação
da destinação final do documento, que pode ou não ser a eliminação, ao contrário do prazo de eliminação,
que não admite outro desfecho que não seja a própria eliminação.

A alternativa C está incorreta. O prazo de precaução é o "intervalo de tempo durante o qual guarda-se o
documento por precaução, antes de eliminá-lo ou encaminhá-lo para guarda permanente".

A alternativa D está incorreta. Já o prazo de prescrição é o "intervalo de tempo durante o qual pode-se
invocar a tutela do Poder Judiciário para fazer valer direitos eventualmente violados". Vale lembrar que o
tempo de guarda dos documentos será dilatado sempre que ocorrer a interrupção ou suspensão da
prescrição, em conformidade com a legislação vigente.

A alternativa E está incorreta. Por fim, quando utilizamos o termo vigência, na unidade produtora, estamos
nos referindo ao intervalo de tempo durante o qual o documento produz efeitos administrativos e legais
plenos, cumprindo as finalidades que determinaram sua produção. Este intervalo de tempo deverá, sempre
que possível, ser definido em anos e quando não for possível, recomenda-se o uso da palavra "Vigência".

24. (CESPE/TJ-AM/Analista Judiciário/2019) Julgue o item subsequente, relativo a funções


arquivísticas.

A tabela de temporalidade, instrumento de aplicação das decisões tomadas no processo de


avaliação, é fundamentada na teoria dos valores.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


É isso mesmo. Com base na presença de valores primários e secundários a tabela de temporalidade
estabelece os prazos de guarda de cada um dos documentos e a sua destinação final (eliminação caso não
possua valor secundário ou guarda permanente, caso possua).

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Vamos relembrar as definições de valores primários e secundários pois isso cai muito em prova:

Valor Primário (também chamado de administrativo ou imediato) - valor atribuído a um documento em


função do interesse que possa ter para a entidade produtora, levando-se em conta a sua utilidade para fins
administrativos, e seu valor legal e fiscal. Relaciona-se ao período de utilidade do documento para o
cumprimento de cada um desses seus fins.
Valor Secundário (conhecido também por histórico ou mediato) - valor atribuído a um documento em função
do interesse que possa ter para a entidade produtora e outros usuários, tendo em vista a sua utilidade para
fins diferentes daqueles para os quais foi originalmente produzido. É um valor permanente que pode ser:
Probatório: comprova a existência, o funcionamento e as ações da instituição.
Informativo: contém informações críticas sobre temas com os quais a organização trabalha, seja para fins de
estudo, pesquisa ou gestão do conhecimento.

25. (CESPE/CGM João Pessoa-PB/Técnico Municipal de Controle Interno/2018) Acerca do


gerenciamento da informação e da gestão de documentos, julgue o item a seguir.

O instrumento que operacionaliza a avaliação de documentos é a tabela de temporalidade.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


A tabela de temporalidade, ao lado do plano de classificação, são os dois instrumentos mais importantes no
processo de gestão de documentos. Perceba porém que o enunciado fala em operacionalização da avaliação
e, nesse quesito, a tabela de temporalidade de documentos é mesmo o instrumento mais importante.

26. (CESPE/STM/Técnico Judiciário/2018) A respeito da gestão de documentos, julgue o item.

De acordo com a tabela de temporalidade, um documento destinado à eliminação deve ser


previamente digitalizado.

a) Certo
b) Errado
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Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


A eliminação certamente não é um critério para a digitalização do documento.
Ao contrário, se o documento será eliminado, ele não possui valor secundário que justifique sua guarda
permanente, desta forma, muito pouco provável que sua digitalização seja necessária por qualquer outra
razão.
De qualquer forma a digitalização documental (ou qualquer outro processo de reprodução de documentos)
só é recomendada após a atividade de avaliação do documento, para que se verifique sua real necessidade,
levando em conta os custos e os recursos investidos.

27. (CESPE/EBSERH/Assistente Administrativo/2018) Julgue o próximo item, referente a tabela de


temporalidade, acondicionamento, armazenamento, preservação e conservação de documentos
em arquivo.

A tabela de temporalidade do arquivo de uma instituição pública deve contemplar informações


relativas à eliminação ou à guarda permanente dos documentos, além dos prazos de permanência
em cada fase de arquivamento.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Perfeito. O enunciado já traz as informações que precisamos, todas corretas. A tabela de temporalidade
contempla informações relativas à eliminação e a guarda permanente de documentos, além de apontar os
prazos em que permanecerão em cada uma das fases do arquivamento.
Em suma, a Tabela de Temporalidade e Destinação atinge as 3 idades documentais, determinando o prazo
que o documento permanecerá em cada idade, e a destinação que receberá.

28. (CESPE/IFF/Arquivista/2018) Na tabela de temporalidade, a indicação do prazo de guarda no


arquivo intermediário deve ser feita

a) pelo tempo de vigência.


b) pela relação com a emulação.
c) pela quantidade de anos.
d) pela existência do valor informativo.
e) pela indicação de reformatação.

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Comentários:

A alternativa A está incorreta. Enquanto o documento estiver vigente ele não estará no arquivo
intermediário, mas sim no corrente.

A alternativa B está incorreta. Não tem qualquer relação com o tema.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Os prazos de guarda na tabela de temporalidade


(tanto na unidade produtora como na unidade com atribuições de arquivo) deve ser feita em anos. Veja a
figura abaixo, extraída da imagem da tabela que temos na aula. A indicação deve ser feita (EM ANOS).

A alternativa D está incorreta. Não há relação com a existência de valor informativo que, por ser valor
secundário, provavelmente levará o documento à guarda permanente.

A alternativa E está incorreta. Também não há qualquer relação com o tema.

29. (CESPE/EMAP/Assistente Portuário/2018) Acerca da tabela de temporalidade, julgue o item


seguinte.

A teoria das três idades é utilizada para configurar a tabela de temporalidade.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Sim. A tabela de temporalidade utiliza-se da teoria das três idades como "espinha dorsal".
Veja que em relação ao prazo de guarda ela traz o número de anos em que o documento ficará na unidade
produtora (arquivo corrente ou primeira idade), depois o número de anos na unidade com atribuições de
arquivo (arquivo intermediário ou segunda idade) e, por fim, a indicação de sua destinação final, se a
eliminação - quando não possui valor secundário - ou a guarda permanente (no arquivo permanente ou
terceira idade, neste caso, por possuir valor secundário).

30. (CESPE/EMAP/Assistente Portuário/2018) Acerca da tabela de temporalidade, julgue o item


seguinte.

A tabela de temporalidade é formada, exclusivamente, pelos documentos da atividade-fim, que


são os mais importantes e a razão de ser da própria instituição.

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a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


A tabela de temporalidade é composta não só pelos documentos da atividade-fim, que de fato são os
relacionados a razão de ser da instituição, mas também pelos documentos das atividades-meio, relacionados
as áreas de suporte da organização como organização e administração, comunicação institucional, recursos
humanos, gestão de bens materiais e patrimoniais, orçamento e finanças, gestão de documentos e
informações, gestão de atividades complementares, entre outras.

COMISSÕES PERMANENTES DE AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS

31. (COPEVE/UFMG/Técnico Arquivo/2018) Em cada órgão e entidade da Administração Pública


Federal, será constituída comissão permanente de avaliação de documentos, com a
responsabilidade de

a) orientar e realizar o processo de análise, avaliação e seleção dos documentos produzidos e acumulados
no seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação dos documentos para guarda permanente e a
eliminação dos destituídos de valor.
b) proporcionar aperfeiçoamento e reciclagem aos técnicos da área de arquivo, garantindo constante
atualização.
c) garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor permanente.
d) promover a integração e a modernização dos arquivos em sua esfera de atuação.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Veja que o artigo 18 do Decreto 4.073/2002 define o
que são as Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos. Vejamos:
"Em cada órgão e entidade da Administração Pública Federal será constituída comissão permanente de
avaliação de documentos, que terá a responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise, avaliação
e seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação
dos documentos para guarda permanente e a eliminação dos destituídos de valor."
Esta é exatamente a definição trazida pela banca no enunciado.

A alternativa B está incorreta. A reciclagem e atualização dos técnicos da área de arquivo não é
responsabilidade das Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos.

A alternativa C está incorreta. A garantia da guarda e o acesso aos documentos de valor permanente também
não é responsabilidade das Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos.

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A alternativa D está incorreta. Por fim, a integração e a modernização dos arquivos em sua esfera de atuação
também não é responsabilidade das Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos.

32. (NC-UFPR/UFPR/Arquivista/2018) Conforme estabelecido no Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de


2002, em cada órgão e entidade da Administração Pública federal será constituída uma comissão
que terá a responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise, avaliação e seleção da
documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação
dos documentos para a guarda permanente e a eliminação dos destituídos de valor. Essa comissão
recebe o nome de Comissão Permanente de

a) Avaliação de Documentos.
b) Classificação de Documentos.
c) Análise de Documentos.
d) Eliminação de Documentos.
e) Seleção de Documentos.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. É exatamente o que vimos na questão anterior. Veja
que as bancas cobram a definição literal das Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos, prevista
no Decreto 4.073/2002. Vale ter isso fresco na memória no dia da prova.

A alternativa B está incorreta. Veja que o examinador traz vários termos parecidos, tentando confundir o
candidato, mas essa é uma questão fácil, que não dá para errar. Não é Comissão Permanente de
Classificação, mas sim de Avaliação de Documentos.

A alternativa C está incorreta. Mesma coisa. Não é Comissão Permanente de Análise, mas sim de Avaliação
de Documentos.

A alternativa D está incorreta. Mais uma vez o mesmo recurso. Não estamos falando de Comissão
Permanente de Eliminação, mas sim de Avaliação de Documentos.

A alternativa E está incorreta. Por fim, a banca insiste na confusão. Não falamos de Comissão Permanente
de Seleção, mas sim de Avaliação de Documentos.

Fique atento com a terminologia para não perder uma questão simples como essa!

33. (FUNRIO/IF-BA/Técnico Arquivo/2014) Os prazos de guarda, estabelecidos com base nos valores
atribuídos aos diversos documentos, são determinados

a) pelo Arquivo Nacional.


b) pela Presidência da República.
c) pela comissão de avaliação de documentos.
d) pela autoridade máxima da instituição.
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e) pelo chefe do arquivo.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. O Arquivo Nacional não tem qualquer ingerência nesse processo.

A alternativa B está incorreta. Muito menos a Presidência da República...

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Mais uma questão básica. Veja que as Comissões
Permanentes de Avaliação de Documentos são grupos permanentes e multidisciplinares responsáveis pela
elaboração e aplicação, em suas respectivas áreas de atuação, de Planos de Classificação e de Tabelas de
Temporalidade de Documentos.
Dessa forma, são elas também quem definem os prazos de guarda, estabelecidos nas respectivas tabelas de
temporalidade, geradas por elas mesmas.

A alternativa D está incorreta. Nestes casos, até mesmo a autoridade máxima da instituição está submetida
às orientações das Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos, órgãos máximos de avaliação
documental em suas respectivas instituições.

A alternativa E está incorreta. O chefe do arquivo também está submetido às orientações das Comissões
Permanentes de Avaliação de Documentos.

34. (IF-RS/IF-RS/Técnico Arquivo/2014) A atividade de estabelecer os prazos de vida do documento,


dentro de uma instituição, de acordo com os valores informativos e probatórios dos documentos,
disposta em lei, configura-se numa atividade da Comissão de:

a) Incineração de documentos.
b) Restauração de documentos.
c) Movimentação de documentos.
d) Preservação de documentos.
e) Avaliação de documentos.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. O nome correto é Comissão Permanente de Avaliação de Documentos e não
de Incineração de Documentos.

A alternativa B está incorreta. O nome correto é Comissão Permanente de Avaliação de Documentos e não
de Restauração de Documentos.

A alternativa C está incorreta. O nome correto é Comissão Permanente de Avaliação de Documentos e não
de Movimentação de Documentos.

A alternativa D está incorreta. O nome correto é Comissão Permanente de Avaliação de Documentos e não
de Preservação de Documentos.
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A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Note que a banca cobra simplesmente o conhecimento
literal do nome da Comissão. Saber isso já parece um ponto bastante positivo para a prova.

35. (NEC UFMA/UFMA/Técnico Arquivo/2014) A responsabilidade de orientar e realizar o processo de


análise, avaliação e seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação,
com a finalidade de identificar documentos para guarda permanente ou eliminar aqueles que são
destituídos de valor por cada órgão e entidade da Administração Pública Federal é de competência
da:

a) Comissão Permanente de Avaliação


b) Comissão Interdisciplinar de Arquivo
c) Comissão de Monitoramento Documental
d) Comissão de Protocolo Administrativo
e) Comissão de Seleção e Descarte Documental

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Mais uma vez o mesmo tipo de questão. Trago
novamente para enfatizar o formato que é cobrado pelas bancas.

A alternativa B está incorreta. O nome correto é Comissão Permanente de Avaliação de Documentos e não
Comissão Interdisciplinar de Arquivo.

A alternativa C está incorreta. O nome correto é Comissão Permanente de Avaliação de Documentos e não
Comissão de Monitoramento Documental.

A alternativa D está incorreta. O nome correto é Comissão Permanente de Avaliação de Documentos e não
Comissão de Protocolo Administrativo.

A alternativa E está incorreta. O nome correto é Comissão Permanente de Avaliação de Documentos e não
Comissão de Seleção e Descarte Documental.

36. (CESPE/TCE-ES/Analista Administrativo Arquivologia/2013) De acordo com a legislação em vigor, a


responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise, avaliação e seleção da documentação
produzida e acumulada no seu âmbito de atuação é pertinente

a) ao órgão central do SINAR.


b) à Comissão de Seleção do Arquivo Nacional.
c) ao órgão central do Sistema de Tecnologia da Informação.
d) à Comissão Permanente de Avaliação de Documentos.
e) à subcomissão do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo (SIGA).

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Comentários:

A alternativa A está incorreta. A responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise, avaliação e


seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação é pertinente a Comissão
Permanente de Avaliação de Documentos e não ao órgão central do SINAR.

A alternativa B está incorreta. A responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise, avaliação e


seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação é pertinente a Comissão
Permanente de Avaliação de Documentos e não à Comissão de Seleção do Arquivo Nacional.

A alternativa C está incorreta. A responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise, avaliação e


seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação é pertinente a Comissão
Permanente de Avaliação de Documentos e não ao órgão central do Sistema de Tecnologia da Informação.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Note que desta vez a banca mistura outros órgãos
existentes porém, mais uma vez, apenas com a intenção de embaralhar a cabeça do candidato. São todas
questões fáceis e que devem ser respondidas rapidamente, salvando tempo para questões mais complexas.

A alternativa E está incorreta. A responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise, avaliação e


seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação é pertinente a Comissão
Permanente de Avaliação de Documentos e não à subcomissão do Sistema de Gestão de Documentos de
Arquivo (SIGA).

37. (CESPE/FUB/Arquivista/2013) A respeito das políticas públicas de arquivo e da legislação


arquivística brasileira, julgue o item subsecutivo.

A instalação da comissão permanente de avaliação de documentos, além de ser uma indicação


técnica importante, tem amparo na legislação arquivística brasileira.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Como vimos, de acordo com o artigo 18 do Decreto 4.073/2002, as Comissões Permanentes de Avaliação de
Documentos têm sim amparo na legislação arquivística brasileira. Veja o texto, na íntegra:
"Em cada órgão e entidade da Administração Pública Federal será constituída comissão permanente de
avaliação de documentos, que terá a responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise, avaliação
e seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação
dos documentos para guarda permanente e a eliminação dos destituídos de valor."

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38. (CESPE/SERPRO/Analista Gestão Logística/2013) Com relação à análise e classificação de


documentos e à gestão documental, julgue o item seguinte.

Compete à Comissão Permanente de Avaliação de Documentos atribuir valor à documentação e


elaborar os instrumentos de destinação de documentos, como a tabela de temporalidade.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está CORRETA.


Cabe as Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos (que são grupos permanentes e
multidisciplinares) elaborar e aplicar, em suas respectivas áreas de atuação, os Planos de Classificação e
Tabelas de Temporalidade de Documentos.
Para isso, precisam atribuir valor a documentação por meio da avaliação documental, exatamente o que diz
o enunciado da questão.

39. (COPESI/UFPI/Arquivista/2013) A Comissão permanente de avaliação de documentos (CPAD) é


criada para realizar diversas atividades com relação ao processo de avaliação de documentos. São
competências da CPAD, EXCETO:

a) Definir prazos de guarda dos documentos.


b) Elaborar o plano de classificação documental.
c) Definir critérios para preservação, descrição e eliminação de documentos.
d) Realizar possíveis alterações e adaptações da TTD.
e) Executar as atividades relativas à eliminação de documentos.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. A definição dos prazos de guarda consta na Tabela de Temporalidade, como
já vimos, e é sim uma das atribuições das CPADs (Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos).

A alternativa B está incorreta. A elaboração dos Planos de Classificação é outra atribuição clássica das CPADs.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Os critérios para a preservação e descrição de


documentos não são de competência das CPADs. Para a preservação temos extensa instrução do Conarq
(veremos isso em aula mais adiante) e, para a descrição, temos as normas arquivísticas internacionais e a
NOBRADE, do Brasil, como já estudamos em aula anterior.

A alternativa D está incorreta. Elaborar e realizar alterações nas Tabelas de Temporalidade de Documentos
também cabe as Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos.

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A alternativa E está incorreta. A CPAD também é a responsável por avaliar as listagens de eliminação,
publicar as relações e autorizar os processos de eliminação iniciados pelas unidades administrativas a ela
submetidas no âmbito documental.

40. (FUNRIO/CEITEC/Analista Administrativo e Operacional de Arquivo/2012) Os documentos relativos


às atividades-fim de órgãos da Administração Pública Federal serão avaliados e selecionados pelos
órgãos geradores dos arquivos, em conformidade com as tabelas de temporalidade e destinação,
elaboradas pela sua Comissão permanente de avaliação de documentos e aprovadas pelo:

a) Arquivo Nacional.
b) SINAR.
c) SIGA.
d) Conarq.
e) Ministério da Justiça.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Quem aprova as tabelas de temporalidade relativas
às atividades-fim de órgãos da Administração Pública Federal é mesmo o Arquivo Nacional.

A alternativa B está incorreta. Não é o SINAR, mas sim o Arquivo Nacional.

A alternativa C está incorreta. Não é o SIGA, mas sim o Arquivo Nacional.

A alternativa D está incorreta. Não é o Conarq, mas sim o Arquivo Nacional.

A alternativa E está incorreta. Não é o Ministério da Justiça, mas sim o Arquivo Nacional.

41. (CESPE/ANEEL/Analista Administrativo Arquivologia/2010) Com relação à legislação arquivística


brasileira, julgue o próximo item.

A eliminação de documentos públicos pode ser feita independentemente da existência, no órgão


público, de uma comissão permanente de avaliação.

a) Certo
b) Errado

Comentários:

A afirmativa está ERRADA.


Sem existência de uma Comissão Permanente de Avaliação de Documentos a eliminação de documentos
públicos não é permitida.
Note que tal competência está prevista no Decreto 4.073/2002, que já estudamos.

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TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA APLICADA

42. (FCC/TRT 6a Região/Apoio Especializado Arquivologia/2012) No processo de avaliação, é


importante considerar a condição sob a qual os direitos assegurados pelos documentos têm seus
prazos de aquisição ou perda extintos. O termo jurídico que exprime tal condição é

a) alienação.
b) preempção.
c) prescrição.
d) sub-rogação.
e) consignação.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Alienação não corresponde a definição trazida pela banca.

A alternativa B está incorreta. Preempção também não corresponde a definição trazida pela banca.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Segundo o DBTA a prescrição é a "extinção de prazos
para a aquisição ou perda de direitos contidos nos documentos", ou seja, em outras palavras o que é trazido
acima pela banca, no enunciado.

A alternativa D está incorreta. Não é sobre sub-rogação que o examinador está falando, mas sim sobre a
prescrição.

A alternativa E está incorreta. Por fim, consignação também não corresponde a definição trazida pela banca.

43. (CVEST/IF-PE/Auxiliar Administração/2016) Considerando a afirmação a seguir, assinale a


alternativa CORRETA, em que fica evidente que o intervalo de tempo em que se guarda o documento
com cuidados específicos, antes de eliminá-lo ou encaminhá-lo para guarda permanente, é
denominado

a) prazo de previsão.
b) prazo de prescrição.
c) prazo de precaução.
d) prazo de predição.
e) prazo documental.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Prazo de previsão sequer está relacionado com o tema em questão.

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A alternativa B está incorreta. Prazo de prescrição é o intervalo de tempo durante o qual pode-se invocar a
tutela do Poder Judiciário para fazer valer direitos eventualmente violados. Não corresponde à definição do
enunciado.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O prazo de precaução é justamente o intervalo de


tempo durante o qual guarda-se o documento por precaução, antes de eliminá-lo ou encaminhá-lo para
guarda permanente, exatamente o descrito no enunciado.

A alternativa D está incorreta. Prazo de predição também não tem relação com o tema em questão.

A alternativa E está incorreta. Por último, prazo documental também está fora do escopo estudado.

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GABARITO

1. B 20. CORRETA 39. C


2. CORRETA 21. E 40. A
3. E 22. B 41. ERRADA
4. CORRETA 23. A 42. C
5. B 24. CORRETA 43. C
6. C 25. CORRETA
7. B 26. ERRADA
8. D 27. CORRETA
9. E 28. C
10. C 29. CORRETA
11. ERRADA 30. ERRADA
12. ERRADA 31. A
13. B 32. A
14. E 33. C
15. C 34. E
16. ERRADA 35. A
17. ERRADA 36. D
18. A 37. CORRETA
19. CORRETA 38. CORRETA

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RESUMO
 Arquivo Intermediário: conjunto de documentos originários de arquivos correntes, com uso pouco
frequente, que aguarda destinação. Principais características e funções:

• Despesas menores. Economia de recursos material e humano empregados e redução de


espaço.
• Atende consultas feitas pelos órgãos depositantes.
• Coordena transferência de novos documentos aos seus depósitos.
• Procede a aplicação de tabelas de temporalidade por meio da seleção de documentos para
eliminação ou recolhimento.
• Coordena o recolhimento de documentos permanentes para o arquivo permanente.

 Classificação de Documentos: análise e identificação do conteúdo de documentos, seleção da


categoria de assunto sob a qual sejam recuperados, podendo-se lhes atribuir códigos.

• Funcional: representa a lógica das funções, das subfunções e atividades do organismo


produtor. São suas principais vantagens em relação ao método estrutural:
o funções e atividades permanecem inalteradas.
o identifica a totalidade das funções e atividades.
o as atividades comuns constarão uma única vez no Plano de Classificação.
• Estrutural / Organizacional: representa os vários níveis de segmentação interna do organismo
produtor. São suas principais desvantagens em relação ao método funcional:
o estrutura não reflete as funções da organização.
o estrutura está sujeita a alterações.
o mesmo documento com códigos distintos.
• Assunto: método raro, de pouca aplicação. Costuma ser aplicado a documentos específicos
como os que não derivam da ação governamental e não estão vinculados a atividade da
organização.

 Avaliação de Documentos: processo de análise de documentos de arquivo, que estabelece os


prazos de guarda e a destinação, de acordo com os valores que lhes são atribuídos.

• a avaliação deve preceder qualquer processo de reprodução de documentos, seja pela


microfilmagem, seja pela digitalização.
• define, em razão dos valores dos documentos, se a destinação de cada uma das séries
documentais é a eliminação ou a guarda permanente.

 Seleção de Documentos: separação dos documentos de valor permanente daqueles passíveis de


eliminação, mediante critérios e técnicas previamente estabelecidos em tabela de temporalidade.

 Destinação de Documentos: decisão, com base na avaliação, quanto ao encaminhamento de


documentos para guarda permanente, descarte ou eliminação.

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 Instrumentos de Gestão de Documentos:

• simplificação e a racionalização dos procedimentos.


• maior agilidade e precisão na recuperação dos documentos.
• eliminação criteriosa de documentos desprovidos de valor.
• preservação dos documentos de guarda permanente.

 Plano de Classificação: esquema de distribuição de documentos em classes, de acordo com


métodos de arquivamento específicos, elaborado a partir do estudo das estruturas e funções de uma
instituição e da análise do arquivo por ela produzido. Pontos importantes:
• o órgão produtor, as funções, subfunções, atividades e documentos apresentam-se
hierarquicamente organizados e recebem códigos numéricos próprios.
• o código de classificação é a referência numérica que associa o documento ao seu contexto
de produção.
• principais objetivos:
o organização lógica e correto arquivamento de documentos.
o recuperação da informação ou do documento.
o recuperação do contexto original de produção dos documentos.
o visibilidade às funções, subfunções e atividades do organismo produtor.
o padronização da denominação das funções, atividades e tipos/séries documentais.
o controle do trâmite.
o atribuição de códigos numéricos.
o subsídios para o trabalho de avaliação e aplicação da Tabela de Temporalidade.

 Tabela de Temporalidade: instrumento de destinação, aprovado por autoridade competente, que


determina prazos e condições de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou
eliminação de documentos. Pontos importantes:
• deverão constar os seguintes campos de informação: prazos de guarda (na unidade produtora
e na unidade com atribuição de arquivo), destinação (eliminação ou guarda permanente) e
observações.
• principais objetivos:
o preservar os documentos que possuam valor probatório e informativo relevantes e
que sejam considerados de guarda permanente recuperação da informação ou do
documento.
o eliminar com segurança, de acordo com os procedimentos técnicos e legais, aqueles
documentos desprovidos de valor, sem que haja prejuízo à administração ou à
sociedade.
• Prazo de guarda: com fundamento em legislação específica ou nas demandas administrativas
para cada série documental deverá ser indicado o correspondente prazo de guarda, ou seja, o
tempo de permanência de cada conjunto documental na unidade produtora e na unidade com
atribuições de arquivo.
• Vigência: Quando utilizamos o conceito vigência, na unidade produtora, estamos nos referindo
ao intervalo de tempo durante o qual o documento produz efeitos administrativos e legais
plenos, cumprindo as finalidades que determinaram sua produção. Este intervalo de tempo
deverá, sempre que possível, ser definido em anos e quando não for possível, recomenda-se o
uso da palavra "vigência".
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• Prazo de Prescrição: intervalo de tempo durante o qual pode-se invocar a tutela do Poder
Judiciário para fazer valer direitos eventualmente violados. O tempo de guarda dos
documentos será dilatado sempre que ocorrer a interrupção ou suspensão da prescrição, em
conformidade com a legislação vigente.
• Prazo de Precaução: intervalo de tempo durante o qual guarda-se o documento por precaução,
antes de eliminá-lo ou encaminhá-lo para guarda permanente.

 Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos: grupos permanentes e multidisciplinares


responsáveis pela elaboração e aplicação, em suas respectivas áreas de atuação, de Planos de Classificação
e de Tabelas de Temporalidade de Documentos.

• Devem integrar as Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos profissionais de


diferentes áreas da entidade.

 Terminologia Arquivística: volte à lista da aula e confira as principais definições e os comentários de


acordo com o contexto estudado nesta aula!

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Arquivologia p/ Concursos - Curso Regular (Com Videoaulas) 2021


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