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Aula 01 – 02/04
1ª Prova: 21/05
2ª Prova: 18/07
Aula 02 – 04/04
Para continuar a analogia com o direito de ação, a doutrina tem trabalhado com a
ideia de pressupostos processuais para os recursos também. E quais são eles?
Há os pressupostos intrínsecos e os extrínsecos. Os intrínsecos são relacionados
com o poder de recorrer: a legitimidade, o interesse, o cabimento do recurso e a
inexistência de fatos impeditivos ou extintivos do direito de recorrer. E os pressupostos
extrínsecos são a tempestividade, regularidade formal e o preparo.
O Nelson Nery adota essa mesma classificação, mas ele coloca a inexistência de
fatos… nos extrínsecos.
A legitimidade traz quem é parte legítima para recorrer. Isso está no artigo 499
do Código de Processo Civil. O MP recorre tanto quanto ele é parte como quando ele é
custos legis.
Tem interesse em recorrer aquele que precisa do recurso para obter uma posição
de vantagem que ainda não tem. Casamento do binômio: necessidade/utilidade.
Normalmente é quem perde, mas não necessariamente.
O cabimento do recurso. Há certas decisões judiciais que não conseguem
desafiar nenhu8ma espécie de recurso. Ex: despachos, que são de mero impulso
processual. Eu preciso de um decisão contra mim para que haja um recurso cabível
(singularidade). Além de saber que cabe um recurso, tenho que saber qual recurso que
cabe. Existe a fungibilidade, mas desde que não seja de má fé ou erro grosseiro.
Inexistência de fatos impeditivos ou extintivos do direito de recorrer. Não existe
uniformidade com relação a o que seja isso. Cada doutrinador vai definir de um jeito.
Mas a consequência prática para eles é a mesma, seja lá o que for extintivo ou
impeditivo. Diz-se que é fato impeditivo a renúncia do cidadão ao direito de recurso.
Depois ele quer mudar de ideia, isso não pode. Ou ele desistiu do recurso e depois quer
desistir da desistência, isso seria extintivo. Também se a parte concorda com a decisão e
depois quer recorrer (ex: é condenada a pagar e paga, e depois quer recorrer).
A renúncia ao direito de recorrer há de ser expressa. Não existe a possibilidade
teórica de renúncia tácita. Justamente porque é disponibilidade de direito.
Pressupostos extrínsecos. A tempestividade. Os prazos recursais são sempre
peremptórios. E em regra os prazos processuais recursais são aqueles enunciados no
artigo 508 do Código de Processo Civil. Mas há alguns recursos que vão ter prazos
diferenciados. E também é possível, em alguma circunstância que a peremptoriedade do
prazo seja mitigada, sobretudo nas hipóteses do artigo 183 do Código de Processo Civil.
Regularidade formal. O Código de Processo Civil diz que a forma é mera
perfumaria (princípio da instrumentalidade das formas). Mas quando se trata de recurso
o código é extremamente chato, dizendo tudo para que o recurso seja regular. O recurso
tem que ser escrito, com as razões de recorrer, pedir a revisão da sentença ou
invalidação. Ex: artigo 514 (apelação), artigo 523 (agravo retido), parágrafo 3 do 523
(agravo retido em audiência), artigos 524 e 525 (agravo de instrumento), artigo 544
(agravo). A regularidade formal é o acatamento dessas exigências formuladas pelo
Código de Processo Civil.
Preparo do recurso. O que é preparo? Pagamento, mas de que? Temos que
separar bem duas parcelas relativas ao pagamento de recursos. Existe o preparo e porte
de remessa e de retorno. Artigo 511 do Código de Processo Civil. se o sujeito não
procede ao procedimento do preparo diz-se que o recurso é deserto. O preparo engloba
o tributo processual e a outra coisa é a despesa com a remessa do processo que depois
vai ser pago aos correios.
Esses pressupostos recursais tem a mesma vocação dos pressupostos
processuais. Quando examinamos os artigos 265 e o 297, o juiz fazia um juízo de
admissibilidade e extinguia-se o processo sem julgamento do mérito (exceto prescrição
e decadência). Da mesma forma será com o recurso. Há um juízo de admissibilidade,
vocacionado ao exame dos pressupostos. Se presentes os pressupostos é que se passa ao
exame do mérito.
Observação: esses são pressupostos gerais cabíveis a qualquer recurso.
Dependendo do recurso podem haver pressupostos específicos, além dos gerais. Ex:
recurso extraordinário, recurso especial, entre muitos outros. A ausência de
pressupostos específicos também conduz à inadmissibilidade do recurso.
O Código de Processo Civil não fala em cassação/invalidação da decisão. Mas a
doutrina toda tem presente que uma coisa é cassação, outra coisa é revisão/reforma e
outra coisa ainda é a integração.
O juízo de admissibilidade tanto pode ser exercido no primeiro grau tanto como
no segundo grau. E um grau não vincula o outro. Quando eu apelo, eu apelo para o juiz
que proferiu a decisão que você quer afrontar. Depois disso o juiz faz um exame de
admissibilidade. Se você passar o juiz vai ouvir a outra parte e manda para o tribunal. O
recurso vai para uma turma e o relator vai fazer novo juízo de admissibilidade e o
desembargador pode decidir de maneira diversa no juízo de admissibilidade. Ele não
está vinculado ao primeiro juízo.
O juízo de mérito do recurso às vezes coincide com o mérito da ação, mas não
necessariamente.
Aula 03 – 09/04
Recurso adesivo
Aula 04 – 11/04
O efeito translativo diz que certas matérias que podem aparecer no recurso
devem ser examinadas pelo magistrado independentemente de provocação da parte, as
matérias cognoscíveis de ofício pelo juiz.
Recursos em espécie.
Continuação do artigo 514. Inciso III. É o pedido de nova decisão que vai
indicar se o recurso é total ou parcial. E ainda vai marcar o efeito devolutivo. O efeito
devolutivo tem duas dimensões: horizontal e vertical. A dimensão horizontal é marcada
pelo pedido que aparece no recurso. Efeito devolutivo horizontal tem a ver com o que
foi deferido ao tribunal examinar. A dimensão vertical está no artigo 515. O vertical é o
grau de profundidade, até aonde pode o magistrado ir. O que ele pode investigar e
aprofundar.
Artigo 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria
impugnada. § 1º - Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas
as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha
julgado por inteiro. § 2º - Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o
juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos
demais. § 3º - Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o
tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de
direito e estiver em condições de imediato julgamento. § 4º - Constatando a ocorrência
de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato
processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá
o julgamento da apelação.
Parágrafo 1: o tribunal vai julgar como se a sentença de primeiro grau foi
apresentada e não examinada pelo juiz.
Parágrafo 2: isso é claro quanto à apelação, mas não quanto ao Resp, por
exemplo, porque a apelação tem efeito devolutivo amplo.
Parágrafo 3: o tribunal cassa a sentença e já passa a examinar o mérito se a causa
estiver madura (se não precisar de produção de prova). Alguns dizem que isso é
supressão de instância e isso vulneraria o duplo grau de jurisdição e seria, portanto,
inconstitucional. Mas o professor não vê inconstitucionalidade nisso. Seria
inconstitucional se ainda precisasse de produção de prova e isso fosse feito pelo próprio
tribunal. Nesse caso o tribunal deve mandar voltar para o primeiro grau.
Parágrafo 4: o tribunal não precisa matar o processo. O tribunal, sempre que
possível vai salvar o processo. Princípio da instrumentalidade das formas. Isso só vale
para a instância ordinária.
Artigo 516: Ficam também submetidas ao tribunal as questões anteriores à
sentença, ainda não decididas. Tudo que ficou pendurado (questões incidentais) que o
juiz deveria decidir, o tribunal decide, a não ser que já tenha sido impugnado por agravo
de instrumento.
Artigo 517: As questões de fato, não propostas no juízo inferior, poderão ser
suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força
maior. É um agente externo que impede o cidadão de agir com a sua vontade livre.
Artigo 518: Interposta a apelação, o juiz, declarando os efeitos em que a recebe,
mandará dar vista ao apelado para responder. § 1º O juiz não receberá o recurso de
apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal
de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal. § 2º Apresentada a resposta, é facultado ao
juiz, em cinco dias, o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso.
Parágrafo 1 do 518 e artigo 285-A. Quando a matéria controvertida for
unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total
improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida
sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. Ex: uma ação aviada para a
sexta vara da JF. O magistrado, quando recebe a petição inicial aplica o 285-A, no
mérito. Aí a parte que perdeu apela. E o juiz disse que não recebe a apelação porque a
decisão já está em conformidade com os precedentes do tribunal e súmulas. Isso pode
violar o princípio do devido processo legal. Deve ser aplicado com certa parcimônia.
Parágrafo 2 do 518. A resposta são as contrarrazões. O juiz deve examinar as
contrarrazões e reexaminar os pressupostos de admissibilidade do recurso.
O preparo há de ser feito no curso do prazo para que a gente recorra. Artigo 511.
Mas o banco fecha antes de vencer o prazo para recorrer. Teoricamente eu posso
apresentar o comprovante do preparo até o primeiro dia útil depois. Hoje em dia já está
mais ou menos sedimentado esse posicionamento. Artigo 519: Provando o apelante
justo impedimento, o juiz relevará a pena de deserção, fixando-lhe prazo para efetuar o
preparo. Parágrafo único - A decisão referida neste artigo será irrecorrível, cabendo ao
tribunal apreciar-lhe a legitimidade. Lei 9289, artigo 14: na JF pode pagar até 5 dias
depois da interposição do recurso.
Em princípio a apelação é recebida no duplo efeito (devolutivo e suspensivo).
Mas há exceções. Artigo 520: A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e
suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de
sentença que: I - homologar a divisão ou a demarcação; II - condenar à prestação de
alimentos; III - julgar a liquidação de sentença; IV - decidir o processo cautelar; V -
rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; VI - julgar
procedente o pedido de instituição de arbitragem; VII - confirmar a antecipação dos
efeitos da tutela.
Artigo 521: Recebida a apelação em ambos os efeitos, o juiz não poderá inovar
no processo; recebida só no efeito devolutivo, o apelado poderá promover, desde logo, a
execução provisória da sentença, extraindo a respectiva carta. Hoje não existe mais a
carta de sentença, hoje se tira cópias do processo, porque ele vai subir, e com as cópias
se promove a execução provisória da sentença.
Agravo
Aula 06 – 18/04
Quando veio a lume o primeiro código de processo civil, que é o de 39, ele trazia
o agravo. Mas lá ele só cabia para determinadas situações. Não era qualquer decisão
interlocutória que desafiava um agravo.
O agravo de instrumento foi concebido para ser um recurso sem o efeito
suspensivo, para permitir que o processo continuasse normalmente. Os advogados
começaram a entrar também com mandado de segurança para atribuir o efeito
suspensivo ao agravo. Como já estava se dando esse efeito ao agravo de instrumento,
mudou-se a lei para permitir o efeito suspensivo em uma mudança legislativa a partir de
1995. Depois se percebeu que nem todo agravo pode ter efeito suspensivo. Hoje, o
agravo de instrumento diminuiu o seu espectro de aplicabilidade e a lei confere ao
titular da deliberação (relator) a possibilidade de dar ou não o efeito suspensivo.
Artigo 522. Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez)
dias, na forma retida (é a forma principal hoje), salvo quando se tratar de 1decisão
suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de
2
inadmissão da apelação e 3nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida,
quando será admitida a sua interposição por instrumento. Parágrafo único - O agravo
retido independe de preparo.
Como vamos saber se a hipótese é de agravo retido ou de instrumento se essa
explicação do artigo 522 não é exaustiva? O que vai dizer para nós se cabe a
modalidade retida é sempre perguntando: lá na frente, quando ele for julgado, ele ainda
será útil? Outras vezes, em algumas situações específicas, o Código de Processo Civil já
diz que é caso de agravo de instrumento. De maneira geral, nos processos de execução,
o agravo deverá ser de instrumento.
Agravo retido fica nos autos do processo e não será examinado de forma
imediata.
Artigo 523: Na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o tribunal
dele conheça, preliminarmente (primeiramente, não é preliminar), por ocasião do
julgamento da apelação. § 1º - Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer
expressamente, nas razões ou na resposta da apelação, sua apreciação pelo Tribunal. §
2º - Interposto o agravo, e ouvido o agravado no prazo de 10 (dez) dias, o juiz poderá
reformar sua decisão. § 3º Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de
instrução e julgamento caberá agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e
imediatamente, bem como constar do respectivo termo (art. 457), nele expostas
sucintamente as razões do agravante.
Agravo retido sub conditionen. Um agravo que você só vai querer só se você for
perder.
Aula 07 – 23/04
Aula 08 – 25/04
Embargos infringentes.
“Embargo” vem de embarricare, opor barreiras, obstáculos. Daí também vem
desembargador. Você tem uma causa que está fluindo no TJ em uma turma/câmara, que
é a menor fração colegiada de um tribunal, e você perde, mas não por unanimidade, foi
por 2 a 1. Se você perdeu por 2 a 1, essa já é uma condição para os embargos
infringentes. Além disso, é preciso que o acórdão haja reformado a sentença de primeiro
grau.
Segunda hipótese para embargos infringentes. Temos uma ação rescisória, tem
por objetivo desconstituir uma sentença de mérito (desde que presentes alguma das
hipóteses do artigo 485 do Código de Processo Civil). A ação rescisória não é julgada
no menor órgão do tribunal, é sempre julgada num órgão um pouco maior (sessão, na
maioria dos TJ). Caberá embargos infringentes sempre que decisão não unânime julgar
procedente a ação rescisória.
Princípio da dupla conformidade. Se dois graus de jurisdição decidem da mesma
forma, não é possível mais falar em nenhum recurso ordinário. Se dois graus de
jurisdição decidem de forma não igual, nasce a oportunidade dos embargos infringentes.
Eles só podem ser aviados se não presente o princípio da dupla conformidade.
Artigo 530: Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime
houver reformado (o recurso pode reformar ou cassar a sentença), em grau de apelação,
a sentença de mérito (e se o tribunal reforma uma sentença não de mérito [artigo 515,
parágrafo 3]? ), ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for
parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência.
Se o tribunal tiver cassado a sentença, por 2 a 1, poderia caber os embargos
infringentes? A vertente que diz que não diz que o princípio que rege os recursos é de
legalidade estrita, não cabe recurso por analogia. Outros dizem que sim, para não
vulnerar a duração razoável do processo e que não fere o princípio estrito dos recursos.
o professor entende que caberia sim os embargos na cassação.
A divergência não é propriamente sobre os argumentos que um ou outro
desembargador usa. A divergência é quantitativa: o quanto do pedido se vai receber. Se
a sentença do primeiro grau tiver dado 100 e no recurso, dois desembargadores votaram
por dar 20 e outro votou por dar 60. Nesse caso, a divergência está somente no valor, se
será 20 ou 60. Só essa parte poderá ser objeto dos embargos. Não há possibilidade de
voltarem para os 100 da sentença inicial.
No caso da ação rescisória, para abrir a possibilidade de embargos infringente,
precisa que a maioria do tribunal julgue procedente a mesma causa de pedir, no caso de
haver mais de uma. E os embargos só levaram em conta esse fundamento da maioria,
que julgou procedente a ação rescisória.
Aula 09 – 30/04
Aula 10 – 02/05
Embargos de declaração.
Segundo o professor pensava, embargos de declaração não era recurso, mas em
94 uma alteração no Código de Processo Civil transformou-o em recurso. Não existem
no Direito comparado. Mas já que existem, podem ser utilizados, mas devem ser
utilizados com parcimônia.
Os embargos de declaração ganharam um espaço na jurisprudência brasileira
que não era para ter. Hoje os tais embargos de declaração com efeitos modificativos são
a nova praga do Direito brasileiro. Porque o juiz, depois da sentença não pode inovar no
processo.
Além disso há o pré-questionamento. Os tribunais superiores obrigam o
advogado a entrar com embargos de declaração como se fosse um passo necessário para
o recurso. Já houve até caso de desembargador que disse que deveria haver os embargos
de declaração para poder apelar.
Observação: O REsp e o RE são recursos de fundamentação vinculada, só cabem
expressamente nas hipóteses dos artigos constitucionais que os delineiam.
Existem recursos de fundamentação livre e de fundamentação vinculada (você
tem que escolher aquilo que está na lei para fundamentar). Os embargos de declaração
são um recurso de fundamentação vinculada. Eu tenho que ter obscuridade, contradição
ou omissão na decisão judicial para poder entrar com embargos de declaração.
Qualquer decisão judicial é embargável, desde que haja esses requisitos. Até
mesmo num despacho que gera algum dano para a parte.
Obscuridade. Aquilo que mesmo com esforço para entendimento não se
conseguir entender algum pedaço da decisão.
Contradição. É a contradição interna da decisão. Não é contradição de um ato
judicial com outro ato judicial, são atos distintos e não ensejaram embargos de
declaração. Contradição aqui é quando na fundamentação o juiz segue um caminho e no
dispositivo vai para outro completamente diferente.
Omissão. É a maioria dos reais casos de embargos de declaração. É a omissão do
juiz quanto a partes do processo: tinha ação e reconvenção e ele só apreciou uma; tinha
pedidos cumulados em cumulação própria e ele não apreciou todos os pedidos.
A jurisprudência do STF inventou outra espécie de cabimento dos embargos de
declaração. Embargos de declaração com efeitos modificativos: para mudar uma
premissa de uma decisão, mas mudando a premissa, muda-se a conclusão.
Os embargos de declaração, quando nasceram, não previram nenhuma
possibilidade de contraditório. Mas quando as pessoas começaram a entrar com esses
tipos de embargos de declaração, começou-se a se ouvir a outra parte. Mas isso só nessa
situação de embargos de declaração com efeitos modificativos.
Artigo 536: Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição
dirigida ao juiz ou relator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso
(fundamentação vinculada), não estando sujeitos a preparo.
Artigo 538: Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição
de outros recursos, por qualquer das partes. Isso quando se tratar de embargos de
declaração do Código de Processo Civil. Nos juizados especiais os embargos de
declaração apenas suspendem.
Parágrafo único - Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o
tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa
não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos
protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento), ficando condicionada a
interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo.
Pré-questionamento.
Aula 11 – 07/05
Recurso Extraordinário
Aqui ele não tem a ideia da súplica como nos EUA. Aqui é como um direito
subjetivo. Nós colamos esse modelo dos Eua, via Argentina, mas com essa diferença.
O recurso extraordinário, nada mais era como o último elo da cadeia do controle
difuso. Mas houve uma objetivação do RE, e hoje ele é uma forma de controle
concentrado e abstrato.
A partir daí tudo chegava no STF, por conta do direito subjetivo. Depois o STF
começou a restringir os casos e exigir a arguição de relevância da questão federal. Mas
isso era examinado de forma muito discricionária e de forma secreta. Quando se chega
em 88, se elimina a arguição de relevância. Aí o STF ficou atolado de recursos.
Então a EC 45 trouxe outro filtro, a repercussão geral. Depois veio a súmula
vinculante, para os casos semelhantes.
A porta do STF e a do STJ (instâncias de superposição) somente se abre depois
de esgotada as instâncias ordinárias. O STF e o STJ, porque são instâncias de
superposição, não se preocupam com matéria de fato, eles apanham a moldura jurídica
da forma que ela foi construída por incidência factual. Como houve a separação entre
RE e Resp, as coisas ganharam um tom de complicação para os advogados. Quando é
aviado um RE eu estou supondo que houve uma ofensa à Constituição Federal. O STF
diz que a lesão que autoriza o aviamento de um RE deve ser sempre direta ao texto
constitucional, proíbem que a parte lance mão de um argumento de lesão reflexa à
Constituição Federal. Se para mostrar o argumento eu lancei mão de algum argumento
legal, a lesão é reflexa e não direta à Constituição Federal.
Se um RE já foi rejeitado por não haver repercussão geral, todos os que estão
parados no STF e os futuros recursos no mesmo assunto não serão aceitos.
Súmula 126 do STJ. Caso em que se deve recorrer com Resp e RE ao mesmo
tempo e não teve RE.
Artigo 102, III. Causas decididas em única ou última instância. Primeiro precisa
ser causa (ex: pagamento de precatório é posterior à causa), causa decidida implica
exercício de jurisdição stricto sensu. O em única ou última instância quer dizer que foi
esgotada para o autor a oportunidade de recorrer.
Aula 12 – 09/05
Aula 13 – 14/05
Aula 14 – 16/05