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Resolução

Aula 1

Atividades
1. A palavra “política” vem da palavra grega polis, que significa cidade.

2. Para Aristóteles, a cidade está relacionada com a sobrevivência, além da felicidade geral:
“nascida principalmente da necessidade de viver, ela subsiste para uma vida feliz”.

3. Com o aparecimento de novos problemas e dificuldades com frequência imprevistos, faz-


-se necessário desenvolver formas para resolvê-los de forma inventiva.

Atividade adicional
O Estado deve suprimir em seu âmbito interno a distinção entre amigo e inimigo, assi-
milando apenas as lutas políticas comuns, e reservar ao governo o direito de designar o
inimigo externo.

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Aula 2

Atividades
1. Ao desprezar a política, fortalecem-se atitudes pautadas no fanatismo, na exclusão do
outro, do diferente, e no preconceito, fazendo com que a vivência política não se paute
na busca de uma vida feliz.

2. O genocídio como resposta política surge quando há uma crise no futuro e nas perspec-
tivas de medidas políticas e administrativas novas, e se busca um grupo de respostas que
canaliza as emoções para uma figura ampla ou totalmente imaginária do inimigo.

3. Segundo Marco Aurélio Nogueira, a defesa da política não se confunde com a defesa dos
políticos, mas sim a defesa de uma hipótese de vida comunitária, na qual haja a possibi-
lidade de um poder governamental e, a partir de vínculos e valores coletivos, esse poder
se submeta ao controle democrático dos cidadãos.

Atividade adicional
O voto de protesto é uma forma de o eleitor expor o descontentamento com as propostas
ou candidatos apresentados na eleição. Escolhe-se um candidato que evidencie o des-
contentamento e/ou desprezo compartilhado.

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Aula 3

Atividades
1. Um homem de virtù deve ser capaz de dominar a fortuna e saber utilizá-la em proveito
próprio.

2. A única forma, para Thomas Hobbes, de se resolver a guerra de todos contra todos é fazer
com que cada homem abra mão de seu direito absoluto de agir, permitindo que surja um
Estado com plenos poderes concentrados na mão do soberano.

3. Para Thomas Hobbes, o indivíduo não pode ser obrigado a não se defender.

Atividade adicional
Segundo os autores, a constituição da sociedade só se desenvolve a partir da adoção de
uma lógica maior, em que se siga uma autoridade central capaz de impor a ordem e im-
pedir que se desenvolva em uma anarquia.

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Aula 4

Atividades
1. É o princípio fundamental para a manutenção de uma república, um sentimento, não
uma série de conhecimentos. Esse sentimento é o da manutenção dos ideais da repúbli-
ca.

2. Jean-Jacques Rousseau defendia que as mudanças políticas e sociais são inerentes ao


homem e, dessa forma, seria necessário que o homem conhecesse suas limitações para
ter êxito.

3. Para Marx, a política está relacionada com o desenvolvimento das forças produtivas.

Atividade adicional
Sob condições totalitárias, a política se vê transformada em um complexo sistema de
disseminação da violência e do terror sob a égide do partido único, e, especialmente, de
sua polícia secreta, instituição que se torna o verdadeiro ramo executivo do governo, es-
tando inteiramente sujeita à vontade do líder. Este decide sobre quais categorias sociais
incidirão os conceitos de inimigo objetivo ou de socialmente indesejável, tipologias que
designam aqueles cuja mera existência implica discordância para com a ideologia totali-
tária, merecendo ser sistematicamente exterminados, independentemente do que quer
que pensem, falem ou façam.

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Aula 5

Atividades
1. Uma relação burocrática é pautada nos seguintes critérios:
1) Os indivíduos são livres e sujeitos à autoridade apenas no que diz respeito a suas obri-
gações oficiais.
2) Estão organizados numa hierarquia de cargos, claramente definida.
3) Cada cargo possui uma esfera de competência, no sentido legal, claramente determi-
nada.
4) O cargo é preenchido mediante uma livre relação contratual. Assim, em princípio, há
livre seleção.
5) Os candidatos são selecionados com base em suas qualificações técnicas. Nos casos
mais racionais, a qualificação é testada por exames, dada como certa por diplomas que
comprovam a instrução técnica, ou utilizam-se ambos os critérios. Os candidatos são
nomeados e não eleitos.
6) São remunerados com salários fixos em dinheiro, na maioria das vezes com direito a
pensões. Somente em determinadas circunstâncias a autoridade empregadora, espe-
cialmente nas organizações privadas, tem o direito de rescindir o contrato. Mas o fun-
cionário é sempre livre para demitir-se. A escala salarial é inicialmente graduada de
acordo com o nível hierárquico; além desse critério, a responsabilidade do cargo e as
exigências do status social do ocupante podem ser levadas em conta.
7) O cargo é considerado como a única ou, pelo menos, a principal ocupação do funcio-
nário.
8) O cargo estabelece os fundamentos de uma carreira. Existe um sistema de “promoção”
baseado na antiguidade, no merecimento ou em ambos. A promoção depende do jul-
gamento dos superiores.
9) O funcionário trabalha inteiramente desligado da propriedade dos meios de adminis-
tração e não se apropria do cargo.
10) Está sujeito a uma rigorosa e sistemática disciplina e controle no desempenho do
cargo.

2. 1) Divisão do trabalho baseado na especialização funcional.


2) Uma definida hierarquia de autoridade.
3) Um sistema de normas englobando os direitos e deveres dos ocupantes de cargos.
4) Um sistema de procedimentos que ordenam a atuação no cargo.
5) Impessoalidade das relações interpessoais.
6) Promoção e seleção segundo a competência técnica.

3. Para o sociólogo Shmuel Noah Eisenstadt, as organizações burocráticas tendem a se de-


senvolver quando:
1) Desenvolve-se uma ampla diferenciação entre os tipos principais de papéis e esferas

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institucionais (econômica, política, religiosa, etc.).
2) Os papéis sociais mais importantes estão distribuídos não segundo critérios de perten-
cimento a grupos particularistas básicos (parentesco, território), mas segundo critérios
universalistas e de aquisição ou de critérios de pertencimento a grupos constituídos de
maneira mais flexível, tais como grupos profissionais, religiosos, vocacionais ou “na-
cionais”.
3) Desenvolvem-se diversos grupos funcionalmente específicos (econômico, cultural,
religioso, associativo) que não estão implantados em grupos particularistas básicos.
Exemplos são as organizações econômicas e profissionais, vários tipos de associações
voluntárias, clubes, etc.
4) A definição da sociedade global não se identifica com, e consequentemente é mais
ampla do que, qualquer grupo particularista básico, como, por exemplo, na definição
da cultura helênica em Bizâncio ou na definição da ordem cultural confuciana.
5) Os principais grupos e camadas sociais desenvolvem-se, mantêm-se e procuram cum-
prir numerosos objetivos específicos – políticos, econômicos e assistenciais – que não
podem ser realizados dentro da estrutura limitada dos grupos particularistas básicos.
6) A diferenciação cada vez maior na estrutura social promove complexidade em muitas
esferas de vida, tal como uma crescente interdependência entre grupos a distância e
uma igual dificuldade na garantia de suprimentos de recursos e serviços.
7) Esses processos resultam, até certo ponto, em liberação de recursos potenciais – como,
por exemplo, força de trabalho e recursos econômicos – e em compromissos políticos
de apoio que não estão nem implantados nem assegurados para quaisquer grupos
primários adscritivo-particularistas. Exemplos são os recursos monetários, uma força
de trabalho relativamente livre e o voto político sem injunções. Consequentemente, as
várias unidades institucionais têm de competir por recursos, mão de obra, apoio para
a consecução de seus fins e provisão de serviços. E as principais unidades sociais se
defrontam com muitos problemas administrativos e de controle.

Atividade adicional
Para os autores, a burocracia contém os princípios fundamentais do Estado de Direito,
tais como legalidade, impessoalidade, etc. No entanto, o modelo burocrático deve ser
flexibilizado para se levar em conta as características dos governos democráticos con-
temporâneos.

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Aula 6

Atividades
1. Como o cientista depende dos recursos do laboratório, deve assimilar as normas burocrá-
ticas para exercer sua profissão.

2. Franz Kafka, no livro O processo, retrata a impossibilidade de defesa de um homem frente


a uma burocracia desenvolvida e sufocante, que não permite que o indivíduo consiga
compreender as regras da própria instituição da qual faz parte.

3. Para o autor, não há uma burocracia inchada e incompetente no Estado brasileiro, como
muitos acreditam, mas sim madura, sem graves desvios etários em qualquer direção, edu-
cacionalmente bem qualificada, tendo, em sua vastíssima maioria, ingressado no serviço
público por meio de exame, ou seja, por mérito, e se apropria de discreta parcela da renda
nacional.

Atividade adicional
O processo de desburocratização proposto por Fernando Collor não trouxe os efeitos de-
sejados, resultando em má administração pública e criando novos problemas sem que os
antigos fossem solucionados.

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Aula 7

Atividades
1. A Constituição é a própria estrutura de uma comunidade política organizada, a ordem
necessária que deriva da designação de um poder soberano e dos órgãos que o exercem.

2. A forma escrita parece ter sempre um significado mais ou menos instrumental para as
ideologias que um ordenamento traz consigo, quer no caso das chamadas Constituições-
-balanço, em que, em confronto com o passado, se definem os resultados obtidos sob
o aspecto político, quer, sobretudo, no caso das chamadas Constituições-programa, que
exprimem, de modo particularmente explícito, um sistema orgânico de diretrizes a cum-
prir a breve, médio e longo prazos. Essa tendência propagandística tem levado a uma
progressiva ponderação dos textos constitucionais, especialmente os que ampliaram as
disposições em matéria econômica e social, indo mais além das simples disposições orga-
nizativas respeitantes à distribuição e uso do poder político.

3. As leis do rei se referem ao poder do soberano de alterar a lei quando lhe for conveniente.
As leis do reino denotam a rigidez das leis, que não são passíveis de mudança a partir da
simples vontade do soberano.

Atividade adicional
A lei representa uma escolha social, uma proibição ou uma regulação de determinada
prática; a Constituição representa os valores segundo os quais as leis devem ser elabora-
das, julgadas e executadas, permeando todos os poderes.

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Aula 8

Atividades
1. Os ideais e interesses da Constituição são resguardados.

2. O motivo do controle de constitucionalidade é a manutenção da unidade do ordena-


mento jurídico, impedindo a subversão dos valores hierarquizados na Constituição; em
consequência, é a manutenção dos valores que presidem a sociedade, pela exclusão de
escolhas feitas contra os princípios comuns. Controle é a defesa da Constituição, obser-
vando seus valores, para afastar os que lhe são impróprios.

3. A assimilação do padrão de funcionamento da Câmara dos Deputados, do Senado e do


Congresso Nacional fez com que a imaginação política constituinte fosse sufocada pela
práxis legislativa.

Atividade adicional
Uma proposta de emenda constitucional tem por finalidade modificar elementos da
Constituição sem que haja uma substituição ou superação desta última.

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Aula 9

Atividades
1. A guerra é um fenômeno humano. Não se pode dizer precisamente como e quando ela
surgiu, no passado remoto da humanidade. Nem tampouco se pode presumir a que “ne-
cessidades” existenciais (biopsíquicas ou sociais) ela correspondeu originariamente. Até
onde alcança a investigação empírico-indutiva, através da reconstituição arqueológica,
da reconstrução histórica e da observação direta, a guerra se nos apresenta como um fato
social, no sentido restrito de existir como uma das instituições sociais incorporadas a so-
ciedades constituídas. A esse respeito, lembra com razão Montesquieu que a associação
humana não poderia ser um produto da guerra, porque esta pressupõe, por sua própria
natureza, a existência da sociedade.

2. Para Sun Tzu, o líder militar tem papel fundamental por ajudar a manter o Estado forte.

3. Os elementos fundamentais são: boas leis e boas armas. Por esse motivo, o soberano
deve saber empregar uma e outra natureza.

Atividade adicional
É fundamental, para a manutenção da soberania, que um país tenha forças militares sufi-
cientes para se defender de ameaças estrangeiras.

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Aula 10

Atividades
1. Para Clausewitz, as nações nasceram na violência, relacionando-se a partir da violência.

2. A guerra é uma simples continuação da política por outros meios.

3. O desenvolvimento militar brasileiro deu-se de forma atribulada. A incapacidade de con-


servar a estrutura portuguesa e as características políticas e econômicas brasileiras fez
com que o aparato militar brasileiro sofresse inúmeras dificuldades.

Atividade adicional
O texto apresenta duas perspectivas distintas. De um lado, o lucro advindo de uma lógica
armamentista que fortalece determinadas empresas e investidores. Em contraposição, há
o risco real de extinção da vida pela deflagração de uma guerra nuclear entre EUA e URSS.

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Aula 11

Atividades
1. Max Weber concebe o Estado contemporâneo como uma comunidade humana que,
dentro dos limites de determinado território – a noção de território corresponde a um
dos elementos essenciais do Estado –, reivindica o monopólio do uso legítimo da violência
física.

2. Por político deve-se compreender todo homem que se entrega à política, aspira ao po-
der – seja porque o considere como instrumento a serviço da consecução de outros fins,
ideais ou egoístas, seja porque deseje o poder “pelo poder”, para gozar do sentimento de
prestígio que ele confere.

3. As dominações são pautadas em dois sentimentos: medo (religioso ou físico) ou esperan-


ça (promessa de vida ou mundo melhor).

Atividade adicional
Por Estado paralelo compreende-se a existência de um grupo que detenha o controle do
uso da coação física em determinado território e que esta violência física não é definida
ou regularizada pelo Estado.

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Aula 12

Atividades
1. Existem dois tipos de funcionários:
t Funcionário de carreira: impossível de ser movido. Presta um concurso, mantém-se
no cargo e não tem sua posição alterada a partir de uma nomeação. Trilha uma carreira
por conta própria.
t Funcionário político: descolado à vontade pelo príncipe. Este último define quais se-
rão as atividades do funcionário e também como deverão ser realizadas suas ações.
São de confiança do príncipe.

2. O político deve apresentar:


t Paixão: o político precisa ter paixão por uma causa, meta, propósito, que procura rea-
lizar e que guiará suas escolhas políticas.
t Sentimento de responsabilidade: é preciso ter responsabilidade perante suas ações,
atividades, decisões e escolhas. Para isso, é também necessária uma noção de propor-
ção.
t Senso de proporção: é a capacidade de o homem político se distanciar, refletir e reco-
lher-se da sociedade para poder tomar suas decisões políticas, levando em conta não
apenas suas paixões, mas também as responsabilidades de seus atos.

3. t Ética da responsabilidade: o político parte da ideia de que é preciso julgar anterior-


mente os resultados de suas ações para que se possa tomar ou não determinada decisão.
t Ética da convicção: o político busca resultados a qualquer preço, ignorando possíveis
danos colaterais. Se acredita em uma meta, segue-a.

Atividade adicional
A notícia demonstra a necessidade de o líder negociar com os políticos, que pressionam
o Estado, oferecendo apoio político em troca de cargos, mesmo que de pouca expressão.

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Aula 13

Atividades
1. Resumo do texto:
a) Aquele que estabelece a forma do Estado e promulga suas leis deve partir do princípio
de que todos os homens são maus.
b) A maldade dos homens sempre se manifesta, mesmo que tardia.
c) A bondade no homem é casual só se for necessária.
d) Em liberdade, os homens agem com licenciosidade, há confusão e desordem.
e) Fome e miséria despertam operosidade entre os homens.
f) ) Somente leis tornam os homens bons, pois naturalmente são maus.
g) A lei é indispensável para produzir boas consequências.
h) Sem autoridade reinam desordem e confusão (exemplo de Roma Antiga).
i) A criação dos tribunos restabeleceu a ordem (equilíbrio entre povo e nobres).

2. alternativa A
A primeira afirmação do texto é que todos os homens são maus. O equilíbrio entre go-
vernantes e governados depende de uma autoridade forte (no caso de Roma Antiga, os
tarquínios da época da Monarquia e os tribunos na época da República).

3. “É necessário que um só homem imprima a forma e o espírito do qual depende a organi-


zação do Estado.”

4. alternativa D
De acordo com a ideia central do parágrafo, “um só homem imprime a forma e o espírito
do qual depende a organização do Estado.”

5. Resumo do texto:
a) Rômulo utilizou a religião para manter a sociedade romana.
b) A religião é uma causa importante para a felicidade da cidade.
c) A observância do culto divino é fonte de riqueza dos Estados.
d) A negligência do culto divino é fonte de ruína dos Estados.
e) A fé do príncipe pode sustentar por algum tempo o Estado.
f ) Com a morte do príncipe, haverá ruína do Estado.
g) É necessário que o soberano organize o Estado.
h) Se isto for feito, mesmo após a sua morte o Estado se manterá.

6. alternativa A
De acordo com o texto, a religião é tratada como uma utilidade para a manutenção da
ordem no interior do Estado.

7. Resumo do texto:

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a) Os Estados cristãos se manteriam se a religião se mantivesse de acordo com o seu fun-
dador.
b) Entretanto, os Estados decaíram, pois a religião decaiu muito.
c) Exemplo: os mais próximos de Roma são os menos religiosos.
d) Assim, a felicidade da Itália não pode depender de Roma.
e) Mais exemplos de Roma: ter promovido a divisão da Itália.
f ) A Igreja não é forte o suficiente para unir a Itália.
g) A Igreja é forte para impedir que outro unifique a Itália.
h) A Igreja impede que a Itália fique sob um só chefe.
i) A Itália é dividida e invadida por estrangeiros devido à Igreja.

8. alternativa C
De acordo com o texto, a religião cristã não se manteve de acordo com o seu salvador, foi
desvirtuada.

9. Resumo do texto:
a) Alguns criticam os romanos por terem instituído a ditadura.
b) Mas não é bem assim, não é essa instituição que usurpa o poder.
c) São cidadãos que usurpam o poder para se manterem no comando.
d) Se o título “ditador” não existisse, criariam outro título.
e) A força cria um título, mas um título não cria a força.
f) ) Veneza se mantém, pois é governada por um pequeno grupo de cidadãos.
g) Onde não há tal sistema, em situação de crise, a queda do Estado é certa.
h) A única saída é o desrespeito às formalidades.

10. alternativa D
De acordo com o texto, em situação de crise, o governo de um Estado deve agir conforme
as circunstâncias, ou seja, pode desrespeitar as formalidades se for preciso.

Atividades adicionais
1. Razão pela qual Maquiavel consagra a autonomia da política em relação às demais esfe-
ras da existência: Maquiavel subordina todas as esferas da existência em função da manu-
tenção do Estado, por exemplo, não é a esfera econômica ou a esfera religiosa que serve-
-se do Estado, mas o Estado é que se serve de todas as esferas da existência (econômica,
religiosa, cultural, social, etc.). Por isso, pode-se considerar que Maquiavel estabelece a
autonomia da instância política, do Estado, como objeto de reflexão.

2. É notável a semelhança entre o conceito de “razão de Estado”, descrita por Meinecke, e os


argumentos de Maquiavel, no que se refere às condições de manutenção do Estado. Ou
seja, em última instância, não são formalidades que prevalecem, mas a razão de Estado
definida como “a lei motora do Estado”.

3. A frase de Maquiavel estabelece a prioridade do poder sobre todas as instâncias. Ou seja,

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o poder pode criar ou eliminar títulos, convenções, etc. Todavia, o inverso não é verdadei-
ro, tal como expressa Maquiavel “nenhum título cria a força”.

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Aula 14

Atividades
1. Resumo do texto:
a) As ações humanas decorrem da vontade.
b) A vontade origina-se da esperança ou do medo.
c) Os homens calculam se a burla à lei é um mal menor que sua observância.
d) Os homens agem segundo o que for mais vantajoso.
e) Se acharem mais vantagem em burlar a lei, farão isto.
f) ) Os homens preservam sua segurança e autoconservação.
g) Assim, os homens logram outros homens se esta ação trouxer a vantagem esperada.
h) Não basta o homem compreender a lei.
i) Se não houver garantia contra agressão sofrida, prevalece o direito primitivo.
j) Ou seja, um direito a todas as coisas, inclusive a guerra.

2. alternativa C
Segundo o texto, não basta aos homens compreenderem as leis. Em situações-limite
(ameaça à segurança, por exemplo), prevalece um critério utilitário, independentemente
de convenções morais.

Atividade adicional
Razão pela qual se afirma que Hobbes “utiliza o método dedutivo, à maneira da geome-
tria, para expor seu pensamento”: a geometria parte de axiomas ou postulados (verdades
por definição) e a partir deles estabelece as consequências (teoremas) que decorrem dos
mesmos.

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Aula 15

Atividades
1. Resumo do texto:
a) Alguém pergunta ao autor do texto sua opinião sobre a mútua tolerância entre cris-
tãos.
b) O autor considera-a sinal de uma verdadeira Igreja.
c) O cristão deve combater, em primeiro lugar, seus próprios vícios.
d) Se não o fizer, não pode ser considerado cristão.
e) Aquele que não se preocupa com a própria salvação não é capaz de convencer outros
para se salvarem.
f) ) Ninguém pode convencer outros a serem cristãos se não tiver abraçado o
cristianismo.
g) Há cristãos que, em nome da salvação dos outros, cometem crimes (torturam, matam,
mutilam).
h) O autor pergunta: por que estes cristãos permitem que vícios ocorram dentro de sua
própria comunidade?
i) Ninguém pode fazer imposições, a si ou aos outros, em nome do Príncipe ou da reli-
gião.
j) Devemos distinguir e demarcar fronteiras entre a Igreja e o Estado.
k) Isto é importante para demarcar fronteiras entre a Igreja e a comunidade.
l) A comunidade é sociedade que existe para preservar e melhorar os bens civis.
m) Bens civis são: vida, liberdade, saúde e propriedade, por exemplo.
n) Responsabilidades do governo da comunidade: preservar e assegurar, para todos e
para cada um em particular, a fruição dos bens civis.
o) Se alguém violar a lei deve ser reprimido.
p) Todavia, o governo da comunidade não pode se responsabilizar pela salvação das al-
mas.

2. alternativa B
Conforme o texto, há confusão de jurisdições entre a Igreja e o Estado, por essa razão é
importante distinguir e demarcar as fronteiras entre ambos.

Atividade adicional
Deve constar na redação:
a) Entender com precisão o que significa a frase temática.
b) Ou seja, cada um considera-se mais certo (ortodoxo) em relação aos outros.
c) Discorrer sobre as implicações desse tipo de convicção e citar exemplos.
d) Locke refere-se às perseguições religiosas existentes em seu próprio país, no qual, du-
rante algum tempo, todos deviam seguir a religião do Estado, que era a religião angli-

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cana, e todas as demais confissões eram alvo de perseguição.
e) Locke refere-se também à Igreja Católica que “definia o que era o certo” em matéria de
religião e quem não agisse conforme a ortodoxia seria um herege e ficava à mercê do
Tribunal da Inquisição.
f) ) Pode-se concluir a redação utilizando os argumentos de Locke em favor da
tolerância.

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Aula 16

Atividades
1. Resumo do texto:
a) Em estado de natureza, não se pode concluir se os homens são bons ou maus.
b) Portanto, não se pode chegar à conclusão de Hobbes de que homens são maus.
c) Ao contrário do que pensa Hobbes, o estado de natureza era mais propício à paz.
d) Para Rousseau, a necessidade de satisfazer muitas paixões não decorre do estado de
natureza, mas da sociedade civil, ou seja, quando o homem deixa o estado de nature-
za.
e) O fundador da sociedade civil foi aquele que cercou um terreno e disse: “isto é meu”.
f ) Ou seja, a propriedade privada funda a sociedade civil.
g) Rousseau argumenta que, se quem fez esta afirmação, do direito de propriedade, não
fosse seguido por outros, haveria paz, não se romperia o estado de natureza.
h) Os frutos são de todos e a terra é de todos.

2. alternativa A
Segundo o texto, antes da existência da sociedade civil, existia o estado de natureza. O
estabelecimento da propriedade privada destrói o estado de natureza e funda a socieda-
de civil.

Atividade adicional
A comparação entre Hobbes e Rousseau deve, em primeiro lugar, marcar as diferenças
entre oa filósofos. Ou seja, para Hobbes, em estado de natureza, “o homem é o lobo do
homem”, todos são maus, a fundação do Estado (sociedade civil) existe para implantar a
paz entre os homens que por natureza são maus. Para tanto, cada homem abdica de sua
soberania em favor do soberano que tem poderes absolutos.
Para Rousseau, em estado de natureza, os homens são naturalmente bons, há coopera-
ção e ajuda mútua entre os homens. A sociedade civil nasce quando se instaura a proprie-
dade privada, que leva à disputa entre os homens e destrói o estado de natureza.
Cada um dos autores parte de pressupostos distintos, o primeiro tem como ponto de
partida “a maldade natural dos homens” e o segundo, “a bondade natural dos homens”,
chegando, portanto, a conclusões distintas.

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Aula 17
1. Resumo do texto:
a) Só há a ciência da história.
b) Divide-se em história da natureza e história dos homens.
c) Homem e natureza condicionam-se mutuamente.
d) O texto ocupa-se da história dos homens.
e) Ideologia: é uma concepção errada da história dos homens ou uma abstração da histó-
ria dos homens.
f) ) A ideologia é um dos lados da história dos homens.
g) Pressupostos de partida: não são dogmas, são verdadeiros.
h) Parte-se dos indivíduos, de sua ação, de sua condição material de vida.
i) Considera-se “condição material de vida”, tanto as originais, quanto as que decorrem
da ação do homem.
j) Portanto, os pressupostos são verificáveis (empíricos).
k) Considera-se a existência de indivíduos.
l) Considera-se também a organização destes indivíduos.
m) Como se relacionam entre si e com a natureza.
n) A historiografia deve partir destas bases naturais e suas modificações que são fruto da
ação humana.
o) O homem distingue-se do animal quando começa a produzir seus meios de subsistên-
cia.
p) A maneira pela qual produzem depende da natureza dos meios de subsistência encon-
trados que devem ser reproduzidos.
q) A maneira de produzir é uma maneira de viver.
r) A maneira como vivem é sua maneira de ser.
s) Sua maneira de ser conjuga-se à sua produção: tanto o que é produzido quanto ao
modo pelo qual produzem.
t) O que os indivíduos são depende da maneira pela qual produzem (condições materiais
de produção).
u) “Filosofia alemã” (concepção idealista): vai das ideias para o concreto (do céu à terra).
v) Os autores: (concepção materialista) partem do concreto para as ideias (da terra para o
céu).
w) Não é a consciência que determina a vida, a vida é que determina a consciência.

2. alternativa E
Segundo o texto, os homens são não só o que produzem, mas também a maneira pela
qual produzem. Partindo-se das condições materiais de existência, elaboram-se os pen-
samentos e, assim, a existência precede a consciência.

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Atividade adicional
a) I. Só há uma ciência, a ciência da história.
II. O que distingue o animal do homem é que este produz sua subsistência.
III. Os homens são aquilo que produzem e a maneira pela qual produzem.
IV. A existência determina a consciência.
b) “Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência.”

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Aula 18

Atividades
1. Resumo do texto:
a) “Impulso para o ganho” e “ânsia do lucro” não têm nada a ver com o capitalismo.
b) Tais “impulsos” e “ânsias” sempre existiram, em todas as épocas e lugares, antes de exis-
tir o capitalismo, sempre que ocorreram oportunidades para isto.
c) O capitalismo equivale à procura do lucro, sempre renovado, como uma moderação
racional a este impulso irracional.
d) No capitalismo, uma empresa que não age desta maneira desaparece.
e) “Ação econômica capitalista”, aquela que se baseia na expectativa de lucro por meio da
utilização de oportunidades de troca, oportunidades formalmente pacíficas de lucro.
f) ) No capitalismo, a apropriação de lucros segue preceitos específicos.
g) A apropriação é racionalmente efetuada e calculada em termos de capital.
h) Há utilização planejada de recursos materiais e pessoais.
i) Ao término de um período, há um balanço e espera-se que o resultado final exceda ao
capital.

2. alternativa D
Segundo o texto, não há como confundir “busca por lucro” com capitalismo. Este perten-
ce a um determinado momento da história, onde prevalece a ação racional com relação a
um determinado fim, ou seja, a racionalidade permeia o desejo de ganhos.

Atividade adicional
a) O materialismo histórico define o homem a partir de suas condições materiais de exis-
tência. Para Weber, as condições materiais de existência constituem um dos fatores.
Portanto, não há a preeminência de uma esfera de existência (a econômica) sobre as
demais.
b) Porque o capitalismo existe a partir de um determinado momento da história e a“ânsia
pelo lucro” existe em vários momentos da história, portanto, em momentos em que
não existia o capitalismo.

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Aula 19

Atividades
1. Resumo do texto:
Para Florestan Fernandes, a guerra exerce uma função social na estrutura da sociedade.
Portanto, ela não pode ser descontextualizada dessa cultura tupinambá. Dessa forma, a
guerra entre os tupinambás responde a três pressões:
a) psicológica: a necessidade da “vingança” transforma as atividades guerreiras em obri-
gações morais;
b) social: o exemplo dos mais velhos faz com que o indivíduo assimile o comportamen-
to coletivo, além das consequências sociais positivas decorrentes da prática guerreira
(prestígio, casamento, etc.);
c) mágico-religiosas: a preocupação com a interferência nas relações com os mortos que
poderiam ser normalizadas com a consumação da “vingança”.

2. alternativa E
O texto faz uma análise sobre as pressões psicológica, social e mágico-religiosa que estão
relacionadas com a prática da guerra entre os tupinambás.

Atividade adicional
1. Nota-se o reforço de valores e da tradição pela prática da guerra entre os tupinambás ao
se perceber que as pressões psicológica, social e mágico-religiosa inculcam no indivíduo
a noção de importância da manutenção das atividades a partir do processo de socializa-
ção, ou seja, da assimilação de normas, valores, tradições, etc. por parte do indivíduo.

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Resolução
Aula 20

Atividades
1. Resumo do texto:
Diferentemente do conhecimento matemático ou científico, a compreensão histórica não é
intemporal, resultando em uma maior compreensão de determinadas Weltanschauungen
por épocas mais “próximas”. Dessa forma, o conhecimento histórico deve ser compreen-
dido como em constante reorganização, na qual se busca a aproximação de interpreta-
ções mais adequadas de análise da Weltanschauung.

2. alternativa A
Segundo Mannheim, a compreensão histórica desenvolve-se a partir da reorganização
de suas informações, tornando-se mais compreensiva e mais adequada em relação à de-
terminada época ou Weltanschauung.

Atividade adicional
1. Diferentemente do conhecimento científico ou matemático, a compreensão histórica so-
fre mudanças, reorganizando informações e concepções, visando formas mais adequa-
das de interpretações da Weltanschauung.

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Resolução
Aula 21

Atividades
1. Resumo do texto:
O desenvolvimento de práticas na sociedade urbana que expulsam do cotidiano as ati-
vidades ligadas ao tédio acabam por extinguir a comunidade de ouvintes e, consequen-
temente, a narrativa perde a força, visto que sua base é a história oral e ela se mantém a
partir da repetição de sua narração.

2. alternativa C
Tendo em vista que o tédio acompanha os trabalhos manuais mais elementares, criava-se
uma comunidade de ouvintes que assimilava a história e recontava-a, mantendo, assim,
uma experiência adquirida com a vida em grupo.

Atividade adicional
1. Apesar de Walter Benjamin olhar para o cinema como um instrumento válido, tecnologias
como celulares e videogames portáteis tendem a distanciar o tédio, além do incremento
do trabalho industrializado, que faz com que o indivíduo siga o ritmo da máquina. Dessa
forma, a arte de narrar encontra-se ainda em baixa nos dias atuais.

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Resolução
Aula 22

Atividades
1. Resumo do texto:
O desenvolvimento das forças produtivas e o desencantamento do mundo não trans-
formaram a organização pré-capitalista em uma sociedade caótica, mas sim em uma so-
ciedade que compartilha determinados valores que se encontram espalhados por ela
em seus mais variados setores. Mídia, arquitetura, arte, entre outras manifestações dis-
seminam uma mesma lógica de dominação social, submetendo o indivíduo ao poder
absoluto do capital. A padronização da cultura, em sua forma de mercadoria, demonstra
que a qualidade da produção é menos importante que o lucro conquistado. Não há uma
preocupação da indústria cultural em satisfazer qualquer necessidade social com seus
produtos.

2. alternativa D
O fortalecimento do capitalismo na sociedade ocidental trouxe consigo a subordinação
total da arte frente à lógica do sistema social marca a impossibilidade de crítica, fortale-
cendo o discurso de dominação.

Atividade adicional
1. Há, dentro do processo de socialização, a internalização de normas, valores, crenças, for-
mas de falar, agir, pensar e sentir. O desenvolvimento da individualidade torna-se mais
árduo ao se encontrar com tantas manifestações padronizadas que defendem a ordem so-
cial. Isso acarreta, segundo Adorno e Horkheimer, no desenvolvimento de uma pseudo-
individualidade.

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Resolução
Aula 23

Atividades
1. Resumo do texto:
O autor afirma que o desenvolvimento da razão se dá a partir do contato com as forças
da natureza que a domina e se faz presente no pensamento mitológico. Este pensamento
está na teoria funcionalista ou no nacionalismo. A razão, em constante transformação e
afirmação, aproxima-se do conto de fadas e age dentro de um processo de desmitologi-
zação que afeta a relação entre ela e a natureza.

2. alternativa E
O nacionalismo alimenta-se de concepções mitológicas, ligadas a ideias e concepções
que fogem da razão para organizar determinado grupo social existente.

Atividade adicional
1. Segundo Siegfried Kracauer, os contos de fadas prenunciam o advento da justiça, a supe-
ração dos limites estabelecidos pela natureza, o desenvolvimento da verdade e da justiça
e a superação dos valores humanos e racionais sobre as artes mágicas.

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Resolução
Aula 24

Atividades
1. Resumo do texto:
Segundo Habermas, a ciência e a técnica não carregam em suas essências um direciona-
mento político, podendo ser utilizadas para a construção de uma sociedade direcionada
para outros valores.

2. alternativa B
Não é possível caracterizar a ciência e a técnica como definidoras de uma visão de mun-
do. A direção do progresso poderia ser alterada, mas as forças produtivas, em si, não so-
freriam alterações, visto que não estão ligadas ao direcionamento político.

Atividade adicional
1. Para Habermas, a ciência apresenta um desenvolvimento que pode abalar – assim como
abalou – o quadro institucional, ao mesmo tempo em que pode ser utilizado para legiti-
mar a dominação existente. Dessa forma, a ciência, em si, não representa nenhuma força
transformadora, tampouco uma mantenedora da estrutura social, dependendo, portanto,
do direcionamento político de sua utilização.

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Resolução
Aula 25

Atividades
1. Resumo do texto:
Para o autor, a definição de uma regra sobrepõe o grupo em relação ao indivíduo. A proi-
bição do incesto afeta as relações sociais e sexuais, diminuindo a importância da fraterni-
dade e da paternidade como elementos úteis para a obtenção de mulheres. Contudo, há
certa igualdade entre os homens na procura por mulheres, além de expandir as possibi-
lidades na escolha, o que afetará toda a tribo. Para o autor, ao citar Tylor, os povos selva-
gens tiveram que escolher, durante sua história e em contato com outras tribos, se fariam
alianças ou guerras. Essas alianças teriam por base o casamento exogâmico.

2. alternativa A
Ao invés de diminuir o acesso às mulheres, visto que há a restrição de algum tipo de
relação sexual entre consanguíneos, a proibição do incesto aumenta o leque de possi-
bilidades, visto que as mulheres das outras famílias tornam-se disponíveis para todos os
membros (excluindo, obviamente, a própria família).

Atividade adicional
1. Segundo Claude Lévi-Strauss, ao se definir normas para os indivíduos, estas os obrigam
a assimilar uma conduta que nega as pulsões. Não há, aqui, o reino da natureza como
soberano, mas sim como restringido pelo grupo. Os impulsos, advindos da natureza, são
agora regrados, criando-se, assim, o mundo social.

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Resolução
Aula 26

Atividades
1. Resumo do texto:
Segundo Michel Foucault, a abertura oficial da colônia penal de Mettray marca o momen-
to em que o sistema carcerário se completa, pois, em Mettray, há o desenvolvimento do
controle do preso a partir de lógicas encontradas disseminadas na sociedade, que visam
manter e fortalecer a hierarquia. As estruturas coercitivas do comportamento encontram-
-se reproduzidas em Mettray, legitimando a própria estrutura social vigente.

2. alternativa B
Para Foucault, Mettray representa o auge do desenvolvimento do sistema carcerário, pois
engloba em seu funcionamento todas as tecnologias coercitivas do comportamento.

Atividade adicional
1. Observa-se, em Mettray, as instituições sociais que são reforçadas nos comportamentos
dos indivíduos: a família, o exército, a oficina (trabalho), a escola, a justiça e a religião (via
inscrição na parede).

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Resolução
Aula 27

Atividades
1. Resumo do texto:
Para os autores, a mobilidade social deve considerar outros elementos além da mudança
de classe econômica. Determinadas mudanças, mesmo sem alterar o aspecto econômico,
afetam no status dos indivíduos. Um dos fenômenos resultantes da mobilidade social é
o desenvolvimento de preconceitos, que devem ser analisados dentro do quadro social
em que eles aparecem. No entanto, um tipo de preconceito não costuma ser analisado:
distorções e percepções não realistas correspondentes. Além disso, há uma diferença:
quando essas percepções são desenvolvidas pelos estabelecidos, pode-se desenvolver a
estigmatização, quando são produzidas pelos outsiders, tornam-se inócuas. Dessa forma,
os outsiders só conseguem reagir ao preconceito a partir da quebra das normas, regras,
convenções, etc.

2. alternativa C
Pela incapacidade de responder aos preconceitos sofridos, os outsiders apresentam como
resposta a delinquência, a transgressão, o vandalismo. É a forma encontrada e principal-
mente pelos jovens, de causar algum impacto que seja equivalente aos preconceitos so-
fridos.

Atividade adicional
1. Tendo em vista sua baixa renda, que permite um consumo menor de bens e serviços, as
famílias proletárias necessitam do auxílio mútuo, criando redes de auxílio, característica
importante para o desenvolvimento e fortalecimento das relações comunitárias.

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Resolução
Aula 28

Atividades
1. Resumo do texto:
Segundo o autor, as manifestações culturais e artísticas representam momentos de crise
em uma sociedade. A crise à ideia de belo, na verdade, abrange uma crítica maior e, atinge
a sociedade na qual esse conceito se estabeleceu. No entanto, uma crise não questiona
apenas um conceito anterior, como também carrega consigo um modelo de substituição.
Essa substituição não é feita a partir de um só modelo, mas a partir de outros elementos
que o referenciam.

2. alternativa D
Segundo Edgar Morin, a crise da arte pode conter uma crítica ao sistema social que a cir-
cunscreve. A assimilação da intelligentsia por parte do sistema social demonstra o quanto
essa relação acaba por ser inseparável.

Atividade adicional
1. Para o autor, a própria cultura assimila os elementos dissonantes, desenvolvendo um mo-
delo novo. A transformação do cinema, das histórias em quadrinhos, do grafite, etc. de-
monstram o processo de recuperação da arte.

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Resolução
Aula 29

Atividades
1. Resumo do texto:
Segundo Niklas Luhmann, a base da sociologia é a comunicação, podendo desenvolver
seus estudos sobre a sociedade a partir dessa ótica. Portanto, a sociologia é um elemento
interno, visto que só se pode transmitir um conhecimento a partir da comunicação, não
podendo, contudo, assumir uma posição de observador externo desse fenômeno. Dessa
forma, a sociologia se inclui no objeto, desconstruindo a distinção entre sujeito e objeto,
tão debatida pelas ciências. Há, no entanto, a possibilidade da sociologia estudar outros
sistemas parciais (diferenciando a ciência da política, por exemplo) de forma externa.

2. Tendo em vista que a comunicação é um elemento essencialmente social, ela se torna a


base da análise sociológica, da qual não há como se esquivar, devendo, portanto, ter em
mente que até mesmo a produção do conhecimento sociológico se faz a partir da comu-
nicação.

Atividade adicional
1. Tendo em vista que, para Niklas Luhmann, a sociedade tem a comunicação como único
elemento que não está relacionado ao meio e sim ao sistema, a sociologia desenvolve-
-se a partir dessa comunicação. Não há a possibilidade de existência da sociologia fora
do âmbito comunicativo. Dessa forma, o sujeito da sociologia só poderá compreender a
comunicação a partir dela mesma, isto é, utilizando-a como seu substrato.

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Resolução
Aula 30

Atividades
1. Resumo do texto:
Segundo Bourdieu, a forma de conhecer o mundo social é, por sua vez, incorporada so-
cialmente. A partir do convívio social, incorporam-se práticas que permitem o desen-
volvimento de esquemas classificatórios da realidade. Ao se incorporar essas estruturas,
incorporam-se os fundamentos da sociedade, fazendo com que os indivíduos assimilem
esses esquemas de percepção e apreciação social da realidade. A formação social apre-
senta pares de adjetivos antagonistas (alto/baixo, leve/pesado, etc.) que são incorpora-
dos e operam no sistema de disposições dos indivíduos. Esses pares antagônicos estão na
base da distinção entre “elite” e “massa”.

2. alternativa B
Segundo o autor, esse sistema de adjetivos antagônicos permite o desenvolvimento da
diferenciação entre “elite” e “massa”, diferenciando os valores e padrões desejados e no-
bres dos indesejados e vulgares.

Atividade adicional
1 Há uma série de produtos e serviços de luxo (carros, vestuário, hotéis, etc.) que servem
para marcar socialmente a distinção entre as pessoas. Há na aquisição desses produtos
uma marca social que permite o reconhecimento da classe social a qual o indivíduo faz
parte. A possibilidade de se desenvolver gostos que não são acessíveis a qualquer pessoa,
distingue o indivíduo, demonstrando seu capital econômico, cultural, social, etc.

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Resolução
Aula 31

Atividades
1. Resumo do texto:
Zygmunt Bauman apresenta uma das características dessa modernidade líquida: a falta
de raízes. O território já não é importante para as pessoas. O enraizamento, a estabilidade,
a durabilidade, são características que não são valorizadas pelos mais ricos, em oposição
à preocupação de manter algum padrão entre os mais pobres. Essa leveza auxilia o poder
econômico, alterando completamente a forma como as pessoas se veem e se relacionam.

2. alternativa E
A fluidez desenvolvida na modernidade líquida não altera ou alarga o número de pessoas
que detém o poder, mas sim altera a lógica do poder. Há, dessa forma, um deslocamento
das atitudes e prioridades sem que haja uma transformação nas pessoas que detêm o
poder.

Atividade adicional
1. Para o topo da pirâmide, a fluidez permite que os investimentos flutuem a partir das me-
lhores oportunidades. Dessa forma, não se preocupa em criar produtos ou investir em
projetos a longo prazo, mas sim a curto prazo com o máximo de rendimento. Para a base
da pirâmide, com o desemprego estrutural, o enraizamento permite a manutenção de
um padrão de vida e a possibilidade de planejar minimamente o futuro.

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Resolução
Aula 32

Atividades
1. Resumo do texto:
Anthony Giddens analisa a importância do conceito de globalização e aponta para a exis-
tência de duas correntes de pensadores: os céticos, que acreditam que a globalização não
apresenta transformações significativas na organização global; e os radicais, que acredi-
tam que, com a globalização, o próprio estado-nação está em cheque, perdendo o con-
trole absoluto de questões que afetam seu domínio territorial.

2. alternativa D
Percebe-se, nos argumentos apresentados pelo autor, a predominância da economia nas
reflexões sobre a globalização. Os céticos apontam as trocas econômicas regionais como
mostra de pouca influência global, enquanto que os radicais apontam para as consequên-
cias internacionais que uma crise econômica gera, independentemente das políticas do
estado-nação.

Atividade adicional
1. Céticos: predominância de relações já existentes anteriormente (exemplo: Brasil x EUA);
baixa ou inexistente inserção dos produtos dos países periféricos nos países centrais; de-
senvolvimento de estéticas padronizadas internacionalmente.
Radicais: interdependência entre as economias; intensa troca de estilos e padrões cultu-
rais entre países; facilidade de troca de informações e aumento de comunicação global.

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